sábado, 18 de setembro de 2021

Bolsonaro garante que irá à Assembleia Geral da ONU mesmo sem estar vacinado !

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que recusa vacinar-se contra a covid-19, afirmou que participará ainda assim na Assembleia Geral da ONU, na próxima semana, em Nova Iorque, onde deverá ser exigido um certificado de vacinação.


“Estarei na Assembleia Geral da ONU na próxima semana. Darei o discurso de abertura [na terça-feira]. Um discurso sereno, bastante objetivo, focado nos pontos de interesse para nós”, disse Bolsonaro na quinta-feira (madrugada de sexta-feira em Lisboa), no seu tradicional discurso semanal nas redes sociais, apontando como exemplos a gestão da pandemia no Brasil, os agronegócios e a energia.

O chefe de Estado, infetado com o coronavírus no ano passado, reafirmou também que não vai tomar a vacina, defendendo que já está imunizado.

“Você toma a vacina para quê? Para ter anticorpos, não é isso? A minha taxa de anticorpos está lá em cima”, disse Bolsonaro.

Para que é que eu vou tomar? Todo mundo já tomou vacina no Brasil? Depois que todo mundo tomar vou decidir meu futuro aí”, acrescentou o chefe de Estado, falando ao ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Queiroga, a quem mostrou um documento alegadamente com resultados a um exame médico.

Em resposta, o ministro disse a Bolsonaro: “O senhor precisa se vacinar”.

A participação de Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU foi posta em causa na quarta-feira, quando o líder da Assembleia, Abdulla Shahid, anunciou que todos os participantes devem estar vacinados, citando uma política da cidade de Nova Iorque, que impôs a apresentação de um certificado de vacinação para ter acesso à reunião.

O comissário da Saúde da cidade, Dave Chokshi, sublinhou que o anfiteatro da Assembleia Geral era “um centro de convenções” sujeito às mesmas regras que a maioria dos espaços de atividade interior em Nova Iorque.

No entanto, horas mais tarde, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que não podia impor essa restrição aos chefes de Estado.

Até ao momento, ainda não ficou claro como é que a regra será aplicada. Os porta-vozes de Shahid e Guterres disseram que as discussões estão em andamento, e o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stephane Dujarric, sugeriu que poderá haver “uma solução aceitável para todos”.

A questão sobre se Bolsonaro será, eventualmente, vacinado ainda é tema de especulação no Brasil, onde a covid-19 já matou mais de 589 mil pessoas.

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com maior número de óbitos, depois dos Estados Unidos.

A vacinação contra a doença no Brasil encontra-se agora num ritmo mais acelerado, após um início lento, o que levou o número de mortes a diminuir significativamente no país.

Reconhecido mundialmente pela sua capacidade de realizar campanhas em massa de imunização em tempo recorde, este país de 213 milhões de habitantes só iniciou a vacinação contra a covid-19 em meados de janeiro, mais de um mês após a maioria dos países europeus ou da vizinha Argentina.

Quando as vacinas estavam prestes a ser lançadas, no final do ano passado, Jair Bolsonaro foi intransigente, dizendo repetidamente que não se vacinaria, nem obrigaria ninguém a fazê-lo.

“Não vou tomar a vacina, ponto final”, disse o chefe de Estado em dezembro passado. Já em abril, o mandatário afirmou que só decidirá se receberá o antídoto “depois de o último brasileiro ter sido vacinado e se sobrarem vacinas”.

Invocar a liberdade pessoal combina com a sua ampla oposição às restrições impostas por governadores para impedir a propagação do vírus. Bolsonaro, um cético em relação à gravidade da pandemia e defensor de fármacos sem eficácia contra a doença, continua a declarar que ninguém deve ser impedido de “ir e vir” quando quiser.

Na sua primeira participação na Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2019, Bolsonaro protestou contra o socialismo e contra o que descreveu como sensacionalismo da imprensa em relação aos incêndios na Amazónia.

No ano seguinte, num vídeo gravado, Bolsonaro afirmou que o Brasil foi vítima de desinformação ambiental e ressaltou o prejuízo económico causado pelas recomendações de isolamento social face à pandemia.

Este ano, mais de 100 chefes de Estado e 23 ministros planeiam fazer discursos na ONU pessoalmente. Outros líderes falarão por vídeo, a única opção disponível no ano passado.

Por tradição, o líder brasileiro fala em primeiro lugar e é seguido pelo homólogo norte-americano. A administração de Bolsonaro tem trabalhado para demonstrar a Joe Biden, Presidente dos EUA, o seu compromisso em conter a desflorestação na Amazónia, tema que poderá ser abordado no seu discurso.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-assembleia-geral-da-onu-432245

 

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Líder militar dos EUA temeu que Trump iniciasse guerra nuclear com a China – E chegou a ligar aos chineses !

As revelações aparecem em Peril, o novo livro de Bob Woodward e Robert Costa sobre os bastidores da Casa Branca. Trump já respondeu.


O General Mark Milley, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, telefonou duas vezes ao seu homólogo chinês para o tranquilizar sobre um possível ataque surpresa dos EUA contra a China.

As revelações fazer parte do novo livro de Bob Woodward sobre a administração Trump chamado Peril, que foi escrito em colaboração com Robert Costa, jornalista do The Washington Post. Este é o terceiro livro de Woodward sobre a Casa Branca, depois de Medo: Trump na Casa Branca e Rage, e vai ser publicado dia 21 de Setembro.

A primeira chamada teve lugar a 30 de Outubro de 2020, quatro dias antes das presidenciais e foi feita depois de Milley ter sido informado pela inteligência americana de que os chineses acreditavam que os Estados Unidos se estavam a preparar para atacar a China. Os autores escrevem que os chineses temiam um ataque devido aos exercícios militares no Mar do Sul da China e na retórica agressiva de Trump.

“General Li, quero assegurá-lo que o governo americano está estável e que tudo vai ficar bem. Não vamos atacar ou conduzir quaisquer operações cinéticas contra vocês”, prometeu Milley. O livro revela que Milley chegou a dizer que avisaria as autoridades chinesas caso os EUA atacassem, dizendo que “lhe ligaria antecipadamente“.

O General chinês acreditou em Milley, avança o livro. A segunda chamada teve lugar a 8 de Janeiro, dois dias depois da insurreição de apoiantes de Trump no Capitólio, e serviu para acalmar os medos chineses sobre o que se tinha passado. “Estamos 100% estáveis. Está tudo bem, mas a democracia pode ser desleixada às vezes“, garantiu.

Li continuou de pé atrás e o livro detalha que Milley não informou Donald Trump desta conversa. O General acreditava que Trump estava em declínio mental desde a eleição e teve conversas com Nancy Pelosi, Presidente da Câmara dos Representantes, sobre os seus receios de que o chefe de Estado não tivesse condições de ocupar a Casa Branca.

Ele é maluco. Você sabe que ele é maluco”, disse Pelosi, segundo uma transcrição do telefonema. “Concordo consigo em tudo o que disse”, terá respondido o militar. Pelosi chegou mesmo a questionar se há precauções que evitem que um Presidente instável “ordene um ataque nuclear”. Milley garantiu que “há muitas verificações no sistema”.

No mesmo dia, Mark Miller chamou os comandantes para uma reunião onde lhes lembrou que fazia parte da ordem de comando e que teria de ser consultado mesmo que Trump ordenasse um ataque nuclear. O livro relata mesmo que Miller olhou cada um nos olhos e que considerou as respostas um juramento.

Milley não era o único nos corredores da administração que temia as acções de Donald Trump. A directora da CIA, Gina Haspel, terá chegado a dizer ao chefe do Estado-Maior das Forças Armadas que os EUA estavam “a caminho de golpe de estado de direita“.

Trump responde a Milley

Muitos apoiantes de Trump estão a encarar as acções de Milley como um acto de traição e exigem que Joe Biden o afaste do cargo, incluindo Marco Rubio, Senador Republicano da Flórida, que escreveu uma carta à Casa Branca a pedir a sua demissão. Biden já respondeu, dizendo que tem “grande confiança no General Milley“.

