terça-feira, 6 de abril de 2021

“Um asiático a menos para aturar." - Família recebe carta de ódio escrita à mão após morte do pai !

Byong Choi, de 83 anos, morreu vítima de uma rara infeção na medula óssea a 24 de fevereiro. No dia do funeral, a família recebeu uma carta de ódio, escrita à mão, onde se lia: “É um asiático a menos que temos que aturar”.


Segundo o Independent, a polícia de Seal Beach, na Califórnia, já está a investigar a carta de ódio recebida pela família Choi.

“Agora que Byong morreu, é um asiático a menos que temos que aturar no Leisure World… Malditos asiáticos que estão a dominar a nossa comunidade americana! Não é uma situação aceitável para quem vive aqui – afirmação verdadeira!!”, lia-se na carta. “Cuidado! Faça as malas e volte para o seu país de origem.”

Claudia Choi, filha da vítima, acredita que a missiva foi enviada por um morador da comunidade de reformados da qual os seus pais faziam parte, a Leisure World. No entanto, até Byong ter falecido, o casal nunca teve problemas com racismo.

Os asiáticos representam cerca de 11% da população de Seal Beach City. De acordo com a filha de Choi, a mudança nas atitudes das pessoas em relação aos ásio-americanos ocorreu, principalmente, durante a pandemia de covid-19, graças à disseminação de frases como “vírus da China” e “Kung Flu”.

Claudia Choi culpa também o ex-Presidente Donald Trump. Citada pelo Independent, salientou que os pais tinham também vizinhos pró-Trump no Leisure World.

Os investigadores estão a examinar as evidências de ADN na carta, impressões digitais e caligrafia para prender a pessoa envolvida neste crime de ódio. Os detetives também vão analisar os vídeos das câmaras de vigilância e questionar os membros da comunidade.

https://zap.aeiou.pt/carta-de-odio-morte-do-pai-392478

 

Mulher engravida depois de já estar grávida ! Gémeos foram concebidos com três semanas de intervalo !

Uma mulher engravidou enquanto já estava grávida, dando à luz gémeos raros concebidos com três semanas de diferença. O caso ocorreu em Inglaterra e os bebés nasceram em setembro de 2020.

Tal como a ciência indica, quando uma mulher fica grávida, o seu corpo inicia vários processos biológicos que visam prevenir uma gravidez simultânea, incluindo a libertação de hormonas para interromper a ovulação.

Contudo, em casos raros, uma mulher grávida pode continuar a ovular ou libertar um óvulo, e esse óvulo pode então ser fertilizado pelo esperma e implantado no útero. Esse fenómeno raro é conhecido como “superfetação”.

Neste novo caso, os gémeos foram concebidos com três semanas de intervalo, de acordo com o Good Morning America, um programa americano.

A mãe, Rebecca Roberts, tinha 39 anos quando engravidou pela primeira vez no ano passado após tentar engravidar durante vários anos e tomar medicamentos para fertilidade.

Na 12ª semana de gestação, os médicos descobriram um segundo bebé que tinha uma diferença de tamanho de três semanas em relação ao primeiro. Como a superfetação é tão rara que inicialmente os médicos não conseguiram explicar a diferença de tamanho entre os dois bebés.

Após uma análise mais detalhada, os médicos diagnosticaram Roberts com superfetação e explicaram-lhe que o segundo bebé poderia não sobreviver.

Devido a um problema de crescimento do bebé mais novo, e às 33 semanas de gravidez, os médicos induziram o parto, que ocorrem em setembro do ano passado.

A história acabou por ter um final feliz, ao contrário das previsões dos médicos.

O gémeo mais velho, Noah, ficou numa internado unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) durante três semanas, e Rosalie, a bebé mais nova, ficou por 95 dias. No entanto, ambas as crianças estão agora em casa e são saudáveis.

“Os gémeos têm um vínculo incrível, mas a história deles, e quando eles tiverem idade suficiente para descobrir, vai fazê-los sentir ainda mais especiais”, referiu Roberts.

Segundo o Live Science, não está claro quantos casos de superfetação ocorrem por ano, mas muitos podem passar despercebidos devido à proximidade da idade dos os fetos.

Os casos mais conhecidos de superfetação envolvem pacientes que usaram técnicas de reprodução assistida, tal como fertilização in vitro, de acordo com a Healthline.

Ainda assim, o fenómeno é considerado extremamente raro.

https://zap.aeiou.pt/mulher-engravida-ja-gravida-392564

 

Amazon reconhece que há trabalhadores que têm de urinar em garrafas durante os turnos !

A Amazon pediu desculpas ao congressista democrata Mark Pocan por ter publicado um tweet, na semana passada, a negar que há funcionários a urinar em garrafas de água durante os turnos.


A Amazon admitiu que há trabalhadores que têm de urinar em garrafas de água, durante os turnos, uma acusação de um congressista norte-americano que a empresa de comércio online começou por negar.

“Sabemos que os nossos condutores podem ter tido problemas para encontrar casas de banho por causa do trânsito ou por estarem em estradas rurais, e, particularmente por causa da covid-19, muitas casas de banho públicas foram encerradas”, declarou a empresa, num comunicado divulgado na sexta-feira.

A polémica começou na semana passada por causa de um congressista democrata, Mark Pocan, que disse numa mensagem publicada no Twitter que “o facto de pagar 15 dólares por hora”, não faz da Amazon um “lugar progressista para trabalhar”.

“Não, quando obrigam os vossos empregados a urinar em garrafas de plástico“, rematou.

A empresa respondeu diretamente na sua conta oficial, afirmando que este não devia acreditar nessa história do “xixi nas garrafas”. “Se fosse verdade, ninguém trabalharia para nós”, argumentou a Amazon.

No entanto, surgiram em vários meios de comunicação testemunhos de empregados da empresa que confirmaram essa prática, e o The Intercept afirmou ter obtido documentos internos que atestam que era conhecida dos responsáveis da Amazon.

Nos relatos dos trabalhadores, referia-se que o ritmo de trabalho imposto na empresa era o principal fator para a falta de tempo para ir à casa de banho.

Devemos um pedido de desculpa ao congressista Pocan“, declarou a empresa em comunicado, reconhecendo que a sua resposta no Twitter foi “incorreta, não teve em consideração os motoristas e focou-se no que se passa nos centros de distribuição”, onde os trabalhadores podem “sair do seu posto em qualquer altura” para ir às “dezenas de casas de banho” que têm à disposição.

O problema que afeta os motoristas da Amazon já é antigo e “generalizado a toda a indústria”, afirmou a empresa, reconhecendo não saber como o resolver mas comprometendo-se a “procurar soluções”.

Mark Pocan reagiu afirmando que o problema não é consigo, mas com os trabalhadores a que a Amazon não confere “respeito e dignidade“. “Comecem por reconhecer as condições de trabalho inapropriadas que criaram para todos os vossos trabalhadores”, apelou.

De acordo com o Ars Technica, a Amazon, uma empresa com mais de 1,1 milhão de trabalhadores, tem estado na defensiva nas últimas semanas, depois de os funcionários de Bessemer terem votado pela criação de um sindicato.

