sexta-feira, 30 de abril de 2021

Duas décadas depois, o turismo espacial está finalmente pronto para o lançamento !

Duas décadas após a ida de Dennis Tito ao Espaço, o turismo espacial está agora pronto para se tornar mais comum. Virgin Galactic, Blue Origin e SpaceX estão na linha da frente.


Para a maioria das pessoas, chegar às estrelas nada mais é do que um sonho. Em 28 de abril de 2001, Dennis Tito atingiu esse objetivo de vida — mas ele não era um típico astronauta. Tito, um empresário rico, pagou 20 milhões de dólares por um lugar numa nave russa Soyuz para ser o primeiro turista a visitar a Estação Espacial Internacional.

Apenas sete pessoas seguiram o exemplo nos 20 anos que passaram desde então, mas este número deve dobrar nos próximos 12 meses.

A NASA hesita, há muito tempo, em receber turistas espaciais e a Rússia tem sido a única opção disponível para quem procura este tipo de aventura extrema. No entanto, parece que o surgimento de empresas espaciais privadas tornará, para as pessoas comuns, mais fácil vivenciar o Espaço.

Com empresas como a SpaceX e a Blue Origin à espera de construir um futuro para a humanidade no Espaço, o turismo espacial é uma forma de demonstrar ao público em geral a segurança e a fiabilidade das viagens espaciais.

O desenvolvimento do turismo espacial

Voos para o Espaço como os de Dennis Tito são caros por um motivo. Um foguetão tem de queimar muito combustível caro para viajar alto e rápido o suficiente para entrar na órbita da Terra.

Outra possibilidade mais acessível será um lançamento suborbital, com o foguetão a voar alto o suficiente para alcançar a borda do espaço e voltar logo para baixo. Numa viagem suborbital, os passageiros sentem leveza e continuam a ter vistas incríveis.

A dificuldade e o custo de qualquer uma das opções significam que, tradicionalmente, apenas os Estados-nação foram capazes de explorar o Espaço. Isto começou a mudar na década de 1990, quando uma série de empreendedores entrou na arena espacial.

Três empresas lideradas por CEOs bilionários surgiram como os principais jogadores: Virgin Galactic, Blue Origin e SpaceX. Embora nenhum tenha levado clientes particulares para o espaço, todos antecipam isso num futuro muito próximo.

Perspetivas para o futuro

Agora, a SpaceX é a única opção para quem deseja ir ao espaço e orbitar a Terra. Atualmente, tem dois lançamentos turísticos planeados: o primeiro está programado para setembro de 2021, financiado pelo empresário bilionário Jared Isaacman; o outro, previsto para 2022, está a ser organizado pela Axiom Space.

Estas viagens serão caras, custando 55 milhões de dólares para o voo e uma estadia na Estação Espacial Internacional. O alto custo levou alguns a alertar que o turismo espacial — e o acesso privado ao Espaço de forma mais ampla — pode reforçar a desigualdade entre ricos e pobres.

As viagens suborbitais da Blue Origin e da Virgin Galactic têm um custo muito mais razoável, com preços entre 200 mil e 250 mil dólares. A Blue Origin parece ser a mais próxima de permitir clientes a bordo, dizendo, após um lançamento recente, que as missões tripuladas aconteceriam “em breve”.

A Virgin Galactic continua a testar a SpaceShipTwo, mas nenhum calendário específico foi anunciado para voos turísticos.

Embora estes preços sejam altos, vale a pena considerar que a passagem de 20 milhões de dólares de Dennis Tito em 2001 poderia pagar 100 voos na Blue Origin em breve. A experiência de ver a Terra do Espaço, entretanto, pode ser inestimável para uma nova geração de exploradores espaciais.

https://zap.aeiou.pt/turismo-espacial-pronto-lancamento-398628

 

Reino Unido vai enviar o seu maior navio de guerra para o Pacífico - China não esconde desagrado !

A maior frota naval montada pela Grã-Bretanha nos últimos anos irá partir, em maio, para uma longa viagem de meses pelo Pacífico, anunciou o Ministério da Defesa do país, esta segunda-feira.

“Quando o Carrier Strike Group (CSG) começar a navegar no próximo mês, irá hastear a bandeira da Grã-Bretanha Global – projetando a nossa influência, sinalizando o nosso poder, interagindo com os nossos amigos e reafirmando o nosso compromisso em enfrentar os desafios de segurança de hoje e de amanhã”, observou Ben Wallace, secretário de Defesa do Reino Unido.

O grupo de ataque será liderado pelo porta-aviões HMS Queen Elizabeth, no que será a sua primeira missão oficial. O navio, um dos dois porta-aviões do Reino Unido, é o maior navio de guerra que o Reino Unido já lançou ao mar.

Ao porta-aviões irão juntar-se dois contratorpedeiros, duas fragatas anti-submarino, um submarino e dois navios auxiliares de abastecimento, revelou um comunicado do ministério, ao qual a CNN teve acesso.

O Instituto Internacional de Estudos Estratégicos afirma que o grupo de ataque de porta-aviões do Reino Unido “será a frota mais capaz já lançada por uma única marinha europeia nos últimos anos”.

As movimentações britânicas não são surpreendentes, uma vez que em março o país divulgou uma ampla revisão da sua política militar e externa.

Segurança e diplomacia

No anúncio de segunda-feira, o Ministério da Defesa afirmou que a implantação visa conceder ao Reino Unido, um papel mais profundo de segurança na região, com exercícios planeados ao lado da Índia, Japão e Coreia do Sul, bem como com as forças dos EUA.

Como parte da viagem ao Pacífico, o grupo de ataque irá visitar cerca de 40 países, referiu o Governo britânico. A rota, que verá o grupo de ataque atravessar o Mar Mediterrâneo e o Oceano Índico a caminho do Pacífico, irá cobrir quase 48.280 quilómetros.

Para já, a Grã-Bretanha não divulgou a rota exata do grupo de ataque no Indo-Pacífico, mas uma visita a Singapura é tida como certa na passagem pelo Mar da China Meridional.

