quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Aviso aos atletas: Não critiquem a China durante os Jogos Olímpicos !


Protecção dos atletas não estará garantida durante Pequim 2022, avisa o Observatório dos Direitos Humanos.

A próxima edição dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, está próxima e um dos assuntos mais comentados é a liberdade de expressão (ou falta dela) na capital chinesa.

O Comité Olímpico Internacional já assegurou que qualquer atleta poderá falar sobre o que quiser durante o evento, nas conferências de imprensa e nas redes sociais. Mas há receios de sequelas.

“As leis chinesas são muito vagas sobre os crimes que podem alegar para processar a liberdade de expressão das pessoas”, alertou Yaqiu Wang, do Observatório dos Direitos Humanos, citado pela agência Associated Press.

Rob Koehler, director-geral do grupo Global Athlete, também não acredita que os atletas estejam protegidos: “Silêncio é cumplicidade, e é por isso que temos preocupações. Conhecemos o histórico de direitos humanos e da permissão de liberdade de expressão na China. Não há muita protecção.”

A Carta Olímpica prevê que, em cada edição dos Jogos Olímpicos, seja aplicada a lei do país que recebe o maior evento desportivo do mundo – o que não faz diminuir estes receios. O Comité Olímpico Internacional não esclareceu como essa lei pode ser aplicada em Pequim.

E o mesmo comité ainda não explicou como vai, em concreto, proteger os atletas que falarem publicamente sobre algum assunto delicado na China, como os direitos humanos.

Têm sido organizados protestos à volta do “genocídio” contra grupos muçulmanos na região de Xinjiang, onde muçulmanos estarão a ser presos, torturados e perseguidos. As políticas em relação a Hong Kong, Tibete e Taiwan também têm estado na lista de críticas. E o caso de Peng Shuai não foi esquecido.

https://zap.aeiou.pt/china-jogos-olimpicos-liberdade-expressao-458198

 

Nem o levantamento das restrições ajuda Boris. Ex-Ministro do Brexit pede-lhe que “em nome de Deus, vá embora” !

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson
Num debate aceso na Câmara dos Comuns, Boris apostou todas as fichas no levantamento das restrições para recuperar popularidade. No entanto, a saída de um deputado Conservador para os Trabalhistas e as críticas de um peso-pesado dos Tories foram mais dois duros golpes para o primeiro-ministro.

Numa última tentativa de se segurar como primeiro-ministro depois da onda de escândalos em que se tem visto envolvido com as festas em Downing Street, Boris Johnson anunciou o levantamento de quase todas as restrições, dá conta o Expresso.

As máscaras vão deixar de ser obrigatórias e os certificados de vacinação exigidos para grandes aglomerações ou visitas a lares de idosos também vão cair. Depois de 24 de Março, o isolamento obrigatório de cinco dias para infectados com covid-19 vai acabar e esta data pode até ser antecipada dependendo da evolução da pandemia.

O uso das máscaras para os alunos das escolas secundárias vai também acabar de imediato, uma medida que foi celebrada por alguns deputados Conservadores. Apesar disto, alguns sindicatos de professores e de profissionais de saúde já criticaram a ideia e lembra a disrupção que a covid-19 tem causado na educação.

Keir Starmer, líder dos Trabalhistas, respondeu ao anúncio do primeiro-ministro dizendo que o seu partido está disposto a apoiar as novas medidas já que “não quer ver restrições quando já não são necessárias”, desde que estas sejam baseadas nos dados científicos. Starmer também alertou Boris para que “aja para proteger a saúde pública e não o seu cargo“, lembra o The Guardian.

O primeiro-ministro ressalvou que os dados sobre a covid-19 mostraram “vezes sem conta” que o Governo acertou nas suas principais decisões e que as restrições do Plano B impostas em Dezembro podem ser levantadas na próxima terça-feira. As máscaras vão continuar a ser recomendadas, mas o executivo “vai confiar no julgamento dos britânicos” e não vai criminalizar quem escolher não a usar.
“Vai demitir-se?”

Neste que foi o debate semanal habitual em que o primeiro-ministro responde à Câmara dos Comuns, houve uma pergunta que se destacou entre as outras: “vai demitir-se?“. A resposta de Boris foi sempre a mesma: “não”, lembrando que em breve vai ser divulgado o relatório de Sue Gray, uma funcionária pública especialista em ética parlamentar e criticou a “pressa” da oposição e dos seus críticos internos.

