terça-feira, 30 de março de 2021

Museus americanos guardam os restos mortais de milhares de negros !

Vários museus norte-americanos mantêm consigo os restos mortais de milhares de afro-americanos escravizados, muitos deles sem o consentimento das famílias.


Entre os restos mortais nas coleções do museu da Universidade de Harvard estão os de 15 pessoas que provavelmente eram escravos afro-americanos. No início deste ano, a universidade anunciou um novo comité que conduzirá uma investigação abrangente das coleções de Harvard, desenvolverá novas políticas e proporá formas de repatriar os restos mortais.

“Devemos começar a confrontar a realidade de um passado no qual a curiosidade académica e as oportunidades dominaram a humanidade”, escreveu o presidente da Universidade de Harvard, Lawrence S. Bacow.

Esta história desumanizante de recolher corpos afro-americanos como espécimes científicos não é um problema apenas em Harvard.

No ano passado, a Universidade da Pensilvânia anunciou que o seu museu de antropologia abordará o legado de 1.300 crânios humanos – incluindo os de 55 escravos de Cuba e dos Estados Unidos – na sua coleção, que historicamente foi usada para denegrir a inteligência e o carácter de negros e nativos americanos.

Outras instituições têm muito mais esqueletos negros nos seus armários. Segundo uma estimativa, o Smithsonian Institution, o Museu de História Natural de Cleveland e a Howard University mantêm os restos mortais de cerca de 2.000 afro-americanos entre eles.

O total aumenta quando se consideram museus com vestígios de outras populações da diáspora africana. Não se sabe quantos conjuntos de restos mortais estão nos depósitos de museus nos Estados Unidos e se foram ou não recolhidos com consentimento.

Investigadores e ativistas dos EUA estão agora a procurar reconhecer e corrigir a profunda história de violência contra corpos negros. Os museus e a sociedade estão finalmente a confrontar como é que os desejos da ciência às vezes eclipsam os direitos humanos.

Como é que os restos mortais de tantos negros foram parar nas coleções, e o que pode ser feito a respeito disso?

O abuso e a circulação de restos humanos afro-americanos para investigação datam de pelo menos 1763, com a dissecação de cadáveres de escravos para a primeira aula de anatomia nas colónias americanas.

A recolha sistemática de restos mortais de afro-americanos, bem como de pessoas de outras comunidades marginalizadas, começou com o trabalho de Samuel George Morton. Considerado o fundador da antropologia física americana, Morton profissionalizou a aquisição de restos mortais em nome da prática científica e da educação.

Morton ostentou a primeira coleção de restos mortais humanos, a certa altura considerada a maior do mundo. Ele usou-a para promover hierarquias racistas através de interpretações pseudocientíficas de medidas cranianas. A investigação resultou na sua magnum opus de 1839, “Crania Americana”, repleta de centenas de imagens desenhadas à mão de crânios e categorização racial com lógica defeituosa.

A sua coleção acabou por ir parar à Universidade da Pensilvânia. Só no ano passado é que a universidade anunciou oficialmente que a coleção tinha sido removida de uma vitrine de uma sala de arqueologia.

O impacto da coleção e da carreira de Morton ricocheteou por toda parte, estabelecendo as bases para práticas antiéticas baseadas no roubo, transporte e acumulação de restos mortais – especialmente daqueles mais marginalizados.

As instituições há muito abraçaram essas coleções principalmente para o trabalho pseudocientífico de justificar hierarquias raciais. Mas elas também aumentaram o seu prestígio pelo número de restos mortais nas suas coleções que poderiam ser usados para estudos, bem como para exposições que alimentaram a curiosidade mórbida do público.

Eventualmente, a maioria das instituições afastou-se destes objetivos originais, mas manteve os restos mortais para ensinar biologia esquelética e testar novos métodos científicos. A maioria das coleções de museus, no entanto, permanece sem uso, na crença de que pode ajudar a responder a perguntas em algum momento no futuro.

O Senado dos Estados Unidos aprovou a African American Burial Grounds Network Act em dezembro de 2020. Este projeto de lei estabeleceria uma rede voluntária para identificar e proteger cemitérios afro-americanos frequentemente em risco.

O programa seria administrado pelo Serviço Nacional de Parques e nada na legislação se aplicaria à propriedade privada sem o consentimento dos proprietários. Mais de 50 organizações nacionais, estaduais e locais proeminentes apoiam a aprovação da lei.

Mas mesmo essa legislação não inclui os restos mortais de negros nas coleções de museus. Tal adição estaria mais de acordo com a Native American Graves Protection and Repatriation Act, uma lei federal de 1990 que trata de restos mortais de índios americanos em todos os contextos – tanto no solo como em coleções.

Este trabalho é necessário porque muitos dos restos mortais dos negros, como os dos nativos americanos, foram levados sem o consentimento da família, usados de maneiras que infringiam as tradições espirituais e tratados com menos respeito do que a maioria dos outros na sociedade.

https://zap.aeiou.pt/museus-restos-mortais-negros-390497

 

Em 1985, um navio quebra-gelo e música clássica salvaram 2.000 baleias beluga !

A missão de salvamento de cerca de 2.000 baleias beluga na Península de Chukchi custou à Rússia cerca de 200 mil dólares.


Em 1985, várias baleias beluga foram avistadas na Península de Chukchi, a península mais oriental da Ásia. À primeira vista, os residentes locais ficaram contentes com o avistamento dos animais, mas demoraram pouco tempo a perceber que nem tudo estava bem.

Segundo o IFL Science, uma alteração no clima havia criado um enorme pedaço de gelo espesso, com cerca de quatro quilómetros de extensão, que ficou localizado entre os buracos de ar das baleias e o oceano aberto.

Os mamíferos marinhos eram incapazes de nadar esta distância sem ficar sem oxigénio e os escassos orifícios de ar não chegavam para as baleias sobreviverem. Os residentes esforçaram-se para manter os animais nutridos, mas, com a chegada do inverno, esperavam também a vinda de um milagre.

Nessa altura, a Rússia presenteou-se com um navio quebra-gelo finlandês, o maior e mais poderoso da época. Estes navios são conhecidos por cavar gelo espesso a grandes altitudes onde os barcos normais não se atrevem a aventurar. Uma das suas características mais vistosas era uma central de energia elétrica a diesel.

A Rússia acabou por alistar o Moskva na missão de resgate para salvar as baleias beluga, mas sabia que precisaria de agir rapidamente se quisesse libertá-las a tempo.

Quando o navio chegou, a situação era pior do que imaginavam e a missão acabou por ser cancelada pelo capitão do navio. Descontente, a tripulação decidiu que tinha de agir: enquanto quebravam o gelo, helicópteros largavam peixes para tentar alimentar as baleias que ainda permaneciam vivas.

Demorou vários dias, mas o Moskva conseguiu abrir um caminho para os animais. Apesar da boa notícia, as baleias – cansadas e traumatizadas pelo navio – eram incapazes de se mover.

Foi então que um membro da tripulação teve uma ideia fora da caixa com potencial para salvar os animais: a música poderia ajudar na missão de resgate.

Com poucas opções, a tripulação decidiu pôr em prática a ideia e o Moskva tornou-se um altifalante, ainda que temporariamente. Todos os tipos de música foram tocados na paisagem gelada, mas foi o clássico que provou ser a isca mais eficaz.

As baleias aproximaram-se do barco para investigar a melodia e, quilómetro a quilómetro, o Moskva conduziu os animais para fora da sua “prisão”.

https://zap.aeiou.pt/navio-quebra-gelo-baleias-beluga-391051

 

Comité organizador dos Jogos Olímpicos divulga medidas sanitárias para eventos teste !

