sábado, 15 de maio de 2021

Tweet de Elon Musk afunda Bitcoins e dá força à criptomoeda que nasceu como meme !

A Tesla vai deixar de aceitar Bitcoins como forma de pagamento. A revelação foi feita por Elon Musk numa publicação no Twitter e levou à queda do valor da criptomoeda no mercado. A par disso, Musk admite apostar antes nas Dogecoins que nasceram como uma piada inspirada num meme.


O mercado de criptomoedas está ao rubro depois de Musk ter anunciado, no seu perfil do Twitter, que a Tesla não vai, afinal, aceitar Bitcoins como forma de pagamento.

É um volte-face e que, em apenas alguns minutos, levou a uma queda de 5% no preço das Bitcoins, caindo para o patamar dos 45 mil dólares.

O anúncio, em Fevereiro passado, feito pelo mesmo Musk de que a Tesla aceitava Bitcoins levou a uma valorização na cotação desta criptomoeda. Nessa altura, a Tesla anunciou também ter adquirido cerca de 1,5 mil milhões de dólares em Bitcoins.

Mas, agora, Musk revela que “a Tesla suspendeu a compra de veículos usando Bitcoin” porque, na empresa, estão “preocupados com o rápido aumento do uso de combustíveis fósseis para mineração e transacções” desta criptomoeda, especialmente pelo uso de carvão que “tem as piores emissões” poluentes.

Como é feita a mineração de Bitcoins

As Bitcoins são sustentadas pelo chamado processo de mineração que é essencial para manter a blockchain, ou seja, a rede de blocos criptografados que mantém o histórico de todas as transacções da criptomoeda. Essa mineração exige grandes gastos de energia.

No fundo, os “mineradores” fazem o papel de um Banco, através de programas informáticos específicos, supervisionando as transacções de Bitcoins e garantindo que o processo decorre sem falhas através de um protocolo do tipo “proof-of-work” (ou seja, prova de trabalho).

Nesse processo, os “mineradores” são recompensados com mais Bitcoins pelo seu trabalho.

Basicamente, é como tentar encontrar uma solução completamente aleatória para um problema, o que implica milhões de tentativas e erros. E é esse processo que requer grandes gastos energéticos e que merece as críticas de Musk.

Mas “a criptomoeda é uma boa ideia a muitos níveis” e “tem um futuro promissor”, assume o empreendedor numa publicação no Twitter, realçando que “isso não pode vir a grande custo para o meio ambiente“.

Tesla já está “a analisar outras criptomoedas”

O empreendedor assegura ainda que “a Tesla não venderá nenhuma Bitcoin”, pois pretende “usá-la para transacções logo que a mineração faça a transição para uma energia mais sustentável”.

Entretanto, a empresa está “a analisar outras criptomoedas” que usam menos “1% de energia”, refere ainda Musk.

A Tesla tem beneficiado da febre em torno das criptomoeadas. Um relatório divulgado em Abril passado aponta que os lucros com a venda de Bitcoins permitiram à empresa ter um “impacto positivo” de 101 milhões de dólares, conforme avança a CNBC.

Musk volta a dar impulso às Dogecoins

Entretanto, Musk volta a falar das Dogecoins através de uma sondagem no seu perfil do Twitter, onde pergunta aos seguidores se querem que a Tesla aceite estas criptomoedas. Nas respostas, mais de 78% dos participantes dizem que sim.

Musk foi um dos principais responsáveis pela ascensão das Dogecoins no mercado das criptomoedas. É a “criptomoeda do povo”, chegou a dizer o magnata.

E já há quem antecipe que depois de ter abandonado as Bitcoins, Musk anuncie, muito em breve, que a Tesla aceitará pagamentos em Dogecoins.

O que é certo é que as palavras do empreendedor e visionário têm muito impacto no mercado das criptomoedas. Veja-se que depois de ter participado no programa de televisão “Saturday Night Live”, onde fez piadas com as Dogecoins, assumindo que era “um golpe” num sketch humorístico, esta criptomoeda sofreu uma queda de 30% no seu preço.

Mas os mais recentes tweets de Musk estão a inverter a tendência de queda e a dar novo impulso às Dogecoins.

A criptomoeda que nasceu como meme

As Dogecoins foram criadas em 2013 pelo programador Billy Markus, ex-engenheiro informático da IBM. Foram desenvolvidas como uma piada a partir do meme de Doge, um cão da raça Shiba Inu, cuja imagem começou a surgir nas redes sociais a par de frases com erros gramaticais.

Nessa altura, as Bitcoins estavam envolvidas numa polémica por causa do seu uso em esquemas na Dark Web, o que beneficiou o crescimento das Dogecoins.

Além disso, Musk e outras figuras conhecidas do mundo tecnológico fizeram referências à nova criptomoeda, o que ajudou à sua expansão. Contudo, nos tempos iniciais, nem o seu próprio criador lhes deu muito crédito.

Em 2015, Billy Markus anunciou que tinha vendido todas as Dogecoins que tinha para comprar um Honda Civic. Em causa está um valor da ordem dos 10 mil dólares, o que é significativo se se considerar que falamos de uma criptomoeda que nasceu como um meme!

Contudo, foi uma má jogada do criador da criptomoeada, uma vez que a sua cotização no mercado subiu muito e, atualmente, chega a superar empresas como a Nintendo.

Entretanto, várias empresas têm dado um empurrão a estas criptomoedas, passando a usá-las nas suas transacções.

Nos EUA, segundo dados da Fortune, a equipa de basebol Oakland A’s terá começado a vender lugares no Estádio em troca de Dogecoins. E o multimilionário Mark Cuban anunciou também que a sua equipa de basquetebol, os Dallas Mavericks, completaram 6 mil transacções com a criptomoeda em Abril passado.

Por outro lado, há especialistas que consideram que as Dogecoins são uma moeda digital sem substância que representa um elevado risco.

De qualquer modo, têm como vantagem, relativamente às Bitcoins, o facto de serem mais rapidamente “mineráveis”.

Porém, no capítulo das criptomoedas, é preciso considerar sempre que estão em causa investimentos com grande potencial de risco, pois dependem muito da especulação. Além disso, a inexistência de um mercado regulado facilita potenciais fraudes e manipulações.

https://zap.aeiou.pt/tweet-elon-musk-bitcoins-dogecoin-402370

 

sexta-feira, 14 de maio de 2021

Padres alemães desafiam doutrina do Vaticano e abençoam uniões entre pessoas do mesmo sexo !

Liebe Gewinnt (o amor vence) é o nome de um grupo de cerca de 100 padres alemães que está a abençoar uniões entre pessoas do mesmo sexo.


Segundo a Euronews, a posição da Congregação para a Doutrina da Fé, que defendeu que a igreja “não pode abençoar o pecado” e decidiu que as uniões de pessoas do mesmo sexo não podem ser abençoadas, foi conhecida em meados de março e contou com o apoio do Papa Francisco.

Em resposta a esta proibição, um grupo de 100 padres alemães, críticos das orientações oficiais da Igreja Católica, está a abençoar uniões entre pessoas do mesmo sexo, desafiando a doutrina do Vaticano.

No seio da Igreja Católica, as posições divergem. Os sacerdotes que integram esta iniciativa defendem que não se deve fechar aos crentes, independentemente da identidade sexual.

“Os casais que participem devem poder receber a bênção que Deus lhes quer dar sem qualquer secretismo”, salienta o grupo, num manifesto.

O Público escreve que, esta semana, sacerdotes de todo o país começaram a abençoar várias uniões, incluindo entre casais de divorciados, recasados, não casados e pessoas do mesmo sexo.

