sábado, 6 de fevereiro de 2021

Papa nomeia freira como subsecretária do Sínodo dos Bispos - É a primeira mulher com a função !

O Papa Francisco escolheu pela primeira vez uma mulher como subsecretária do Sínodo dos Bispos, a freira francesa Nathalie Becquart, que será acompanhada neste cargo pelo padre espanhol da Ordem de Santo Agostinho Luis Marín de San Martín.


A freira, nascida em Fontainebleau (França) em 1969 e que já era consultora da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos desde 2019, é a primeira mulher nesta posição, um sinal que o Papa quer dar para uma maior participação de mulheres na vida da Igreja.

Em entrevista aos meios de comunicação do Vaticano, o Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos, Mario Grech, explicou que “nos últimos sínodos aumentou o número de mulheres que participaram como peritas ou auditoras e com a nomeação da irmã Nathalie Becquart e da sua possibilidade de participar com direito de voto, foi aberta uma porta”.

“Veremos que outros passos podem ser dados no futuro”, acrescentou.

Há anos que as mulheres católicas pedem que não só haja uma maior participação das mulheres no Sínodo, nas assembleias dos bispos, mas também que lhes seja concedido o direito de voto, uma vez que fazem parte da mesma Igreja.

Por sua vez, Luis Marín de San Martín, nascido em 21 de agosto de 1961 em Madrid (Espanha), emitiu os primeiros votos na Ordem de Santo Agostinho em 05 de setembro de 1982. É arquivista geral da Ordem, assistente geral da Agostinianos e presidente do Institutum Spiritualitatis Augustinianae.

“O padre Luis Marín de San Martín tem uma grande experiência no acompanhamento dos processos de tomada de decisão comunitária, e seu conhecimento do Concílio Vaticano II será enorme para ter sempre presente as raízes do caminho sinodal”, disse Grech.

“Além disso, o facto de os dois subsecretários do Sínodo dos Bispos serem religiosos, cada um crescido numa espiritualidade específica, indica-nos a importância da Igreja Sinodal tendo também em consideração os diferentes carismas presentes na Igreja”, acrescentou.

https://zap.aeiou.pt/papa-nomeia-freira-subsecretaria-do-sinodo-dos-bispos-primeira-mulher-funcao-378809

 

Wikipédia lança código de conduta global para combater bullying na sua plataforma !

A fundação que opera a Wikipédia vai lançar o seu primeiro código de conduta global como resposta às críticas de que não consegue combater o assédio e de que sofre com a falta de diversidade.


“Precisamos de ser muito mais inclusivos”, disse María Sefidari, presidente do conselho de curadores da Fundação Wikimedia, citada pela agência Reuters. “Estamos a perder muitas vozes, estamos a perder mulheres, estamos a perder grupos marginalizados”.

As plataformas online estão sob intenso escrutínio em relação ao comportamento abusivo, retórica violenta e outras formas de conteúdo problemático, obrigando-as a renovar as regras de conteúdo e aplicá-las de forma mais restrita.

Ao contrário do Facebook Inc e do Twitter Inc, que adotam abordagens mais de cima para baixo para moderação de conteúdo, a enciclopédia online, que completou 20 anos no mês passado, depende em grande parte de voluntários para lidar com problemas em torno do comportamento dos utilizadores.

A Wikimedia disse que mais de 1.500 voluntários da Wikipédia de cinco continentes e 30 idiomas participaram na criação das novas regras depois de o conselho de curadores ter votado em maio do ano passado para desenvolver novos padrões vinculativos.

“Tem havido um processo de mudança em todas as comunidades”, disse Katherine Maher, diretora executiva da Fundação Wikimedia. “Demorou para construir o apoio necessário para fazer as consultas para que as pessoas entendessem por que isso é uma prioridade.”

O novo código de conduta proíbe o assédio dentro e fora do site, impedindo comportamentos como discurso de ódio, uso de calúnias, estereótipos ou ataques com base em características pessoais, bem como ameaças de violência física e perseguição ou seguir alguém em diferentes artigos para criticar o seu trabalho.

Além disso, proíbe a introdução deliberada de informações falsas ou tendenciosas no conteúdo.

A Wikipédia é um site relativamente confiável em comparação com as principais plataformas de redes sociais que têm lutado para conter a desinformação. Maher disse que as preocupações de alguns utilizadores de que as novas regras significavam que o site estava a tornar-se mais centralizado eram infundadas.

A Wikipédia tem 230 mil editores voluntários que trabalham em artigos de crowdsourcing e mais de 3.500 “administradores” que podem realizar ações como bloquear contas ou restringir edições em certas páginas. Às vezes, as reclamações são decididas por painéis de utilizadores eleitos pelas comunidades.

A Wikimedia disse que a próxima fase será trabalhar na aplicação das regras. “Um código de conduta sem fiscalização não vai ser útil”, disse Sefidari. “Vamos resolver isto com as comunidades”.

Maher disse ainda que haverá um treino para as comunidades e grupos de trabalho interessados.

A Wikimedia não tem planos imediatos para reforçar a sua pequena equipa de “confiança e segurança”, um grupo de cerca de uma dúzia de funcionários que atualmente atua em questões urgentes, como ameaças de morte ou partilha de informações privadas de pessoas.

https://zap.aeiou.pt/wikipedia-lanca-codigo-conduta-global-combater-bullying-na-plataforma-378370

 

Comer cascas de árvores e beber de poças - “Desastre humanitário de proporções bíblicas” em Tigray !

A região de Tigray, no norte da Etiópia, vive uma guerra, motivada por diferenças étnicas e religiosas, que matou dezenas de pessoas e originou milhares de deslocados. “Já há pessoas a morrer à fome” e caminhamos para “um desastre humanitário de proporções bíblicas”.


O conflito armado estalou em Tigray, região da Etiópia que faz fronteira com a Eritreia e o Sudão, em Novembro passado.

Tudo começou quando as tropas regionais da Frente de Libertação do Povo de Tigray (TPLF na sigla em Inglês), que controlaram a região durante os últimos 30 anos, tomaram de assalto bases militares federais, após romperem relações com o primeiro-ministro Abiy Ahmed.

O exército da Etiópia ripostou e capturou a capital da região, Mekelle, acusando o TPLF de ameaçar a integridade territorial do país e de querer derrubar o Governo.

As autoridades regionais revelam que já morreram, pelo menos, 52 mil pessoas, uma versão que o Governo nega, falando apenas em algumas baixas civis.

Cerca de 2 milhões de pessoas terão fugido devido ao conflito e haverá à roda de 60 mil pessoas de Tigray a viver em campos de refugiados no Sudão.

75% da população precisa de ajuda alimentar de emergência

Os três partidos da oposição ao Governo etíope – Partido da Independência de Tigray (TIP), Salsay Weyane Tigray e o Congresso Nacional do Grande Tigray – alertaram, num comunicado conjunto, que se não chegarem medicamentos e comida à zona de forma imediata está “iminente um desastre humanitário de proporções bíblicas“.

Já há pessoas a morrer de fome, nomeadamente crianças que falecem durante o sono, segundo reporta o blogue FoRB in Full que faz advocacia pela liberdade de religião e de crença em todo o mundo.

Um porta-voz da ONU citado pela BBC fala em relatos de pessoas que são obrigadas a comer cascas de árvores e a beber água de poças por não terem outras condições para se alimentarem.

Um elemento da administração de Tigray salienta que há 4,5 milhões de pessoas, cerca de 75% da população da região, a precisarem de ajuda alimentar de emergência.

O Governo alega que há dificuldades em fazer chegar comida às populações porque “o TPLF está a matar motoristas” de camiões com abastecimentos. Assim, acusa o TPFL de estar a “orquestrar a fome como arma para manipular a opinião global e obter simpatia para a sua causa”.

Da parte dos partidos opositores ao Governo, acusa-se que “cidades e aldeias foram demolidas por bombardeamentos cegos de artilharia“.

“As nossas instalações de saúde e de educação foram saqueadas e destruídas e, para surpresa de qualquer mente sã, as nossas instituições religiosas também foram atacadas e os seus bens sagrados saqueados”, salientam os partidos, apelando à retirada das tropas da Etiópia e da Eritreia da região e pedindo uma investigação a alegados crimes de guerra que terão sido cometidos.

A fome como “arma de guerra”

O acesso da Cruz Vermelha e do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (UNHCR) à região tem sido muito limitado, pelo que não é possível chegar à maioria daqueles que precisam de ajuda.