A votação foi encerrada no início desta semana, mas o National Labor Relations Board ainda não anunciou os resultados.

https://zap.aeiou.pt/amazon-trabalhadores-urinar-garrafas-392441

 

Na Birmânia, pintaram-se mensagens pró-democracia em ovos da Páscoa e protestou-se mais uma vez !

Na Birmânia, vários manifestantes pintaram mensagens pró-democracia em ovos da Páscoa, que exibiram este domingo num protesto contra o golpe militar do dia 1 de fevereiro.


Manifestantes em Myanmar usaram, este domingo, ovos pintados como tema comum a vários protestos pelo país contra o golpe de estado militar. De acordo com o Público, os ovos incluíam mensagens como “revolução da Primavera“, “temos de vencer” e “rua MAH“, em referência ao chefe da Junta Militar, Min Aung Hlaing, que liderou o golpe.

Os ovos foram um símbolo de união nacional nos protestos que ocorreram em várias cidades da Birmânia e que atraíram milhares de pessoas este domingo.

Na maior cidade do país, Rangum, um grupo desfilou pelo distrito de Insein cantando temas de protesto e em Mandalay, a segunda maior cidade, manifestantes em motos gritaram slogans contra o golpe de 1 de fevereiro.

Os militares de Myanmar reprimiram violentamente os protestos de reação ao golpe, matando pelo menos 557 civis, de acordo com a organização independente Associação de Assistência aos Presos Políticos, que conta já 2.750 pessoas detidas ou condenadas por se manifestarem.

Este domingo, as forças de segurança dispararam sobre manifestantes em Pyinmana, no centro do país, matando pelo menos uma pessoa, segundo a agência Khit Thit Media.

Na sua homilia pascal, o Papa Francisco rezou “pelos jovens de Myanmar que apoiam a democracia e fazem ouvir as suas vozes pacificamente, sabendo que só o amor é capaz de expulsar o ódio”.

A chamada “Greve dos ovos de Páscoa” segue-se a outros protestos temáticos, em que se incluíram a “Greve das Flores”, quando os manifestantes colocaram flores nos locais em que civis foram assassinados pelas forças de segurança, e a “Greve Silenciosa”, quando se recolheram em casa, deixando as ruas desertas.

As forças de segurança continuam a reprimir os cidadãos: na noite de sábado, um habitante de Rangum divulgou um vídeo em que um grupo de soldados e agentes da polícia são vistos a partir janelas atirando pedras e são recorrentes os relatos de rusgas noturnas, destruição de propriedade, disparos e prisões aleatórias.

60 celebridades acusadas de incitamento à violência

Pelo menos 60 celebridades foram acusadas pelas autoridades birmanesas do crime de incitamento à violência por apoiarem publicamente os protestos contra o golpe de estado militar em Myanmar.

A emissora pública MRTV, agora controlada pelos militares, publicou no domingo à noite mandados de captura para 20 artistas, incluindo atores e cantores, acusados de publicar mensagens de apoio ao movimento de desobediência civil, juntando-se a 40 celebridades acusadas nos dias anteriores.

Os militares acusaram as celebridades de tentarem desestabilizar o país através de mensagens em redes sociais a instar os funcionários públicos a não irem trabalhar e de publicarem propaganda a favor do grupo de parlamentares eleitos que se autodenominam “Governo legítimo”, mas classificado de “ilegal” pela junta militar.

https://zap.aeiou.pt/birmania-ovos-pascoa-protestou-se-392407

 

“O inimigo foi derrubado” - Forças governamentais dizem já controlar “completamente” Palma !

As Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas assumiram “completamente” o controlo da vila de Palma, disse, este domingo, o porta-voz do Teatro Operacional Norte.


Palma “está completamente [tomada pelas Forças de Defesa e Segurança]. Hoje mesmo concluímos a clarificação da única área que ainda faltava clarificar [limpeza], fizemos isto esta manhã e está totalmente segura“, afirmou Chongo Vidigal, falando a partir da vila.

A “área sensível” entretanto libertada é o aeródromo da vila e a segurança já foi restaurada, acrescentou o porta-voz do Teatro Operacional Norte. O próximo passo, prosseguiu, será a criação de condições para um regresso seguro da população, obrigada a fugir na sequência dos ataques de 24 de março.

“É uma fase crítica, porque precisa de muita acutilância, muita atenção e muita ponderação por parte das Forças de Defesa e Segurança, no sentido de ir recebendo esta população, mas também fazendo a profilaxia [a prevenção da infiltração de grupos armados], para que não voltem a causar problemas”, acrescentou o brigadeiro.

O governador da província de Cabo Delgado, onde se situa Palma, Valige Tauabo, assegurou aos jornalistas que “o inimigo foi derrubado”, devendo ser garantido o regresso seguro dos deslocados.

“A nossa presença é por sabermos que as Forças de Defesa e Segurança se entregaram à causa da pátria. O trabalho que foi feito fez com que o inimigo fosse derrubado“, declarou aos jornalistas, em Palma.

Entretanto, o canal televisivo Sky News recebeu imagens inéditas que mostram a dimensão do ataque, nas quais se pode ver, por exemplo, pessoas ao lado de mensagens, como “Help” e “SOS”, feitas com lençóis e pedras.

À estação britânica, um analista de segurança, que não quis ser identificado, afirmou que “o exército de Moçambique foi apanhado completamente desprevenido” e que os militantes “foram atacados por dentro”.

“Eles não sabiam para que lado se virar, alguns simplesmente abandonaram as suas posições e correram”, disse ainda.

O ataque provocou dezenas de mortos, entre eles o empresário britânico Philip Mawer. Segundo a Sky News, teme-se que este tenha sido apenas o primeiro de uma invasão maior que se está a espalhar pelo norte do país.

A violência desencadeada há mais de três anos na província de Cabo Delgado ganhou uma nova escalada há uma semana, quando grupos armados atacaram pela primeira vez a vila de Palma, que está a cerca de seis quilómetros dos multimilionários projetos de gás natural.

Os ataques obrigaram à fuga de milhares de residentes de Palma, agravando uma crise humanitária que atinge cerca de 700 mil pessoas na província, desde o início do conflito, de acordo com dados das Nações Unidas.

https://zap.aeiou.pt/forcas-governamentais-controlar-palma-392389

 

AstraZeneca afastada de laboratório que estragou 15 milhões de doses da vacina da Johnson & Johnson !

A Johnson & Johnson vai supervisionar a fábrica da Emergent BioSolutions, onde cerca de 15 milhões de doses da vacina da farmacêutica norte-americana foram danificadas durante a produção.


Segundo o jornal The New York Times, trata-se de uma “medida extraordinária” do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS), depois de ter sido divulgado que na instalação situada em Baltimore (Maryland) foram misturados ingredientes das vacinas da Johnson & Johnson e da farmacêutica AstraZeneca.

A decisão prevê igualmente que o laboratório já não produzirá a vacina da AstraZeneca, que ainda não obteve autorização da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) para ser distribuída nos Estados Unidos.

