sábado, 9 de outubro de 2021

Finlândia suspende vacina da Moderna por riscos de miocardites !

As autoridades de saúde da Finlândia anunciaram hoje que vão suspender a administração da vacina Moderna contra a covid-19 aos homens com menos de 30 anos pelo “risco de inflamação cardíaca”, decisão semelhante à adotada pela Suécia e Dinamarca.


O diretor do Instituto Nacional de Saúde da Finlândia (THL), Mika Salmien, disse hoje numa conferência de imprensa que a vacina da Moderna apresenta um risco “ligeiramente” maior que outras vacinas de desenvolvimento de miocardite, segundo um estudo recente elaborado nos países nórdicos.

“A maioria destas miocardites são leves e transitórias e curam-se, após alguns dias de acompanhamento, mas, mesmo assim, existe risco”, disse Salminen sublinhando que o risco é mais elevado em “homens jovens” depois de serem inoculados com a segunda dose.

De acordo com Salminen, os resultados da investigação finlandesa são similares aos estudos efetuados noutros países nórdicos, apesar de na Finlândia se terem registado menos casos de miocardite do que na Noruega.

A Agência Finlandesa do Medicamento (FIMEA) informou que se registaram até ao momento seis casos de inflamação cardíaca na Finlândia, país onde já foi administrado mais de um milhão de vacinas da empresa norte-americana Moderna.

A Suécia foi o primeiro país nórdico a anunciar a suspensão da vacina Moderna até ao próximo dia 01 de dezembro para as pessoas com menos de 30 anos, perante o risco “muito pequeno” de miocardite e pericardite.

“Acompanhamos a situação e atuamos de forma rápida para que as vacinas sejam o mais seguras possível e se consiga uma proteção efetiva contra a covid-19”, assinalou em comunicado Anders Tegnell, responsável pela Agência de Saúde Pública da Suécia.

A Direção Geral da Saúde da Dinamarca referiu “precaução” quando justificou a suspensão do uso da vacina da Moderna em indivíduos com menos de 18 anos, apesar de não ter sido detetado qualquer caso no país.

“Na Dinamarca tem sido preferencialmente usada, entre os jovens dos 12 aos 17 anos de idade, a vacina da Pfizer. Por precaução, a partir de agora, apenas vamos administrar este composto”, refere o mesmo comunicado.

A Noruega já usava apenas a vacina da Pfizer para inocular os menores de idade mas agora a recomendação alarga-se a todos os indivíduos com menos de 30 anos.

Os dados provisórios do estudo das autoridades sanitárias nórdicas foram enviados para a Agência Europeia do Medicamento (EMA) para serem analisados.

A Dinamarca foi o primeiro país a suspender do programa nacional de vacinação o composto da AstraZeneca, e depois da Johnson & Johnson, apesar de puderem ser usadas mas de forma voluntária.

A Noruega adotou posteriormente uma medida semelhante em relação aos mesmos compostos.

https://zap.aeiou.pt/finlandia-suspende-vacina-moderna-436592

 

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Supremo inglês confirma que emir do Dubai espiou ex-mulher com o programa Pegasus !

O Supremo Tribunal inglês confirmou que o emir do Dubai e vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos interferiu com a justiça britânica ao mandar espiar o telemóvel da ex-mulher através do programa Pegasus.


De acordo com a BBC, o presidente da Divisão de Família do Supremo Tribunal concluiu que “os telemóveis da Princesa Haya, de dois dos seus advogados, do seu assistente pessoal e de dois membros da sua equipa de segurança foram espiados ou alvos de tentativa de vigilância”. O Pegasus, da empresa israelita NSO, foi o software usado.

O tribunal concluiu que a vigilância foi levada a cabo “por empregados ou agentes do xeque Mohammed, emir do Dubai, e que a vigilância ocorreu com a sua autoridade expressa ou implícita” durante a luta pela custódia dos filhos do casal.

O juiz Andrew McFarlane disse que as conclusões do Supremo Tribunal representam um “abuso total de confiança” e um “abuso de poder” por parte de Mohammed bin Rashid al-Maktoum.

O emir do Dubai, que também é vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos, negou qualquer conhecimento sobre esta vigilância e afirmou que as conclusões do tribunal inglês se baseiam em evidências que não foram do seu conhecimento e que foram “feitas de uma forma injusta“.

Por sua vez, a princesa Haya bint al-Hussein da Jordânia, sua ex-mulher, disse que esta descoberta a fez sentir-se perseguida e assombrada, cita a emissora britânica.

A batalha legal pela custódia dos filhos começou em 2019, quando a princesa da Jordânia fugiu com os dois para o Reino Unido, temendo pela sua segurança, depois de uma das filhas do emir, a princesa Latifa, ter tentado fugir. Desde então, afirmou a sua equipa legal ao tribunal, Haya “tem vivido com medo pela sua vida e pela segurança das crianças”.

A decisão do tribunal confirma parte da investigação levada a cabo por um consórcio internacional de órgãos de comunicação que denunciou que jornalistas, políticos, ativistas e dissidentes políticos em todo o mundo terão sido espiados graças ao software Pegasus.

A empresa israelita NSO é a responsável pela comercialização deste spyware que, inserido num smartphone, permite aceder a mensagens, fotografias, contactos e até ouvir as chamadas do seu proprietário.

https://zap.aeiou.pt/emir-dubai-espiou-ex-mulher-pegasus-436497

 

Abdulrazak Gurnah é o Prémio Nobel da Literatura 2021 !

O prémio Nobel da Literatura 2021 foi atribuído, esta quinta-feira, ao escritor Abdulrazak Gurnah, nascido em Zanzibar.


O prémio Nobel da Literatura foi atribuído a Abdulrazak Gurnah “pela sua penetração descomprometida e compassiva dos efeitos do colonialismo e do destino dos refugiados no espaço entre culturas e continentes”, pode ler-se no comunicado divulgado pela Academia Sueca.

Gurnah nasceu em Zanzibar, um arquipélago na costa este africana, em 1948, mas exilou-se desde os 18 anos no Reino Unido, onde se reformou recentemente da Universidade de Kent, onde foi professor de Literatura Inglesa e Pós-Colonial.

“A sua partida [de Zanzibar] explica o papel central que o exílio tem em toda a sua obra, mas também a sua ausência de nostalgia por uma África primitiva e pré-colonial”, afirmou a Academia Sueca.

No entender do comité, a obra literária de Abdulrazak Gurnah é um “retrato vívido e preciso de uma outra África, numa região marcada pela escravatura e por diferentes formas de repressão de vários regimes e poderes colonialistas: português, indiano, árabe, alemão e britânico”.

Autor de obras como “Paradise” (1994) e “Afterlives” (2020), Gurnah “tem sido amplamente reconhecido como um dos mais proeminentes escritores do pós-colonialismo”.

Em Portugal, tem apenas um livro editado, “Junto ao Mar”, pela Difel, em 2003.

“As personagens deslocadas de Gurnah, em Inglaterra ou no continente africano, encontram-se entre culturas e continentes, entre a vida deixada para trás e a que está por vir, enfrentam racismo e preconceito, mas também obrigam-se a silenciar a verdade ou a reinventar uma biografia para evitar um confronto com a realidade”, justificou a academia.

