domingo, 10 de janeiro de 2021

Após desertar, guarda-costas de Kim Jong Il descreve como foi proteger líder norte-coreano !

Um antigo guarda-costas da família governante da Coreia do Norte descreveu, numa entrevista, a sua experiência em treinar e proteger o homem que detém o poder absoluto no país. 


De acordo com a revista Newsweek, Lee Young Guk serviu na equipa de segurança do ex-líder supremo norte-coreano Kim Jong Il, pai do atual governante Kim Jong-un entre 1978 e 1988. Alguns anos depois, Kim Jong Il assumiu o comando da dinastia Kim, que era então ainda liderado pelo seu pai, o venerado fundador Kim Il Sung.

Lee passou a servir como conselheiro militar antes de fugir do país por volta de 2000, mas lembra-se de se preparar para o cargo.

“Fui ensinado a acreditar que tinha de protegê-lo com a minha vida“, disse Lee, numa entrevista que aparecerá no documentário da National Geographic “Coreia do Norte: Por Dentro da Mente de um Ditador”, previsto para estrear a 18 de janeiro às 20h. “Éramos jovens e entusiasmados naquela época”.

Desde o seu estabelecimento, há mais de sete décadas, a vida política na Coreia do Norte tem sido dominada pela família Kim e a sua segurança é há muito tempo considerada primordial. A divergência é virtualmente inexistente sob o seu governo autoritário, mas o treino e a preparação dos guarda-costas do líder continuam a ser uma prioridade.

“A coisa mais importante era a pontaria”, disse Lee. “Bang, bang”, acrescentou, usando as mãos para imitar a ação de disparar uma arma.

No entanto, mesmo durante o treino, o homem que se tornaria o líder supremo após a morte do seu pai em 1994 nunca estava longe. “Kim [Jong Il] adorava ver-nos a disparar e fazer artes marciais”, disse Lee.

Lee disse que passou um tempo com o governante de terceira geração Kim Jong-un, que se acredita ter nascido em janeiro de 1984. Ao contrário de Kim Jong Il, que se acredita ter sido designado herdeiro durante anos, acredita-se que o seu filho tenha tido menos tempo para se preparar para a função, que assumiu no final de 2011 aos 27 anos, tornando-se o mais jovem líder mundial da época.

Lee já tinha descrito a infância de Kim Jong-in como “solitária”, dizendo “não tinha ninguém com quem brincar” quando era criança.

Acredita-se que Kim Jong-un seja o filho do meio de dois irmãos criados parcialmente e Berna, o irmão mais velho Kim Jong Chol e a irmã mais nova Kim Yo Jong, que se tornou uma figura cada vez mais proeminente e poderosa na hierarquia da Coreia do Norte.

Acredita-se que o trio também tenha dois meios-irmãos mais velhos, Kim Jong Nam, que deixou o país e foi morto com um agente nervoso num ataque ao aeroporto da Malásia em 2017 que Kim Jong-un foi acusado de orquestrar, e Kim Sol Song, que supostamente ocupou cargos no governo.

Lee disse que uma tentativa fracassada de fuga nos anos 1990 rendeu-lhe prisão e tortura num país rotineiramente acusado de abusos aos direitos humanos. Quando fugiu do país por volta do ano 2000 e conseguiu chegar à Coreia do Sul, ainda temia pela sua vida e acabou por partir em 2016 para o Canadá.

O The Toronto Star relatou em setembro que o seu pedido de asilo foi negado, citando inconsistências nas reivindicações de Lee em relação ao ativismo pelos direitos humanos na Coreia do Sul. A Coreia do Norte rejeitou as alegações de que o seu país era culpado de violações dos direitos humanos e atacou os relatórios das Nações Unidas que o sugeriam.

Embora a sucessão de Kim Jong-un tenha levado a um grau de reforma económica e social, também inaugurou uma nova era de repressões e avanços em armas nucleares destinadas a defender o país do seu inimigo histórico, os Estados Unidos.

Kim Jong-un tornou-se o primeiro na sua posição a encontrar-se com um líder dos Estados Unidos após uma cúpula histórica de Singapura em 2018 com Donald Trump. Embora os dois concordassem em trabalhar por um acordo de paz para a desnuclearização, as reuniões subsequentes e conversas em nível de trabalho foram paralisadas. O processo permanece congelado até hoje.

O Oitavo Congresso do Partido da Coreia do Norte também está programado para este mês. Espera-se que Kim Jong-un revele um novo plano de cinco anos, que substituiria a estratégia de 2016 que o próprio líder supremo admitiu que não conseguiu alcançar.

A Coreia do Norte enfrenta muitos desafios no início do novo ano, incluindo sanções comerciais internacionais que permanecem em vigor. Embora a Coreia do Norte não tenha relatado nenhum caso de covid-19, a pandemia induziu confinamentos que sufocaram uma economia já debilitada.

https://zap.aeiou.pt/apos-desertar-guarda-costas-de-kim-jong-il-descreve-como-foi-proteger-lider-norte-coreano-371037

 

Elon Musk supera Jeff Bezos e torna-se o homem mais rico do mundo !

O CEO da Tesla e da SpaceX, Elon Musk, tornou-se esta quinta-feira a pessoa mais rica do mundo depois de ultrapassar o valor patrimonial detido pelo CEO da Amazon, Jeff Bezos, que até então liderava Índice de bilionários da Bloomberg. 


A Tesla, a gigante norte-americana que produz carros elétricos, viu as suas ações disparar 7,9% nesta quinta-feira, o que permitiu a Elon Musk atingir o primeiro lugar da lista da Bloomberg com um património líquido avaliado em 194,8 mil milhões de dólares.

O engenheiro sul-africano, que é também o fundador da The Boring Company, tem agora um património avaliado em mais 9,5 mil milhões do que o de Jeff Bezos.

A mesma agência norte-americana observa ainda que nenhuma outra pessoa viu a sua fortuna a crescer tanto no ano passado como Elon Musk. A fortuna do CEO da Tesla cresceu, em termos líquidos, 165 mil milhões de euros, uma subida que é na sua grande maioria justificada pelo aumento sem precedentes das ações da empresa (mais de 743%).

Atualmente, o valor de mercado da Tesla Motors, que no ano passado produziu cerca de meio milhão de carros elétricos, ronda os 773,5 mil milhões de dólares, um valor que supera avaliação da rede social Facebok.

De acordo com os jornal Eco, as 500 pessoas mais ricas do mundo contavam, em conjunto e no final de 2020, com um património líquido de 1,8 biliões de dólares, valor que representa um aumento de 31% face ao ano anterior.

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Crise política em Itália - Renzi mantém coligação no poder sob ameaça !

Prevista para esta sexta-feira, a reunião de Conselho de Ministros em Itália deverá começar a desenlaçar a situação política no país, com o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, tendo oferecido o que considera aceitável para garantir o apoio do pequeno partido de Matteo Renzi, que integra a maioria.


Segundo noticiou na quinta-feira o Público, dificilmente estas divergências terminarão em eleições, uma solução que nenhum dos partidos da coligação no poder deseja e que poderia voltar a colocar no Governo Matteo Salvini.

Um dia depois de Conte anunciar alterações para usar o fundo de recuperação europeu e relançar a economia, exigências de Renzi, este deverá optar entre manter o apoio à coligação (Partido Democrático, Movimento 5 Estrelas e o seu IV) ou cumprir a ameaça de demissão dos dois ministros do seu partido.

“Haverá mais dinheiro para a saúde, os jovens, o terceiro sector, creches, pessoas com deficiência”, declarou Conte no Facebook, apontando ainda uma remodelação para um “fortalecimento da equipa de Governo”. A ideia é mudar dois ministros e acrescentar três vice-presidentes do Conselho, conseguindo o apoio do PD e do M5E.

De acordo com o Corriere della Sera, Conte ofereceu tudo o que podia para mostrar que “se Renzi não desistir de abrir a crise mesmo diante de um plano de recuperação que incorpore todas ou quase todas as suas críticas, o seu verdadeiro objetivo são os lugares” e não o interesse de Itália.

“Ele faz isto para poder dizer: eu dei muito, se não é suficiente significa que ele decidiu deitar abaixo o Governo de qualquer forma”, escreveu o Repubblica.

Especialistas políticos italianos defendem que Renzi provocou esta crise para ganhar espaço de manobra no interior da maioria. Mas as sondagens dizem que Conte teria 15% se formasse o seu próprio partido, tendo 70% de popularidade em abril e mantendo-se nos 60% grande parte do ano.

“Não me parece que a ideia de expulsar do Palácio Chiggi o homem mais popular do país para fazer um favor ao menos popular possa passar pela cabeça de ninguém”, afirmou na quarta-feira ao Repubblica o ex-primeiro-ministro Massimo D’Alema.