Em comunicado, a Johnson & Johnson indicou no sábado que está a assumir “toda a responsabilidade quanto ao fabrico da substância farmacológica para a sua vacina covid-19 nas instalações da Emergent BioSolutions”.

“A companhia está a juntar quadros dedicados às operações e à qualidade, e a aumentar significativamente o número de funcionários e técnicos de operações de fabrico e qualidade, para trabalhar com os especialistas da empresa que já estão na Emergent”, afirma o comunicado, sem mais detalhes.

A farmacêutica, com sede em New Brunswick (New Jersey), sublinhou que as doses da sua vacina distribuídas até agora “cumpriram com os rigorosos padrões de qualidade da empresa e os regulamentos” e antecipou que, no final de maio, entregará “cerca de 100 milhões de doses individuais” ao Governo dos Estados Unidos.

“A empresa continua a trabalhar em estreita colaboração com a Food and Drug Administration para garantir a autorização de uso de emergência das instalações da Emergent”, acrescentou.

Na quarta-feira, a empresa anunciou ter identificado um lote que “não cumpria com os padrões de qualidade na Emergent Biosolutions” e assegurou que o processo de fabrico dessas vacinas não tinha chegado a ser finalizado.

Segundo o comunicado, a fábrica ainda não está autorizada a fabricar o fármaco para a sua vacina.

O New York Times noticiou que a FDA ainda não entregou para distribuição nenhuma das doses da Johnson & Johnson fabricadas pela Emergent e adiantou que serão necessárias semanas até que receba autorização para distribuir as que já tenha produzido.

A fábrica da Emergent recebeu 628 milhões de dólares, em junho de 2020, como parte da iniciativa liderada pela então administração de Donald Trump para desenvolver vacinas contra o coronavírus, acrescenta o diário nova-iorquino. Esta unidade foi contratada pela Johnson e Johnson e pela AstraZeneca, acrescentou.

Segundo os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), 104,2 milhões de pessoas (cerca de 31,4% da população norte-americana) já receberam pelo menos uma dose da vacina, estando 59,8 milhões (18%) totalmente inoculadas.

https://zap.aeiou.pt/laboratorio-estragou-15-milhoes-doses-392381

 

segunda-feira, 5 de abril de 2021

O que fazer quando a extrema-direita se torna parte do sistema ? Na Suíça, a pandemia forçou uma abordagem incomum !

Os líderes e partidos de extrema-direita responderam de maneiras diferentes à pandemia de covid-19, dependendo se estavam ou não no poder. O Partido do Povo Suíço (SVP), que ocupa ambas as posições, optou por um abordagem sinuosa e um tanto confusa.


O primeiro caso de covid-19 na Suíça foi identificado no dia 25 de fevereiro do ano passado e não demorou muito até o país registar taxas alarmantes da doença.

Cinco dias depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado a covid-19 uma pandemia mundial, a Suíça declarou uma “situação extraordinária” sob a Lei de Epidemias, que permitiu ao Governo implantar as medidas necessárias para conter a propagação do vírus sem ser necessária a aprovação do Parlamento.

A Suíça tem um sistema político federal descentralizado. Uma grande coligação dos quatro maiores partidos forma o Governo, o que implica resolver conflitos políticos através de negociações e compromissos.

Neste contexto, a invocação de poder exclusivo do Governo federal foi controversa.

Adrian Favero, investigador do Departamento de Política e Estudos Internacionais da Universidade de Birmingham, assina um artigo no The Conversation no qual explica que a Suíça se tornou um caso de estudo para entender como uma crise de saúde global afeta a estabilidade de instituições democráticas bem estabelecidas e muda os debates políticos.

O caso do partido de extrema-direta SVP

O maior dos quatro principais partidos suíços no Governo, o Partido do Povo Suíço (SVP), é um dos partidos de extrema-direita mais fortes e bem-sucedidos da Europa.

Apesar de deter dois dos sete assentos no Governo federal da Confederação Suíça, o SVP continua a promover-se como oposição, um ato que se tornou desafiador durante a pandemia.

No início, os quatro partidos mantiveram-se unidos na implementação das restrições, mas a paz não durou muito tempo.

O SVP lamentou o impacto negativo que as medidas restritivas estavam a ter sobre a economia suíça e exigiu controlos mais rígidos nas fronteiras para evitar a propagação do vírus. Ao mesmo tempo, criticou a forma como o Governo lidava com a crise, visando o ministro federal da Saúde (do Partido Social-Democrata).

No final de outubro do ano passado, na mesma altura em que a Suíça confinou pela segunda vez, o ceticismo começou a proliferar na sociedade. Os cidadãos queriam mais controlo central sobre as decisões e, em resposta, o SVP intensificou as críticas e acusou o Governo federal de “introduzir uma ditadura“.

Esta acusação vinda do SVP é muito surpreendente, já que o partido tem dois representantes no Governo e a maioria das cadeiras no Parlamento.

O que esperava alcançar com esta estratégia continua a ser um mistério.

O investigador considera que é difícil concluir se esta abordagem beneficiou ou não o partido. Por um lado, permitiu ao SVP reforçar o seu perfil populista, ter visibilidade nos meios de comunicação e agir como defensor do interesse público e da economia nacional. Mas, por outro, a campanha contra o Governo fez o partido parecer um parceiro ineficaz.

https://zap.aeiou.pt/o-que-fazer-quando-a-extrema-direita-se-torna-parte-do-sistema-na-suica-a-pandemia-forcou-uma-abordagem-incomum-391162

 

Cheias “violentíssimas” em Díli fazem 11 vítimas mortais !

As cheias que atingiram hoje grande parte da cidade de Díli provocaram pelo menos 11 mortos, segundo um balanço atualizado, mas ainda provisório da Proteção Civil, estando as autoridades a planear a resposta de emergência.


Responsáveis do Governo e das várias estruturas de emergência estiveram reunidos de urgência no Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC) para analisar os danos causados pelas cheias, que arrastaram casas, destruíram estradas e várias outras estruturas.

Entre as prioridades definidas nessa reunião alargada liderada pelo CIGC está o apoio à evacuação das zonas mais afetadas e ao realojamento de centenas de famílias afetadas pelas inundações em vários pontos da cidade.

Participantes no encontro explicaram à Lusa que as prioridades passam igualmente pelo apoio humanitário de emergência a todas as vítimas e pelas operações de limpeza e recuperação de infraestruturas danificadas.

A reunião contou com a presença da equipa de liderança do CIGC, de vários membros do Governo, de vários diretores e ainda de elementos da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), da Proteção Civil e dos Bombeiros, entre outros.

O encontro deliberou que a resposta às inundações deve ter em conta os esforços continuados de combate à covid-19, procurando separar ao máximo as famílias.

As medidas estão a ser tomadas tendo em conta o facto de Timor-Leste estar a viver o pior momento da pandemia e, em particular, o facto de as inundações terem afetado várias estruturas usadas no combate à doença.

Entre os locais mais afetados contam-se o Centro de Isolamento de Vera Cruz, onde estão três doentes considerados moderados e um doente considerado grave, e que tiveram que ser realojados no Hospital de Lahane, devido às inundações.