O activista eritreu pelos direitos humanos Paulos Tesfagiorgis considera, em declarações à BBC, que o Governo está a usar a fome como uma arma de guerra.

“Os soldados do Governo queimaram as colheitas dos Tigrayans; a ofensiva aconteceu durante a época da colheita, e mataram as suas cabeças de gado”, denuncia, frisando que enquanto isso foi imposto “um bloqueio total em Tigray”.

“Não havia comida a chegar lá”, nota ainda, salientando que “as pessoas já estão a morrer de fome” numa guerra que é “travada sem compaixão”.

“Para enfraquecer a TPLF, o governo de Abiy tem que subjugar os civis, incluindo submetê-los à fome”, acusa ainda Paulos Tesfagiorgis.

“Eles matam quem quer que encontrem”

O blogue FoRB in Full conclui que aquilo que está a acontecer em Tigray, com “massacres, fome e destruição gratuita”, é uma tentativa de “privar a região de todos os meios de sobrevivência e recuperação”.

Esta publicação apela à comunidade internacional para agir para “salvar a região”, relatando “bombardeamentos indiscriminados” e assassinatos de crianças e jovens, além de saques de casas, empresas e locais históricos, como o mosteiro do Século VI na montanha Debre Damo e a mesquita Al Nejashi na cidade de Shire, uma das mais antigas de África.

Cerca de 750 pessoas terão sido assassinadas por forças da Etiópia e pela milícia aliada Amhara na Igreja Maryam Zion em Axum, que se acredita abrigar a bíblica Arca da Aliança.

Eles matam quem quer que encontrem em qualquer aldeia onde entrem”, denuncia um depoimento citado pelo blogue.

A publicação também fala de “violência sexual e de género em grande escala“, referindo que os homens estão a ser obrigados a escolherem entre a morte ou violar mulheres da sua família.

A tragédia humanitária está também a afectar os cerca de 100 mil eritreus que vivem em campos de refugiados em Tigray, para onde fugiram ao Governo repressivo do seu país.

Alguns refugiados estarão a ser executados e, pelo menos, 6 mil deles terão sido levados à força de volta à Eritreia ou obrigados a regressarem a pé.

Um campo de refugiados terá sido destruído e outras infraestruturas estarão a ser alvo de ataques de grupos armados que roubam os poucos bens das pessoas.

Os soldados da Eritreia, que também ocupam a zona, são acusados de roubarem civis, tirando-lhes dinheiro e jóias, mas também de saquearem as suas casas para tirarem até cobertores, roupas e sapatos.

Ora, como se o cenário não fosse suficientemente grave, a pandemia de covid-19 está a agravar ainda mais as coisas.

Com os deslocamentos em massa de pessoas teme-se que a propagação do vírus aumente consideravelmente.

Além disso, a Eritreia vive uma situação de fome severa devido a um confinamento restrito que está em vigor desde Março de 2020.

Um barril de pólvora pronto a explodir

A comunidade internacional tem apelado a conversações de paz e à necessidade de deixar entrar a ajuda humanitária na região de forma urgente.

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, já manifestou “a preocupação quanto à crise em Tigray” ao primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, apelando a que seja permitido “o acesso humanitário seguro e desimpedido para evitar mais perdas de vidas”.

“Apesar dos desafios actuais, os EUA estão prontos para apoiar reformas e eleições pacíficas”, salientou ainda Blinken numa publicação no Twitter.

Na resposta, Abiy Ahmed agradeceu o “compromisso [dos EUA] em apoiar as profundas reformas na Etiópia”, prometendo que vai prosseguir esse caminho sem se deixar travar pelos obstáculos.

“As nossas aspirações para democratizar e construir um país multimensional próspero e pacífico para todos serão reforçadas através do fortalecimento das relações Etiópia-EUA”, vincou ainda.

Contudo, apesar desta declaração de boas intenções, Abiy Ahmed é visto como um dos culpados pelo clima de guerra civil que se vive na região.

O blogue FoRB in Full refere que a guerra em Tigray resulta de “uma vingança” do presidente da Eritreia, Isais Afewerki, contra o TPLF, contando para isso com a ajuda dos líderes da Etiópia e da Somália.

A publicação acusa Abiy Ahmed de ter “uma antipatia” pela liderança Tigray e de ter a “ambição de centralizar o poder” com este conflito.

Segundo o mesmo blogue, nesta altura, “a Eritreia está, efectivamente, a administrar a região” numa guerra que conta também com a intervenção do exército da Somália, além de uma milícia armada de etnia Amhara.

Os Amhara, povo da região de Amara no norte da Etiópia, são uma das várias etnias que compõem a nação etíope. E são as tensões étnicas, mas também religiosas, que ajudam a explicar este conflito.

Certo é que a crise em Tigray perturba a própria estabilidade da África Oriental numa área geográfica que é um verdadeiro barril de pólvora.

Enquanto a Eritreia é acusada de perseguir os Cristãos Evangélicos do país, a Somália tem um problema com os terroristas Al Shabaab e há um conflito por território na fronteira entre a Etiópia e o Sudão.

O Sudão e o Egipto também têm velhas contendas, enquanto se registam disputas entre soldados etíopes e eritreus.

Entre as diferenças étnicas, religiosas, políticas e económicas, ninguém pode prever para onde é que esta crise vai evoluir.

https://zap.aeiou.pt/comer-cascas-arvores-beber-pocas-desastre-humanitario-proporcoes-biblicas-tigray-378710

 

ONU diz que extremistas planeiam executar ataques assim que restrições para controle da covid-19 foram levantadas !

Extremistas islâmicos estão a planear uma possível “onda de ataques” para o momento em que as restrições impostas durante a pandemia de covid-19 forem levantadas, alertou a Organização das Nações Unidas (ONU).


Um relatório da ONU, que tem por base informações de diferentes membros, revelou que o Estado Islâmico buscará “acabar com a marginalização das notícias” com uma onda de violência, com o grupo a pedir recentemente aos apoiantes que se afastem das redes sociais, libertando assim tempo para operações contra os seus inimigos.

O grupo terrorista “tem desfrutado de um público cativo, com as pessoas a enfrentar restrições de deslocação e a passar mais tempo ‘online’. Ameaças podem se ter acumulado nesse período e não terem sido detetadas, podendo se manifestar no momento oportuno”, apontou o relatório, elaborado por especialistas da ONU que monitorizam as sanções internacionais contra a Al Qaeda e o Estado Islâmico e citado pelo Guardian.

Em outubro, o porta-voz do Estado Islâmico, Abu Hamza al-Qurashi, pediu aos apoiantes “que passassem menos tempo nas redes sociais”, bem como “mais esforços em ataques de alto impacto, fugas de prisão e outras atividades operacionais”.

Embora a ameaça de ataques terroristas permaneça relativamente baixa em “zonas de não conflito”, como a Europa, os analistas acreditam que a pandemia proporcionará oportunidades significativas para os extremistas islâmicos em zonas do mundo onde já estão estabelecidos.

“A pandemia enfraqueceu mais os governos em zonas de conflito” e o “seu impacto de longo prazo nas economias, recursos do governo e cooperação internacional podem agravar ainda mais a ameaça”, indicou o relatório.

Os grupos extremistas reagiram de maneiras diferentes à pandemia. Inicialmente, o Estado Islâmico descreveu a covid-19, na sua revista al-Naba, como uma punição para as “nações cruzadas” e apelou a ataques. No entanto, artigos de edições seguintes indicavam que era errado os muçulmanos acreditarem que seriam poupados da doença.

Já a Al Qaeda emitiu seis páginas de conselhos e comentários sobre a covid-19, argumentando que, embora o vírus tivesse lançado “uma sombra sobre o mundo inteiro”, a chegada da pandemia no mundo muçulmano foi uma consequência dos “próprios pecados e da obscenidade e corrupção moral generalizadas nos países muçulmanos”.

O relatório da ONU referiu ainda que o Estado Islâmico continua a enfatizar o “castigo divino para a arrogância e a descrença” sobre a pandemia, e exortar os seguidores a atacar o inimigo, enquanto as defesas estão supostamente enfraquecidas. Contudo, a ideia de transformar o vírus em arma, usando infetados para transmitir a doença, “não progrediu”.

https://zap.aeiou.pt/extremistas-ataques-restricoes-covid-levantadas-378690

 

Cidade inglesa vai ter o primeiro aeroporto de carros voadores elétricos do mundo !

