quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Irão diz que só a expulsão dos EUA da região vingará morte de Soleimani !

O presidente do Irão, Hasan Rohani, afirma que só com expulsão dos Estados Unidos da América daquela região, será feita justiça pela morte do general iraquiano.


Esta quarta-feira, o presidente do Irão, Hasan Rohani, disse que “só a expulsão” dos Estados Unidos da região pode ser a “vingança definitiva” contra o Governo de Washington referindo-se ao assassínio do comandante dos Guardas da Revolução, Qasem Soleimani.

“Cortaram os braços ao nosso comandante. Temos de lhes cortar as pernas aqui na região. Enquanto não lhes cortarmos as pernas não nos vingaremos definitivamente”, disse Rohani em declarações difundidas pelo portal da Presidência, após uma reunião oficial em Teerão.

“É o direito que a nossa querida gente tem de se vingar pelo sangue do querido comandante”, sublinhou Rohani, numa declaração poucos dias antes do primeiro aniversário do assassínio, a 3 de janeiro, de Soleimani pelos Estados Unidos.

Rohani disse ainda que um dos motivos que levaram à derrota de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas foi o crime contra Qasem Soleimani.

“Acredito que depois de Trump vai criar-se uma condição muito melhor para a estabilidade e segurança na região”, acrescentou. “Uma das consequências deste vergonhoso e estúpido ato foi o fim da era trumpista”, disse Rohani.

“Daqui a poucos dias acaba-se o mandato desse assassino selvagem que cometeu muitos crimes e que vai acabar no ‘caixote de lixo da história’”, frisou.

Para o presidente iraniano, o assassínio de Soleimani foi uma “vingança” contra todos os países independentes da região e as grandes nações que mostraram oposição às conspirações dos Estados Unidos e de Israel.

Rohani enfatizou que Trump e o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, encabeçam a lista dos que levaram a cabo o “ataque terrorista” de 3 de janeiro em Bagdade.

Soleimani era o comandante das Forças Quds, da Guarda Revolucionária, encarregadas das operações no exterior do Irão e esteve presente no terreno na Síria e no Iraque onde dirigiu as milícias xiitas aliadas de Teerão.

No passado dia 8 de janeiro, cinco dias após a morte de Soleimani, o Irão lançou um ataque de mísseis contra uma importante base militar norte-americana no Iraque.

https://zap.aeiou.pt/irao-expulsao-eua-vingara-soleimani-369497

Deslizamento de terras na Noruega faz 10 feridos e obriga a retirar 500 pessoas !

Cerca de meio milhar de pessoas foram retiradas dos locais onde vivem e dez ficaram feridas num deslizamento de terras em Ask, sul da Noruega, que deixou mais de 20 pessoas desaparecidas, indicaram as autoridades de Oslo.


O deslizamento ocorreu durante a madrugada junto a uma zona residencial da povoação do município de Gjerdum, a cerca de 50 quilómetros a sul de Oslo, noticiou a agência Lusa.

“Ainda não conseguimos localizar 26 pessoas. Trata-se de pessoas que têm residência na zona afetada. Pode ser que estas pessoas tenham abandonado o local pelos próprios meios ou ainda lá podem estar”, disse o chefe de operações da polícia norueguesa, Roger Pettersen, em conferência de imprensa.

Dos dez feridos ligeiros, cinco tiveram de ser transferidos para hospitais da zona.

De acordo com as autoridades, a situação ainda está a ser acompanhada porque ainda se verificam deslizamentos de terras. As equipas de resgate, que contam com meios aéreos, ainda se encontram na área afetada.

https://zap.aeiou.pt/deslizamento-noruega-feridos-retirar-500-pessoas-369651

 

General Electric despede milhares de funcionários, mas CEO pode receber bónus de 38 milhões !

Empresa norte-americana General Electric (GE), envolvida no fabrico de motores de aeronaves, despediu milhares durante a pandemia mas diretor executivo poderá receber um bónus de 38 milhões de euros.


O diretor executivo da GE, Larry Culp, poderá receber um bónus de 47 milhões de dólares (cerca de 38 milhões de euros), apesar de o grupo estar a despedir milhares de funcionários depois de más decisões de gestão, noticiou a agência Lusa esta quinta-feira.

O bónus de Larry Culp, que está desde 01 de outubro de 2018 à frente do grupo, poderia chegar até aos 230 milhões de dólares (cerca de 187 milhões de euros) se o CEO conseguisse atingir os objetivos financeiros da empresa, segundo documentos enviados à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, consultados pela France-Presse.

O responsável também recebeu quase 25 milhões de dólares (pouco mais de 20 milhões de euros) em compensações, em 2019.

Este ano, em plena crise do setor da aviação por causa da pandemia e que afetou o grupo – fabricante para os motores LEAP em parceria com o grupo francês Safran -, a GE alterou, em 18 de agosto, o contrato do diretor executivo, com novos termos que eram melhores em relação ao contrato assinado em 2018.

O contrato foi estendido até 2024 com a opção adicional de mais um ano, e as metas financeiras estabelecidas inicialmente acabaram por ser reduzidas, tornando menos ambiciosa a tarefa para a qual Larry Culp tinha sido inicialmente contratado.

O bónus de 230 milhões de dólares é atingível se o diretor executivo subir para 17 dólares (cerca de 13 euros) cada ação da GE, abaixo dos 31 dólares (cerca de 25 euros) inicialmente previstos no contrato. Com a meta traçada até 2025, Culp não terá dificuldade em atingir este valor, que poderá ser impulsionada pela eventual recuperação da economia mundial e que terá um impacto positivo também na GE.

Entretanto, o grupo – afetado pela pandemia, que obrigou à imposição de restrições ao espaço aéreo de vários países para conter a disseminação do SARS-CoV-2 – começou uma restruturação que teve maior expressão nos milhares de funcionários despedidos.

https://zap.aeiou.pt/general-electric-funcionarios-ceo-bonus-38-milhoes-369643

 

Morreu Samuel Little, o maior assassino em série da história dos EUA !

Samuel Little

O homem descrito pelo FBI como o maior assassino em série da história dos Estados Unidos morreu aos 80 anos na Califórnia.

Samuel Little morreu num hospital da Califórnia na quarta-feira, informou o departamento do Estado responsável pelo sistema prisional. O homem estava a cumprir pena de prisão perpétua pelo homicídio de três mulheres, avança o JN.

Classificado pela Polícia federal dos EUA como o maior assassino em série da história do país, o criminoso reclamou, ao longo da vida, a autoria de 93 homicídios, sendo que pelo menos 50 foram confirmados pelas autoridades norte-americanas.