“Vamos ter toda a diversidade do amor”, disse à Reuters o padre Christian Olding, da cidade de Geldern. “Se dizemos que Deus é amor, não posso dizer a pessoas que comungam a lealdade, unidade e responsabilidade uma com a outra que o que têm não é amor, que é um amor de quinta ou sexta categoria.”

A proibição emitida pelo Vaticano em março deixou a ala mais progressista da Igreja Católica frustrada. Para os padres do grupo Liebe Gewinnt, a orientação foi “uma chapada na cara das pessoas de todo o mundo”, uma vez que Francisco era encarado como um Papa abeto a uma doutrina mais inclusiva.

https://zap.aeiou.pt/padres-alemaes-abencoam-unioes-sexo-402009

 

Direção da OMS não investigou acusações de abuso sexual na RDCongo !

A direção da Organização Mundial de Saúde (OMS) estava a par das acusações de assédio sexual durante o surto de Ébola na República Democrática do Congo (RDCongo) em 2019, e não a investigou, de acordo com uma investigação da Associated Press (AP).


Segundo a investigação, baseada em relatórios, correio eletrónico interno, reuniões e entrevistas aos intervenientes, em 2019 a direção da OMS foi informada pela enfermeira Shekinah que o médico canadiano Boubacar Diallo, que se vangloriava de ser amigo do diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus, lhe ofereceu um emprego em troca de sexo.

“Dadas as dificuldades financeiras da minha família, eu aceitei”, contou a enfermeira de 25 anos, que passou a ganhar o dobro do que ganhava até então, noticiou a agência Lusa.

“Quando um funcionário e três peritos em Ébola a trabalhar na RDCongo informaram a direção da OMS sobre as preocupações face aos abusos sexuais de Diallo, foi-lhes dito que não abordassem o assunto”, lê-se na investigação da AP, que vinca que a direção da OMS foi não só informada, como questionada sobre o que devia ser feito perante as acusações.

Para além de Diallo, também o médico Jean-Paul Ngandu estará envolvido, sendo acusado de engravidar uma jovem e de ter feito um acordo financeiro, assinado por membros da OMS enquanto testemunhas, para que o caso não fosse divulgado.

“Num contrato feito num notário e obtido pela AP, dois funcionários da OMS, incluindo um diretor, assinaram como testemunhas confirmando que Ngandu iria pagar à jovem, suportar os custos de saúde e comprar-lhe terras”, lê-se na investigação da AP.

Ngandu negou ter feito qualquer coisa de errado e disse que assinou o acordo “para proteger a integridade e a reputação da OMS”, segundo a AP, que apontou que a investigação revelou que pelo menos oito diretores assumiram em privado que a OMS não fez o suficiente para impedir estes abusos.

“Não se pode apontar para este caso e dizer que houve uma operação no terreno que correu mal, de certa forma isto é a ponta do iceberg”, disse o chefe de emergências, Michael Ryan, numa reunião interna.

No dia 15 de outubro, o responsável máximo da OMS nomeou um painel independente para investigar estas e outras acusações sobre os abusos sexuais na RDCongo, cujas conclusões deverão ser conhecidas em agosto.

https://zap.aeiou.pt/oms-acusacoes-abuso-sexual-rdcongo-401913

 

Na Índia, ser-se rico ou pobre pode fazer a diferença no acesso à vacina !

A Índia enfrenta uma grave escassez de vacinas contra a covid-19. Até ao momento, só 2,5% da população recebeu ambas as doses, enquanto 10% recebeu uma.


Na Índia, as pessoas que vivem em cidades com fácil acesso à Internet têm de se inscrever para serem inoculadas, enquanto quem mora em aldeias e em locais com pouco ou nenhum acesso à rede deve dirigir-se a um posto de saúde governamental para se inscrever online e receber a vacina de imediato.

No entanto, este plano de vacinação não funcionou. Alguns indianos que vivem nas cidades conduziram longas distâncias para serem vacinados em aldeias, negando as doses aos moradores mais pobres.

Segundo a Vice, o site do Governo e a aplicação, desenhada especificamente para uma das maiores campanhas de vacinação do mundo, não conseguiram acompanhar os milhões de inscritos vindos das cidades

Além disso, o país enfrenta uma grave escassez de vacinas. Quando a Índia deu início à campanha de vacinação, no início de abril, administrava um recorde de 3,5 milhões de vacinas por dia. Na semana passada, esse número foi reduzido para 1,3 milhões.

“O fornecimento de vacinas permaneceu quase o mesmo desde o início da campanha, mas a população-alvo elegível triplicou”, justificou Chandrakant Lahariya, especialista em políticas da saúde, à Associated Press. “No início, a Índia tinha muito mais oferta garantida do que procura, mas agora a situação inverteu-se.”

“Injustiça social criada pela exclusão digital”

“Recebi algumas reclamações de áreas rurais de que pessoas com experiência em tecnologia nas cidades estão a inserir os códigos PIN rurais para se registarem para a vacinação contra a covid-19”, disse Rajesh Tope, ministro de Saúde Pública e Bem-Estar Familiar do estado de Maharashtra, em comunicado.

É uma injustiça para com a população rural que está a ser privada da oportunidade de ser vacinada. As pessoas da cidade não deveriam fazer isso. Não há necessidade de entrar em pânico com o fornecimento limitado de doses”, acrescentou o responsável, apesar de não ter apresentado qualquer solução para o problema.

À Vice, um profissional dos media, que não quis ser identificado, disse que, em Mumbai, as pessoas estão a publicar nas redes sociais “como se conseguir uma vaga para a toma da vacina fosse como reservar bilhetes para um festival de cinema”. A situação “destaca a injustiça social criada pela exclusão digital“, disse.

De acordo com dados do Governo indiano, metade da população não tem acesso à Internet e, mesmo aqueles que têm acesso, não sabem como usar os serviços digitais.

“Pessoas financeiramente abastadas como nós estão a ter acesso às vacinas mesmo quando podemos trabalhar em casa”, disse Sahil Khan, um designer que vive em Pune. “Mas há pessoas que não sabem como ter acesso à vacina mesmo quando mais precisam.”

https://zap.aeiou.pt/india-rico-ou-pobre-acesso-vacina-402047

 

“França está em perigo” ! Ex-generais alertam que país pode estar a caminhar para uma guerra civil !

O governo francês condenou uma carta aberta assinada por soldados ativos que afirmava que o país estava a caminhar para uma “guerra civil” devido ao extremismo religioso.


Cerca de mil militares, incluindo 20 generais aposentados, subscreveram uma carta que culpa “partidários fanáticos” por criar divisões entre as comunidades e que diz que os islâmicos estavam a assumir o controlo de partes inteiras do território do país.

De acordo com a BBC, a carta foi publicada numa revista de direira pela primeira vez em 21 de abril – o 60.º aniversário de um golpe de Estado fracassado.

“A hora é grave, França está em perigo“, escreveram os signatários.

A carta avisa o presidente francês Emmanuel Macron, o seu Governo e parlamentares sobre “vários perigos mortais” que ameaçam França, incluindo “o islamismo e as hordas de banlieue” – os subúrbios de imigrantes empobrecidos que cercam as cidades francesas.

Os signatários continuam a culpar “um certo anti-racismo” por dividir comunidades e procurar criar uma “guerra racial”, atacando estátuas e outros aspetos da história francesa.

Os subscritores também acusam o Governo de tentar usar a polícia “como procurador e bode expiatório” ao reprimir brutalmente os populares “gilets jaunes” – protestos dos Coletes Amarelos dos últimos anos.

“Já não é hora de procrastinar, caso contrário, amanhã a guerra civil acabará com estes caos e mortes crescentes – pelas quais será responsável – com números na casa dos milhares”, conclui a carta.

A líder da extrema direita, Marine Le Pen, candidata às eleições presidenciais do próximo ano, manifestou apoio aos ex-generais e convidou os generais a juntarem-se a ela na “batalha de França”.