A China reivindica quase todo o Mar da China Meridional como seu território soberano e denunciou a presença de navios de guerra estrangeiros como a raiz das tensões na região.

Em março, quando questionado sobre a implantação britânica no Mar da China Meridional, o Ministério da Defesa da China disse que Pequim “se opõe firmemente a qualquer país que interfira nos assuntos regionais sob o pretexto de liberdade de navegação e que prejudique os interesses comuns da região de países”.

O grupo de porta-aviões do Reino Unido também deve passar pelo leste de Taiwan – a ilha autónoma que a China também reivindica como parte do seu território.

Na sua revisão de defesa, o governo britânico destacou os desafios apresentados por Pequim.

“O poder crescente da China e sua assertividade internacional provavelmente serão o fator geopolítico mais significativo da década de 2020”, disse a revisão, descrevendo o país asiático como “a maior ameaça estatal à segurança económica do Reino Unido”.

Acrescentou ainda que o país planeia aumentar a sua presença militar, não só nesta região, como em todo o mundo.

“À medida que a nossa nação redefine o seu lugar no mundo pós-Brexit, esta é a personificação natural da agenda do governo Grã-Bretanha Global. E num cenário de crescente instabilidade e competição, isso reflete o compromisso contínuo do Reino Unido com a segurança global”, diz Steve Moorhouse, comandante do grupo de ataque, em comunicado.

Por outro lado, o Japão deu as boas-vindas ao anúncio do Reino Unido, afirmando que a visita do grupo de ataque aos porta-aviões irá elevar o relacionamento de longa data entre Tóquio e Londres a um “novo nível”.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-maior-navio-guerra-pacifico-398280

 

Comprimido da Pfizer para curar covid-19 pode chegar aos EUA no final do ano !

A Pfizer está a desenvolver um comprimido para tratar a infeção por covid-19 e pode começar a comercializá-lo já no final deste ano nos Estados Unidos.


O medicamento deverá ser tomado assim que a pessoa começar a sentir os primeiros sintomas da doença e deverá ser de toma única.

Ainda não há referência à eventual comercialização do comprimido na Europa. O medicamento ainda tem de ser aprovado pela Food and Drug Administration (FDA).

O fármaco faz parte de uma classe chamada “inibidores da protéase” — que são usados noutros vírus, como o VIH e a hepatite C — e funciona inibindo a ação de uma enzima que o vírus usa para se replicar em células humanas, explica o Público.

A empresa está a terminar agora a primeira fase do ensaio clínico do medicamento, que começou em março. O anúncio foi feito por Albert Bourl, CEO da Pfizer, em declarações à CNBC.

Os investigadores esperam que o medicamento impeça o progresso da doença e também seja capaz de evitar os internamentos.

A empresa está também a testar a vacina em crianças entre os seis meses e os 11 anos, considerando crucial vacinar as crianças para pôr um ponto final na pandemia.

“No início deste mês, a empresa pediu à FDA que alargasse a sua autorização de vacinação a adolescentes com idades compreendidas entre os 12 e os 15 anos após a vacina ter sido considerada 100% eficaz num ensaio”, anunciou a farmacêutica.

A Roche e a AstraZeneca também estão a testar antivíricos em forma de comprimidos. O molnupiravir, da Merck e da Ridgeback Biotherapeutics, já mostrou resultados encorajantes em formas ligeiras da doença. No entanto, não se mostrou eficaz em doentes hospitalizados.

https://zap.aeiou.pt/comprimido-pfizer-curar-covid-398615

 

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Reino Unido - Comissão Eleitoral investiga remodelação em apartamento de Johnson !

A Comissão Eleitoral do Reino Unido abriu esta quarta-feira uma investigação formal ao financiamento dos trabalhos de remodelação do apartamento onde o primeiro-ministro, Boris Johnson, e a família residem, por cima do número 10 de Downing Street, em Londres.


“Estamos convencidos de que há razões suficientes para se suspeitar que possa ter sido cometida uma infração ou infrações. Vamos, por isso, dar seguimento a este processo através de uma investigação formal para determinar se foi esse o caso”, informou a Comissão Eleitoral em comunicado, avançou o Público.

Johnson foi acusado pelo antigo conselheiro Dominic Cummings de ter planeado utilizar uma doação de um financiador do Partido Conservador para “pagar secretamente” a remodelação do apartamento. Caso isso se confirme, o primeiro-ministro e outros envolvidos podem ser multados e o caso transferido para as autoridades policiais.

Enquanto Johnson e o Governo garantem que a remodelação foi paga pelo próprio e que este “agiu de acordo com a lei”, o Partido Trabalhista insiste que a primeira parte do pagamento foi feita com dinheiro doado ao Partido Conservador, em troca de vantagens.

O primeiro-ministro tem sido criticado nos últimos dias devido a acusações sobre alegados comportamentos de “corrupção”, “nepotismo” e “lobbying”, a par com o seu antecessor, David Cameron.

https://zap.aeiou.pt/comissao-eleitoral-remodelacao-apartamento-johnson-398522

 

14 anos depois, o mistério dos pés humanos que dão à costa nos EUA e Canadá foi resolvido !

Entre 20 de agosto de 2007 e 2019, deram à costa do Mar Salish, nos Estados Unidos e Canadá, 21 pés humanos. Agora, 14 anos depois, o mistério foi finalmente resolvido.


Os dois primeiros pés foram encontrados no espaço de uma semana por uma jovem e um casal que passeavam. Ambos eram pés direitos e tamanho 46. “Ambos os pés estavam a decompor-se, mas ainda tinham carne”, disse Rose Stanton, médica legista regional da Ilha de Vancouver, em declarações à CBC na altura da descoberta.

Nos anos seguintes, foram encontrados mais pés humanos, inclusive alguns pares, quase sempre dentro do calçado.

A bizarra história começou a chamar a atenção dos media internacionais e as especulações eram muitas. Alguns defendiam que havia um assassino à série à solta ou que a máfia estava a livrar-se de corpos, atirando-os ao mar.