As confissões do criminoso eram bastante detalhadas, com informações específicas sobre os locais onde conhecera as vítimas, mulheres, quase todas negras, que descrevia ao pormenor. As declarações foram inclusivamente acompanhadas por retratos que o suspeito desenhou na prisão nos últimos anos.

Em fevereiro de 2019, o FBI divulgou 16 esboços dos retratos das vitimas, para tentar identificá-las e conseguir resolver as dezenas de homicídios.

Os alvos de Samuel eram sobretudo, segundo o FBI, mulheres marginalizadas e vulneráveis, ​envolvidas no mundo da prostituição ou das drogas, cujos desaparecimentos atraíram pouca atenção, permitindo ao assassino escapar durante várias décadas.

O ex-pugilista também espancava as vítimas antes de as estrangular, pelo que, sem ferimentos provocados por armas brancas ou de fogo, as mortes eram atribuídas, de forma errada, a excesso de drogas ou acidentes.

Depois de uma amostra de ADN o ligar à morte de três pessoas em Los Angeles, Samuel Little foi preso em 2012.

https://zap.aeiou.pt/morreu-samuel-little-assassino-369585

 

Polícia britânico com memória fotográfica já identificou dois mil suspeitos !

Um polícia britânico com uma excelente memória fotográfica já conseguiu identificar mais de dois mil suspeitos graças a este talento.


De acordo com a BBC, o verdadeiro nome deste agente da Polícia de West Midlands, em Inglaterra, é Andy Pope, mas graças ao seu talento para identificar rostos, há quem já o chame de “Homem Memória”.

O polícia, de 43 anos, diz que esta habilidade é “impossível de explicar”, mas garante que consegue lembrar-se de várias caras durante vários anos. E até já foi capaz de identificar pessoas procuradas que usavam máscara para tapar o rosto.

Em 2018, foi reconhecido pela comandante da Polícia de West Midlands, quando ultrapassou a marca dos mil suspeitos reconhecidos. Agora, o seu objetivo é chegar aos 2500 até 2022.

“É apenas um instinto de que é aquela pessoa e, felizmente, acaba por se demonstrar que está certo”, disse Pope à emissora britânica.

“Embora este tenha sido um ano diferente de todos os outros, continuei como habitual, com a mesma preparação para cada turno de trabalho. Tenho-me certificado de que estou completamente atualizado relativamente às imagens das pessoas procuradas, e isso trouxe resultados positivos“, acrescentou.

O agente patrulha os centros de transporte em West Midlands, passando a maior parte do seu tempo em comboios e autocarros. O seu recorde máximo de identificação de suspeitos foi de 17 num só dia e, numa ocasião, conseguiu mesmo reconhecer um homem num restaurante quando aguardava num semáforo.

Segundo a BBC, Pope juntou-se a esta polícia em 2012 e é um dos 20 membros da Associação de Super Reconhecedores, uma entidade que representa pessoas com excelentes capacidades de memória e que pretende que esta habilidade seja reconhecida como um ramo da ciência forense.

https://zap.aeiou.pt/policia-britanico-memoria-fotografica-368810

 

Arábia Saudita e Emirados acusados de hackear telemóveis de mais de 30 jornalistas do canal Al-Jazeera !

As comunicações telefónicas de dezenas de funcionários do canal Al-Jazeera, no Qatar, foram intercetadas através de um “spyware” sofisticado, revelou uma investigação de especialistas canadianos.


A operação, que afetou 36 pessoas, foi revelada através de um relatório divulgado pelo Citizen Lab, um centro de pesquisa especializado em questões de ataques informáticos da Universidade de Toronto.

“O impacto é muito claro e perigoso”, destacou Tamer Almisshal, um jornalista de investigação da Al-Jazeera, que foi um dos alvos do ataque.

A Al-Jazeera explicou que entrou em contacto com o Citizen Lab em janeiro após suspeita do ataque, e que especialistas desse laboratório descobriram que dados trocados em telefones estavam a ser transferidos para um outro servidor.

“Analisamos os diários de bordo” de um telemóvel da Al-Jazeera. “A nossa análise indica a presença de ‘spyware’ com um vasto número de recursos”, revela o relatório.

Este tipo de software maligno pode intercetar áudio de microfone, fotos, rastrear a localização do aparelho ou até mesmo aceder a senhas e informações guardadas.

O ataque teve como alvo “36 telefones pertencentes a jornalistas, produtores, apresentadores e executivos da Al-Jazeera”, bem como um jornalista da Al Araby, correspondente em Londres, acrescenta o relatório.

A investigação “concluiu com um grau moderado de certeza” que dois dos “operadores” do “spyware”, apelidados de Monarquia e Kestrel Furtivo, trabalharam para os governos da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, respetivamente.

Os dois países cortaram relações com o Qatar, país acusado de apoiar movimentos islâmicos, embora Doha negue as suspeitas.

O “spyware” transmite informações de telefones através de uma série de servidores intermediários que não podem ser ligados a uma agência governamental, reconhece Bill Marczak, o principal autor do relatório, em entrevista telefónica com a AFP de Montreal.

“Mas para o operador que apelidamos de Monarquia, pode-se ver que a maioria das pessoas afetadas estava na Arábia Saudita”, realçou, acrescentando que “além disso um ativista saudita que estava fora da Arábia Saudita também foi ‘hackeado’ pela mesma operadora”.

Observações semelhantes foram feitas face aos Emirados Árabes Unidos, pela atuação da operadora apelidada Sneaky Kestrel, acrescentou.

O ataque foi desenvolvido através do “spyware” Pegasus, desenvolvido pelo grupo NSO de Israel, revela ainda o relatório.

O grupo israelita reagiu considerando o relatório do Citizen Lab como “especulativo e sem evidências de uma ligação ao NSO”.

https://zap.aeiou.pt/hackear-jornalistas-al-jazeera-368832

 

Rússia sugere que o número de mortes por covid-19 é três vezes maior que o oficial !

O Governo russo sugeriu que o número de mortes por coronavírus é três vezes maior do que a contagem oficial, com a vice-primeira-ministra, Tatyana Golikova, a afirmar que o aumento de óbitos de janeiro a novembro, em comparação com o ano anterior, deve-se em grande parte à covid-19.


Segundo noticiou na terça-feira o Independent, o número total de mortes por variadas causas nos primeiros 11 meses deste ano aumentou em 229.700 – quase 14% – em comparação com o mesmo período em 2019, segundo dados da Rosstat, a agência estatal russa para estatísticas.