Registaram-se ainda inundações no Laboratório Nacional e no centro de isolamento de Tasi Tolu, bem como no Serviço Autónomo de Medicamentos e Equipamentos de Saúde (SAMES), a farmácia central timorense.

No caso das pessoas infetadas que estão em Tasi Tolu, as autoridades estão a tentar identificar outros locais onde possam ser alojadas.

Funcionários da empresa ETO apoiaram os funcionários do SAMES e conseguiram retirar do local vários medicamentos e ainda algumas arcas com vacinas de vários tipos, ainda que muitos fármacos tenham ficado destruídos.

Paralelamente, as autoridades timorenses estão já a delinear as intervenções urgentes em termos de obras públicas, nomeadamente “reconstrução das vias rodoviárias mais afetadas e essenciais, limpeza das ribeiras.

“Vão ser ainda feitos preparativos para mais inundações porque a chuva pode durar mais alguns dias”, disse à Lusa um dos participantes no encontro.

A coordenação das intervenções imediatas vai ser coordenada com o secretário de Estado da Proteção Civil, com a Proteção Civil a recolher os dados das necessidades e das vítimas e policiais e militares a apoiar no realojamento das famílias.

“Foram também tomadas medidas de imediato para que já amanhã haja máquinas a limpar e a reconstruir e a ajuda a ser distribuída em larga escala”, referiu a fonte.

Portugal lamenta situação e oferece solidariedade e ajuda

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, ofereceu hoje a solidariedade e o apoio de Portugal a Timor-Leste.

Em declarações à agência Lusa, Augusto Santos Silva referiu que falou hoje com o embaixador de Portugal em Díli e com a ministra dos Negócios Estrangeiros timorense, os quais lhe transmitiram que “as inundações são violentíssimas”.

“Ambos disseram que nunca nas respetivas vidas tinham visto chover com esta intensidade e violência”, adiantou.

Augusto Santos Silva lamentou “profundamente” as mortes registadas na população de Timor-Leste, a quem exprimiu a solidariedade de Portugal.

“Há registo de muitos danos materiais, não há registo de nenhum dano pessoal entre a comunidade portuguesa. De qualquer forma, ainda é preciso apurar os danos materiais”, disse.

Os danos materiais são “muito evidentes e visíveis em Timor-Leste”, disse o ministro, acrescentando: “Ofereci a solidariedade portuguesa e o apoio português às autoridades de Timor-Leste durante a minha conversa com a ministra dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste e trabalharemos para esse fim nos próximos dias”.

A ajuda de Portugal deverá passar pelo programa de cooperação que Portugal tem com Timor-Leste.

“Já pedi aos serviços para estarem alerta, porque certamente nos próximos dias haverá pedidos de apoio, alguns de emergência, outros de reconstrução. Vamos esperar agora”, disse.

https://zap.aeiou.pt/cheias-dili-11-vitimas-mortais-392338

 

Raparigas no Paquistão ainda arriscam as suas vidas para poder jogar futebol !

Jogadoras de futebol de algumas das províncias mais conservadoras do Paquistão estão em Carachi, neste momento, para participar no campeonato nacional.


Sughra Rajab, de 19 anos, é uma dessas raparigas que está em Carachi, no Paquistão, para representar a sua cidade natal no Campeonato Nacional de Futebol Feminino, que dura um mês e conta com a participação de pelo menos 500 mulheres.

“Isto é muito mais do que um desporto para mim. Trata-se de fazer um statement“, disse a jovem paquistanesa à empresa de media Vice, que pertence ao grupo étnico hazara e vive em Quetta, cidade onde jogar futebol pode ser uma questão de vida ou de morte.

Os terroristas consideram que os hazaras são “menos muçulmanos” por serem xiitas. E, um pouco por todo o país, as mulheres continuam a lutar pela igualdade de género. No mais recente Global Gender Gap Report, do Fórum Económico Mundial, num total de 153 nações, o Paquistão ficou em 151.º lugar, apenas à frente do Iraque e do Iémen.

Mas Rajab e as restantes colegas da equipa Hazara Quetta Football Academy aprenderam a conviver com os riscos, enquanto lutam por um futuro melhor através da modalidade. Segundo a Vice, a paquistanesa ainda está no ensino secundário, mas espera conseguir entrar na universidade com a ajuda de uma bolsa desportiva.

A situação é deprimente. Dificilmente há uma família sem um mártir na nossa cidade. Mas temos de seguir em frente”, disse ainda, referindo-se às vítimas dos ataques terroristas que têm como alvo a sua comunidade.

Rajab não está sozinha quando falamos de quebrar estereótipos. Karishma Ali, de 23 anos, é outra aspirante a futebolista. A jogadora, que vive em Chitral, na fronteira com o Afeganistão, tornou-se a cara do futebol feminino paquistanês em 2019, depois de ter entrado na lista Forbes 30 Under 30.

A jovem lamenta o facto de noutros países ainda não se perceber o quão difícil é para uma rapariga jogar futebol no Paquistão.

“A cultura é diferente, principalmente em Chitral. Nessa altura, quando estava na ribalta, fui vítima de bullying online. (…) Podemos escolher levar isto com humor mas, ao mesmo tempo, temos de estar alerta”, disse Ali, que fundou, em 2016, o Chitral Women’s Sports Club.

Em declarações à Vice, o porta-voz da Federação Paquistanesa de Futebol, Mir Shabbar Ali, explicou que a ideia deste campeonato nacional é permitir mais jogos entre as equipas femininas.

“É uma realidade, de facto, que as mulheres no Paquistão não tiveram oportunidades iguais às dos homens, e é por isso que a federação quer dar um passo em frente, organizando o mesmo número de jogos tanto para jogadores como para jogadoras”, declarou.

“Isto é apenas o começo. Queremos criar um sistema no qual também haja igualdade salarial entre jogadores e jogadoras”, acrescentou.

https://zap.aeiou.pt/raparigas-paquistao-jogar-futebol-392130

 

Quem matou o pai de Michael Jordan ? Documentário sugere que homem condenado pode ser inocente !

Um novo documentário sugere que o homem preso há quase 30 anos pelo assassinato do pai da lenda do basquetebol Michael Jordan pode ser inocente.


Em 23 de julho de 1993, James Jordan, de 56 anos, foi morto a tiro em Lumberton, no estado norte-americano da Carolina do Norte, enquanto dormia num carro Lexus, que foi um presente do seu mundialmente famoso filho Michael Jordan. O crime parecia ter sido um roubo mal sucedido.

O corpo foi encontrado num pântano na Carolina do Sul 11 dias depois e foi acidentalmente cremado em 7 de agosto como um “John Doe” não identificado.

De acordo com o jornal britânico The Independent, a sua família, que relatou o desaparecimento 21 dias após o assassinato, não foi contactada.

Na época do crime, Larry Demery, então com 17 anos, confessou-se culpado de homicídio de primeiro grau e testemunhou contra o amigo e suposto cúmplice Daniel Green, então com 18 anos, que também foi condenado. Ambos foram condenados a prisão perpétua.