O comité organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio2020 divulgou esta segunda-feira as medidas sanitárias necessárias impostas pela pandemia de covid-19 para os 18 eventos teste para as duas competições, que devem começar no final da semana.


Entre as medidas, figuram a limitação de contactos e o cumprimento, sempre que possível, de uma distância de segurança entre os atletas, segundo explicou Hidemasa Nakamura, do comité organizador, referindo também que as áreas comuns devem ser ventiladas a cada meia hora, noticiou esta segunda-feira a agência Lusa.

Até ao início dos Jogos Olímpicos, marcado para 23 de julho, estão previstos 18 eventos, o primeiro dos quais de râguebi em cadeira de rodas, no próximo fim de semana. Do total de eventos, 14 serão supervisionados pelo comité organizador Tóquio2020 e quatro pelas federações internacionais de modalidade.

De todas as competições, apenas uma, de atletismo, prevista para 09 de maio em Tóquio, deverá ser aberta a espetadores estrangeiros.

Em 20 de maio, o comité organizador anunciou que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio2020 irão ser disputados sem espetadores provenientes do estrangeiro devido a riscos sanitários importantes.

Os Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados para 2021 devido à pandemia de covid-19, vão decorrer entre 23 de julho e 08 de agosto, enquanto os Paralímpicos devem disputar-se entre 24 de agosto e 05 de setembro.

https://zap.aeiou.pt/comite-jogos-olimpicos-medidas-eventos-teste-391019

 

Médicos franceses alertam para “medicina de catástrofe” e dizem que situação é pior do que nos ataques terroristas !

Enquanto Portugal avança no processo de desconfinamento, outros países europeus estão agora a sofrer um aumento de casos. Em França e na Alemanha, os médicos apelam a um regresso ao confinamento.


De acordo com o presidente da Associação de Medicina Intensiva e de Urgências da Alemanha (DIVI), Gernot Marx, a situação é crítica e as unidades de cuidados intensivos estão a chegar ao limite devido à pandemia.

“Estamos a correr de olhos abertos para a desgraça“, disse Marx, que pede um confinamento de duas a três semanas, em declarações à revista alemã Der Spiegel. O especialista realçou que o confinamento “salvaria muitas vidas e protegia muita gente da sequelas do coronavirus”.

Atualmente, há 1.644 camas livres nas unidades de cuidados intensivos alemãs. Desde março, o número de pacientes em cuidados intensivos aumentou de 2.727 para 3.448. A situação é considerada crítica a partir dos 5.000 doentes com covid-19 nas unidades de cuidados intensivos.

A Alemanha registou 17.176 novos casos e 90 mortos nas últimas 24 horas, um aumento de mais de 3.000 casos em relação ao domingo passado.

“Seremos obrigados a fazer a triagem dos doentes”

Num artigo de opinião no jornal francês  Journal du Dimanche, 41 médicos de Paris alertaram, este domingo, para a situação crítica dos cuidados de saúde e afirmaram que podem ter de chegar ao ponto de escolher que doentes tratar.

O artigo surge numa altura em que o presidente francês, Emmanuel Macron, tem rejeitado voltar a um confinamento geral e optado por restrições como o recolher obrigatório. Com o aumento do número de infeções e de camas ocupadas nos cuidados intensivos, os médicos apelam a Macron para que mude de estratégia.

“Nunca nos deparámos com uma situação como esta, nem mesmo durante os piores ataques [terroristas]”, como os de 2015, defendem.

Os médicos preveem que o aligeirar das restrições em vigor em março não vai controlar a pandemia. Segundo os especialistas, os recursos hospitalares não são suficientes para responder às necessidades, o que os levará a ter de praticar uma “medicina de catástrofe”.

“Já sabemos que a nossa capacidade de resposta está sobrecarregada. (…) Seremos obrigados a fazer a triagem dos doentes para salvar o maior número de vidas possível. Esta triagem vai abranger todos os pacientes, com e sem covid, em particular no acesso dos pacientes adultos aos cuidados intensivos”, consideram.

De acordo com os dados divulgados este domingo, França registou um aumento do número de doentes com covid-19 em camas de cuidados intensivos — de 4.766 para 4.872. Tendo em conta todos os internamentos, há mais 453 pessoas nas unidades de saúde, para um total de 27.712.

Numa entrevista ao mesmo jornal, Macron alertou para a possibilidade de serem aplicadas novas restrições caso a atual estratégia de confinamentos regionais não resulte. O presidente francês referiu que ainda “nada está decidido”, querendo ver se as restrições postas em prática nos últimos 10 dias foram suficientes para travar o aumento de contágios antes de aprovar um terceiro confinamento total.

Nos próximos dias vamos ver a eficácia das medidas e, se necessário, tomaremos as que façam falta”, afirmou.

Macron salientou também que o encerramento das escolas, que até agora tem sido encarado como último recurso, “não deve ser um tabu”.

Bélgica atinge o pico de incidência cumulativa da 3.ª vaga

A Bélgica atingiu uma incidência cumulativa a 14 dias de 505 casos de infeção por SARS-CoV-2 por 100 mil habitantes, o maior número desde o início da terceira vaga da pandemia, noticia a EFE. Segundo a agência de notícias espanhola, houve uma média de 4.636 infeções por dia, entre 18 e 24 de março, o que representou um aumento de 27% em relação aos sete dias anteriores.

Esse aumento também se reflete no número de camas ocupadas nos cuidados intensivos, que contabiliza 701 – com 292 novos internamentos nas últimas 24 horas – embora nem todas as pessoas que se encontram nos cuidados intensivos tenham ingressado devido à covid-19.

As autoridades de saúde belgas consideram que o limite crítico das unidades de cuidados intensivos é de uma ocupação de mil camas.

Quanto aos óbitos, registaram-se 27 mortes por dia, o que representa um aumento de 12% em relação aos sete dias anteriores.

A variante britânica já é a dominante na Bélgica, representando 76% dos vírus em circulação, segundo explicou o porta-voz do instituto público de Sandiad (Siensano), Yves van Laethem.

Antes do início da terceira vaga, a Bélgica voltou a encerrar cabeleireiros e outros comércios e lojas de proximidade e passou a ser obrigatório marcar uma hora para entrar em lojas não prioritárias. Algumas restrições estarão em vigor até ao dia 25 de abril.

Além disso, as escolas não abrirão esta segunda-feira, fechando uma semana antes das férias da Páscoa, e a intenção é que as aulas presenciais não decorram antes do dia 19 de abril.

Essas restrições somam-se a outras, como a proibição de viagens não essenciais ao exterior, de recolher noturno obrigatório e o encerramento de bares, enquanto os restaurantes só podem entregar comida ao domicílio.

A campanha de vacinação continua e já permitiu imunizar com a primeira dose 1,2 milhões de adultos, numa população total de aproximadamente 11 milhões de pessoas.

https://zap.aeiou.pt/alemanha-com-cuidados-intensivos-no-limite-390900

 

Vírus terá passado de morcegos para humanos através de outro animal - Fuga de laboratório é “improvável”

Um estudo conjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da China sobre as origens da covid-19 revela que a transmissão do vírus de morcegos para humanos através de outro animal é o cenário mais provável e que uma fuga do laboratório é “extremamente improvável”.


Esta conclusão é avançada pela The Associated Press, que teve acesso a uma cópia preliminar do estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e da China.

Apesar de, em grande parte, as descobertas serem conforme o esperado, o relatório forneceu detalhes sobre o raciocínio por trás das conclusões da equipa. Os investigadores propuseram estudos adicionais em todas as áreas, exceto a hipótese de fuga do laboratório.