“Mais de 81% do aumento na mortalidade neste período está relacionado à covid-19 e às consequências de estar infetado” com o vírus, disse Golikova, durante uma reunião governamental, sugerindo que cerca de 186.000 mortes no país desde o início do ano até novembro podem estar relacionadas ao coronavírus.

A Rosstat informou que 116.030 pessoas com coronavírus morreram entre abril e novembro. Este número inclui casos em que o vírus não foi a principal causa de morte, bem como suspeitas de infeção não confirmadas.

Entre abril e novembro, a agência contabilizou 70.921 mortes nas quais a covid-19 foi principal causa, enquanto a força-tarefa do Governo destacada para tratar questões relacionadas ao vírus relatou um total de 40.464 mortes até o início de dezembro. A Rosstat lança estatísticas mensais e analisa os dados retroativamente.

Autoridades russas atribuíram as diferenças entre os números da Rosstat e da força-tarefa a diferentes métodos de contagem, referindo que esta última apenas analisa as mortes onde o coronavírus foi a causa principal.

Especialistas, contudo, sugeriram que outros fatores – como uma tendência das autoridades russas em contornar as estatísticas e a geografia do país – podem contribuir para a baixa contagem oficial.

A Rússia contabilizou, na terça-feira, mais de 3,1 milhões de casos, de acordo com a Reuters, posicionando-se atrás dos Estados Unidos, da Índia e do Brasil. O país enfrenta atualmente uma segunda vaga de infeções, embora as autoridades tenham evitado impor um bloqueio nacional para controlar a disseminação do vírus.

Um programa de vacinação voluntária contra o coronavírus foi lançado no início de dezembro, começando pelos grupos mais vulneráveis.

https://zap.aeiou.pt/russia-numero-mortes-covid-maior-oficial-369405

Mexicana condenada a 22 anos de prisão por incitar linchamento popular !

Uma mulher foi condenada a 22 anos de prisão no México por incitar ao linchamento popular de dois homens, anunciaram na terça-feira os oficiais de justiça do país.


As condenações por este tipo de crime em grupo são raras no México, devido à dificuldade de determinar a responsabilidade individual dos envolvidos, mas os procuradores do Estado de Puebla, no centro do país, tinham uma prova sólida e invulgar, noticiou a agência Lusa.

A mulher, identificada apenas pelo seu primeiro nome, Augustina, de acordo com a lei mexicana, terá angariado dinheiro para alugar um veículo com um altifalante e circular pela vila de Acatlan a pedir às pessoas que viessem ajudar a matar os dois homens.

As vítimas foram espancadas até à morte e queimadas por uma multidão em fúria, alegando tratarem-se de raptores, mas os procuradores do Estado afirmam que se tratavam de fazendeiros e que não existem provas de que tenham estado envolvidos em qualquer crime.

Alguns vídeos gravados por telemóveis mostram os habitantes da cidade a aplaudir e a gritar “longa vida ao povo” enquanto os corpos dos dois homens ainda fumegavam.

Os automóveis com altifalantes acoplados ao tejadilho são uma ferramenta comum em muitas pequenas cidades do México para anunciar produtos, eventos ou vender jornais.

https://zap.aeiou.pt/mexicana-prisao-incitar-linchamento-popular-369354

Sete anos depois, UE e China alcançam “acordo de princípio” sobre Investimentos !

A União Europeia e a China chegaram, esta quarta-feira, a um “acordo de princípio” sobre Investimentos, ao fim de sete anos de negociações, durante uma videoconferência entre líderes da UE e o Presidente chinês.


De acordo com Bruxelas, este acordo político “irá criar um melhor equilíbrio nas relações comerciais UE-China”, uma vez que “a UE tem sido tradicionalmente muito mais aberta do que a China ao investimento estrangeiro”.

Pequim “compromete-se agora a abrir-se à UE numa série de sectores-chave” e a assegurar “um tratamento justo” às empresas europeias, de modo a que estas possam competir em condições de igualdade, referiu a Comissão Europeia.

“Pela primeira vez, a China também concordou com disposições ambiciosas sobre desenvolvimento sustentável, incluindo compromissos sobre trabalho forçado e a ratificação das convenções fundamentais relevantes da Organização Internacional do Trabalho”, indica o Executivo comunitário em comunicado.

O texto do acordo deverá ainda ser finalizado pelas partes e aprovado pelo Conselho (Estados-membros) e pelo Parlamento Europeu, o que só sucederá numa fase posterior, em 2021.

A “conclusão em princípio” das negociações sobre este novo acordo de investimento UE-China ocorreu durante uma videoconferência celebrada hoje, na qual a UE esteve representada pelos presidentes da Comissão, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, Charles Michel, tendo ainda participado a chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, enquanto a China se fez representar pelo seu chefe de Estado, Xi Jinping.

https://zap.aeiou.pt/ue-china-acordo-principio-investimentos-369380

 

Parlamento britânico aprova acordo com a UE por larga maioria !

Os deputados britânicos aprovaram, esta quarta-feira, por larga maioria, o acordo de comércio pós-Brexit com a União Europeia (UE), abrindo caminho para uma saída ordenada do Reino Unido do mercado único na quinta-feira.


Depois de um debate de cerca de quatro horas, a Câmara dos Comuns aprovou a legislação necessária para implementar o acordo por 521 votos a favor, contabilizando 73 contra.

Apesar de o partido Conservador, que está no poder, ter maioria absoluta, o que garantia a aprovação, o acordo teve apoio do partido Trabalhista, a principal força da oposição, embora alguns deputados do ‘Labour’ tenham votado contra o acordo ao lado de outros partidos pró-europeus da oposição.

A proposta de lei sobre o Futuro Relacionamento com a UE segue agora para a Câmara dos Lordes, a câmara alta do Parlamento britânico, a qual deverá completar a análise até às 22h30, não se esperando qualquer obstáculo.

A promulgação da legislação pela rainha Isabel II deverá acontecer ainda esta noite, perto da meia-noite, para que possa estar em vigor na quinta-feira às 24h00, hora de Bruxelas, 23h00 em Londres e Lisboa, quando cessa oficialmente o período de transição que se seguiu à saída do Reino Unido da UE a 31 de janeiro.

Após 10 meses de negociações, a União Europeia e o Reino Unido chegaram finalmente a um Acordo de Comércio e Cooperação, a 24 de dezembro, que garante o acesso mútuo dos mercados sem quotas nem taxas aduaneiras.