Caso tenha que ir a eleições, Conte pode decidir enfrentar Renzi no Senado, incitando-o a “assumir a responsabilidade de abrir a crise, com 20 mil infetados por dia, centenas de morte e os 209 mil milhões” para investir, acrescentou o diário.

https://zap.aeiou.pt/crise-politica-italia-renzi-coligacao-poder-371368

 

“Exploração sexual prolongada” - Justiça sul-coreana condena Japão a indemnizar escravas sexuais da II Guerra !

A justiça sul-coreana condenou o Japão a pagar uma indemnização a 12 antigas escravas sexuais do exército imperial durante a Segunda Guerra Mundial, uma decisão sem precedentes e que deverá agravar as relações bilaterais.


O Tribunal Distrital Central de Seul condenou o governo japonês a pagar a cada uma das vítimas ou às famílias 100 milhões de won (74 mil euros), de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

“As queixosas foram sujeitas a exploração sexual prolongada”, referiu o tribunal na sentença. “Foi um ato ilegal contra a humanidade”, considerou, apontando que o Japão “tem a obrigação de indemnizar as vítimas pelos danos mentais”.

Este é o primeiro caso civil contra o Japão levado a tribunal na Coreia do Sul pelas vítimas, designadas eufemisticamente “mulheres de conforto”.

O Japão tem contestado a legalidade destes processos, argumentando que as disputas foram resolvidas pelo tratado de 1965, que restabeleceu as relações diplomáticas bilaterais.

As relações entre Tóquio e Seul permanecem tensas, devido a antigas disputas herdadas do período em que a península coreana era uma colónia japonesa (1910-1945), tendo-se agravado desde que o atual Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, advogado envolvido em questões de direitos humanos chegou ao poder, em 2017.

De acordo com a maioria dos historiadores, pelo menos 200 mil mulheres, sobretudo da Coreia, mas também de outros países asiáticos, incluindo a China, foram forçadas a prostituir-se em bordéis militares japoneses.

A sentença resulta de processos iniciados há oito anos. Apenas cinco das 12 queixosas ainda estão vivas, sendo as restantes representadas pelas famílias.

O Japão recusou-se a fazer-se representar no julgamento, alegando que o tratado de 1965 envolvia o pagamento de reparações e que o documento estipulava que todas as reivindicações entre os dois Estados estavam resolvidas.

O tribunal de Seul considerou, no entanto, que o acordo não abordava o direito das mulheres a reclamar uma indemnização do Japão.

“Estou comovido com a decisão de hoje”, disse aos jornalistas Kim Kang-won, um dos advogados das queixosas, sublinhando que “este é o primeiro veredito deste género para as vítimas que sofreram por causa das tropas japonesas”.

O caso tinha levado a uma forte deterioração nas relações bilaterais, com consequências para o comércio e a segurança regional.

O Tribunal Distrital Central de Seul deverá pronunciar-se na próxima semana sobre um caso semelhante, envolvendo cerca de 20 queixosas.

https://zap.aeiou.pt/japao-indemnizar-escravas-sexuais-371287

 

O líder norte-coreano defendeu no congresso do partido único, no poder, a necessidade de rever laços com a Coreia do Sul e de “expandir e desenvolver relações externas em profundidade”, noticiou esta sexta-feira a imprensa estatal.


No entanto, como tem sido o caso desde o início do congresso, que vai no terceiro dia, os meios de comunicação estatais norte-coreanos ofereceram pouco contexto ao que Kim Jong-un disse, em Pyongyang, aos delegados e à liderança do Partido dos Trabalhadores, noticiou a agência Lusa.

O diário Rodong e a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA noticiaram que Kim Jong-un “analisou a questão das relações com o Sul como é exigido pela situação atual e pela mudança dos tempos”, e sublinhou a necessidade de “expandir e desenvolver as relações externas em profundidade”.

Os laços intercoreanos ficaram praticamente ‘congelados’ desde o fracasso da cimeira de desnuclearização entre o próprio líder da Coreia do Norte e o Presidente cessante dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, em 2019.

No ano passado, Pyongyang chegou ao ponto de destruir o gabinete de ligação intercoreano construído no seu território, em aparente protesto contra o envio de propaganda antirregime por ativistas da Coreia do Sul.

Vários analistas disseram esperar que esta importante reunião política sirva para lançar alguma luz sobre a posição do regime relativamente ao programa nuclear e à mudança de Governo nos EUA. No entanto, o regime optou até agora por permanecer em silêncio sobre a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais norte-americanas.

As duas Coreias continuam tecnicamente em guerra, uma vez que a Guerra da Coreia (1950-53) terminou com um armistício e não com um tratado de paz.

https://zap.aeiou.pt/lider-norte-coreano-lacos-coreia-sul-relacoes-371334

 

Cidade chinesa oferece recompensa de 63 euros a quem denunciar residentes sem teste !

Uma cidade no norte da China está a oferecer recompensas de até 500 yuan (cerca de 63 euros) para quem denunciar residentes que não fizeram o teste de deteção da covid-19.


A oferta das autoridades de Nangong ocorre numa altura em que milhões de pessoas na cidade e na província vizinha de Hebei estão a ser testadas, como parte dos esforços para controlar o recente surto de infeções, o mais sério na China.

O país asiático controlou amplamente a transmissão local do vírus por meio do uso de medidas consideradas por alguns como extremas e altamente intrusivas, incluindo bloqueio de cidades inteiras, monitorização eletrónica do movimento de pessoas e proibições de viagens “de” e “para” partes do país.

A Comissão de Saúde da China anunciou esta sexta-feira ter identificado 37 casos por contágio local, nas últimas 24 horas. A província de Hebei, que circunda Pequim, somou 33 casos locais, nas últimas 24 horas, parte de um surto que levou as autoridades a colocar parte da província sob quarentena.

A cidade de Shijiazhuang, capital de Hebei, iniciou na quarta-feira uma campanha maciça de testes de deteção da covid-19, que abrange os 11 milhões de habitantes.

A China soma 87.331 infetados desde o início da pandemia e 4.634 mortes, número que permanece estável desde maio passado.

 https://zap.aeiou.pt/cidade-chinesa-63-denunciar-sem-teste-371290

Londres declara situação de emergência devido à covid-19 !

O Presidente da Câmara Municipal de Londres, Sadiq Khan, declarou hoje uma situação de emergência na capital britânica, onde os hospitais correm o risco de ficar sobrecarregados devido ao aumento rápido do número de infetados com covid-19.


“A situação em Londres agora é crítica, com o vírus a espalhar-se fora de controlo. (…) A realidade é que vamos ficar sem camas para pacientes nas próximas duas semanas se a propagação do vírus não diminuir drasticamente”, justificou, em comunicado.

O número de casos em Londres ultrapassou os 1.000 por 100.000 habitantes, uma das taxas mais elevadas no país, indicou.

Entre 30 de dezembro e 06 de janeiro, o número de pacientes nos hospitais de Londres aumentou 27%, de 5.524 para 7.034, 35% mais do que durante o pico da primeira onda em abril, e o número de pessoas com necessidade de ventilador subiu 42%, de 640 para 908.

Na quinta-feira, o presidente do serviço de saúde público britânico (NHS), Simon Stevens, revelou que estão a ser internadas por dia mais de 800 pessoas infetadas com covid-19 nos hospitais de Londres, o equivalente à capacidade do hospital de St. Thomas, onde o primeiro-ministro, Boris Johnson, esteve na unidade de cuidados intensivos em abril de 2020.

O Serviço de Ambulâncias de Londres está a receber cerca de 8.000 chamadas de emergência por dia, em comparação com 5.500 num dia normal, e só nos últimos três dias, foram registadas 477 mortes de infetados em hospitais de Londres.

Um “incidente grave” é definido como um evento ou situação de emergência que requer uma resposta especial coordenada entre os vários serviços públicos, tendo sido previamente invocado em situações como os ataques terroristas em Westminster e London Bridge, em 2017, e o incêndio da Torre Grenfell em junho do mesmo ano.

O Reino Unido tem um dos balanços mais pesados da pandemia covid-19, 78.508 mortos registados até quinta-feira, tendo as autoridades britânicas atribuído uma aceleração de infeções nas últimas semanas a uma estirpe do coronavírus altamente infecciosa identificada no sul de Inglaterra.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.899.936 mortos resultantes de mais de 88 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

https://zap.aeiou.pt/londres-declara-situacao-emergencia-devido-covid-19-371440

 

A meta é “atingir a velocidade de cruzeiro” - Países europeus aceleram vacinação contra a covid-19 !

Os casos de infeção estão a disparar por toda a Europa. Apesar das críticas, os países do Velho Continente estão a tentar agilizar o processo de vacinação.