A popularidade dos carros voadores tem aumentado nos últimos anos. Agora, uma cidade da Inglaterra prepara-se para receber o primeiro aeroporto para carros voadores do mundo.

De acordo com o Interesting Engineering, a startup britânica Urban-Air Port fez parceria com a fabricante automóvel Hyundai Motor para projetar um aeroporto futurista, a fim de dar uma amostra do que está por vir no futuro das viagens aéreas.

A construção, chamada Porto Aéreo Urbano, vai desenvolver uma infraestrutura com zero emissões que hospedará a próxima geração de veículos aéreos elétricos e autónomos.

“Os carros precisam de estradas. Os comboios precisam de trilhos. Os aviões precisam de aeroportos. As aeronaves elétricas de descolagem e aterragem vertical (eVTOL) precisarão de Portos Aéreos Urbanos. Há mais de cem anos, o primeiro voo comercial do mundo descolou, criando o mundo conectado moderno. Porto Aéreo Urbano melhorará a ligação nas nossas cidades, aumentará a produtividade e ajudará o Reino Unido a assumir a liderança numa nova economia global limpa”, disse Ricky Sandhu, fundador e CEO da Urban Air Port, em comunicado.

A Air-One vai trazer transporte aéreo urbano limpo para as massas e desencadeará um novo mundo aerotransportado de mobilidade com zero emissões.

Um Porto Aéreo Urbano é 60% mais pequeno que um heliporto tradicional, pode ser instalado em questão de dias e pode ser movido para locais alternativos se for necessário. Também é extremamente ecológico, uma vez que emite zero emissões líquidas de carbono.

Um Porto Aéreo Urbano pode suportar qualquer eVTOL e é ideal para emergências, uma vez que pode implantar drones e outros eVTOL rapidamente para transportar suprimentos, equipamentos e pessoas onde mais necessário.

Entratanto, Hyundai declarou que tem planos de criar a sua própria aeronave eVTOL e está a apoiar o desenvolvimento do Air-One como parte do seu plano de comercializar a sua aeronave até 2028.

O projeto ganhou um subsídio do governo do Reino Unido de 1,2 milhões de libras.

O novo aeroporto está a ser construído na cidade de Coventry e estará pronto em novembro de 2021.

https://zap.aeiou.pt/cidade-inglesa-primeiro-aeroporto-carros-voadores-377173

 

Alemanha acusa secretária de campo nazi de cumplicidade em 10 mil assassinatos !

Promotores alemães informaram esta sexta-feira que acusaram uma ex-secretária de um campo de concentração nazi de cumplicidade no assassinato de 10 mil pessoas, o primeiro caso contra uma mulher nos últimos anos.


De acordo com a agência France Presse (AFP), a mulher, atualmente com 95 anos, trabalhou no campo de Stutthof, perto de Danzig (agora Gdansk), na Polónia. O seu nome não foi divulgado, mas a emissora regional NDR identificou-a como Irmgard F., residindo agora num lar para idosos no norte de Hamburgo.

A ré “é acusada de ter ajudado os responsáveis ​​no campo no assassinato sistemático de prisioneiros judeus, guerrilheiros polacos e prisioneiros de guerra soviéticos na sua função de estenógrafa e secretária do comandante”, entre junho de 1943 e abril de 1945, indicaram os promotores em comunicado.

A mulher, que era menor na época dos supostos crimes, é acusada de “auxílio e cumplicidade em homicídio em mais de 10 mil casos”, bem como de cumplicidade em tentativa de homicídio.

Os investigadores realizaram uma investigação “muito elaborada”, incluindo entrevistas com testemunhas que vivem nos Estados Unidos (EUA) e em Israel. Os historiadores também foram encarregados de avaliar o trabalho da acusada no campo, já que uma questão-chave é a “responsabilidade concreta” que teve nas mortes.

Devido à sua idade na época dos crimes, será julgada num tribunal de menores.

A Alemanha tem levado à justiça os sobreviventes da equipa nazi após a condenação, em 2011, do ex-guarda John Demjanjuk. O tesoureiro Oskar Groening e o ex-guarda da SS no mesmo campo, Reinhold Hanning, foram também condenados por cumplicidade em assassinato em massa. Ambos tinham 94 anos e morreram antes de serem presos.

No veredicto mais recente, o ex-guarda da SS Bruno Dey foi considerado culpado, aos 93 anos, e recebeu uma pena suspensa de dois anos. Este trabalhava no mesmo campo de Stutthof, criado em 1939, utilizado inicialmente para deter prisioneiros políticos polacos. Cerca de 65 mil pessoas morreram no campo.

Os promotores ainda estão a analisar mais uma dúzia de casos contra ex-nazis ou funcionários da SS que trabalharam nos campos de Buchenwald, Sachsenhausen, Neuengamme ou Mauthausen. Em julho, foi aberto um caso contra outro ex-guarda em Stutthof, por cumplicidade no assassinato de várias centenas de pessoas.

https://zap.aeiou.pt/alemanha-secretaria-campo-nazi-assassinatos-378664

 

Esperava-se que a pandemia matasse o “coliving”, mas teve um efeito contrário !

O distanciamento social imposto pela pandemia de covid-19 tinha tudo para matar os espaços de coliving. No entanto, ao contrário do esperado, o conceito tem florescido.


O termo coliving provavelmente ainda é desconhecido para muitas pessoas, mas aos poucos, vai ganhando popularidade um pouco por todo o mundo — e Portugal não é exceção, embora ainda esteja a passos largos. O conceito promete revolucionar a forma como se vive numa casa partilhada.

O coliving é um tipo de comunidade intencional de moradia compartilhada para pessoas com afinidades de intenções. Isto pode variar desde reunir-se para atividades como refeições e discussões nas áreas comuns, até à partilha de espaço de trabalho e empreendimentos coletivos, como viver de maneira mais sustentável. É um conceito-irmão do coworking, que em Portugal tem tido mais sucesso.

Resumindo: por um preço razoável é possível ter um quarto privado e compartilhar os espaços comuns, explicou Pedro Miguel Gomes, arquiteto na Savills Portugal, num artigo publicado no jornal Público, em 2019.

Duas residências seculares e um antigo bairro operário do Porto vão transformar-se este ano na primeira unidade mundial coliving Willa, uma startup israelita para habitação de luxo, com espaços partilhados, para combater a solidão dos seniores.

“A Willa quer dedicar-se à geração dos ‘empty nester’ (ninhos vazios), ou seja, quer agarrar a fatia da população com idades entre os 55 e os 75 anos, cujos filhos já deverão ter saído da residência, e propor-lhes uma alternativa no coração da cidade, com um novo modo de vida ou mesmo uma segunda vida”, explicou Afonso Oliveira, um dos porta-vozes da empresa em Portugal.

Acabar com a solidão das pessoas de meia-idade em tempos de coronavírus é o objetivo da Willa, defendeu Asaf Engel, cofundador da marca e diretor executivo da empresa, numa entrevista dada ao jornal israelita Israel 21 C, onde assume que antes da covid-19, a “maior epidemia do mundo era a solidão”.

Nesta pandemia, enquanto os millennials saíam a correr das cidades e voltavam para as casas dos seus pais, o mercado imobiliário enlouqueceu. Com o distanciamento social e o pânico crescente com a proximidade física de outras pessoas, alguns especialistas previram que a pandemia poderia prejudicar o coliving como um fenómeno residencial, escreve o OZY.

No entanto, verificou-se um efeito contrário. O medo do crescente isolamento e solidão levou a uma surpreendente resiliência no coliving, desencadeando um aumento na sua procura. Nos Estados Unidos, por exemplo, há cerca de 7.800 camas em espaços de coliving, mas outras 54.350 estão a caminho.

Além de combater a solidão, esta é uma prática que também traz benefícios para a carteira. O coliving pode ser até 30% mais barato do que viver num apartamento.

Embora manter o distanciamento social neste tipo de espaços pareça uma tarefa hercúlea, os habitantes destas comunidades fizeram das tripas coração para o conseguir. Caroline Lee, norte-americana de 27 anos a viver em São Francisco, explica que ela e os seus colegas de casa estabeleceram um horário para usar a cozinha e impuseram regras rígidas relativamente a quem pode visitar os espaços comuns.

https://zap.aeiou.pt/pandemia-matasse-coliving-diferente-378335

 

“Contágio” - Ministro britânico revela que plano de vacinação foi inspirado em parte num filme !