Contudo, de acordo com o IFLScience, a explicação para este mistério com 14 anos é menos dramática: foi uma mudança no setor de calçado.

“Achamos que sabemos o que aconteceu em todos os casos”, explicou o médico legista Barb McLintock, em declarações ao National Post. “Não há nenhum que tenha qualquer indício de homicídio […] em todos os casos há uma explicação alternativa muito razoável”.

Os especialistas determinaram que a causa da morte das pessoas a quem pertenciam estes pés foi suicídio ou acidental.

Quando um corpo está no mar e afunda no fundo do oceano, é rapidamente atacado por necrófagos. Estes, tal como os crustáceos, são preguiçosos e preferem atacar as partes mais macias do corpo em vez dos pedaços duros de cartilagem. Em humanos, as partes moles incluem os tornozelos, que são principalmente tecidos moles e ligamentos.

Esse ataque leva a que o pé se desprenda muito rapidamente do resto do corpo antes de a grande decomposição começar.

Mas por que é que só em 2007 é que começaram a surgir vários pés humanos na costa norte-americana e canadiana? É aí que entra o design dos sapatos.

Nas últimas décadas, as sapatilhas foram feitas de espuma mais leve, incluindo bolsas de ar nas solas.

“Realmente, [o fenómeno] não surgiu até que tivéssemos sapatilhas que flutuavam tão bem”, disse McLintock. “Antes, apenas ficavam lá no fundo do oceano.”

https://zap.aeiou.pt/14-anos-depois-o-misterio-dos-pes-humanos-que-398247

 

Perícia médica aponta nova hora da morte de Maradona e diz que era “evitável” !

As perícias médicas apontam uma nova hora para a morte do ex-futebolista argentino e atiram culpas para o seu neurocirurgião e a sua psiquiatra, dizendo que “a morte poderia ter sido evitada”.


De acordo com o portal argentino TN, as perícias médicas realizadas a pedido da Justiça argentina indicam que Diego Maradona sofria de insuficiência cardíaca e renal, assim como de cirrose.

Os médicos confirmaram que a doença cardíaca preexistente foi a causa da morte do ex-futebolista, indicaram fontes que tiveram acesso ao relatório. Ninguém terá detetado que o coração não funcionava corretamente porque, alegadamente, Maradona não tinha os controlos médicos adequados.

Além disso, neste mesmo relatório médico avança-se que o argentino morreu entre as 04h00 e as 06h00 da manhã do dia 25 de novembro, enquanto dormia. Este dado é importante, uma vez que o paramédico da empresa Más Vida, que chegou na primeira ambulância à casa de Maradona, confirmou o óbito por volta das 13h15, depois de 45 minutos a tentar reanimá-lo.

Segundo o portal argentino, a hora da morte contradiz as primeiras declarações que indicavam que El Pibe se tinha levantado de manhã e põe em causa, sobretudo, o depoimento da enfermeira Daiana Madrid, uma das sete arguidas na investigação.

As perícias médicas também complicam ainda mais a situação do neurocirurgião Leopoldo Luque e da psiquiatra Agustina Cosachov. Os especialistas concluíram que “a morte poderia ter sido evitada” e “foi afetada de forma decisiva por omissões de assistência e uma negligência geral no tratamento e cuidados reservados ao paciente”.

O TN adianta que Maradona tinha edemas em várias partes do corpo, estava inchado e chegou a dormir três dias seguidos. Os dois médicos terão ainda de explicar porque é que dispensaram os acompanhantes terapêuticos e por que razão não permitiram que as enfermeiras monitorizassem os seus sinais vitais ou lhe dessem os medicamentos.

A dupla parecia não estar ciente de que estava a lidar com um paciente com problemas cardíacos: Maradona não seguia uma dieta alimentar específica, nem tinha qualquer indicação para prevenir uma complicação deste quadro clínico.

Por outro lado, a casa do ex-futebolista também não estava apta, tendo em conta as condições de internamento de que este precisava após a cirurgia à cabeça, não tendo “os elementos básicos em caso de emergência”.

Segundo o portal argentino, o relatório final será divulgado oficialmente na primeira semana de maio e poderá levar os indiciados à acusação de homicídio culposo.

Diego Armando Maradona, de 60 anos, morreu a 25 de novembro de 2020, na consequência de um “edema agudo de pulmão secundário a uma insuficiência cardíaca crónica aguda”. No coração também havia uma “miocardiopatia dilatada”.

https://zap.aeiou.pt/pericia-medica-morte-maradona-evitavel-398462

 

O divórcio está fechado e inicia-se “nova era” - Aprovado acordo comercial entre União Europeia e Reino Unido !

O Parlamento Europeu aprovou o Acordo de Comércio e Cooperação entre União Europeia (UE) e Reino Unido, que estabelece o novo quadro de relações entre as duas partes no pós-Brexit, anunciou esta quarta-feira de manhã a assembleia.


Numa votação realizada na terça-feira, mas cujo resultado foi anunciado apenas esta manhã, na abertura do terceiro dia da sessão plenária que decorre em Bruxelas — dado o processo de contagem de votos à distância ser mais moroso —, o acordo foi aprovado com 660 votos a favor, cinco contra e 32 abstenções, encerrando-se assim o longo processo de “divórcio” entre UE e Londres.

O Acordo de Comércio e Cooperação pós-Brexit negociado entre o Reino Unido e a UE foi concluído em 24 de dezembro de 2020 e começou a ser aplicado provisoriamente em 1 de janeiro, com um prazo para a sua ratificação até à próxima sexta-feira, 30 de abril, para permitir a conclusão da revisão jurídico-linguística do texto e respetiva aprovação pelo Parlamento Europeu.

A votação no hemiciclo teve lugar depois de, em 15 de abril, as comissões dos Negócios Estrangeiros e do Comércio do PE terem finalmente votado a favor do acordo comercial e de cooperação pós-Brexit, abrindo caminho para a sua ratificação final.