A campanha de vacinação contra a covid-19 arrancou há pouco mais de uma semana, depois de a Agência Europeia do Medicamento ter dado “luz verde” à vacina desenvolvida pela Pfizer em conjunto com a BioNTech. Na quarta-feira, o regulador europeu aprovou também a vacina da Moderna.

A União Europeia  tem sido alvo de críticas pela lentidão no lançamento das vacinas. Apesar disso, vários países europeus estão a acelerar os planos de vacinação.

De acordo com o ECO, é o caso da vizinha Espanha, que quer agilizar a campanha de vacinação ao integrar militares no processo de vacinação. A possibilidade foi deixada em aberto pela ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles.

Esta segunda-feira, Madrid anunciou que vai vacinar 7 dias por semana, incluindo feriados. Segundo o El País, Catalunha duplicou o número de doses administradas, tendo inoculado 20.843 pessoas, mais de metade na quarta-feira.

Depois da aprovação da vacina da Moderna, o ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa, anunciou que Espanha vai receber 600.000 doses, no espaço de seis semanas. “Vamos atingir a velocidade de cruzeiro“, disse.

Da mesma forma, França vai acelerar e simplificar a vacinação. “Passámos ontem [segunda-feira] as 2.000 vacinações, daqui até quinta-feira vamos aumentar bastante e vamos entrar numa curva exponencial. Vamos amplificar, acelerar e simplificar a nossa estratégia de vacinação”, referiu Olivier Véran, ministro da Saúde francês.

Só esta quarta-feira, o país já vacinou mais de 5.000 pessoas.

O Reino Unido também pretende agilizar o plano de vacinação, sendo que a meta é vacinar cerca de 14 milhões de pessoas até meados de fevereiro. “É uma meta ambiciosa, uma meta muito ambiciosa. Mas estou confiante de que, com o plano posto em prática pelo NHS, chegaremos lá”, afirmou Nadhim Zahawi, secretário de Estado responsável pelo programa de vacinação, à Sky News.

Na Alemanha, a vacina chegou a pouco mais 80 mil pessoas, um número muito abaixo do número de vacinas recebidas. O ministro da Saúde, Jens Spahn, pediu paciência à população e disse que a escassez de doses no início da campanha era esperada e decorre de percalços na produção e não de compras insuficientes.

Por sua vez, Angela Merkel garantiu que, no segundo trimestre, haverá “significativamente mais doses da vacina”.

Segundo a Euronews, a Bélgica criou uma nova equipa de peritos para acelerar o processo de vacinação: nesta primeira fase, o país espera vacinar entre 150.000 e 200.000 profissionais e residentes em lares.

Ainda não há data para o início da próxima fase, que envolverá hospitais e profissionais de saúde, mas estima-se que a campanha de vacinação termine ainda este ano.

https://zap.aeiou.pt/paises-europeus-aceleram-vacinacao-371251

 

Mistério na Austrália - A identidade desta cidade repousa num navio português que pode não existir !

A Costa do Naufrágio, em Victoria, Austrália, é um trecho dramático de 128 quilómetros de penhascos recortados e desfiladeiros profundos, formações calcárias e dunas altas. Estima-se que cerca de 700 navios naufragaram ao longo da costa entre meados do século XVIII e início do século XIX, período conhecido como a Idade de Ouro da vela.

Muitos dos navios ainda são visíveis: cascos descoloridos pelo Sol rompem as ondas e as âncoras corroem na praia. Apenas em Warrnambool, a maior cidade da costa, 29 naufrágios jazem no fundo da baía. De acordo com o Atlas Obscura, acredita-se que um desses navios naufragados seja uma caravela portuguesa do século XVI, conhecida como “Mahogany Ship” ou “Barco de Mogno”. Porém, esse navio pode nem existir.

“Em 1836, dois homens que trabalhavam numa estação baleeira em Port Fairy estavam a caminhar ao longo das dunas de areia e viram em algum lugar nas dunas um naufrágio muito antigo”, disse Pat Connelly, fundador e presidente do Comité do Mahogany Ship, uma organização independente de indivíduos dedicado a provar a existência do naufrágio.

O naufrágio foi avistado várias vezes. Testemunhas descreveram-no como construído a partir de uma madeira escura suficientemente dura para quebrar a lâmina de uma faca, com um casco de fundo plano e largo, ao contrário das embarcações que navegavam regularmente nas prósperas cidades portuárias de Victoria.

Anciãos aborígenes Gunditjmara alegaram que o naufrágio estava lá há tanto tempo que fazia parte das suas Trilhas do Tempo dos Sonhos – trilhas antigas que ligam fontes de água, locais de acampamento e locais sagrados.

Alguns afirmavam que era um bote baleeiro, outros acreditavam que era lixo chinês ancestral. Uma possibilidade sustentava que o naufrágio era um navio pilotado por condenados que escaparam da Terra de Van Diemens (atual Tasmânia).

Em 1876, o residente de Port Fairy e capitão da milícia britânica, John Mason, escreveu uma carta, descrevendo a sua primeira visita aos destroços cerca de 30 anos antes. Mason especulou que o navio foi construído em mogno, marcando a primeira vez que a palavra foi associada ao naufrágio.

Mason lembrava-se de uma conversa que teve com Samuel W. McGowan, então superintendente-geral de telégrafos, na qual McGowan o informou que o naufrágio era “de uma frota de navios dos descobrimentos portugueses ou espanhóis, um deles separou-se dos outros durante uma tempestade e nunca mais se ouviu falar dele”.

“Não havia provas, mas a palavra espalhou-se”, contou Connelly. As pessoas correram para as dunas, atormentadas pelas riquezas incalculáveis supostamente a bordo. Porém, em 1880, os destroços desapareceram, soterrados por areias movediças da praia.

Em 1977, a teoria portuguesa foi ressuscitada por um livro chamado The Secret Discovery of Australia, escrito pelo advogado e historiador Kenneth McIntyre. O autor afirmou que o barco fazia parte de um trio de caravelas de Cristóvão de Mendonça em 1522 numa exploração secreta em águas controladas pelos espanhóis.

Ironicamente, os navios estavam em busca de outro conhecimento marítimo: a lendária ilha de ouro de Marco Polo, Jave la Grande. De acordo com McIntyre, Mendonça mapeou com sucesso a costa leste de Jave la Grande antes de mudar o rumo para casa, após o navio Mahogany ter afundado numa tempestade perigosa.

As reivindicações de McIntyre baseavam-se num mapa do século XVI conhecido como Dauphin, que retrata Jave la Grande. “McIntyre viu que havia uma curva incomum no lado direito de Jave la Grande e acreditava que representava a costa leste da Austrália”, explicou Connelly.

A nova teoria simultaneamente revigorou o mistério e mergulhou-o em controvérsia. Se as afirmações de McIntyre fosse verdadeiras, isso significaria que os portugueses chegaram à Austrália mais de 100 anos antes do navegador holandês Willem Janszoon contactar com os aborígenes australianos e mapear a costa leste, 250 anos antes do Capitão Cook. Essa descoberta iria reescrever a história do país.

Porém, “nenhum mapa foi encontrado a descrever essa jornada. Nenhum registo do capitão, certamente nenhuma evidência física. Não há nada que realmente apoie a teoria de que há aqui um navio português”, disse Connelly.

Apesar disso, o livro de McIntyre esteve nas listas de leitura das escolas australianas durante anos e, em 1983, o Governo português nomeou-o Comandante da Ordem do Príncipe Henrique, o Navegador, uma honra semelhante à cavalaria.

Portugal estendeu a gratidão a Warrnambool, presenteando a cidade com um padrão – um pilar de pedra usado pelos exploradores portugueses para marcar novas reivindicações de terras – e bustos dos seus exploradores mais famosos, Vasco da Gama e o Príncipe Henrique, o Navegador.

Warrnambool acolhe um festival cultural português a cada dois anos.

“Desde a década de 1880, houve cerca de 180 alegações sérias de que partes dos destroços tinham sido encontradas”, disse Connelly. “O que precisamos é do navio de onde vem a madeira. Ainda estamos à procura.”

O arqueólogo amador Robert Simpson foi o primeiro a usar imagens de satélite na busca pelo indescritível naufrágio. No Google Earth, Simpson avistou várias formações não naturais nas dunas de Warrnambool. “Conseguia ver o contorno de objetos feitos pelo homem que eram simétricos”, disse Simpson, que acredita que o “Navio de Mogno” é um termo coletivo para vários naufrágios de origem desconhecida.

O radar de penetração no solo parecia confirmar a sua teoria, detetando estranhas anomalias nas profundezas da areia, e levou Simpson a concluir que havia identificado três naufrágios em terra previamente desconhecidos.

Embora promissora, a busca terminou sem nenhum achado importante. “Parece provável que quaisquer restos de um navio de alto mar seriam encontrados num nível muito mais profundo”, afirmou Simpson.

