quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022
Documentos secretos revelam detalhes das exigências e concessões dos EUA nas negociações com a Rússia
A subida de tensão entre os Estados Unidos e a Ucrânia nas últimas semanas parece não ter solução a vista. Por um lado, os EUA prometem retaliar caso Moscovo avance militarmente na Ucrânia e por outro, a Rússia garante que não tem qualquer intenção de invadir o país e exige que o Ocidente pare de tentar influenciar a Europa de Leste e que nenhum ex-membro da União Soviética entre na NATO.
Até agora, não foi assinado nenhum acordo sobre segurança perto das fronteiras russas e os EUA também não se comprometem a impedir a entrada da Ucrânia ou da Geórgia na aliança atlântica. No entanto, foram conhecidos os detalhes da resposta norte-americana às exigência russas, a que o El País teve acesso.
No documento, a NATO oferece a Vladimir Putin negociações sobre acordos de desarmamento e medidas de construção de confiança em diferentes fóruns, como a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) ou o Diálogo de Estabilidade Estratégica EUA-Rússia e o Conselho NATO-Rússia, nota o Expresso.
Em troca disso, os americanos exigem que a Rússia aceite retirar o exército e o armamento das fronteiras com a Ucrânia. Tanto a resposta da NATO como dos Estados Unidos não têm nada de novo, mas tornam claras as linhas vermelhas da negociação das forças ocidentais.
Os EUA oferecem novos “mecanismos de transparência recíprocos” que exigiriam um compromisso entre ambas as partes de se absterem de “implantar sistemas ofensivos de mísseis de solo e manter forças permanentes com uma missão de combate no território da Ucrânia”, com o aval de Kiev, visto que o país está a comprar armamento a Washingon já a antecipar uma invasão.
A reticência da Alemanha em tomar uma posição imediata também está a ser tida em conta, já que este estado-membro da NATO tem acordos de fornecimento de energia com a Rússia que não quer pôr em causa.
Washington propõe ainda novamente a criação de um “mecanismo de transparência” que se certificaria de que não existem mísseis de cruzeiro Tomahawk — que têm alcance suficiente para atingir a Rússia — nas bases militares da NATO na Bulgária e na Roménia.
Para que esta medida avance, a NATO quer que Moscovo “reduza imediatamente” e “de forma verificável e duradoura” do número de “forças armadas russas perto da Ucrânia e na Bielorrússia” cujo aumento “substancial” recentemente considera “não provocado, injustificado e contínuo”. Os EUA falam no mesmo tom, sublinhando que o progresso diplomático só acontecerá “se houver um alívio das ações ameaçadoras”.
Sobre uma eventual adesão ucraniana à aliança atlântica, os Estados Unidos sublinham que a Rússia também já reafirmou o “direito inerente de todo e qualquer Estado participante de ser livre para escolher”. Assim, Washington não promete bloquear uma entrada da Ucrânia, argumentando que isso é uma questão interna de cada país.
O Governo norte-americano abre a porta a uma discussão sobre o conceito de “indivisibilidade da segurança”, que têm interpretações diferentes dos dois lados. Para a Rússia, o princípio é posto em causa com uma possível entrada da Ucrânia na NATO, já que Moscovo considera que isso seria uma ameaça à sua segurança.
Já os Estados Unidos entendem a questão de outra forma, depois de, na chamada telefónica entre o Secretário de Estado de Biden e o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Putin, Antony Blinken ter lembrado que a “indivisibilidade da segurança é o princípio de que nenhum Estado possa fortalecer a sua segurança à custa de outros Estados”. Esta foi a definição usada num acordo assinado em 1999 pela Rússia e pela NATO.
Perante as diferentes interpretações que as várias definições suscitam, Washington estende a mão a Moscovo para que os países tentem encontrar um consenso. Resta-nos saber se a Rússia vai aceitar ou se o clima tenso actual vai continuar.
https://zap.aeiou.pt/documentos-secretos-eua-negociacoes-460781
Queda de cabo matou 26 pessoas no Congo - Pés estavam dentro de água !
Uma tempestade na capital do Congo provocou, entre outros estragos, a queda de um cabo de alta tensão; o incidente provocou a morte de, pelo menos, 26 pessoas.
A tragédia decorreu nesta quarta-feira. O cabo de alta tensão caiu numa valeta inundada e essa valeta atravessa um mercado em Kinshasa.
As autoridades confirmaram que morreram 26 pessoas. 24 das vítimas mortais eram mulheres que estavam num mercado daquela zona de Kinshasa; ou a trabalhar, ou eram clientes naquele momento.
O primeiro-ministro Jean-Michel Sama Lukonde lamentou o incidente e confirmou que todas as pessoas falecidas foram electrocutadas por causa do contacto do cabo de alta tensão com a água.
A questão é que, sempre que chovia, as pessoas que estavam naquele mercado ficavam com os pés dentro de água.
Uma vendedora daquele mercado, Christelle Zindo, descreveu: “Em cada pequena chuvada, a água, em vez de correr, inunda no mercado porque a valeta está bloqueada, obrigando os vendedores a permanecerem com os pés debaixo de água. E as autoridades ficam indiferentes“.
Outra vendedora local, Charlene Twa, escapou: “Estávamos numa igreja à espera que parasse de chover. De repente vimos uma chama e, quando saímos, só vimos as outras vendedoras já mortas, no chão”.
Já foi aberta uma investigação para apurar responsabilidades. E já está a decorrer o processo da mudança de localização do mercado.
https://zap.aeiou.pt/queda-de-cabo-matou-26-pessoas-no-congo-os-pes-estavam-dentro-de-agua-460792
Japão vai reformar lei que considera ex-marido pai de crianças nascidas até 300 dias depois do divórcio !
A lei japonesa do século XIX que assume automaticamente que o pai de uma criança nascida no período de 300 dias após o divórcio de um casal é filho do ex-marido estão prestes a chegar ao fim. Vai também cair o impedimento às mulheres grávidas de casarem novamente nos primeiros 100 dias após o divórcio, nota o Observador.
Os especialistas que aconselharam o Governo sobre estas mudanças acrescentam ainda que deve ser dado o direito às mães e aos filhos de contestar as reivindicações de paternidade, visto que essa opção só está aberta aos pais.
A lei actual determina que o bebé nascido até 200 dias após o novo casamento é filho do novo marido, enquanto as crianças nascidas nos 300 dias a seguir ao divórcio são consideradas filhas do ex-marido.
Por causa disto, algumas mulheres chegaram até a não registar o nascimento dos bebés, especialmente em situações de violência doméstica, de forma a que o agressor não fosse assumido como o pai da criança. Esta foi a razão invocada por mais 70% das 825 pessoas sem registo no país
A proposta de revisão altera este panorama e passa a assumir que o novo marido é o pai da criança. A legislação anterior estava em vigor desde 1898 e não foi alterada nos últimos 120 anos.
Mayumi Ichikawa, uma representante de uma ONG que se dedica a esta causa, sublinha que a mudança desta lei não é suficiente porque só se aplica às mulheres que voltam a casar. Caso o casal esteja separado mas o ex-marido não aceite divorciar-se, a mulher pode continuar a não documentar o nascimento do bebé.
Em 2019, Portugal adoptou uma lei semelhante e acabou com o prazo internupcial que impedia o segundo casamento para os homens até 180 dias após o divórcio ou a viuvez. O prazo estendia-se até 300 dias para as mulheres, mas podia ser reduzido para metade caso a mulher comprovasse que não estava grávida.
https://zap.aeiou.pt/japao-lei-ex-marido-pai-criancas-300-dias-460798
Um homem grávido: A polémica com um dos novos 37 emojis da Apple !
Segundo o Observador, a Apple vai introduzir em breve, estima-se que em março ou em abril, 37 novos emojis, que serão lançados com a atualização iOS 15.4.
Mesmo sem ainda estarem a circular pelas mensagens entre os cibernautas ou nos comentários de publicações das redes sociais, já estão a provocar polémica por ter, por exemplo, um homem grávido e uma pessoa grávida sem revelar o seu género.
Na Emojipedia, a popular biblioteca digital de emojis, explica-se que as novas criações relacionados com a gravidez pretendem representar homens trans ou pessoas não binárias. Contudo, podem ter duplo significado, ao ilustrar uma pessoa com a barriga cheia depois de ter comido muito.
No fim de semana, os republicanos dos Estados Unidos da América insurgiram-se contra o novo boneco.
Sean Spicer, ex-assessor de imprensa de Donald Trump, que tem um programa no canal de notícias conservador Newsmax, começou por o ridicularizar.
“No liceu, satisfiz o requisito de ciência estudando geologia —vejo agora o que perdi — aquelas aulas de biologia ajudar-me-iam a explicar o novo emoji do homem grávido”, escreveu no Twitter.
Já Tucker Carlson, conhecido apresentador e analista político da Fox News utilizou o seu programa para dizer que o emoji era uma forma de “desinformação”.
“No mundo real, os homens podem facilmente ficar grávidos se não tomarem as devidas precauções. Tenham cuidado, malta. Pode acontecer-te a ti”, escreveu no Twitter, com sarcasmo.