As comissões parlamentares suspenderam a votação em março, em protesto contra as alterações britânicas nos acordos comerciais na Irlanda do Norte, que Bruxelas diz violarem os termos do Acordo de Saída do Brexit, tendo por isso aberto um processo de infração a Londres.

A presidente da Comissão e o presidente do Conselho Europeu já reagiram no Twitter ao voto a favor dos eurodeputados pela ratificação do acordo.

“O TCA [Acordo de Comércio e Cooperação EU-Reino Unido] marca a fundação de uma parceria estreita e forte com o Reino Unido“, escreveu Ursula von der Leyen acrescentando que é essencial a “implementação fiel” do acordo.

Charles Michel anunciou que o acordo é “um grande passo em frente” nas relações entre a UE e o Reino Unido e dá início a uma “nova era”.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, recebeu a aprovação do Acordo de Comércio e Cooperação pós-Brexit com a UE pelo Parlamento Europeu como a “etapa final de uma longa viagem”.

“Esta semana é a etapa final de uma longa viagem, proporcionando estabilidade ao nosso novo relacionamento com a UE como parceiros comerciais vitais, aliados próximos e iguais soberanos. Agora está na hora de olhar para o futuro”, afirmou.

O secretário de Estado das Relações com a UE, David Frost, considerou ser um “momento importante”, fruto de negociações “incansáveis” no ano passado.

“A votação de hoje traz certeza e permite-nos focar no futuro. Haverá muito para nós e a UE trabalharmos juntos através do novo Conselho de Parceria e estamos empenhados em trabalhar para encontrar soluções que funcionem para ambos”, disse.

O processo de ratificação vai seguir para o Conselho da UE, a quem cabe a aprovação final. Os embaixadores dos 27 deverão lançar esta quarta-feira a adoção formal por procedimento escrito, que deverá ficar concluída antes do final da semana.

O acordo entra formalmente em vigor a 1 de maio.

https://zap.aeiou.pt/divorcio-esta-fechado-inicia-se-nova-era-398417

Mal pagos e desprotegidos - Na Índia, os cremadores são guerreiros invisíveis nesta pandemia !

Na Índia, os cremadores ganham pouco mais de 100 euros por mês, trabalham em turnos de 12 horas e são até alvo de descriminação. Alguns nem usam equipamento de proteção individual.


Os número de mortes e casos na Índia desceram, esta terça-feira, pela primeira vez em duas semanas. Ainda assim, a situação epidemiológica do país está longe de estar tranquila. A Índia contabilizou 2.771 mortos e 323.144 casos de covid-19, acumulando agora 197.894 óbitos e 17,6 milhões de casos.

Os cemitérios e crematórios estão sobrecarregados com mortes por covid-19. Ashu Rai é trabalhador do maior centro de cremação de Nova Deli, capital da Índia, e, em entrevista à VICE, retrata o caos que o país atravessa, onde é difícil encontrar sítios disponíveis para cremar os mortos.

“Na semana passada, a nossa carga de trabalho aumentou drasticamente”, disse Rai. “Eu costumava cremar de três a cinco corpos todos os dias antes da pandemia, mas depois desta segunda vaga, estou a cremar mais de 15 corpos por dia sozinho”.

“Não sinto nada quando vejo um cadáver”, disse o jovem de apenas 20 anos de idade. “Talvez não queira sentir nada. Bebo duas garrafas de cerveja todos os dias antes de ir para o trabalho”.

Os trabalhadores de crematórios da Índia — sobrecarregados e mal pagos — muitas vezes enfrentam discriminação, embora sejam guerreiros invisíveis da pandemia de covid-19.

Trabalham em turnos de 12 horas, ganhando o equivalente a 110 euros por mês. Além disso, raramente usam equipamento de proteção individual (EPI), como máscaras, fatos ou viseiras.

“Recebemos EPI, mas não usamos. Trabalhamos numa fornalha, não conseguiríamos respirar naquele fato”, explicou Rai. Apesar de não se proteger no trabalho, o jovem diz que quando vai para casa, toma sérias precauções.

À VICE, Bezwada Wilson, fundador da Safai Karamchari Abhiyan, uma organização que trabalha pelos direitos e bem-estar dos trabalhadores do saneamento, disse que “ninguém sabe quantos cremadores testaram positivo a esta doença mortal” e “ninguém sabe quantos morreram como resultado“.

“Os funcionários do Governo não veem estes trabalhadores como humanos“, sugere Wilson.

https://zap.aeiou.pt/india-cremadores-guerreiros-invisiveis-398349

 

”Licença para matar”. Mesmo com proibição do Supremo, operações policiais continuam a causar mortes nas favelas brasileiras !

De acordo com dados do Fogo Cruzado, no ano passado, foi morta, em média, uma criança por mês no Rio de Janeiro por uma bala perdida. A maioria dessas mortes aconteceu durante operações policiais nas favelas da cidade, que albergam grande parte da população pobre.


A plataforma digital que monitoriza a violência armada no Rio de Janeiro, revela ainda que quase 30% destas ações acabaram por envolver mortes.

Kaio Guilherme da Silva, de apenas 8 anos, foi uma das vítimas. O menino estava numa festa de escola quando foi atingido na cabeça por uma bala perdida.

“Eu soube que era uma bala perdida. A nossa comunidade vive num estado constante de medo que um de nós possa ser a próxima vítima”, disse Thais Silva, mãe da criança.

O pequeno Kaio acabou por morrer este fim de semana após estar vários dias em coma, tornando-se na centésima criança a ser atingida por uma bala perdida naquela cidade nos últimos cinco anos.

Em junho do ano passado, os moradores das favelas conseguiram ter um alívio temporário das operações policiais, após uma proibição emitida pelo Supremo Tribunal Federal.

O tribunal decidiu suspender as ações policiais durante a pandemia de covid-19, exceto em “circunstâncias absolutamente excecionais”, nas quais a polícia foi obrigada a justificar as razões por escrito ao Ministério Público.