O Nobel da Literatura é um prémio concedido anualmente, desde 1901, pela Academia Sueca a autores que fizeram notáveis contribuições ao campo da literatura, e tem um valor pecuniário superior a 900 mil euros.

https://zap.aeiou.pt/abdulrazak-gurnah-nobel-literatura-2021-436568

 

Pandora Papers - UE quer avançar com leis mais apertadas de combate à evasão fiscal !

As revelações dos Pandora Papers vieram acelerar as intenções da União Europeia de apertar mais as regras e o combate à evasão fiscal para offshores.


Depois das revelações de políticos por todo o mundo que estão envolvidos em esquemas de evasão fiscal e de paraísos fiscais nos Pandora Papers, a União Europeia sente-se ainda mais confiante na aprovação de medidas que apertem o combate à fuga aos impostos e a utilização de empresas de fachada que são apenas criadas para lavagem de dinheiro.

Apesar do recurso a paraísos fiscais não ser ilegal, é muitas vezes usado como forma de fuga aos impostos pelos mais ricos, o que está a ser cada vez mais posto em causa, especialmente quando o mundo está agora a tentar recuperar de uma crise económica causada pela pandemia.

Já há vários meses que a Comissão Europeia está a preparar mudanças na lei e criar regras iguais nos 27 estados-membros e a proposta estava já marcada para o último trimestre de 2021. Agora, o comissário europeu para os impostos, Paolo Gentiloni, confirmou na quarta-feira ao Parlamento Europeu que há mais iniciativas legislativas a caminho.

Segundo a Reuters, a iniciativa da Comissão deve ser apresentada a 22 de Dezembro, depois de ter ganho um novo fôlego devido aos apelos a mais regras por parte dos deputados europeus numa sessão plenária em Estrasburgo, no seguimento das revelações dos Pandora Papers.

A ironia de ter um dos protagonistas da fuga de informação – o primeiro-ministo checo, Andrej Babis – no Conselho Europeu também não foi esquecida. Actualmente, é preciso haver unanimidade entre todos os estados-membros para se decidirem matérias de fiscalidade, algo que o eurodeputado português Pedro Marques quer acabar.

“É preciso acabar com o direito de veto dos países em matéria fiscal. Chegamos ao absurdo de ter hoje no Conselho um dos protagonistas dos Pandora Papers”, criticou o eurodeputado socialista.

Gentiloni afirma que a Comissão vai apresentar propostas até ao fim do ano “para combater o mau uso de empresas de fachada para propósitos fiscais” e sobre “a publicação de taxas de imposto efectivamente pagas por algumas multinacionais”, mas ainda não adiantou mais detalhes sobre a lei.

A proposta surge em resposta às críticas que a UE tem recebido por ter encurtado para apenas nove as jurisdições na lista negra de paraísos fiscais criada em 2017 – Fiji, Palau, Panamá, Guame, Ilhas Virgens dos Estados Unidos, Samoa, Samoa Americana, Trindade e Tobago e Vanuatu.

Estes territórios são vistos pela UE como não cooperantes por comprometerem as receitas fiscais de outros países e por promoverem políticas abusivas ao não cumprirem os padrões mínimos de transferências de lucros de empresas, ao terem taxas tributárias muito baixas ou nulas e ao não trocarem as informações financeiras a nível mundial.

Apenas dois dias antes da publicação dos Pandora Papers, a UE retirou da lista negra Anguila, Domínica e Seicheles, o que motivou ainda mais críticas.

Os três territórios não cumprem todas as regras de transparência a nível internacional, mas Bruxelas decidiu tirá-los da lista negra e colocá-los na lista cinzenta, onde se encontram mais 15 jurisdições – Botsuana, Barbados, Costa Rica, Qatar, Hong Kong, Macedónia do Norte, Malásia, Jamaica, Jordânia, Tailândia, Turquia e Uruguai.

Gentiloni afirma que as listas obtiveram resultados, mas que é preciso rever os critérios, que actualmente permitem a exclusão de quase todos os offshores, incluindo alguns dentro da própria União Europeia.

Esta não deve ser a única proposta apresentada. Segundo o Público, o director da área da administração fiscal da Comissão Europeia, Benjamin Angel, já fez saber que Bruxelas vai apresentar mais directivas nos próximos meses, nomeadamente sobre as “decisões fiscais antecipadas para indivíduos ricos”, o que vai permitir a troca de informação entre as autoridades tributárias europeias.

https://zap.aeiou.pt/pandora-papers-ue-combate-evasao-fiscal-436440

 

Revelações dos Pandora Papers podem levar ao “Czexit” - O Brexit checo !

O primeiro-ministro da República Checa, Andrej Babiš, foi “apanhado” nos Panama Papers e, de forma a reservar o seu futuro no cargo, pode avançar com o “Czexit”, o Brexit checo.


A poucos dias de uma eleição nacional, o nome do primeiro-ministro checo, Andrej Babiš, apareceu nos Pandora Papers, uma divulgação massiva de documentos que expõe as transações financeiras secretas de vários líderes mundiais, entre outros.

Os documentos supostamente mostram que Babiš comprou uma mansão em França no valor de 15 milhões de euros através de empréstimos secretos de empresas offshore antes de entrar na política.

Mas este novo escândalo não deve prejudicar Babiš no poder. Ainda não está claro se o primeiro-ministro fez algo ilegal. E o seu envolvimento em vários outros escândalos não afastou a sua base de apoio.

A questão-chave que permanece não é se a sua carreira será prejudicada por estas acusações, mas se as suas consequências irão alimentar ainda mais a tendência da República Checa para o iliberalismo, como a Hungria e a Polónia.

Informador da polícia política (STB) sob o comunismo, Babiš é agora o quinto checo mais rico, com um valor estimado de 3 mil milhões de euros. Através de um fundo fiduciário, é dono da Agrofert, um grande conglomerado de 300 empresas que se diz ser o principal beneficiário checo dos subsídios agrícolas da União Europeia (UE).

Isto representa um grande conflito de interesses, uma vez que Babiš e os seus ministros participam na tomada de decisões sobre o orçamento europeu e as regras através das quais os subsídios são atribuídos. Em resposta, a Comissão Europeia suspendeu alguns dos pagamentos destinados a empresas checas até que o conflito de interesses seja resolvido.

Babiš enfrenta alegações de que obteve ilegalmente um subsídio de 2 milhões de euros da UE para construir um resort no chamado caso Stork’s Nest (Ninho de Cegonha), uso fraudulento de propaganda para evasão fiscal e envolvimento no rapto do seu próprio filho para a Crimeia. Babiš negou qualquer irregularidade nestes casos.

Além disso, a coligação do partido de Babiš (ANO) e dos social-democratas (ČSSD) geriu mal a pandemia, tendo a República Checa um dos piores números de mortes por covid-19 em todo o mundo.

Embora qualquer uma destas questões já tivesse encerrado a carreira de um primeiro-ministro checo, Babiš conta com o apoio incondicional do seu partido ao estilo Berlusconi, que é construído em torno da sua marca pessoal e em grande parte formado pelos seus funcionários. E, convenientemente, o conglomerado de Babiš controla cerca de um terço dos media privados checos.

Além do mais, os gastos extravagantes do governo fizeram do ANO um favorito entre os reformados, os eleitores mais confiáveis do país.