Quer seja uma caravela ou um barco a remo, o Barco de Mogno permanece como um símbolo da era romântica da aventura e da exploração.

https://zap.aeiou.pt/misterio-australia-navio-portugues-370722

 

“Merecimento” e “retribuição” - Chineses gozam com episódio de violência no Capitólio !

Na China, a internet “explodiu” depois da invasão dos apoiantes de Trump ao edifício do Capitólio, em Washington. Entre farpas, e até alguma ironia, foram vários os casos onde houve comparações entre o caos no EUA e os protestos anti-governamentais de Hong Kong em 2019.


Após o caos se ter instalados nos EUA, o jornal estatal chinês Global Times fez várias partilhas nas redes sociais onde mostrava uma comparação dos acontecimentos ocorridos ontem nos EUA, com os protestos em Hong Kong em 2019.

Pode ver-se, lado a lado, imagens de manifestantes em Hong Kong a ocupar o Complexo do Conselho Legislativo da cidade em julho de 2019 e os distúrbios de quarta-feira em Washington.

Nancy Pelosi referiu-se aos motins de Hong Kong como uma ‘bela vista’. Ainda não se sabe se dirá o mesmo sobre os recentes acontecimentos no Capitólio”, escreveu o Global Times no Twiteer, referindo-se ao comentário que a presidente da Câmara dos Representantes fez na altura das manifestações pró-democracia em Hong Kong.

Com alguma ironia, a Liga da Juventude Comunista da China também descreveu a agitação nos Estados Unidos como uma “bela visão”, na plataforma Weibo, uma rede social semelhante ao Twitter, remetendo assim ao cometário feito por Pelosi em 2019.

Também palavras como “karma”, “retribuição” e “merecimento” foram frequentemente mencionadas nos comentários de utilizadores chineses nas redes sociais, avança o Raw Story.

De acordo com o Global Times, os chineses ainda recordam “com angústia e raiva o que sentiram quando viram manifestantes em Hong Kong a invadir o Complexo do Conselho Legislativo e, em vez de condenar a violência, os políticos dos EUA saudaram a ‘coragem'”, pode ler-se no artigo do jornal.

O ódio pelos EUA, e pela sua conduta, é evidenciada nas redes sociais com um sentimento de vingança. “Durante muito tempo, os políticos dos EUA classificaram os manifestantes de outros países como ‘lutadores da liberdade’. Agora, finalmente têm a retribuição! Foi como assistir a um filme de ação emocionante!”, escreveu um utilizador chinês num comentário no Twiteer.

A onda de opiniões por parte da China aconteceu após os apoiantes de Trump invadirem o Capitólio, destruindo vários gabinetes, chegando mesmo a arrancar a placa do escritório de Nancy Pelosi.

https://zap.aeiou.pt/chineses-gozam-violencia-capitolio-371157

 

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Telhas de poluição - Empresa usa ar da Índia para criar materiais de construção !

Determinada a tornar a construção mais sustentável e enfrentar a poluição do ar da Índia, a Carbon Craft Design, lançada em 2019, usa o carbono negro extraído do ar poluído para fazer telhas de construção elegantes e artesanais.

A Índia tem a pior poluição do ar do mundo. Lar de 21 das 30 cidades mais poluídas do mundo, o seu ar tóxico mata mais de um milhão de pessoas por ano.

Isto ocorre em parte porque o país do sul da Ásia é o segundo maior produtor de tijolos do mundo. Os fornos de tijolos – que respondem por 20% das emissões de carbono negro em todo o mundo – contribuem significativamente para a poluição do ar da Índia.

De acordo com a CNN, o arquiteto indiano Tejas Sidnal, fundador da Carbon Craft Design, ficou chocado ao descobrir o papel da indústria da construção na crise da poluição. “Isto foi um abrir de olhos. Como arquitetos, somos responsáveis por muita poluição do ar. Podemos fazer melhor”, disse.

O ar que envolve as cidades da Índia frequentemente contém níveis perigosamente altos de partículas finas, conhecidas como PM2.5, que já foram associadas a doenças pulmonares e cardíacas e podem prejudicar as funções cognitivas e imunológicas.

PM2.5 inclui o carbono negro, uma substância que pode absorver um milhão de vezes mais energia do Sol do que o dióxido de carbono nos dias ou semanas em que permanece na atmosfera.

Em 2019, Nova Deli declarou uma emergência de saúde pública após sofrer recordes de poluição.

A redução de poluentes como o carbono negro pode ajudar a desacelerar o aquecimento global e melhorar a qualidade do ar, segundo os especialistas. Muitas empresas estão a explorar o potencial comercial de captura das emissões de dióxido de carbono, mas poucas estão focadas no carbono negro, de acordo com Sidnal. “Encontrámos uma forma de agregar valor a esse carbono recuperado, usando-o como pigmento em telhas de carbono”, afirma.

Para criar as telhas de carbono, a Carbon Craft Design fez uma parceria com a Graviky Labs, uma empresa indiana que criou anteriormente a Air Ink, uma tecnologia que captura a fuligem de carbono de carros e fábricas e converte-a em tinta.

A Graviky Labs usa um dispositivo de filtro para capturar a fuligem de carbono do escapamento de diesel e geradores de combustível fóssil, remove contaminantes como metais pesados ​​e poeira da fuligem e dá o carbono purificado ao Carbon Craft Design em forma de pó.

“A Graviky Labs vê a poluição como um recurso”, disse Anirudh Sharma, fundador da empresa, em declarações à CNN. “Somos uma das poucas empresas no mundo a capturar estas emissões de carbono e transformá-las em novos materiais”.

A Carbon Craft Design mistura o carbono capturado com resíduos de cimento e mármore de pedreiras para produzir telhas monocromáticos. Segundo Sidnal, o objetivo é garantir que cada telha contem pelo menos 70% de resíduos. A empresa vende as telhas a arquitetos por 29 dólares por metro quadrado – um preço alto em comparação com as telhas cerâmicas normais.

À medida que a empresa aumenta a produção, Sidnal espera reduzir os preços e produzir uma gama mais barata de telhas de carbono. “Queremos atingir o setor de preços acessíveis”, disse. “Sustentabilidade não é apenas para a elite.”

Desde o lançamento das primeiras telhas há um ano, os clientes da Carbon Craft Design incluem marcas de moda globais e empresas de arquitetura na Índia. Em novembro, a empresa reformou uma loja Adidas em Mumbai, cobrindo as paredes e o chão com as suas telhas de carbono.

O arquiteto Manan Gala, cuja empresa Bombay Contractors projetou a loja Adidas, descreve a telha de carbono como uma “vencedora” para a indústria de construção. Além de ser sustentável, “o produto tem resistência superior às telhas convencionais de cimento devido ao teor de carbono, e o toque cru e rústico confere charme ao conjunto”.

A Carbon Craft Design está atualmente a angariar investimentos e espera iniciar a distribuição na Europa este ano. Segundo Sidnal, a empresa está a ser “inundada com pedidos de dentro e fora da Índia.”

https://zap.aeiou.pt/telhas-ar-poluido-india-370105

OMS Europa recomenda reforço de medidas - Suíça prolonga confinamento

A Organização Mundial de Saúde (OMS) apelou esta quinta-feira aos países europeus para reforçarem medidas de controlo de contágio pelo novo coronavírus face à “situação alarmante provocada pela nova variante descoberta no Reino Unido”, noticiou a agência Lusa.

Numa conferência de imprensa virtual, o diretor regional da organização, Hans Kluge, afirmou que a Europa está “num ponto de viragem” da pandemia, defendendo que “ciência, política, tecnologia e valores têm de formar uma frente unida para fazer recuar este persistente e elusivo vírus”.

Segundo a Lusa, a França conhece esta quinta-feira os pormenores sobre a campanha de vacinação contra a covid-19, após críticas à lentidão do processo e de o Governo ter adiantado que irá acelerar e simplificar as operações.

Os pormenores serão dados a conhecer numa conferência de imprensa conjunta do primeiro-ministro, Jean Castex, e do ministro da Saúde, Olivier Véran. Na terça-feira, Véran indicou que a França vai acelerar e simplificar a vacinação contra a covid-19 para “velocidade cruzeiro”, para se juntar aos parceiros europeus.

“Passámos [segunda-feira] as 2.000 vacinações, daqui até quinta-feira [hoje] vamos aumentar bastante e vamos entrar numa curva exponencial. […] Vamos amplificar, acelerar e simplificar a nossa estratégia de vacinação”, garantiu o ministro numa entrevista à rádio RTL.

O governante enfrenta desde segunda-feira críticas sobre a lentidão da vacinação no país face a outros parceiros europeus, como a Alemanha. “O ritmo de cruzeiro da vacinação vai pôr-nos ao mesmo nível dos nossos vizinhos nos próximos dias”, assegurou Olivier Véran.