O ministro de saúde do Reino Unido, Matt Hancock, revelou que parte da sua decisão de comprar um grande suprimento de vacinas – e antes do que muitos outros países – foi porque viu como as coisas funcionaram para Matt Damon, Kate Winslet, e Bryan Cranston no filme de 2011 “Contágio”.

Enquanto as vacinas ainda estavam em fase de desenvolvimento e teste, os Governos em todo o mundo estavam numa corrida para comprar suprimentos. No geral, os Estados Unidos e a União Europeia (UE) compraram mais – 1,2 mil milhões de doses e 1,6 mil milhões, respetivamente.

Porém, o Reino Unido e o Canadá têm a maioria per capita, com o Canadá a ter 9,6 doses por pessoa e o Reino Unido 5,5, de acordo com o jornal britânico The Guardian.

Assim, o Reino Unido está entre os três principais países com o maior número de vacinas encomendadas por pessoa – e os britânicos podem agradecer ao filme de 2011 “Contágio”.

Numa entrevista à estação de rádio LBC, Matt Hancock, ministro de saúde do Reino Unido, revelou que parte da sua decisão de comprar um grande suprimento de vacinas antes do que muitos outros países foi influenciado pelo filme “Contágio”.

O filme fala sobre uma pandemia causada por um vírus zoonótico – parcialmente inspirado no surto de SARS de 2002 a 2004 – disseminado por gotículas respiratórias e objetos contaminados. Eventualmente, após charlatães venderem as suas próprias curas, os cientistas no filme são capazes de criar uma vacina para a doença.

Neste ponto, com a oferta baixa, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças fornecem as vacinas num sorteio com base na data de nascimento.

 Nos primeiros dias da pandemia de covid-19, Hancock aparentemente lembrava constantemente a sua equipa sobre a lotaria de vacinas na conclusão do filme.

“Ele continuava a referir-se ao final do filme”, ​​disse um ex-assessor do departamento, em declarações ao jornal britânico Sky News. “Ele sempre esteve muito ciente desde o início, primeiro que a vacina era realmente importante, depois que, quando uma vacina fosse desenvolvida, veríamos uma luta global todo-poderosa.”

Hancock foi informado por conselheiros que deveria receber 30 milhões de doses da vacina AstraZeneca, mas acabou por optar por comprar 100 milhões de doses.

Questionado sobre se isso se devia ao que aprendeu com o filme, o ministro de saúde respondeu: “No filme, mostra-se que o momento de maior stresse em torno do programa de vacinas não é antes de ser lançado, quando há cientistas e fabricantes a trabalhar juntos em ritmo. É depois quando há uma grande discussão sobre a ordem de prioridade”.

“Portanto, não só neste país insisti que pedíssemos o suficiente para cada adulto receber as suas duas doses, mas também pedimos esse conselho clínico sobre a priorização muito cedo e divulgá-lo publicamente, acho que pela primeira vez em agosto ou setembro para que não houvesse grande discussão sobre a ordem de prioridade”, explicou.

“Não diria que o filme é minha principal fonte de conselhos sobre isso”, disse Hancock. “Mas o que posso dizer é que sabia quando a vacina era boa e sempre tive fé que seria, que a procura seria enorme e precisaríamos de estar prontos para vacinar todos os adultos do país e não me ia contentar com menos”.

Resta saber se a corrida às vacinas é o melhor método para acabar com a pandemia, embora os epidemiologistas tenham alertado repetidamente que permitir que o vírus se espalhe noutras partes do mundo enquanto os países mais ricos vacinam apenas fará com que a doença sofra mutações, prolongando ainda mais a pandemia.

“Uma pandemia global requer nada menos do que um esforço mundial para acabar com ela”, alertaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a UE, em comunicado conjunto. “Nenhum de nós estará seguro até que todos estejam seguros. O acesso global a vacinas, testes e tratamentos para todos que precisam deles, em qualquer lugar, é a única saída.”

https://zap.aeiou.pt/plano-vacinacao-do-reino-unido-inspirado-no-filme-contagio-378002

 

Morreu o actor Christopher Plummer

Christopher Plummer, o actor vencedor de um Óscar da Academia de Hollywood, morreu nesta sexta-feira de manhã, na sua casa em Connecticut, nos EUA. Tinha 91 anos de idade.


“Chris era um homem extraordinário que amava e respeitava profundamente a sua profissão, com óptimas maneiras antiquadas, humor auto-depreciativo e música nas palavras”, revela o amigo e empresário Lou Pitt numa nota enviada à CNN.

“Ele era um Tesouro Nacional que saboreou profundamente as suas raízes canadianas”, salienta ainda Lou Pitt, frisando que “através da sua arte e humanidade, tocou todos os nossos corações e a sua vida lendária perdurará por todas as gerações vindouras”.

Christopher Plummer foi premiado com o Óscar de Melhor Actor Secundário pelo filme “Beginners” (2010), tornando-se no actor mais velho a ganhar um galardão da Academia de Hollywood.

Também venceu dois Tonys pelos desempenhos nas peças de teatro “Cyrano” (1974) e “Rei Lear” (2004) e um Emmy pela participação na mini-série “The Moneychangers” (1976).

Um dos papéis que mais marcam o seu percurso é o de Capitão Von Trapp no filme “Música no Coração”, onde foi protagonista ao lado de Julie Andrews.

O actor teve o que se pode definir como uma educação shakesperiana, tendo desempenhado Henrique V no seu primeiro papel principal em 1956.

Fez ainda outras peças de Shakespeare com a Royal Shakespeare Company e passou pelos grandes palcos de Londres com obras de outros dramaturgos conhecidos como Pirandello e Büchner.

Começou uma carreira na Broadway nos anos de 1950 antes de ter sido catapultado para a fama por “Música no Coração”.

Depois daquele sucesso musical, participou em filmes como O Estranho Mundo de Daisy Clover (1965), O Regresso da Pantera Cor-de-Rosa (1975), Jesus de Nazaré de Franco Zeffirelli (1977), Malcolm X (1992), O Informador (1999), Infiltrado (2006), Parnassus – O Homem que Queria Enganar o Diabo (2009), Os Homens que Odeiam as Mulheres (2011) e Knives Out – Todos São Suspeitos (2019), entre muitos outros.

Ainda deu voz ao vilão da animação da Pixar “Up – Altamente”.

O actor foi casado três vezes, deixando uma filha que nasceu do primeiro casamento, designadamente a actriz Amanda Plummer.

https://zap.aeiou.pt/morreu-actor-christopher-plummer-378740

Governo indiano ameaça deter funcionários do Twitter, a menos que bloqueiem críticas !

O Governo indiano, liderado pelo primeiro-ministro Narendra Modi, alertou o Twitter que deve remover o que considera como “conteúdo inflamatório” ou os seus funcionários poderão ser detidos, após a rede social ter desbloqueado 257 contas com críticas ao Executivo.


Segundo informou o Buzzfeed, estas contas contêm relatos de líderes da oposição, do site de jornalismo de investigação Caravan, além de jornalistas e escritores. As críticas devem-se às leis propostas pelo Governo, que reduzem a receita dos agricultores e os tornam mais dependentes das corporações.

Depois de inicialmente bloquear as contas, o Twitter reverteu a decisão, apontando para a liberdade de expressão. Contudo, na mesma rede social, fonte do Executivo escreveu que esta “é uma intermediário e é obrigada a obedecer às orientações do Governo. A recusa em fazer isso levará à ação penal”.

“Não entendemos por que de repente o Governo indiano considera que os jornalistas não devem falar sobre todos os lados de uma questão”, disse ao BuzzFeed o editor executivo do Caravan, Vinod K. Jose.

Celebridades ocidentais, incluindo a cantora Rhianna e a ativista Greta Thunberg, demonstraram o seu apoio aos manifestantes. Já o ator de Bollywood Kangana Ranaut, defendeu o Governo indiano, indicando que “ninguém está a falar sobre isso [protestos] porque não são agricultores, são terroristas que estão a tentar dividir a Índia”.

O Twitter pode ser forçado a cumprir as leis do Governo indiano, que obrigam as plataformas de media social a remover “qualquer informação gerada, transmitida, recebida, armazenada ou hospedada em qualquer recurso de computador” que possa afetar a “ordem pública”.

https://zap.aeiou.pt/governo-indiano-funcionarios-twitter-criticas-378644

 

Cientistas sugerem que vacina de Oxford é eficaz na nova variante do Reino Unido !