“Czexit” na calha

As eleições de 8 a 9 de outubro são indiscutivelmente a disputa legislativa mais importante desde a independência da República Checa em 1993. Nunca antes houve um incumbente com tantos incentivos para vencer como Babiš, nem ninguém com tanto poder para mudar a longo prazo a trajetória democrática e pró-ocidental do sistema político checo.

Foi notável ver Babiš convidar o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, para a campanha checa. Seguir os passos não liberais dos partidos governantes da Hungria e da Polónia pode ser atraente para Babiš à luz do conflito iminente com as instituições europeias.

Da maneira que as coisas estão, o líder checo está a caminho de um impasse quase insolúvel com a UE. As suas opções parecem ser livrar-se da Agrofert, o que parece extremamente improvável, ou renunciar e entregar o cargo de primeiro-ministro a uma pessoa de confiança do seu partido — potencialmente tentando concorrer à presidência nas próximas eleições presidenciais marcadas para janeiro de 2023.

Isto é, no entanto, uma estratégia arriscada. Babiš pode não ganhar, a pessoa de confiança pode revelar-se menos confiável do que o esperado e, enquanto isso, Babiš estará mais vulnerável a investigações policiais.

Babiš, portanto, pode considerar outro cenário mais radical: sair da União Europeia. Internamente, tal movimento agradaria ao atual presidente, Miloš Zeman, e a vários partidos políticos que têm defendido o “Czexit”. No estrangeiro, Babiš pode aliar-se a Orbán e Jarosław Kaczyński, da Polónia, cujas ambições autocráticas também são cada vez mais limitadas pela pressão das instituições europeias.

Além disso, o crescimento económico da República Checa significa que o país irá gradualmente beneficiar menos do orçamento da UE, tornando-se um contribuinte líquido até 2030. Isto irá transformar gradualmente um dos argumentos mais populares para a adesão num motivo para desistir.

De forma tranquilizadora, haverá vários obstáculos aos desenvolvimentos iliberais, incluindo o Senado checo. A câmara alta é controlada pela oposição, sem cujo apoio qualquer reforma constitucional é impossível.

O cenário extremo de deixar a UE também se torna ainda mais assustador pelo precedente assustador criado pela partida confusa do Reino Unido. Mesmo assim, pode surgir como o único caminho para Babiš permanecer no poder, evitar ser preso e manter os seus negócios a funcionar.

Muitas variáveis permanecem desconhecidas, incluindo o potencial de negociação partidária pós-eleitoral e a saúde frágil de Zeman, sem mencionar o seu comportamento imprevisível. A importância destas eleições não pode ser exagerada. Pode muito bem decidir se a República Checa manterá padrões democráticos razoáveis ou se dará início a um futuro não liberal — que pode desenrolar-se fora da UE.

https://zap.aeiou.pt/pandora-papers-podem-levar-ao-czexit-436388

 

Identidade do Assassino do Zodíaco pode finalmente ter sido revelada !

Uma equipa de especialistas que investiga casos arquivados alega ter identificado o Zodiac Killer (Assassino do Zodíaco), um dos mais prolíficos assassinos em série dos EUA ligado a uma série de assassinatos brutais e enigmas insolúveis.


No final dos anos 1960, um serial killer conhecido pelo pseudónimo “Zodíaco” assassinou pelo menos cinco pessoas na Califórnia. Enquanto isso, o assassino enviou várias mensagens à imprensa, escritas em código onde as letras são substituídas por uma série de símbolos.

A sua identidade permanece uma incógnita até hoje, já que as autoridades norte-americanas nunca conseguiram apanhar o responsável pelos homicídios.

Agora, o grupo de especialistas — conhecido por The Case Breakers — garante ter descoberto a verdadeira identidade do Assassino do Zodíaco: Gary Francis Poste. O suspeito em causa morreu em 2018 e, de acordo com a equipa de voluntários, há várias pistas que apontam para si.


Gary Francis Poste

A equipa reúne mais de 40 ex-policias, investigadores particulares, agentes federais e especialistas forenses, escreve o jornal britânico The Independent.

As pistas em causa incluem várias fotografias encontradas na sua câmara escura, um padrão de rugas na sua testa que correspondem a um esboço do Zodíaco feito pela polícia e evidências forenses, incluindo ADN.

Um antigo agente de contra-espionagem do Exército e membro da equipa revelou que o nome completo de Gary era a chave para decifrar os enigmas.

“Você precisa de saber o nome completo de Gary para decifrar estes anagramas”, disse Jen Bucholtz. “Acho que não há outra maneira de alguém descobrir de outra forma”.

Os especialistas também acreditam que o Assassino do Zodíaco é o responsável pela morte de Cheri Jo Bates, na Califórnia, a 31 de outubro de 1966 — dois anos antes do alegado primeiro homicídio atribuído ao Zodíaco.

Poste era um veterano da Força Aérea quando recebeu exames médicos devido a um incidente com uma arma num hospital localizado a 15 minutos da cena do crime de Bates.

Além disso, um relógio com restos de tinta foi encontrado na cena do crime e acredita-se que tenha sido usado pelo assassino. Coincidência ou não, Poste pintou casas durante mais de quatro décadas.

Os detetives encontraram ainda uma pegada de uma bota de estilo militar, que combinava com o mesmo estilo e tamanho das encontradas em outras cenas de crime do Zodíaco e de Poste.

O grupo está agora a pressionar a polícia local para comparar uma amostra de ADN de Poste com as recolhidas na cena do crime de 1966.

Os Case Breakers citam também um memorando do FBI, de 1975, que dizia que Cheri Jo Bates era a sexta vítima do Zodíaco.

Um mês depois do homicídio, a polícia recebeu uma carta com uma confissão, com frases semelhantes às usadas pelo Zodíaco. No entanto, as autoridades desconsideraram esta carta, sugerindo que foi uma “piada de mau gosto”.

Em declarações à FOX News, o departamento de homicídios da Polícia de Riverside, na Califórnia, “determinou que o assassinato de Cheri Jo Bates em 1966 não está relacionado ao Assassino do Zodíaco”.

“O autor admitiu que não era o Assassino do Zodíaco ou de Cheri Jo Bates e que estava apenas a procurar atenção”, disse o departamento de polícia.

O caso inspirou dois filmes: “Zodiac” (2007), com Jake Gyllenhaal, Robert Downey Jr. e Mark Ruffalo, e “Dirty Harry” (1971), com Clint Eastwood.

As primeiras cartas do Zodíaco foram enviadas para três jornais da cidade da Califórnia, sendo que cada uma continha uma parte diferente da mensagem codificada. Os jornais publicaram os códigos enquanto o assassino continuava a ameaçar matar se as suas instruções não fossem seguidas.

A mensagem foi descodificada uma semana depois, manualmente, a 8 de agosto de 1969, por Donald Gene e Bettye June Harden. No entanto, outras mensagens demoraram vários anos até serem decifradas.

Entretanto, vários entusiastas têm vindo a tentar descodificar as mensagens deste homicida. Em junho deste ano, Fayçal Ziraoui disse ter descodificado as duas últimas mensagens em apenas duas semanas, com o uso da chave de criptografia descoberta em dezembro.

De acordo com a equipa que descodificou a mensagem em dezembro de 2020, o assassino gaba-se do que fez, desafia as autoridades e apresenta sinais de delírio sem esclarecer quaisquer motivos para as atrocidades ou evidências de quem é.