O tribunal ouviu que os adolescentes não sabiam inicialmente a identidade da vítima, mas, mais tarde, teriam usado o anel da NBA que Jordan recebeu do seu filho e usado o seu carro fazer chaamdas telefónicas, que foram usadas para rastreá-los.

Demery, agora com 44 anos, recebeu liberdade condicional inesperadamente em agosto do ano passado, devido a um detalhe técnico jurídico que permitirá que ele – mas não Green – seja libertado em 2023.

Agora, uma nova série documental, chamada “Moment of Truth”, que vai estrear no serviço de streaming da Amazon apresentou um caso para a inocência de Green, conforme relatado pelo The Daily Beast.

Green, que tinha um álibi para toda a noite do assassinato depois de participar numa festa na caravana da avó, afirmou repetidamente ao longo dos anos que não assassinou Jordan.

Agora com 45 anos, o homem disse que estava na festa quando Demery, que teria deixado o evento para se encontrar com um traficante de drogas, reapareceu e pediu-lhe para ajudar a esconder o corpo – antes de Demery supostamente o ter denunciado no depoimento.

“Em primeiro lugar, sei que ele mentiu e essa é a realidade. Eu sei que ele mentiu sobre mim e eu sei que ele matou James Jordan”, disse Green. “Amor e ódio não podem existir no mesmo espaço ao mesmo tempo. Como prisioneiro, acredito firmemente que uma pessoa que vai sair e não cometer crimes deve ser libertada. ”

A série apresenta alegações feitas pela primeira vez em 2016, de suposta má conduta policial, incluindo problemas com a autópsia e relatos de falha no acompanhamento de pistas sobre outros suspeitos, como o traficante de drogas condenado Hubert Larry Deese – filho do xerife do condado de Robeson Hubert Stone, que era amigo do investigador principal.

Quando a polícia rastreou chamadas feitas do telefone no Lexus de Jordan na noite do assassinato, a segunda chamada foi supostamente para Deese, que trabalhava com Demery na fábrica de Crestline Mobile Home, a menos de um quilómetro de onde o corpo foi descoberto mais tarde, e que teria sido usada como parte de uma rota de tráfico de drogas conhecida localmente como “Beco da Cocaína”.

A equipa de defesa de Green tentou apresentar evidências dessa chamada durante o seu julgamento de 1996, mas foi rejeitada pelo juiz.

Deese foi preso por tráfico de cocaína um ano após o assassinato.

Em 1997, um ex-polícia disse a agentes federais que Deese já tinhas subornado polícias que trabalhavam em investigações de drogas, de acordo com o The News and Observer em 2016. Os advogados de Deese negam as alegações.

Em 2002, uma investigação sobre a corrupção no Gabinete do Xerife do Condado de Robeson levou ao indiciamento de 22 polícias, incluindo Glenn Maynor – que sucedeu o pai de Deese como xerife.

Representantes de Green afirmam, no documentário, que as evidências constituem um caso convincente para um novo julgamento.

“No mínimo, acho que Daniel merece uma audiência probatória, que provaria que merece um novo julgamento. Mas, na minha mente, as evidências apoiam a acusação de assassinato [a ser] rejeitada. Está na prisão há mais 18 anos do que deveria, pelos crimes que admite e pelos crimes que acredito que as evidências apoiam”, disse Christine Mumma, diretora executiva do North Carolina Center on Actual Innocence.

“Estou feliz que a verdadeira narrativa esteja a ser divulgada. Há pessoas por aí que sabem o que realmente aconteceu com James Jordan. Espero que esta história dê às pessoas coragem para dizer a verdade”, rematou.

Por outro lado, os procuradores não acreditam que a luta de Green seja genuína e que “nunca vai confessar o que fez. Ele simplesmente não vai aceitar”.

https://zap.aeiou.pt/quem-matou-o-pai-de-michael-jordan-documentario-sugere-que-homem-condenado-pode-ser-inocente-392135

 

A Amazon começou uma guerra no Twitter contra senadores norte-americanos !

Bernie Sanders e Elizabeth Warren têm criticado as práticas de trabalho e negócios da Amazon. Jeff Bezos não ficou feliz e a discórdia atingiu novos patamares, com a empresa a atacar os senadores nas redes sociais.


A Vox avança que o CEO da Amazon, Jeff Bezos, exprimiu insatisfação com os funcionários da empresa por não serem agressivos na forma como resistem às críticas de que a Amazon é alvo. Perante o puxão de orelhas do líder, seguiu-se uma série e tweets sarcásticos e agressivos.

O momento coincidiu com a maior eleição sindical da história da empresa em Bessemer, no Alabama. Quando surgiram notícias de que Bernie Sanders estava a planear uma visita ao estado norte-americano, Dave Clark, um alto executivo da empresa, deu início à guerra de tweets.

“Dou as boas-vindas a @SenSanders em Birmingham e agradeço o seu esforço por um local de trabalho progressivo. Costumo dizer que somos os Bernie Sanders dos empregadores, mas não é bem assim, porque, na verdade, oferecemos um local de trabalho progressivo”, escreveu Clark.

Poucas horas depois, a conta oficial da Amazon News, com mais de 170 mil seguidores, atirou contra o deputado Mark Pocan, que questionou a afirmação de “local de trabalho progressivo” de Clark ao aludir a rumores de que o ritmo de trabalho da Amazon estava a ser tão exigente que os trabalhadores “têm que urinar em garrafas de água“.

“Não acredita nessa história de fazer xixi em garrafas, pois não?” questionou a conta oficial da Amazon News. “Se isso fosse verdade, ninguém trabalharia para nós.”

A Vox continua e conta que, depois de uma troca de ideias com Elizabeth Warren, que começou com a senadora a criticar os pagamentos de impostos da empresa, a mesma conta da Amazon fez outro tweet polémico.

“Isto é extraordinário e revelador. Uma das políticas mais poderosas dos Estados Unidos acabou de dizer que vai acabar com uma empresa americana para que não possa mais criticá-la“, escreveu.

Questionado pela Vox, um porta-voz da Amazon não quis tecer comentários.

Se o objetivo de Jeff Bezos era abafar as notícias da campanha sindical durante um período de tempo, conseguiu. No entanto, em vez de falarem do sindicato, os meios de comunicação social concentraram-se na atitude invulgar de uma empresa a lutar contra poderosos legisladores no Twitter.

Dentro da Amazon, os próprios funcionários ficaram perplexos com a abordagem da empresa na rede social e levantaram suspeitas acerca da atividade suspeita da conta.

Um engenheiro de segurança salientou, inclusivamente, que os tweets foram publicados usando a aplicação da web do Twitter em vez do Sprinklr, o software de administração de redes social normalmente usado pela conta da Amazon News.

https://zap.aeiou.pt/amazon-guerra-twitter-senadores-391504

 

domingo, 4 de abril de 2021

Um drift no gelo - Supercarro elétrico de quatro motores faz testes de inverno em lago congelado !

Na semana passada, a startup EV Drako Motors anunciou que esteve no Colorado e no Texas, nos Estados Unidos, a fazer testes de inverno com o supercarro elétrico GTE. Ao volante estiveram os pilotos Andy Pilgrim e David Hackl.