Estes apelos e a elaboração do relatório surgem no seguimento das notícias que dão conta de várias festas em Downing Street que violaram as regras do confinamento, tendo Boris Johnson marcado presença em pelo menos uma em Maio de 2020.

Enquanto detentora de uma posição que não sujeita a uma eleição, é pouco provável que o relatório de Gray acuse directamente o primeiro-ministro de quebrar as regras — e pode ser nessa cartada que Boris está a apostar para se segurar perante a crise No entanto, não há garantias de que o chefe do Governo seja ilibado.

Johnson foi também novamente questionado sobre se mentiu ao parlamento quando negou ter conhecimento destas festas ou participar nelas, algo que implicaria a sua demissão, mas tentou fugir às perguntas e evitou responder com “sim” ou “não”, depois de ter justificado a sua presença na festa de 2020 dizendo que pensava que era uma reunião de trabalho — apesar do email de convite apelar a que os convidados trouxessem álcool.

“Em nome de Deus, vá embora”

Um dos maiores golpes para Boris foi o pedido do peso-pesado dos Tories David Davis, deputado que foi Ministro do Brexit, para que o primeiro-ministro fosse embora “em nome de Deus”, depois de ter passado semanas a defendê-lo dos eleitores zangados. A entrevista de ontem em que Boris disse que ninguém o avisou de que as festas violavam as regras foram a gota de água.

“Espero que os meus líderes assumam a responsabilidade pelos actos que cometem. Ontem ele fez o oposto disso. Por isso eu lembro-o de uma citação que lhe deve ser familiar, de Leopold Amery para Neville Chamberlain: “Já se sentou aqui demasiado tempo, por todo o bem que tem feito. Em nome de Deus, vá-se embora“, atirou Davis, para o choque da bancada Conservadora.

Recorde-se que a demissão de Chamberlain levou à chegada ao poder de Winston Churchill. Em 2014, Boris Johnson escreveu uma biografia sobre Churchill.

Além da crítica pública de Davis, o deputado Conservador Christian Wakeford também anunciou pouco antes do início da sessão que ia abandonar o partido e juntar-se aos Trabalhistas, deixando ainda mais a nu a confusão interna dos Tories.

“Caro primeiro-ministro, [o país] precisa de um Governo que preserve os padrões mais elevados de integridade e de idoneidade na vida pública e, infelizmente, tanto você como o Partido Conservador como um todo, revelaram-se incapazes de oferecer a liderança e o Governo que este país merece”, lê-se na carta de Wakeford.

O deputado diz que o Partido Trabalhista “está pronto para oferecer um Governo alternativo do qual o país se pode orgulhar e não envergonhar”. Wakeford foi recebido de braços abertos, especialmente por representar o círculo eleitoral de Bury South, na zona da red wall que historicamente pertencia aos Trabalhistas, mas que foi perdida para os Conservadores em 2019 e que o partido quer recuperar.

Keir Starmer não perdeu esta oportunidade para atacar Boris Johnson ainda mais neste debate aceso. “Todas as semanas o primeiro-ministro oferece defesas absurdas e inacreditáveis para as festas em Downing Street e todas as semanas são desmascaradas“, acusou, citado pelo The Guardian.

“Primeiro disse que não houve festas, depois apareceu o vídeo, que estragou essa defesa. Depois disse que estava furioso quando descobriu da sua existência — até se saber que esteve na festa no jardim. Na semana passada disse que não sabia que estava numa festa e, surpresa surpresa, ninguém acreditou nele. Esta semana tem uma nova defesa — “ninguém me avisou que violava as regras”. O primeiro-ministro escreveu as regras e acha que esta defesa vai resultar?” rematou Starmer.

O líder da oposição fez ainda um trocadilho em resposta à contestação que ouviu dos Conservadores, dizendo que o líder parlamentar lhes disse para “trazerem as suas próprias vaias” — bring your own boos — em referência ao convite para uma festa em Downing Street em que um secretário de Boris escreveu bring your own booze (tragam as vossas próprias bebidas).