Por sua vez, a ministra da tutela das Forças Armadas, Florence Parly, escreveu no Twitter: “Dois princípios imutáveis ​​norteiam a ação dos militares no que diz respeito à política: neutralidade e lealdade”.

Parly alertou ainda que qualquer signatário que ainda esteja a servir nas forças armadas será punido por desafiar uma lei que exige que permaneçam politicamente neutros.

“Para quem violou o dever de reserva, estão previstas sanções, e se houver soldados ativos entre os signatários, pedi ao chefe do Estado-Maior das Forças Armadas que aplicasse as regras… ou seja, sanções”, disse a ministra, em declarações à rádio France Info.

Parly citou o caso de um ex-general da Legião Estrangeira que foi expulso do serviço militar por participar num protesto contra migrantes em Calais.

Já a ministra da Indústria, Agnès Pannier-Runacher, disse “condenou sem reservas” os generais “que pediam uma revolta 60 anos depois do golpe dos generais contra o general de Gaulle”.

O golpe de Estado fracassado envolveu generais que queriam impedir a Argélia – que era então uma colónia francesa – de conquistar a independência.

Recentemente, França propôs um projeto polémico para lidar com o que o presidente Emmanuel Macron descreveu como “separatismo islâmico”. No entanto, alguns críticos na França e no exterior acusaram o governo de ter como alvo o Islão.

https://zap.aeiou.pt/ex-generais-alertam-que-franca-pode-estar-a-398767

 

Partido de Macron impede candidata de concorrer a eleição por usar hijab !

O partido do presidente francês Emmanuel Macron impediu uma mulher muçulmana de concorrer como candidata às eleições locais porque tirou uma fotografia para um panfleto de campanha usando um hijab na cabeça.


Sara Zemmahi ficou famosa da noite para o dia em França, embora só esteja a concorrer como candidata substituta para um município de Montpellier.

A sua imagem, usando o hijab, num cartaz para as eleições regionais e departamentais em junho pelo partido do presidente Emmanuel Macron, Le Republique en Marche, abriu uma lacuna na formação e a enésima controvérsia nacional em torno de símbolos religiosos, o secularismo e o separatismo islâmico.

Segundo Le Republique en Marche, a linha do partido era que não deveria haver lugar para a exibição aberta de símbolos religiosos em documentos de campanha eleitoral.

“Esta mulher não será candidata de En Marche“, disse Stanislas Guerini, o secretário-geral do partido, em declarações à rádio RTL.

As questões sobre o panfleto começaram quando Jordan Bardella, o número dois do partido de extrema direita Rassemblement National de Marine Le Pen, publicou no Twitter uma imagem do panfleto com a pergunta: “É assim que se luta contra o separatismo?”

Guerini respondeu diretamente no Twitter, exigindo que o folheto fosse retirado ou Zemmahi perderia o apoio do partido.

A resposta do partido abriu amargas divisões internas. A deputada francesa do En Marche Caroline Janvier escreveu no Twitter: “Indigno. Correr atrás dos votos [da extrema-direita] só permitirá que as suas ideias prevaleçam. Basta.”

A lei francesa não proíbe o uso do hijab ou outros símbolos religiosos em imagens que aparecem em panfletos de campanha.

Porém, segundo o jornal britânico The Independent, isto mostra como o lugar do Islão na sociedade francesa se tornou um assunto delicado antes da votação presidencial do próximo ano, onde o principal desafio para a reeleição de Macron virá da extrema-direita.

Macron, que se orgulhava da composição multicultural e etnicamente diversa do seu partido após a vitória nas eleições de 2017, alertou sobre a crescente ameaça do separatismo islâmico aos valores centrais da França e à unidade da república.

Contudo, os críticos acusaram o presidente de procurar o voto da extrema-direita antes das eleições presidenciais do próximo ano.

https://zap.aeiou.pt/partido-macron-impede-hijab-402162

 

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Pandemia “roubou” habitantes a Nova Iorque, mas a cidade está a renascer novamente !

A pandemia de covid-19 “esvaziou” cidades norte-americanas, que mostram agora possíveis sinais de renascimento, de acordo com uma análise que sugere que os deslocamentos do ano passado terão sido temporários.


Os dados da Unacast, uma empresa norte-americana de rastreamento de telemóveis, revelaram que Nova Iorque perdeu 110 mil habitantes durante o ano passado, em grande parte devido à pandemia de covid-19.

No entanto, segundo a Reuters, a cidade “está a crescer novamente”: nos primeiros dois meses de 2021, ganhou 1.900 novos residentes, contra uma perda de 7.100 registada no mesmo período de 2020.

Durante o ano passado, os analistas da empresa norte-americana tinham dado conta de que os utilizadores de telemóveis estavam a mudar as suas localizações durante a noite para fora de Nova Iorque. Agora, começam a registar-se alguns movimentos de regresso à cidade que nunca dorme.

Esta mudança de paradigma pode ter começado no outono passado, quando o aumento sazonal habitual da população, relacionado com a chegada de universitários, quase correspondeu ao de 2019.

“Menos pessoas deixaram a cidade do que no ano anterior, e houve um grande fluxo nas áreas da periferia da cidade, talvez o retorno de alguns que partiram no auge da pandemia”, lê-se-se no relatório da Unacast.

Na semana passada, os economistas do Bank of America escreveram que “não veem evidências de um amplo êxodo urbano”, numa conclusão que combinou a análise dos dados de gastos do próprio cartão da empresa e uma pesquisa de outros relatórios.

Os analistas salientaram também que, com a pandemia de covid-19, algumas cidades mais caras, como Nova Iorque e São Francisco, assistiram a uma tendência acelerada de perda de população – ainda que as pessoas não se deslocassem para muito longe.

No fundo, estas e outras análises são indicadores de que as consequências económicas de longo prazo do ano passado poderão não ser tão profundas quanto se temia, avança a análise do World Economic Forum.

Ainda assim, falta analisar muita informação, como o aumento do número de desempregados face ao que existia antes da pandemia, por exemplo. “Ainda não está claro com que rapidez esses problemas irão diminuir e com que rapidez muitas dessas pessoas regressarão aos empregos (ou à procura de emprego).”

A prevalência das regras de trabalho em casa também pode afetar a vida económica das cidades. Por outro lado, as campanhas de vacinação em curso aumentaram a esperança de um regresso mais amplo aos padrões normais de vida em sociedade, mesmo em locais urbanos de maior densidade.

https://zap.aeiou.pt/pandemia-roubou-habitantes-nova-iorque-401761

 

Negacionistas ponderam usar máscara para se protegerem dos vacinados !

Uma nova teoria da conspiração argumenta que os vacinados vão “verter” certas proteínas prejudiciais para os não vacinados. A solução passa por usarem máscara e cumprirem o distanciamento social.


Embora o uso de equipamento de proteção individual e o respeito pelas regras sanitárias seja praticamente generalizado, ainda há uma pequena parcela de negacionistas que recusa adotar as medidas.

Este grupo de pessoas é defensor de teorias da conspiração que, por exemplo, argumentam que a pandemia de covid-19 foi um estratagema para despovoar o mundo e que a vacina é o que eliminará as massas.

Agora, alguns negacionistas estão a ponderar usar máscara após uma nova teoria sugerir que os vacinados vão “verter” certas proteínas para os não vacinados, que por sua vez sofrerão efeitos adversos. Menstruação irregular, infertilidade e abortos espontâneos são alguns dos supostos efeitos, escreve a Vice.

Assim, a solução deste grupo de negacionistas pode passar por usar máscara de proteção individual e cumprir o distanciamento social — medidas que outrora se mostrou relutante em cumprir.