Sobre as pescas, o compromisso prevê um período transitório até junho de 2026, durante o qual os europeus abandonarão gradualmente 25% de suas capturas nas águas do Reino Unido, após o qual as quotas de pesca passarão a ser negociadas anualmente.

Dado já não ser tecnicamente viável a ratificação com vista à sua entrada em vigor a 1 de janeiro, os 27 concordaram com a aplicação do novo acordo de forma provisória, até ser aprovado oficialmente pelo Parlamento Europeu o mais tardar até final de fevereiro.

Governo mantém inalteradas taxas aeroportuárias para voos do Reino Unido

Na nota dos Ministérios das Finanças, Infraestruturas e Habitação e Administração Interna, o Governo diz que “decidiu estender até 31 dezembro de 2021 o período em que vigora a classificação dos passageiros que viajam para o Reino Unido como passageiros de voos intracomunitários fora do espaço Schengen, podendo esta decisão ser reavaliada antes dessa data, em função da eventual conclusão do acordo definitivo sobre a relação futura entre a União Europeia e o Reino Unido”.

Com esta decisão mantém-se “a regra que vigorou ao longo de 2020 e que permite que estes passageiros paguem uma taxa aeroportuária de segurança de 3,2 euros“.

Evita-se, deste modo, que, a partir de 1 de janeiro, quando “o Reino Unido passa a ser considerado um país terceiro”, estes passageiros tenham que “pagar uma taxa de 6,21 euros, que é o valor correspondente aos passageiros que embarcam em voos considerados internacionais”, realçaram as tutelas.

O Governo pretende assim assegurar que “os passageiros que viajem de Portugal para o Reino Unido a partir de 1 de janeiro do próximo ano mantêm condições idênticas às existentes antes do final do período transitório de saída da União Europeia”, uma medida que se justifica “tendo em conta a importância do mercado turístico britânico” para o país.

Os ministérios recordaram que no ano passado, “de acordo com o INE [Instituto Nacional de Estatística] e o Banco de Portugal, o turismo britânico em Portugal representou 13,2% do total de hóspedes, 19,2% das dormidas e 17,8% do total anual das receitas turísticas”, sendo assim “o primeiro mercado em dormidas e receitas e o segundo em número de hóspedes”, destacando-se o Algarve, “onde este mercado assume destacadamente o primeiro lugar nos indicadores referidos”.

Esta decisão vem ao encontro do que defendem companhias aéreas, como a easyJet, que pediu ao Governo português que não aumente as taxas aeroportuárias para os voos do Reino Unido por causa do Brexit, alertando que pode estar em causa a “conectividade” de Portugal, segundo uma carta divulgada pela transportadora.

“Muitos Estados-membros já começaram a adotar uma legislação nacional favorável para salvaguardar a manutenção do tráfego aéreo. Espanha, por exemplo, já refere esta questão no seu Orçamento do Estado” declarando que as taxas aeroportuárias para destinos no Reino Unido se manterão na mesma categoria “pelo menos até 28 de fevereiro de 2022”, lê-se na missiva na transportadora.

Por isso, a easyJet apela a que Portugal dê um passo “no sentido de alinhar a sua legislação com as medidas já adotadas pelos seus homólogos, através da qual já neutralizaram um risco de custos significativos para as suas economias”, alertando que “qualquer alteração na categoria das taxas de segurança do tráfego do Reino Unido em Portugal pode representar uma ameaça à sua conectividade com um parceiro determinante”.

https://zap.aeiou.pt/parlamento-britanico-aprova-acordo-ue-369375

 

“Parece que Putin está a ter uma crise de histeria” - Rússia abre inquérito por “fraude em grande escala” contra Navalny !

As autoridades russas anunciaram esta terça-feira a abertura de um inquérito por presumível “fraude em grande escala” contra o opositor russo Alexei Navalny, que está a recuperar no estrangeiro de um alegado envenenamento com um agente neurotóxico.


O reconhecido opositor de Vladimir Putin, Presidente russo, já reagiu a este anúncio, tendo denunciado uma “crise de histeria” por parte do Kremlin (Presidência russa).

Num comunicado, o Comité de Inquérito russo informou que Navalny é suspeito de ter usado para gastos pessoais 356 milhões de rublos (cerca de 3,9 milhões de euros) que foram angariados como doações por “várias” organizações sem fins lucrativos.

As autoridades russas referem-se em particular a doações feitas ao Fundo de Luta Contra a Corrupção, organismo fundado pelo opositor, e a outras cinco entidades de defesa dos direitos humanos, nas quais Navalny é “diretor de facto”.

A Comissão de Inquérito sustenta que Alexei Navalny utilizou este dinheiro “para a aquisição de bens pessoais e materiais, bem como para o pagamento de despesas (incluindo férias no estrangeiro)”.

A lei russa prevê uma pena de até 10 anos de prisão por esse delito.

“Parece que Putin está a ter uma crise de histeria”, reagiu Alexei Navalny através da rede social Twitter.

Na mesma mensagem, o opositor russo apelou aos seus apoiantes para ignorarem e até “gozarem” com esta nova investigação e para continuarem a fazer doações às organizações implicadas no processo.

Também argumentou que este novo caso está ligado ao seu alegado envenenamento na Sibéria, em agosto passado.

Navalny sentiu-se mal e desmaiou a 20 de agosto durante um voo doméstico na Rússia e foi transportado dois dias depois em coma para a Alemanha para ser tratado.

Laboratórios na Alemanha, França e Suécia, assim como a Organização para a Proibição de Armas Químicas demonstraram que esteve exposto a um agente neurotóxico, do tipo Novichok, da era soviética.

As autoridades russas têm rejeitado todas as acusações de envolvimento no envenenamento. “Estão a tentar mandar-me para a prisão porque não morri e procurei depois os meus assassinos”, afirmou também esta terça-feira Navalny.

Na semana passada, o opositor russo divulgou o conteúdo de uma conversa telefónica que manteve com um suposto agente do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB).

Durante a conversa, o alegado agente, que pensava que estava a falar com um responsável dos serviços de informações, admitiu que os serviços especiais russos tinham envenenado Navalny, mas que a missão tinha corrido mal.

https://zap.aeiou.pt/russia-inquerito-fraude-navalny-369252

Bolsonaro criticado após ridicularizar tortura sofrida por Dilma Rousseff !

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, foi alvo de duras críticas esta terça-feira após ter ridicularizado as torturas sofridas pela ex-presidente Dilma Rousseff durante a ditadura militar, regime que governou o Brasil entre 1964 e 1985.