Apesar de Boris responder às críticas citando os números da vacinação, o decréscimo do desemprego jovem, o layoff abrangente e o fim das restrições como bandeiras do seu sucesso, a imprensa britânica já está a contar as horas para a sua saída da liderança dos Conservadores, especialmente dado o descontentamento da base e as quedas a pique nas sondagens.

Segundo as regras, se 54 deputados Conservadores (15% da representação parlamentar) remeterem uma carta com uma moção de censura ao presidente do 1922 Committee, Graham Brady, a exigir uma nova votação para a liderança, está será marcada e Johnson será afastado.

https://zap.aeiou.pt/boris-johnson-levanta-todas-as-restricoes-numa-ultima-esperanca-de-recuperar-popularidade-mas-o-cerco-continua-a-apertar-458192


“O meu palpite é que ele vai avançar. Tem de fazer alguma coisa": Joe Biden antecipa invasão da Ucrânia pela Rússia !


Presidente dos Estados Unidos alertou que uma invasão da Rússia à Ucrânia poderia seria a ação com mais consequências para a paz mundial desde a Segunda Guerra Mundial.

Numa das suas declarações mais extensas sobre o assunto até ao presente, Joe Biden admitiu que a Rússia deve invadir a Ucrânia num futuro próximo, sendo esse o cenário que o presidente dos Estados Unidos da América vê como mais provável, apesar de reconhecer que a postura de Vladimir Putin em relação ao tópico é ainda incerta. “Eu não tenho certezas em relação ao que ele vai fazer. Mas o meu palpite é que vai avançar. Ele tem de fazer alguma coisa”, respondeu aos jornalistas.

Biden afirmou ainda que, em caso de ataque, Moscovo enfrentaria “duras consequências“, impostas não só pelos Estados Unidos, mas também pelos restantes aliados da NATO. No entanto, reconheceu que ainda não existem uma postura concertada entre os membros da Aliança Atlântica quanto às respostas que uma invasão à Ucrânia iria despoletar. “O que vamos ver é a Rússia a ser responsabilizada caso invada e dependendo da forma como o faça“, avançou.

Sobre este ponto, o presidente dos Estados Unidos da América tentou distinguir as diferentes escalas de um possível ataque, ressalvando que as reações terão que ser adaptadas caso se trate de uma “incursão menor”, como ataques cibernéticos ou a presença em território ucraniano de agentes de inteligência russos — que Washington diz já estar a acontecer.

Um cenário de uma grande invasão das tropas russas à Ucrânia seria a linha vermelha, explicou Biden, que categorizou tal ação como “o acontecimento com mais consequências no mundo, em termos de guerra e paz, desde a Segunda Guerra Mundial”, com riscos de se dispersar para fora das fronteiras ucranianas e até ficar “fora de controlo“. “Há diferenças no que respeita ao que os membros da NATO estão dispostos a fazer, dependendo do que aconteça. Se a Rússia atravessar as fronteiras… penso que isso muda tudo”, apontou.

Pouco tempo depois da declaração do presidente dos Estados Unidos da América, Jen Pskai, tratou de esclarecer algumas das ideias transmitidas anteriormente, esclarecendo que qualquer movimento feito pelas forças russas e que implicasse a transgressão das fronteiras ucranianas seria interpretado como uma invasão. “O presidente Biden tem sido claro com o presidente da Rússia: se alguma força militar russa se move na fronteira ucraniana, será uma invasão renovada, e terá “duras consequências”, impostas pelos Estados Unidos e pelos seus aliados”, pode ler-se no documento assinado por Paski.

“O presidente Biden também sabe devido à sua longa experiência que os russos têm um extenso livro de agressões que não passam pela ação militar, como ciberataques ou táticas paramilitares. Hoje ele afirmou que essas agressões russas seriam acompanhas de uma resposta decisiva, recíproca e unida.”

O esclarecimento foi também uma forma de a diplomacia norte-americana acalmar os responsáveis ucranianos, que interpretaram a escolha de palavras de Biden como uma “luz verde para que Putin entrasse na Ucrânia a seu belo prazer” já que evidenciavam as divergências existentes entre os membros da NATO e as incertezas relativamente ao tipo de resposta que as movimentações russas iriam merecer por parte destes.

https://zap.aeiou.pt/joe-biden-antecipa-invasao-ucrania-russia-458288

 

Biden anuncia que se vai recandidatar à Casa Branca em 2024 com Kamala Harris novamente na vice-presidência


O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou esta quarta-feira em Washington que se recandidata em 2024, e que manterá Kamala Harris como candidata à vice-presidência.