Sherri Tenpenny, uma antivaxxer que foi considerada crucial na divulgação das teorias da conspiração sobre a covid-19, sugeriu que se pode ter que “ficar longe de alguém que tomou estas vacinas… para sempre”.

Larry Palevsky, pediatra e antivaxxer de Nova Iorque, concorda e sugere que “algo está a ser passado de pessoas que foram vacinadas com este veneno para outras que não receberam a injeção”. Além disso, defende que as pessoas que foram vacinadas usem um crachá no braço para que se saiba que foram inoculadas.

A ideia faz lembrar a braçadeira com a estrela de David que os judeus foram obrigados a usar durante as invasões nazi.

Apesar de não ter fundamento científico, a teoria da conspiração já está a surtir efeito. Recentemente, uma escola particular em Miami, Florida, chegou ao ponto de proibir professores vacinados de interagirem com alunos não vacinados.

https://zap.aeiou.pt/negacionistas-usar-mascara-protegerem-401689

 

Com um surto grave e hospitais em colapso, a Índia tem um novo problema: Um fungo raro e mortal !

Um raro fungo que invade o cérebro está a ser cada vez mais visto em pacientes vulneráveis na Índia, incluindo aqueles com covid-19.


Este domingo, o ministério da saúde indiano divulgou um comunicado sobre como tratar a infecção. No estado de Gujarat, cerca de 300 casos foram registados em quatro cidades, incluindo Ahmedabad, de acordo com dados de hospitais públicos.

A infecção, chamada mucormicose, “é muito séria, tem uma alta mortalidade e é necessário uma cirurgia e muitos medicamentos para superá-la quando se instala”, disse Peter Collignon, que faz parte do comité de especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre resistência a antibióticos e doenças infecciosas, citado pelo jornal britânico The Guardian.

A doença é causada por um grupo de fungos, chamados mucormicetes, que vivem em todo o meio ambiente. A mucormicose é observada em todo o mundo e pode ser adquirida em hospitais – normalmente por pacientes vulneráveis que tenham sido submetidos a transplantes – quando os fungos se entranham nos lençóis, passam pelos sistemas de ventilação ou são transmitidos através de adesivos.

“São uma família de fungos que entram nos seios nasais e se depositam lá, podendo entrar nos espaços aéreos”, explicou Collignon. “Quando o seu sistema imunológico não consegue mantê-los sob controlo, invadem a base do cérebro, onde se torna um problema real, e realmente muito sério”.

Os esporos de fungos são geralmente inalados e, embora o sistema imunológico da maioria das pessoas consiga afastá-los, pessoas com doenças como diabetes ou leucemia, que enfraquecem o sistema imunológico, ou quem toma medicamentos que diminuem a capacidade do corpo de combater germes, como esteroides, são propensas a esporos que se transformam numa infeção.

Segundo Collignon, a covid-19 está a criar condições para que a infeção se instale. O sistema imunológico das pessoas estava a ser comprometido pelo vírus e a mucormicose está a ser observada de forma particular em pacientes que também tinham diabetes.

“Damos muitos esteróides em altas doses agora a pessoas com covid-19 se acabarem nos cuidados intensivos, pois os esteróides ajudam a tratar a inflamação, mas os esteróides, infelizmente, também suprimem o seu sistema imunológico”, afirmou o especialista.

Além disso, na Índia, o sistema de saúde está sob intensa pressão e os ambientes lotados e apertados estão a dar oportunidades à infeção de se instalar.

Os sintomas incluem dor e vermelhidão ao redor dos olhos e nariz, febre, dor de cabeça, tosse, vómito com sangue, secreção nasal preta e com sangue, dor num lado do rosto e nos seios da face, descoloração enegrecida no nariz, dor de dentes e visão dolorosa e turva.

Segundo o especialista, o tratamento da mucormicose é difícil e caro. A taxa de mortalidade é de mais de 50% e os pacientes recebem medicamentos antifúngicos que podem ser bastante tóxicos.

“É necessária cirurgia para limpar a fonte do fungo, que geralmente é o seio nasal, e a parte de trás da garganta na parte de trás do nariz”, disse Collignon. “É preciso entrar lá e tirar todo o material fúngico. Essa cirurgia pode ser em locais muito delicados como a base do cérebro”, explicou.

Variante indiana presente em 44 países

A OMS anunciou nesta quarta-feira ter detetado a variante, responsável pelo surto de casos da covid-19 na Índia, em dezenas de outros países de todo o mundo.

A variante B.1.617, que apareceu pela primeira vez na Índia em outubro, foi detetada em “44 países nas seis regiões da OMS”, disse a organização, que acrescentou ter recebido “notificações de deteção em cinco outros países”.

Além da Índia, o maior número de casos de infeção com a variante B.1.617 foi detetado no Reino Unido.

Esta semana, a OMS classificou esta variante do novo coronavírus como “de preocupação ou de interesse global” por estudos indicarem ser mais contagiosa do que o vírus original. Apontada como uma das razões para o surto na Índia, o mais grave neste momento a nível mundial, a variante B.1.617 juntou-se à lista de três outras, que apareceram pela primeira vez no Reino Unido, no Brasil e na África do Sul.

Estas variantes são consideradas mais perigosas do que a versão original do SARS-CoV-2 por serem mais contagiosas, mortais ou resistentes a certas vacinas.

https://zap.aeiou.pt/com-um-surto-grave-e-hospitais-em-colapso-a-india-401824

 

Netanyahu avisa: Hamas “vai receber ataques que não espera” !

A escalada de violência continua em Israel e nos territórios palestinianos ocupados e já há vítimas mortais dos dois lados. O Conselho de Segurança das Nações Unidas volta a reunir-se de emergência esta quarta-feira.


As forças armadas israelitas anunciaram, esta quarta-feira, ter realizado um novo ataque contra a Faixa de Gaza, indicando ter “concluído uma série de ataques, que atingiram casas de responsáveis” do movimento de resistência islâmica Hamas.

De acordo com o semanário Expresso, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, já tinha avisado, esta terça-feira à tarde, que o Hamas “vai receber ataques que não espera”, mas alertou que “a campanha militar vai levar o seu tempo”.

O grupo armado palestiniano afirmou que estes ataques tinham destruído a sede da polícia. Esta manhã, o Hamas também anunciou ter disparado mais de 200 foguetes contra Israel.

Foram disparados “110 foguetes contra a metrópole de Telavive” e “100 foguetes” contra a cidade de Beersheva, “em retaliação pelo reinício dos ataques contra edifícios habitados por civis”, de acordo com uma declaração.

Também a Jihad Islâmica, o segundo maior grupo armado palestiniano na Faixa de Gaza, anunciou ter disparado 100 foguetes do enclave palestiniano contra Israel.

As forças armadas israelitas anunciaram que mais de mil mísseis foram disparados, desde segunda-feira à noite, por grupos armados palestinianos, dos quais 850 foram intercetados pelo escudo antimíssil ou atingiram território israelita e 200 caíram no enclave palestiniano, indicou o porta-voz do exército israelita, Jonathan Conricus.

Duas pessoas morreram, esta quarta-feira, na cidade israelita de Lod, quando o veículo em que se encontravam foi atingido por um míssil, anunciou a polícia israelita. Estas novas mortes elevam para cinco o número total de pessoas vítimas dos ataques em Israel.

Do outro lado, em Ramallah, na Cisjordânia, um palestiniano morreu durante um confronto com o exército israelita, depois de ter sido atingido por balas israelitas no campo de refugiados de Al-Fawwar, afirmou o Ministério da Saúde palestiniano. No total, pelo menos 35 pessoas foram mortas nos ataques israelitas e 230 ficaram feridas.

Biden apoia o “direito legítimo de Israel a defender-se”

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, mantém o “apoio ao direito legítimo de Israel de se defender” e condenou os ataques de rockets do Hamas contra cidades israelitas.