Em nome da inclusão social, na lista dos 37 novos emojis surgem também diversas variações de tons de pele na figura dos apertos de mão — ao todo, este ícone conta com 25 combinações de cores de pele entre as duas mãos.
No conjunto de imagens que estarão disponíveis em breve, vê-se também um trol, uma cara que derrete e uns lábios sensuais. Entre os objetos, poder-se-á enviar aos amigos uma roda, um escorrega, muletas, entre outros.
A Emojipedia reuniu todos os novos emojis, mas a versão final que os utilizadores da Apple terão pode sofrer alterações, pois cada empresa está encarregue de os modificar e os retocar para combinar com o seu próprio estilo.
Os desenhos foram originalmente selecionados em setembro de 2021 pelo Unicode Consortium, uma organização sem fins lucrativos que supervisiona e aprova os padrões dos emojis para todos os dispositivos.
https://zap.aeiou.pt/um-homem-gravido-a-polemica-com-um-dos-novos-37-emojis-da-apple-460526
FBI teve acesso ao Pegasus, mas diz que não o usou
Segundo o Público, o FBI confirmou esta quarta-feira que teve acesso ao Pegasus, o programa de espionagem da empresa israelita NSO, que está no centro de uma série de casos de utilização indevida, por regimes pouco democráticos.
O programa já foi usado para vigiar opositores, jornalistas, ou ativistas de direitos humanos, quando foi desenhado, e devia ser usado apenas para contra-terrorismo e criminalidade organizada grave.
A agência de investigação federal norte-americana disse ao diário britânico The Guardian que teve uma “licença limitada” para aceder ao programa, considerado o mais poderoso spyware do mundo, que permitia apenas “teste do produto e avaliação”, dizendo que este software nunca foi usado numa investigação da força policial norte-americana.
O motivo do FBI foi também a preocupação de saber se o programa “caísse nas mãos erradas”, segundo a mensagem enviada ao Guardian.
O The New York Times, que tal como o Guardian faz parte de um consórcio internacional que investiga quem usou o Pegasus e como, revelou antes que o FBI tinha comprado o programa em 2019, durante a Administração Trump.
A empresa NSO disse sempre que o programa foi desenhado de modo a que fosse impossível usá-lo com números com o indicativo dos EUA – ou de Israel.
No entanto, nas últimas semanas percebeu-se que essa informação não é verdadeira, tendo sido provada a vigilância de vários números israelitas.
O uso do software para vigilância de israelitas, incluindo organizadores de protestos contra o então primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, por este ter sido acusado de corrupção, provocou polémica em Israel.
Esta semana, a polícia israelita admitiu que tinha usado o Pegasus de modo irregular, contra os cidadãos.
Na semana passada, uma investigação do The New York Times revelou que a agência de espionagem CIA, o FBI, a agência de combate ao tráfico de drogas DEA, o comando militar dos EUA em África, e várias outras agências e departamentos dos Estados Unidos tiveram conversações com a empresa para adquirir o programa.
Tem capacidade de entrar no smartphone e aceder a todos os dados – conversas, vídeos, geolocalização, entre outros – e ainda ativar remotamente o microfone e a câmara e transmitir para quem estiver a levar a cabo a espionagem.
As negociações entre o FBI e a NSO terão esbarrado em vários obstáculos, sobretudo por preocupação da parte da agência norte-americana que a NSO pudesse ter acesso a informação sensível do FBI. Por isso o programa foi posto a funcionar num outro edifício e não estava ligado aos sistemas do FBI.
A admissão do FBI aconteceu um dia depois de o jornal The Washington Post, que também faz parte do consórcio de investigação, revelar que uma empresa de comunicações móveis dos EUA recebeu uma oferta de “sacos de dinheiro” da NSO em troca de acesso a redes de comunicação.
A informação tem base em revelações de uma fonte, o especialista em segurança de comunicações Gary Miller, que na altura trabalhava para uma empresa da Califórnia, Mobileum que vende serviços de segurança a empresas de comunicações moveis em todo o mundo, e que está a relatar o sucedido ao Departamento de Justiça. Miller diz que a oferta foi feita em 2017.
As alegações acontecem numa altura em que o Departamento de Justiça está a investigar a NSO por alegações de uso irregular do Pegasus. Não é claro se haverá alguma ligação entre a investigação e as alegações de Miller, segundo o jornal The Washington Post.
A administração Biden decidiu, em Novembro passado, pôr a NSO numa “lista negra” do Departamento do Comércio por ter tido ações “contrárias à política externa e ao interesse nacional dos EUA”.
A inclusão nesta lista restringe exportações de congéneres norte-americanas, dificultando, por exemplo, a venda de informação sobre vulnerabilidades de computadores, trazendo várias dificuldades de ordem prática à NSO, e dando ainda um duro golpe na imagem pública da empresa.
https://zap.aeiou.pt/fbi-teve-acesso-ao-pegasus-mas-diz-que-nao-o-usou-460721
Um homem está há 82 dias a comer apenas carne crua !
Todos conhecemos os perigos do frango mal cozido e as várias bactérias nocivas que todos os tipos de carne nos podem passar.
Segundo o Interesting Engineering, por outro lado, também existem muitos pratos tradicionais que são preparados com carne crua com origem na Europa, Sudeste Asiático e África, como por exemplo carpaccio, tartare, kitfo e Ossenworst.
Mas comer carne crua não é normalmente recomendado, pois pode conter bactérias nocivas tais como Salmonella, Listeria, Campylobacter, Yersinia, e E. coli, que podem ser erradicadas pela simples cozedura.
Apesar de tudo, um utilizador do Instagram está a comer carne crua há 82 dias, afirmando que está a ingerir todos os dias até morrer de bactérias, para tentar ver “se vive 5 dias ou 500 anos”.
Documenta o seu hábito alimentar na página de Instagram e filma vídeos enquanto come carne picada crua e cérebros de vaca crus, enquanto os acompanha com leite ou ovos crus, em frente à loja onde compra a carne crua.
Diz que as suas refeições preferidas são peito de frango, bife, e espadarte e de alguma forma conseguiu evitar intoxicações alimentares graves até agora.
O homem anónimo afirma que começou a experiência depois de se ter sentido doente enquanto comia uma dieta principalmente à base de plantas.
“Quando comecei a comer bife e ovos ao pequeno-almoço, em vez de bagels e batidos, senti-me cheio durante a maior parte do dia, e estável, em vez de ficar tonto por causa de quedas de tensão”, afirma na página.
Para além de arriscar a vida enquanto apenas come carne crua, se esta é realmente a sua única dieta alimentar, é provável que arrisque outros problemas de saúde, como escorbuto, hemorroidas, ou prisão de ventre.
A sua experiência é bem recebida por alguns dos seus 85,5 mil seguidores, enquanto muitas pessoas ficam enojadas com os seus hábitos alimentares.
Surpreendentemente, não é o único na Internet a comer comida crua. Há um homem de Weston Rowe que diz que come galinha crua há anos e nunca esteve sequer perto de estar doente.
O Liver King, também come carne crua, testículos, fígado e medula óssea, afirmando que a sua dieta é a chave para estar em forma.
Enquanto um novo estudo tenta desmistificar a teoria de a carne é aquilo que nos faz humanos, este homem está a tentar provar uma nova teoria: “comer carne não cozinhada pode matar-nos“.
https://zap.aeiou.pt/um-homem-esta-ha-82-dias-a-comer-apenas-carne-crua-460708
“Putin, cuidado”: Civis ucranianos estão a realizar exercícios militares !
O ambiente tenso entre Rússia e Ucrânia prolonga-se há anos mas aumentou, ao longo das últimas semanas. A sensação de guerra iminente instalou-se mas os sinais provenientes da Rússia não são claros. Há dezenas de milhares de militares russos junto à fronteira com a Ucrânia (e novos helicópteros terão chegado a essa zona, nesta terça-feira), mas oficialmente não há qualquer “aviso de guerra”.
Mesmo sem o início de qualquer conflito, muitos ucranianos estão a preparar-se para a guerra. Se as autoridades russas alegam que os tais militares estão perto da fronteira para realizarem exercícios militares, há centenas ou milhares de ucranianos que também estão a realizar exercícios militares em Kiev, como preparação para conflitos.
O portal Business Insider salienta esta preparação ucraniana, que reúne arquitectos, banqueiros e dentistas, entre outras profissões. A Rússia tem um poder militar bem superior ao da Ucrânia – mas os ucranianos terão mais de 4 milhões de armas em casa (muitas delas não registadas).
“Vamos lutar, se algo acontecer. O nosso povo está pronto para lutar. Haverá tiros provenientes de todas as janelas, se os russos aparecerem”, avisou um oficial ucraniano, à CNN.
Um dos participantes nos «treinos», o arquitecto e sargento Denys Semyroh-Orlyk, deixou um aviso ao presidente da Rússia, Vladimir Putin: “Nós nunca nos iremos render. Estamos a aproveitar todas as oportunidades para treinar. Por isso, acho que Vladimir Putin deveria ter medo de nós”.
Nos treinos, os civis ucranianos aprendem a utilizar armas, a executar tácticas e manobras de combate e a dominar outras técnicas no terreno.