A França começou por vacinar o pessoal hospitalar em risco e os residentes de lares de idosos. No entanto, o ministro anunciou terça-feira que as pessoas com mais de 75 anos que vivam fora dos lares devem começar a ser vacinadas até ao fim de janeiro.

Será ainda possível aos restantes franceses inscreverem-se para a vacinação nos próximos dias, através da aplicação TousAntiCovid, a forma que o Governo francês encontrou para esta fase de combate à pandemia do novo coronavírus.

Até quarta-feira, a França acumulou 2.705.618 casos e 66.565 óbitos. Atualmente, há 24.741 pessoas hospitalizadas infetadas com covid-19, estando 2.616 delas internadas nos cuidados intensivos.

Suíça prolonga confinamento “leve” até final de fevereiro

A Suíça vai prolongar o confinamento por mais cinco semanas, até final de fevereiro, decisão que se tornará oficial na próxima semana, após reuniões com os cantões. De acordo com o Governo, em vigor estarão já o fim das exceções para as regiões menos atingidas, com as medidas atuais a serem alargadas a todo o país a partir de sábado.

Como noticiou o Jornal de Negócios, o país adotou um confinamento mais suave, que incluía o encerramento da restauração, museus, salas de espetáculos e recintos desportivos e um apelo ao recolhimento domiciliário da população.

O prolongamento das medidas, apontou o Governo, é necessário porque “já é previsível que o número de casos não irá diminuir de forma significativa e sustentada nas próximas semanas”. O país tem registado um número de novos casos diários elevado, o que pode levar ao encerramento do comércio e à obrigatoriedade do teletrabalho.

“Temos uma maratona no que respeita a esta pandemia e agora a parte mais dura começa, com as pessoas fartas e a quererem desistir. Mas não podemos fazer isso”, afirmou o ministro da Saúde, Alain Berset da Suíça, país que soma 470.789 casos desde o início da pandemia, o que corresponde a 5,4% da população, e 7.434 mortes.

https://zap.aeiou.pt/oms-europa-reforco-medidas-suica-confinamento-371030

“É um desastre humano” - Número de hospitalizações por covid-19 bate recorde nos EUA e já falta oxigénio em Los Angeles !

Os Estados Unidos entraram no novo ano com um número recorde (e preocupante) de americanos hospitalizados com covid-19, sobrecarregando o sistema de saúde. São já mais de 131 mil os internados.

Os dados são de terça-feira e sugerem um cenário de rutura em alguns hospitais norte-americanos. Em Los Angeles, conta o Washington Post, o oxigénio já começa a escassear: as equipas médicas nas ambulâncias foram instruídas para o dosear, usando-o apenas nos doentes em pior estado ou, em caso de haver pouca probabilidade de sobrevivência, para não levarem os doentes para o hospital, tratando e declarando o óbito no local, para evitar a saturação.

“Esta ordem, emitida pelos serviços médicos de emergência do condado, é muito específica para pacientes que sofreram uma paragem cardíaca e que não podem ser reanimados no local”, disse Jeffrey Smith, diretor operacional do Cedars-Sinai Medical Center, em declarações à CNN.

“Esses pacientes têm uma taxa de sobrevivência muito baixa se forem transportados para o hospital. Portanto, neste momento, é considerado inútil“, acrescentou.

Além disso, vários hospitais daquela cidade – que tem quase 7900 doentes hospitalizados com covid-19, dos quais 21% estão nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) – têm mesmo rejeitado ambulâncias.

“Os hospitais estão a declarar desastres internos e tiveram de abrir igrejas e ginásios para servirem de unidades hospitalares. Os nossos trabalhadores de saúde estão física e mentalmente exaustos e doentes. [É um] desastre humano”, disse Hilda Solis, supervisora do condado de Los Angeles, à CNN.

Mas, de acordo com o Washington Post, é o Arizona que tem, agora, a maior taxa de hospitalizações pelo novo coronavírus do país. Na área de Atlanta, quase todos os grandes hospitais estão praticamente lotados, o que levou as autoridades estaduais à abertura de hospitais de campanha pela terceira vez durante esta crise sanitária.

“Temos tantas crises a acontecer ao mesmo tempo, em várias frentes… E todos os sinais indicam que as coisas vão ficar muito piores antes de melhorarem”, disse Saskia Popescu, epidemiologista da George Mason University, em declarações à mesma publicação norte-americana.

O período consecutivo das festas de Natal e de Ano Novo pode ter um impacto catastrófico, tendo em conta que os sintomas de covid-19 podem surgir apenas cinco a sete dias após o contágio, sendo que nas primeiras 48 horas, quando ainda nem há sintomas, há uma forte probabilidade de infetar outros contactos próximos. Isso significa que alguém que foi exposto ao vírus no Natal pode ter sido contagioso no momento em que compareceu a uma festa de Ano Novo ou em que regressou a casa.

Por outro lado, a situação nos Estados Unidos está também dependente da circulação da nova variante do vírus – que os cientistas acreditam ser mais contagiosa, mas não mortal ou resistente à vacina.

Com estimativas de que a nova estirpe poderá ser entre 10 a 70% mais transmissível, os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças disseram num comunicado que “poderia levar a mais casos e provocar uma maior procura nos já limitados recursos de saúde“.

As mortes diárias e o número de casos aumentaram mais de 20% desde a semana passada, para um total de mais de 355 mil mortes e 21 milhões de infeções, e os estados com as maiores percentagens de pessoas hospitalizadas são: Arizona, Nevada, Alabama, Califórnia, Geórgia, Tennessee, Oklahoma, Mississippi, Texas e Delaware.

A situação na Califórnia tornou-se especialmente má nos últimos dias. Na terça-feira, o estado bateu um novo recorde de hospitalizações num só dia, com 22.405 pacientes infetados com covid-19, mais de 4.700 dos quais em UCI.

Funcionários de hospitais do sul da Califórnia disseram que estão a ficar sem camas nas UCI, mas também sem ventiladores, nem espaço na morgue.

Além disso, a maioria dos pacientes hospitalizados precisa de oxigénio, que está cada vez mais escasso – alguns hospitais não têm capacidade para fornecer fluxo nem pressão de ar adequadas aos pulmões dos pacientes, há poucos tanques portáteis de oxigénio nas ambulâncias e é difícil dar alta a alguns pacientes para libertar camas de hospital, porque não existem garrafas portáteis para esse efeito.

O otimismo que veio com as novas vacinas (e com o novo ano) está a chocar com a dura realidade: os Estados Unidos estão a atravessar a pior fase desde que a pandemia começou, com os resultados relativos à época festiva ainda por avaliar.

A distribuição de vacinas teve também um início lento, com cerca de 4,6 milhões de vacinados, muito aquém dos 20 milhões que a administração Trump prometeu vacinar até o final de 2020.

Os Estados Unidos, que terão novo Presidente a partir de 20 de janeiro, são o país com mais casos positivos (21.036.174) e com mais vítimas mortais (357.067) até ao momento.

https://zap.aeiou.pt/desastre-humano-hospitalizacoes-recorde-370977

 

Bolsonaro diz que o Brasil está “uma maravilha” após afirmar que estava “quebrado” !

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou esta quarta-feira que o Brasil está “uma maravilha”, um dia após ter dito que o país estava falido e que não tinha condições de remediar a crise económica causada pela pandemia de covid-19.


“Você viu a confusão ontem? Que eu disse que o Brasil estava quebrado. Não. O Brasil está bem. Está uma maravilha”, disse esta quarta-feira Bolsonaro, numa tentativa de minimizar a polémica que causou com a sua declaração na véspera sobre o estado grave das finanças do país, rebatidas por economistas e até por aliados seus.

“Aquela imprensa desavergonhada causou uma onda terrível com esse assunto. Para a imprensa o bom foi quando Lula e Dilma [ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff] gastaram com eles três mil milhões de reais por ano”, acrescentou Bolsonaro.

O líder falou sobre a polémica a um grupo de apoiantes que o esperava em frente ao Palácio da Alvorada, a sua residência oficial em Brasília.

O ministro da Economia do país, Paulo Guedes, que estava de férias, decidiu conceder uma entrevista para esclarecer a declaração do Presidente brasileiro.

Guedes justificou o comentário de Bolsonaro dizendo que a falência citada pelo chefe de Estado se refere às contas públicas e não à situação da economia do país em geral.

“Ele está se referindo obviamente à situação do setor público, que está em uma situação financeira difícil, pois, depois dos excessos de gastos dos governos anteriores, foi derrubado o primeiro governo que vinha falando em corte brusco de gastos por causa da pandemia. Estamos reconhecendo a dificuldade da situação, mas estamos enfrentando”, disse Guedes.