“Dizem que Dilma foi torturada e que quebrou a mandíbula. Deixa eles trazerem raios X para ver esses ossos. Não sou médico, mas até hoje espero pelos raios X”, disse Bolsonaro aos risos na segunda-feira numa breve conversa com um pequeno grupo de apoiantes, divulgada em vídeos que circulam nas redes sociais.

A afirmação foi condenada pela própria Dilma Rousseff, que na sua juventude passou dois anos nas prisões da ditadura militar onde sofreu severas torturas, assim como pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, e pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

“A cada manifestação como essa, Bolsonaro se revela exatamente o que é: um indivíduo que não sente empatia pelos seres humanos”, afirmou a ex-presidente brasileira que governou entre 2011 e 2016 e foi destituída por irregularidades fiscais.

“[Bolsonaro] não respeita a vida e é defensor da tortura e dos torturadores”, acrescentou Dilma Rousseff.

Na juventude, embora não tenha pegado em armas, Dilma Rousseff atuou em grupos próximos à guerrilha que se rebelou contra a ditadura militar, regime que Bolsonaro tem como modelo.

Lula da Silva, antecessor de Dilma no poder, também expressou solidariedade por meio de suas redes sociais, nas quais defendeu que “o Brasil perde um pouco de sua humanidade cada vez que o Bolsonaro abre a boca”.

Segundo o líder mais relevante das esquerdas no país, Dilma Rousseff é “uma mulher que tem uma coragem que Bolsonaro, um homem sem valor, jamais conhecerá”.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também expressou sua solidariedade a Dilma Rousseff e disse que “brincar com a tortura que ela ou qualquer um sofreu é inaceitável“, concordando ou não “com as ideias políticas da vítima”.

Em sentido semelhante, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que nesta mesma terça-feira, também nas suas redes sociais, escreveu ‘Tortura nunca mais’ e acrescentou que “Bolsonaro não tem dimensão humana”.

Segundo Maia, “não se trata de esquerda, centro ou direita. É dignidade humana. É disso que se trata. Nossa solidariedade com a ex-presidente Dilma Rousseff”.

Bolsonaro, ex-capitão do Exército, é um defensor inveterado da ditadura e no passado declarou-se a favor da tortura, chegando a declarar que um dos “erros” do regime militar foi “não ter matado 30 mil pessoas”, como aconteceu na Argentina na década de 1970.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-ridiculariza-tortura-rousseff-369198

 

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

“Sol Artificial” da Coreia bate novo recorde mundial !

“Sol Artificial” da Coréia bate novo recorde mundial
Crédito: KSTAR

O reator de fusão da Coréia estabeleceu um novo recorde mundial nesta semana, mantendo temperaturas de mais de 100 milhões de graus, mais quentes do que o núcleo do Sol, por 20 segundos. Isso é duas vezes mais longo que o registro anterior.

A equipe por trás da Korea Superconducting Tokamak Advanced Research (KSTAR) deu certo com a ajuda da Universidade Nacional de Seul e da Universidade de Columbia.

O diretor Si-Woo Yoon, do Centro de Pesquisa KSTAR, chamou a conquista de “um importante ponto de inflexão na corrida para garantir as tecnologias para a longa operação de plasma de alto desempenho, um componente crítico de um reator de fusão nuclear comercial no futuro.”

Cozinha da fusão

Tornar a energia de fusão uma fonte viável e sustentável de energia renovável provou ser um desafio, apesar de décadas de pesquisa. As reações de fusão são notoriamente difíceis de controlar, pois só podem ocorrer em níveis extremamente altos de pressão e temperatura.

Os íons e elétrons dentro do reator só podem manter seu estado de plasma necessário para a reação ocorrer se essas temperaturas forem mantidas.

O KSTAR tem metas ambiciosas em mente para o reator: manter 300 segundos a 100 milhões de graus em apenas cinco anos.

https://www.ovnihoje.com/2020/12/30/sol-artificial-da-coreia-bate-novo-recorde-mundial/

 

Macron debaixo de fogo após conselheiro ter almoçado com sobrinha de Le Pen !

A polémica estalou em França depois de se saber que um dos conselheiros mais próximos do Presidente Emmanuel Macron almoçou com com uma figura importante da extrema direita, numa altura em que o chefe de Estado enfrenta acusações de fazer apelos a apoiantes da extrema direita.


De acordo com o jornal britânico The Guardian, Bruno Roger-Petit, um conselheiro sénior do Palácio do Eliseu, entreteve Marion Maréchal, sobrinha da política de extrema direita Marine Le Pen, numa sala privada numa conhecida brasserie de Paris em outubro.

Esta informação surge numa altura em que Macron é acusado de tentar apelar aos eleitores de direita do país com duas novas leis – uma sobre a “segurança global”, dando novos poderes à polícia, e outra sobre o combate ao “separatismo” religioso.

Roger-Petit, ex-jornalista político e apresentador de televisão, disse ao Le Monde que se encontrou com Maréchal “e um nível pessoal”. “Eu queria saber o que ela tinha a dizer e se conhecia a opinião pública, o que não é o caso. Percebi que estávamos em desacordo”, disse o conselheiro sénior, em declarações ao jornal francês.

Já Maréchal disse que foi abordada por um amigo. “Bruno Roger-Petit entrou em contacto com um amigo para sugerir um encontro comigo. Eu aceitei. Em princípio, nunca me recuso a falar com as pessoas. Acima de tudo, estava muito curiosa para conhecer a pessoa que achava engraçado chamar-me nazi a cada duas semanas, quando eu era deputada”, disse.

Segundo testemunhas, Roger-Petit pagou o almoço na brasserie Le Dôme perto de Montparnasse, que terminou por volta das 14h. O restaurante tem uma entrada discreta nos fundos, usada anteriormente pelo presidente socialista François Mitterrand na década de 1980 para se encontrar com a sua filha secreta, Mazarine.

O almoço gerou especulações nos media franceses sobre o motivo do encontro. “O que Bruno Roger-Petit esperava deste encontro? Uma troca sobre Marine Le Pen? Para pesar as ambições políticas de Marion Maréchal? Examinar os possíveis candidatos da ‘direita da direita’?, escreve o Le Monde.

A reunião foi criticada por membros do governo de Macron. Hugues Renson, vice-presidente do partido La République en Marche! (LREM) na assembleia nacional, escreveu no Twitter: “Não se discute com a extrema direita, não se compromete, luta-se contra ela. ‘Não posso aceitar que a intolerância e o ódio se tornem banais – Jacques Chirac, abril de 2002’”.