No entanto, a prioridade destes exercícios não é criar militares que respondam imediatamente a uma eventual invasão russa; o objectivo é aumentar o contingente militar ucraniano, para haver uma colaboração com os militares já existentes.
Noutra cidade, Kharkiv, há uma reunião semanal entre mulheres, que também se preparam para uma guerra, aprendendo a utilizar armas.
Uma das voluntárias é Viktoria Balesina. A professora de ténis de mesa justificou a sua presença, à agência Associated Press: “Esta cidade precisa de ser protegida. Precisamos de fazer alguma coisa. Precisamos de não entrar em pânico e não vamos cair de joelhos”.
https://zap.aeiou.pt/putin-civis-ucranianos-exercicios-militares-guerra-russia-ucrania-460709
A impressão do livro sobre quem denunciou Anne Frank foi suspensa !
Segundo a Deutsche Welle, um e-mail enviado pela editora holandesa sugeriu que a autora e os investigadores deveriam ter maior “senso crítico”.
A editora holandesa Ambo Anthos, que publicou o livro “A traição de Anne Frank“ a 18 de janeiro, informou que suspendeu a impressão da obra devido a possíveis falhas na investigação
A editora aponta que o notário judeu Arnold van den Bergh teria sido o responsável por denunciar a família da adolescente alemã, em Amsterdão, em 1944.
Num e-mail enviado esta segunda-feira aos responsáveis pela pesquisa e pela produção do livro, a empresa sugere que a investigação que resultou na obra pode conter falhas. E destaca que eles deveriam ter maior “senso crítico”.
“Aguardamos respostas dos pesquisadores para as perguntas que surgiram e estão a atrasar a decisão de imprimir outra edição. Oferecemos as nossas sinceras desculpas a qualquer pessoa que se possa ter se sentido ofendida pelo livro“, escreveu a empresa, não divulgando mais detalhes.
Rosemary Sullivan, a escritora canadense e autora do livro, assim como a empresa que editou o livro em inglês, a HarperCollins, com sede em Nova York, também se recusaram a comentar a situação.
Um dos investigadores citados no livro, Pieter van Twisk, disse à agência de notícias Reuters que viu o e-mail e que a equipa da qual fez parte ficou “completamente surpresa” com a mensagem.
“Tivemos uma reunião na semana passada com os editores e conversamos sobre as críticas que sentimos que poderia haver. Concordamos que deveríamos apresentar uma resposta detalhada em alguns dias”, disse Twisk.
No fim de janeiro, as informações contidas no livro já tinham sofrido críticas por parte dos representantes da Fundação Anne Frank, com sede em Basileia, na Suíça, criada pelo pai da adolescente em 1963.
“A obra contribui não para desvendar a verdade, mas sim para confundir e, além disso, está cheia de erros. A prova não é conclusiva. Estão a disseminar uma afirmação que depois, para o público, se torna um tipo de facto, a fugir para teoria da conspiração”, comentou John Goldsmith, presidente da organização.
Além de Goldsmith, o historiador Erik Somers, do Instituto para Estudos sobre Guerra, Holocausto e Genocídio, na Holanda, também tem criticado a pesquisa e o livro.
Johannes Houwink ten Cate, professor de estudos sobre o Holocausto e genocídio em Amsterdão, disse ao jornal holandês NRC Handelsblad que não existiam evidências de que o Conselho Judaico tenha elaborado listas de moradas de esconderijos para judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
“Nunca vi nada disso em 35 anos de pesquisa. Grandes acusações exigem muitas provas, e não há nenhuma”, afirmou, acrescentando que o próprio Van den Bergh esteve escondido durante grande parte de 1944.
O livro é o resultado de uma investigação que envolveu um agente aposentado do FBI e cerca de 30 outros profissionais, entre historiadores, criminologistas e especialistas em dados. Eles identificaram o notário judeu Arnold van den Bergh como o principal suspeito de revelar o esconderijo da família de Anne Frank em Amsterdão.
Durante seis anos, os pesquisadores tentaram chegar a alguma conclusão sobre como os nazis conseguiram encontrar os Frank, após eles terem permanecido escondidos por pelo menos dois anos numa área anexa de um armazém, próximo a um canal da capital holandesa.
O livro relata justamente os detalhes da investigação, que não foi feita com a intenção específica de acusar alguém, mas sim de tentar resolver o mistério histórico de quem entregou a família à Gestapo.
O notário Van den Bergh era membro do Conselho Judaico, por isso tinha muitos contatos e foi inicialmente protegido de ser deportado.
No entanto, em 1944, a sua proteção foi removida. Por isso, num ato de desespero, ele alegadamente divulgou os esconderijos de várias famílias judaicas, com o objetivo de se salvar a si próprio.
A principal prova é a cópia de uma carta anónima que Otto Frank, pai da adolescente, recebeu em 1946.
Nela, era mencionado o nome do notário. Segundo a equipa de investigação, essa pista era conhecida, mas ainda não tinha sido analisada de forma mais aprofundada.
Anne Frank e outros sete judeus foram descobertos pelos nazis a 4 de agosto de 1944 e foram todos deportados.
Anne morreu no campo de Bergen-Belsen, no estado alemão da Baixa Saxónia, em 1945. Logo após ser detida, no entanto, ela foi levada com os restantes membros da família para Auschwitz, na Polónia.
Apenas o pai de Anne Frank sobreviveu à perseguição nazi. Miep Gies, secretária de Otto Frank, foi quem guardou o diário da adolescente e o repassou ao empresário alemão depois do fim da Segunda Guerra Mundial.
Até morrer, em 1980, Otto Frank dedicou-se ao legado da filha e publicou a primeira edição do “Diário de Anne Frank” em holandês, sob o título Het Achterhuis (“A casa dos fundos”), em 1946.
A primeira tradução para o alemão foi publicada em 1950. Dez anos mais tarde, o livro já tinha alcançado circulação mundial de mais de 3,5 milhões de cópias.
O “Diário de Anne Frank”, que retrata principalmente o período em que a adolescente permaneceu escondida dos nazis, foi traduzido para 60 idiomas, sendo, até hoje, um dos livros mais lidos do mundo.
https://zap.aeiou.pt/impressao-do-livro-sobre-traicao-de-anne-frank-e-suspensa-460704
Retirem-se da Ucrânia se não a vão invadir, diz Blinken à Rússia !
Segundo o que um funcionário do Departamento de Estado americano afirmou à Reuters, Antony Blinken disse, numa chamada na terça feira com Sergei Lavrov, que o homólogo retirasse as tropas russas da fronteira com a Ucrânia, se Moscovo não a tencionasse invadir.
Num telefonema que durou cerca de 30 minutos, Blinken e Lavrov tiveram uma conversa “profissional e bastante franca” em inglês, explicou o funcionário, mas acrescentou que não houve qualquer avanço ou acordo e que Washington não tinha visto quaisquer sinais no terreno de uma potencial desaceleração.
“Continuamos a ouvir essas garantias de que a Rússia não está a planear invadir, mas certamente todas as ações que vemos dizem o contrário, com a contínua acumulação de tropas, armas pesadas, a deslocarem-se para a fronteira”, disse o funcionário, falando sob a condição de anonimato.
“O Secretário disse ao Ministro dos Negócios Estrangeiros Lavrov que se o Presidente Putin não pretende verdadeiramente mudar a guerra ou o regime, então este é o momento de retirar as tropas e o armamento pesado e iniciar uma discussão séria, que pode reforçar a segurança coletiva europeia”, sublinhou o funcionário.
A Rússia reuniu mais de 100.000 tropas perto das fronteiras da Ucrânia, enquanto negava os planos de invasão — uma ação que os Estados Unidos e os seus aliados advertiram que desencadearia sanções fortes.
O Ocidente rejeitou formalmente na semana passada as exigências russas de impedir a Ucrânia de aderir à NATO e de retirar as forças da NATO da Europa de Leste, ao mesmo tempo que manifestava vontade de falar sobre controlo de armas e medidas de aumento de confiança.
O funcionário também notou que Lavrov “esclareceu” na sua chamada com Blinken que uma carta que tinha enviado aos Estados Unidos e outros na segunda-feira “não era a sua resposta formal”.
“A resposta (formal) terá de vir do Presidente Putin, depois eles enviam-na para nós”, disse o funcionário.
“Depois de a termos recebido, o secretário e o ministro concordaram que deveriam falar novamente sobre as próximas etapas do processo“, concluiu.
https://zap.aeiou.pt/retirem-se-da-ucrania-se-nao-a-vao-invadir-diz-blinken-a-russia-460683
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022
Biden o incendiário - A Presidência Biden e o Espectro de uma Terceira Guerra Mundial !
Depois de ser eleito presidente em uma eleição amargamente contestada supostamente manipulada pelo rival político, ele deu carta branca a seus patronos no estabelecimento de segurança nacional para aumentar substancialmente a presença militar dos EUA na Europa Oriental, implantar armamentos estratégicos voltados para a Rússia e exercer provocativamente a chamada “liberdade de navegação” no Mar Negro e no Mar da China Meridional, verdadeiras “águas territoriais” da Rússia e da China, respectivamente.
