A família de Fidel Castro vai abandonar o comando do país. Raúl Castro confirmou que vai deixar o cargo de chefe do partido comunista de Cuba, num congresso do partido que decorreu na sexta-feira, em Havana.
O general Raúl Castro, irmão de Fidel Castro, retirou-se definitivamente da política e deixou de ser líder do Partido Comunista Cubano (PCC). A liderança da ilha está agora nas mãos do atual presidente do país, Miguel Díaz-Canel.
A decisão foi anunciada no VIII Congresso do partido, principal reunião dos comunistas cubanos, esta sexta-feira, em Havana. O seu sucessor será votado no final do congresso de quatro dias.
Segundo o Expresso, Raúl Castro disse que se retirava com o sentimento “de ter cumprido a missão e confiante no futuro da pátria”. Com a sua saída, os cubanos vão ficar, pela primeira vez em seis décadas, sem um líder da família Castro a comandar o país – desde a revolução de 1959 iniciada por Fidel Castro.
No congresso, Raúl Castro não revelou quem tenciona nomear como seu sucessor na liderança do partido comunista de Cuba, mas já se mostrou favorável a passar a pasta a Miguel Díaz-Canel, que o sucedeu como presidente em 2018 e representa uma geração mais jovem de legalistas que se batem por uma maior abertura económica em Cuba.
Miguel Díaz-Canel, de 60 anos, apresentou em janeiro um plano que tinha sido aprovado há dois congressos com vista a unificar o sistema de moeda dupla da ilha, além de abrir portas às empresas privadas e permitir aos cidadãos lançarem negócios.
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