Segundo dados de relatório do Ceni, grupo de pesquisa da Universidade Federal Fluminense (UFF), os resultados da proibição foram promissores, pelo menos no início.

As operações policiais caíram 64% entre junho e setembro, em comparação com a média do mesmo período dos anos anteriores, fazendo com que se registasse o menor número de mortes desde o início dos registos, em 2007. Ainda assim, mais de 1.200 brasileiros foram mortos pela polícia em 2020.

No entanto, apesar da proibição ter aparentemente salvo vidas, o número de operações e assassinatos voltou a subir em outubro, e as operações rapidamente começaram a surgir.

Alguns especialistas dizem que Claudio Castro, o governador do Rio de Janeiro que assumiu o cargo em setembro, é o culpado. Isto porque o líder da cidade nomeou Allan Turnowski como comissário da Polícia Civil do Rio.

Turnowski é um ex-chefe de polícia que foi expulso da força policial da cidade durante dez anos sob acusações de corrupção, mas foi reintegrado quando Castro se tornou governador.

Numa das suas primeiras entrevistas, Turnowski revelou que a decisão do Supremo Tribunal Federal não impediria a entrada da polícia nas favelas e defendeu o uso de tanques e helicópteros.

A Suprema Corte voltou a indicar esta semana que as operações só são justificadas pela cláusula “excecional”, caso a vida das pessoas esteja em perigo iminente ou para evitar a expansão territorial de fações criminosas. Porém, vários moradores queixam-se que a polícia continua a atuar de forma violenta, pondo de lado a exceção justificativa.

“Estão a travar uma guerra contra os negros. É uma violação dos nossos direitos humanos e as mortes raramente são investigadas. Não há interesse do estado. Isso dá à polícia impunidade e licença para matar”, referiu Gizele Martins, especialista em periferias urbanas e moradora da favela do Mar.

Contudo, segundo a VICE, ainda há margem para o cenário piorar. Em março, o Ministério Público do Rio eliminou o Grupo de Ação Especializada em Segurança Pública (GAESP), órgão de investigação independente que analisava mais de 700 casos policiais.

Embora o GAESP tratasse apenas de um pequeno número de casos, a sua remoção levantava questões de imparcialidade.

Agora, todas as investigações sobre a má conduta policial serão conduzidas por promotores que trabalham em estreita colaboração com os policiais sob investigação.

https://zap.aeiou.pt/operacoes-policiais-mortes-favelas-398264

 

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Jeff Bezos quer transformar a Amazon no “melhor empregador da Terra” Q!

O CEO da Amazon admitiu que é preciso fazer mais pelos trabalhadores e revelou que um dos seus principais objetivos é fazer da empresa “o melhor empregador da Terra”.


As más condições de trabalho a que os trabalhadores da Amazon estão sujeitos têm feito correr muita tinta nos últimos tempos. Por isso, na sua mais recente carta anual endereçada aos acionistas da empresa, Jeff Bezos traçou alguns objetivos.

Segundo a organização noticiosa Quartz, que teve acesso ao documento, o CEO disse que o grande objetivo é tornar a Amazon “o melhor empregador da Terra e o lugar mais seguro da Terra para trabalhar”.

“Penso que precisamos de fazer um melhor trabalho relativamente aos nossos funcionários. (…) Para mim, tornou-se claro que necessitamos de uma melhor visão de como criar valor para os funcionários – uma visão para o seu sucesso”, escreveu.

De acordo com o Quartz, a missiva não dá muitos detalhes sobre como essa visão poderá ser, no entanto, uma das medidas será o desenvolvimento de um “novo sistema automatizado de agendamento de horários” que irá permitir que os trabalhadores alternem entre diferentes tarefas para evitar lesões por movimentos repetitivos.

Bezos escreveu também que a empresa irá trabalhar para melhorar a satisfação dos funcionários, “continuando a liderar em termos de salários, de benefícios, de oportunidades de requalificação e de outras formas que iremos descobrir ao longo do tempo”.

Apesar de admitir que a Amazon precisa de fazer algumas mudanças, o líder da gigante tecnológica aproveitou também para defender a empresa de algumas das críticas mais frequentes.

Após trabalhadores de armazéns terem falado à imprensa de objetivos de produtividade esgotantes que podem levar a lesões e de terem dito que têm pouco tempo para fazer coisas básicas como, por exemplo, ir à casa de banho, Bezos afirma que a Amazon permite aos trabalhadores pausas informais, bem como pausas de 30 minutos nos seus horários.

O CEO garantiu ainda que que os objetivos de produtividade são razoáveis. “Estabelecemos objetivos de desempenho exequíveis e que têm em conta os dados relativos à função e ao desempenho dos funcionários”, escreveu.

Segundo o mesmo site, Bezos também considerou que as recentes notícias sobre as alegadas más condições de trabalho estão, na verdade, a depreciar os próprios trabalhadores, em vez de fazer alegações contra a empresa.

“Ao ler algumas das notícias, parece que não nos importamos com os funcionários. Nessas notícias, os nossos funcionários são acusados, por vezes, de serem almas desesperadas e tratados como robôs. Isso não é correto. Eles são pessoas sofisticadas e refletivas que têm opções de onde trabalhar”, disse ainda.

https://zap.aeiou.pt/bezos-transformar-amazon-melhor-empregador-terra-396705


 

Nigéria - Youtube fecha canal de pastor que pretende “curar a homossexualidade” !

O pastor nigeriano TB Joshua apelou aos seus seguidores a “rezarem pelo YouTube” e a não responderem através do ódio ao encerramento do seu canal naquela plataforma, onde colocou vídeos em que afirmava “curar a homossexualidade”, noticiou a agência Lusa.

“Ajudem-me a rezar pelo YouTube”, declarou o pastor evangélico no seu sermão de domingo, publicado na segunda-feira de manhã no Facebook. “Rezem por eles, temos de os considerar como amigos, temos de ser fortes”.