O próprio Donald Trump, em entrevista à estação Newsmax, acusou Milley de traição. “Eu nunca pensei em atacar a China”, disse o ex-Presidente.

O livro aborda também as dúvidas do vice de Trump, Mike Pence, na altura de confirmar Biden como novo Presidente. O vice-presidente dos EUA lidera também o Senado e Trump queria que Pence não certificasse a vitória de Biden na eleição devido às acusações infundadas de fraude eleitoral.

Isto já se sabia, mas a novidade é que, pelos vistos, Pence estava dividido entre a sua lealdade a Trump e o seu dever e pediu conselhos a Dan Quayle, vice de George Bush que teve de certificar a vitória de Bill Clinton, sobre como devia proceder.

“Mike, não tens nenhuma flexibilidade. Nenhuma. Zero. Esquece isso”, respondeu Quayle a Pence quando este o questionou sobre se podia aceder ao pedido de Trump devido aos processos de fraude que ainda estava abertos.

Pence acabou por confirmar a vitória de Biden e disse a Trump que não podia fazer nada, já que o seu papel era só “abrir os envelopes”. “Já não quero ser teu amigo se não fizeres isto. Traíste-nos. Eu criei-te. Tu não eras nada“, terá respondido o então Presidente. Pence acabou por se tornar um dos alvos dos apoiantes de Trump, tendo a multidão que invadiu o Capitólio gritado a apelar o seu enforcamento.

https://zap.aeiou.pt/lider-militar-trump-guerra-china-432060

 

Empresa canadiana debaixo de fogo por publicar anúncios de emprego destinados a não vacinados !

Uma empresa de canoagem, sediada no Canadá, está debaixo de fogo depois de ter colocado anúncios de emprego destinados, exclusivamente, a pessoas não vacinadas contra a covid-19.


“Por favor, NÃO se candidate se tiver tomado quaisquer vacinas contra a covid-19”, lia-se no anúncio de emprego da Souris River Canoes. “Só iremos considerar indivíduos não vacinados.”

Segundo o The Independent, os proprietários da empresa canadiana estavam à procura de candidatos para dois cargos a tempo inteiro e um a tempo parcial, com uma duração de seis meses e potencial para serem renovados.

Os anúncios provocaram uma reação negativa por parte dos clientes nas redes sociais. “Exigir que o pessoal não seja vacinado contra a covid-19 como condição de emprego é, simultaneamente, irresponsável e imprudente nesta fase da pandemia”, escreveu Rob Prdn, no Facebook.

No Reddit, foi divulgado um e-mail dos proprietários Keith e Arlene Robinson, no qual defendiam ser “contra a intimidação governamental e empresarial do direito das pessoas à liberdade sanitária, usando mandatos e passaportes de vacinas”.

“Têm direito às vossas atitudes e opiniões de julgamento, tal como nós temos o direito de tomar as nossas próprias decisões de contratação de negócios”, acrescentaram.

Estes anúncios surgiram numa altura em que muitos empregadores, das mais variadas indústrias do Canadá, estão a pedir aos funcionários para se vacinarem. Caso contrário, terão de procurar outro emprego.

https://zap.aeiou.pt/anuncios-de-emprego-a-nao-vacinados-432011

 

O Hawaii quer remover a sua “escadaria para o paraíso” – E a culpa é dos turistas !


Em causa estão preocupações com a segurança e vandalismo, que têm aumentado com a explosão de popularidade da escadaria Ha‘ikū nas redes sociais.

É caso para dizer que a Stairway to Heaven vai para o inferno – e não, não estamos a falar da música dos Led Zeppelin, mas antes da escadaria Ha‘ikū, em Kaneohe, no Hawaii.

A origem desta obra data da Segunda Guerra Mundial, quando a Marinha dos Estados Unidos usava escadas de madeira para se movimentar nas montanhas durante a construção da estação de rádio Haʻikū, que foi usada de forma confidencial para enviar sinais de rádio aos navios militares no Pacífico. A obra tem quase 4000 degraus.

A Guarda Costeira substituiu nos anos 50 a madeira por metal e a obra foi aberta ao público a partir da década de 70. Já desde 1987 que as escadas de Haiku são de acesso restrito devido a preocupações com segurança e vandalismo e, em 2002, a cidade de Honolulu gastou quase 900 mil dólares em obras para poder reabrir totalmente as visitas.

No entanto, a cidade nunca assegurou o acesso legal ao público e os caminhantes continuam a subir a escadaria sem autorização. As multas para os infractores chegam até aos 1000 dólares, mas isso não os detém, e cerca de 4000 visitantes aventuram-se anualmente na obra em busca de selfies para publicar nas redes sociais.

A aparição na série televisiva Magnum P.I. também ajudou a desvendar este segredo havaiano ao resto do mundo e levou a que ainda mais turistas começassem a visitar a escadaria diariamente.

Por causa disto, na semana passada a assembleia municipal de Honolulo aprovou por unanimidade uma resolução para “remover as escadas Ha‘ikū e as estruturas acessórias para evitar o trespasse, reduzir o incómodo nas comunidades locais, aumentar a segurança pública, remover potenciais responsabilidades para a cidade e proteger o ambiente”.

“Devido ao aumento do trespasse ilegal, as escadas Ha‘ikū são uma responsabilidade significativa e cara para a cidade e afectam a qualidade de vida dos residentes de perto”, afirmou a deputada municipal Ester Kiaaina.

Mas a decisão já se fazia anunciar há muito tempo. Em 2019, o quadro de abastecimento de água de Honolulu, que detém a escadaria, publicou um comunicado onde deixou claro que não se responsabiliza pelos custos de segurança da vigilância à atracção turística.

“Nos finais de Abril de 2016, um baloiço foi ilegalmente instalado perto do topo das escadas Ha‘ikū, o que apresenta riscos que põem em perigo a vida”, detalha o relatório. Vários turistas publicaram vídeos no baloiço antes deste ser removido.

Em Maio, a polícia prendeu 93 pessoas por tentarem entrar no trilho em apenas 10 dias. Entre Agosto de 2017 e Março de 2020, as autoridades mandaram embora quase 11.500 pessoas que estavam a tentar subir a escadaria.

A cidade já reservou um milhão de dólares para avançar com a remoção, mas o autarca Rick Blangiardi é quem tem nas mãos a decisão final. No entanto, o grupo “Amigos das Escadas Ha‘ikū” protestou contra a decisão em frente à Câmara.

Perder as escadas seria uma catástrofe“, afirmou o presidente Vernon Ansdell, que propõe que o acesso ao público seja “gerido” como alternativa.

https://zap.aeiou.pt/hawaii-remover-escadaria-paraiso-culpa-turistas-432187

 

 

França suspende 3.000 profissionais de saúde que recusaram vacina contra covid-19 !

A França suspendeu 3.000 profissionais de saúde sem remuneração por se recusarem a tomar a vacina contra a covid-19, revelou o ministro responsável pela pasta, Olivier Véran.


Segundo Véran, citado esta quinta-feira pelo Guardian, “várias dezenas” de profissionais de saúde preferiram pedir demissão ao invés de tomar a vacina contra a covid-19. Mas, com os cerca de 2,7 milhões de profissionais desta área na França, “a continuidade da saúde está garantida”, sublinhou o responsável.

Em julho, o Presidente francês, Emmanuel Macron, disse aos profissionais de saúde e aos bombeiros que tinham até 15 de setembro para se vacinarem, de forma parcial ou total. Contudo, a Santé Publique – autoridade de saúde francesa -, estima que 12% do pessoal hospitalar e 6% dos médicos privados não foram vacinados.

Atualmente, 81,4% da população com mais de 12 anos está totalmente vacinada e 86,1% já receberam uma dose. Entre os bombeiros, cerca de 80% estão vacinados.

“Um grande número dessas suspensões será temporário”, referiu Véran à rádio RTL. “Estas incluem maioritariamente o pessoal do serviço de apoio, como os que trabalham nas lavandarias ou na preparação de refeições”, esclareceu, frisando que são poucos os médicos e enfermeiros ainda não vacinados.

O número de infeções no país caiu para menos de 100 por 100.000 habitantes pela primeira vez desde meados de julho. Existem agora cerca de 10.000 novos casos por dia, o que significa que as restrições, incluindo o passe de saúde, devem permanecer.