“O Presidente não cederá ao apoio à segurança de Israel e ao seu legítimo direito de se defender”, disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, numa conferência de imprensa na tarde desta terça-feira.

Psaki acrescentou que Biden e a sua equipa continuarão a procurar soluções diplomáticas para a diminuição do conflito e a proteção de civis.

Também o antigo Presidente, Donald Trump, disse que os EUA devem permanecer ao lado de Israel, acusando o atual chefe de Estado de tornar o mundo um lugar “mais violento e instável”.

Numa declaração do seu movimento Salvar a América, Trump lembrou que, durante a sua presidência, os adversários de Israel sabiam de que lado estavam os EUA e que resposta teriam caso atacassem os aliados de Washington.

ONU “profundamente preocupada”

A ONU está “profundamente preocupada” com o aumento da violência em Israel e nos territórios palestinianos ocupados, declarou, esta terça-feira, um porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Condenamos toda a violência e toda a incitação à violência, assim como as divisões étnicas e as provocações”, declarou Rupert Colville durante a habitual conferência de imprensa da ONU em Genebra.

Segundo a rádio Renascença, o Conselho de Segurança das Nações Unidas volta a reunir-se de emergência esta quarta-feira, encontro esse que vai decorrer à porta fechada.

É a segunda reunião em três dias para analisar esta escalada de violência. A primeira decorreu esta segunda-feira e terminou sem uma declaração conjunta, com os Estados Unidos relutantes em adotar o projeto de declaração proposto pela Noruega, adianta a RR.

Esta violência surgiu, em parte, devido à ameaça de expulsões de palestinianos de Jerusalém Oriental em benefício dos colonos israelitas.

https://zap.aeiou.pt/hamas-vai-receber-ataques-que-nao-espera-401870

 

40 mortos em manifestações contra Governo na Colômbia - Presidente anuncia investigação a abusos policiais !

Mais de 40 pessoas morreram nas manifestações contra o governo da Colômbia que começaram há duas semanas, segundo a organização não-governamental (ONG) Temblores.


Em relatório divulgado na terça-feira, a ONG colombiana contabiliza pelo menos 40 mortes na sequência de confrontos entre manifestantes e a polícia, e dá conta de que pelo menos um polícia foi esfaqueado até à morte enquanto tentava impedir um motim.

Segundo o Ministério da Defesa colombiano, 849 agentes ficaram feridos nos protestos, incluindo 12 por armas de fogo, além de 716 civis, sem precisar neste caso o número de feridos por balas.

De acordo com as autoridades colombianas, 168 pessoas desapareceram durante as manifestações, que deverão continuar nos próximos dias.

A 5 de maio, a entidade que reporta os dados relativos a direitos humanos na Colômbia disse que 24 pessoas tinham morrido e 89 estavam desaparecidas.

A polícia colombiana está a ser amplamente acusada de usar força excessiva para reprimir os protestos que começaram em 28 de abril para protestar.

O Presidente da Colômbia anunciou o início de 65 ações disciplinares, incluindo oito por homicídio, para investigar a violência policial durante os protestos que se realizam diariamente há 14 dias no país.

Iván Duque, que visitou na terça-feira a localidade de Cali, centro dos protestos contra o Governo, disse terem sido iniciadas “65 ações disciplinares, 27 por abuso de autoridade, 11 por agressão física, oito por homicídio e 19 por outros comportamentos”.

A Procuradoria tem ainda em curso dez investigações e o Ministério Público 20, enquanto a Justiça Penal Militar é responsável por seis. Além disso, “667 pessoas foram detidas por atos de vandalismo, 20 por ordem judicial e 647 quando encontradas em flagrante delito”, disse.

Estas são as manifestações mais sangrentas contra o Governo do Presidente de direita desde os protestos maciços em 2019 e 2020 contra a violência policial.

Inicialmente, os protestos foram motivados por um aumento de impostos, mas continuaram mesmo depois de o governo recuar na sua intenção, e dirigem-se agora à crise que o país atravessa por causa da pandemia.

Duque, anunciou que os estudantes de universidades públicas e instituições técnicas e tecnológicas não terão de pagar propinas durante o segundo semestre deste ano, uma das reivindicações dos manifestantes.

O governante colombiano indicou que a medida vai permitir que 97% dos estudantes em universidades públicas, instituições técnicas e tecnológicas tenham “as propinas pagas”.

“Sabemos que a pandemia trouxe muitos efeitos negativos para o rendimento das famílias e, por isso, muitas famílias expressaram a necessidade de poder ter um mecanismo que ajude a cobrir os custos de educação”, acrescentou Duque, precisando que a medida só vai ser aplicada, para já, no segundo semestre deste ano.

No entanto, disse que pode vir a converter-se em política do Estado a partir de 2022.

https://zap.aeiou.pt/40-mortos-em-manifestacoes-contra-governo-na-401861

 

Relatório revela que Uber usou 50 empresas de fachada holandesas para evitar impostos !

A Uber recorreu a cerca de 50 empresas de fachada holandesas para reduzir a sua carga fiscal global, revelou a mais recente investigação do australiano Center for International Corporate Tax Accountability and Research.


Segundo avançou o Business Insider, em 2019, a empresa reivindicou 4,5 mil milhões de dólares em perdas operacionais globais para fins fiscais, sem contar com os Estados Unidos (EUA) e a China. Contudo, a investigação mostrou que, também em 2019, a Uber teve receitas operacionais na ordem dos 5,8 mil milhões de dólares.

“Esta é a Liga dos Campeões da evasão fiscal”, disse o analista principal do centro, Jason Ward, à revista De Groene Amsterdammer.

Várias das filiais holandesas da Uber não tinham apresentado quaisquer relatórios financeiros obrigatórios. Na Índia, pagou menos de um terço do imposto de 6% que o país impõe às multinacionais.

https://zap.aeiou.pt/holanda-uber-empresas-fachada-evitar-impostos-401865

 

quarta-feira, 12 de maio de 2021

A oposição à Neutralidade da Internet nos Estados Unidos foi falsificada !

Cerca de 18 milhões dos 22 milhões de comentários enviados, em 2017, à entidade reguladora das comunicações dos Estados Unidos sobre o fim da Neutralidade da Internet eram falsos. 


Uma investigação levada a cabo pela procuradoria-geral de Nova Iorque revelou que 18 milhões dos 22 milhões de comentários enviados à entidade reguladora das comunicações dos Estados Unidos em 2017, referentes ao fim da Neutralidade da Internet, eram falsos.

De acordo com o The New York Times, as opiniões fabricadas estão associadas a uma campanha de 4,2 milhões de dólares, cerca de 3,4 milhões de euros, da Broadband for America, um consórcio composto pelos principais fornecedores de Internet norte-americanos, que incluem a AT&T, Charter e Comcast.

O objetivo da campanha era arranjar pessoas para defender o fim da Neutralidade da Internet no país. Esta política obrigava os fornecedores de Internet a tratar todos os sites, serviços e aplicações online da mesma forma.

“As vozes americanas estão a ser apagadas por massas de comentários falsos e mensagens submetidas ao Governo para influenciar o processo de decisão“, apontou Letitia James, procuradora-geral de Nova Iorque, em comunicado.

“Em vez de procurarem realmente respostas reais do povo norte-americano, as empresas de marketing estão a atrair indivíduos vulneráveis para os seus sites na Internet com ofertas gratuitas”, acrescentou.

Alguns comentários tinham nomes de pessoas que nunca enviaram informações à FCC, obtidos ilegalmente de bases de dados de publicidade ou ciberataques. Outros eram assinados por pessoas que autorizaram dar dados pessoais em troca de livros de receitas, descontos para filmes ou amostras grátis de comprimidos para melhorar a libido masculina, e foram recolhidos por empresas de marketing contratadas pela Broadband for America.