O YouTube fechou na semana passada o canal ‘online’ Emmanuel TV, do pastor da Synagogue Church Of All Nations (SCOAN), que tinha mais de 1,8 milhões de seguidores e 600 milhões de visualizações, no seguimento de uma queixa da associação britânica OpenSociety, que denunciou discursos de ódio e homofóbicos.

Num vídeo, dado como exemplo, uma mulher é severamente espancada, com o propósito de a livrar do “demónio da homossexualidade”.

O Facebook removeu também, na semana passada, vários vídeos publicados na página do pastor, que tem 5,6 milhões de assinantes, por violar a política da plataforma, que proíbe “ataques a pessoas com base na orientação sexual ou género”.

A decisão causou um alvoroço na internet na Nigéria, onde a comunidade evangélica é extremamente poderosa e cujas igrejas têm dezenas de milhões de seguidores.

No país, fortemente religioso, dividido entre muçulmanos e cristãos, a homossexualidade masculina é punível com até 14 anos de prisão, e mesmo que essa sentença nunca tenha sido pronunciada, a grande maioria da população considera como pecaminosas as relações sexuais entre pessoas do mesmo género.

Temitope Balogun “TB” Joshua, que conta com presidentes e políticos conceituados entre os seus seguidores, que o denominam como “homem de Deus”, é famoso em toda a África pelos seus “milagres” e “ressurreições”. É um dos pastores mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada em vários milhões de dólares, segundo a revista Forbes.

TB Joshua abriu uma nova página no YouTube no domingo.

https://zap.aeiou.pt/nigeria-youtube-pastor-curar-homossexualidade-396698

 

Lago “assassino” matou cerca de 1.800 pessoas em apenas alguns minutos e a história pode repetir-se !

A noite de 21 de agosto de 1986 parecia ser igual a outra qualquer. Até que, por volta das 21h30, ouviu-se um barulho muito estranho no Lago Nyos, no noroeste dos Camarões. E em minutos, quase 1.800 pessoas morreram.


Nessa noite, o Nyos expeliu um jato de água com mais de 90 metros de altura que libertou o dióxido de carbono acumulado no lago. Segundo o Mental Floss, uma nuvem de gás subiu aos céus, antes de descer sobre o topo das colinas e atingir os aldeões.

Ao passar pelas cabanas, a nuvem quente de dióxido de carbono sufocou quase todas as pessoas com quem entrou em contacto, até finalmente se dissipar. O oxigénio que estava presente poucos instantes antes da tragédia foi eliminado temporariamente do ar, dando lugar a substâncias mais pesadas e nocivas.

O Lago Nyos era conhecido pelos habitantes locais como o lago “bom” devido à sua água potável, mas, naquela noite de 1986, foi responsável por um dos desastres naturais mais mortais da história de África. Nios, a aldeia mais próxima do lago, foi a mais afetada.

O evento de origem vulcânica, conhecido como erupção límnica, devastou seres humanos e animais em apenas alguns minutos, e até hoje, é relembrado como um pesadelo pelos habitantes da região. Segundo a contagem de corpos realizada por especialistas, cerca de 1.800 pessoas e 3.000 cabeças de gado foram encontradas sem vida.

Atualmente, e de modo a evitar que a tragédia se repita, o Lago Nyos conta com aparelhos dispersores de gás carbónico na sua superfície e um sistema de canalização.

Quase 30 anos após o desastre, a população pôde voltar a ocupar as margens do lago, mas a preocupação com a geografia do território ainda persiste à medida que os gases vibram silenciosamente por baixo das águas.

Os cientistas ainda desconhecem o que desencadeou a erupção límbica do Lago Nyos: pode ter sido algo tão pequeno quanto uma pedra a cair na água ou uma forte rajada de vento.

Quando começaram a investigar, não demoraram muito tempo até encontrarem ocorrências de erupções semelhantes. Dois anos antes, no Lago Monoun, a cerca de 95 quilómetros do Lago Nyos, os moradores ouviram um grande estrondo. Nas horas seguintes, 37 pessoas morreram misteriosamente.

À luz do que aconteceu, esta era a prova de que o problema era maior do que o que os investigadores pensavam.

Atualmente, os cientistas acreditam que só três lagos no mundo acumulam tais níveis mortais de dióxido de carbono nas suas profundezas – Nyos, Monoun e o Lago Kivu, na fronteira do Congo e Ruanda.

O Lago Nyos e o Lago Monoun já foram declarados seguros, mas o mesmo não aconteceu com o Lago Kivu. Cerca de 2 milhões de pessoas vivem nos vales à volta do lago, que é 1.700 vezes maior do que o Nyos e duas vezes mais profundo.

Ruanda já começou a usar o metano do Kivu como fonte de energia, mas ainda precisam de ser feitos esforços em grande escala para eliminar completamente o gás do lago. Até que tal aconteça, a história ameaça repetir-se à medida que o perigo borbulha silenciosamente sob a superfície.

https://zap.aeiou.pt/lago-assassino-matou-1-800-pessoas-396360

 

Esquemas de Wall Street alimentaram a crise de 2008 - Está a voltar a acontecer o mesmo !

Bancos têm erroneamente relatado dados de rendimento inflacionados que comprometem a integridade dos valores imobiliários resultantes.


Foi há mais de 12 anos que foi anunciada a falência do Lehman Brothers, o quarto maior banco de investimento dos Estados Unidos.

Este foi o marco da crise financeira de 2008, marcada pela desregulação financeira e pela bolha imobiliária, que rapidamente se alastrou à Europa. O elevado endividamento das famílias, empresas e Estados e a fragilidade bancária eram inevitáveis perante uma supervisão ineficaz.

A investigação do portal The Intercept revela que muitas instituições financeiras estão a arriscar-se mais uma vez, da mesma forma que aconteceu há mais de uma década. Tudo isto por causa de empréstimos semelhantes que podem levar a um desastre parecido.