Durante sua carreira política de mais de quarenta anos, primeiro como senador de longa data de Delaware, depois como vice-presidente de Obama e, finalmente, como presidente da nação mais poderosa do mundo, Joe Biden provou consistentemente que é um fantoche sem remorso do estado profundo e um falcão russofóbico incorrigível.
Antes de ser eleito vice-presidente de Obama em 2008, como senador e posteriormente como membro e depois presidente do poderoso Comitê de Relações Exteriores do Senado, Joe Biden , ao lado de outro inveterado falcão neo-McCarthyite , o senador Joe Lieberman , foi um dos principais arquitetos da Guerra da Bósnia na administração Clinton nos anos noventa. Assim, ele não é estranho à política maquiavélica do establishment de segurança nacional dos EUA para desestabilizar a Europa Oriental após a dissolução da antiga União Soviética.
Refletindo sobre a memorável campanha presidencial de 2008 do primeiro presidente negro americano Barack Obama, com o senador pouco conhecido de Delaware, Joe Biden, como seu companheiro de chapa, Glenn Kessler escreveu para o Washington Post [1] em outubro de 2008:
“O momento em que o senador Joseph R. Biden Jr. olhou o líder sérvio Slobodan Milosevic nos olhos e o chamou de 'maldito criminoso de guerra' se tornou uma lenda de campanha.
“O candidato a vice-presidente democrata traz à tona o confronto de 1993 no julgamento de campanha para gritos de alegria dos apoiadores. O senador Barack Obama mencionou isso quando anunciou que havia escolhido Biden como seu companheiro de chapa.
“Durante o debate da vice-presidência com sua contraparte na chapa republicana, a governadora do Alasca Sarah Palin, Biden se deu crédito duas vezes por mudar a política dos EUA na Bósnia. O senador de Delaware declarou que 'foi o catalisador para mudar a situação na Bósnia liderada pelo presidente Clinton'. Em outro momento, ele observou: “Minhas recomendações sobre a Bósnia – admito que fui o primeiro a recomendá-la. Eles salvaram dezenas de milhares de vidas.'”
Em vez de “salvar dezenas de milhares de vidas”, as devastadoras Guerras Iugoslavas nos anos noventa, após o desmembramento da ex-União Soviética e depois da ex-Iugoslávia, causaram inúmeras mortes, criaram uma crise humanitária e desencadearam uma enxurrada de refugiados. pela qual ninguém tem culpa, a não ser a política militarista do governo Clinton de subjugar e integrar à força os estados do Leste Europeu no bloco capitalista ocidental.
Em relação ao modus operandi de Washington de travar guerras por procuração na Europa Oriental e no Oriente Médio, desde os tempos da jihad soviético-afegã durante os anos oitenta, tem sido o plano de jogo à prova de falhas dos mestres estrategistas da OTAN para levantar dinheiro do petróleo -estados ricos do Golfo; então compre armas no valor de bilhões de dólares nos mercados de armas da Europa Oriental; e, em seguida, fornecer essas armas e treinamento de guerrilha à população insatisfeita do país vítima, usando as agências de inteligência dos adversários regionais deste último. Seja no Afeganistão, Bósnia, Kosovo, Chechênia, Líbia ou Síria, a mesma cartilha foi executada ao pé da letra.
Arrecadar fundos para guerras por procuração das petromonarquias do Golfo permite ao estado profundo a liberdade de evitar o escrutínio do Congresso; o benefício de comprar armas de mercados de armas não regulamentados da Europa Oriental é que tais armas não podem ser rastreadas até as capitais ocidentais; e usar representantes jihadistas para atingir objetivos estratégicos tem a vantagem de aceitar o argumento de “negação plausível” se a estratégia sair pela culatra, o que muitas vezes acontece. Lembre-se de que a Al-Qaeda e o Talibã foram os subprodutos da jihad soviético-afegã, e o Estado Islâmico e sua rede global de terroristas foram o retrocesso da guerra por procuração na Síria.
Ingenuamente dando crédito ao ex-senador e vice-presidente Joe Biden por seu suposto “intervencionismo humanitário” e por criar uma catástrofe nos Bálcãs nos anos noventa, Paul Richter e Noam N. Levey, escrevendo para o LA Times [2] em agosto de 2008, observado:
“Biden frequentemente favorece intervenções humanitárias no exterior e foi um dos primeiros e influentes defensores da ação militar dos EUA nos Bálcãs na década de 1990.
“Biden considera que sua realização mais importante em política externa foi sua liderança nos Bálcãs em meados da década de 1990. Ele pressionou um governo Clinton relutante, primeiro para armar muçulmanos sérvios e depois usar o poder aéreo dos EUA para suprimir o conflito na Sérvia e em Kosovo.
“Em seu livro, 'Promises to Keep', Biden chama isso de um de seus dois 'momentos de maior orgulho na vida pública', junto com a Lei de Violência Contra as Mulheres que ele defendeu.
“Em 1998, ele trabalhou com o senador John McCain em uma resolução bipartidária para pressionar o governo Clinton a usar toda a força disponível para confrontar o líder sérvio Slobodan Milosevic, um movimento destinado a forçar o presidente a usar tropas terrestres, se necessário, contra as forças sérvias no ex-presidente. Iugoslávia, que foi assolada por combates e limpeza étnica”.
O militarismo beligerante de Biden, no entanto, não parou nos Bálcãs, como o presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, Biden disse em 2002 que Saddam Hussein era uma ameaça à segurança nacional dos EUA e não havia opção a não ser eliminar essa ameaça. Em outubro de 2002, ele votou a favor da “Autorização para Uso da Força Militar contra o Iraque”, aprovando a invasão do Iraque pelos Estados Unidos.
Mais significativamente, como presidente do comitê, ele reuniu uma série de testemunhas para depor a favor da autorização. Eles deram testemunhos deturpando grosseiramente a intenção, a história e o status de Saddam e seu governo baathista, que era um inimigo declarado abertamente da Al-Qaeda, e divulgando a posse fictícia de armas de destruição em massa pelo Iraque.
Escrevendo para o The Guardian em fevereiro de 2020, Mark Weisbrot observou [3] que Joe Biden estava na vanguarda de reunir apoio bipartidário para a Guerra do Iraque ilegal e voltaria para assombrá-lo nas eleições presidenciais como a cumplicidade criminosa de Hillary Clinton em emprestar legitimidade à invasão unilateral do Iraque pelo governo Bush frustrou suas ambições presidenciais também nas eleições presidenciais de 2016.
Weisbrot adicionou:
“Quando a guerra foi debatida e autorizada pelo Congresso dos EUA em 2002, os democratas controlavam o Senado e Biden era presidente do comitê de relações exteriores do Senado. O próprio Biden teve enorme influência como presidente e argumentou fortemente a favor da resolução de 2002 que concedeu ao presidente Bush autoridade para invadir o Iraque.
“'Não acredito que isso seja uma corrida para a guerra', disse Biden alguns dias antes da votação. “Acredito que é uma marcha para a paz e a segurança. Acredito que o fracasso em apoiar esmagadoramente esta resolução provavelmente aumentará as perspectivas de que a guerra ocorra...'
“Mas ele tinha um poder muito maior do que suas próprias palavras. Ele foi capaz de escolher todas as 18 testemunhas nas principais audiências do Senado sobre o Iraque. E ele escolheu principalmente pessoas que apoiavam uma posição pró-guerra. Eles argumentaram a favor da 'mudança de regime como a política declarada dos EUA' e alertaram para 'um Saddam com armas nucleares em algum momento desta década'. Que os iraquianos 'receberiam os Estados Unidos como libertadores' e que o Iraque 'permite que membros conhecidos da Al-Qaeda vivam e se movimentem livremente no Iraque' e que 'eles estão sendo apoiados'”.
Quando a mal concebida invasão e ocupação do Iraque não saiu como planejado e o país caiu em uma miríade de conflitos étnicos e sectários, em novembro de 2006, Biden e Leslie H. Gelb, presidente emérito do Conselho de Relações Exteriores, divulgaram um “ estratégia abrangente” para acabar com a violência sectária no Iraque. Em vez de continuar a abordagem anterior ou retirar as forças dos EUA, o plano pedia “uma terceira via”: federalizar o Iraque e dar aos curdos, xiitas e sunitas “espaço para respirar” em suas próprias regiões.
In September 2007, a non-binding resolution endorsing such a scheme passed the Senate, but the idea was unfamiliar, had no political legitimacy, and failed to gain traction. Iraq’s political leadership denounced the resolution as a de facto “Balkanization of Iraq,” and the US Embassy in Baghdad issued a statement distancing itself from it. Foreign policy “maven” Biden laughed it off as nothing more than one of his facetious gaffes.
Em relação à guerra por procuração de uma década na Síria orquestrada por Washington para garantir a segurança regional de Israel, discursando em um seminário em Harvard [4] em 2014, “Joe não tão sonolento” astuciosamente buscou refúgio em negação plausível e sustentou: “Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos transferiram centenas de milhões de dólares e grandes quantidades de armamento para uma variedade de milícias islâmicas dentro da Síria, incluindo pelo menos uma com laços com a Al Qaeda”.