Os cientistas listaram quatro cenários por ordem de probabilidade para o surgimento do vírus denominado SARS-CoV-2.

No topo da lista estava a transmissão através de um segundo animal, o que disseram ser provável. Os investigadores avaliaram a disseminação direta de morcegos para humanos como provável e disseram que a disseminação através de produtos alimentícios da “cadeia de frio” era possível, mas improvável.

O parente mais próximo do vírus que causa a covid-19 foi encontrado em morcegos, que são conhecidos por transportar coronavírus. No entanto, o relatório disse que “a distância evolutiva entre esses vírus de morcego e o SARS-CoV-2 é estimada em várias décadas, sugerindo um elo perdido”.

O relatório revela ainda que vírus muito semelhantes foram encontrados em pangolins, mas também observou que martas e gatos são suscetíveis ao vírus, o que sugere que podem ser portadores.

Peter Ben Embarek, o especialista da OMS que liderou a missão Wuhan, disse na sexta-feira passada que o relatório foi finalizado, verificado e traduzido. “Espero que nos próximos dias todo esse processo seja concluído e possamos divulgá-lo publicamente”, disse.

O relatório preliminar não é conclusivo sobre a possibilidade de o surto ter começado num mercado de frutos do mar de Wuhan, que teve um dos primeiros grupos de casos em dezembro de 2019.

A descoberta de outros casos antes da eclosão do mercado em Huanan sugere que pode ter começado noutro lugar. Contudo, o relatório observa que pode ter havido casos mais brandos que não foram detetados e que podem ser uma ligação entre o mercado e os casos anteriores.

A China encontrou amostras do vírus nas embalagens de alimentos congelados que chegavam ao país e, em alguns casos, rastreou surtos provocados por eles.

O relatório propõe que esta cadeia pode ser um fator de disseminação do vírus a longa distância, mas não terá desencadeado o surto. O relatório afirma ainda que o risco é menor do que na infecção respiratória de pessoa para pessoa.

A divulgação do relatório foi adiada várias vezes, levantando questões sobre se o lado chinês estava a tentar distorcer as conclusões para evitar que a culpa pela pandemia recaísse sobre o país asiático.

Um funcionário da OMS disse no final da semana passada que esperava que o estudo esteja pronto para ser lançado “nos próximos dias”. A AP recebeu uma versão quase final na segunda-feira de um diplomata de um país membro da OMS em Genebra.

Não é claro se o relatório ainda poderia ser alterado antes do seu lançamento oficial.

https://zap.aeiou.pt/virus-tera-passado-de-morcegos-para-hu-390867

 

segunda-feira, 29 de março de 2021

Montenegro foi uma história de sucesso na região dos Balcãs - Agora, a sua democracia pode estar em perigo !

Em 2006, Montenegro tornou-se independente e separou-se pacificamente da Sérvia. O país, com apenas 640 mil habitantes, é agora uma democracia estável e inclusiva – mas nem sempre foi assim.


Após uma década de sangrentas guerras civis, que incluíram limpeza étnica e atos de genocídio, a Jugoslávia na década de 1990 dividiu-se violentamente em seis diferentes repúblicas independentes. Montenegro permaneceu com a Sérvia, o seu vizinho dominante e aliado da Rússia, escapando do pior da guerra.

Depois de se ter tornado independente, em 2006, Montenegro abriu a porta a todos os tipos de pessoas: ortodoxos, muçulmanos, judeus, católicos e ateus, mas também bósnios, albaneses, croatas católicos romanos e sérvios.

O sistema político não favorecia nem as minorias, nem as maiorias e muitos refugiados das guerras dos Balcãs procuraram também segurança no pequeno país.

A história de sucesso de Montenegro – assim como a sua própria identidade nacional – está agora em perigo depois de uma coligação de direita alinhada com a Sérvia e com a Rússia ter assumido o poder em dezembro.

A questão linguística e uma história que se repete

Todas as ex-repúblicas jugoslavas partilham uma linguagem mutuamente inteligível. No entanto, desde a separação, cada nova nação dos Balcãs tem usado a língua para criar a sua própria identidade política e cultural, estabelecendo uma língua e padronizando o seu uso.

Num artigo assinado no The Conversation, Marc Greenberg, professor de Línguas e Literaturas Eslavas na Universidade do Kansas, explica que uns foram mais bem sucedidos do que outros. O montenegrino, por exemplo, continua a ser contestado.

Apesar de ser usado por cidadãos que defendem uma sociedade inclusiva e multiétnica, aqueles que veem Montenegro como uma extensão do estado sérvio consideram a língua um dialeto.

O novo governo de coligação parece estar do lado dos sérvios na questão linguística.

Em março, a nova ministra da Educação, Ciência, Cultura e Desporto, Vesna Bratić, ameaçou encerrar a Faculdade de Língua e Literatura Montenegrina e bloqueou o seu financiamento desde janeiro. O instituto tem liderado esforços para padronizar a língua e fomentar bolsas de estudo sobre literatura e cultura montenegrina.

Num país jovem que ainda está a moldar a sua identidade nacional, “apagar” a língua que uniu o povo é o mesmo que eliminar a identidade montenegrina. O professor defende que, hoje, a língua é um símbolo de luta política no país.

A nova liderança política de Montenegro está ideologicamente alinhada com a Sérvia e com a Rússia e a sua jovem democracia pode mesmo estar em perigo. Muitos montenegrinos receiam, inclusivamente, que a hegemonia cultural sérvia anule o progresso na construção da nação e afaste Montenegro dos valores europeus.

As guerras dos Balcãs são ainda uma memória recente para os cidadãos, que temem até o início de um conflito étnico.

https://zap.aeiou.pt/montenegro-democracia-pode-perigo-390452

 

Menos soldados e mais robôs. Exército britânico reduz as suas tropas humanas !

Como parte de uma grande reforma militar, o Exército do Reino Unido está prestes a reduzir as suas tropas humanas.


Um dos objetivos do movimento de reestruturação das forças armadas britânicas é investir em robôs militares, drones e outras ferramentas de combate de alta tecnologia.

Segundo a BBC, esta atualização representa uma adaptação à própria mudança da guerra – com mais ênfase na guerra cibernética do que nas tropas terrestres.

Em janeiro, o Exército britânico tinha cerca de 80 mil soldados. O plano agora é reduzir esse número para cerca de 70 mil, permitindo que os soldados se aposentem ou saiam pelo seu próprio pé.

Ao mesmo tempo, o Exército investe em tecnologias, como drones e robôs de combate. A mudança também significa alocar mais recursos para os domínios cibernético e do Espaço, estabelecendo um comando espacial que parece funcionar de forma semelhante à Força Espacial dos Estados Unidos.

O Reino Unido quer também aumentar significativamente o número de ogivas nucleares à sua disposição, não apenas para deter as ameaças tradicionais, mas também para enfrentar ataques biológicos, químicos e até cibernéticos.

O documento de 110 páginas da Defesa britânica declara que o Reino Unido pretende aumentar o limite do número de ogivas nucleares a bordo dos submarinos Trident da Marinha Real de 180 para 260, um aumento de mais de 40%.

A alteração do Exército visa torná-lo mais eficaz e estratégico, especialmente face às novas tecnologias emergentes e às mudanças do cenário militar.

https://zap.aeiou.pt/exercito-britanico-reduz-tropas-humanas-390159

 

Fim do bloqueio à vista - Navio encalhado no Suez começou a flutuar e já se ouvem os motores !