Joe Biden fez o anúncio numa conferência de imprensa, convocada para assinalar o primeiro ano do seu mandato, que se completa na quinta-feira.

“Ela será a minha parceira de lista”, garantiu Biden, referindo-se a Kamala Harris, a primeira mulher e primeira afro-americana a chegar à vice-presidência dos Estados Unidos, a qual viu a sua quota de popularidade cair desde que entrou na Casa Branca.

Kamala “está a fazer um bom trabalho” na questão do acesso das minorias ao voto, destacou Joe Biden, apesar do Congresso ter bloqueado o seu projeto de lei sobre o assunto, e quando alguns analistas acreditam que o Presidente aumentaria as hipóteses de reeleição se escolhesse outra pessoa para o acompanhar na recandidatura ao cargo.

Recorde-se que Kamala Harris protagonizou, em novembro, um momento histórico ao tornar-se, ainda que por pouco mais de uma hora, na primeira mulher Presidente dos Estados Unidos, após Joe Biden lhe ter transferido os poderes para se submeter a uma colonoscopia.

No anúncio, Joe Biden prometeu ainda que vai “sair com mais frequência” da Casa Branca para se encontrar e falar com os norte-americanos.

O democrata tomou posse como 46.º Presidente dos Estados Unidos no dia 20 de janeiro de 2021, na sequência da vitória sobre o seu antecessor, o republicano Donald Trump, na votação realizada em 3 de novembro de 2020.

https://zap.aeiou.pt/biden-anuncia-que-se-vai-recandidatar-458241

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

O plano dos EUA para um Afeganistão dentro da Europa !


Soldados em equipamentos de guerra e veículos de combate blindados foram mobilizados pela Suécia em Gotland, a ilha no Mar Báltico a 90 km de suas costas orientais. O Ministério da Defesa declara que o fez para defender a ilha da ameaça de navios de desembarque russos que cruzam o Mar Báltico. Assim, a Suécia também contribui, como parceira, para a frenética campanha EUA-OTAN que, invertendo a realidade, apresenta a Rússia como uma potência agressiva que se prepara para invadir a Europa.

A 130 km a leste de Gotland, a Letônia está em alerta, junto com a Lituânia e a Estônia, contra o inimigo inventado que está prestes a invadir. Como “defesa contra a ameaça russa”, a OTAN mobilizou quatro batalhões multinacionais nas três repúblicas bálticas e na Polônia. A Itália participa do da Letônia, com centenas de soldados e veículos blindados.
A Itália também é o único país que participou de todas as missões de “polícia aérea” da OTAN, a partir de bases na Lituânia e Estônia, e o primeiro que usou caças F-35 para interceptar aeronaves russas em voo no corredor aéreo internacional sobre o Báltico. O F-35 e outros caças, implantados nesta região próxima ao território russo, são aeronaves com dupla capacidade convencional e nuclear.
No entanto, as três repúblicas bálticas não se sentem suficientemente “protegidas pela presença avançada reforçada da OTAN”. O ministro da Defesa letão, Artis Pabriks, solicitou uma presença militar permanente dos EUA em seu país: as forças dos EUA – explicam os especialistas segundo um cenário de filme de Hollywood – não chegariam a tempo de chegar da Alemanha para deter as forças blindadas russas que , depois de ter subjugado as três repúblicas bálticas, iria separá-las da União Européia e da OTAN, ocupando o corredor Suwalki entre a Polônia e a Lituânia.
A Ucrânia, parceira, mas na verdade já membro da OTAN, tem o papel de primeiro ator como país sob ataque. O governo denuncia, por sua palavra de honra, que foi atingido por um ataque cibernético, atribuído, naturalmente, à Rússia, e a OTAN corre, junto com a UE, para ajudar a Ucrânia a combater a guerra cibernética. Washington denuncia que a Ucrânia está agora cercada por três lados por forças russas e, em antecipação ao bloqueio do fornecimento de gás russo à Europa, está se preparando generosamente para substituí-los por fornecimentos maciços de gás natural líquido fabricado nos EUA.
O ataque russo – informa a Casa Branca com base em notícias cuja veracidade é garantida pela CIA – seria preparado por uma operação de bandeira falsa: agentes russos, infiltrados no leste da Ucrânia, realizariam ataques sangrentos contra os habitantes russos do Donbass , atribuindo a responsabilidade a Kiev como pretexto para a invasão. A Casa Branca não lembra que em dezembro o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, denunciou a presença no leste da Ucrânia de mercenários norte-americanos com armas químicas.
Os Estados Unidos – relata o New York Times – disseram aos Aliados que “qualquer vitória russa rápida na Ucrânia seria seguida por uma insurgência sangrenta semelhante à que forçou a União Soviética a se retirar do Afeganistão” e que “a CIA (secretamente ) e o Pentágono (abertamente) resistirão”. Os Estados Unidos – lembra James Stavridis, ex-Comandante Supremo Aliado na Europa – sabem como fazê-lo: no final dos anos setenta e nos anos oitenta eles armaram e acusaram os mujahidin contra as tropas soviéticas no Afeganistão, mas “o nível dos EUA o apoio militar a uma insurreição ucraniana faria parecer uma ninharia o que fizemos no Afeganistão contra a União Soviética”.
O que o desenho estratégico de Washington é evidente: precipitar a crise ucraniana, deliberadamente provocada em 2014, forçar a Rússia a intervir militarmente em defesa dos russos no Donbass, terminando em uma situação semelhante à afegã em que a URSS se atolou . Um Afeganistão dentro da Europa, que causaria um estado de crise permanente, em benefício dos EUA, que fortaleceria sua influência e presença na região.