A vacina contra a covid-19 da Universidade de Oxford e da farmacêutica AstraZeneca é igualmente efetiva à nova variante britânica do coronavírus, segundo novas provas científicas divulgadas hoje.


Cientistas da instituição britânica que criaram a substância apontam para um efeito semelhante quando se trata de lutar contra a variante ou quando enfrentam a estirpe original da covid-19, usada nos ensaios clínicos.

A comunidade científica estava preocupada com a possibilidade de as vacinas que atualmente se administram no país para imunizar a população poderem deixar de resultar contra a nova variante britânica do vírus.

No estudo – que ainda não foi publicado oficialmente – também se descreve a análise que sugere que vacinar com o composto de Oxford /AstraZeneca resulta numa redução da carga viral que poderia traduzir-se numa diminuição da transmissão da doença.

Andrew Pollard, professor de infecciologia pediátrica e imunidade e investigador chefe dos ensaios da vacina de Oxford, disse hoje que os dados das provas no país indicam que a vacina não só protege contra o vírus originário da pandemia, mas também contra a nova variante, a B117, que provocou o surto de finais de 2020 por todo o Reino Unido.

O executivo de Boris Johnson fixou como objetivo ter vacinado 15 milhões de cidadãos antes do próximo dia 15 e anunciou hoje que todos os adultos com mais de 50 anos deverão ter recebido a vacina em maio.

Até agora, mais de 10,4 milhões de pessoas neste país receberam a primeira dose (de um total de duas), segundo dados oficiais.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.285.334 mortes resultantes de mais de 104,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

https://zap.aeiou.pt/vacina-oxford-eficaz-nova-variante-378695

 

Moscovo expulsa diplomatas da Alemanha, Polónia e Suécia !

A Rússia declarou hoje ‘persona non grata’ os diplomatas da Alemanha, Polónia e Suécia, acusando-os de participar numa manifestação de apoio ao opositor Alexei Navalny, anúncio que surge no dia da visita do chefe da diplomacia europeia a Moscovo.


Os diplomatas, cujo número não foi especificado, são acusados de terem participado em encontros “ilegais”, em 23 de janeiro, em São Petersburgo e Moscovo, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, num comunicado.

O Governo russo considera estas ações “inaceitáveis e incompatíveis com o seu estatuto diplomático”, dando ordem de expulsão aos diplomatas.

“A Rússia espera que, no futuro, as missões diplomáticas do reino da Suécia, da República da Polónia e da República Federal da Alemanha, e os seus funcionários, respeitem escrupulosamente as normas do direito internacional”, acrescentou o comunicado.

Poucas horas antes, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borell, que hoje chega a Moscovo para uma visita oficial, tinha dito que as relações com a Rússia estavam “no seu pior” momento, devido aos casos do envenenamento e da condenação de Alexei Navalny.

Navalny, 44 anos, um investigador anticorrupção e o crítico mais conhecido de Putin, foi preso a 17 de janeiro ao regressar da Alemanha, onde passou cinco meses a recuperar de uma intoxicação por agente nervoso que atribui ao Kremlin.

Laboratórios na Alemanha, França e Suécia, e testes da Organização para a Proibição de Armas Químicas, estabeleceram que ele foi exposto ao agente nervoso Novichok. As autoridades russas recusaram-se a abrir um inquérito criminal completo, alegando falta de evidências de que ele fora envenenado.

Na terça-feira, um tribunal russo condenou Navalny a dois anos e meio de prisão, por violação de liberdade condicional.

A pena aplicada a Navalny foi condenada pela grande maioria dos países ocidentais, tendo a UE, através do seu alto representante para a política externa, afirmado hoje que a sentença imposta ao opositor russo é “inaceitável e politicamente motivada”, admitindo a possibilidade de aplicar novas sanções contra a Rússia.

https://zap.aeiou.pt/moscovo-expulsa-diplomatas-378681

 

“É importante não perder tempo“ - Quatro líderes da UE pedem a Von der Leyen para acelerar novas vacinas !

Os líderes da Grécia, Áustria, República Checa e Dinamarca pediram hoje à presidente da Comissão Europeia que agilize o diálogo sobre as vacinas contra a covid-19 ainda não aprovadas, para evitar problemas de distribuição.


“Com base na nossa experiência até ao momento, consideramos muito importante iniciar um diálogo com os produtores das próximas vacinas para evitar possíveis problemas antes que eles ocorram”, assinalam os primeiros-ministros da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, Áustria, Sebastian Kurz, República Checa, Andrej Babis, e Dinamarca, Mette Fredriksen, numa carta enviada hoje a Ursula von der Leyen.

Os quatro chefes de Governo esperam que a pressão exercida permita que as farmacêuticas “compreendam a gravidade da situação” e evite transtornos como os surgidos com a vacina da AstraZeneca, entre outros.

A União Europeia, que iniciou a vacinação a 27 de dezembro de 2020, já autorizou as vacinas anti-covid da Pfizer-BioNTech e da Moderna e concedeu uma autorização condicional à vacina da AstraZeneca.

Na carta, os responsáveis apontam como exemplo de um possível problema o facto da vacina da Johnson & Johnson dever ser enviada primeiro para os Estados Unidos, onde são preparadas as ampolas para a sua distribuição final, o que pode comprometer a sua distribuição na União Europeia.

Por esse motivo, pedem a Von der Leyen que estabeleça um “diálogo ao mais alto nível” com aquela empresa para encontrar soluções que garantam a distribuição da vacina na Europa.

“Devemos manter a velocidade das negociações contratuais com todos os novos candidatos prometedores, como a Novavax, que acaba de anunciar uma alta eficiência da sua vacina, ou a Valneva, com a qual a Comissão também concluiu conversações exploratórias”, defendem na carta citada pela agência noticiosa espanhola EFE.

“É desnecessário dizer que a aprovação de todas as novas vacinas também deve ser o mais rápido possível, respeitando todos os requisitos de saúde necessários”, adiantam.

Os quatro governantes congratulam-se pela Comissão ter reconhecido que “poderá haver uma forma da distribuição ocorrer antes da aprovação final”.

“É importante não perder tempo para que as vacinas possam ser disponibilizadas o mais rapidamente possível”, insistem.

https://zap.aeiou.pt/lideres-ue-pedem-acelerar-vacinas-378667

 

“Fracos, inferiores e tímidos” - China apresenta plano para tornar os rapazes mais “masculinos” !

O governo chinês acredita que os jovens estão a ficar mais “efeminados”. Para combater o que considera um problema, criou um plano para levar os rapazes a praticar mais desporto e torná-los mais “masculinos”.


Com o objetivo de enfrentar o que considera uma “crise de masculinidade”, o Ministério da Educação propôs enfatizar os atributos masculinos aos olhos dos rapazes. Para isso, pretende contratar mais professores de educação física e renovar as aulas de ginástica nas escolas primárias e secundárias.

Apresentado na semana passada, o plano responde à proposta de Si Zefu, um membro da Conferência Política Consultiva Popular da China, órgão consultivo do Governo, apresentada em maio de 2020.

Intitulada “Proposta para Prevenir a Feminização em Jovens”, a proposta defendia que muito mais homens deveriam ser contratados como professores de educação física para aumentar a “influência masculina” nas escolas.

Si Zefu afirmava que a prevalência de professoras nas escolas e a popularidade dos “rapazes bonitos” na cultura pop tinha feito os jovens “fracos, inferiores e tímidos” – referiu em comunicado.

Embora a proposta ainda esteja pouco detalhada, o plano já gerou polémica e está a levar a um aceso debate nas redes sociais – um hashtag sobre o plano do ministério reuniu, pelo menos, 1,5 mil milhões de opiniões na rede social Weibo.

Neste sentido, alguns utilizadores expressaram desagrado face à proposta, defendendo que evidencia a discriminação sexual e a perpetuação dos estereótipos de género. Contudo, também houve quem a apoiasse: “É difícil imaginar que rapazes tão efeminados consigam defender o seu país de uma invasão estrangeira”, pode ler-se num comentário partilhado pelo New York Times.

Por sua vez, a televisão pública CCTV questionou a proposta do ministério. “A educação não é simplesmente sobre cultivar ‘homens’ e ‘mulheres’. É mais importante desenvolver uma vontade de assumir responsabilidades”, escreveu no Weibo.