Um estudo recente revelou o número exato de assassinos em série que nunca foram apanhados durante o século XX nos Estados Unidos.

https://zap.aeiou.pt/identidade-assassino-zodiaco-revelada-436424

 

Casernas de Auschwitz vandalizadas com graffiti antissemitas !

Nove casernas do campo de concentração de Auschwitz II-Birkenau, na Polónia, foram esta terça-feira vandalizadas com graffiti antissemitas.


As estruturas de madeira localizadas no museu do campo de concentração foram marcadas com referências ao Velho Testamento e com slogans que negam o Holocausto. Assim que forem recolhidas as provas do crime, os graffiti serão removidos.

Num comunicado divulgado nas redes sociais, o Auschwitz Memorial escreveu que este “é um golpe extremamente duro à memória de todas as vítimas do campo de concentração nazi de Auschwitz-Birkenau”.

Citado pelo Observador, o museu espera que a “pessoa ou pessoas que tenham cometido este crime hediondo sejam encontradas e castigadas”. É ainda pedido a quem tenha assistido ao crime que comunique as informações ao museu.

“O sistema de segurança do memorial do Auschwitz está constantemente a ser expandido. É financiado pelo orçamento do museu, que infelizmente sofreu durante a pandemia de covid-19”, revelou ainda o museu.

O museu está agora a analisar as imagens de videovigilância, lembrando que o campo tem cerca de 170 hectares, pelo que ainda não foi possível observar todas as gravações.

Morreram 1,1 milhões de pessoas — a maioria delas judeus — ao longo de cinco anos em Auschwitz-Birkenau, depois de o campo ter sido inaugurado em 1940.

Em 2010 um sueco foi condenado a oito anos e dois meses de prisão por ter tentado roubar o famoso sinal do campo de concentração em que se lê “O Trabalho Liberta”.

https://zap.aeiou.pt/casernas-de-auschwitz-vandalizadas-com-graffiti-antissemitas-436419

 

Agora, a distribuição de correio na Grécia é mais eficiente - Tudo graças a pequenos robôs amarelos !

O serviço postal da Grécia tem novos “funcionários” muito especiais: uma frota de robôs amarelos que fazem a triagem do correio.


O serviço postal da Grécia, mais especificamente o centro de triagem de Atenas, tem agora 55 pequenos robôs móveis autónomos de quatro rodas (AMR, na sigla em inglês).

Os aparelhos são alimentados por inteligência artificial e deslizam numa plataforma do centro Helenic Post para acelerar o processo de triagem do correio.

Os pequenos robôs — que fazem parte do programa de reestruturação digital da empresa estatal — digitalizam o código postal das encomendas, pesam o pacote e, dirigidos por sensores, esvaziam-no nos sacos de correio correspondentes, montados à volta da plataforma. O objetivo é ajudar a agilizar o processo de triagem, numa altura em que o número encomendas é cada vez maior, devido à pandemia de covid-19.

“Até há pouco tempo, a triagem era realizada manualmente (…), muitas vezes com a ocorrência de erros, causando atrasos na entrega aos nossos clientes e custos acrescidos para a empresa”, disse o Chefe do Executivo dos Correios Helénicos, George Constantopoulos, em declarações à Reuters.

Agora, até 80% da separação das encomendas foi entregue aos robôs amarelos e Constantopoulos explicou que o processo se tornou até três vezes mais rápido, assegurando a entrega no dia seguinte.

Os robôs podem manusear até 168 mil encomendas, até 15 quilogramas cada, por dia e só precisam de ser recarregados a cada quatro horas, durante cinco minutos.

“O objetivo não é substituir trabalhadores humanos por robôs, mas sim aumentar a força de trabalho humana e torná-los mais eficientes”, disse Constantopoulos.

https://zap.aeiou.pt/robos-correios-grecia-436311

 

Tiroteio em escola nos EUA deixa vários feridos - Polícia procura suspeito de 18 anos

Um tiroteio numa escola secundária em Arlington, no Texas, Estados Unidos, fez pelo menos quatro feridos esta quarta-feira, informaram as autoridades locais.


“Estamos no local de um tiroteio na Timberview High School”, escreveu a polícia local em Arlington no Twitter. A estação local NBC disse que houve “múltiplas” baixas no tiroteio.

A polícia está “ativamente à procura do suspeito”, disse à NBC o presidente da câmara, Jim Ross. Três vítimas foram hospitalizadas devido à gravidade dos ferimentos, enquanto uma quarta vítima, com ferimentos leves, não precisou de ser internada.

As autoridades escolares distritais disseram, em comunicado, que a polícia estava a responder a uma “situação de atiradores ativos” na escola que foi encerrada.

Uma porta-voz do Departamento de Polícia de Arlington disse que os agentes responderam a um tiroteio na escola, mas que não podia confirmar se havia feridos.

Entretanto, a polícia divulgou uma fotografia do suspeito dos disparos. As autoridades acreditam tratar-se de Timothy George Simpkins, de 18 anos.

O Departamento de Polícia disse no Twitter que os agentes estavam a fazer uma “busca metódica” e que estavam a trabalhar em estreita colaboração com outras forças de segurança.

A autoridade escolar local disse que os estudantes e o pessoal da escola estavam trancados nas salas de aula ou nos gabinetes, segundo a agência de notícias Associated Press.

https://zap.aeiou.pt/tiroteio-escola-deixa-varios-feridos-436404

 

Trump já não é das 400 pessoas mais ricas do mundo - Estava na lista há 25 anos !

Donald Trump, antigo Presidente norte-americano, saiu, pela primeira vez nos últimos 25 anos, da lista das 400 maiores fortunas do mundo feita pela Forbes.


O ex-Presidente norte-americano Donald Trump saiu, pela primeira vez nos últimos 25 anos, da lista das 400 maiores fortunas do mundo feita pela Forbes, segundo um comunicado da própria revista.

A fortuna de Trump está calculada em 2.500 milhões de dólares (cerca de 2.154 milhões de euros), um montante quase igual ao do ano passado, quando surgia no 339.º lugar entre os mais ricos, mas este ano os seus principais negócios, focados no setor imobiliário, estagnaram face ao impulso das criptomoedas ou do setor tecnológico, onde está ausente.

Em comparação com os números de antes da pandemia de covid-19, a fortuna de Trump caiu 600 milhões de dólares, o que a Forbes atribui às decisões de não ter diversificado a sua fortuna, reinvestindo em novos setores.

A Forbes inclui um gráfico com a evolução da fortuna de Trump desde 1996, ano em que teve a subida mais espetacular que o fez aproximar-se dos 100 mais ricos do mundo. Com alguns altos e baixos, a fortuna permaneceu estável entre 2000 e 2015, mas a partir daí começou a cair.

Durante os anos em que ocupou a Casa Branca, a fortuna de Trump não deixou de baixar, saindo em 2016 da lista dos 200 mais ricos, em 2020 da lista dos 300 e por fim este ano deixa a lista dos 400. Até agora o ex-Presidente não se pronunciou sobre esta queda.

Quem são os mais ricos do mundo?