https://www.globalresearch.ca

Chefe da ONU alerta que milhões de afegãos estão à beira da morte !

O chefe das Nações Unidas alertou que milhões de afegãos estão “à beira da morte”, instando a comunidade internacional a financiar o apelo humanitário de US$ 5 bilhões da ONU, liberar os ativos congelados do Afeganistão e impulsionar seu sistema bancário para evitar o colapso econômico e social.


© Fornecido pela Al Jazeera 'Temperaturas congelantes e bens congelados são uma combinação letal para o povo do Afeganistão', disse o secretário-geral Antonio Guterres [Arquivo: Andrew Kelly/Reuters]
O secretário-geral Antonio Guterres disse a repórteres na quinta-feira que “temperaturas congelantes e bens congelados são uma combinação letal para o povo do Afeganistão” e “regras e condições que impedem que o dinheiro seja usado para salvar vidas e a economia devem ser suspensas nesta emergência. situação."
É “absolutamente essencial” evitar um colapso, enfatizou, “porque com a situação atual você tem afegãos à beira da morte”.
A economia dependente de ajuda do Afeganistão já estava tropeçando quando o Taleban tomou o poder em meados de agosto, em meio à partida caótica das tropas dos EUA e da OTAN após 20 anos.
A comunidade internacional congelou os bens do Afeganistão no exterior e interrompeu o apoio econômico, não querendo trabalhar com o Talibã, dada sua reputação de brutalidade durante seu governo de 1996-2001 e recusa em educar meninas e permitir que mulheres trabalhem.

A ONU disse que 8,7 milhões de afegãos estão à beira da fome e Guterres disse que é fundamental injetar liquidez rapidamente na economia afegã “e evitar um colapso que levaria à pobreza, fome e miséria para milhões”.

https://www.msn.com 

O dólar entrou em uma espiral da morte, e muito mais inflação está a caminho !


Alguém lá fora realmente esperava que as coisas fossem diferentes? Quando o governo federal continuou emprestando e gastando trilhões e trilhões de dólares que não tínhamos, fomos avisados ​​de que esse dia estava chegando. E quando o Federal Reserve continuou injetando trilhões e trilhões de novos dólares em nosso sistema financeiro, fomos avisados ​​de que esse dia estava chegando. Então, por que alguém está surpreso com o que está acontecendo neste momento? Na quarta-feira, foi relatado que em dezembro o índice de preços ao consumidor dos EUA subiu no ritmo mais rápido em quase 40 anos…

A inflação subiu no ritmo mais rápido em quase quatro décadas em dezembro, à medida que os rápidos ganhos de preços alimentaram os temores dos consumidores sobre a economia e derrubaram o índice de aprovação do presidente Biden.