Citada pela Reuters, a investigadora feminista Li Jun defendeu que o plano do ministério reflete as atitudes estereotipadas em relação ao género: “A proposta representa alguns estereótipos na China sobre a masculinidade, que é contra a igualdade e diversidade de género, uma vez que considera ser efeminado como algo negativo e perigoso, e considera a masculinidade como sendo útil à nação chinesa”.

https://zap.aeiou.pt/china-plano-tornar-rapazes-masculinos-378649

 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Pentágono anunciou possibilidade de guerra nuclear com Rússia ou China !

Pentágono anunciou possibilidade de guerra nuclear com Rússia ou China

O chefe do Comando Estratégico das Forças Armadas dos Estados Unidos, almirante Charles Richard, avaliou a possibilidade de uma guerra nuclear com a Rússia ou a China. Ele acredita que tal conflito é perfeitamente possível e está confiante de que Washington deve mudar sua abordagem de dissuasão nuclear neste contexto. Ele escreveu sobre isso em um artigo para a publicação oficial do Instituto Naval dos Estados Unidos.

Segundo ele, desde o colapso da URSS, o Pentágono não teve que considerar a possibilidade de um confronto militar direto com uma potência nuclear, mas agora a situação mudou.

Richard disse:

“Há uma possibilidade real de que uma crise regional com a Rússia ou a China possa rapidamente se transformar em um conflito com o uso de armas nucleares, se, na opinião deles, em caso de derrota com o uso de armas convencionais, houver uma ameaça para a ordem política ou ao estado.”

Ele acrescentou que Washington não deve descartar a possibilidade de uso de armas nucleares por potenciais adversários.

Pentágono anunciou possibilidade de guerra nuclear com Rússia ou China
Almirante Charles Richard. Crédito: US Strategic Command

Segundo o almirante, Rússia e China teriam começado a seguir uma política agressiva enquanto o Departamento de Defesa dos Estados Unidos se concentrava no combate ao terrorismo. Ele disse que os países estão desafiando as normas internacionais usando a força “invisível desde o auge da Guerra Fria”, e pediu que tais ações não fiquem sem resposta.

Ele também ressalta que o Departamento de Defesa dos EUA agora está ignorando a ameaça de conflitos nucleares devido à mudança na ênfase na luta contra o terrorismo.

Em uma entrevista ao The Washington Times, o almirante explicou que seu artigo tem como objetivo encorajar a liderança da Marinha dos EUA a “tomar mais medidas sobre a natureza mutante das ameaças”.

Richard ressaltou que os Estados Unidos devem “competir ativamente” para conter a agressão de outros países.

O almirante estadunidense cocluiu:

“Ao ceder às suas iniciativas, corremos o risco de reforçar a sua convicção de que os Estados Unidos não querem ou não podem responder, o que pode provocá-los ainda mais”.

https://www.ovnihoje.com/2021/02/05/pentagono-anunciou-possibilidade-de-guerra-nuclear-com-russia-ou-china/

 

Donald Trump rejeita testemunho sob juramento no 2.º processo de destituição !

Donald Trump rejeitou o pedido dos democratas da Câmara dos Representantes para que testemunhasse sob juramento no processo de destituição.


O antigo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou aceder ao pedido dos democratas para testemunhar sob juramento no processo de destituição que decorre no Senado, sobre o incitamento do republicano na invasão ao Capitólio.

A informação foi avançada por Jason Miller, um conselheiro do antigo chefe de Estado norte-americano. Apesar de os democratas não poderem obrigar Trump a testemunhar no seu próprio processo de impeachment, era um esforço adicional para deixar registado nos livros da História do país o episódio que ocorreu em 6 de janeiro.

No dia em que o Congresso certificava a vitória do democrata Joe Biden nas presidenciais de 3 de novembro de 2020, vários apoiantes do então Presidente cessante rumaram ao Capitólio depois de um discurso de Trump que incitava a “combaterem até ao inferno” e resistirem a aceitar os resultados das eleições.

Seguiu-se uma tentativa de insurreição, com apoiantes do Presidente a invadirem o Capitólio, interrompendo a certificação de Biden. O episódio obrigou os congressistas a abandonarem o edifício. Pelo menos cinco pessoas morreram.

Democratas e alguns republicanos juntaram-se nas críticas à atuação do Donald Trump, a quem apontam o dedo como autor moral deste motim, e, por isso, avançaram com um processo de destituição, que já foi aprovado na Câmara dos Representantes e seguiu para o Senado.

O conselheiro de Trump considerou que o processo de destituição é “um procedimento inconstitucional”. Separadamente, os advogados de Trump consideraram que era uma “acrobacia de relações públicas”.

Donald Trump, o 45.º Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), foi o primeiro a enfrentar dois processos de impeachment. O julgamento começa na próxima terça-feira.

O representante Jamie Raskin, um dos gestores do processo, solicitou que Trump depusesse “antes ou durante o julgamento no Senado para a destituição”, e sob examinação cruzada, sobre a sua conduta em 6 de janeiro, tão depressa quanto segunda-feira e não depois de quinta-feira, 11 de fevereiro.

Raskin defendeu que Trump questionou factos críticos no caso, “apesar de provas claras e esmagadoras da sua [dele, Trump] ofensa constitucional”. No seu texto, Raskin especificou: “À luz da sua contestação de alegações factuais, escrevo-lhe para o convidar a prestar testemunho sob juramento, seja antes ou durante o julgamento no Senado, sobre a sua conduta em 6 de janeiro de 2021″.

Acrescentou ainda que se Trump recusar testemunhar, os gestores do processo vão usar a sua recusa contra ele no julgamento. “Com efeito, apesar de um Presidente em exercício pode mencionar preocupações com distrações dos seus deveres oficiais, esta preocupação não é aplicável aqui, obviamente”, considerou.

https://zap.aeiou.pt/trump-rejeita-testemunho-juramento-378511

 

Biden anuncia retirada de apoio dos EUA à Arábia Saudita no conflito do Iémen !

Prometeu e cumpriu. Joe Biden anunciou a retirada do apoio militar no Iémen. A ofensiva militar, liderada pela Arábia Saudita, dura já há cinco anos.


O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou esta quinta-feira o fim do apoio do seu país a uma ofensiva militar liderada pela Arábia Saudita no Iémen, que dura há cinco anos e que criou uma crise humanitária.

A medida permite cumprir uma promessa da campanha eleitoral de Biden, cujo Governo anunciou uma estratégia de privilegiar a diplomacia para encerrar o conflito Iémen.

O Presidente vai também anunciar esta quinta-feira a escolha de Timothy Lenderking como enviado especial para o Iémen, quando se dirigir à sua equipa no Departamento de Estado, segundo fontes da Casa Branca.

Lenderking foi subsecretário de Estado adjunto na secção do Médio Oriente, sendo um diplomata de carreira com serviços prestados na Arábia Saudita, Kuwait e outros países.

A Arábia Saudita iniciou a ofensiva no Iémen em 2015, para conter a ameaça de uma facção huthi iemenita que tinha tomado território na região e que usa mísseis transfronteiriços para atemorizar os inimigos.

Desde 2015, uma campanha aérea liderada pelos sauditas matou vários civis e o conflito agravou a fome e a pobreza no Iémen, com especialistas internacionais em direitos humanos a dizer que tanto os países do Golfo como os huthis cometeram graves abusos durante a guerra.

https://zap.aeiou.pt/biden-retirada-apoio-iemen-378466

Investigadores procuram pedras para substituírem as danificadas no incêndio de Notre-Dame !

O Instituto francês de Investigação Geológica e Mineira e o organismo público que gere as obras em Notre-Dame lançaram um programa para identificar e selecionar pedras compatíveis com o edifício e substituir as que ficaram danificadas no incêndio.


Num comunicado divulgado, os responsáveis pela reconstrução e restauro da catedral referem que o incêndio de 15 de abril de 2019 danificou elementos “importantes” da construção, sendo necessário encontrar uma grande quantidade de pedras que sejam semelhantes às do monumento.

O programa de pesquisa agora divulgado traduz-se na identificação, caracterização e seleção de pedras “estética e fisicamente compatíveis” com as danificadas e servirá, também, para criar um guia de referência metodológica para a catedral de Notre-Dame e outros monumentos da região de Paris.

A investigação, que teve início em julho, consiste no estudo geológico de pedreiras e testes laboratoriais com diversas amostras, e é realizada por geólogos, técnicos de laboratório e outros especialistas em sedimentos e geomática.

As pedras originais da catedral foram extraídas do subsolo da cidade, de uma vasta zona de rochas calcárias que se formou há mais de 41 milhões de anos e onde ainda existem cerca de uma dezena de pedreiras.