Um analista descobriu esquemas de contabilidade numa escala surpreendente no mercado imobiliário comercial, de forma semelhante aos liar loans’ — “empréstimos mentirosos” — concedidos em meados dos anos 2000 para imóveis residenciais.

Como é que estes empréstimos funcionavam? Muitas vezes, sem informar os próprios mutuários, as empresas de empréstimos alegavam que a pessoa ganhava, por exemplo, 500 mil dólares por ano, permitindo que a pessoa pedisse dinheiro suficiente para comprar uma casa que não poderia pagar.

Assim, os bancos aceitavam os empréstimo, que na realidade nunca poderiam ser pagos com o rendimento real da pessoa. Os títulos eram depois vendidos a investidores como fundos de pensão, permanecendo valiosos enquanto os preços das casas aumentavam. Quando os preços pararam de subir, a bolha imobiliária rebentou.

Um recente estudo apoia a sua conclusão, descobrindo que bancos como Goldman Sachs e Citigroup têm erroneamente relatado dados de rendimento inflacionados que comprometem a integridade dos valores imobiliários resultantes.

O analista identificou ainda esquemas financeiros complexos de uma instituição financeira, que emite empréstimos e administra um fundo imobiliário, que pode ajudar um dos seus principais inquilinos — a cadeia de lojas Dollar General — a florescer e devastar os revendedores mais pequenos.

Desta vez, a questão não é uma bolha no mercado imobiliário, mas uma aparente inflação generalizada do valor dos negócios comerciais, nos quais os empréstimos são baseados.

https://zap.aeiou.pt/esquemas-wall-street-voltar-a-acontecer-396624

 

Júri declara ex-polícia Derek Chauvin culpado da morte de George Floyd !

Os jurados do julgamento do ex-agente da polícia acusado do homicídio do afro-americano George Floyd chegaram a acordo sobre o veredito esta terça-feira. Derek Chauvin foi considerado culpado.

A decisão dos jurados, reunidos desde segunda-feira num tribunal da cidade de Minneapolis para deliberação, foi conhecida na noite desta terça-feira. De acordo com a cadeia televisiva CNN, Derek Chauvin foi considerado culpado da morte de George Floyd.

Os 12 jurados consideraram o ex-polícia, de 45 anos, culpado dos três crimes de que estava acusado: homicídio involuntário em segundo grau, homicídio em terceiro grau e homicídio por negligência.

Segundo a cadeia norte-americana, o crime de homicídio involuntário em segundo grau pode dar uma pena de prisão até 40 anos. A pena máxima para homicídio em terceiro grau é não superior a 25 anos. E, por fim, a pena máxima para homicídio por negligência é de 10 anos e/ou uma multa de 20 mil dólares (cerca de 16 mil euros).

A CNN adianta ainda que os procuradores propuseram revogar a fiança do ex-polícia, com o juiz Peter Cahill a dar seguimento favorável à proposta. Chauvin saiu do tribunal algemado e o magistrado disse que haverá uma sentença “daqui a oito semanas”.

Depois de ler os veredictos, Cahill agradeceu aos jurados. “Tenho de vos agradecer em nome do povo do estado do Minnesota não só pelo vosso serviço, mas também pelo serviço pesado”, disse o juiz antes de sair da sala de audiências.

Nas ruas de Minneapolis, muitas pessoas festejam a decisão do júri, gritando palavras como “justiça” e “black lives matter”.

Depois de conhecida a decisão do júri, o advogado Ben Crump e a família de Floyd divulgaram um comunicado no qual afirmam que o “veredito de hoje vai muito além desta cidade e tem implicações significativas para o país e até mesmo para o mundo”.

Esta tarde, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já tinha afirmado que as provas no julgamento eram “esmagadoras” e que estava a rezar para que o veredito fosse “justo”.

As autoridades norte-americanas já estavam preparadas para vários dias de manifestações por todo o país, depois de conhecida a sentença do ex-agente, e numa altura em que também têm havido protestos devido à morte de outro afro-americano às mãos da polícia.

Daunte Wright, de 20 anos, foi morto a tiro em Brooklyn Center, também no Minnesota, depois de ter sido intercetado pela polícia porque não tinha alguns documentos em ordem. O chefe da polícia local, que entretanto se demitiu, disse que a agente confundiu a arma de serviço com um taser.

Chauvin, com quase 20 anos de serviço, asfixiou Floyd, de 40 anos, até à morte, colocando um joelho sobre o pescoço do cidadão afro-americano durante quase nove minutos, numa detenção em Minneapolis, em maio de 2020.

O homicídio despoletou uma onda de protestos contra o racismo e a violência policial não só nos Estados Unidos, mas em todo o mundo. A frase “não consigo respirar” relembrou também a morte de Eric Garner, em 2014, em Nova Iorque. Este afro-americano repetiu estas mesmas palavras 11 vezes após ser detido e antes de morrer.

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Montenegro “hipotecou-se” à China e agora quer a ajuda da Europa para se libertar !

Montenegro aceitou um empréstimo gigante da China para construir uma rodovia. Agora, o minúsculo país montanhoso quer ajuda da União Europeia (UE) para pagar a dívida.


A situação em Montenegro é o mais recente conflito numa pressão global crescente por influência da China, que fez incursões em países economicamente fracos ao oferecer empréstimos que exigem lealdade a Pequim, mas que, por outro lado, têm poucos compromissos.

A nação montanhosa de 600 mil habitantes é membro da NATO e está prestes a entrar na União Europeia (UE). Isso torna o país um alvo especialmente valioso. Segundo o The Washington Post, um dos principais focos da China é controlar elementos significativos da infraestrutura da Europa, como ferrovias e portos.

Os primeiros pagamentos da dívida de Montenegro terminam este verão. O empréstimo de mais de 831 mil milhões de euros é quase um quinto de toda a economia do país.

Os líderes de Montenegro garantem que não vão deixar passar o pagamento, mesmo que a UE não ajude. Contudo, os defensores de um resgate consideram que o país corre o risco de ser capturado financeiramente pela China, numa altura em que as nações democráticas falam de forma cada vez mais urgente sobre a influência chinesa em todo o mundo.