“A situação melhorou consideravelmente devido à vacinação em massa”, às medidas de restrição, “à vigilância das pessoas” e “ao passe de saúde”, destacou o ministro, acrescentando: “nove em cada 10 pessoas elegíveis para serem vacinadas foram vacinadas. Somos hoje um dos países mais vacinados do mundo”.

Porém, o presidente da Fédération Nationale de la Mobilité Sanitaire (Federação Nacional para a Mobilidade Sanitária), Thierry Schifano, disse que 13% dos motoristas de ambulâncias e veículos de saúde não foram vacinados, “nem querem ser”. “Corremos o risco” de haver “interrupção de tratamentos e “um aumento na escassez de ambulâncias”.

https://zap.aeiou.pt/franca-profissionais-saude-vacina-432141

 

Facebook e Google criticados por anúncios de “reversão do aborto” !

O Facebook já veiculou anúncios de “reversão do aborto” 18,4 milhões de vezes desde janeiro de 2020, de acordo com um relatório do Center for Countering Digital Hate (CCDH), promovendo um procedimento “não comprovado, antiético” e “perigoso”.


Já o Google, avançou o Guardian, mostra esses anúncios na maioria dos resultados relacionados ao aborto em pesquisas associadas a termos de pesquisa como “gravidez indesejada” e “pílula de aborto”, em várias cidades dos Estados Unidos (EUA).

Os anúncios promovem o uso de altas doses de progesterona para “reverter” os efeitos do mifepristone, um dos fármacos usados nos abortos. Porém, um estudo publicado no New England Journal of Medicine refere que há “falta de evidências médicas que demonstrem a segurança e a eficácia do tratamento”, podendo causar hemorragias graves.

Apesar disso, oito estados norte-americanos exigem que as pessoas que procuram um aborto recebam informações que afirmam que tal reversão é uma opção. Esses anúncios, disseram os autores do estudo, “encorajam as mulheres a participarem de uma experiência de pesquisa não monitorizada”.

“É nojento que grupos que buscam minar os direitos sexuais e reprodutivos fundamentais sejam capazes de espalhar desinformação para mulheres e meninas vulneráveis. O que é pior: o Facebook e o Google estão a ganhar dinheiro com essa propaganda”, disse Imran Ahmed, diretor da CCDH.

Os especialistas já haviam classificado os “anúncios das ‘reversões da pílula do aborto’ como desinformação médica potencialmente letal e antiética. É por isso que não se vêem na televisão ou em jornais ou em sites de boa reputação”, continuou.

No Facebook, análises da própria plataforma revelaram que até 1,5 milhões de utilizadores no Reino Unido e 3 milhões na República da Irlanda podem ter sido alvo de anúncios que promovem essa utilização, pagos pelos grupos anti-aborto SPUC e no Life Institute.

A Google proíbe os anunciantes de promover “informações enganosas sobre produtos” e “produtos não aprovados pelo governo, comercializados” como se fossem “seguros ou eficazes”. O Facebook, por seu lado, proíbe anúncios do género de serem direcionados a jovens dos 13 aos 17 anos.

“Removemos muitos dos anúncios identificados no relatório – a maioria dos quais estavam inativos e tinham meses ou anos – por violarem as nossas políticas de oferta de produtos e serviços para adultos”, referiu um porta-voz do Facebook.

https://zap.aeiou.pt/facebook-google-anuncios-reversao-aborto-432092

 

Austrália, Reino Unido e EUA assinam pacto de defesa para conter China !

A Austrália, os Estados Unidos (EUA) e o Reino Unido anunciaram o “Pacto de Aukus”, que visa frente às pretensões territoriais da China no Indo-Pacífico e envolverá a construção de uma frota de submarinos com capacidade nuclear e projetos de guerra cibernética, inteligência artificial e computação quântica.


Este acordo, no âmbito da Segurança e Defesa, permite que a Austrália possa construir, pela primeira vez, submarinos com capacidade nuclear, com a participação de empresas norte-americanas e britânicas no processo de fabricação, avançou o Independent.

Na conferência conjunta, o Presidente dos EUA, Joe Biden, e os primeiros-ministros Boris Johnson e Scott Morrison não fizeram referências diretas à China. O acordo, contudo, é visto como uma resposta norte-americana ao expansionismo de Pequim no Mar do Sul da China e das ameaças chinesas a Taiwan.

O acordo, considerado pelos especialistas como um dos mais significativos desde a Segunda Guerra Mundial, foi anunciado na quarta-feira em Washington, Londres e Camberra, tendo a iniciativa de construção da frota partido do governo australiano.

Sobre os submarinos, os EUA e a Austrália garantiram que Camberra não irá recorrer a armas nucleares ainda que estes tenham capacidade para as transportar. O país é um dos signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), que visa impedir a aquisição e desenvolvimento de armas nucleares.

Apenas a China e a Índia operam submarinos com capacidade nuclear na região do Indo-Pacífico. A Índia é aliada dos australianos e os dois países realizam exercícios militares e navais juntos.

Já as relações entre a Austrália e a China estão cada vez mais tensas depois que Camberra pediu uma investigação independente sobre as origens do coronavírus e criticou a repressão chinesa em Hong Kong, o tratamento aos uigures em Xinjiang e a atuação em águas territoriais.

Por sua vez, a China estabeleceu restrições às importações australianas e ‘hackers’ ligados a Pequim foram acusados ​​de realizar ataques cibernéticos contra vários alvos na Austrália.

A Austrália torna-se, assim, no sétimo país do mundo a operar submarinos com capacidade nuclear, depois de EUA, Reino Unido, França, China, Índia e Rússia.

https://zap.aeiou.pt/australia-reino-unido-eua-pacto-china-432068

 

“Dezenas de pessoas” da comitiva de Putin infetadas com covid-19 !

O Presidente russo, Vladimir Putin, informou que dezenas de pessoas da sua comitiva testaram positivo para o coronavírus, doença que afetou mais de 7 milhões de habitantes no país.


Putin entrou em isolamento no início desta semana, após anunciar um surto entre membros da sua comitiva. “Casos de coronavírus foram detetados no meu círculo íntimo. Não apenas uma ou duas, mas várias dezenas de pessoas”, indicou o Presidente num vídeo, citado esta quinta-feira pelo Guardian.

Putin deveria estar presente na reunião da Organização do Tratado de Cooperação e Segurança (CSTO), em Dushanbe, no Tajiquistão, mas acabou por participar remotamente. Imunizado com a vacina russa Sputnik V, se encontrou esta semana com o Presidente sírio, Bashar al-Assad, e com atletas que regressaram dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio.

A Rússia tem o quinto maior número de casos de covid-19 e tem lutado para controlar as infeções, apesar do fácil acesso às vacinas. Segundo dados recentes, o país registou mais de 7 milhões de casos e 195.041 mortes por covid-19 – o mais alta na Europa -, num país cético em relação à vacinação.

Na terça-feira, cerca de 40,2 milhões dos 146 milhões de russos haviam sido totalmente vacinados, de acordo com o site Gogov. O país tem várias vacinas caseiras disponíveis gratuitamente ao público, mas não distribui nenhuma vacina de fabricação ocidental.

O país introduziu a vacinação obrigatória numa série de regiões, incluindo Moscovo, com Putin a apelar repetidamente para que a população se vacine.

As autoridades russas foram acusadas de minimizar os efeitos da pandemia e, após um primeiro bloqueio rígido em 2020, se abstiveram de introduzir novas medidas restritivas. Ao invés disso, depositou as esperanças de reduzir a pandemia nas suas quatro vacinas caseiras – Sputnik V, EpiVacCorona, CoviVac e a Sputnik Light.

https://zap.aeiou.pt/dezenas-de-pessoas-da-comitiva-de-putin-infetadas-com-covid-19-432111

 

Líder do Estado Islâmico no Grande Saara morto por forças francesas !

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou esta madrugada que o líder do grupo terrorista “Estado Islâmico no Grande Saara” (EIGS), Adnan Abu Walid Sahraoui, foi “neutralizado” por forças militares francesas.