Durante esta pesquisa, os investigadores vão estudar as características destas pedras com o objetivo de encontrar as mais adequadas para a restauração da catedral. O porta-voz do Governo francês Gabriel Attal indicou que o Presidente Emmanuel Macron mantém o objetivo de que as obras fiquem concluídas em 2024.

A catedral encontrava-se em obras de restauro no seu exterior quando, em abril de 2019, deflagrou um violento incêndio que demorou cerca de 15 horas a ser extinto. A origem acidental do incêndio, um curto-circuito, continua a ser privilegiada, embora a causa do fogo não esteja esclarecida, e os resíduos calcinados deverão ser analisados ao pormenor para detetar o menor indício.

As obras de Notre-Dame têm enfrentado vários imprevistos, desde a necessidade de adotar medidas contra a contaminação por chumbo até à crise do novo coronavírus, passando pelo mau tempo no final de 2019, mas foram retomadas no final de abril do ano passado.

https://zap.aeiou.pt/pedras-danificadas-notre-dame-378435

 

Casos em queda livre - O mistério do “desaparecimento repentino” da covid-19 na Índia !

Em setembro do ano passado, a Índia anunciava cerca de 100 mil novos casos de covid-19 por dia e estava a caminho de ultrapassar os Estados Unidos como país com maior número de infetados do mundo. Quatro meses depois, caíram a pique.


No final de janeiro, o Ministério da Saúde da Índia confirmou uma diminuição recorde de cerca de 9.100 novos casos diários num país de quase 1,4 mil milhões de habitantes. Foi a contagem diária mais baixa em oito meses na Índia. Na segunda-feira passada, o país confirmou cerca de 11 mil casos.

“Não é que a Índia esteja a testar menos ou as coisas não estejam a ser relatadas”, disse Jishnu Das, economista de saúde da Universidade de Georgetown, em declarações ao NPR. “Aumentou, aumentou – e agora, de repente, desapareceu! Quer dizer, a utilização das Unidades de Cuidados Intensivos caiu. Todos os indicadores dizem que os números diminuíram.”

Falando em “mistério”, os cientistas estão a investigar porque é que o número de casos na Índia caiu tão drasticamente – e tão repentinamente, em setembro e outubro, meses antes do início de qualquer vacinação.

“É a pergunta de um milhão de dólares. Obviamente, as medidas clássicas de saúde pública estão a funcionar: os testes aumentaram, as pessoas vão aos hospitais mais cedo e as mortes diminuíram”, afirmou Genevie Fernandes, investigadora de saúde pública na Universidade de Edimburgo.

“Mas, na verdade, ainda é um mistério. É muito fácil ficar complacente, especialmente porque muitas partes do mundo estão a passar pela segunda e terceira vagas. Precisamos de estar de guarda.”

O que é que os indianos estão a fazer?

A Índia é um dos vários países em que o uso de máscara em espaços públicos é obrigatório – até ao ar livre e a pessoas que correm na praia.

Segundo Fernandes, durante a pandemia, “a polícia, a monitorização e a fiscalização foram intensificados”. A polícia distribui multas a quem não usa máscara.

Um inquérito publicado em julho revelou que 95% dos entrevistados disseram que usaram máscara na última vez em que saíram de casa.

Na Índia, sempre que se faz uma chamada, em vez de um tom de chamada, ouvem-se mensagens patrocinadas pelo Governo a avisar sobre a importância da lavagem das mãos e de usar máscara. Agora, a mensagem também apela às pessoas que se vacinem.

Calor e humidade

A maior parte do país é quente e húmido – e há algumas evidências que sugerem que o clima da Índia ajuda a reduzir a propagação de doenças respiratórias.

Uma revisão de centenas de artigos científicos, publicada em setembro na revista científica PLOS One, revelou que os climas quentes e húmidos parecem reduzir a disseminação da covid-19. Calor e humidade combinam-se para tornar os coronavírus menos ativos.

Estudos anteriores também descobriram que as gotículas do vírus podem flutuar durante mais tempo no ar frio e seco.

“A temperatura, é claro, está a nosso favor. Muitos vírus são conhecidos por multiplicar-se mais nas regiões mais frias”, disse Daksha Shah, epidemiologista e vice-diretor de saúde de Mumbai.

Num estudo de casos de covid-19 no estado indiano de Punjab, descobriu-se que 76% dos pacientes não infetaram ninguém– embora não se saiba porquê. No geral, 10% dos casos foram responsáveis por 80% das infecções.

Por outro lado, há algumas evidências científicas em contrário: um estudo publicado em dezembro no GeoHealth disse que a severa poluição do ar urbano na Índia pode exacerbar a covid-19.

Além disso, um artigo publicado no The Lancet revelou que o calor extremo também pode forçar as pessoas a ficarem dentro de casa em espaços com ar condicionado, o que contribui para a disseminação do vírus.

Prevalência de outras doenças

Outro ponto a considerar é a quantidade de outras doenças que já se espalham pela região: malária, dengue, febre tifóide, hepatite e cólera. Alguns especialistas especulam que as pessoas com um sistema imunológico robusto têm mais probabilidade de sobreviver na Índia.

Um estudo publicado em outubro revelou que países de baixa e média baixa classe com menos acesso a instalações de saúde, higiene e saneamento têm números mais baixos de mortes por covid-19 per capita.

Outro estudo publicado em agosto descobriu que as mortes por covid-19 per capita são menores em países onde as pessoas estão expostas a uma ampla gama de micróbios e bactérias.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, a covid-19 matou 154.392 pessoas na Índia em 1 de fevereiro. Essa é uma taxa de mortalidade de 1,44% – muito menor do que a dos Estados Unidos ou de muitos países europeus.

Demografia

A Índia também é um país muito jovem. Apenas 6% dos indianos têm mais de 65 anos e mais da metade da população tem menos de 25 anos. Os jovens têm menor probabilidade de morrer de covid-19 e maior probabilidade de não apresentar sintomas se infetados.

Um estudo publicado na revista Science revelou que a taxa de mortalidade da covid-19 diminui na Índia após os 65 anos – possivelmente porque há poucos indianos que vivem além dessa idade.

Testes sorológicos mostram que a maioria das pessoas em certas áreas da Índia pode já ter sido exposta à covid-19 sem desenvolver sintomas.

O clima e a demografia da Índia não mudaram na pandemia e a queda dos casos foi recente. Aliás, os números caíram quando os especialistas previram que disparariam: em outubro, quando milhões de pessoas se reuniram para os festivais hindus de Diwali e Durga Puja – altura em que a poluição do ar também é pior.

Os casos também diminuíram, apesar de dezenas de milhares de agricultores indianos terem acampado nos arredores da capital durante meses.

O epidemiologista Shah sugere que, assim como outras variantes infecciosas descobertas no Reino Unido e noutros lugares, uma variante mais branda possa ter começado a sofrer uma mutação na Índia.

“Três opções: uma é que acabou por causa da forma como as pessoas se comportaram. Ou acabou porque acabou e nunca mais vai voltar – ótimo!” disse Das. “Ou acabou, mas não sabemos por que acabou – e pode voltar.”

Essa última opção é o que mantém os cientistas e especialistas em saúde pública acordados à noite. Por enquanto, os indianos aguardam expectantes para serem vacinados.

https://zap.aeiou.pt/casos-em-queda-livre-o-misterio-do-desaparecimento-377870

 

Médico que tratou Navalny após envenenamento “faleceu repentinamente” !

O médico que tratou do líder da oposição Alexey Navalny, após este ter sido envenenado, morreu de forma súbita, de acordo com um comunicado publicado pelo hospital.


Sergey Maximishin tinha 55 anos e era médico do hospital de emergência de Omsk. O especialista esteve na linha da frente a prestar cuidados ao opositor russo depois deste ter sido envenenado durante um voo.

“É com pesar que informamos que o médico do hospital de Omsk, Sergey Valentinovich, assistente do departamento da Omsk State Medical University, faleceu repentinamente”, pode ler-se no comunicado do hospital, que não menciona a causa da morte.

Navalny foi inicialmente internado na unidade de envenenamento do hospital de emergência de Omsk a 20 de agosto, depois de adoecer durante a viagem de avião que fazia com destino a Moscovo.

Na altura, Maximishin, agora falecido, não deu nenhuma informação à imprensa sobre o estado de saúde do político russo.

Leonid Volkov, político e amigo de Navalny, confirmou à CNN que Maximishin ficou encarregue de tratar o líder da oposição.