“Os turcos eram grandes amigos e eu tenho um ótimo relacionamento com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, … os sauditas, os emirados etc. O que eles estavam fazendo? Eles estavam tão determinados a derrubar o presidente sírio Bashar al-Assad e essencialmente ter uma guerra sunita-xiita por procuração. O que eles fizeram?" Biden perguntou, de acordo com uma gravação do discurso postada no site da Casa Branca.
“Eles despejaram centenas de milhões de dólares e dezenas de milhares de toneladas de armas em qualquer um que lutasse contra Assad, exceto que as pessoas que estavam sendo fornecidas eram al-Nusra e Al Qaeda, e os elementos extremistas dos jihadistas vindos de outros países. partes do mundo."
Para seu crédito, apesar de ser um belicista disfarçado de “pacífico”, o ex-presidente Obama era pelo menos inteligente. Tendo se formado como um dos alunos mais pobres da faculdade de direito, o então vice-presidente Biden não percebeu a ironia de seus comentários.
Os Estados do Golfo, Turquia e Jordânia não canalizaram dinheiro e armas para a guerra por procuração da Síria sem um aceno de Washington. A Operação Timber Sycamore da CIA para treinar e armar militantes sírios que lutaram contra o governo Bashar al-Assad de 2012 a 2017 nas regiões fronteiriças da Jordânia e da Turquia foi aprovada e supervisionada pelo governo Obama, do qual Biden foi vice-presidente e segundo em- comando.
De fato, Washington exerceu um controle tão absoluto sobre o teatro de guerra por procuração da Síria que, embora os EUA tenham fornecido abertamente as armas antitanque de fabricação americana (TOW) a grupos militantes sírios, proibiu estritamente seus clientes de fornecer armas antiaéreas (MANPADS) para os militantes, porque Israel freqüentemente pilota aviões de vigilância e drones e ocasionalmente realiza ataques aéreos no Líbano e na Síria, e se essas armas tivessem caído nas mãos de jihadistas, elas poderiam se tornar uma ameaça de segurança de longo prazo para a força aérea israelense.
Apesar de ostensivamente travar uma “guerra ao terror” nas últimas duas décadas, o estado profundo dos EUA nutriu clandestinamente jihadistas islâmicos e os usou como representantes em inúmeras zonas de conflito do Oriente Médio, Norte do Cáucaso e Balcãs para alcançar “objetivos estratégicos”. de desestabilizar adversários regionais e globais.
Se dermos uma olhada superficial na história das recentes administrações dos EUA, as administrações Carter e Reagan treinaram e armaram jihadistas afegãos contra a antiga União Soviética durante a Guerra Fria nos anos oitenta, esses mesmos “combatentes da liberdade” mais tarde se transformaram em al-Qaeda. e Talibã ;
a administração Clinton usou jihadistas islâmicos para desmantelar a ex-Iugoslávia nos anos noventa;
a administração Bush invadiu o Iraque em 2003 que deu origem à Al-Qaeda no Iraque;
e o governo Obama-Biden iniciou guerras por procuração na Líbia e na Síria em 2011 para derrubar os governos nacionalistas árabes do líder líbio Gaddafi e do presidente sírio Bashar al-Assad, que deram origem a grupos extremistas como Ansar al-Sharia na Líbia e Estado Islâmico e outros. -Frente Nusra na Síria.
Nauman Sadiq é um analista geopolítico e de segurança nacional baseado em Islamabad focado em assuntos geoestratégicos e guerra híbrida nas regiões Af-Pak e Oriente Médio. Seus domínios de especialização incluem neocolonialismo, complexo industrial militar e petroimperialismo.
Ele é um colaborador regular de relatórios investigativos meticulosamente pesquisados e de fontes confiáveis para a Global Research.
https://undhorizontenews2.blogspot.com/
ISIS é uma ameaça que ainda existe na Síria !
Em 30 de janeiro, as Forças Democráticas Sírias (SDF) apoiadas pelos EUA anunciaram que um ataque do ISIS à prisão de Geweran, que começou há dez dias, terminou com seus combatentes no controle total da instalação.
Um dia antes, um grupo de cerca de 20 terroristas liderados por um comandante conhecido como “Abu Ubayda” cercaram as FDS
Embora a batalha dentro da prisão possa ter acabado, alguns dos terroristas que conseguiram escapar da prisão ainda podem estar escondidos em áreas próximas esperando uma chance de atacar ou fugir.
O destino de cerca de 2.000 terroristas que foram detidos na prisão de Geweran antes do ataque do ISIS permanece incerto. Um relatório de al-Quds al-Arabi revelou que cerca de 200 terroristas deixaram a prisão sob um acordo secreto com as FDS.
De acordo com um relatório divulgado pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos em 30 de janeiro, a batalha da prisão de Geweran custou a vida de 268 terroristas do ISIS, sete civis e 98 funcionários das FDS e suas forças de segurança.
O ataque do ISIS à prisão foi um golpe tanto para as FDS quanto para a coalizão liderada pelos EUA, que não parecem estar no controle da situação no nordeste da Síria.
Em um exemplo da confusão das forças de coalizão lideradas pelos EUA, em 28 de janeiro, os soldados do Exército Árabe Sírio (SAA) confrontaram uma unidade do Serviço Aéreo Especial (SAS) do Exército Britânico que tentou entrar na “zona de segurança” controlada pelo governo. no centro da cidade de al-Hasakah duas vezes. A unidade de elite, que foi implantada perto da prisão de Geweran, foi supostamente perdida.
Enquanto isso, a situação no centro da Síria, onde as células do ISIS estão travando uma insurgência, continua tensa.
Em 28 de janeiro, terroristas do ISIS atacaram várias posições da SAA e seus aliados perto da cidade de Se'alow, na margem ocidental do rio Eufrates, no interior do sul de Deir Ezzor. Quatro combatentes apoiados pelo Irã ficaram feridos.
O ataque pode ter sido apenas uma distração para facilitar a travessia de terroristas que haviam escapado recentemente da prisão de Geweran para a região central.
Em 29 de janeiro, os terroristas atacaram novamente, desta vez visando um ônibus que transportava um grupo de combatentes apoiados pelo Irã perto da cidade de al-Sawanah, no interior oriental de Homs. Vários combatentes ficaram feridos.
Na região noroeste da Síria, conhecida como Grande Idlib, a situação permanece calma, mas apenas graças às más condições climáticas.
Em 30 de janeiro, Jaysh al-Izza libertou cinco soldados sírios e entregou os restos mortais de um general iraniano Bridger, que foi morto no norte de Hama em 2016, sob um acordo com as autoridades sírias.
Em troca, as autoridades libertaram três militantes de Jaysh al-Izza que foram capturados pela SAA há menos de dois anos. A troca ocorreu na travessia de Tronba, no interior do sudeste de Idlib.
Enquanto isso, no sul da Síria, apenas dois ataques menores foram relatados na província de Daraa, em 31 de janeiro.
Em 29 de janeiro, o ex-rebelde Talib Moahamad foi baleado e morto por homens armados não identificados na cidade de Nahij, na zona rural de Daraa.
Em 29 de janeiro, homens armados não identificados incendiaram a sede do Conselho Local de Saida, na zona leste de Daraa.
A Síria pode experimentar uma nova rodada de escalada em breve. A situação de segurança no país continua vulnerável, epicamente nas regiões nordeste e central, onde a influência do ISIS continua forte.
South Front
Paciente com covid-19 e VIH desenvolveu 21 mutações do coronavírus !
Uma mulher sul-africana com VIH que não estava a receber um tratamento adequado e que ficou infetada com covid-19 durante nove meses desenvolveu pelo menos 21 mutações do coronavírus dentro do seu corpo.
Estas são as conclusões de um novo estudo que ainda não foi revisto por pares e a notícia foi avançada pela Bloomberg. Quando a mulher de 22 anos começou a tomar a medicação retro-viral usada para tratar o VIH, conseguiu finalmente recuperar da covid-19 até entre seis e nove semanas.
O estudo vem novamente comprovar que a covid-19 se pode mutar muito rapidamente quando é contraída por pessoas imunodeprimidas, especialmente quando estas não estão a ser tratadas, o que pode acelerar o desenvolvimento de novas variantes. Tanto a variante Beta como a Ómicron foram detetadas pela primeira vez na África do Sul.
“Este caso, como outros anteriores, descreve um potencial caminho para o surgimento de novas variantes. A nossa experiência reforça investigações anteriores de que os tratamentos anti-retrovirais eficazes são a chave para controlar estas situações”, apontam os cientistas, que sublinham que isto é só uma hipótese.
A África do Sul tem a maior epidemia de VIH do mundo. Da sua população de cerca de 60 milhões de pessoas, 8.2 milhões foram infetadas com este vírus que ataca o sistema imunitário. O vírus do VIH é muito comum na África subsariana, que acolhe cerca de 70% das infeções a nível mundial.
O coronavírus abrigado pela paciente estudada na pesquisa desenvolveu pelo menos 10 mutações na proteína spike, o que lhe permitiu ligar-se às células e criar as outras 11 mutações detetadas.