A Autoridade do Canal do Suez revelou que o porta-contentores Ever Given começou a flutuar depois de ter estado totalmente encalhado desde a passada terça-feira, bloqueando o tráfego naval.


Segundo o portal de vigilância marítima Vessel Finder, citado pela TSF, o navio que bloqueou o Canal de Suez já não está encalhado e reiniciou os motores.

“A posição do navio foi reorientada 80% na direção certa“, anunciou a Autoridade do Canal do Suez. “A popa moveu-se para 102 metros da costa”, quando até agora estava a apenas quatro metros. O processo para o navio voltar a flutuar começou “com sucesso”.

Durante a madrugada desta segunda-feira, 12 rebocadores contaram com a ajuda das marés vivas e conseguiram colocar o navio numa posição quase paralela às margens. Assim, a proa do porta-contentores já não está presa numa das margens e está agora mais perto de ficar na posição paralela à margem do canal, permitindo a navegação.

“O Ever Given desencalhou parcialmente no Canal de Suez, faltando confirmação oficial da autoridade do Canal”, escreveu a Leth Agencies, uma das operadoras daquela travessia marítima, durante a madrugada.

Também a Inchcape Shipping, empresa de “logística e serviços marítimos”, confirmou a mesma informação, adiantando que a manobra de sucesso para desencalhar o navio terá ocorrido pelas 4h30 (3h30 em Lisboa).

O Ever Given está a bloquear o Canal de Suez, no Egito, há quase uma semana. O porta-contentores ficou preso na diagonal de uma secção sul do canal na manhã de terça-feira passada, interrompendo o tráfego de navios na rota mais curta que liga a Europa e a Ásia.

Sendo um dos maiores porta-contentores do mundo, o Ever Given tem 400 metros de comprimento, 59 metros de largura e pesa 224 mil toneladas. Ficou encalhado com 20 mil contentores e 220 mil toneladas de mercadorias a bordo, entre as quais chá, móveis, 130 mil ovelhas e petróleo iraniano para a Síria.

Pelo menos 369 navios ficaram parados no Canal do Suez devido ao bloqueio. Os grandes atrasos causados pelo incidente nas entregas de petróleo e outros produtos fizeram com que o preço do petróleo começasse.

Durante o fim de semana, “o leme e as hélices foram libertados”, anunciou a empresa de serviços marítimos Gulf Agency Company (GAC), sediada no Dubai e que opera no canal. Contudo, a proa continuava afundada na margem do canal.

Apesar de, inicialmente se ter adiantado que os ventos fortes, combinados com uma tempestade de areia, foram os fatores principais na explicação do incidente, o chefe da Autoridade do Canal de Suez, almirante Osama Rabie, sublinhou que as condições meteorológicas não serão a única razão. “Outros erros, humanos ou técnicos, poderão ter entrado em jogo”, afirmou.

Porto na Jordânia prepara-se para congestionamento

O porto de Aqaba, na Jordânia, está a preparar um plano de contingência para a chegada dos muitos barcos que poderão passar por aquele porto do Mar Vermelho assim que o canal do Suez reabrir.

Segundo a agência espanhola EFE, a Comissão Marítima da Jordânia informou este domingo que aumentou o nível de alerta em Aqaba para enfrentar o previsível congestionamento de barcos.

A medida foi tomada para “garantir a segurança marítima no caso de o navio que está a bloquear atualmente o canal do Suez volte a flutuar”, afirmou o diretor-geral daquele órgão, Mohammad Salman. “Elaborámos um plano integral em cooperação com os sócios dos setores público e privado para gerir gradualmente os barcos que cheguem depois da abertura do canal do Suez”.

Atualmente há pelo menos 13 embarcações com mercadorias, gado e materiais químicos que têm Aqaba como destino final, mas que estão presas desde terça-feira.

Aqaba é o único porto da Jordânia e é o principal no norte do Mar Vermelho, depois do porto do Suez, no Egito, que fica na entrada do canal agora bloqueado.

https://zap.aeiou.pt/fim-do-bloqueio-a-vista-navio-encalhado-no-suez-390833

 

Anna Ivanovna, a maquiavélica Imperatriz que mergulhou a Rússia na “era das trevas” !

Ficou conhecida como “Ivanna, a Terrível” pelos seus modos e atitudes grotescas. Enquanto Imperatriz, Anna Ivanovna torturou e prendeu todos aqueles que se opuseram às suas ordens ao longo dos 10 anos de poder absoluto.


Mesmo tendo nascido princesa, Anna Ivanovna não teve uma vida digna de um conto de fadas. O seu pai, o czar Ivan V, era emocionalmente ausente. Já a sua mãe era infeliz e severa e, como se não bastasse, Anna, era ridicularizada pela sua aparência, sendo muitas vezes chamada de “presunto de Vestefália”.

No entanto, em 1710, tudo levava a querer que a vida de Anna estava prestes a mudar para melhor. A jovem casou-se com o duque da Letónia, mas a felicidade durou pouco tempo, pois o seu marido morreu logo após o casamento, deixando-a sozinha.

No decorrer de vários acontecimentos improváveis, Anna Ivanovna acabou por se tornar Imperatriz da Rússia. Contudo, subiu ao trono amargurada, solitária e vingativa.

O seu reinado de 10 anos foi classificado como uma “era negra” na história da Rússia.

“Ivanna, a terrível”

Anna Ivanovna nasceu em 1693, filha de Ivan V, que, embora fosse um czar, não tinha nenhum poder efetivo.

Incapacitado e denominado de “Ivan, o Ignorante”, o czar só desempenhava funções cerimoniais pois o poder real estava nas mãos do seu meio-irmão mais novo, Pedro I, mais conhecido como Pedro, o Grande.

Contudo, Anna também tem poucas memórias do seu pai. O czar morreu quando esta tinha apenas três anos, o que consolidou o domínio de poder de Pedro I.

Segundo o Ati, este acontecimento também pode ter apurado a personalidade de Anna, já que enquanto crescia a jovem era considerada má, obstinada e sombria, o que lhe valeu o apelido de “Ivanna, a Terrível”.

Apesar da sua personalidade, o seu tio conseguiu arranjar casamento com Frederick William, o duque de Courland, onde atualmente se localiza a Letónia, em 1710. Anna ficou emocionada e feliz com o enlace. Os noivos tiveram direito a uma festa elaborada e luxuosa.

Contudo, ainda com 17 anos, Anna Ivanovna ficou viúva.

Após a morte repentina do seu marido, Anna Ivanovna, tornou-se governante da Letónia em 1711. Durante 20 anos, a Imperatriz governou o país estrangeiro com desânimo.

Infeliz, Anna escreveu mais de 300 cartas para a família, pedindo que lhe encontrassem um novo marido, mas os seus apelos não foram ouvidos. Embora nunca mais se casasse, acabou por se tornar Imperatriz da Rússia.

A sua ascensão ao trono surgiu através de uma questão de sucessão. O neto de Pedro, o Grande, Pedro II, morreu sem herdeiros, o que fez com que Anna Ivanovna se torna-se numa das candidatas ao trono.

Anna assumiu o poder em 1730, demitiu o conselho, e aqueles que se opuseram à sua liderança foram mortos ou exilados na Sibéria.

Assim, Anna Ivanovna tornou-se a única governante do Império Russo.

Um palácio de gelo para torturar um homem

Ivanna, a Terrível, tornou-se ainda mais amarga e vingativa com o passar dos anos. No poder, focou as suas atenções no príncipe Mikhail Alekseevich Golitsyn.