“Sergey Maximishin era o chefe do departamento que tratou Alexey Navalny e estava encarregue do seu tratamento”, revelou Volkov à CNN, recordando que o médico “sabia mais do que ninguém do estado de Navalny, por isso não posso descartar a possibilidade de ter havido um crime”, acrescentou.

Ainda assim, considera que “o sistema de saúde da Rússia é muito precário e não é incomum que médicos desta idade morram repentinamente. Mas, duvido que haja alguma investigação sobre a morte”, refletiu Volkov.

Segundo a mesma estação televisiva, não existem evidências de que tenha havido um crime relacionado com esta morte.

O líder da oposição na Rússia, Alexei Navalny, foi esta terça-feira condenado a três anos e meio de prisão por um tribunal de Moscovo.

Hoje, Navalny apelou aos seus apoiantes a vencerem o medo e “libertarem a Rússia dos ladrões” no poder.

https://zap.aeiou.pt/medico-tratou-navalny-morreu-378426

Bolsonaro enaltece a “autodefesa” da sociedade e garante: “Não tenho medo do povo armado” !

O Presidente do Brasil afirmou esta quinta-feira que não teme o povo armado pois isso impede um governante de se tornar um ditador, e antecipou que está a preparar novas medidas a favor do acesso civil às armas.


“Na próxima semana haverá mais decretos sobre armas porque armas é um direito seu”, disse Bolsonaro a centenas de pessoas na inauguração de um centro desportivo de alto rendimento na cidade de Cascavel, no sul do estado do Paraná.

“Não tenho medo do povo armado, porque isso impede um governante de se tornar um ditador e me sinto muito bem com um bom cidadão que está armado”, acrescentou.

Jair Bolsonaro assumiu o poder no Brasil em janeiro de 2019 e desde então tem patrocinado diversas medidas para promover a “autodefesa” da sociedade contra o aumento da criminalidade.

Muitas dessas medidas, que facilitam o acesso dos civis às armas e munições, foram moderadas ou mesmo anuladas pelo Congresso ou pela Justiça, mas Bolsonaro deu a entender que não desistiu.

O chefe de Estado elogiou a nova correlação de forças nas Câmaras dos Deputados e do Senado, que renovaram esta semana as suas mesas diretoras e passaram a ser presididas por parlamentares ligados ao Governo, o que pode ter uma influência decisiva nas votações legislativas.

O Presidente brasileiro também reiterou que vai insistir para que o Congresso aprove o “excludente de ilicitude”, um dispositivo legal que evitaria que um polícia que matar um criminoso no exercício das suas funções seja levado a julgamento, mesmo que existam suspeitas de abusos.

A proposta foi incluída num pacote de medidas anticrime encaminhadas pelo Governo brasileiro ao Congresso em 2019, que decidiu excluir esse ponto da legislação que é fortemente rejeitado por organizações de direitos humanos já que as forças de segurança brasileiras estão entre as mais violentas do mundo.

“Um polícia em operação deve ter garantias, já que é o chefe de família, um trabalhador, que não pode, depois de cumprir sua missão, receber a visita de um oficial de justiça em sua casa”, disse o Presidente brasileiro.

“Se ele está armado na rua é porque lhe demos as armas”, frisou Bolsonaro, reiterando que vai insistir nesse projeto ao longo do novo ano legislativo, inaugurado na quarta-feira.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-nao-tenho-medo-povo-armado-378421

 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

“No nosso país não há repressão” - Kremlin rejeita debater com Ocidente decisões sobre Navalny !

O Kremlin disse hoje que não está disponível para discutir com os parceiros ocidentais as decisões judiciais dos tribunais russos ou a forma como tem tratado os manifestantes nos protestos em apoio ao líder oposicionista Alexei Navalny.


“Repito: não temos intenção de levar em consideração as declarações sobre questões relacionadas à aplicação das nossas leis àqueles que as violam, nem aquelas que se referem aos veredictos dos nossos tribunais”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

“Estamos disponíveis para comentar essas questões, mas não estamos disponíveis para discuti-las com ninguém”, insistiu Peskov, na véspera do encontro que o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, realizará em Moscovo o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell.

A comunidade internacional, incluindo a União Europeia, condenaram as detenções em massa e a repressão sobre os manifestantes que nas últimas semanas saíram à rua para apoiar o líder oposicionista Alexei Navalny, que esta semana foi condenado a dois anos e meio de prisão por ter violado a liberdade condicional.

Peskov voltou a defender a ação da polícia, que deteve mais de 10.000 pessoas nas manifestações a favor de Navalny, em várias ocasiões com uso excessivo da força, e afirmou: “No nosso país não há repressão”.

“O que há são medidas contra quem infringe as leis em atos não autorizados”, disse o porta-voz do Kremlin, reiterando a sua versão de que alguns dos manifestantes aderiram aos protestos incitados por provocadores e de que os agentes de segurança procederam às detenções, após terem sido violentamente atacados.

Peskov descreveu como inaceitável a proposta bipartidária dos senadores dos EUA, que na quarta-feira reintroduziram uma lei para aplicar sanções à Rússia pelo envenenamento de Navalny.

“Esses senadores sabem que consideramos esse tipo de abordagem totalmente inaceitável nas relações bilaterais”, concluiu Peskov.

Navalny, 44 anos, um investigador anticorrupção e o crítico mais conhecido de Putin, foi preso a 17 de janeiro ao regressar da Alemanha, onde passou cinco meses a recuperar de uma intoxicação por agente nervoso que atribui ao Kremlin.

Laboratórios na Alemanha, França e Suécia, e testes da Organização para a Proibição de Armas Químicas, estabeleceram que ele foi exposto ao agente nervoso Novichok. As autoridades russas recusaram-se a abrir um inquérito criminal completo, alegando falta de evidências de que ele fora envenenado.

Na terça-feira, um tribunal russo condenou Navalny a dois anos e meio de prisão, por violação de liberdade condicional.

A pena aplicada a Navalny foi condenada pela grande maioria dos países ocidentais, tendo a UE, através do seu alto representante para a política externa, afirmado hoje que a sentença imposta ao opositor russo é “inaceitável e politicamente motivada”, admitindo a possibilidade de aplicar novas sanções contra a Rússia.

https://zap.aeiou.pt/kremlin-debater-ocidente-navalny-378283

 

Um quarto da população de França, Alemanha e EUA pode recusar a vacina da covid-19 !

Cerca de quatro em cada dez pessoas na França, mais de 25% dos norte-americanos e 23% dos alemães dizem que não serão vacinados contra a covid-19, segundo uma pesquisa que destaca o desafio que os governos enfrentam.


As dúvidas quanto à vacinação foram menores na Itália (12%), no Reino Unido (14%) e na Holanda (17%), de acordo com a pesquisa que incluiu dados sete países e revelou uma estreita correlação entre a relutância da população em relação às vacinas e a sua confiança no governo, noticiou esta quinta-feira o Guardian.

Apenas 11% dos norte-americanos e 13% dos franceses confiam nos seus governos como uma fonte credível de informações sobre vacinas, concluiu a pesquisa, realizada em janeiro pela Kantar Public, em comparação com 30% na Holanda e na Grã-Bretanha.

O estudo também sugeriu que mais de 60% dos entrevistados no Reino Unido estavam muito ou um pouco satisfeitos com a campanha de vacinação, em comparação com 31% na França, onde a implementação é das mais lentas da União Europeia (UE). Na Holanda, 58% estão satisfeitos com a campanha.

Nos sete países – França, Alemanha, Holanda, Itália, Índia, Reino Unido e Estados Unidos – médicos de família e autoridades nacionais de saúde foram vistos como fontes de informação muito mais confiáveis ​​sobre vacinas, com 39% e 41% respetivamente.

O estudo revelou ainda que os homens são mais propensos a aceitar a vacinação e que as dúvidas persistem mais nos jovens. Mais da metade dos franceses entre os 25 e os 34 anos e um terço dos holandeses disseram que não seriam vacinados, enquanto nos sete países apenas 32% dos jovens entre os 18 e os 24 anos afirmaram que seriam vacinados.

O diretor de pesquisas internacionais da Kantar, Emmanuel Rivière, disse que o estudo revelou a escala do esforço de comunicação que alguns governos precisarão caso queiram melhorar a aceitação da vacina.

https://zap.aeiou.pt/quarto-populacao-franca-alemanha-eua-vacina-378341

 

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