Algumas das mudanças foram comuns às vistas nas variantes Ómicron e Lambda enquanto que outras foram consistentes com mutações que permitem ao vírus escapar aos anticorpos.
https://zap.aeiou.pt/covid-19-vih-21-mutacoes-460472
“Holocausto não teve nada a ver com raça”: Canal suspende Whoopi Goldberg após comentários polémicos !
A ABC News suspendeu Whoopi Goldberg durante duas semanas do programa de televisão “The View”, onde é uma das comentadoras. Uma decisão tomada depois de a actriz de 66 anos ter dito que o “Holocausto não teve nada a ver com raça”.
Um comentário feito durante uma discussão em torno da decisão de uma escola norte-americana que baniu uma novela gráfica sobre o Holocausto, considerando que tinha excesso de nudez e palavrões, além de conteúdo “suicida”.
“O Holocausto não é sobre raça. É sobre a desumanidade do homem para com o homem” e envolveu “dois grupos de pessoas brancas”, afirmou Whoopi Goldberg no programa.
Após a polémica levantada pelas suas declarações, a actriz pediu desculpas, mas também isso não lhe saiu muito bem, pois afirmou, numa entrevista, que os nazis mentiram e que, na verdade, tinham problemas com a etnia e não com a raça.
Posteriormente, Whoopi Goldberg reforçou o pedido de desculpas, salientando que o Holocausto foi, “de facto, sobre raça porque o Hitler e os nazis consideravam os Judeus como uma raça inferior”.
A actriz também vincou, numa publicação no Twitter, que o Holocausto teve tanto a ver com “raça” como com “desumanidade”. “O povo judeu pelo mundo sempre teve o meu apoio e não o vou abandonar”, apontou ainda. “Lamento a dor que causei”, reforçou.
Mas, apesar dos mea culpas, a ABC News resolveu suspender Whoopi Goldberg devido aos “comentários errados e ofensivos” que fez. “Estará ausente durante um tempo para reflectir”, referiu a estação numa nota no Twitter que é assinada pelo próprio presidente da ABC News, Kim Godwin.
“Apesar de se ter desculpado, pedi-lhe que se afastasse por uns tempos para reflectir e perceber o impacto dos seus comentários”, argumentou Godwin.
“Toda a organização ABC News mantém solidariedade para com os nossos colegas Judeus, amigos, famílias e comunidades”, vincou ainda a ABC.
Entretanto, o jornal britânico Daily Mail assegura que os colegas de Whoopi Goldberg no The View, Sunny Hostin, Joy Behar e Ana Navarro, estão “furiosos com a decisão da emissora” depois do pedido de desculpas da actriz.
Não se sabe se a suspensão implica que Whoopi Goldberg fica sem receber o salário de 96 mil dólares por semana, de acordo com o mesmo jornal.
Nas redes sociais, várias pessoas se colocam ao lado da actriz e há quem note que o melhor é “cancelar” o programa se as pessoas não podem ter a sua opinião. Há ainda quem afirme que não vai assistir ao The View enquanto Whoopi Goldberg estiver suspensa.
Já Steve Greenberg nota que, “como homem judeu”, acredita que ela não falou “com malícia ou desrespeito”.
Mas, por outro lado, também há quem considere que a suspensão não é suficiente e que Whoopi Goldberg devia ser despedida.
E há quem se lembre do caso da comediante Roseanne Barr que foi despedida da ABC, em Maio de 2018, no seguimento de publicações racistas no Twitter, onde comparou uma conselheira afro-americana do então Presidente dos EUA, Barack Obama,a um macaco.
Ora, Whoopi Goldberg “não estava a brincar”, entendem os que pedem o mesmo tratamento para a actriz.
Não é a primeira vez que Whoopi Goldberg se envolve em polémicas. Em 2009, disse que o realizador Roman Polanksi que se declarou culpado de “sexo ilegal com menor” em 1997, não tinha cometido “violação-violação”.
Além disso, também defendeu Bill Cosby quando este estava a ser alvo de acusações de abuso sexual.
https://zap.aeiou.pt/holocausto-raca-whoopi-goldberg-460615
A misteriosa cidade de Cahokia foi abandonada, mas ninguém sabe porquê !
Situada nas margens do rio Mississippi, a cidade de Cahokia, agora esquecida, já foi uma metrópole movimentada, lar da cultura indígena desta região.
Atualmente, ninguém sabe o que lhe aconteceu. Diz-se que as dezenas de milhares de habitantes simplesmente “desapareceram”.
Segundo a Science Alert, um estudo publicado o ano passado foi, pelo menos, capaz de descartar uma ideia anterior: a que a desflorestação e o uso excessivo da terra em redor a Cahokia causaram erosão excessiva e inundações locais na área, tornando-a menos habitável para os nativos americanos.
Foi realizada uma análise dos núcleos de sedimentos recolhidos perto de montes de terra, no local histórico do Estado de Cahokia Mounds.
Os investigadores compreenderam que o solo permaneceu estável desde o apogeu de Cahokia, até meados do século XVII,I e ao desenvolvimento industrial. Ou seja, não se verificou qualquer catástrofe ambiental.
“Há uma teoria sobre as práticas de uso do solo que levam à erosão e sedimentação e contribuem para todas estas consequências ambientais”, referiu Caitlin Rankin, arqueóloga da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign. “Quando revisitamos o local, não conseguimos ver provas da inundação“, acrescenta.
Os montes ao lado do o local de escavação encontram-se em zonas baixas e perto de um riacho — uma posição privilegiada para qualquer inundação local que pudesse ter acontecido. No entanto, não havia sinais de sedimentos deixados pelas inundações nas camadas de terra.
É evidente que as pessoas que viviam em Cahokia cortaram bastantes árvores, muito provavelmente para fazer fortificações defensivas.
Contudo, a investigação mostrou que a desflorestação não provocou o tipo de erosão e inundação que expulsaria as pessoas das suas casas.
“Neste caso, havia provas de utilização intensiva de madeira”, notou
Rankin num comunicado de imprensa na altura. “Mas isso não tem em conta o
facto de que as pessoas podem reutilizar materiais — tanto quanto se
pode reciclar”.
Cahokia continua a ser um tema fascinante para os especialistas, como é o exemplo um estudo publicado em 2020, que analisava as fezes humanas antigas.
O estudo sugeria que as pessoas começaram a regressar a Cahokia muito antes dos colonos europeus terem começado a chegar, no século XVI. É possível que a deserção da metrópole não tenha durado assim tanto tempo.
Os problemas que estamos a causar ao planeta neste momento tornam mais fácil imaginar que o “ecocídio” seja responsável por alguns dos mistérios inexplicáveis do passado, diz a equipa por detrás do estudo de 2021. Mas é importante continuar a escavar para encontrar as provas sobre o que realmente aconteceu.
“Ao eliminar esta possibilidade, seguimos para outras explicações que exigem que procuremos outras vias de investigação“, concluiu Tristram Kidder, antropólogo da Universidade de Washington, em St. Louis.
https://zap.aeiou.pt/a-cidade-cahokia-foi-misteriosamente-abandonada-e-ainda-nao-se-sabe-porque-460498
China acaba com aplicações de encontros entre homossexuais nas lojas de apps !
Segundo o Público, a aplicação móvel Grindr, que facilita encontros amorosos entre homossexuais, foi excluída das lojas de apps na China, numa altura em que as autoridades estão reforçar o controlo sobre a Internet.
Os dados da empresa de pesquisa Qimai indicam que o Grindr deixou de estar disponível para descarregar no país asiático.
De acordo com a norte-americana Apple, os gestores do Grindr removeram a aplicação da App Store na China. A Google Play não está disponível no país. A app também não foi encontrada em outras plataformas operadas por empresas chinesas.
Os reguladores da Internet na China lançaram uma campanha para erradicar conteúdo ilegal e sensível durante o feriado do Ano Novo Lunar e os Jogos Olímpicos de Inverno, que decorrem em fevereiro.
A campanha visa “criar um ambiente online civilizado, saudável, festivo e propício para a opinião pública durante o Ano Novo Lunar”, disse o governo, em comunicado.
Embora a homossexualidade não seja um crime desde 1997 na China, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é proibido e as questões LGBTI+ permanecem tabu.
No ano passado, as contas na rede social WeChat de proeminentes grupos académicos de direitos LGBTQ foram bloqueadas.
A censura de conteúdo na Internet surge depois de ter também sido banida a representação de casais homossexuais no cinema ou séries de televisão no país.
https://zap.aeiou.pt/china-acaba-com-aplicacoes-de-encontros-entre-homossexuais-das-lojas-de-apps-460517
Donald Trump acusado de se envolver diretamente na tentativa de confiscar máquinas de voto !
O então Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá estado diretamente envolvido numa tentativa de usar agências de segurança nacional para confiscar máquinas de voto depois da sua derrota eleitoral em 2020, com uma participação maior do que o que era conhecido até agora.
Segundo o The New York Times, que cita três fontes anónimas, Trump instruiu o seu advogado pessoal, Rudolph Giuliani, a fazer um telefonema ao Departamento de Segurança Interna para pedir se poderia confiscar máquinas de voto em três estados.
O telefonema foi feito ainda antes da invasão do Capitólio, em que apoiantes de Trump tentaram impedir o processo de certificação dos resultados eleitorais e da vitória de Joe Biden.