  1. Jeff Bezos
  2. Elon Musk
  3. Mark Zuckerberg
  4. Bill Gates
  5. Larry Page
  6. Sergey Brin
  7. Larry Ellison
  8. Warren Buffett
  9. Steve Ballmer
  10. Michael Bloomberg
  11. Jim Walton
  12. Alice Walton
  13. Rob Walton
  14. Phil Knight e família
  15. MacKenzie Scott
  16. Charles Koch
  17. Julia Koch e família
  18. Stephen Schwarzman
  19. Len Blavatnik
  20. Jacqueline Mars

https://zap.aeiou.pt/trump-ja-nao-400-pessoas-mais-ricas-436286

 

Nobel da Química para cientistas responsáveis por ferramenta que cria moléculas !

A Real Academia das Ciências sueca anunciou, esta quarta-feira, que o Nobel da Química 2021 foi atribuído a Benjamin List e a David MacMillan, que criaram uma ferramenta de construção de moléculas.

A distinção para a ferramenta molecular, chamada “organocatálise assimétrica”, foi anunciada pelo secretário-geral da organização, Goran Hansson, esta quarta-feira.

“Construir moléculas é uma arte difícil. Benjamin List e David MacMillan recebem o Prémio Nobel da Química 2021 pelo desenvolvimento de uma nova ferramenta precisa para a construção molecular: a organocatálise. Isto teve um grande impacto na investigação farmacêutica e tornou a química mais verde”, pode ler-se no comunicado divulgado esta manhã pela academia sueca.

“Os catalisadores são ferramentas fundamentais para os químicos, mas os investigadores há muito acreditavam que havia, em princípio, apenas dois tipos de catalisadores disponíveis: metais e enzimas.”

“Benjamin List e David MacMillan recebem o Nobel da Química porque, em 2000, independentes um do outro, desenvolveram um terceiro tipo de catálise, chamado de organocatálise assimétrica e que se baseia em pequenas moléculas orgânicas”, lê-se ainda.

Segundo a Real Academia das Ciências sueca, os dois cientistas continuam a ser “líderes neste campo e demonstraram que catalisadores orgânicos podem ser usados para impulsionar inúmeras reações químicas”.

“Usando estas reações, os investigadores podem agora construir de forma mais eficiente qualquer coisa, desde novos produtos farmacêuticos até moléculas que podem capturar luz em células solares. Desta forma, os organocatalisadores estão a trazer um grande benefício para a Humanidade”, considera.

Benjamin List nasceu, em 1968, na cidade alemã de Frankfurt, e é atualmente diretor do Max-Planck-Institut für Kohlenforschung. David MacMillan nasceu, no mesmo ano, em Bellshill, no Reino Unido, e é professor da Princeton University, nos Estados Unidos.

https://zap.aeiou.pt/nobel-quimica-ferramenta-cria-moleculas-436276

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

China envia quase cem aviões de guerra para Taiwan e reacende conflito com os EUA !


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Taiwan mobiliza-se para guerra contra a China que enviou dezenas de caças !

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GRAVE CRISE ENERGÉTICA É TAMBÉM POLÍTICA !


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Grande manto de cinzas rodeia o cone principal do vulcão !


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Atriz e realizador russos chegaram à EEII - Vão fazer o primeiro filme de sempre no espaço !

Uma atriz e um realizador de cinema russos partiram esta terça feira para a Estação Espacial Internacional. Missão: fazer o primeiro filme do mundo em órbita.


A atriz Yulia Peresild e o realizador Klim Shipenko descolaram para a Estação Espacial Internacional na nave russa Soyuz com o cosmonauta Anton Shkaplerov, um veterano em três missões espaciais. As imagens foram transmitidas em direto pela Agência Espacial Russa Roscosmos.

A nave Soyuz MS-19 descolou, conforme programado, às 09:55h de Lisboa, da instalação de lançamento espacial russa em Baikonur, Cazaquistão, e chegou à Estação Espacial Internacional às 13:12, com um minuto de atraso em relação à hora prevista.

Responsáveis da Roscosmos relataram que a tripulação estava a sentir-se bem e todos os sistemas da nave espacial estavam a funcionar normalmente.

A atriz e o realizador terão 12 dias para filmar parte de um novo filme, intitulado “Challenge”, no qual um cirurgião interpretado por Peresild viaja para a estação espacial para salvar um tripulante que sofre um problema cardíaco.

O filme é uma produção conjunta da produtora moscovita Yellow, Black & White, do canal russo de televisão Channel One e da Roscosmos.

Shipenko e Peresild regressarão à Terra a 17 de outubro, numa outra nave Soyuz, com o cosmonauta Oleg Novitskiy, que se encontra a bordo da Estação Espacial desde abril deste ano.

Numa conferência de imprensa antes do voo desta terça feira, Peresild e Shipenko reconheceram que foi um desafio adaptarem-se à disciplina rígida e às exigências rigorosas durante o treino do voo.

O voo da equipa cinematográfica acontece no mesmo dia em que a Roscosmos anunciou o adiamento do lançamento da nave Luna-25 para o polo sul da Lua até julho de 2022.

O anúncio foi feito pelo diretor-geral da agência espacial russa, Dmitri Rogozin, em declarações ao Primeiro Canal, citadas pela EFE, antes do lançamento do Soyuz MS-19 que levou a equipa de cinema para o espaço. “No próximo ano, em julho, planeamos uma missão à Lua, Luna-25, disse Rogozin.

A Rússia inicialmente queria enviar o Luna-25 em outubro deste ano, mas em agosto atrasou a missão para maio de 2022 para permitir mais tempo para realizar testes adicionais no equipamento de bordo.

Aventura (civil) no espaço

O voo desta terça feira é o primeiro de uma série de missões que nos próximos meses vão levar astronautas civis à Estação Espacial Internacional. Em dezembro, o bilionário Yusaku Maezawa, o produtor de vídeo Yozo Hirano e o cosmonauta Alexander Misurkin irão também voar numa Soyuz até à Estação Espacial — e ficar também 12 dias em órbita.

Em fevereiro de 2022, a missão Axiom Space’s Ax-1 vai levar à EEI quatro pessoas numa nave Dragon da Space X. Três dos tripulantes são passageiros civis com bilhete pago para fazer a viagem, o quarto é o antigo astronauta da NASA Michael López-Alegría, agora piloto da Axiom, que comandará a missão.

Estes três voos são o prelúdio da missão Inspiration4, da Space X, a primeira missão ao espaço completamente composta por uma tripulação civil, que vai enviar Jared Isaacman, Hayley Arceneaux, Sian Proctor e Chris Sembroski à Estação Espacial.

https://zap.aeiou.pt/atriz-e-realizador-russos-partiram-para-a-iss-vao-fazer-primeiro-filme-de-sempre-no-espaco-436171

 

Hotel de luxo vai ser construído dentro de uma montanha no deserto !


Um hotel de luxo está a ser construído dentro de uma montanha na Arábia Saudita — e em 2023 já vai receber os primeiros hóspedes.

A construção de um novo e ambicioso empreendimento hoteleiro numa montanha da Arábia Saudita já arrancou.

O projeto Desert Rock, desenvolvido pela Oppenheim Architecture, inclui 48 moradias e uma dúzia de suites, que vão desde o rés-do-chão até ao cimo da montanha.

A rocha escavada durante o processo de construção será reutilizada para as paredes e pavimentos interiores e exteriores das luxuosas suites, que terão vista sobre a paisagem desértica — estão a ser feitos esforços consideráveis para reduzir a poluição luminosa, escreve o New Atlas.