“Seria completamente irresponsável se a UE não fizesse nada”, disse Reinhard Bütikofer, um membro alemão do Parlamento Europeu. “Por que os deixaríamos sozinhos numa hora tão desesperante?”

O empréstimo foi usado para pagar a construção de parte de uma rodovia para a vizinha Sérvia. Embora a estrada, que também está a ser construída por uma empresa de Pequim, esteja anos atrasada, o banco estatal de desenvolvimento da China não está a oferecer a Montenegro uma pausa no reembolso.

Montenegro, um país de aldeias antigas e montanhas vertiginosas que se separaram da Sérvia em 2006, há muito que sofre com más estradas e ferrovias. Os líderes viram uma rodovia melhor para a vizinha Sérvia como uma ponto de viragem para reiniciar a sua economia, que está fortemente dependente de turistas e investidores russos.

Porém, os críticos disseram que o contrato que Montenegro assinou com a China foi preenchido com dinheiro extra para funcionários corruptos e tornou o país demasiado dependente de um ator geopolítico que é rival das democracias em todo o mundo.

“É muito raro ter uma rodovia tão cara”, disse o novo ministro das Finanças do país, Milojko Spajic.

O contrato chinês, que é apenas para o primeiro trecho da rodovia, custa quase 19,8 milhões de euros por quilómetro e resolver o pagamento da dívida tornou-se uma prioridade para os líderes do país.

Como se não bastasse, a economia de Montenegro foi, tal como noutros países, atingida pela pandemia. A economia caiu mais de 15% em 2020, de acordo com uma estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Agora, o país quer estreitar os seus laços com a UE e reduzir a sua dependência da Rússia e da China. O movimento económico ajudaria a corresponder às suas ambições geopolíticas: juntou-se à OTAN em 2017 e quer entrar na UE assim que o bloco europeu o permitir.

Spajic disse que Montenegro está a procurar fundos de desenvolvimento europeus para ajudar a construir a infraestrutura. Refinanciar o empréstimo chinês a uma taxa mais baixa seria parte dessa ajuda.

As discussões já estão em andamento há algum tempo. Divisões foram abertas esta semana depois de a Comissão Europeia ter rejeitado o pedido de ajuda.

“Cada país é livre para estabelecer os seus próprios objetivos de investimento”, disse o porta-voz da Comissão Europeia, Peter Stano. “Não estamos a reembolsar os empréstimos que estão a receber de terceiros.”

Contudo, um importante aliado do presidente francês Emmanuel Macron disse que o seu país está a procurar uma forma de ajudar.

“Estamos a trabalhar com a Comissão Europeia para encontrar o apoio da UE e reduzir a dependência da China nos Balcãs”, escreveu Clément Beaune, ministro francês da Europa, no Twitter. “Esta ajuda da UE deve aumentar a consciencialização sobre a ajuda semelhante a uma miragem oferecida pelos nossos concorrentes”.

Vincular a ajuda ao empréstimo de forma muito direta pode ser politicamente difícil, uma vez que muitas autoridades europeia não querem estar em posição de pagar um empréstimo chinês que foi alvo de alertas dos líderes europeu.

A omissão de ação pode levar a consequências dramáticas. Os termos exatos do empréstimo de Montenegro permanecem secretos, mas empréstimos semelhantes noutros lugares exigem garantias que incluem terrenos e infraestrutura.

Quando o governo do Sri Lanka falhou em 2017 em manter os pagamentos de um porto construído e financiado pela China, foi pressionado a transferir o controle da instalação para a China nos 99 anos seguintes.

https://zap.aeiou.pt/montenegro-hipotecou-se-a-china-e-agora-quer-a-396397

 

Regime sírio acusado de crimes contra a humanidade na Suécia !

Quatro organizações não-governamentais apresentaram uma queixa junto da polícia da Suécia contra altos responsáveis do regime sírio por crimes contra a humanidade pelos ataques com armas químicas na Síria, em 2013 e 2017.


A queixa foi interposta por um grupo de refugiados sírios na Suécia e pelas organizações Civil Rights Defenders, Syrian Center for Media and Freedom of Expression (SCM), Syrian Archive e Open Society Justice Initiative, avançou esta terça-feira agência Lusa.

Além dos testemunhos das vítimas, a denúncia incluiu centenas de elementos de prova documental, incluindo fotografias e filmes, sobre o tipo de armamento utilizado e referenciando os alegados responsáveis pelos ataques com armas químicas contra Al Ghouta (2013 e Khan Sheikhoun (2017), na Síria.

“Nos 10 anos que passaram após os primeiros atos de repressão contra manifestantes democratas da Síria, o governo usou armas químicas de forma estratégica como arma para atingir a população civil em áreas controladas pela oposição e para suprimir qualquer tipo de resistência”, assinalou Aida Samani, advogada da ONG Civil Rights Defenders.

Os queixosos consideram que as autoridades suecas podem investigar e perseguir os crimes internacionais cometidos em território estrangeiro apelando ao princípio da jurisdição universal.

Outras queixas semelhantes já foram apresentadas na Alemanha em outubro de 2020 e em França no passado mês de março, recordam as organizações com base na Suécia instando as autoridades de Estocolmo a colaborarem com os homólogos alemães e franceses para que possa ocorrer uma eventual ordem de prisão contra membros do regime de Damasco.

A Alemanha aplicou, pela primeira vez no passado mês de fevereiro, o princípio da Justiça Universal por crimes contra a humanidade ocorridos na Síria e condenou por cumplicidade em atos de tortura um ex-agente dos serviços secretos do presidente Bashar Al Assad.

Eyad Alghareib, de 44 anos, ex-membro dos serviços secretos militares da Síria e que pediu asilo na Alemanha, foi condenado a quatro anos e meio de prisão por um tribunal de Koblenz.

https://zap.aeiou.pt/regime-sirio-crimes-humanidade-suecia-396616

 

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