As fornecedoras de telecomunicações não vão ser alvo de represálias. Os comentários de terceiros foram recolhidos por empresas de marketing contratadas pela Broadband for America, pelo que a equipa de James nota que não há provas de que os fornecedores  tenham tido “conhecimento direto da fraude”.

N.E.: O ZAP defende que os utilizadores têm o direito a aceder à Pipoca Mais Doce com tanta rapidez como acedem à Fox News. Na data em que a FCC aprovou a lei que então pôs fim à neutralidade da Internet nos Estados Unidos, o ZAP clarificou a sua posição de defesa desse princípio, atualizando o seu Estatuto Editorial.

https://zap.aeiou.pt/oposicao-neutralidade-internet-falsificada-401731

 

Rússia - Putin ordena revisão da lei das armas após massacre em escola da Tartária !

O Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou esta terça-feira uma revisão das regras sobre o porte de armas na Rússia na sequência de um ataque com armas de fogo numa escola de Kazan, a região da Tartária.


“O Presidente ordenou a elaboração de urgência de um novo quadro legal sobre o tipo de armas autorizados a circular entre a população civil”, indicou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, poucas horas depois do ataque que fez entre oito e onze mortes, de acordo com diferentes balanços provisórios, citados pela agência Lusa.

Por enquanto desconhece-se a identidade dos dois atacantes que dispararam contra alunos, professores e funcionário da escola 175 de Kazan. Um dos atiradores foi abatido, tendo outro sido detido pela polícia, referem as agências de notícias.

Segundo Rustam Minnikhanov, governador da república de Tartária, da qual Kazan é capital, o ataque matou pelo menos um professor e sete alunos – quatro rapazes e três raparigas – e deixou 21 outras pessoas hospitalizadas. Anteriormente, a agência russa RIA Novosti escrevera, citando os serviços de emergência, que o ataque tinha feito 11 mortos.

O Ministério da Educação disse à TASS que há pelo menos 32 feridos.

As autoridades reforçaram a segurança nos estabelecimentos de ensino de Kazan, a 700 quilómetros a oeste de Moscovo. A polícia iniciou uma investigação sobre o ataque na Tartária, uma região maioritariamente habitada por muçulmanos.

Na altura do ataque estavam no edifício 714 crianças, 70 funcionários, entre os quais 52 professores. Entretanto, o Ministério do Interior disse que está a ser organizada uma operação antiterrorista na zona.

https://zap.aeiou.pt/putin-revisao-lei-armas-massacre-escola-401723

Espanha - Novo limite de velocidade de 30 km/hora em 70% das ruas !

A partir de esta terça-feira, em sete de cada dez ruas das cidades espanholas vai ser obrigatório reduzir a velocidade de 50 para 30 km/hora, medida que será aplicada em estradas com apenas uma via por sentido de circulação.


Segundo noticiou a TSF, a medida visa reduzir as mortes por atropelamento que, em 2019, chegaram às 519, na sua maioria, peões e ciclistas. As vítimas mortais que ocorrem dentro da cidade representam 30% do total.

“A 50Km/hora em 80 a 90% dos casos a pessoa atropelada morre, enquanto à velocidade de 30km/hora essa percentagem diminui substancialmente para 10%”, explicou o ministro da Administração Interna, Fernando Grande Marlaska na apresentação do projeto.

A medida inclui ruas de sentido único ou de uma só via em cada sentido de circulação. As que tenham duas vias, onde uma é para autocarros e transporte público, as normas são iguais. Nas ruas onde os passeios estejam ao mesmo nível da estrada, a velocidade passa para 20 km/hora.

“O primeiro texto para a modificação da lei apresentou-se em 2010 e levou-se ao Ministério em 2011, mas havia eleições três ou quatro meses depois e deixou-se a lei para depois. Entretanto passaram 10 anos”, disse o diretor da Direção Geral de Trânsito (DGT), Pere Navarro. “Circular a 50 km/hora numa rua de um único sentido é um disparate. Ninguém consegue travar a tempo se aparece qualquer coisa”, referiu.

A diminuição da velocidade levará a uma redução da poluição acústica e atmosférica e dos engarrafamentos, esperando-se ainda que incentive o uso do transporte público e de veículos de circulação mais sustentáveis.

Quanto às coimas, circular a mais de 30 e até 50 km/hora dá direito a 100 euros de multa, entre 51 e 81 km/hora serão 300 euros e 2 pontos e a partir dos 81 km/hora, a multa é de 600 euros e 6 pontos.

https://zap.aeiou.pt/espanha-limite-de-velocidade-ruas-401540

 

Papa Francisco lança iniciativa para excomunhão de membros da máfia !

O Papa Francisco quer excomungar formalmente todos os membros das máfias, num momento em que a Igreja decidiu beatificar um juiz que combatia a corrupção e foi morto pela máfia.


O líder mundial da Igreja Católica Apostólica Romana já deu ordens para a criação de um grupo de trabalho, inclui uma ex-ministra e o presidente do Tribunal do Vaticano, para estudar a excomunhão de membros da máfia.

De acordo com o jornal espanhol ABC, citado pelo Observador, a iniciativa poderá ser particularmente útil em países onde estas organizações costumam usar símbolos cristãos para disfarçar a sua verdadeira natureza. É o caso de vários grupos italianos e na América Latina.

O Vaticano decidiu lançar a novidade num momento simbólico, visto que a Igreja beatificou, este domingo, o juiz italiano Rosario Livatino, que foi assassinado em 1990, pela máfia siciliana.

O próprio Papa Francisco lembrou Livatino como um “mártir da justiça e da fé” e um exemplo de integridade, que “nunca se deixou corromper e que julgava não para condenar, mas para redimir”.

Durante a cerimónia foi mostrada como uma relíquia a camisa manchada de sangue do juiz, que serviu de prova nos julgamentos e condenação dos autores do homicídio, explica a Lusa. O magistrado, que era um católico fervoroso e se dedicou muito às investigações sobre corrupção, foi assim declarado “mártir do ódio à fé”.

Assim surge o grupo de trabalho, que fará parte do departamento de Desenvolvimento Humano do Vaticano e incluirá nomes como o presidente do Tribunal do Vaticano, Giuseppe Pignatone, e a ex-ministra e antiga presidente da comissão parlamentar anti-máfia de Itália, Rosi Bindi, explica o mesmo jornal.

https://zap.aeiou.pt/papa-francisco-excomunhao-mafia-401499

 

Biden reverte política Trump que discriminava comunidade LGBTQ+ no acesso à saúde !

A administração Biden anunciou, na segunda-feira, que vai proteger os homossexuais e transexuais contra a discriminação na saúde, revertendo as políticas implementadas pelo executivo antecessor, liderado por Trump, que restringiu os direitos destes cidadãos.


A decisão da Casa Branca é o mais recente avanço do democrata Joe Biden na proteção e garantia dos direitos dos cidadãos homossexuais e transexuais, desde o desempenho do serviço militar, à habitação e até às oportunidades de emprego.

A política anunciada pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos proíbe qualquer discriminação nos cuidados de saúde a cidadãos homossexuais e transexuais.

A administração liderada por Donald Trump até janeiro de 2020 tinha definido “sexo” como aquele que foi atribuído à nascença, excluindo, deste modo, transexuais desta proteção.

“O medo em relação à discriminação pode levar indivíduos a preterir cuidados [de saúde], o que pode ter consequências negativas sérias (…). Todas as pessoas, incluindo a comunidade LGBTQ+, deve ter acesso a cuidados de saúde, livres de discriminação e interferências”, disse o responsável do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, Xavier Becerra.

Através de um comunicado endereçado à comunidade médica norte-americana, a Associação Médica Americana referiu que a administração Biden “fez a coisa certa” ao acabar com “um capítulo sombrio no qual uma agência federal procurou remover a proteção de direitos civis”.