O nobre pertencia a uma das famílias que tinham influenciado o antigo Conselho Privado Supremo da Rússia – órgão que Anna Ivanovna tinha extinto. O facto do príncipe estar feliz e apaixonado pela sua nova esposa também estava a incomodar a Imperatriz.

Por isso, decidiu punir Golitsyn, mesmo depois da sua esposa morrer, fazendo com que este se tornasse bobo da corte imperial. Em 1739, Anna foi ainda mais longe, casando Golitsyn com uma mulher muito mais velha chamada Avdotya Ivanovna – a noiva foi descrita como tão feia que “até os sacerdotes tinham medo dela”.

Todavia, o passo seguinte veio garantir o legado de Anna Ivanovna como uma governante particularmente fria: a construção de um palácio de gelo.

O palácio, construído com blocos de gelo, tinha 24 metros de comprimento, 6 metros de largura e 9 metros de altura. Possuía uma escadaria elaborada, tinha um quarto com uma cama feita de gelo – incluindo almofadas de gelo – uma casa de banho de gelo e uma estátua esculpida de um elefante.

Anna ordenou que o novo casal desfilasse em frente ao palácio vestidos de palhaços dentro de uma gaiola amarrada às costas de um elefante. Em seguida, estes foram obrigados a passar a noite no quarto de gelo nus.

Anna Ivanovna assegurou-lhes que, desde que fizessem sexo a noite toda, poderiam ter a possibilidade de sobreviver. No entanto, estes acabaram por morrer.

Morte lenta e dolorosa

O reinado de Anna é, para muitos, sinónimo de uma “era das trevas” na história da Rússia. Para a ajudar nas suas práticas cruéis, a Imperatriz teve a ajuda de um amante igualmente maquiavélico e poderoso.

Ernst Johann von Biron era um duque da Letónia e tornou-se grande camareiro da Rússia quando Ivanna, a Terrível, assumiu o trono em 1730.

Até à morte da Imperatriz em 1740, momento em que foi destituído do poder e condenado à morte, Biron causou mais de 1.000 execuções.

Após a construção do palácio de gelo, Anna Ivanovna morreu. Durante o seu reinado, que Ivanna, a Terrível, foi acusada de humilhar pessoas com deficiência, lançar impostos paralisantes sobre a classe baixa e supervisionar uma guerra com a Turquia que fez milhares de mortos.

Ao que se sabe, a Imperatriz teve uma morte lenta e dolorosa devido a uma doença renal. Anna não deixou herdeiros e tentou, sem sucesso, colocar o seu sobrinho-neto, Ivan VII, no poder antes de morrer.

Mas foi Elizabeth Petrovna quem assumiu o seu lugar. Ao contrário de Anna, Elizabeth era popular e amada pelo povo.

https://zap.aeiou.pt/anna-ivanovna-imperatriz-russia-390164

 

A morte da “mulher mais tóxica” da História continua a ser um mistério !

A morte de Gloria Ramirez é um dos casos médicos mais misteriosos das últimas décadas. Em 1994, a paciente com cancro deu entrada no Riverside General Hospital, nos Estados Unidos, e deixou mais de 23 pessoas doentes.


Gloria Ramirez deu entrada no Riverside General Hospital na noite de 19 de fevereiro de 1994 e sofreu uma paragem cardíaca assim que chegou ao estabelecimento de saúde. A mulher tinha cancro do colo do útero.

Depois de uma enfermeira ter recolhido amostras de sangue da paciente, um forte cheiro a amoníaco começou a proliferar na sala e a amostra de sangue adquiriu uma aparência incomum, como se tivesse cristais brancos.

Segundo o IFL Science, vários profissionais de saúde começaram também a sentir-se nauseados e a apresentar alguns sintomas comuns, como desmaios, convulsões, dificuldade respiratória e vómitos.

O portal escreve que o número de pessoas afetadas por estes estranhos sintomas varia de relatório para relatório. Em 1995, no entanto, a revista Discover relatou que um total de 23 dos 37 membros da equipa de emergência tiveram, pelo menos, um sintoma.

Naquela noite, o hospital decidiu evacuar as emergências, atendendo os restantes pacientes no parque de estacionamento. Gloria Ramirez acabou por falecer de insuficiência renal causada pelo cancro do colo do útero.

A “mulher mais tóxica” da História

As primeiras notícias avançadas pela comunicação social davam conta de que os médicos e enfermeiros tinham sido envenenados por gases nocivos emitidos pelo corpo da paciente. A família de Gloria Ramirez defendia, no entanto, que aquela “história elaborada” servia apenas para encobrir eventuais falhas do hospital.

As autópsias do corpo de Ramirez e as investigações no hospital não esclareceram o fenómeno.

Mais tarde, em 1997, um grupo de cientistas voltou a analisar o misterioso caso e chegou a uma explicação improvável, mas possível.

No artigo científico publicado na revista Forensic Science International, os investigadores do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, conhecido pelo desenvolvimento de armas nucleares, detalham uma longa e complicada reação em cadeia que poderia explicar o surto naquela noite.

No fundo, a equipa suspeita de que Gloria Ramirez pode ter usado sulfóxido de dimetilo como um remédio caseiro para a dor. O tratamento pode ter reagido com o oxigénio administrado pelos médicos e formado a dimetil sulfona.

Este produto químico é conhecido por cristalizar à temperatura ambiente, o que poderia explicar os cristais observados na amostra de sangue.

Por sua vez, os choques elétricos da desfibrilação poderiam ter convertido a dimetil sulfona em sulfato de dimetilo, um gás altamente venenoso e corrosivo.

A explicação parece complexa, mas não é de todo impossível. Há, porém, uma forte probabilidade de o mistério permanecer sem solução.

https://zap.aeiou.pt/morte-mulher-toxica-historia-misterio-390112

 

Político indiano promete helicópteros, foguetões e férias na Lua grátis !

Na Índia, Thulam Saravanan promete helicópteros, iPhones, foguetões, 100 dias de férias na Lua e robôs para fazer as tarefas domésticas caso seja eleito.


Decorrem as eleições legislativas em cinco Estados indianos e, num deles, há um candidato a fazer furor devido às suas promessas absurdas e sensacionalistas.

Thulam Saravanan, antigo jornalista de 33 anos, é candidato a Tamil Nadu, no sul do país, e publicou esta semana uma lista de promessas que fará cumprir se for eleito. Helicópteros, iPhones, foguetões, 100 dias de férias na Lua e robôs para fazer as tarefas domésticas são algumas das promessas feitas pelo político indiano.

Se as bandeiras da sua campanha são bizarras, o seu símbolo e lema não ficam atrás. O caixote do lixo é a imagem de marca da campanha. “O símbolo da honestidade é o caixote do lixo”, lê-se na publicação nas redes sociais.

“Eu prometo um helicóptero e um carro por família, uma casa de três andares e uma viagem à Lua. As pessoas perguntam-me se tudo isto é possível. Eu acredito que é possível, mas vai custar-nos um pouco mais”, disse o candidato independente citado pela VICE.

Saravanan disse que fez estas promessas porque queria chamar a atenção para o comportamento dos partidos que atraem eleitores com refeições e entretenimento em eventos de campanha.

“Fiz estas promessas para dizer às pessoas que deveriam escolher políticos honestos, sem serem atraídos por brindes”, disse à VICE o político indiano.

As acusações de Saravanan não são em vão. As campanhas políticas são algumas das mais caras do mundo. Este ano, uma estimativa prevê que os partidos dos cinco Estados gastem até 25 milhões de euros em publicidade.

Brindes como caril, cabras e televisões são comuns durante as eleições no país. Há também casos de candidatos que mentem sobre os gastos de campanha, subornam eleitores com drogas, dinheiro, álcool e até ouro.