“Trata-se de um novo grande sucesso no combate que conduzimos contra os grupos terroristas no Sahel”, escreveu o Presidente francês na rede social Twitter.

Na mensagem, Macron acrescentou que o país “pensa esta noite em todos os seus heróis mortos pela França no Sahel nas operações Serval e Barkhane, nas famílias enlutadas, em todos os seus feridos. O seu sacrifício não é em vão”.

O líder do EIGS “morreu após um ataque da força Barkhane”, escreveu a ministra da Defesa francesa, Florence Parly, no Twitter, saudando “um golpe decisivo” contra o grupo terrorista.

O EIGS, criado em 2015 por Adnan Abu Walid Sahraoui, tinha sido designado como “inimigo prioritário” no Sahel, na cimeira de Pau (sudoeste da França), em janeiro de 2020.

É considerado como estando por detrás da maioria dos ataques na região das “três fronteiras”, uma vasta área que abrange o Mali, Níger e Burkina Faso, entre os países mais pobres do mundo.

Em particular, reivindicou o ataque de Tongo Tongo, em outubro de 2017, no Níger, perto da fronteira maliana, uma emboscada que provocou a morte de quatro soldados norte-americanos e de outros tantos nigerinos.

A região é alvo recorrente de ataques de dois grupos jihadistas armados, o Estado Islâmico no Grande Sahara (EIGS) e o Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM, na sigla em francês), associado à Al-Qaeda.

Pelo menos 5.100 militares franceses estiveram destacados nesta vasta região desértica, na operação Barkhane, a partir de 2014, sucedendo à operação Serval, lançada em 2013 pelo então Presidente francês François Hollande, para impedir que grupos jihadistas no norte do Mali assumissem o controlo do país.

Macron anunciou o fim da operação Barkhane no início de junho, considerando que a presença francesa “não pode substituir” os Estados da região que “decidem não assumir as suas responsabilidades” e não garantem a segurança ou os serviços públicos no seu território.

Meia centena de soldados franceses morreram nesta missão, que custa à França cerca de mil milhões de euros por ano.

Ao anunciar a redução das forças francesas no Sahel, em 10 de junho, Macron disse que a luta contra o terrorismo seria levada a cabo por forças especiais estruturadas em torno das operações Takuba e EUTM Mali, com participação francesa.

A operação Barkhane também contou com sete aviões de combate, 20 helicópteros, cinco a oito aviões de transporte estratégico, 280 veículos de combate pesados, 220 veículos ligeiros e 400 veículos logísticos, segundo o Ministério da Defesa francês.

Para além da luta contra o terrorismo, a estratégia francesa na região visava também assegurar que os países do chamado G5 Sahel (Níger, Mauritânia, Burkina Faso, Mali e Chade) conseguissem garantir a sua própria segurança de forma autónoma.

https://zap.aeiou.pt/lider-estado-islamico-morto-francesas-432016

 

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

O “maior escritório flutuante do mundo” foi construído para resistir às alterações climáticas !


Um edifício flutuante foi construído em Roterdão, na Holanda, para resistir às alterações climáticas — se o nível da água subir, o “maior escritório flutuante do mundo” acompanhará a maré.

De acordo com o New Atlas, a construção do Escritório Flutuante de Roterdão (FOR, na sigla em inglês) foi recentemente concluída.

O edifício foi projetado para acompanhar a subida do nível da água — causado pelas alterações climáticas —, será alimentado por energia solar e pode ser facilmente reciclado quando chegar ao fim da sua vida útil.

Descrito como “o maior escritório flutuante do mundo” pela Powerhouse Company, a empresa criadora, o edifício foi recentemente inaugurado pelo Rei Willem-Alexander dos Países Baixos, ao lado do antigo Secretário-Geral da ONU Ban Ki-moon e da diretora administrativa da Fundo Monetário Internacional.

O escritório, que fica no porto de Rijnhaven, em Roterdão, servirá de sede para o Centro Global de Adaptação, acolhe o banco ABN Amro, a RED Company, a própria empresa de design Powerhouse e ainda um restaurante. O projeto faz parte de um esforço de reabilitação na área.

O FOR tem 3.606 metros quadrados, é feito de madeira pré-fabricada e repousa em cima de 15 pontões de betão feitos à medida que são ancorados juntos para criar uma base flutuante sólida. É composto por três andares, uma grande área de terraço e um telhado verde.

Toda a energia necessária para o edifício provém de uma matriz de painéis solares de 800 metros quadrados, e a água do porto é usada para dissipar o calor e para ajudar a fornecer aquecimento e arrefecimento eficientes.

O edifício inovador estará no porto de Rijnhaven até 2031. Depois será transferido para outro local ou poderá acolher outros inquilinos.

“Desenvolvemos o nosso escritório flutuante para refletir os valores dos seus residentes: o Centro Global sobre Adaptação”, explicou a Powerhouse Company.

“Esta organização não governamental com sede em Roterdão, presidida por Ban Ki-moon, visa promover o planeamento, o investimento e a tecnologia para mitigar as alterações climáticas. O edifício neutro em carbono foi concebido para ser resistente ao clima e flutuará se o nível do mar subir devido às alterações climáticas. O nosso escritório resistente ao clima é tanto uma ilustração da missão do centro como um exemplo de como construir estruturas flutuantes sustentáveis”, concluem.

https://zap.aeiou.pt/maior-escritorio-flutuante-do-mundo-431503

 

 

Remodelação no Reino Unido - Johnson demite ministros da Educação, Justiça e Habitação !

Os ministros da Educação, Habitação e Justiça foram hoje demitidos do Governo britânico no âmbito da remodelação que o primeiro-ministro, Boris Johnson, iniciou, na sequência de várias crises, como a da pandemia ou a da retirada do Afeganistão.


O ministro da Educação, Gavin Williamson, foi, sem surpresas, o primeiro a confirmar a saída, afirmando ter sido “um privilégio servir como Ministro de Educação desde 2019”. “Apesar dos desafios da pandemia mundial, estou particularmente orgulhoso das reformas transformacionais que conduzi”, escreveu na rede social Twitter.

Bastante criticado pela forma como geriu o cancelamento dos exames do ensino secundário e o encerramento das escolas durante a pandemia covid-19, era um dos que mais tinha a continuidade em causa.

A “ministra sombra” do Partido Trabalhista, na oposição, Kate Green, disse que Williamson deixa um legado de “dois anos de caos nos exames e funcionários abandonados, sem apoio e desmoralizados”.

Também demitidos foram o ministro da Justiça, Robert Buckland, e o ministro da Habitação, Robert Jenrick.

Dominic Raab, que tem estado sob pressão desde que foi conhecido que continuou as férias na Grécia durante o pico da crise de retirada britânica do Afeganistão, perdeu a pasta do Ministério dos Negócios Estrangeiros, passando para a Justiça.

Designado por Johnson para o substituir na chefia do Governo enquanto esteve hospitalizado, em abril passado, Raab passa agora a ter o título oficial de vice-primeiro-ministro.

Para o seu lugar passa a atual ministra do Comércio Internacional, Liz Truss, que se tem destacado na negociação de acordos pós-Brexit, pelo que a transferência é considerada pelos analistas como uma promoção.

O secretário de Estado do Conselho de Ministros, Michael Gove, considerado um dos mais eficazes no executivo, passa a ser responsável pelo pelouro da Habitação.

Gove é um dos ministros mais experientes do Governo, tendo no passado liderado as pastas da Educação, Ambiente e Justiça, pelo que acumulará com as missões de concretizar o “nivelamento do país”, uma das promessas de Johnson, e de manter as relações com as províncias da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

Intocáveis parecem ser a ministra do Interior, Priti Patel, e o ministro das Finanças, Rishi Sunak, duas figuras populares na ala direita do Partido Conservador.

Apesar de ter sido acusada e considerada culpada de intimidar funcionários públicos e criticada por não conseguir controlar as travessias de imigrantes ilegais do Canal da Mancha, Patel mantém-se nas funções que ocupa desde 2019.

Sunak, cuja popularidade subiu durante a pandemia devido às medidas de apoio à economia e trabalhadores, tornando-se um potencial sucessor de Johnson, continua responsável pelo orçamento e política fiscal.