Biden acusa grupo na Rússia de ataque informático

Joe Biden acusou na segunda-feira um grupo criminoso baseado, segundo disse, na Federação Russa, de autoria de um ataque informático que paralisou um dos maiores operadores de oleodutos no país.

A rede “Darkside é responsável pela colocação em perigo das redes da Colonial Pipeline”, tinha começado por estimar a polícia federal (FBI, na sigla em Inglês), em comunicado.

“Neste momento, os nossos serviços de informações não têm provas de um envolvimento russo”, declarou a seguir Biden.

Mas “há elementos que mostram que os envolvidos e o ransomware estão na Rússia”, acrescentou.

Um ransomware, também designado software de extorsão, é um programa informático que explora as falhas de segurança para encriptar sistemas informáticos e exige um resgate (‘ransom’) para os desbloquear.

Um ataque deste tipo visou o principal distribuidor de combustível nos EUA, a sociedade Colonial Pipeline, que transporta gasolina e gasóleo das refinarias do Texas para a região de Nova Iorque e gere mais de oito mil quilómetros de oleodutos.

Para proteger as suas infraestruturas, a empresa tinha interrompido na sexta-feira todas as operações, criando riscos para o aprovisionamento em petróleo no nordeste dos EUA.

A situação permanece “em fluxo”, escreveu a empresa, que tenciona reabrir a sua rede “por fases” com o objetivo de restabelecer o essencial das suas atividades até ao final da semana.

O grupo Darkside apareceu em 2020 e especializou-se em ataques com ransomware a grandes e médias empresas, às quais exigiu centenas de milhares – milhões de dólares, inclusive – para desbloquear os seus sistemas.

De passagem, apodera-se de dados confidenciais das vítimas, sobretudo baseadas em países ocidentais, ameaçando-as de os divulgar, se o resgate não for pago.

Os membros da Darkside garantem não ter motivações políticas, nem laços com qualquer governo.

Mas numerosos analistas suspeitam que a Darkside atue em articulação com a Federação Russa. “Pensamos que opera (e até está protegido) pela Rússia”, escreveu, na rede social Twitter, Dmitri Alperovitch, um perito em segurança informática, fundador da empresa Crowdstrike.

Outro especialista em cibersegurança, Brett Callow, da Emisoft, na televisão NBC, salientou que os programas informáticos da Darkside não funcionam nos computadores que têm, por definição, o russo ou outras línguas da Europa de Leste nos seus sistemas.

Sem se pronunciar a este propósito, a conselheira de Biden para a cibersegurança, Anne Neuberger, considerou, durante uma conferência de imprensa na Casa Branca, que o método da Darkside era “muito perturbador”. Nas suas palavras, a Darkside “essencialmente fornece um serviço” – o seu ‘ransomware’ – a piratas informáticos, partilhando depois os ganhos, descreveu.

Apesar de estes ataques visarem sobretudo o setor privado, colocam um problema de segurança nacional, acrescentou Elizabeth Sherwood-Randall, conselheira adjunta de Biden para a Segurança Nacional.

“Estes acontecimentos evidenciam o facto de que as nossas infraestruturas vitais são operadas, no essencial, pelo setor privado”, sublinhou. “Quando estas empresas são atacadas, elas são a nossa primeira linha de defesa. Dependemos da sua eficácia”.

https://zap.aeiou.pt/biden-comunidade-lgbtq-401562

 

Orçamento secreto de Bolsonaro para parlamentares pode ser investigado !

Um procurador brasileiro pediu uma investigação à reserva de três mil milhões de reais (470 milhões de euros) do Orçamento de 2020 para parlamentares em troca de apoio ao Governo de Jair Bolsonaro.


Segundo o jornal O Globo, o pedido foi entregue ao Tribunal de Contas da União (TCU) pelo subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, com base numa reportagem difundida pelo jornal O Estado de S. Paulo no domingo.

Em causa está um alegado esquema montado pelo Presidente, no final do ano passado, para aumentar a sua base de apoio no Congresso, tendo criado um orçamento paralelo de três mil milhões de reais em emendas (instrumento garantido aos parlamentares brasileiros face ao Orçamento), e que, na maioria, foi destinado à compra de tratores e equipamentos agrícolas por preços até 259% acima dos valores de referência fixados pelo Governo.

Trata-se de dinheiro paralelo ao previsto nas tradicionais emendas individuais a que todos os senadores e deputados têm direito. Secretamente, esses recursos extra foram concentrados num grupo de parlamentares que apoiava o Governo.

Com o orçamento secreto, o Executivo negociou apoio para as candidaturas, em fevereiro, de Arthur Lira à presidência da Câmara dos Deputados e de Rodrigo Pacheco para comando do Senado, candidatos apoiados por Bolsonaro e que saíram vencedores.

“A situação requer, a meu ver, a atuação do TCU no cumprimento de suas competências constitucionais de controlo externo de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da Administração Pública federal, a fim de que sejam apurados os atos do Poder Executivo que porventura venham – contrariando as regras isonómicas previstas para a aprovação e liberação de emendas parlamentares individuais – favorecendo determinados parlamentares, em retribuição a apoio aos projetos do Governo”, frisou o procurador, citado pelo O Globo.

“Esses recursos ‘extras’ ocorreriam, em princípio, à margem de todas as regras constitucionais, legais e regulamentares, em ofensa ao princípio da isonomia que orienta a distribuição de recursos orçamentários entre os parlamentares no regime das emendas individuais e sem a transparência que requer o uso de recursos públicos”, acrescentou.

Além do procurador, também o deputado federal Marcelo Freixo deu entrada de um pedido no TCU para investigar este orçamento paralelo.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o Ministério do Desenvolvimento Regional e a empresa estatal Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) têm sido o atalho preferencial de deputados e senadores para direcionar essas verbas para obras, como pavimentação e instalação de poços, e para a compra de máquinas pesadas, como tratores, retroescavadoras e camiões-cisterna, para municípios considerados estratégicos.

“É um absurdo que o Governo Federal continue a patrocinar os seus aliados, incluídos antigos e atuais presidentes das casas parlamentares, para manejo de interesses particulares com evidente desvio de finalidade e sobrefaturamento. Tais verbas poderiam ter sido utilizadas no combate à pandemia, sobretudo na compra de vacinas”, indicou Freixo no documento entregue ao TCU.

Numa investigação ao longo de três meses, o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso a 101 ofícios e descobriu que Bolsonaro alegadamente atribuiu a um grupo de deputados e senadores o direito de impor onde seriam aplicados milhares de milhões de reais, provenientes de uma nova modalidade de emendas, chamada RP9.

Contudo, oficialmente, Bolsonaro vetou a tentativa do Congresso de definir a aplicação dos recursos das emendas RP9. O Presidente considerou que isso contrariava o “interesse público” e estimulava o “personalismo”, mas foi exatamente esse esquema que adotou, ignorando o seu próprio ato, segundo a investigação de O Estado de S. Paulo.

PGR rejeita investigação por depósitos na conta da primeira-dama

O procurador-geral da República (PGR) brasileiro rejeitou um pedido feito ao Supremo Tribunal Federal (STF) para abrir um inquérito contra o Presidente por cheques depositados na conta da primeira-dama por um ex-assessor.

A informação foi noticiada, esta segunda-feira, pelo jornal O Globo, que indicou que a manifestação do PGR, Augusto Aras, foi enviada ao juiz do Supremo Marco Aurélio Mello, cabendo agora ao magistrado decidir se acolhe, ou não, o pedido do PGR.

Em causa estão cerca de 20 depósitos feitos pelo amigo da família Bolsonaro e ex-assessor, Fabrício Queiroz, na conta bancária da atual primeira-dama, Michelle Bolsonaro, no valor total de 72 mil reais (cerca de 11.345 euros).