O índice de preços ao consumidor subiu 7% em dezembro em relação ao ano anterior, de acordo com um novo relatório do Departamento do Trabalho divulgado na quarta-feira, marcando o aumento mais rápido desde junho de 1982, quando a inflação atingiu 7,1%. O IPC – que mede uma série de bens que vão de gasolina e saúde a mantimentos e aluguéis – saltou 0,5% no período de um mês a partir de novembro.
Podemos ter uma visão melhor do que realmente está acontecendo quando começamos a olhar para categorias individuais. Os seguintes números de categoria foram publicados hoje cedo pela Citizen Free Press…
Eles continuam nos dizendo que o índice de preços ao consumidor estava realmente aumentando a um ritmo mais rápido em 1982, mas sempre que a mídia corporativa faz tal afirmação, eles não estão sendo honestos.
A forma como o índice de preços ao consumidor é calculado mudou mais de duas dúzias de vezes desde 1980, e cada vez que foi alterado o objetivo era fazer com que a taxa de inflação parecesse menor.
De acordo com John Williams, do shadowstats.com, se o índice de preços ao consumidor ainda fosse calculado do jeito que era em 1990, a taxa oficial de inflação estaria acima de 10% agora.
E se o índice de preços ao consumidor ainda fosse calculado do jeito que era em 1980, a taxa oficial de inflação estaria acima de 15% agora. Mas 7% soa muito melhor do que 15%, não é?  

Gasolina até 56%
Óleo de aquecimento até 42%
Carros usados: 37,3%
Aluguel de carros: 36%
Gás natural sobe 31%
Hotéis: 27,6%
Carne bovina: 18,6%
Carne de porco: 15,1%
Móveis: 13,8%
Carros novos: 12%
Infelizmente, parece que o preço da gasolina em breve subirá ainda mais.

De fato, a Reuters está nos dizendo que alguns analistas estão projetando que o preço do petróleo poderá em breve ultrapassar 100 dólares o barril…
Os preços do petróleo que subiram 50% em 2021 vão avançar ainda mais este ano, preveem alguns analistas, dizendo que a falta de capacidade de produção e o investimento limitado no setor podem elevar o petróleo para US$ 90 ou mesmo acima de US$ 100 o barril.
É preciso energia para transportar praticamente todos os bens que compramos regularmente e, portanto, um preço mais alto da gasolina causará pressão inflacionária em toda a nossa economia.
Algumas empresas estão respondendo a essa crise oferecendo a seus clientes menos pelo mesmo preço que cobravam antes.
Por exemplo, se você pedir asas de frango da Domino's Pizza, receberá apenas um pacote de oito a partir de agora… Os clientes da Domino's Pizza que pedirem asas de frango em breve terão menos deles pelo mesmo preço.
A cadeia de pizzas disse que está reduzindo o número de asas em sua oferta de US$ 7,99 de 10 peças para apenas oito por causa do aumento dos custos com comida e mão de obra. Wings também se tornará um exclusivo online, o que significa que os clientes não podem mais encomendá-los por telefone.
Ao nosso redor, há evidências de que nosso padrão de vida está diminuindo rapidamente.
O custo de vida está aumentando muito, muito mais rápido do que os contracheques, e essa é uma tendência extremamente alarmante. De acordo com o Zero Hedge, os ganhos reais médios por hora caíram por 9 meses consecutivos… Finalmente, e talvez o mais importante para a Main Street, os ganhos reais médios por hora caíram (2,4% A/A) pelo 9º mês consecutivo…
Então, da próxima vez que um político tentar lhe dizer para agradecer que seus salários estão subindo ou você pode mudar para um novo emprego com melhor remuneração, apenas lembre-o de que o aumento no custo de vida está superando os ganhos salariais, graças ao Fed. as políticas de bloqueio do dinheiro e do Congresso e o dinheiro do helicóptero esmagaram a qualidade de vida de milhões. Em outras palavras, a maioria dos americanos está ficando mais pobre. Enquanto isso, a terrível escassez nacional que estourou continua a ser manchete em todo o país.
De acordo com o USA Today, a seguir estão algumas das carências mais graves que estamos testemunhando agora…