De acordo com as últimas projeções do Governo e dos economistas, o Brasil encerrou 2020 com uma contração económica de cerca de 4,5%, a maior em várias décadas, mas um percentual bem menor do que o esperado nos primeiros meses da pandemia.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-brasil-maravilha-quebrado-370945

 

“Ataque sem precedentes à democracia” faz 4 mortos ! Biden confirmado como Presidente, Trump aceita !

O Congresso confirmou no início desta quinta-feira a eleição de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos. Donald Trump aceita a derrota, apesar de não concordar.

Joe Biden já tem os votos necessários para ser, oficialmente, escolhido para Presidente dos Estados Unidos. O candidato democrata já tinha obtido 306 votos do colégio eleitoral, contra os 232 de Donald Trump. Bastavam 270 votos para assegurar a presidência norte-americana.

Mike Pence, republicano que preside aos trabalhos no Congresso – e que ainda é vice-Presidente -, confirmou esta quinta-feira a vitória de Biden-Harris.

O Presidente cessante Donald Trump já reagiu à notícia, pondo um ponto final ao impasse, num comunicado colocado no Twitter por um membro da sua administração, Dan Scavino (diretor de comunicações).ganhou a segunda volta das eleições no estado norte-americano da Geórgia, tornando-se o mais jovem senador dos Estados Unidos e garantindo a maioria democrata do Senado, noticia a Associated Press.

Com 33 anos, Ossoff derrotou o republicano David Perdue, de 71, que ocupou o assento nos últimos seis anos e tinha o forte apoio do Presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump. “Geórgia, obrigado pela confiança que me concederam”, dissera já hoje o candidato, numa breve declaração em que reivindicara a vitória.

Com a vitória de Ossoff, os democratas assumem o controlo do Senado dos Estados Unidos, dando a Joe Biden o apoio das duas câmaras do Congresso, quando assumir o cargo de Presidente a 20 de janeiro.

O estado da Geórgia realizou na terça-feira a segunda volta das eleições para os dois assentos que detém no Senado dos Estados Unidos, uma eleição decisiva para saber quem controlará a câmara alta do Congresso.

Um dos dois lugares fora já garantido pelo democrata Raphael Warnock, que bateu a senadora republicana Kelly Loeffler, tornando-se o primeiro senador negro na história do estado conservador.

Com esta dupla vitória na Geórgia, os democratas obtêm 50 lugares no Senado, tal como os Republicanos. Mas, tal como previsto na Constituição, a futura vice-presidente Kamala Harris teria o poder de “desempatar”, fazendo pender o equilíbrio da balança para os democratas.

Invasão do Capitólio faz quatro mortos

Pelo menos quatro pessoas morreram na quarta-feira na invasão do Capitólio, em Washington, anunciou a polícia citada pela agência de notícias Associated Press (AP).

A polícia da capital dos Estados Unidos usou armas de fogo para proteger congressistas e a AP já tinha dado conta da morte de uma mulher, alvejada no interior do Capitólio. A mesma força adiantou agora que mais três pessoas morreram no hospital.

A polícia deu ainda conta de que tanto as forças de segurança, como os apoiantes de Trump utilizaram substâncias químicas durante as horas de ocupação do edifício do Capitólio.

A mulher foi alvejada no início da quarta-feira quando a multidão tentou arrombar uma porta barricada no Capitólio, onde a polícia estava armada do outro lado. A mulher foi hospitalizada com um ferimento de bala e morreu mais tarde.

Jim Lo Scalzo / EPA

Quatro horas após o início dos incidentes, as autoridades declararam que o edifício do Capitólio estava em segurança.

Apoiantes do Presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do Congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.

A sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA foi interrompida devido aos distúrbios provocados pelos manifestantes pró-Trump no Capitólio, e as autoridades de Washington decretaram o recolher obrigatório entre as 18h e as 6h locais. O debate no Senado foi retomado pelas 20h.

Facebook e Twitter bloqueiam contas de Trump

A redes sociais Facebook e o Twitter suspenderam a conta de Donald Trump, na sequência da violência no Capitólio provocada pelos apoiantes do Presidente cessante norte-americano.

“Encontrámos duas infrações às nossas regras na página do Presidente Donald Trump que resultaram numa suspensão de 24 horas, o que significa que não pode publicar na plataforma durante este período”, indicou o grupo californiano, numa mensagem na rede social Twitter.

O Facebook e o Twitter retiraram um vídeo do republicano a pedir aos manifestantes para “regressarem a casa”, mas no qual declarava também que a eleição tinha sido roubada sem apresentar provas.

“Foram eleições fraudulentas e não as podemos entregar nas mãos destas pessoas. Mas temos de ter paz. Ide para casa, adoramos-vos, vocês são muito especiais. Sei como se sentem, mas ide para casa. Ide em paz”, disse Trump.

“Temos uma eleição que nos foi roubada. Todos o sabem, especialmente o outro lado. Mas vocês têm de ir para casa, temos de ter paz. Não queremos ninguém ferido. Estes são tempos difíceis como não há memória. Isto foi-nos tirado. Foi tirado a vocês, a mim, ao nosso país”, disse.

O Twitter ameaçou suspender permanentemente a conta de Trump, depois de ter retirado três tweets do Presidente cessante e o mesmo vídeo. Esta é a primeira vez que a plataforma remove os tweets de Trump por razões que não os direitos de autor.

“A conta @realDonaldTrump será bloqueada durante 12 horas após a remoção destes tweets. Se estes tweets não forem eliminados [pelo seu autor], a conta permanecerá bloqueada”, explicou o Twitter.

“Esta é uma situação de emergência e estamos a tomar medidas de emergência apropriadas, incluindo a remoção do vídeo do Presidente Trump que acaba por contribuir para o risco de violência em vez de a diminuir”, disse o vice-presidente do Facebook, responsável pela integridade da plataforma, Guy Rosen.

A conta de Trump foi também bloqueada na aplicação Instagram.

As reações à invasão do Capitólio

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os violentos protestos ocorridos no Capitólio foram “um ataque sem precedentes à democracia” do país e instou Donald Trump a pôr fim à violência.

A líder da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, defendeu que a certificação do Congresso da vitória eleitoral de Joe Biden iria mostrar ao mundo a verdadeira face do país.

O ex-Presidente Barack Obama considerou que os episódios de violência eram “uma vergonha”, mas não “uma surpresa”.

O também antigo Presidente Bill Clinton denunciou um “ataque sem precedentes” contra as instituições do país “alimentado por mais de quatro anos de política envenenada”.

O governo português condenou os incidentes, à semelhança da Comissão Europeia, do secretário-geral da NATO e dos governos de vários outros países.

https://zap.aeiou.pt/democratas-senado-biden-confirmado-370944

 

Há um país que já está livre da covid-19 - Pode ser o primeiro do mundo a ficar totalmente vacinado !

Um aglomerado de ilhas no Oceano Pacífico é um dos poucos locais no planeta Terra que se encontra totalmente livre da covid-19 e, por isso, pode tornar-se num dos primeiros países do mundo a ter a população totalmente vacinada contra a doença.


A República de Palau, um arquipélago que conta com cerca de 18 mil habitantes, recebeu no passado sábado a primeira remessa da vacina desenvolvida pela empresa farmacêutica americana Moderna. O processo de vacinação começou no dia seguinte, anunciou o Ministério da Saúde de Palau no Twitter.

A primeira remessa incluiu 2800 doses da vacina, que serão administradas em duas injeções, com o intervalo de 28 dias. Os profissionais de saúde, os funcionários que trabalham na linha da frente e os grupos mais vulneráveis serão os primeiros a receber a vacina, revela a CNN.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, até ao momento, Palau não registou um único caso de coronavírus, nem nenhuma morte relacionada com a doença.

Em janeiro, quando o vírus começou a espalhar-se pela Ásia e Pacífico, Palau foi um dos primeiros países a implementar medidas de controlo das fronteiras. Estas foram totalmente fechadas em março e a nação começou a testar os cidadãos com o objetivo de detetar o vírus o mais rápido possível e, dessa forma, encontrar uma maneira que evitasse a sua disseminação.

Uma das grandes vantagens deste arquipélago é o seu tamanho, factor que pode ter sido crucial no facto do vírus não ter conseguido lá chegar. A República do Palau cobre uma área de apenas 459 quilómetros quadrados – o que representa cerca de um sexto do tamanho de Rhode Island, o menor estado dos EUA.

O tamanho reduzido também coloca Palau numa posição privilegiada para estar entre os primeiros países a serem vacinados contra a covid-19, de acordo com o ministro da Saúde no país, Ritter Udui.

“Temos sorte de estar numa posição onde temos acesso às vacinas através do OWS, e o  nosso tamanho também torna mais fácil implantarmos o programa”, disse Udui, tendo em conta que Palau tem acesso ao programa de vacinação da covid-19 dos Estados Unidos, conhecido como Operation Warp Speed.