“O suborno e a corrupção estão desenfreados em Tamil Nadu e escolhemos o logótipo do caixote do lixo para limpá-los”, disse Saravanan.

Por fim, o candidato confirmou que as promessas que fez são uma piada. “Se eu vencer, responderemos a todas as necessidades básicas das pessoas do meu eleitorado”, garantiu.

https://zap.aeiou.pt/politico-promete-helicopteros-gratis-390458

 

domingo, 28 de março de 2021

Elon Musk apresenta o “argumento mais forte” contra a existência de extraterrestres !

Na terça-feira passada, o empresário norte-americano Elon Musk, CEO da SpaceX, causou polémica nas redes sociais, apresentando o “argumento mais forte” contra a existência de extraterrestres.


De acordo com a Fox Business, Elon Musk publicou dois gráficos, que indicavam que, apesar das melhorias na resolução da câmara, a resolução das imagens de OVNIs permaneceu a mesma. “O argumento mais forte contra alienígenas”, escreveu ele, no Twitter.

“Até onde sei… não há evidência direta [de] vida alienígena [na Terra]”, disse Musk, numa entrevista em fevereiro. “Honestamente, acho que saberia se houvesse alienígenas“, afirmou o CEO da SpaceX, acrescentando que procurar vida extraterrestre é uma “perda de tempo”.

A publicação de Musk surge depois do que parecia ser uma especulação elevada em torno do conhecimento do Governo norte-americano sobre objetos voadores não identificados (OVNIs). No final do mês passado, uma tripulação de voo da American Airlines aparentemente avistou um OVNI.

“Acabámos de ver algo passar por cima de nós”, disse o piloto, numa transmissão de rádio. “Odeio dizer isto, mas parecia um longo objeto cilíndrico que quase parecia um tipo de míssil de cruzeiro. Movia-se muito depressa e passou por cima de nós.”

Em abril de 2020, a Marinha dos Estados Unidos lançou três vídeos que parecem mostrar aeronaves a voar mais depressa do que a velocidade do som. Além disso, em janeiro, a CIA revelou três décadas de documentos sobre incidentes misteriosos relatados ou investigados pela agência.

Segundo John Ratcliffe, ex-diretor da Inteligência Nacional, mais avistamentos inexplicáveis ​​de OVNIs serão desclassificados em junho – incluindo que quebrou a barreira do som sem produzir um estrondo sónico.

O relatório e a desclassificação destes avistamentos são exigidos pela Lei de Autorização de Inteligência de 2021.

https://zap.aeiou.pt/musk-apresenta-o-argumento-mais-forte-contra-a-existencia-de-extraterrestres-390070

 

O hotel mais antigo do mundo é administrado pela mesma família há mais de 1.300 anos !

O hotel Nishiyama Onsen Keiunkan, no Japão, foi fundado em 705 e recebe hóspedes há mais de 1.300 anos. A pousada de águas termais é administrada pela mesma família há 52 gerações.


A pousada de 37 quartos fica no sopé das Montanhas Akaishi, também conhecidas como Alpes do Sul do Japão, a aproximadamente 140 quilómetros do Monte Fuji, de acordo com o Interesting Engineering. Desde que abriu as suas portas, há 1.316 anos, toda a água quente vem diretamente das fontes locais de Hakuho.

Graças à sua proximidade às fontes termais, o hotel, chamado onsen – uma fonte termal ou uma casa de hóspedes construída em torno de fontes termais – possui banhos termais de origem natural em cada quarto de hóspedes, bem como banhos termais públicos para os hóspedes nas principais áreas da pousada.

Há uma série de benefícios para a saúde decorrentes da utilização de fontes termais, o que explica por que as pessoas em todo o mundo procuram regularmente fontes de água mineral quente.

No Japão, até os animais gostam de fontes termais. Os macacos japoneses que vivem no parque de macacos Jigokudani são famosos por tomar banho nas fontes termais próximas.

À medida que a água aquecida no subsolo se infiltra pelas camadas de rocha no seu caminho para a superfície, pode acumular muitos minerais diferentes, que se dissolvem nas águas. De cálcio e magnésio a sódio e sulfato, há muito que se acredita que estas fontes minerais oferecem propriedades curativas.

Desde que Fujiwara Mahito construiu a pousada, esta passou por uma série de reformas ao longo dos anos, com uma grande reforma a ocorrer em 1997. Mesmo assim, a pousada manteve o seu estilo arquitetónico tradicional onsen e apresenta elementos de estilo washitsu com tatames e arte e móveis japoneses clássicos em todos os quartos e instalações.

Este estilo inclui muita madeira. Com altos níveis de humidade, tufões frequentes e muitos terramotos, a madeira era tradicionalmente preferencial quando comparada a outros materiais como a pedra, mesmo para grandes edifícios. É um recurso disponível, oferece mais ventilação, é mais flexível e pode ser mais durável nessas condições.

Combinando esses materiais naturais com o estilo de arquitetura tipicamente minimalista japonesa, a natureza e a sustentabilidade estão interligadas para criar uma atmosfera relaxante.

Os telhados, além de agradáveis ​​à vista, mas também são projetados para proteger as janelas da chuva.

Em 2011, o Guinness World Records reconheceu o hotel como o mais antigo do mundo. O Japão também possui o segundo hotel mais antigo do mundo, o Hōshi Ryokan.

https://zap.aeiou.pt/o-hotel-mais-antigo-do-mundo-e-administrado-pe-390121

 

Grupo neo-nazi dos EUA está a recrutar membros na Austrália e quer avançar com uma guerra racial !

The Base, um grupo terrorista neo-nazi americano, tem planos para estabelecer um patriarcado branco, e tem estado a recrutar membros na Austrália, entre os quais se incluem jovens e ex-políticos.

A divulgação de várias gravações de áudio e arquivos internos revelam entrevistas com vários candidatos australianos que tentaram ingressar na organização de supremacia branca nos últimos anos – incluindo ex-candidatos políticos e membros conhecidos de grupos neonazistas locais.

Um desses grupos é o The Lads Society, também conhecido por ser extremista, foi fundado por vários ex-membros da Frente Patriota Unida (UPF).

A Sociedade dos Nacionalistas da Austrália Ocidental (SWAN) – dirigida pelo ex-voluntário do Partido Liberal David Donis – é outros dos grupos associados ao recrutamento.

Um membro do SWAN foi nomeado líder australiano do The Base e prometeu ao líder e fundador do grupo dos EUA que usaria a organização, com sede em Perth, como um campo de recrutamento.

Estabelecido nos EUA em meados de 2018, The Base é uma coalizão militarizada de extremistas e ativistas unidos por um ímpeto comum: travar uma guerra racial pró-branco e desencadear o colapso de governos democráticos liberais em todo o mundo.

Conta com mais de 50 membros e opera em campos de treino paramilitares e online, através do uso de aplicações criptografadas.

Em 2020, o grupo foi infiltrado pelo FBI depois de as autoridades detetarem atividades suspeitas. De acordo com fontes de aplicação da lei, a organização está cada vez mais globalizada e é ativa nos Estados Unidos, Canadá, África do Sul e Reino Unido.

Os áudios divulgados, obtidos pelo jornalista de investigação dos Estados Unidos, Jason Wilson, e fornecidos à ABC News e à Fairfax, revelam como o The Base procurou e alvejou recrutas australianos que tinham acesso a armas de fogo, licenças de segurança e treino de combate.

Os dados revelam ainda que entre os candidatos australianos estava um estudante de 17 anos, natural de Camberra, sendo que pelo menos três candidatos expressaram apoio aos massacres nas mesquitas da Nova Zelândia.