A EV Drako Motors divulgou vídeos do supercarro elétrico GTE a fazer drifting numa pista coberta de neve e num lago congelado de alta altitude.

De acordo com o CNET, os testes feitos com os pilotos profissionais Andy Pilgrim e David Hackl têm como objetivo mostrar a tecnologia DriveOS, que controla os quatro motores do automóvel para maximizar o desempenho e a aderência, mesmo em situações bastante extremas – como neve e gelo.

A primeira paragem do GTE foi em Steamboat Springs, no Colorado. O ex-piloto de Le Mans e ex-campeão do World Challenge, Andy Pilgrim, percorreu um circuito coberto por uma superfície de neve bastante profunda e irregular, mais de dois mil metros acima do nível da água do mar.

A segunda parte do teste foi realizada no lago congelado de Georgetown, mais de 2.500 metros acima do nível do mar, com David Hackl ao volante. O piloto de Pikes Peak fez algumas manobras radicais, como drift (uma técnica que consiste em deslizar nas curvas, deixando escapar a traseira do carro).

Na neve, este tipo de manobras são complicadas de realizar: a maioria dos carros de combustão interna lutam para “respirar”, enquanto a maioria dos EVs tem dificuldade em lidar com temperaturas abaixo de zero.

De acordo com a Drako, o GTE “lidou com calma” em todos os testes de inverno feitos pela empresa. Ainda assim, a startup não forneceu dados específicos sobre os efeitos da temperatura na vida da bateria ou dos motores, pelo que é difícil confirmar estas afirmações.

Este supercarro elétrico tem 1.200 cavalos de potência, bateria de 90 kWh e atinge uma velocidade máxima de 331 km/h. A startup começou a produção do automóvel este ano e planeia produzir 25 unidades por mais de um milhão de euros cada.

https://zap.aeiou.pt/drift-supercarro-eletrico-lago-congelado-390667

Perda de memória, alucinações e atrofia muscular - Misterioso distúrbio cerebral intriga médicos no Canadá !

Médicos canadianos temem estar a lidar com uma doença cerebral até então desconhecida devido a uma série de casos que envolvem perda de memória, alucinações e atrofia muscular.


Há mais de um ano que as autoridades de saúde pública do Canadá rastrearam 43 casos de suspeita de doença neurológica sem causa conhecida na província de New Brunswick.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, a investigação só foi conhecida na semana passada, quando foi divulgada uma nota da agência de saúde pública que pedia aos médicos para estarem atentos a sintomas semelhantes à doença de Creutzfeldt-Jakob – uma doença cerebral rara e fatal causada por proteínas deformadas conhecidas como priões.

“Estamos a colaborar com diferentes grupos e especialistas nacionais. No entanto, nenhuma causa clara foi identificada neste momento”, lia-se no memorando.

Uma série de sintomas, incluindo perda de memória, problemas de visão e movimentos bruscos anormais dispararam um alerta com a rede de vigilância CJD do Canadá. Apesar das semelhanças iniciais, a triagem não produziu nenhum caso confirmado de CJD.

“Não temos evidências que sugiram que seja uma doença de prião”, disse Alier Marrero, neurologista que liderou a investigação de New Brunswick.

Agora, uma equipa de investigadores, incluindo cientistas federais, estão numa corrida contra o tempo para determinar se estão a lidar com uma síndrome neurológica desconhecida ou com uma série de doenças não relacionadas, mas previamente conhecidas e tratáveis.

Marrero disse que os pacientes inicialmente reclamaram de dores inexplicáveis, espasmos e mudanças de comportamento – todos sintomas que poderiam ser facilmente diagnosticados como ansiedade ou depressão.

Contudo, ao longo de 18 a 36 meses, começaram a desenvolver declínio cognitivo, perda de massa muscular, salivação e batimento dos dentes. Vários pacientes também começaram a ter alucinações.

Para que um novo caso seja incluído neste grupo de casos, Marrero e a equipa realizam um extenso estudo da história do paciente, bem como uma bateria de testes, incluindo imagens cerebrais, testes metabólicos e toxicológicos e punção lombar, para descartar outras doenças possíveis, como demência, doenças neurodegenerativas, doenças autoimunes e possíveis infeções.

Apenas um único caso suspeito foi registado em 2015, mas, em 2019, havia 11 casos e 24 em 2020. Os cientistas acreditam que cinco pessoas morreram da doença.

“Não vimos nos últimos 20 anos ou mais um grupo de doenças neurológicas resistentes ao diagnóstico como esta”, disse Michael Coulthart, chefe da rede de vigilância CJD do Canadá.

A maioria dos casos está ligada à península Acadian, uma região pouco povoada na parte nordeste da província. O número geral de casos permanece baixo, mas New Brunswick tem uma população de menos de 800 mil pessoas.

Uma equipa crescente de investigadores está a trabalhar para determinar se há uma ligação comum entre os casos ou quaisquer causas ambientais, incluindo fontes de água, plantas e insetos.

“Não sabemos o que está a causar isto”, disse Marrero. “De momento, só temos mais pacientes a parecer ter essa síndrome”.

A notícia da doença desconhecida gerou preocupação, mas os especialistas alertaram contra tirar conclusões prematuras.

“Realmente não sei se temos uma síndrome definida. Simplesmente ainda não há informações suficientes”, disse Valerie Sim, investigadora de doenças neurodegenerativas da Universidade de Alberta.

A cientista observou que não foram documentados os principais marcadores para doenças neurológicas degenerativas e que a ampla gama de sintomas no grupo era “atípica” para a maioria das doenças cerebrais. Ao mesmo tempo, certos tipos de cancro, demência ou diagnósticos errados podem explicar a extensão dos sintomas.

https://zap.aeiou.pt/perda-de-memoria-alucinacoes-e-atrofia-muscular-391720

 

Há um país em África que vacina mais depressa do que quase todos os da União Europeia !

Marrocos já foi felicitado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por estar entre os países do mundo que melhor estão a gerir a vacinação contra a covid-19.


De acordo com a agência EFE, Marrocos já vacinou mais de quatro milhões de pessoas contra a covid-19. A campanha nacional de vacinação começou a 29 de janeiro e tem como objetivo imunizar 80% da população, de cerca de 30 milhões, até finais de junho.

A vacinação é gratuita para todos os maiores de 18 anos por ordem do rei Maomé VI, incluindo estrangeiros que vivem no país, e tornou-se um exemplo de sucesso ao conseguir dar uma média de 100 mil vacinas por dia.

No início de março, a Organização Mundial da Saúde felicitou este país por estar entre as dez nações do mundo que melhor estão a gerir a vacinação contra a covid-19.

“Marrocos está entre os dez primeiros países que cumpriram com sucesso o desafio da vacinação contra a covid-19″, podia ler-se na conta do Twitter da OMS.

Segundo dados do portal OurWorldInData, relativos ao passado dia 31 de março, os dez países que mais doses administraram até agora são Israel, Chile, Bahrein, Estados Unidos, Hungria, Sérvia, Uruguai, Marrocos, Alemanha e Turquia.