“Não é obrigatório receber a vacina, por isso a nossa meta é vacinar pelo menos cerca de 80% da população. Esperamos assim obter imunidade de grupo”, revelou Udui.

Palau planeou, inicialmente, ter o processo de vacinação concluído até maio, mas Udui prevê que esse prazo “provavelmente será estendido” devido a uma desaceleração na distribuição dos EUA.

A ilha do Pacífico escolheu a vacina da Moderna para iniciar o processo de vacinação porque esta pode ser armazenada numa arca frigorífica comum, disse o ministro da Saúde.

Inicialmente, a ilha não tinha condições para armazenar a vacina da Pfizer devido às temperaturas que esta exige, no entanto, Udui confirmou que Palau recebeu pelo menos uma unidade de armazenamento refrigerado no final de dezembro, que tem capacidade para armazenar até 5000 doses desta injeção.

https://zap.aeiou.pt/pais-livre-covid-vacinado-370472

 

Apoiantes de Trump invadem Capitólio - Mayor de Washington decreta recolher obrigatório !

O presidente da Câmara de Washington D.C. ordenou recolher obrigatório e o Capitólio fechou as portas, depois de manifestantes pró-Trump terem invadido o Congresso dos EUA.


A polícia do Capitólio pediu ajuda a outras forças policiais, para lidar com os milhares de manifestantes pró-Trump que se juntaram em frente ao Capitólio, forçando a entrada no Congresso e obrigando à interrupção dos trabalhos de contagem de votos do Colégio Eleitoral, para validar a eleição do democrata Joe Biden.

O presidente da Câmara de Washington ordenou o recolher obrigatório a partir das 18:00 (23:00 em Lisboa), para ajudar no esforço das forças de segurança para conter os milhares de manifestantes que se concentraram no Capitólio.

As forças de segurança deram máscaras anti-gás aos legisladores que estavam em trabalho e começaram a evacuar a Câmara de Representantes e o Senado, tentando também retirar das instalações o vice-Presidente, Mike Pence, que liderava a sessão de contagem de votos.

Vários congressistas, senadores e outros funcionários do Capitólio, além de jornalistas que estão no local, começaram a usar máscaras de gás. Os membros da Câmara dos Representantes e do Senado foram levados para uma localização segura, que não foi revelada.

Um embrulho suspeito foi também retirado da área do capitólio, segundo as autoridades.

Os confrontos entre manifestantes e a polícia do Capitólio obrigou à chamada de várias forças de segurança, incluindo o serviço secreto, por causa da presença de Mike Pence.

Milhares de manifestantes tinham-se reunido hoje em Washington, protestando e contestando a vitória do democrata Joe Biden.

Num comício em frente à Casa Branca, Trump pediu aos manifestantes para se dirigirem para o Capitólio e fazer ouvir a sua voz, em protesto do que considera ser uma “fraude eleitoral”, tendo mesmo dito que “nunca” aceitaria a sua derrota nas eleições de 03 de novembro.

Os manifestantes obedeceram ao comando do Presidente cessante e dirigiram-se para o Capitólio, tendo mesmo forçado a oposição da polícia, que tentou impedir a sua entrada no edifício.

Os trabalhos de discussão da contagem de votos eleitorais ficaram assim, para já suspensos, enquanto canais televisivos transmitem imagens de distúrbios nas escadas do Capitólio.

Vários legisladores, incluindo republicanos, usam as suas contas na rede social Twitter para criticar a ação dos manifestantes, dizendo que não se vão deixar intimidar pela sua presença ou pelos seus apelos para que a contagem de votos do Colégio Eleitoral seja rejeitada.

“Por favor apoiem a nossa Polícia do Capitólio e as forças de segurança. Eles estão verdadeiramente do lado do nosso País. Mantenham-se pacíficos!”, escreveu Trump numa mensagem na sua conta na rede social Twitter.

https://zap.aeiou.pt/apoiantes-trump-invadem-capitolio-370902

Último “ataque” à vida selvagem - Trump vai leiloar refúgio no Ártico para perfuração de petróleo !

A administração de Donald Trump vai leiloar, esta quarta-feira, partes do refúgio nacional de vida selvagem do Ártico a perfuradores de petróleo. Este é um dos seus últimos “ataques” à vida selvagem enquanto Presidente dos EUA.


As terras na planície costeira do norte do Alasca acolhem ursos polares e outros animais que se encaixam neste meio ambiente, dos quais as comunidades indígenas dependem e consideram sagrados.

Contudo, há muito tempo que a indústria do petróleo mostra interesse pela região, suspeitando que esta sustenta milhões de barris da substância. Agora, o presidente Donald Trump vai leiloar as terras para as que estas possam ser exploradas por grandes empresas.

No entanto, de acordo com o The Guardian, depois de uma grande parte do refúgio, conhecido como ANWR, ser vendido a empresas de energia, será difícil recupera-la.

A perfuração a oeste do refúgio, em Prudhoe Bay, tem alimentado o desenvolvimento económico do qual o estado dependia para encher os cofres e emitir cheques anuais para os residentes. Essa extração constante teve um grande impacto ambiental e levou ao derramamento de óleo mais prejudicial da história, quando o petroleiro Exxon Valdez lançou no mar milhões de barris na costa sul do Alasca em 1989.

O presidente Dwight Eisenhower designou o refúgio ártico em 1960 e, nas décadas seguintes, a indústria e os republicanos pressionaram perfurações na região, enquanto os EUA tentavam reduzir a sua dependência de fornecedores do Médio Oriente. Este impulso continua, embora o petróleo agora seja abundante.

A vontade de arrendar as terras já não é de agora, e Donald Trump argumenta que os ganhos do governo com a perfuração no refúgio poderiam ajudar a pagar os cortes de impostos propostos.

A administração do atual presidente defende que o desenvolvimento do projeto poderia gerar 900 milhões de dólares, embora uma análise do grupo Taxpayers for Common Sense, tenha concluído que a exploração no Alasca traria apenas uma fração desse montante – não mais do que 27,6 milhões.

Os contribuintes defendem que o governo não deveria arrendar terras públicas para a exploração de petróleo e gás, sobretudo numa altura em que a procura por petróleo diminui, uma vez que as empresas fecharam e as pessoas utilizaram menos transportes.

Ainda assim, na segunda-feira, a administração de Trump anunciou que expandiu dramaticamente a área onde o governo pode arrendar áreas públicas para perfuração de petróleo a oeste da ANWR. O plano permite perfurar 82% da Reserva Nacional de Petróleo-Alasca.

Neste sentido, foram vários os Grupos nativos do Alasca que lutaram contra as propostas de perfuração da ANWR com ações judiciais. Para os Gwich’in, indígenas do Alasca que migraram ao lado dos caribus e dependiam destes como fonte de alimento, a luta é ainda mais intensa.

Os defensores do urso polar consideram que a estratégia também pode ser crítica para a espécie que está em vias de extinção e poderá ver o seu meio ambiente ser reduzido. O número de ursos polares no Alasca e no oeste do Canadá diminuiu 40% entre 2001 e 2010, alertou Steven Amstrup, cientista-chefe da Polar Bears International.

Ken Whitten, ex-biólogo do Alasca, também reforça que a perfuração provavelmente irá deslocar a vida selvagem.

“Somos um país rico. Podemos deixar algumas áreas em paz”, apela Whiteen.

https://zap.aeiou.pt/trump-leiloar-refugio-artico-370814

 

Índia classifica defensores de direitos indígenas como “terroristas” !

O Governo indiano tem detido e acusado ativistas e defensores dos povos indígenas e de castas oprimidas, classificando-os como terroristas e mantendo-os encarcerados durante meses, sem acesso à justiça.


Num artigo publicado na segunda-feira no Scientific American, Virginius Xaxa relatou o exemplo do padre jesuíta Stan Swamy, de 83 anos, portador da doença de Parkinson, que foi detido na sua casa, no estado indiano de Jharkhand, a 08 de outubro de 2020, sob uma lei de combate ao terrorismo – Lei de Prevenção de Atividades Ilícitas (UAPA).

A lei em causa foi criticada por um grupo de especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU), devido ao facto de permitir que o estado indiano classifique os dissidentes como terroristas e os mantenha detidos durante meses, sem acesso à justiça.

Swamy faz parte do grupo de dezenas de indivíduos – entre esses advogados, escritores, académicos e jornalistas – detidos e acusados no âmbito da UAPA por incitar a violência, por ligações com maoístas e outros crimes graves. Praticamente todos são defensores dos direitos humanos, especialmente dos adivasis (povos indígenas) e dos dalits (membros de castas oprimidas).