Astrid Panosyan, co-fundadora do movimento En Marche de Macron, concordou. “Existem pessoas que não ouvimos a um nível pessoal, lutamos contra elas a um nível coletivo. Marion Maréchal e toda a sua camarilha estão entre elas”.

Julien Aubert, parlamentar da oposição de centro-direita Les Républicains (LR), escreveu no Twitter: “A polícia de restaurantes está a voltar? Pode-se almoçar com quem quiser”.

Emmanuel Grégoire, do Parti socialiste, escreveu que Roger-Petit almoçou com Maréchal porque “Pétain não estava disponível” – numa referência ao Maréchal Philippe Pétain, líder colaboracionista da II Guerra Mundial em França.

Marion Maréchal, de 31 anos, foi deputada pela extrema direita Front National (FN) – que desde então se tornou o Rassemblement National (RN) – durante cinco anos até 2017. A política é neta do fundador do FN, Jean-Marie Le Pen, e foi a mais jovem deputada da república francesa.

Maréchal anunciou que deixaria a política em 2017 e montou a sua própria escola particular, o Instituto de Ciências Sociais, Económicas e Políticas (ISSEP), na cidade de Lyon.

https://zap.aeiou.pt/macron-debaixo-de-fogo-apos-conselheiro-ter-almocado-369225

 

União Europeia assina acordo sobre nova parceria com Reino Unido !

Os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu assinaram hoje formalmente, em Bruxelas, o Acordo de Comércio e Cooperação que regerá a nova parceria com o Reino Unido no pós-Brexit, já a partir de sexta-feira, dia 1 de janeiro.


Na sequência do compromisso alcançado em 24 de dezembro, os textos do acordo foram assinados esta manhã, numa breve cerimónia em Bruxelas, pela presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, e pelo presidente do Conselho, Charles Michel, e seguirão de imediato de avião para Londres, onde deverão ser assinados, à tarde, pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Uma vez que o período de transição do Brexit expira na quinta-feira, no último dia do ano, o acordo vai ser aplicado de forma provisória a partir de sexta-feira, 1 de janeiro, previsivelmente até final de fevereiro, de modo a dar tempo ao Parlamento Europeu para analisar o acordo e aprová-lo.

Também hoje, o acordo vai ser debatido e votado no parlamento britânico, a tempo de a legislação necessária para a sua ratificação entrar em vigor na sexta-feira. Ambas as Câmaras do Parlamento foram convocadas para aprovar num só dia a legislação que implementa o acordo no Reino Unido.

O presidente da Câmara dos Comuns, Lindsay Hoyle, escreveu aos deputados, pedindo-lhes para evitarem viajar para o Parlamento devido às restrições existentes em muitas partes do país ligadas à pandemia da covid-19, e a prevalência da doença em Londres.

As medidas de distanciamento social limitam a presença a apenas 50 pessoas dentro do plenário ao mesmo tempo, incluindo o presidente e funcionários administrativos, deixando espaço nas bancadas para apenas cerca de 35 deputados, incluindo ministros.

O debate será, por isso, aberto a intervenções por videoconferência e as votações feitas de forma remota. A Proposta de Lei sobre o Relacionamento Futuro deverá ser aprovada sem dificuldades tendo em conta a maioria absoluta do Partido Conservador e o apoio do Partido Trabalhista, o principal partido da oposição.

O Partido Nacionalista Escocês (SNP), Liberais Democratas e Partido Unionista Democrata da Irlanda do Norte indicaram que votariam contra o Acordo, mas serão insuficientes para decidir um resultado, mesmo com a ajuda de alguns deputados conservadores ultra-eurocéticos ou trabalhistas pró-europeus que escolham desafiar a orientação das respetivas lideranças.

Apesar de alguma contestação interna, o líder Trabalhista, Keir Starmer, argumentou que está em causa a escolha entre um “acordo fraco” ou a ausência de acordo, por isso recusou votar contra ou mesmo abster-se. “Mas deixem-me ser absolutamente claro – e digo-o diretamente ao Governo-, entre escolher a ausência de acordo, nós aceitamos este acordo, mas as consequências dele serão vossas”, afirmou.

Após 10 meses de negociações, a União Europeia e o Reino Unido chegaram finalmente a um Acordo de Comércio e Cooperação em 24 de dezembro para entrar em vigor a partir de 1 de janeiro de 2021, logo a seguir ao fim do período de transição pós-Brexit que manteve os britânicos até agora no mercado único.

https://zap.aeiou.pt/oficial-ue-reino-unido-369232

 

Votação histórica - Argentina legaliza interrupção voluntária da gravidez !

O Senado da Argentina aprovou durante a madrugada desta quarta-feira um projeto-lei que permite às mulheres acederem livremente ao aborto até à 14.ª semana de gestação, uma medida exigida há muito tempo por grupos feministas.


O texto do projeto-lei apresentado pelo Governo, que já tinha sido aprovado pelos deputados no passado dia 11 de setembro recebeu os votos a favor de 38 senadores, 29 votos contra e uma abstenção, após uma sessão que se prolongou durante 12 horas.

Milhares de pessoas aguardavam nas ruas a votação junto ao Congresso, em Buenos Aires. O projeto-lei representa uma forte mudança em relação à atual situação em que só era permitida a interrupção voluntária da gravidez se a mulher tivesse sido vítima de violação ou estivesse em perigo de vida.

O texto autoriza, igualmente, a objeção de consciência a todos os profissionais de saúde que o manifestem mas exige que atuem com rapidez na procura de médicos que levem a cabo a interrupção voluntária da gravidez.

Na Argentina, a lei que estava em vigor datava de 1921 e só permitia o aborto em caso de violação ou em casos nos quais a mãe corre risco de vida.

“Hoje somos uma sociedade melhor que amplia os direitos das mulheres e garante a saúde pública”, afirmou o chefe de Estado da Argentina no Twitter, saudando a aprovação.

Com a aprovação da lei, a Argentina torna-se assim no quarto país a tornar o aborto legal na América Latina, região onde leis rígidas de aborto são a norma e o ensino católico é tido como base para orientar as políticas.

Pelo menos 65 mulheres morreram entre 2016 e 2018 devido a complicações em abortos ilegais, de acordo com um relatório da Rede Argentina de Acesso ao Aborto Seguro.

Nesse mesmo período, 7262 meninas entre 10 e 14 anos deram à luz.

https://zap.aeiou.pt/argentina-legaliza-interrupcao-gravidez-369209

 

Reino Unido aprova vacina da Oxford/AstraZeneca - Vacina da Sinopharm tem 79% de eficácia !