A resposta que Giuliani recebeu foi que o Departamento não tinha autoridade para confiscar as máquinas.
Antes, Trump tinha perguntado a William Barr, procurador-geral, cargo equivalente ao de ministro da Justiça, se o Departamento de Justiça poderia confiscar as máquinas, mas Barr disse-lhe que não, e havia ainda um plano de ordenar ao Departamento de Defesa que levasse a cabo a ação.
Segundo o jornal diário americano, chegaram mesmo a ser redigidas duas ordens executivas para que o Pentágono e o Departamento de Segurança Interna confiscassem as máquinas.
Já era conhecida a existência de propostas para usar pelo menos três departamentos federais para interferir no processo dos estados para apoiar a tentativa de Trump se manter no poder, mas a pergunta de Trump a Barr e o telefonema ao Departamento de Segurança Interna são informações novas.
“Dão uma perspetiva nova sobre como o antigo Presidente considerou, e de algum modo tentou, que os planos fossem concretizados, o que levaria os EUA para uma situação totalmente nova de ter a autoridade federal a tomar o controlo de sistemas de voto geridos pelos estados devido a alegações sem qualquer base de fraude eleitoral generalizada”, lê-se na New York Times.
Trump continua a dizer que venceu as eleições, apesar de todas as provas em contrário e nada que apoie minimamente a sua alegação.
Nenhum dos 42 processos com supostos indícios de fraude foi dado como credível, incluindo pelo Supremo Tribunal dos EUA e por juízes nomeados pelo próprio Trump.
Ainda no fim de semana, o ex-Presidente declarou, num comício no Texas, que se fosse eleito de novo, poderia perdoar as pessoas acusadas por terem participado na ofensiva ao Capitólio de 6 de Janeiro.
Mais de 700 pessoas que participaram no motim estão a ser acusadas, entre elas 11 por conspiração para sedição.
Os esforços para reverter o resultado eleitoral e de se manter no poder estão a ser investigados pela comissão que analisa o ataque ao Capitólio e por uma procuradora na Georgia.
A procuradora “recebeu informação indicando uma probabilidade razoável de que a administração das eleições do estado da Georgia em 2020, incluindo a eleição do Presidente dos Estados Unidos no estado, tenha sido objeto de possíveis perturbações criminosas“.
https://zap.aeiou.pt/trump-tenta-confiscar-maquinas-de-voto-460511
Preso durante 20 anos - Saiu agora em liberdade, depois do irmão gémeo confessar o crime !
Kevin Dugar saiu da prisão de Cook, em de Illinois, nos Estados Unidos, na passada terça-feira à noite, segundo a ABC 7.
O seu irmão gémeo, Karl Smith, confessou ter morto a vítima em 2003, e ter ferido uma segunda pessoa no lado norte da cidade. Dugar terá de viver numa instalação residencial de transição, da qual não lhe será permitido sair durante 90 dias.
Smith está atualmente preso e a cumprir uma pena de 99 anos, por uma invasão doméstica em 2008, que terminou com a morte de uma criança de 6 anos com um tiro na cabeça.
De acordo com o Chicago Tribune, Karl Smith já tinha confessado o crime antes, mas o juiz considerou que “não era credível” em 2018, apontando o facto de que lhe tinha sido negado um recurso e provavelmente não seria libertado. Dugar também não foi submetido a um novo julgamento.
“Estou aqui para confessar um crime de que o meu irmão foi acusado injustamente”, testemunhou Smith em 2016.
Três anos antes, também admitiu o assassinato numa carta a Dugar. “Tenho de desabafar antes que isso me mate”, escreveu Smith. “Por isso, vou ser sincero e rezar para que me perdoem”.
No entanto, o Centro Noroeste de Condenações Injustas recorreu o caso de Dugar, com um juiz a acabar por o libertar. O advogado de Dugar, Ron Safer, espera que Dugar não seja julgado de novo.
“Este caso está numa situação muito diferente da de há 20 anos atrás. Toda a gente sabe muito mais sobre o assunto”, concluiu Safer.
https://zap.aeiou.pt/preso-durante-20-anos-saiu-agora-em-liberdade-depois-do-irmao-gemeo-confessar-o-crime-460505
Coreia do Norte confirma teste de um míssil capaz de atacar Guam !
Segundo a Time, é o lançamento mais significativo da Coreia do Norte nos últimos anos, uma vez que Washington pretende responder para demonstrar o seu empenho na segurança dos aliados na região.
A Agência Central de Notícias oficial coreana disse que o teste de domingo do míssil Hwasong-12 tinha como objetivo avaliar a arma que estava a ser produzida e lançada e verificar a sua capacidade.
O órgão de comunicação referiu que uma câmara instalada na ogiva do míssil tirou uma fotografia da Terra do espaço, e a Academia de Ciências da Defesa confirmou a precisão, segurança e eficácia do sistema de armamento.
A Coreia do Norte afirmou que o míssil foi lançado em direção à água no largo da sua costa oriental num ângulo elevado, para evitar que sobrevoasse outros países. Não foram dados mais pormenores.
De acordo com a avaliação sul-coreana e japonesa, o míssil voou cerca de 800 quilómetros e atingiu uma altitude máxima de 2.000 quilómetros, antes de aterrar nas águas entre a Península da Coreia e o Japão.
Os detalhes de voo tornam o míssil no mais potente testado, desde 2017, quando o país lançou mísseis Hwasong-12 e mísseis de longo alcance numa série de disparos de armas, para adquirir a capacidade de lançar ataques nucleares em bases militares dos Estados Unidos na Ásia do Norte e no Pacífico, e mesmo na pátria americana.
O míssil Hwasong-12 é uma arma terra-a-terra com capacidade nuclear, cujo alcance máximo é de 4.500 quilómetros quando é disparado numa trajetória padrão.
É a distância suficiente para alcançar o território dos Estados Unidos de Guam. Em agosto de 2017, no auge das animosidades com a administração de Trump, as Forças Estratégicas da Coreia do Norte ameaçaram lançar “um fogo envolvente” perto de Guam, com mísseis Hwasong-12.
Em 2017, a Coreia do Norte também testou mísseis balísticos intercontinentais chamados Hwasong-14 e Hwasong-15 que, segundo os peritos, demonstraram a sua capacidade de alcançar os EUA continental.
O lançamento de domingo foi a sétima ronda de lançamentos de mísseis da Coreia do Norte, só em janeiro. Outras armas testadas recentemente incluem um míssil hipersónico de desenvolvimento e um míssil lançado por um submarino.
Alguns especialistas dizem que o aumento da atividade de testes mostra como o líder norte-coreano Kim Jong Un está determinado a modernizar os seus arsenais de armas, apesar das dificuldades económicas relacionadas com a pandemia, e das sanções internacionais lideradas pelos EUA.
Os mesmo especialistas sublinham que Jong Un também pretende, provavelmente, obter concessões da administração de Biden, tais como alívio de sanções ou reconhecimento internacional como uma potência nuclear.
Após o lançamento de domingo, funcionários da Casa Branca disseram que vêm o último teste de mísseis como parte de uma série de provocações ao longo dos últimos meses, que se têm tornado cada vez mais preocupantes.
A administração Biden planeia responder ao último teste de mísseis nos próximos dias com um movimento não especificado, destinado a demonstrar ao líder coreano que está empenhado na segurança dos aliados na região, de acordo com um funcionário da administração que informou os repórteres, sob anonimato.
Os Estados Unidos apelaram novamente à Coreia do Norte para que voltasse às conversações, mas deixaram claro que não vê o tipo de cimeiras como a de Donald Trump e Kim Jong Un como sendo construtivas, neste momento.
Oficiais sul-coreanos e japoneses também condenaram o lançamento de domingo, que violou as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que proíbe o país de testar mísseis balísticos e armas nucleares.
O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, explicou que o lançamento de mísseis no domingo deixou a Coreia do Norte perto de quebrar a sua moratória auto-imposta aos testes de armas de 2018.
A diplomacia liderada pelos EUA com o objetivo de convencer a Coreia do Norte a abandonar o seu programa nuclear continua em grande parte paralisada, desde que uma segunda cimeira entre Jong Un e Trump colapsou no início de 2019, devido a disputas sobre as sanções lideradas pelos EUA contra a Coreia do Norte.
Os especialistas dizem que a Coreia do Norte pode parar a sua onda de testes após o início dos Jogos de Inverno de Pequim na sexta-feira, porque a China é o seu mais importante aliado.
Acrescentam ainda que a Coreia do Norte pode testar armas maiores quando os Jogos Olímpicos terminarem, e as forças armadas dos EUA e da Coreia do Sul começarem os seus exercícios militares anuais da primavera.
https://zap.aeiou.pt/coreia-do-norte-confirma-o-teste-de-um-missil-capaz-de-atacar-guam-460476
Guiné-Bissau:Tiros e “tentativa de golpe de estado” !
Guiné-Bissau pode estar a viver uma tentativa de mudança de liderança no país. Ou é “apenas” novo episódio de violência com armas.
Nesta terça-feira, à porta do Palácio do Governo foram ouvidos – e filmados – tiros de bazuca e rajadas de metralhadora.