Após semanas de especulação sobre a iminência de uma remodelação governamental, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, iniciou hoje uma renovação dos seus ministros e membros do executivo.

A última remodelação governamental teve lugar em fevereiro do ano passado, depois de o Reino Unido sair formalmente da União Europeia (UE), mas, mesmo nessa altura, Boris Johnson manteve a maioria dos ministros em funções desde 2019 nos seus lugares.

Fonte do Governo disse à BBC que a remodelação pretende formar “uma equipa forte e unida” focada na recuperação da pandemia e “na união e nivelamento de todo o país”.

A reconfiguração da equipa começou esta tarde, após o debate semanal do primeiro-ministro na Câmara dos Comuns com os deputados, e deverá prolongar-se nos próximos dias.

Na semana passada, o líder do Partido Conservador negou que uma mexida no executivo fosse prioritária, tendo respondido aos jornalistas que “a população do país está focada na recuperação da [pandemia] de covid-19”.

Na imprensa britânica, vários comentadores referiram que a hesitação se deve, sobretudo, a uma questão de caráter de Johnson.

“Um dos piores defeitos de um primeiro-ministro é a necessidade de ser apreciado e Boris Johnson tem isso em excesso. Ele fica chocado quando é confrontado por alguém que pensa que ele não é mais do que um adorável monte de diversão. É por isso que odeia remodelações. Significa que tem de fazer inimigos”, explicou Iain Dale, no jornal Daily Telegraph.

https://zap.aeiou.pt/remodelacao-reino-unido-johnson-demite-ministros-educacao-justica-habitacao-431878

 

Porque morrem tantos americanos ?

Nos últimos 30 anos a esperança média de vida nos Estados Unidos da América não acompanhou as melhorias verificadas na Europa.


“A América tem um problema relacionado com a morte“. Assim começa uma análise, em espécie de alerta, de Derek Thompson, na revista The Atlantic.

O artigo centra-se nos números dos últimos 30 anos nos Estados Unidos da América – e não nos novos registos que o coronavírus trouxe.

A esperança média de vida nos EUA, que até 1990 era muito semelhante a outros países mais desenvolvidos como Alemanha, Reino Unido e França, desceu muito nas últimas três décadas.

Um estudo publicado já em setembro, do National Bureau of Economic Research que contou com colaboração de duas investigadoras da Universidade de Coimbra, centrou-se na desigualdade entre brancos e negros, na mortalidade de cidadãos que habitam nos Estados Unidos da América; mas mostra também que, no geral, estão a morrer mais americanos do que europeus (dos países desenvolvidos).

Bebés, adolescentes, adultos… Em qualquer idade, a percentagem de óbitos é maior nos EUA. E assim a esperança média de vida foi descendo.

Nesta comparação com a Europa Ocidental surge Portugal, ao lado de Espanha, França, Itália, Alemanha, Reino Unido e Dinamarca e Suíça: em todos estes países a esperança média de vida ultrapassa os 80 anos. Nos EUA nunca passou dos 79 anos e agora desceu para aproximadamente 77 anos, não tendo acompanhado a subida da média dos países europeus.

Hannes Schwandt, professor da Northwestern University, sublinha que estes números podem fazer que as pessoas façam as perguntas certas mas não apontam a causa para esta diferença entre americanos e europeus.

O autor do artigo deixa hipóteses: nos EUA há mais homicídios causados por armas de fogo (porque os americanos têm mais armas do que os cidadãos de outros países), porque há mais acidentes de viação, mais falecimentos relacionados com doenças infecciosas e há mais complicações em mulheres grávidas.

Mas, como já foi mencionado, o estudo centra-se nas desigualdades. E aí há três aspectos evidentes.

Nos EUA quem vive num local pobre “arrisca-se” a morrer mais cedo, ao contrário do que acontece na Europa, onde há uma grande equidade entre as zonas mais ricas e mais pobres, no que diz respeito à mortalidade. Nos EUA a pobreza é maior e as consequências provenientes da pobreza também.

No outro extremo, entre as pessoas mais ricas, também morrem mais norte-americanos. “Mostra que algo está mal no sistema de saúde dos Estados Unidos”, avisa Hannes Schwandt.

A terceira conclusão: ainda há muito para aprender, entre os próprios norte-americanos. E também ainda há muito para compreender, na totalidade, a origem desta descida.

https://zap.aeiou.pt/porque-morrem-tantos-americanos-431884

 

Já pode comprar ações de obras de arte como se fosse a bolsa de valores !

Já é possível comprar ações de obras de arte como se da bolsa de valores se tratasse. A plataforma Masterworks está a tentar trazer a arte das elites para todos.


No outono de 2018, uma obra de Banksy, “Love is in the Bin (“O Amor Está no Lixo” em português), foi vendida por 1,2 milhões de euros.

Agora, o comprador original colocou a obra à venda e espera-se que ela valha mais de 4 milhões de euros — o que equivaleria a um retorno de mais de 250% sobre o investimento original.

E se, em vez de o mercado de arte ser apenas para as elites, as pessoas comuns pudessem comprar ações de uma peça de arte cara e vendê-las como bem entendessem? É precisamente isso que uma nova plataforma, Masterworks, procura fazer.

Os fundos de investimento em arte existem há mais de um século. A Masterworks, no entanto, deu um nova ar a uma velha prática, na medida em que a plataforma permite que indivíduos comprem ações de obras de arte específicas por 20 dólares.

Os investidores podem então vender essas ações num mercado secundário fácil de usar ou esperar até que a Masterworks venda a peça.

Para aqueles que pensam em comprar arte apenas para fins de investimento, é importante entender como é que os fundos de investimento em arte têm funcionado tradicionalmente e se os especialistas acreditam que é um bom investimento.

Um dos primeiros fundos de investimento em arte chamava-se La Peau de l’Ours (A Pele do Urso), que estava sediado em França durante o início do século XX.

O nome vem de uma fábula francesa que contém o aforismo “nunca venda a pele do urso antes de matá-lo” e faz alusão ao facto que investir em arte pode ser um empreendimento arriscado.

Parcialmente pretendido como um meio de apoiar artistas pós-impressionistas emergentes, como Picasso, Matisse e Gauguin, o fundo era administrado como um sindicato no qual um pequeno número de parceiros contribuía com quantias idênticas para comprar uma coleção de pinturas.

O empresário, crítico de arte e colecionador Andre Level administrou o fundo e organizou a venda das pinturas. Depois de as pinturas serem vendidas, ele recebia 20% do preço de venda pelo seu trabalho. Os artistas recebiam 20% dos lucros do fundo além do dinheiro que recebiam da venda original. Os investidores recebiam o restante em proporções iguais.

Este conceito — devolver uma proporção do preço de venda ao artista — é conhecido como droit de suite, ou direito de revenda do artista. Versões disto são agora lei na maior parte do mundo ocidental, exceto nos Estados Unidos.

Este primeiro fundo de arte foi um sucesso. Gerou procura por novas obras de arte e apoiou artistas impressionistas e modernos inovadores, ao mesmo tempo que proporcionou um retorno considerável aos investidores originais.

Há fundos de arte que ainda estão em operação, como o Anthea e o The Fine Art Group, e, é claro, bancos e leiloeiras há muito descrevem o investimento em arte como uma estratégia de diversificação adequada para os ricos.

A teoria económica sugere que, por definição, investir em arte pode fornecer retornos menores do que investir em ações. Isto porque é considerado um investimento de paixão. Assim como investir em joias ou moedas, parte do retorno do investimento em arte deve ser o gozo intrínseco dos próprios objetos. O retorno total consiste no retorno monetário e no gozo da propriedade.

Como as ações não fornecem, para a maioria das pessoas, esse valor de gozo, o retorno monetário do investimento nesses instrumentos financeiros deveria, em tese, ser maior do que o retorno monetário do investimento em arte. Mas é importante analisar os números.

Em 1986, o economista William Baumol estimou os retornos de longo prazo ajustados pela inflação para investir em arte, ao longo de um período de 300 anos, em apenas 0,6%.