Os reguladores britânicos aprovaram a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela empresa farmacêutica AstraZeneca, informou esta quarta-feira o Ministério da Saúde do Reino Unido.


Esta é a segunda vacina a entrar no programa de imunização contra o novo coronavírus, iniciado em 8 de dezembro no Reino Unido. O país tinha já aprovado uma autorização de emergência para a vacina criada pela dupla Pfizer/BioNTech.

O responsável da AstraZeneca, Pascal Soriot, disse que “hoje é um dia importante para milhões de pessoas no Reino Unido que vão ter acesso a esta nova vacina” que “tem demonstrado ser eficaz, bem tolerada, simples de administrar e é fornecida pela AstraZeneca sem qualquer lucro”.

Em novembro, o laboratório britânico anunciou que a sua vacina era, em média, 70% eficaz em testes clínicos, em comparação com mais de 90% para vacinas da Pfizer/BioNTech e Moderna, que já foram autorizadas para uso em vários países.

Os resultados do ensaio clínico provisório mostraram grandes diferenças nos dados por causa de dois protocolos diferentes: a eficácia foi de 90% para voluntários que primeiro receberam meia dose e, em seguida, uma dose completa um mês depois, mas apenas 62% para outro grupo vacinado com duas doses completas.

Os resultados foram criticados porque a injeção de meia dose foi devido a um erro e um grupo relativamente pequeno seguiu esse protocolo. Por isso, a empresa anunciou que a a sua vacina exigia “um estudo adicional”.

Esta semana, Pascal Soriot garantiu que a vacina forneceu “100% de proteção” contra formas graves de covid-19. “Achamos que descobrimos a fórmula vencedora e como obter eficácia para que, depois de duas doses, fica lá em cima com todo mundo. Não posso dizer mais nada porque vamos publicar em algum momento”, disse.

Vacina chinesa Sinopharm tem 79% de eficácia

A farmacêutica estatal chinesa Sinopharm revelou esta quarta-feira que uma das suas vacinas candidatas contra a covid-19 revelou uma eficácia de 79,34% e que já pediu autorização às autoridades do país asiático para comercializá-la.

Esta é a primeira vacina, entre as várias chinesas que concluíram a fase 3 de testes, de que é conhecida oficialmente a sua eficácia.

No início do mês, as autoridades dos Emirados Árabes Unidos, um dos países que participaram nos testes da vacina, tinham apontado para 86% de eficácia.

O país tornou-se o primeiro a aprovar uma vacina chinesaantes da própria China, que ainda não autorizou oficialmente a comercialização de nenhuma das vacinas desenvolvidas no país, embora a imprensa estatal tenha assegurado que esse processo estará concluído antes do final deste ano.

O Instituto de Produtos Biológicos de Pequim, uma subsidiária da Sinopharm, disse que os resultados dos testes de fase 3 revelaram que os seus níveis de segurança são “bons” e que todos os participantes desenvolveram altos níveis de anticorpos, após receberem ambas as doses, embora não mencione possíveis efeitos colaterais.

O comunicado refere, em linha com os testes realizados nos Emirados Árabes Unidos, que a taxa de soroconversão, ou de desenvolvimento dos anticorpos que defendem contra a infeção, é de 99,5%.

O Instituto de Produtos Biológicos de Pequim assegurou que os dados provisórios extraídos dos ensaios estão em linha com as normas técnicas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Esta vacina tem sido usada na China, desde julho passado, em grupos de maior risco, como funcionários de saúde ou de programas de prevenção da doença, trabalhadores em portos ou serviços logísticos, ou profissionais colocados em países onde o risco de contágio é considerado alto.

Há pouco mais de um mês, o presidente da Sinopharm, Liu Jingzhen, afirmou que quase um milhão de pessoas na China tinham recebido uma das vacinas de “emergência” e que apenas um pequeno número experimentou efeitos adversos e ligueiros.

Atualmente, quatro vacinas desenvolvidas na China alcançaram a fase 3 dos ensaios clínicos – duas da Sinopharm, uma da Sinovac e uma da CanSino Biologics.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.775.272 mortos resultantes de mais de 81,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP). A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-aprova-vacina-da-oxfordastrazeneca-369167

 

Um dos maiores enigmas do século XX: De que forma o México poderá ter ligações à morte de John F. Kennedy !

A maioria das teorias da conspiração em torno da morte do ex-presidente dos Estados Unidos foram refutadas. Ao contrário do que se dizia na época, Kennedy não foi morto por um dispositivo de gás ativado por alienígenas ou pelo pai do ator Woody Harrelson. Mas o que poderá ter o México a ver com o assassinato?

As especulações sobre o assassinato de John F. Kennedy, que ocorreu no dia 22 de novembro de 1963, em Dallas, no Texas, foram alimentadas ao longo dos anos por documentos classificados como confidenciais, balísticas suspeitas e a alegação do assassino Lee Harvey Oswald de que o Presidente era “apenas um bode expiatório”.

No meio de tantas suposições, há quem ainda tente encontrar respostas. São vários os especialistas, como Phillip Shenon, ex-repórter de investigação do New York Times, que veem o México como o melhor lugar para encontrar respostas sobre uma possível conspiração.

Isto porque cerca de um mês antes do assassinato de Kennedy, Oswald apanhou um autocarro que o levou do Texas à Cidade do México. O assassino do ex-presidente chegou na manhã de sexta-feira, dia 27 de setembro de 1963, e voltou aos EUA a 2 de outubro. Esta estranha viagem faz com que muitos analistas a questionem como um dos primeiros indícios de premeditação do assassinato do Presidente.

Nasce uma teoria da conspiração

Todos os países comunistas e democráticos tinham uma embaixada na Cidade do México, e segundo testemunhas das missões diplomáticas cubana e soviética, Oswald visitou as embaixadas destes países na sexta-feira e no sábado, dias 27 e 28 de setembro de 1963. O assassino queria adquirir vistos para poder viajar.

Quando lhe disseram que os documentos demorariam meses até ficarem prontos, o americano entrou em confrontos e acabou mesmo por provocar o cancelamento de um jogo de vólei da KGB após exibir uma arma no consulado soviético.

Estes acontecimentos são documentados pela CIA, que na década de 1960 intensificou as suas operações no México para monitorizar atividades comunistas, contratando assim 200 agentes mexicanos para auxiliar os trabalhos.