No momento dos tiros, estava a decorrer um Conselho de Ministros com a presença do presidente Umaro Sissoco Embaló e o primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam.
O Palácio terá sido invadido por um grupo de militares – que não estavam fardados.
Foi montado um perímetro de segurança por militares. Ninguém concede aceder ao local, para já.
Não se sabe se há feridos ou mortos mas a delegada da agência Lusa na Guiné-Bissau, Isabel Marisa Serafim, informou que há pelo menos quatro feridos.
As divergências entre o presidente Umaro Sissoco Embaló e o Governo liderado por Nuno Gomes Nabiam multiplicam-se e são públicas. Ainda há poucos dias decorreu uma remodelação do Executivo – decisão do presidente e contestada pelo primeiro-ministro, num momento inicial.
Em Portugal, Augusto Santos Silva, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, condenou este incidente: “Há movimentações armadas em Bissau que se dirigem contra as autoridades legítimas da Guiné-Bissau, o Presidente e o Governo, e Portugal condena qualquer tentativa de, pela violência, impedir o normal funcionamento dos órgãos de soberania da Guiné-Bissau, nos termos da Constituição”.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental já reagiu a este episódio. Condena esta “tentativa de golpe de Estado” e pede aos militares para “voltarem às cavernas” manter uma “postura republicana”.
https://zap.aeiou.pt/guine-bissau-tiros-e-tentativa-de-golpe-de-estado-460491
Brasil: Cratera no asfalto durante obras do metro !
As imagens captadas pela Globo mostram a cratera bem evidente na Marginal Tietê, que fica na Freguesia do Ó, na Zona Norte de São Paulo. Naquele local estão a decorrer obras do metro, na Linha 6-Laranja.
O incidente aconteceu na manhã desta terça-feira, perto da Ponte do Piqueri. Já havia um poço cavado pelos trabalhadores na obra, mas entretanto também o asfalto da estrada cedeu.
Os bombeiros explicaram que a escavação que estava a ser feita terá atingido um rio e, por isso, o túnel que estava a ser escavado ficou inundado.
Não haverá mortos ou vítimas graves a lamentar. Dois funcionários que tiveram contacto com a água que jorrou do acidente foram socorridos pelos bombeiros. Todos os outros trabalhadores saíram a tempo.
O trânsito no local está totalmente interditado.
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terça-feira, 1 de fevereiro de 2022
Há mais de 800 anos, um monge inglês descreveu um raro fenómeno (que pode explicar os OVNIS !
A descrição pertence a um monge beneditino do século XII chamado Gervásio de Canterbury.
Em causa está o chamado raio globular — ou relâmpago globular —, um fenómeno atmosférico elétrico ainda inexplicado pela comunidade científica. O termo refere-se a relatos de objetos esféricos e luminosos, que variam em diâmetro do tamanho de uma ervilha a vários metros. Normalmente surgem durante trovoadas.
Muitos dos primeiros relatos dizem que a bola acaba por explodir, por vezes com consequências fatais, deixando para trás o odor de enxofre. Até aos anos 60, a maioria dos cientistas argumentava que raios globulares não eram um fenómeno real, apesar de inúmeras aparições em todo o mundo e em diferentes épocas.
A referência encontrada por Brian Tanner e Giles Gasper, datada de 1195, será a referência mais antiga ao fenómeno — sendo quase 450 anos mais antiga do que a segunda referência conhecida.
Segundo a Royal Meteorological Society, o monge inglês escreveu que “um sinal maravilhoso desceu perto de Londres”.
Gervásio descreveu uma nuvem densa e escura, emitindo uma substância branca que cresceu em forma esférica debaixo da nuvem, da qual uma esfera de fogo caiu em direção ao rio.
“A descrição de Gervásio de uma substância branca a sair da nuvem escura, caindo como uma esfera de fogo giratória e depois a ter algum movimento horizontal é muito semelhante às descrições históricas e contemporâneas de raios globulares”, disse o Tanner num comunicado divulgado pela Universidade de Durham.
“Dado que Gervásio parece ser confiável, acreditamos que a sua descrição do globo de fogo no Tamisa em 7 de junho de 1195 foi o primeiro relato totalmente convincente de raios globulares em qualquer lugar”, acrescentou Gasper.
Alguns avistamentos de OVNIs podem até ser explicados por raios globulares e outros fenómenos atmosféricos, sugeriu o astrofísico australiano Stephen Hughes, em 2010, citado pela BBC.
“Se juntar fenómenos atmosféricos inexplicáveis, talvez de natureza elétrica, com a psicologia humana e o desejo de ver algo – isso poderia explicar muitos desses avistamentos de OVNIs”, disse Hughes à BBC.
O mistério do raio globular pode nunca ser resolvido definitivamente, mas as pessoas aparentemente veem-no há séculos e talvez até milénios.
https://zap.aeiou.pt/ha-mais-800-anos-um-monge-ingles-descreveu-um-raro-fenomeno-que-pode-explicar-os-ovnis-460251
Lago africano pode matar milhões com erupção de gases venenosos, dizem cientístas !
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Tensão na Ucrânia - Rússia rejeita as ameaças de sanções dos EUA !
A Rússia disse hoje que não “recuaria” perante as ameaças de sanções dos EUA relativamente às tensões na Ucrânia, marcando assim o tom antes de uma conversa telefónica chave hoje entre Moscovo e Washington.
“É Washington, e não Moscovo, que está a alimentar as tensões. Não vamos recuar e ficar atentos às ameaças de sanções dos EUA”, escreveu a embaixada russa em Washington na sua página do Facebook.
A embaixada russa estava a reagir a um tweet do corpo diplomático norte-americano acusando Moscovo de “invadir” a Ucrânia em 2014 e anexando a península da Crimeia.
Este intercâmbio tem como pano de fundo um cenário de altas tensões sobre a Ucrânia.
A Rússia é acusada pelo Ocidente de ter reunido várias dezenas de milhares de soldados na fronteira do seu vizinho, em antecipação de uma possível invasão.
Na semana passada, Washington e a NATO responderam por escrito às exigências da Rússia em termos de garantias de segurança para desanuviar as tensões sobre a Ucrânia em respostas que Moscovo descreveu como “bastante confusas”.
As garantias de segurança da Rússia incluem uma paragem na expansão da NATO, particularmente na Ucrânia e Geórgia, o fim de toda a cooperação militar com as antigas repúblicas soviéticas e a retirada das tropas e armas da NATO para as suas posições anteriores a 1997.
Hoje o Secretário de Estado, Antony Blinken, deverá falar por telefone com o seu homólogo russo, Sergey Lavrov, no meio de tensões sobre a acumulação de tropas russas – cerca de 100.000 – perto da fronteira ucraniana.
A Casa Branca acredita que existe uma “possibilidade distinta” de a Rússia invadir a Ucrânia em fevereiro, embora o Governo ucraniano tenha minimizado este aviso, insistindo que não vê a situação a agravar-se para além do que já foi visto anteriormente.
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Mercado de NFTs admite que 80% são spam, esquemas ou fraudes !
De acordo com o The Byte, o OpenSea anunciou a volta atrás na decisão de limitar a criação livre de NFTs, numa recente publicação do Twitter, porque os fãs e utilizadores estavam furiosos com as restrições. Mas a empresa ofereceu uma explicação para ter tomado essa escolha em primeiro lugar.
“Cada decisão que tomamos, tomamos com os nossos criadores em mente. Originalmente construímos o nosso contrato de loja livre para facilitar aos criadores a entrada no espaço”, escreveu na publicação.
“Contudo, vimos recentemente o uso indevido desta característica aumentar exponencialmente. Mais de 80% dos artigos criados com esta ferramenta eram obras plagiadas, coleções falsas, e spam”, acrescentou.
Mais do que um artista acusou, nas respostas à publicação, um criador anónimo de NFTs de roubar a sua obra e vendê-la online.
“Alguém criou um perfil no OpenSea e levou tudo do meu perfil no Twitter“, alertou um utilizador identificado como Holley.
“Agora eles estão a vender a minha arte como NFTs. Isto não sou eu! Se puderem ajudar a denunciar esta pessoa, eu agradeceria”, acrescenta.
A violação dos direitos de autor não é propriamente nova no mundo dos NFTs. Há meses que os artistas têm vindo a queixar-se de roubo e de hackers.
E os esuqemas também já são frequentes. Ainda na semana passada o famoso cantor de rock Ozzy Osbourne fez com que, acidentalmente, milhares de seguidores perdessem dinheiro com um esquema de NFTs.
A grande questão é como impedir que estas fraudes continuem a acontecer e os criadores ou compradores de NFTs saiam prejudicados.
Recentemente, o Wall Street Journal defendeu a regulamentação do mercado das criptomedas, o que poderia ajudar a reduzir as burlas e estabilizar os mercados.
O objetivo da criptografia era ser descentralizada, mas claramente não está a funcionar para artistas talentosos e para os compradores de NFTs que investem em fraudes ou esquemas.
https://zap.aeiou.pt/mercado-de-nfts-admite-que-80-sao-spam-esquemas-e-fraudes-460320