“Os hóspedes entrarão no resort através de um vale escondido entre as montanhas“, explica um porta-voz da Oppenheim Architecture.

Além disso, as estradas que dão acesso ao hotel estarão escondidas atrás dos montes para “proporcionar vistas ininterruptas”. “Isto também irá minimizar a poluição sonora e luminosa, permitindo aos hóspedes absorver completamente a dramática paisagem desértica circundante”, continua.

As comodidades vão incluir um spa, um centro de fitness, áreas de refeição em locais pitorescos e uma lagoa. Para entretenimento, os hóspedes poderão alugar buggies para andar nas dunas, fazer caminhadas, entre outras atividades que estarão disponíveis.

Apesar de os detalhes serem escassos nesta fase inicial, o projeto será sustentável e terá, por exemplo, sistemas de recolha de água da chuva para irrigação. O Resort Desert Rock deverá saudar os seus primeiros hóspedes já em 2023.

https://zap.aeiou.pt/hotel-luxo-dentro-montanha-deserto-435495

 

Palavras ocultas nas cartas entre Maria Antonieta e o suposto amante reveladas pela primeira vez !

Através de algumas técnicas científicas avançadas, algumas partes das cartas entre Maria Antonieta e o seu suposto amante, o conde Axel von Fersen, foram reveladas pela primeira vez.


Tal como conta a cadeia televisiva CNN, as cartas em questão, trocadas entre a rainha Maria Antonieta e o conde sueco Axel von Fersen (o seu suposto amante), foram analisadas por cientistas do Centro de Investigação para a Conservação (CRC) de França.

Algumas das missivas trocadas entre o alegado par, enviadas de junho de 1791 a agosto de 1792, estão guardadas nos arquivos nacionais franceses. Nelas, é possível perceber que certas palavras foram escritas com letras aleatórias destinadas a obscurecê-las.

A equipa de investigadores, cujos resultados foram publicados na última sexta-feira na revista científica Science Advances, analisou secções de 15 cartas diferentes e encontrou diferenças consistentes nas proporções cobre-ferro e zinco-ferro de tintas em oito delas.

Os cientistas usaram a espectroscopia de fluorescência de raios X, usada para determinar a composição elementar dos materiais, e técnicas de processamento de dados para revelar as palavras ocultas como, por exemplo “amado”, “terno amigo”, “adorar” e “loucamente”.

A análise mostrou também que algumas das cartas que se pensava terem sido escritas pela monarca eram, na verdade, cópias dos originais enviados por von Fersen. Segundo a pesquisa, esta era uma prática comum naquela época, quando “cópias de cartas importantes podiam ser feitas por motivos políticos ou administrativos”.

Além disso, todas as cartas do conde sueco tinham proporções semelhantes de elementos de tinta, que combinavam com parte da tinta usada para redigir palavras. De acordo com os investigadores do CRC, isto aponta para a possibilidade de ter sido von Fersen o responsável pela censura das cartas com a esposa do rei Luís XVI, “sugerindo que eram importantes para ele por motivos sentimentais ou políticos”.

https://zap.aeiou.pt/palavras-ocultas-cartas-maria-antonieta-amante-436118

 

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Entre 2.900 e 3.200 pedófilos na Igreja Católica francesa desde 1950 !

Jean-Marc Sauvé disse que as investigações tinham revelado entre 2.900 e 3.200 padres pedófilos ou outros membros da igreja, acrescentando que se tratava de “uma estimativa mínima”.


O presidente da comissão nacional de investigação da criminalidade pedófila na Igreja em França,  disse, este domingo, ter havido “entre 2.900 e 3.200 criminosos pedófilos”, homens – padres ou religiosos – na Igreja Católica no país desde 1950.

É uma estimativa mínima”, baseada no censo e na análise dos arquivos (Igreja, justiça, polícia judiciária e imprensa) e nos testemunhos recebidos por este organismo, afirmou Jean-Marc Sauvé à France-Presse (AFP).

Ao longo deste período de 70 anos a população geral de padres ou de religiosos no país cifra-se nos 115.000.

Após dois anos e meio de trabalho, a Comissão Independente sobre o Abuso Sexual na Igreja (ICAS) publicará as suas conclusões na terça-feira num relatório que acabará por chegar às “2.500 páginas”, disse.

O relatório dará uma visão quantitativa do fenómeno, incluindo o número de vítimas. Irá comparar a prevalência da violência sexual na Igreja com a identificada noutras instituições (associações desportivas, escolas) e no círculo familiar e avaliar os “mecanismos, particularmente institucionais e culturais”.

Vão ser apresentadas 45 propostas.

A comissão, composta por 22 profissionais do direito, médicos, historiadores, sociólogos e teólogos, foi criada em 2018 após o Papa Francisco ter aprovado uma medida histórica que obrigava as pessoas que tinham conhecimento de abusos na igreja a denunciá-los aos seus superiores hierárquicos.

Citados pelo The Guardian, o sociólogo Philippe Portier prometeu que o relatório “não seria fácil para ninguém” e Olivier Savignac, da associação de vítimas Parler et Revivre, disse que “teria o efeito de uma bomba“.

https://zap.aeiou.pt/2-900-e-3-200-pedofilos-igreja-francesa-435990

 

O papel dos mercenários no desastre afegão

A verdadeira história é muito mais do que uma aventura estrelada por um herói canadense.

Uma história da CBC sobre um ex-soldado canadense que ajudou dezenas de fugir do Afeganistão deveria ter considerado o papel da indústria de segurança privada na desastrosa guerra de 20 anos naquele país da Ásia Central. O grande número de empresas de segurança privada (PSC) no Afeganistão quase não recebeu atenção da mídia, deixando os canadenses ignorantes de um elemento polêmico da ocupação estrangeira. 