A União Europeia (UE), por outro lado, está a ter muitas dificuldades em acelerar a vacinação contra a covid-19. Bruxelas atribui os níveis baixos de inoculações aos problemas de entrega das vacinas da AstraZeneca, exigindo que a farmacêutica recupere os atrasos na distribuição e honre o contratualizado.

Ainda esta sexta-feira, o diretor da OMS Europa, Hans Kluge, criticou a lentidão “inaceitável” dos 27 e afirmou que a situação desta região no continente “é a mais preocupante” observada há vários meses.

A Hungria, que faz parte da União Europeia, consegue ser uma das exceções à regra, uma vez que, ao contrário da maioria dos Estados-membros, começou a usar vacinas que ainda não foram aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) como, por exemplo, a vacina chinesa Sinopharm e a russa Sputnik V.

https://zap.aeiou.pt/pais-africa-vacina-mais-depressa-391807

 

“Projeto de vaidade” - Estátua de Greta Thunberg causa indignação numa universidade britânica !

Uma estátua de 24 mil libras da ativista sueca Greta Thunberg instalada numa universidade gerou indignação entre os estudantes que a rotularam como um “projeto de vaidade”.


De acordo com a BBC, a Universidade de Winchester, no Reino Unido, acredita que instalou a primeira escultura em tamanho natural do mundo da ativista ambiental sueca “inspiradora” Greta Thunberg.

Contudo, o núcleo de estudantes disse que os fundos poderiam ter sido melhor gastos.

A presidente da União de Estudantes de Winchester, Megan Ball, descreveu Greta Thunberg como um “modelo fantástico para todos, como alguém que fala alto e com orgulho sobre questões globais importantes”, mas disse que o núcleo não poderia apoiar a escultura.

“Estamos num ano da covid, muitos alunos realmente não tiveram acesso ao campus, muitos deles estão a tentar estudar online e precisam desesperadamente de apoio. Estamos a pedir à universidade que iguale o custo da estátua que comprometeu 23.760 libras em financiamento adicional para serviços de apoio ao estudante em todo o campus”, continuou Ball.

“Pedimos que enfrentem publicamente as questões críticas que os alunos estão a destacar e forneçam uma análise transparente do apoio financeiro adicional e existente”, rematou.

Por sua vez, a universidade alega que “nenhum dinheiro foi desviado” do apoio estudantil ou da equipa para o projeto, que foi comissionado em 2019 e financiado com dinheiro alocado para a construção do empreendimento West Downs Center, onde a peça foi revelada.

“Nenhum dinheiro foi desviado do apoio ao estudante ou da equipa para financiar o projeto West Downs. Na verdade, a universidade gastou 5,2 milhões de libras este ano em apoio ao estudante”, disse Joy Carter, vice-reitora da universidade.

Num e-mail enviado aos alunos, a universidade acrescentou que espera que a estátua se torne um símbolo do seu “compromisso com o combate ao clima e à emergência ecológica”.

“Greta é uma jovem que, apesar das dificuldades na sua vida, se tornou uma ativista ambiental líder mundial. Como a universidade para a sustentabilidade e justiça social, temos o orgulho de homenagear esta mulher inspiradora desta forma”, acrescentou.

“Sabemos que muitos a consideram uma figura controversa. Como universidade, aceitamos debates e conversas críticas. Esperamos que sua estátua ajude a inspirar a nossa comunidade, lembrando-nos de que não importa o que a vida nos lance, ainda podemos mudar o mundo para melhor. Essa é uma mensagem que queremos que todos os nossos alunos e todos os jovens ouçam.”

Carter que queria que a estátua seja instalada antes do Reino Unido organizar a conferência sobre mudança climática da ONU, a COP26.

https://zap.aeiou.pt/projeto-de-vaidade-estatua-de-greta-thunberg-391763

 

Coelhos desenterram um tesouro de artefactos da Idade da Pedra na remota “Ilha do Sonhos” !

Coelhos selvagens desenterraram tesouros arqueológicos de valor inestimável numa pequena e remota ilha na costa do País de Gales, no Reino Unido.


Os coelhos escavadores descobriram dois artefactos – uma ferramenta da Idade da Pedra com nove mil anos e uma peça de cerâmica com 3.750 anos, provavelmente de uma urna partida da Idade do Bronze, de acordo com o Wildlife Trust of South and West Wales, que administra a Ilha Skokholm, onde os objetos foram encontrados.

Segundo o LiveScience, arqueólogos descobriram artefactos semelhantes no Reino Unido, mas estas novas descobertas são as primeiras deste tipo na Ilha de Skokholm e indicam que humanos visitaram ou viveram lá há milhares de anos.

A ilha, que fica a cerca de 3,2 quilómetros da costa de Pembrokeshire, um condado no sudoeste do País de Gales, é conhecida pelas dezenas de milhares de aves marinhas que nidificam ali nos meses de primavera e verão.

A sua beleza natural e vida selvagem valeram-lhe o nome de “Ilha dos Sonhos”.

Os achados arqueológicos ao longo dos anos mostraram evidências de povos pré-históricos nesta ilha, mas pouco se sabe sobre eles. A partir de 1324, a Ilha Skokholm tornou-se uma quinta de coelhos nos 200 anos seguintes – uma prática comum na ilha naquela época, de acordo com o Wildlife Trust.

Os guardas Richard Brown e Giselle Eagle, que monitorizam a ilha enquanto está fechada devido à pandemia, encontraram o artefacto liso e oval da Idade da Pedra primeiro, enquanto estavam perto de uma coelheira. Numa publicação de um blogue, descreveram-no como “uma pedra de aparência interessante”.

A dupla enviou as fotografias da pedra para Toby Driver, um arqueólogo da Comissão Real de Gales, que, por sua vez, entrou em contacto com o especialista em ferramentas de pedra pré-histórica Andrew David. Assim que viu as imagens, David percebeu que a pedra era um achado significativo.

“As fotografias eram claramente de um ‘seixo chanfrado’ do final do Mesolítico (Idade da Pedra Média), uma ferramenta que se pensava ter sido usada em tarefas como a preparação de peles de foca para fazer embarcações revestidas com pele ou para processar alimentos como marisco, entre comunidades de caçadores-coletores há cerca de 6.000 a 9.000 anos”, escreveu David.

“Embora estes tipos de ferramentas sejam bem conhecidos em locais costeiros do continente Pembrokeshire e Cornwall, bem como na Escócia e no norte de França, este é o primeiro exemplo de Skokholm e a primeira evidência firme da ocupação do Mesolítico final na ilha”, acrescentou.

Poucos dias depois, Brown e Eagle encontraram outro artefacto – um pedaço de cerâmica – que os coelhos cavaram pelos mesmos buracos da descoberta anterior. Segundo uma outra publicação, esta peça de cerâmica, “aos nossos olhos (muito) destreinados, parecia velha”.

O fragmento de cerâmica veio de um pote de paredes grossas decorado com linhas incisas em volta do topo, disse Jody Deacon, curadora de arqueologia pré-histórica em Amgueddfa Cymru – Museu Nacional do País de Gales.

Este pote era provavelmente uma urna de vaso do início da Idade do Bronze, um recipiente associado a sepulturas de cremação. O fragmento de cerâmica datava de entre 2,100 e 1,750 a.C – há cerca de 3.750 anos.