Desde então, alguns investigadores estimaram retornos mais elevados. Por exemplo, o trabalho do professor de finanças de Yale, Will Goetzmann, e dos economistas Jiangping Mei e Mike Moses, encontrou retornos ajustados pela inflação de 2% em 250 anos e 4,9% em 125 anos, respetivamente. Os retornos estimados variam com base no período de tempo, amostra e metodologia.

Arte para todos?

A Masterworks, no entanto, é um pouco diferente dos fundos de arte tradicionais discutidos acima. Os investidores estão a comprar ações de uma única obra de arte, em vez de investir num fundo que inclui várias obras.

O preço de entrada é muito mais baixo e, enquanto houver compradores dispostos a compartilhar a obra de arte, os investidores não ficarão presos ao fundo por um determinado período de tempo. Os investidores podem obter retorno apenas vendendo ações que sobem de valor, sem esperar que a própria obra de arte seja vendida.

Mas, como os fundos de arte tradicionais, os investidores em ações de arte vendidas pela Masterworks ganham dinheiro se o preço das suas obras de arte subir, e perdem o seu dinheiro se ele cair.

O formato da Masterworks provavelmente vai atrair uma geração mais jovem de investidores, muitos dos quais podem ter começado a investir pequenas quantias através de aplicações como a Robinhood.

https://zap.aeiou.pt/ja-pode-comprar-acoes-obras-de-arte-431533

 

“Vamos lutar até aos portões do inferno”: Plano de vacina obrigatória de Biden suscita críticas e processos !

O anúncio do plano de vacinação Joe Biden suscitou aplausos do lado Democrata, mas muitas críticas de governadores Republicanos, que estão a processar a administração norte-americana.


Ainda não passou uma semana desde o anúncio, mas o plano de vacinação de Joe Biden não tardou a suscitar dúvidas e críticas por parte de adversários políticos e sindicatos.

O plano afecta 100 milhões de americanos e obriga os funcionários públicos a serem vacinados para poderem trabalhar. Já as empresas com mais de 100 funcionários têm de garantir que os trabalhadores estão vacinados ou então sujeitá-los a testes semanais. Os profissionais de saúde e educadores de empresas que recebam fundos federais também têm de se imunizar.

As medidas surgiram para pressionar a população a vacinar-se depois do grande aumento de casos que os EUA têm registado nas últimas semanas devido à variante Delta, dado que cerca de 80 milhões de norte-americanos continuavam sem se vacinar. Vários especialistas aplaudiram a medida, como Georges Benjamin, director executivo da Associação de Saúde Pública Americana, que considera que só peca por tardia.

No entanto, o plano não demorou a levantar críticas no Partido Republicano. Um dos opositores foi Asa Hutchinson, governador Republicano do Arkansas, que afirmou que o pacote de medidas “endurece a resistência” daqueles que se recusam a ser vacinados.

“Temos de ultrapassar a resistência. Este é um vírus muito sério e mortal e estamos todos juntos a tentar aumentar a vacinação na população. O problema é que estou a tentar ultrapassar a resistência, mas as acções do Presidente endurecem-na”, afirmou à NBC.

No estado do Arizona, tanto o governador como o procurador-geral também deixaram críticas à Casa Branca. “Aquilo que a administração Biden está a fazer é ultrapassar os poderes do governo, pura e simplesmente. Quantos negócios vão perder funcionários? Quantas escolas vão fechar? Quantas empresas vão ser multadas?“, questionou Doug Ducey, governador Republicano, que acredita que o plano não se vai segurar em tribunal.

O procurador-geral do estado, Mark Brnovich, também do Partido Republicano, caracteriza as medidas como “um passo devastador no caminho até à nacionalização dos nossos sistemas de saúde e da força de trabalho privada e uma grande erosão das nossas liberdades individuais.

Brnovich prometeu também avançar com um processo contra a administração Biden, e cumpriu a promessa. A cidade de Tucson, controlada por Democratas, avançou com a vacinação obrigatória dos funcionários públicos, mas Brnovich já afirmou que a medida é ilegal e que a cidade tem 30 dias para voltar atrás ou arriscar-se a perder milhões de dólares de financiamento estadual.

Os líderes de outros estados como o Texas, Georgia, Montana, Tennessee usaram argumentos semelhantes, com o governador Henry McMaster, da Carolina do Sul, a prometer que vai “lutar até aos portões do inferno” contra os Democratas para “proteger a liberdade” da população.

No Indiana, o governador Republicano Eric Holcomb enfatizou o seu apoio à vacinação, mas defende que não é da responsabilidade do governo obrigar a população a imunizar-se. O procurador-geral Todd Rokita disse que está a preparar uma acção legal.

“A minha equipa e outros procuradores-gerais que concordam estão a rever a acção legal para lutarmos contra estas medidas autoritárias da administração Biden. Estamos preparados para processar se Biden continuar com estas restricções ilegais na liberdade dos Hoosiers”, ameaçou Rokita.

No Congresso, o líder na minoria Republicana na Câmara dos Representantes foi curto e grosso, escrevendo no Twitter: “NÃO À VACINA OBRIGATÓRIA“. Já a congressista Elise Stefanik condenou o pacote de medidas como “autoritário” e a obra de “um governo com sede de poder”, enquanto que o representante Jim Banks disse que a vacina obrigatória é “não-americana”.

O Comité Nacional Republicano revelou também que vai processar a administração Biden quando as medidas entrarem em vigor para proteger os pequenos negócios que não têm capacidade de lutar contra o governo.

Ronna McDaniel, presidente do Comité, afirma que Biden mentiu quando “prometeu aos Americanos quando foi eleito que não ia impor a vacina”, referindo-se à posição da Casa Branca em Julho, quando a porta-voz afirmou que a obrigatoriedade da vacina “não é da responsabilidade do governo federal”.

A retórica dos políticos está também a preocupar as autoridades de saúde, já que não estão a especificar ser contra a vacinação obrigatória só neste caso, o que pode colocar em causa medidas semelhantes na imunização contra outras doenças como o sarampo, escreve o The Washington Post.

“Estejam à vontade”

Entretanto, Joe Biden respondeu às críticas dos adversários políticos e aos processos abertos contra o pacote de medidas. “Estejam à vontade“, disse o Presidente dos Estados Unidos durante uma visita a uma escola em Washington quando questionado pelos jornalistas.

“Estamos a agir a sério aqui, isto não é um jogo. E não conheço nenhum cientista neste campo que não ache que faça um sentido considerável as seis medidas que propus”, acrescentou Joe Biden.

Sobre as críticas dos Republicanos, o chefe de Estado mostra-se desapontado. “Estão tão desiludido que, alguns governadores Republicanos em particular, tenham sido tão descuidados com a saúde destas crianças, tão descuidados com a saúde das suas comunidades”, rematou.

https://zap.aeiou.pt/lutar-portoes-inferno-vacina-obrigatoria-suscita-criticas-processos-431797

 

“Foi um grande erro”: Morte de 1400 golfinhos num dia nas Ilhas Faroé criticada até por adeptos da caça !

Quase 1500 golfinhos foram mortos no domingo na caça tradicional das Ilhas Faroé, o que motivou críticas até entre os defensores do ritual. Activistas que defendem o fim da caça afirmam que este foi o maior massacre na história do território autónomo da Dinamarca.


É uma tradição já com centenas de anos nas Ilhas Faroé, um território autónomo que pertence à Dinamarca, mas não deixa de causar revolta anualmente. Segundo avança a BBC, 1400 golfinhos de faces brancas foram capturados e mortos no último domingo, o que está a gerar polémica na região.

O território captura todos os anos 600 baleias em média, segundo os dados do governo, sendo estes valores bem mais baixos no caso dos golfinhos – 35 em 2020 e apenas 10 em 2019. Mas a recente captura de 1400 golfinhos num só dia foi considerada excessiva e deixou um enorme rasto de sangue no mar, a que centenas de pessoas assistiram na praia.

O grupo de quase 15000 golfinhos foi atraído até às aguas rasas na praia de Skálabotnur na ilha de Eysturoy e foi morto durante horas. As carcaças foram depois distribuídas pela população para consumo.