Desde o início da década de 1990, Swamy tem ajudado os adivasis, que enfrentam perseguição e habitam das regiões mais ricas em recursos naturais. A instalação de minas, indústrias, centrais elétricas e barragens nesses locais resultou na perda de floresta e biodiversidade, na fragilidade dos ecossistemas e na poluição do ar e da água.

Em 1991, quando a Índia iniciou reformas económicas, atraindo investimento para áreas ricas em minerais, os campos antes produtivos foram transformados em extensões de resíduos de mineração e os cursos de água a ficarem secos ou poluídos. Milhões de adivasis foram forçados a deixar as suas casas.

Em 2014, estes representavam apenas 8% dos indianos, mas tinham quatro vezes mais probabilidade de serem deslocados devido ao desenvolvimento, apesar da Constituição indiana e das leis que os protegem. Os governadores dos estados regulares, como Jharkhand, têm conselhos específicos para tratar questões tribais e poderes executivos para revogar ou emendar leis com impacto adverso. Outras leis nacionais garantem o seu direito de auto-governação e de proteger as suas terras e florestas.

Contudo, segundo Virginius Xaxa, sucessivos governos têm falhado na aplicação dessas leis. Os adivasis tentam assegurar as mesmas, através de protestos e ações judiciais, iniciativas às quais as autoridades nacional e estatal respondem com violência, sendo os manifestantes autuados e mantidos presos, sem julgamento, durante anos.

Bagaicha, organização fundada por Swamy, encontrou 3.000 desses prisioneiros adivasis em Jharkhand, em 2016, concluindo que 97% dos acusados ​​de maoísmo eram inocentes. Com a ajuda do advogado Sudha Bharadwaj – que está sob custódia da UAPA há dois anos -, ajudou esses reclusos a obterem julgamentos mais rápidos e representação no tribunal.

O governo sempre considerou os defensores dos adivasis como adversários, intimidando-os e interrompendo o seu trabalho. Contudo, notou Virginius Xaxa, nunca como agora o Governo deteve tantos defensores dos direitos humanos ao mesmo tempo.

https://zap.aeiou.pt/india-defensores-direitos-indigenas-terroristas-370458

 

ovem norte-americano recebeu uma vacina que ia para o lixo !

Depois de ter percebido que lhe restavam duas doses da vacina, cuja validade ia expirar, uma farmacêutica de um supermercado de Washington ofereceu-as a um estudante de Direito e a um amigo. O jovem publicou um vídeo no TikTok que se tornou viral.


O vídeo de um estudante norte-americano a receber uma dose da vacina contra a covid-19 tornou-se viral no TikTok, por ter sido administrada a alguém fora do grupo populacional prioritário. A situação em causa ocorreu na cidade de Washington e conta já com mais de 700 mil visualizações, segundo a agência de notícias AFP.

Uma farmacêutica de um supermercado, apercebendo-se que lhe restavam duas doses da vacina que iam expirar, ofereceu-as a um estudante de direito e a um amigo. “Ela virou-se para nós e disse: Eu tenho doses da vacina e vou ter de as deitar fora se não as der”, contou o estudante ao canal NBC.

A campanha de vacinação, que começou em meados de dezembro nos Estados Unidos, destina-se nesta fase aos profissionais de saúde, de acordo com as recomendações das autoridades americanas.

O jovem agradeceu o gesto da farmacêutica e publicou o vídeo no TikTok, tendo tido até ao momento mais de 733 mil visualizações. “É importante, quando existe tanta desinformação por aí, que as pessoas possam ver uma coisa boa e positiva. Devemos estar entusiasmados por poder lutar contra a pandemia”, sublinhou.

A rede de supermercados Giant ressalvou que a farmacêutica respeitou as diretrizes das autoridades sanitárias, uma vez que os profissionais de saúde não se apresentaram para receber essas doses.

De acordo com os Centros para Controlo e Prevenção de Doenças, mais de 4,5 milhões de pessoas receberam a primeira dose de uma das vacinas para a covid-19 nos Estados Unidos. Só as vacinas desenvolvidas pela Pfizer-BioNTech e Moderna são autorizadas no país até o momento.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.843.631 mortos resultantes de mais de 85 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela AFP.

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Trump não será bem-vindo à Escócia devido à pandemia, avisa primeira-ministra

A primeira-ministra escocesa avisou o Presidente cessante dos Estados Unidos que o confinamento em vigor no país, onde o norte-americano possui campos de golfe, não permitirá que este se desloque à Escócia no final do seu mandato.


A afirmação de Nicola Sturgeon surge após informações na imprensa que dão conta da possibilidade de Donald Trump visitar a Escócia após terminar o mandato como Presidente dos Estados Unidos, a 19 deste mês, um dia antes de o Presidente eleito, Joe Biden, tomar posse.

Segundo o jornal escocês Sunday Post, o aeroporto de Prestwick, no leste da Escócia, foi notificado para a chegada, nesse dia, do Boeing 757 que o ainda Presidente norte-americano às vezes utiliza.

Alimentando especulações sobre uma possível visita, o jornal escocês citou uma atividade intensa no aeroporto de Prestwick com aviões da Força Aérea dos Estados Unidos, que efetuaram uma “missão de reconhecimento” ao Trump Turberry, um dos dois complexos de campos de golfe que o Presidente cessante possui no país.

Contactado pela agência France-Presse (AFP), um porta-voz do aeroporto escocês indicou que se espera uma visita do republicano este mês.

Interrogada sobre o assunto numa conferência de imprensa, a primeira-ministra escocesa indicou não ter “nenhuma ideia dos projetos de viagem” de Trump.

“Espero que o seu projeto imediato seja deixar a Casa Branca. Mas atualmente não permitimos que as pessoas venham para a Escócia, exceto em viagens essenciais“, afirmou Sturgeon, um dia depois de a Escócia ter endurecido as condições de confinamento devido à pandemia de covid-19.

“Isso aplica-se a ele como a qualquer outra pessoa. […] Vir para jogar golfe é uma razão que eu não consideraria essencial”, acrescentou a líder do Executivo escocês.

A Escócia endureceu as medidas na mesma altura em que Inglaterra decidiu decretar um confinamento de seis semanas para conter a aceleração da pandemia de covid-19. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que o país está num “momento crítico”, sobretudo devido ao avanço da nova variante do coronavírus, considerada mais contagiosa.

Atualmente, há ainda muita especulação sobre o que Trump, que continua a recusar a derrota nas eleições Presidenciais, fará no dia da tomada de posse de Biden. Se não comparecer na cerimónia, irá contrariar uma tradição com mais de um século.

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TraceTogether - Em Singapura, a polícia pode usar os dados da aplicação de rastreio da covid-19

A TraceTogether é um dos melhores exemplos de que as aplicações de rastreio da covid-19 podem mesmo ser eficazes. No entanto, tem sido alvo de muitas críticas na última semana, depois de o Governo da Singapura ter confirmado que os dados dos cidadãos que usam a app podem ser utilizados pela polícia.


De acordo com o Engadget, uma recente atualização na política de privacidade da TraceTogether permite às autoridades de Singapura aceder aos dados que os cidadãos colocam na aplicação, equivalente à portuguesa StayAway Covid.

Antes, lia-se no site oficial da app que “os dados recolhidos” não seriam partilhados com outros utilizadores e “seriam apenas usados para rastreio de contactos”. Agora, segundo o portal especializado, lê-se que os dados podem ser usados “em circunstâncias em que a segurança dos cidadãos tenha sido ou possa ser afetada”.

Esta atualização terá aparecido depois de Desmond Tan, ministro dos Assuntos Internos, ter dito durante uma conferência de imprensa que a polícia de Singapura podia ter acesso aos dados da aplicação, como número de telemóvel e identificador único, em caso de emergência.

“A Força Policial de Singapura tem poderes para obter quaisquer dados, incluindo os da TraceTogether, para investigações criminais“, disse, citado pela Reuters.

Vivian Balakrishnan, ministro dos Assuntos Estrangeiros da Singapura, disse esta terça-feira que o facto de os dados da TraceTogether poderem ser usados em caso de emergência não é uma exceção, uma vez que todos os dados recolhidos no país podem ser utilizados pelas autoridades quando estão a investigar crimes sérios.

Há outros exemplos de dados sensíveis como registos telefónicos ou bancários [que são utilizados]”, explicou, frisando que são casos muito raros.

À semelhança de outros Governos, incluindo o português, o Governo de Singapura lançou a TraceTogether numa tentativa de diminuir o número de contágios de covid-19. Neste país, e ao contrário do que acontece na grande maioria dos países, a app tem sido um sucesso.

Atualmente, mais de 3,8 milhões de pessoas usam a TraceTogether (quase 68% da população), um número que aumentou depois de o Governo ter sugerido que a adesão em massa poderia acelerar o alívio de restrições.

https://zap.aeiou.pt/singapura-policia-dados-app-rastreio-370650

 

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