O processo de verificação de recrutamento australiano envolveu várias trocas de e-mail, inscrições por escrito e manutenção de registos, durante os quais um candidato recebeu um conjunto de perguntas sobre a sua etnia, aptidão física, trajetória ideológica e experiência em combate. Também foram questionados se tinham lido a obra Mein Kampf.

Segundo o VICE, um dos tópicos dominantes nas conversas nos chats online era “o Boogaloo” – que para o grupo significa uma guerra racial caótica na qual o grupo poderia massacrar “degenerados” e minorias.

Durante as discussões abertas sobre uma guerra racial, o grupo falou sobre conduzir ataques ao estilo paramilitar em vários locais ou sobre executar homens negros, traidores raciais ou jornalistas.

Não está claro se algum dos candidatos ouvidos nas gravações é atualmente membro do The Base, mas os arquivos de áudio enfatizam os avisos da Australian Security Intelligence Organisation (ASIO) de que o extremismo ideológico está a aumentar na Austrália.

https://zap.aeiou.pt/grupo-neo-nazi-recrutar-australia-390475

 

Desmantelada em Espanha rede que introduzia grandes quantidades de haxixe em França e Portugal !

A Polícia Nacional e a Agência Tributária espanholas desmantelaram uma organização criminosa internacional que introduzia grandes quantidades de haxixe em França e Portugal, dissimuladas em camiões de grande tonelagem, numa operação conjunta que resultou na detenção de 22 pessoas.

Haxixe, droga

Segundo a agência espanhola de notícias Efe, a organização, fortemente hierárquica e composta por elementos de caráter violento, abastecia-se de droga no Campo de Gibraltar e transportava-a, depois, em camionetas até Córdoba, onde dispunha de toda a infraestrutura necessária para a armazenar e camuflar.

Numa das instalações, localizada na localidade madrilena de Ciempozuelos, os agentes localizaram uma oficina clandestina dedicada ao fabrico de compartimentos ocultos em reboques, informou a Polícia Nacional.

Os detidos dispunham de fortes medidas de segurança – quer nas viagens que efetuavam, quer nos seus contactos – e utilizavam sofisticados sistemas de encriptação das telecomunicações.

A investigação teve início em agosto de 2020 e as primeiras pesquisas confirmaram a existência de uma organização criminosa, com sede em Córdoba, que dispunha de vários armazéns industriais e de uma frota de camiões e reboques para transportar a droga.

Estes veículos serviam também para o transporte e fornecimento de embarcações semirrígidas ou de borracha aos grupos que operam no Estreito de Gibraltar, e que fabricavam em estaleiros em Portugal.

A localização, no passado mês de maio, de um dos camiões no posto fronteiriço de La Junquera, com 285 quilos de haxixe, permitiu identificar o suposto líder da rede, que teria cumprido pena em França e em Itália por crimes semelhantes.

A colaboração com a polícia francesa permitiu intercetar nos arredores de Lyon (França) outro camião procedente de Córdoba com 2.400 quilos de haxixe e deter duas pessoas de nacionalidade espanhola, assim como apreender 1.800.000 euros a narcotraficantes franceses.

Numa outra intervenção foi localizado outro camião que viajava de Tarifa (Cádis) para Córdoba e que foi intercetado na AP-7, perto de Marbella, com 750 quilos de haxixe, tendo o seu motorista sido detido.

Posteriormente foram localizadas e desmanteladas as instalações de onde provinha a droga, em Tarifa, e recuperado um veículo todo-o-terreno que tinha sido roubado em Madrid e que servia para transportar o haxixe desde a costa argelina.

O carro tinha sido manipulado para poder expelir para o exterior pó do extintor, de forma a permitir escapar a uma possível perseguição policial.

Em resultado do cerco policial, a organização criminosa começou a deslocar-se para Madrid, onde dispunha de novas instalações industriais.

Numa delas, localizada num parque industrial do município madrileno de Coslada, foi intercetado um outro camião com 1.300 quilos de droga e detido o respetivo motorista, que acabou por verificar-se ser um dos responsáveis da organização.

Em buscas posteriores a residências e instalações industriais foram encontrados mais 4.450 quilos de haxixe, 33.735 euros, 10 veículos, nove motociclos, diversas peças de joalharia e 10 telemóveis.

https://zap.aeiou.pt/desmantelada-haxixe-franca-portugal-390687

 

Reino Unido planeia terceira dose de vacina para combater novas variantes !

O Reino Unido está a trabalhar para oferecer uma terceira dose da vacina contra a covid-19, que reforça a imunidade contra as novas variantes do coronavírus, adiantou o secretário da Estado para a vacinação, citado pela EFE.


Segundo a agência EFE, o Reino Unido está a trabalhar num plano para que possa começar a oferecer a dose de reforço em setembro, caso as novas variantes do SARS-CoV-2 se tenham espalhado.

Em entrevista publicada este sábado no jornal The Telegraph, o secretário da Estado para a vacinação, Nadhim Zahawi, explicou que os maiores de 70 anos e os profissionais de saúde que estão na linha da frente terão prioridade para essa inoculação adicional.

“A data mais provável é setembro”, disse Zahawi, responsável por supervisionar um programa de vacinação que já administrou, pelo menos, uma primeira dose da vacina a mais de 29 milhões de pessoas.

No Reino Unido têm sido usadas até agora as vacinas da AstraZeneca e da Pfizer, mas o secretário de Estado diz que espera ter até oito produtos aprovados para o outono.

O Governo britânico tem mantido contactos com essas duas farmacêuticas, além da Moderna, cuja vacina deve estar disponível no próximo mês, sobre a distribuição de uma terceira dose de reforço.

“Independentemente do comportamento do vírus, estaremos preparados“, assegurou Zahawi.

Inglaterra começará na segunda-feira uma lenta desaceleração das restrições que o Governo decretou no início de janeiro para conter uma onda de infeções, cujo pico máximo provocou mais de 1.800 mortes diárias.

Nos últimos sete dias, a média de mortes por coronavírus foi de 70 e o número de doentes internados caiu para menos de cinco mil, longe dos quase 40 mil que se registaram em janeiro.

A partir desta semana, serão permitidas reuniões sociais ao ar livre até seis pessoas, pertencentes a duas casas, e as instalações desportivas ao ar livre serão reabertas.

No entanto, o comércio não essencial permanecerá encerrado, abrindo no dia 12 de abril, data em que bares e restaurantes poderão servir em esplanadas.

As viagens nacionais ou internacionais por motivos de lazer continuam proibidas.

O Governo adiantou que permitirá que as lojas abram até às dez da noite, altura em que poderão retomar as suas atividades, três horas a mais do que a hora de fecho antes da pandemia.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.756.395 mortos no mundo, resultantes de mais de 125,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-terceira-dose-variantes-390666

 

Pelo menos 20 mortos em protestos em várias cidades de Myanmar !

Pelo menos 20 pessoas, incluindo uma criança com 13 anos, morreram hoje devido à repressão das forças armadas birmanesas, a novos protestos em várias cidades de Myanmar (antiga Birmânia) contra a junta militar resultante do golpe de Estado.


As 20 mortes registaram-se, nomeadamente, em Rangum, a maior cidade do país, Lashio, Mandalay, Meikhtila, Kyaukpadaung e Kyeikhto, e também há “muitos” feridos graves, segundo a imprensa local e testemunhas, citadas pela agência de notícias Efe, mas ativistas e jornalistas, nas redes sociais, aumentam o número de mortes para 40.