No entanto, um local revelou ao jornal dinamarquês Ekstra Bladet que seria impossível a população comer toda a carne. “A minha suposição é que a maioria dos golfinhos vão ser atirados ao lixo ou a um buraco no chão. Devíamos ter quotas por distrito e não devíamos matar golfinhos”, revelou.

Foi um grande erro. Quando o grupo foi encontrado, estimavam que fossem apenas 200 golfinhos. Alguém devia ter sabido melhor. A maioria das pessoas está em choque com o que aconteceu”, afirma o presidente da Associação de Baleeiros das Ilhas Faroé, Ólavur Sjúrðarberg, que realça que a caça foi autorizada e que nenhuma lei foi infrigida.

Até pessoas que normalmente defendem a caça como uma parte da sua cultura se mostraram revoltadas com a situação. “Fico com nojo ao ver este tipo de coisas“, afirmou um comentador na página de Facebook de uma estação de televisão local, citado pelo The Guardian.

“Tenho vergonha de ser faroês”, disse outro comentador, que descreveu o massacre como “completamente terrível”. Já o antigo presidente de uma associação que defende a caça, Hans Jacob Hermansen, afirma que o que se passou “destrói todo o trabalho que tem feito” para preservar a tradição nas Ilhas.

O deputado dinarmarquês das Ilhas Faroé, Sjurdur Skaale, visitou a praia na segunda-feira para falar com os habitantes e considera que o ritual é “legal, mas não é popular” e que as pessoas “ficaram furiosas e em choque” com a escala do massacre. No entanto, o político acredita que a caça pode continuar a ser feita.

“Do ponto de vista do bem-estar animal, é uma boa maneira de providenciar carne – e muito melhor do que manter vacas e porcos presos”, defendeu Sjurdur Skaale.

Já a Sea Shepherd, um grupo que defende o fim da caça, afirma que as mortes de domingo foram “o maior massacre de golfinhos ou baleias-piloto na história das Ilhas“.

Alex Conelissen, capitão e chefe global da Sea Shepherd, considera “absolutamente horrível” ver um ataque à natureza desta escala durante uma pandemia.

Um biólogo marinho das Ilhas Faroé, Bjarni Mikkelsen, comparou a escala da caça deste domingo à da de outros anos. O recorde anterior tinha sido em 1940, com 1200 animais mortos, seguindo-se 1879, com 900 e 1873, quando foram capturados 856 mamíferos.

https://zap.aeiou.pt/morte-1400-golfinhos-num-dia-ilhas-faroe-revolta-431814

 

Teorias da ‘Síndrome de Havana’ “violam as leis da física”, dizem cientistas cubanos !

Cuba divulgou um relatório, o mais detalhado até à data, no qual cientistas locais criticam as alegações de que diplomatas norte-americanos e canadianos foram submetidos a ataques misteriosos quando estavam destacados no país.


O relatório, desenvolvido por um painel de 20 membros da Academia de Ciências de Cuba – incluindo neurocientistas, físicos, psicólogos e otorrinologistas -, analisou a variedade de sintomas relatados, verificando se poderia se tratar de uma única síndrome, indicando que algumas das explicações violavam as leis básicas da física, noticiou o Guardian.

Os especialistas reconheceram, contudo, que não foram capazes de examinar muitas das evidências citadas por investigadores norte-americanos.

Mais de duas dúzias de funcionários das embaixadas norte-americanas e canadianas em Havana relataram ter adoecido entre 2016 e 2017, levando funcionários dos Estados Unidos (EUA) a afirmarem que foram vítimas de “ataques sónicos” e ao encerramento da maioria das operações. Em 2017, o Canadá também reduziu o pessoal diplomático no país.

Investigadores de ambos os países não conseguiram concluir o que pode ter causado as doenças, mesmo com casos semelhantes relatados desde então na Alemanha, Áustria, Rússia, China e EUA. Alguns dos afetados disseram ter ouvido um som alto e penetrante e sentido uma pressão intensa no rosto, acompanhada de dores, náuseas e tonturas.

O relatório, publicado na segunda-feira, referiu que os próprios cientistas norte-americanos rejeitaram muitas das explicações sugeridas e disseram que várias das doenças podem ter sido causadas por condições pré-existentes ou por problemas que ocorrem normalmente em qualquer população.

Um relatório da Academia Nacional de Ciências dos EUA, divulgado em dezembro de 2020, concluiu que a “energia de radiofrequência pulsada e dirigida parece ser a explicação mais plausível” para as doenças entre os diplomatas norte-americanos. O estudo não identificou uma fonte para a energia.

O relatório cubano considerou essa conclusão “intrigante porque o relatório não cita nenhuma evidência direta do envolvimento da [radiofrequência] nos eventos em Havana ou em qualquer outro lugar”.

“Nenhuma forma conhecida de energia pode causar danos cerebrais [com precisão semelhante à de um laser] nas condições descritas para os supostos incidentes em Havana”, referiu.

A única explicação que não pode ser descartada, sugeriram os especialistas, é a possibilidade de o psicológico dos diplomatas ter originado os sintomas físicos.

https://zap.aeiou.pt/teorias-sindrome-havana-leis-fisica-cientistas-cubanos-431763

 

Bill Gates diz que não estamos prontos para a próxima pandemia !

Um novo relatório da Fundação Bill e Melinda Gates referiu que as nações não estão a fazer o suficiente para se prepararem para a próxima pandemia, desafiando os países a investir a longo prazo em sistemas de saúde.


No documento, citado pelo Independent, a fundação apelou à redução do preço das vacinas e das desigualdades de recursos entre nações de alta e baixa receita.

“Parece óbvio que num mundo globalizado, onde pessoas e bens se movem constantemente através das fronteiras, é insuficiente os países ricos serem os únicos com equipamento e recursos para sequenciar vírus”, apontou o relatório.

As ferramentas para acabar com a pandemia, continuou, são semelhantes às utilizadas no combate a outras doenças infeciosas, como a malária e a poliomielite: “o uso de testes generalizados e, quando possível, tratamento rápido e eficaz e imunização”.

A fundação classificou a desigualdade de vacinação entre as nações um “ultraje moral profundo”. Menos de 1% das doses da vacina foram administradas em países de baixa receita, em comparação com 80% em países de alta e média alta receita.

Na Califórnia, nos Estados Unidos, foram administradas 42 milhões de doses da vacina contra o coronavírus, em comparação com 48 milhões de doses em todo continente africano. A população de África é 30 vezes maior que a da Califórnia.

https://zap.aeiou.pt/bill-gates-prontos-proxima-pandemia-431735

 

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Parlamento Europeu apela ao reconhecimento das uniões homossexuais em toda a União Europeia !

Os eurodeputados querem que os casais homossexuais e as suas famílias sejam tratadas de forma igual em todos os estados-membros.


Os eurodeputados exigiram esta quarta-feira que os casais homossexuais beneficiem dos mesmos direitos dos restantes em toda a União Europeia (UE), nomeadamente em termos da liberdade de circulação e de reagrupamento familiar.

“Os casamentos ou parcerias registados num Estado-membro devem ser reconhecidos em todos os outros de modo uniforme e os cônjuges e parceiros do mesmo sexo devem ser tratados da mesma forma que os seus homólogos de sexo oposto”, pediram os deputados europeus num texto não vinculativo, aprovado por 387 votos – com 161 votos contra e 123 abstenções – durante uma sessão plenária em Estrasburgo.

Os eurodeputados pretendem também que “as famílias arco-íris beneficiem dos mesmos direitos de reagrupamento familiar que os casais de sexo oposto e respetivas famílias” e que sejam “tratadas da mesma forma em toda a UE”.

Segundo um estudo encomendado pelo Parlamento Europeu em março de 2021, seis Estados-membros não reconhecem um cônjuge do mesmo sexo vindo de um outro Estado-membro para a concessão de uma autorização de residência e em 11 países não é aceite que os pais legais de uma criança possam ser duas mulheres ou dois homens, o que significa que a filiação dos dois progenitores não é reconhecida para as famílias homossexuais mesmo que provenientes de outro Estado-membro.

