Depois de dezenas de pessoas morreram por intoxicação nas últimas semanas, as autoridades da República Dominicana acabaram por fechar várias lojas de bebidas alcoólicas.
As lojas de bebidas clandestinas situavam-se sobretudo na capital, Santo Domingo, mas as autoridades também encontraram estabelecimentos deste tipo noutras regiões do país.
Pelo menos 30 pessoas morreram na última semana devido ao consumo de álcool contaminado, e outras foram hospitalizadas, de acordo com as autoridades locais.
O álcool ilícito que se acredita estar a matar várias pessoas inclui clairin, uma bebida produzida a partir de milho ou da cana-de-açúcar, frutas fermentadas ou diluente. A bebida também pode incluir fezes de pássaros, cabeças e intestinos de frango.
O clairin, que é uma bebida semelhante ao rum, geralmente é consumido por pessoas de classe baixa pois é muito mais barato do que as outras bebidas destiladas.
Também conhecido como triculí ou pitrinchi, o clairin pode causar perda de visão, fortes dores de cabeça e dificuldades respiratórias. É produzido em destilarias rudimentares e clandestinas em bairros pobres e é vendido em garrafas reutilizadas.
De acordo com a VICE, o aumento do desemprego decorrente da pandemia de covid-19 pode ser uma das causas do surto na capital, pois acredita-se que a população esteja, cada vez mais, a recorrer ao álcool para amenizar os problemas.
Mesmo antes da pandemia, o desemprego em Santo Domingo situava-se nos 7%, o que já estaria acima da média nacional.
As autoridades revelaram que grande parte do álcool mortal falsificado é vendido em copos coloridos descartáveis como se se tratasse de uma bebida de frutas.
Uma das pessoas que ingeriu a bebida disse aos media locais que esta é “como fogo que entra no corpo”. Apesar de ter sobrevivido, revelou que um amigo não teve a mesma sorte pois acabou por morrer depois de beber clairin.
Há um ano, cerca de 200 pessoas morreram na República Dominicana por ingerirem esta bebida e outros produtos alcoólicos adulterados.
https://zap.aeiou.pt/pessoas-morreram-ingestao-alcool-395264
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