Ativistas pró-democracia tinham apelado a novas manifestações contra o golpe de Estado de 1 de fevereiro no “Dia das Forças Armadas”, celebrado esta sexta-feira com uma exibição do arsenal militar, num desfile em Naypyidaw perante o chefe do exército e chefe da junta no poder, general Min Aung Hlaing.

A Efe relatou que a polícia e os soldados, “mais uma vez reprimiram brutalmente os protestos, disparando contra os manifestantes e também contra outros civis, nas ruas e dentro de suas casas”, mas que a maioria dos manifestantes é pacífica e só alguns enfrentam os militares atirando ‘coktails’ molotov ou foguetes pirotécnicos artesanais.

Segundo uma jornalista local, Mai Kaung Saing, citada pela agência de notícias France-Presse, este sábado, antes de amanhecer registaram-se repressões a manifestantes em Rangum, capital económica do país, enquanto num comício de estudantes em Lashio, no estado nordeste de Shan, a polícia e soldados abriram fogo sobre a multidão.

“As pessoas não tinham começado a protestar, não tinham sido proferidos ‘slogans’. O exército e a polícia chegaram e dispararam com munições reais sem qualquer aviso”, contou a jornalista.

Ao início da manhã, milhares de soldados, tanques, mísseis e helicópteros desfilaram perante generais e convidados, incluindo delegações russas e chinesas, numa cerimónia anual de celebração do início da resistência do exército birmanês à ocupação japonesa durante a Segunda Guerra Mundial.

Os militares tomaram o poder em 1 de fevereiro com o pretexto de uma suposta fraude eleitoral nas eleições de novembro, que afastou do poder a vencedora do Prémio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, agora acusada de corrupção.

A Associação Birmanesa de Assistência a Presos Políticos (AAPP), no mais recente relatório, contabiliza pelo menos 328 mortos devido à violência policial e militar, número que não inclui as mortes de hoje.

Desde o golpe, a junta militar deteve mais de 3.000 pessoas, incluindo Suu Kyi e grande parte do seu Governo, a maioria das quais mantidas incomunicáveis.

https://zap.aeiou.pt/pelo-menos-20-mortos-myanmar-390633

 

sábado, 27 de março de 2021

Ikea responde em tribunal por “espionagem” de funcionários em França !

Os primeiros interrogatórios no julgamento da filial da Ikea em França, acusada de instalação de um sistema de vigilância ilegal dos seus assalariados, começaram esta semana em Versalhes.


Neste caso, dito de espionagem, a filial da cadeia sueca de imobiliário incorre em uma multa de 3,75 milhões de euros.

Entre os acusados estão também 15 pessoas físicas, entre as quais diretores de lojas, agentes da polícia e antigos dirigentes, como o antigo presidente-executivo Stefan Vanoverbeke e o seu antecessor Jean-Louis Baillot, presentes no primeiro dia do julgamento.

Revelado pelo semanário Le Canard Enchaîné e o sítio noticioso Mediapart, em 2012, o processo foi instruído depois da queixa de um sindicato, o que abalou a Ikea France, que então despediu quatro dos seus dirigentes.

A investigação revelou, nas palavras da procuradoria de Versalhes, um “sistema de espionagem” de empregados, candidatos a emprego e até de clientes, extensível ao conjunto do país.

Com recurso a polícias e detetives privados, terão sido recolhidas informações confidenciais de centenas de pessoas e analisado em detalhe o estilo de vida e eventuais antecedentes criminais.

Alegadamente, a IKEA pagou mais de 600 mil euros para manter este esquema, que terá durado pelo menos três anos (o tribunal está a investigar as praticas da empresa entre 2009 e 2012, mas a acusação afirma que a vigilância começou uma década antes).

A empresa é acusada de ter espiado várias centenas de pessoas, sindicalistas incluídos, e apurado, de forma minuciosa, os seus antecedentes judiciais ou estilos de vida.

Por seu lado, a defesa fala de uma “fábula fabricada pelos sindicatos” e vai apelar a uma anulação do caso, revelou à AFP Olivier Baratelli, advogado da ex-diretora de recursos humanos Claire Héry.

https://zap.aeiou.pt/ikea-responde-tribunal-390202

Nüwa - Arquitetos projetam uma cidade sustentável dentro de uma montanha de Marte !

A empresa de arquitetura ABIBOO acaba de lançar planos para uma – e talvez a primeira – cidade humana em Marte. Nüwa, como é chamada, teria 250 mil habitantes e seria construída ao lado de um gigantesco penhasco marciano.

Segundo o design, a cidade vertical terá casas, escritórios e espaços verdes e seria construída na encosta de um penhasco, localizado em Tempe Mensa, para proteger os habitantes da pressão atmosférica e radiação.

Nüwa terá uma população de 250 mil habitantes. Segundo um comunicado da empresa, seu nome tem as suas raízes na deusa mitológica chinesa que é a protetora dos Humanos, que derreteu cinco pedras para dar pilares sociais robustos.

Além de Nüwa, haveria outras quatro cidades para melhorar a resiliência, o acesso fácil a longo prazo aos recursos e para adicionar opções de mobilidade aos cidadãos de Marte. Por exemplo, a cidade de Abalos estaria localizada no Pólo Norte para alavancar o acesso ao gelo e a cidade de Marineris no desfiladeiro mais extenso do Sistema Solar.

As principais atividades seriam realizadas no interior da falésia, nos denominados “Macroedifícios”, escavações no interior da rocha da falésia. Essas construções, implantadas após a escavação dos túneis, seriam modulares e incluiriam atividades residenciais e de trabalho, interligadas por uma rede tridimensional de túneis.

O cultivo agrícola seria a principal fonte de produção de alimentos, fornecendo 50% da dieta humana, ao mesmo tempo em que transformaria dióxido de carbono em oxigénio e participaria no sistema de processamento de água.

As microalgas seriam o principal componente da dieta humana. Animais como porcos, galinhas ou peixes também seriam incluídos, mas representariam apenas uma pequena parte da alimentação.

“Tivemos de fazer muitas análises baseadas na computação e trabalhar com os cientistas para tentar entender quais são as circunstâncias que enfrentaremos”, disse Alfredo Muñoz, fundador do estúdio de arquitetura ABIBOO, em declarações à Euronews. “Temos de enfrentar desafios que são muito específico para as condições de Marte, um deles é a gravidade, que é apenas um terço da gravidade da Terra”.

Por outro lado, o dióxido de carbono e água podem ser obtidos na superfície. “A água é uma das grandes vantagens que Marte oferece, pois ajuda a conseguir os materiais adequados para a construção. Basicamente, com a água e o dióxido de carbono, podemos gerar carbono e, com o carbono, podemos gerar aço,” disse.

A empresa de arquitetura planeia usar exclusivamente materiais marcianos para a construção da cidade.

De acordo com a análise da empresa, a construção pode começar em 2054 e pode ficar concluída até 2100 – ou seja, quando a primeira comunidade humana puder começar a morar lá.

“Achamos que é exequível do ponto de vista técnico. [O que demora tempo] é mais sobre como garantir que haja vontade e associações suficientes na comunidade internacional. Isto tem de ser algo que venha de um setor privado, setor público, locais diferentes, culturas diferentes, a fim de garantir que haja diversidade”, rematou.

O projeto da cidade de Marte é parte de um trabalho científico organizado pela The Mars Society e desenvolvido pela rede SONet, uma equipa internacional de cientistas e académicos. O ABIBOO criou os projetos com base nos estudos científicos mais recentes.

https://zap.aeiou.pt/nuwa-arquitetos-projetam-uma-cidade-sustentavel-dentro-de-389528

 

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