Além da quantia transferida por Queiroz, entre 2011 e 2016, também a sua mulher, Márcia de Aguiar, destinou 17 mil reais (2680 euros) em cheques para a mulher do Presidente.

Face a essas transferências, um advogado entrou com um pedido no STF para que fosse aberto um inquérito pelo crime de peculato e desvio de recursos públicos, com base nas reportagens publicadas na ocasião e que denunciaram a situação.

Contudo, Augusto Aras sustentou que apenas as notícias publicadas na imprensa não constituem elemento suficiente para abertura de investigação, de acordo com O Globo.

O PGR argumentou que o Ministério Público do Rio de Janeiro já apresentou uma acusação contra o senador Flávio Bolsonaro, filho do Presidente, a respeito do assunto, mas não encaminhou à Procuradoria-Geral da República nenhum indício de crime envolvendo Jair Bolsonaro.

Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro são suspeitos de operar um esquema de desvio de dinheiro público através da apropriação de parte do salário de ex-funcionários do filho do chefe de Estado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), prática ilícita conhecida pelo termo “rachadinha”.

“É notório que as supostas relações espúrias entre Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz (…) foram objeto de oferecimento de denúncia, na primeira instância, em desfavor de ambos e de outras pessoas supostamente envolvidas nos crimes correlatos. Inexiste notícia, porém, de que tenham surgido (…) indícios do cometimento de infrações penais pelo Presidente da República”, escreveu Aras, citado pelo O Globo, rejeitando a abertura de um inquérito contra o mandatário.

Manifesto assinado por artistas pede destituição de Bolsonaro

Cerca de 2500 artistas brasileiros, incluindo o cantor e escritor Chico Buarque e o ator Gregório Duvivier, lançaram esta segunda-feira um manifesto pela destituição de Jair Bolsonaro da Presidência, devido à gestão da pandemia.

Intitulado “Artistas Pelo Impeachment [destituição]“, o manifesto tece duras críticas à gestão de Bolsonaro durante a pandemia, que fez mais de 423 mil mortos e 15,2 milhões de infetados no Brasil, um dos países mais afetados pela crise sanitária em todo o mundo.

“Diversas medidas poderiam ter sido tomadas para reduzir o número de mortes, mas não foram. A estratégia seguiu uma direção contrária. O descaso e a negação das conquistas científicas continuam a ser incentivados”, indica o manifesto divulgado no site da organização Jornalistas Livres.

“Com isto aumenta a cada dia o número de vidas humanas perdidas. Ou seja, vivemos sob a tutela de um Governo criminoso que, por diligência engendrada e condução irracional da crise sanitária, causa um número de óbitos muito superior ao que seria o inevitável“, frisa o texto.

A par do manifesto, foi ainda lançado um abaixo-assinado pela destituição do atual chefe de Estado brasileiro, num evento virtual que juntou nomes como o do cantor e compositor Ivan Lins, a atriz Malu Galli, o músico Zeca Baleiro, o indígena Ailton Krenak, o rapper Emicida ou a atriz Maria Bopp.

“Sou uma pessoa comum, filho de um militar e de uma professora primária, fui bem educado, graças a Deus. Não consigo imaginar um Presidente no nível deste homem, que tem total desprezo pela vida humana. Um Presidente que nunca visitou um hospital para dar força aos médicos, que tem coragem de sugerir a imunização de rebanho, um morticínio. Não temos um estadista, temos um terrorista”, defendeu Ivan Lins no encontro.

A carta coletiva foi concluída com um convite a toda a “sociedade brasileira” para “uma unificação dos diversos esforços sociais, políticos e culturais”, visando “estancar o genocídio nacional”.

“Nós convidamos a nação brasileira a um pleito único, urgente e fundamental, para que tenhamos a possibilidade de ver um futuro através da discussão pública e ampla do processo de impugnação do atual mandato da Presidência da República. Cessar um Genocídio”, reforça o manifesto.

“O presidente da Câmara e os congressistas têm que colocar em discussão imediata o assunto, já que este é o desejo maior de grande parte da sociedade brasileira. Não podemos mais assistir impassíveis a essas manobras macabras e irresponsáveis que nos fazem perder, diariamente, milhares de vidas humanas para a Covid-19 através de calculado genocídio”, frisa.

Até agora, o abaixo-assinado pela destituição de Bolsonaro já conta com quase 23 mil assinaturas.

https://zap.aeiou.pt/orcamento-secreto-bolsonaro-pode-ser-investigado-401576

 

“Cobardia, engano, perversão“ - Militares franceses voltam a atacar Macron !

Nova carta aberta alerta para o perigo de uma guerra civil em França. “Trata-se da sobrevivência do nosso país, do vosso país”, escrevem os signatários.


Os militares que há três semanas assinaram uma carta aberta a avisar os dirigentes políticos para os riscos de uma “guerra civil” em França voltaram a publicar uma nova missiva em que acusam o governo liderado por Emmanuel Macron de “cobardia”.

A carta foi publicada na revista de direita Valeurs Actuelles e na segunda-feira à tarde já contava com mais de 150 mil signatários.

“Cobardia, engano, perversão. Esta não é nossa visão da hierarquia. Pelo contrário, o exército é, por excelência, o lugar onde falamos a verdade uns com os outros, a quem comprometemos a nossa vida. É a esta confiança na instituição militar que apelamos”, pode ler-se na carta.

“Ajam, senhoras e senhores. Desta vez, não se trata da procura da emoção fácil, de fórmulas feitas ou de mediatização. Não se trata de prolongar os vossos mandatos ou de conquistar novos. Trata-se da sobrevivência do nosso país, do vosso país”, escrevem os autores do texto, dirigido ao Presidente da República, aos membros do governo, aos deputados e às chefias das forças armadas.

Contudo os autores preferiram manter-se em anonimato, o que é justificado pelo facto de terem entrado recentemente na carreira militar, escreve o Público.

A primeira carta publicada foi denunciada pelo Governo de Macron e pelos partidos de esquerda, com a exceção a vir da extrema-direita, do partido de Marine Le Pen.

Há cerca de três semanas, a ministra da Defesa, Florence Parly, pediu mesmo que os autores da carta fossem alvo de sanções. “Estas ações são inaceitáveis… Naturalmente, haverá consequências”, disse a ministra.

No entanto, a segunda carta rebateu as ameaças de punição e lançou um ataque total ao Governo, acusando-o de “atropelar” a honra dos veteranos e “manchar” a sua reputação.

“Para discutir a forma da tribuna dos nossos anciãos em vez de reconhecer a evidência das suas descobertas, é preciso ser cobarde. Para invocar um dever de reserva mal interpretado com o objetivo de silenciar os cidadãos franceses, é preciso ser muito enganador. Para encorajar os oficiais superiores do exército a tomar uma posição e se exporem, antes de os punir ferozmente assim que escrevem outra coisa que não são relatórios de batalha, é preciso ser bastante perverso”, escrevem os militares, numa crítica direta a Emmanuel Macron e ao seu executivo.

Tal como na primeira carta, os signatários alertam para o perigo iminente de um conflito violento e, mais uma vez, o Islão é o alvo escolhido.

A resposta à segunda não tardou, pela voz do ministro do Interior. “É essa a coragem, ser anónimo?”, afirmou Gérald Darmanin em declarações à BFM-TV.

A nova carta dos militares mereceu também a condenação de François Hollande, antigo Presidente da República.

“É preocupante que a Valeurs Actuelles ​​faça uma petição sem assinaturas, ou seja, sem saber quem faz estas acusações e defende esta linha de pensamento”, disse à France Inter.

https://zap.aeiou.pt/militares-franceses-atacam-macron-401545

 

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...