O Serviço Secreto Mexicano, que viu parte dos seus arquivos da década de 1960 terem recentemente parte do sigilo removido pelo governo mexicano, também analisou os passos de Oswald, porém o seu paradeiro durante os três dias e meio de viagem ainda é desconhecido.

A principal teoria da conspiração que dá conta do período não documentado que o Oswald passou na Cidade do México, liga-o a figuras consideradas perigosas do lado esquerdo da Guerra Fria.

Esta história teve origem em março de 1967, quando o cônsul americano na cidade mexicana de Tampico, Benjamin Ruyle, comprava bebidas para jornalistas locais.

Óscar Contreras Lartigue, um repórter do El Sol de Tampico, disse a Ruyle que conheceu Oswald em 1963 quando era estudante de Direito na Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM).

O jornalista revelou que fez parte de um grupo universitário pró-Castro ao qual Oswald tinha pedido ajuda para conseguir adquirir um visto cubano. Segundo o relato, o americano passou dois dias com os alunos da UNAM, sendo que os voltou a encontrar alguns dias depois na embaixada cubana.

Contreras não deu muitos mais detalhes a Ruyle, pois temia ser perseguido pelas suas atividades políticas.

O repórter contou, entretanto, que aquela não era a primeira vez que ele partilhava a sua história, pois disse a Ruyle que já a tinha comentado com o seu editor na época do assassinato de JFK.

O relato de Contreras

A descrição dos acontecimentos por parte de Contreras sugeria a existência de conexões suspeitas entre Oswald e a Cuba comunista, sustentadas pouco antes do assassinato de JFK.

A história do jornalista foi, de acordo com um relatório enviado posteriormente da sede da CIA, “a primeira pista sólida que temos sobre as atividades de Oswald no México”. Porém, os funcionários do governo dos EUA precisavam de ter a certeza se o jornalista era uma fonte confiável.

Passados três meses, um funcionário da CIA na Cidade do México foi a Tampico para interrogar Contreras. Durante seis horas, o jornalista recusou-se a entrar em detalhes, mas disse que, embora Oswald nunca tenha mencionado um possível assassinato, afirmava repetidamente que “deveria chegar a Cuba”.

Em 1978, Dan Hardway, um investigador do comité da Câmara dos Deputados que se debruçou sobre o assassinato de Kennedy, foi ao México. Após várias tentativas de conversar com Contreras, advertiu num relatório que o relato do jornalista não deveria ser descartado.

Um repórter do New York Times que entrevistou Contreras para um livro de 2013 sobre o assassinato de JFK, também considerou que a sua versão dos factos era de facto confiável. O jornalista escreveu que Contreras “foi muito mais longe” na sua entrevista do que com a CIA, alegando “contactos muito mais extensos entre Oswald e agentes cubanos no México”.

Hardway, que agora é advogado em West Virginia, ainda acredita no repórter mexicano. Depois de ler o livro escrito em 2013, reiterou que Lee Harvey Oswald poderia ter feito parte de uma rede de inteligência cubana mais ampla.

O “buraco” na história

Gonzalo Soltero, atualmente professor da Escola de Estudos Superiores na Universidade Nacional Autónoma do México, faz uma análise sobre esta história e lamenta que Óscar Contreras tenha morrido em 2016, por isso não foi a tempo de o entrevistar.

Contudo, o especialista revela que, na sua pesquisa, um pequeno detalhe da biografia do jornalista lhe chamou à atenção. Soltero diz que se trata de uma contradição aparentemente esquecida que poderia minar toda a história. O professor alega que os arquivos do El Sol de Tampico contrariam o relato de Contreras.

Para além destas, existem outras teorias da conspiração, incluindo uma que Oswald tinha uma amante mexicana que o levou a uma festa de comunistas e espiões.

As teorias da conspiração oferecem a promessa de profundidade e conclusão, de resolver um dos maiores enigmas do século XX. No entanto, pelo que se sabe sobre o que Oswald fez na Cidade do México, este era uma pessoa solitária, instável e desorganizada.

Como escreve Gonzalo Soltero no The Conversation “o assassinato de JFK é um caso cada vez mais frio e, no México, só existem pistas esgotadas”.

https://zap.aeiou.pt/mexico-morte-kennedy-368733

 

Cinzas de Scotty de Star Trek foram “contrabandeadas” para a EEI - Durante 12 anos, quase ninguém soube !

Parte das cinzas do falecido James Doohan, o ator canadiano que interpretou o engenheiro-chefe Montgomery Scott na série Star Trek, foram colocadas a bordo da Estação Internacional Espacial (EEI) de forma ilegal há mais de uma década. 


Durante doze anos, apenas a família do ator e Richard Garriott, o empresário que levou as cinzas de Doohan até à estação orbital, souberam desta “missão clandestina”.

Depois de Doohan falecer aos 85 anos, em julho de 2005, a sua família tentou cumprir o seu desejo de entrar na EEI, mas os pedidos oficiais foram sempre rejeitados, tal como escreve esta semana o jornal britânico The Times.

A sua vontade acabaria por ser cumprida através do britânico Richard Garriott, empresário que atua no ramo dos videojogos e sexto turista espacial que, em 2008, durante a sua viajem particular à EEI, colocou algumas das cinzas de Doohan no módulo Columbus.

Foi completamente clandestino“, disse o empresário ao mesmo diário, confessando que, até agora, só o próprio e a família de Doohan sabiam do sucedido.

“A família de [Doohan] ficou muito satisfeita com a colocação das cinzas [na EEI], mas todos nós ficamos muito desapontados por não termos falado sobre isto publicamente durante tanto tempo. Agora, já passou tempo suficiente para que o possamos fazer”.

Ao mesmo jornal, o filho do ator, Chris Doohan agradeceu a Garriott por “contrabandear” as cinzas do seu pai até à EEI: “O que fez foi comovente… significou muito para mim, para a minha família e teria significado muito para o meu pai”.

O The Times escreve ainda que esta não foi a primeira vez que as cinzas de Doohan chegaram – ou pelo menos tentaram – alcançar o Espaço: em 2008, parte das suas cinzas seguia a bordo do foguete Falcon 1 da Space X, mas a missão acabou por fracassar minutos depois do lançamento; poucos anos depois, em 2012, uma urna com algumas das suas cinzas voou até ao Espaço a bordo do SpaceX Falcon 9.

As cinzas de “Scotty” viajaram cerca de 2,7 mil milhões de quilómetros através do Espaço e orbitaram a Terra mais de 70 mil vezes.

https://zap.aeiou.pt/cinzas-scotty-star-trek-eii-ha-dez-anos-368962

 

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