Os mortos eram frequentemente cremados e enterrados em urnas no oeste do País de Gales naquela época, mas esta é a primeira evidência de tal urna na ilha de Skokholm ou em qualquer uma das ilhas ocidentais de Pembrokeshire.

“Esta é uma descoberta incrivelmente empolgante”, escreveram os guardas. “É bastante surpreendente que, durante milhares de anos, as pessoas tenham regressado a esta mesma área, algumas delas talvez a trabalhar em peles de foca, talvez a construir barcos de pele, outras a enterrar os seus mortos.”

Graças a estas descobertas, a Comissão Real de Gales planeia agora realizar trabalhos arqueológicos na Ilha de Skokholm já este verão.

https://zap.aeiou.pt/coelhos-desenterram-artefactos-da-idade-da-pedra-391784

 

De atleta a possível suicida - Identificado o autor do ataque ao Capitólio !

O homem que atirou um carro contra dois polícias, matando um deles, à entrada do Capitólio, nos EUA, foi identificado como Noah Green. Este homem de 25 anos foi atleta na Universidade e poderá ter agido devido a problemas mentais.

Ataque ao Capitólio, Abril 2021

Noah Green não era conhecido da polícia de Washington antes do ataque e tinha um percurso aparentemente “limpo”, sem nada que levasse a suspeitar que poderia cometer um acto como aquele que ceifou a vida a um polícia, nesta sexta-feira, 2 de Abril.

Ele foi morto a tiro pelas autoridades depois de ter abalroado dois agentes com um carro, à entrada do Capitólio. Ainda terá esfaqueado um polícia.

Um dos polícias feridos também morreu. Tratava-se de um veterano que servia o Capitólio há 18 anos.

Os motivos do ataque ainda estão por apurar, mas a identificação do suspeito dá algumas pistas sobre as razões que o terão levado a agir daquela forma.

“A mente dele não parecia estar bem”

Noah Green estava desempregado e matriculado num curso online da Universidade Estadual da Flórida, após se ter formado na Universidade de Newport, onde jogou futebol americano, como se pode ver na sua ficha de atleta.

O tipo com quem eu joguei não é a mesma pessoa que fez isto“, conta ao USA Today o capitão da equipa onde o suspeito jogou, Andre Toran, descrevendo-o como alguém “muito calado”.

Toran revela, contudo, que o “estado mental de Green” se foi tornando motivo de preocupação para os seus amigos nos últimos tempos.

O USA Today refere que, durante a pandemia, Noah Green partilhou uma publicação no Facebook onde acusava os colegas de casa de o drogarem.

Depois disso, terá mudado de casa e terá partilhado mensagens onde falava de sintomas de “abstinência” das drogas, como “convulsões, falta de apetite”, bem como “paranóia” e “depressão”, além de “ideias suicidas”.

Um dos 9 irmãos do suspeito, Brendan Green, confirma ao jornal Washington Post que Noah estaria num estado de confusão mental.

Ele ter-se-á mudado de forma abrupta da Virginia para o Indiana e terá contado ao irmão que estava a sofrer de “alucinações, palpitações, dores de cabeça e pensamentos suicidas”.

“A mente dele não parecia estar bem”, conta o irmão do suspeito.

Além disso, Brendan Green assegura que Noah lhe contou, há alguns meses, que “a sua mente lhe estava a dizer para cometer suicídio” e que terá saltado para a frente de um carro.

O ex-oficial de operações secretas da CIA, Michael Baker, também acredita que, na base do ataque, pode estar, simplesmente, “um problema de saúde mental”, conforme declarações divulgadas pela Sky News.

Michael Baker lembra o facto de o Capitólio estar praticamente vazio no dia do ataque, o que sugere que não terá tido motivações terroristas, pois, neste caso, o suspeito escolheria um dia com mais movimento para causar mais impacto.

O chefe da Polícia Metropolitana de Washington, Robert J. Contee III, apontou já que o ataque “parece não estar relacionado com terrorismo”.

“Alá escolheu-me para outras coisas”

O perfil do Facebook de Noah Green foi despublicado após o ataque ao Capitólio.

Mas diversos jornais norte-americanos divulgam algumas das publicações que ele fez nos últimos dias, nomeadamente onde faz referências ao grupo extremista Nação do Islão que é descrito como tendo uma “teologia de superioridade negra inata sobre os brancos”, com uma “retórica profundamente racista, anti-semita e anti-LGBT”.

Noah Green era seguidor de Louis Farrakhan, líder do Nação do Islão, a quem chamava de “pai espiritual”.

“Alá escolheu-me para outras coisas”, teria escrito, salientando que depois de ter atravessado tempos “difíceis”, estava numa “jornada espiritual”.

Além disso, o suspeito também tinha publicações sobre o “fim dos tempos”, o “anti-Cristo” e o “controle da mente” por parte do Governo.

“O Governo dos EUA é o inimigo número 1 das pessoas negras”, terá escrito numa publicação antes dos ataques.

As autoridades vão agora cruzar informações das suas redes sociais com os seus registos telefónicos, para montar o puzzle em torno deste homem que passou do anonimato para a fama pelos piores motivos.

https://zap.aeiou.pt/autor-ataque-capitolio-392313

 

Isabel II contrata ex-espião para gerir a crise da monarquia !

A rainha Isabel II contratou o antigo diretor geral do MI5, Andrew Parker, para o cargo de Lord Chamberlain. O ex-espião terá a responsabilidade de gerir a crise vivida pela família real.


Em plena crise institucional vivida em Buckingham Palace, a rainha Isabel II contratou Andrew Parker, antigo diretor do serviço britânico de inteligência (MI5), para Lord Chamberlain, um dos principais cargos da corte real do Reino Unido. Parker terá como responsabilidade gerir a crise, mas também tratar de outros assuntos da família real.

Parker sucede a William Peel e já assumiu funções, numa substituição que foi atrasada pela pandemia, escreve o Jornal de Notícias.

Sir Andrew Parker, nascido em 1962, entrou no MI5 em 1983 e, antes de se tornar diretor geral, acumulou uma carreira de 30 anos numa ampla gama de funções de segurança nacional e inteligência. Liderou investigações a acontecimentos como os ataques islâmicos ocorridos no Reino Unido em 2017, ou o envenenamento do agente duplo russo Sergei Skripal em 2018.

A família real britânica atravessa um momento conturbado devido à polémica que envolve o príncipe Harry e a duquesa de Sussex, Meghan Markle. O casal mudou-se recentemente para os Estados Unidos, após cortar os laços à família real. A entrevista que deram recentemente a Oprah Winfrey serviu de condão para inflamar ainda mais a crise vivida.

O príncipe André ainda aguarda a investigação que está a ser realizada nos Estados Unidos sobre Jeffrey Epstein, o pedófilo que morreu enquanto estava na prisão aguardando por julgamento. Este poderá ser outro caso que Parker terá de gerir caso siga as vias judiciais.

https://zap.aeiou.pt/isabel-contrata-ex-espiao-392311

 

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