No texto votado, os deputados europeus apontam os casos da Roménia, Polónia e Hungria. Bucareste por não ter transposto para a sua legislação um acórdão do Tribunal de Justiça Europeu sobre a livre circulação dos cônjuges do mesmo sexo e Varsóvia e Budapeste pela “discriminação enfrentada pelas comunidades LGBT+”.

“O Parlamento pede à UE que tome medidas adicionais (processos por infração, recursos judiciais e sanções que afetam os fundos europeus) contra estes países”, adianta.

https://zap.aeiou.pt/parlamento-europeu-reconhecimento-unioes-homossexuais-431485

 

Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos no Mar do Japão !

A Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos não identificados no Mar do Japão, informou o Chefe do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS).


A Coreia do Norte disparou esta quarta-feira dois mísseis balísticos não identificados no Mar do Japão (que as duas Coreias designam por Mar Oriental), informou o Chefe do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS).

“A Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos não identificados para o Mar Oriental a partir da região central do país, depois do meio-dia de 15 de setembro”, disse o JCS, em comunicado, citado pela agência EFE.

A última vez que o regime de Pyongyang disparou um míssil balístico foi no final de março, quando testou o que parecia ser uma versão do seu projétil KN-23, capaz de realizar trajetórias muito difíceis de intercetar.

O lançamento de hoje também foi detetado pela Guarda Costeira japonesa, que indicou que os mísseis aterraram fora da zona económica exclusiva do Japão (ZEE). A Guarda Costeira japonesa notificou o lançamento por volta das 13:38 (05:38 em Lisboa), informou o Ministério da Defesa, de acordo com a emissora pública japonesa NHK.

Segundo a mesma fonte, nenhum navio ou avião comunicou danos devido aos lançamentos norte-coreanos.

De acordo com a Associated Press, o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, disse que os mísseis aterraram fora da ZEE japonesa, nas águas entre o noroeste do Japão e a Península Coreana.

“Os disparos ameaçam a paz e a segurança do Japão e da região e são absolutamente escandalosos”, disse Suga. “O Governo do Japão está determinado em intensificar a vigilância para estar preparado para qualquer contingência”, acrescentou.

O lançamento surge depois de o regime da Coreia do Norte ter afirmado que testou um novo tipo de míssil de cruzeiro de longo alcance, durante o fim de semana.

A escalada no armamento ocorre numa altura em que o diálogo sobre a desnuclearização continua bloqueado, após o fracasso da cimeira de Hanói, em 2019, durante a qual os EUA consideraram que a proposta de desarmamento da Coreia do Norte era insuficiente e se recusaram a levantar as sanções ao país.

O Governo norte-americano insistiu nos últimos meses em encontrar-se com dirigentes da Coreia do Norte, sem condições prévias, para tentar reavivar as conversações, mas até agora não obteve resposta de Pyongyang.

Várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU proíbem a Coreia do Norte de prosseguir os seis programas de armamento nuclear e de mísseis balísticos.

Apesar de atingido por múltiplas sanções internacionais, o país reforçou nos últimos anos as capacidades militares, sob a liderança de Kim Jong-un. A Coreia do Norte procedeu a diversos ensaios nucleares e testou com sucesso mísseis balísticos, capazes de atingirem os Estados Unidos.

https://zap.aeiou.pt/coreia-norte-disparou-dois-misseis-431613

 

Com foco na sustentabilidade, Apple anuncia iPhone 13 !

Os fãs da Apple conheceram ontem as novidades da marca para a próxima temporada. O evento de terça-feira é a iniciativa anual mais importante para a tecnológica norte-americana. Foram apresentados novos iPhones.

O evento ficou marcado pela apresentação de quatro novos telemóveis – com melhores câmaras e baterias com mais capacidade – dois novos tablets, um relógio com algoritmos mais minuciosos e uma aplicação para fazer exercício com outros donos de produtos da Apple. O evento foi transmitido em directo de Cupertino, na Califórnia.

A grande novidade deste ano – além do grande destaque no tema da privacidade – são os esforços para que a marca se torne mais amiga do ambiente, destaca o Público.

Quase todos os produtos foram feitos com algum tipo de material reciclável. Por exemplo,  as antenas do iPhone 13, foram criadas com antigas garrafas de água de plástico. E os novos iPads são feitos de alumínio reciclado. Todos os telemóveis são compatíveis com as novas redes 5G.

Os novos iPhones – o iPhone 13 (929 euros) e o iPhone 13 Mini (829 euros) – vêm com uma câmara frontal e duas câmaras traseiras, organizadas na diagonal, com 12 megapixels. Através do “Cinematic Mode” o telemóvel é ainda capaz de seguir pessoas num vídeo sem as deixar ficar desfocadas.

Estas são as caraterísticas que ambos têm em comum, mas também há diferenças: o iPhone 13 tem 6,1 polegadas e vem com uma bateria que permite ver vídeos online, em streaming, durante 15 horas. Já o iPhone 13 tem 5,4 polegadas e aguenta 13 horas de streaming.

Por sua vez, os novos iPhone Pro (a partir de 1179 euros) têm uma banda de aço inoxidável nas laterais e estão disponíveis em dois tamanhos – 6,1 polegadas no Pro e 6,7 polegadas no Pro Max -, possuem três câmaras traseiras com 12 megapixels, e uma frontal com 12 megapixels. O ecrã tem 120Hz, o que na prática quer dizer que atualiza 120 vezes por segundo, sendo ideal para videojogos.

Para os amantes de desporto é de realçar que o serviço de exercício físico da Apple, o Apple Fitness +, passa a permitir organizar treinos em conjunto a partir da aplicação de mensagens da marca.

Em Portugal, vai ser possível encomendar iPhones 13 a partir de sexta-feira, com entregas a começar a 24 de setembro e preços a partir de 829 euros, da versão Mini, escreve o Expresso.

No que diz respeito aos tabletes a marca continuou a sua aposta na sustentabilidade. Tanto o novo iPad (desde 399 euros) como o novo iPad Mini (569 euros) são feitos a partir de alumínio reciclado, sendo que ambos são compatíveis com as novas redes 5G. Tal como nos telemóveis, as câmaras têm 12 megapixeis.

Por fim, destacam-se os smartwatches. Os novos relógios Apple Series 7 (a partir de 309 euros), prometem ser mais resistentes e vir com um ecrã 20% maior que o Series 6. Assim, as mensagens e emails apresentados no ecrã do relógio incluem 50% mais texto e é possível responder a mensagens, diretamente no pulso, com um teclado virtual.

https://zap.aeiou.pt/apple-anuncia-iphone-13-431638

 

Livro revela que antepassados de Joe Biden possuíam escravos !

Uma investigação revelou que dois antepassados de Joe Biden, Presidente dos Estados Unidos, foram proprietários de três escravos.


Dois antepassados do lado paterno do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, eram proprietários de três escravos. Segundo o Russia Today, a revelação foi feita pelo genealogista Alexander Bannerman e surge no livro The Bidens: Inside the First Family’s Fifty-Year Rise to Power de Ben Schreckinger.

Depois de estudar vários anos de censos e registos que continham informações sobre escravos, Bannerman descobriu que, no censo de 1800, o trisavô de Biden, Jesse Robinett, possuía duas pessoas escravizadas no condado de Allegany.

Os registos também mostraram que o seu tetravô Thomas Randle escravizou um rapaz de 14 anos em 1850, no condado de Baltimore.

De acordo com o genealogista, é comum que os norte-americanos com raízes da era colonial no continente tenham antepassados que escravizaram pessoas. Ainda assim, para uma pessoa com ascendência colonial, os laços de Biden com a escravatura eram relativamente modestos.

“Não há muitos antepassados, não há muitos escravos”, disse Bannerman, que também descobriu uma ligação distante entre Biden e Varina Anne Banks Howell, esposa do Presidente da Confederação Jefferson Davis.

Joe Biden terá encomendado uma árvore genealógica completa a James Petty em 2004, mas nunca foi publicada. Após a morte de Petty, no ano passado, a família recusou-se a revelar qualquer informação, citando a confidencialidade do cliente.

https://zap.aeiou.pt/antepassados-joe-biden-escravos-431663

 

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