Em “Como um cara conhecido como‘ Canadian Dave ’ajudou a tirar 100 pessoas do Afeganistão nos últimos dias da aquisição do Taleban”, Judy Trinh escreve sobre David Lavery ajudando a levar alguns dos que se reuniam perto do aeroporto de Cabul para voos. Membro fundador da unidade de elite das forças especiais JTF2, Lavery coordenou com veteranos deste país a retirada de mais de 100 indivíduos com documentos canadenses.
Alguns sugeriram que o rápido colapso dos militares afegãos foi em parte devido à retirada do apoio do PSC. “Foi a partida deles [PSCs] que levou à erosão da capacidade dos elementos da Força Aérea Afegã, que eram críticos”, disse um ex-comandante dos EUA no Afeganistão à Foreign Policy. “Mas como eles poderiam ter sido deixados para trás quando nossas forças que forneciam a segurança definitiva para eles foram retiradas?”
A história amplamente divulgada mencionou que Lavery operava uma PSC, a Raven Rae Consultancy, com cerca de 50 funcionários afegãos. Mas um olhar mais amplo sobre Raven Rae e PSCs foi omitido do artigo e da maioria dos relatos da mídia sobre o Afeganistão. De acordo com seu site, Raven Rae entrou no Afeganistão em 2010. Foi um dos milhares de PSCs que entraram no Afeganistão durante a ocupação dos EUA e da OTAN. De acordo com a pesquisadora da indústria de segurança privada Anna Powles, o Afeganistão “tem sido um trem da alegria para a indústria de segurança privada global nas últimas duas décadas”. Os EUA, Canadá e outros países da OTAN distribuíram bilhões de dólares para PSCs.
Como no caso de Lavery, muitos ex-soldados canadenses eram proprietários ou trabalhavam para PSCs no Afeganistão. “Fundado em meados dos anos 2000 por veteranos militares canadenses”, o Tundra Group protegia as bases operacionais avançadas no Afeganistão. A empresa Globe Risk Holdings de Toronto tinha escritórios em Cabul e Kandahar. Contratou ex-soldados canadenses, assim como a Canpro Global de Vancouver, que também tinha um escritório no Afeganistão.
No auge da missão militar canadense de 13 anos no Afeganistão, Saladin, a DynCorp e outras PSCs tinham um número maior de homens armados do que a maioria dos países da OTAN que ocupam o Afeganistão. Em 2008, o Brigadeiro General canadense Denis Thompson explicou: “Sem empresas de segurança privada, seria impossível alcançar o que estamos alcançando aqui. Existem muitos aspectos da missão aqui no Afeganistão, muitos aspectos de segurança que são realizados por empresas de segurança privada que, se fossem entregues aos militares, tornariam nossa tarefa impossível. Simplesmente não temos os números para fazer tudo. ”
O governo federal gastou dezenas, talvez centenas, de milhões de dólares em PSCs. Eles pagaram US $ 10 milhões por segurança privada para proteger o projeto de ajuda de US $ 50 milhões da "assinatura" do Canadá para consertar a barragem de Dahla na província de Kandahar. O governo federal contratou Saladino para proteger sua embaixada em Cabul. Saladino também ajudou a proteger o primeiro-ministro Stephen Harper durante uma visita lá em 2007 e protegeu as bases operacionais avançadas na província de Kandahar. Saladin tem uma história preocupante. Seu predecessor, KMS, treinou e possivelmente equipou insurgentes islâmicos que lutavam contra as forças russas no Afeganistão na década de 1980 e enviou mercenários à Nicarágua como parte do Caso Irã Contra.
As empresas de segurança privada no Afeganistão eram mal regulamentadas. Muitos afegãos acreditavam que as PSCs participavam do crime e o grande número de homens armados de diferentes grupos os deixava inseguros. Afegãos disseram aos pesquisadores da Fundação Suíça para a Paz que os PSCs se comportavam de maneira "caubói". Depois que um oficial canadense foi morto por um funcionário do PSC em agosto de 2008, o major canadense Corey Frederickson efetivamente concordou, explicando que o "exercício de contato normal [para PSCs] é que assim que eles forem atingidos por algo, então será 360 [graus], aberto em qualquer coisa que se mova. ”
As invasões do Afeganistão e do Iraque ajudaram a impulsionar o GardaWorld, com sede em Montreal, a ser o maior PSC privado do mundo. Nas últimas semanas, centenas de funcionários da empresa de Montreal foram evacuados do Afeganistão.

Com mais de 100.000 funcionários em todo o mundo, Garda anuncia regularmente na Esprit du Corps, convocando os leitores das Forças Canadenses da revista para "traduzir suas habilidades militares em uma carreira no Gardaworld". Vários ex-oficiais canadenses estavam nos escalões superiores de Garda. O chefe das operações de Garda no Afeganistão, Daniel Ménard, comandou anteriormente as operações das Forças Canadenses no Afeganistão. Ménard foi levado à corte marcial por ter relações sexuais com um subordinado no Afeganistão e por ter disparado de forma imprudente sua arma. Enquanto trabalhava para Garda, Ménard também foi envolvido em polêmica no Afeganistão. Em 2014, ele foi preso por suposto contrabando de armas. Dois anos antes, dois outros funcionários da Garda no Afeganistão foram pegos com dezenas de fuzis AK-47 não licenciados e encarcerados por três meses.

Garda também esteve envolvido em vários incidentes violentos no Afeganistão. Em 2019, três crianças estavam entre uma dúzia de mortos quando um microônibus cheio de explosivos colidiu com um SUV Garda que transportava cidadãos estrangeiros em Cabul. No mesmo ano, o Taleban atacou o complexo onde os escritórios de Garda estavam localizados em um incidente que deixou 30 mortos. O Kathmandu Post relatou que Garda enganou ilegalmente a família de um funcionário nepalês morto no ataque.
Existem poucos regulamentos que restringem as operações internacionais das unidades de atendimento canadenses. Ao contrário dos EUA e da África do Sul, observa “Beyond the Law? O regulamento das empresas privadas militares e de segurança canadenses que operam no exterior ”,“ Os canadenses não têm legislação destinada a regulamentar os serviços prestados por PMSCs canadenses [empresas privadas de segurança militar] operando fora do Canadá ou a conduta de cidadãos canadenses que trabalham para PMSCs estrangeiros ”. Além disso, Ottawa não assinou a Convenção Internacional contra o Recrutamento, Uso, Financiamento e Treinamento de Mercenários e tem estado pouco envolvida com o Grupo de Trabalho do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre o uso de mercenários.
A retirada militar estrangeira e a captura do Taleban de Cabul dizimou a grande indústria de PSC no país. No entanto, a maioria dos afegãos provavelmente está feliz em ver o fim das forças mercenárias privadas e dos pistoleiros contratados dominando seu país. Este desenvolvimento não foi amplamente divulgado pela mídia canadense.
O CBC deve aos canadenses uma discussão sobre o papel que as forças de segurança privadas desempenharam no Afeganistão.

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“A voz por detrás da violência” - Narrador dos vídeos de propaganda do ISIS sob custódia do FBI !

Um cidadão canadiano, suspeito de narrar os vídeos de propaganda do Estado Islâmico em inglês, encontra-se agora sob custódia do FBI e pode enfrentar prisão perpétua.


Mohammed Khalifa, atualmente com 38 anos, foi capturado pelas forças curdas na Síria em 2019 e, recentemente, transferido para custódia do Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI) e será julgado na Virgínia.

“Mohammed Khalifa, um cidadão canadiano nascido na Arábia Saudita que era uma figura de liderança no Estado Islâmico do Iraque e na Secção de Imprensa Inglesa da al-Sham’s (ISIS) e que serviu como combatente da ISIS, foi acusado de conspirar para fornecer apoio material à ISIS, uma organização terrorista estrangeira, resultando em morte“, explica o Departamento de Justiça norte-americano, em comunicado.

De acordo com o Washington Post, Khalifa começou como combatente da organização terrorista, mas acabou por liderar a comunicação em língua inglesa do grupo terrorista, evolvendo-se na tradução e divulgação de propaganda, incluindo vídeos, áudio e uma revista online — antes de se juntar ao Estado Islâmico, o canadiano era especialista em tecnologia da informação, em Toronto.

Khalifa, nascido na Arábia Saudita, terá narrado mais de uma dúzia de vídeos de recrutamento do ISIS, incluindo dois dos mais influentes: “Flames of War: Fighting Has Just Begun”, em 2014, e “Flames of War II: Até à Última Hora”, em 2017.

Nos vídeos, segundo os registos do tribunal, o canadiano encoraja os apoiantes a juntarem-se ao Estado islâmico no estrangeiro e a “conduzirem ataques terroristas contra não-muçulmanos”, escreve a CNN.

Alguns vídeos mostram até execuções brutais, incluindo de prisioneiros sírios forçados a cavar as suas próprias sepulturas e de um piloto jordano a ser queimado vivo.

“Como alegado, Mohammed Khalifa não só lutou pelo ISIS no campo de batalha na Síria, como também foi a voz por detrás da violência“, disse Raj Parekh, Procurador Interino dos Estados Unidos, citado no comunicado do Departamento de Justiça.

“Através do seu alegado papel de liderança na tradução, narração e avanço da propaganda online do ISIS, Khalifa promoveu o grupo terrorista, promoveu os seus esforços de recrutamento a nível mundial, e expandiu o alcance dos vídeos que glorificavam os assassínios horríveis e a crueldade indiscriminada“, continuou.

Na altura em que os vídeos “Flames of War” foram divulgados, as autoridades americanas não sabiam a quem pertencia a voz que os narrava, mas o público ajudou a identificá-la e, depois de ser capturado, Khalifa identificou-se a vários meios de comunicação social como o misterioso propagandista.

“Eu tinha uma vida normal no Canadá, estava a sair-me muito bem, e decidi desistir sabendo o que estava a sacrificar. Foi uma decisão que tomei e mantive-me fiel a ela”, disse, em declarações à CBC.

Amarnath Amarasingam, um investigador de extremismo na Queen’s University, no Canadá, foi o primeiro a identificar Khalifa como a voz dos vídeos violentos do ISIS.

As pessoas disseram que era louco, recordou Amarasingam, quando disse que o homem que se intitulava Abu Ridwan al-Kanadi soava “distintamente como as pessoas com quem cresci em Toronto”.

“Ele é uma pessoa significativa, na medida em que ele era a voz que ouvíamos” nos meios de comunicação do Estado Islâmico.

Se for considerado culpado, Mohammed Khalifa poderá passar o resto dos seus dias na prisão.

https://zap.aeiou.pt/voz-da-violencia-narrador-isis-435986

 

Trump pede a retirada de prémios Pulitzer aos jornalistas que divulgaram interferência russa nas eleições de 2016 !

Pedido tem sido feito de forma repetida pelo antigo presidente desde 2019, apesar de os jornais que publicaram os trabalhos manterem os factos relatados.


Donald Trump, antigo presidente dos Estados Unidos da América, solicitou que os prémios entregues aos jornalistas do The New York Times e The Washington Post em 2018, na sequência dos seus trabalhos que comprovavam a interferência russa nas eleições norte-americanas de 2016 — que resultaram na eleição de Trump — e da ligação do candidato do partido à Rússia.

A distinção foi entregue aos profissionais pela sua cobertura noticiosa de “interesse público”, “implacável” e apoiada em “fontes profundas” que os jurados entenderam ter sido essencial para a nação perceber os verdadeiros contornos da interferência da Rússia no ato eleitoral. Desde então, ambos os jornais e respetivas direções reafirmaram o conteúdo dos seus trabalhos, lembra o The Guardian.

No entanto, Trump, numa carta endereçada a Bud Kliment, administrador interino da iniciativa, solicitou a retirada dos prémios — algo que tem vindo a fazer de forma repetida desde 2019.

No novo pedido, o antigo presidente alega que o que está em causa são “investigações falsas relativas a uma relação não existente entre o Kremlin e a campanha de Trump”, caracterizou os trabalhos dos dois jornais “uma com motivações políticas” e queixou-se dos testemunhos anónimos citados nos trabalhos. Todas as investigações conduzias pelas instituições norte-americanas não concluíram a existência de qualquer ligação entre as partes.

Ao longo dos anos, só um prémio Pulitzer foi retirado: o atribuído em 1981 a Janet Cooke, por um trabalho para o The Washington Post que se viria a provar falso. Mais tarde, descobriu-se que também o registo do percurso da jornalista foi falseado.

Na altura, o diretor do jornal Ben Brandlee afirmou que “a credibilidade de um jornal é a sua característica mais importante, e depende quase na totalidade da integridade dos seus jornalistas“.

Na carta, Trump disse ainda que os autores das peças deveriam devolver os prémios “voluntariamente“. Até agora, nem o The New York Times ou o The Washington Post comentaram a carta, à semelhança da direção do prémio Pulitzer.

https://zap.aeiou.pt/trump-retira-premios-pulitzer-jornalistas-interferencia-russia-436058

 

Denunciante do Facebook diz que a rede social contribuiu para o ataque ao Capitólio !

Uma denunciante do Facebook diz que a rede social contribuiu para o motim de 6 de janeiro ao encerrar uma equipa interna encarregada de prevenir distúrbios civis poucas semanas antes dos distúrbios no Capitólio.


No mês passado, uma investigação do The Wall Street Journal obteve apresentações internas que mostram que Mark Zuckerberg e companhia tinham conhecimento que as redes sociais que opera — sobretudo o Instagram — são tóxicas para a saúde mental dos adolescentes.

“Existe um caminho para o crescimento se o Instagram mantiver a sua trajetória”, lia-se num dos documentos obtidos pelo jornal norte-americano através de uma denunciante da empresa.

A ex-funcionária do Facebook, Frances Haugen, copiou milhares de documentos internos que mostram como a rede social sabia dos perigos que representava, mas preferiu manter os lucros, escreve o Observador. A whistleblower deu pela primeira vez a cara numa entrevista ao programa “60 Minutes” da CBS.

“Aquilo que eu vi no Facebook uma e outra vez foi que havia conflitos de interesse entre o que era bom para o público e o que era bom para o Facebook. E o Facebook, uma e outra vez, optou por otimizar os seus próprios interesses, como fazer mais dinheiro”, disse Frances Haugen, que se demitiu da empresa em maio.

O Facebook contribuiu para o motim de 6 de janeiro ao encerrar uma equipa interna encarregada de prevenir distúrbios civis poucas semanas antes dos distúrbios no Capitólio, de acordo com Haugen.

Em causa está uma equipa de 300 pessoas dentro do Facebook que não só trabalhou nas eleições nos Estados Unidos, mas também lidou com várias outras questões um pouco em todo o mundo.

Num memorando interno de 1.500 palavras, citado pelo The Guardian, o vice-presidente de políticas e relações públicas do Facebook, Nick Clegg, reconheceu que a denunciante acusaria a empresa de contribuir para o motim de 6 de janeiro no Capitólio e classificou as acusações de “erróneas”.

“Imagine que sabe o que se passa dentro do Facebook, e sabe que ninguém lá fora sabe. A dada altura, em 2021, percebi: ‘OK, vou ter de fazer isto de um modo sistemático e vou ter de tirar o suficiente para que ninguém questione que isto é real'”, disse a denunciante, explicando a razão pela qual divulgou os documentos internos da empresa.

A whistleblower considera que “a versão do Facebook que existe hoje está a dividir as nossas sociedades e a causar violência étnica por todo o mundo”. Segundo Haugen, o algoritmo da rede social escolhe os melhores conteúdos com base em interações antigas do utilizador, mas também com base nas emoções.

No entanto, “o conteúdo de ódio, divisivo e polarizador é mais fácil inspirar a raiva do que com outras emoções”, explica.

“O Facebook percebeu que, se mudar o algoritmo para ser mais seguro, as pessoas vão passar menos tempo no site, vão clicar em menos anúncios e eles vão fazer menos dinheiro”, acrescentou.


https://zap.aeiou.pt/denunciante-do-facebook-ataque-capitolio-436103

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