Falta de fórmula infantil Falta de requeijão Escassez de alumínio Comida de gato, escassez de comida de cachorro Escassez de frango Escassez de lanches Falta de papel higiênico Escassez de cerveja E acontece que o medo da Omicron também provocou uma escassez muito grande de remédios para resfriado… As lojas na área de Dallas-Fort Worth estão enfrentando escassez de remédios para resfriado à medida que a temporada de gripe aumenta e a variante omicron do coronavírus continua. “A nova escassez de papel higiênico”, disse um funcionário de uma farmácia do leste de Dallas à Fox 4 sobre as prateleiras vazias. Um farmacêutico em um local da CVS no leste de Dallas disse que clientes com sintomas que parecem ser coronavírus ou gripe estão comprando remédios para resfriado e xarope para tosse, enquanto outros estão chegando apenas para estocar. Então, se você estava pensando em estocar Benadryl por algum motivo, eu sairia e pegaria um pouco enquanto você ainda pode. A mídia corporativa parece absolutamente chocada com o fato de nossos políticos em Washington e os mágicos do Federal Reserve terem perdido o controle de nossa economia. Mas fomos avisados ​​por anos que o que eles estavam fazendo mataria o dólar americano, e a espiral da morte em que entramos agora se tornará extremamente dolorosa. O que estamos vivendo agora não é apenas mais uma crise econômica de curto prazo. Este é realmente o começo do fim para a economia dos EUA, e eu recomendo que você se prepare de acordo.

The Economic Collapse

Ciberespaço perto de se tornar novo foco para ações conjuntas OTAN-Ucrânia contra a Rússia !


Mais uma vez, o Ocidente parece estar criando argumentos para justificar a implementação de medidas coercitivas contra a Rússia. Um ataque cibernético contra Kiev supostamente ocorrido na semana passada vem ganhando manchetes em todo o mundo. Agora, o governo ucraniano afirma ter provas de que o ataque tem envolvimento russo – embora nenhum detalhe tenha sido fornecido até o momento sobre qual seria essa “prova”. Aparentemente, a OTAN e Kiev estão prontas para transformar o ciberespaço em um novo foco de suas campanhas anti-russas.

Um suposto ataque cibernético contra a Ucrânia ocorreu nas primeiras horas da sexta-feira da semana passada, deixando vários sistemas oficiais do governo inacessíveis. Por algumas horas, os sites de vários ministérios ucranianos ficaram absolutamente offline. Em alguns dos sites invadidos, algumas mensagens apareceram alertando os ucranianos para “esperar o pior”. Além de ministérios, bancos de dados virtuais de muitos escritórios do governo foram invadidos, mas segundo informações divulgadas pelo Ministério da Transformação Digital, não houve vazamento de dados pessoais de funcionários do governo, sendo os danos limitados à operacionalidade dos sites.

O suposto “ataque” gerou imediata repercussão mundial. Governos e organizações internacionais de todo o mundo publicaram notas repudiando a atitude dos hackers. A União Europeia, os EUA, governos pró-ocidentais e a OTAN reforçaram seu desejo de “ajudar” Kiev a fortalecer seu sistema de defesa cibernética.
O secretário da OTAN Jen Stoltenberg publicou as seguintes palavras sobre o caso:
“Condeno veementemente os ataques cibernéticos ao governo ucraniano. A OTAN trabalha em estreita colaboração com a Ucrânia há anos para ajudar a aumentar suas defesas cibernéticas (…) Nos próximos dias, a OTAN e a Ucrânia assinarão um acordo sobre cooperação cibernética aprimorada, incluindo acesso à plataforma ucraniana de compartilhamento de informações de malware da OTAN. O forte apoio político e prático da OTAN à Ucrânia continuará”. No mesmo sentido, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, também comentou o caso, dizendo: “Também estamos em contato com os ucranianos e oferecemos nosso apoio enquanto a Ucrânia investiga o impacto e a natureza e se recupera do incidente”. Na Europa, por outro lado, os comentários foram mais agressivos e tentaram culpar a Rússia. O principal diplomata da UE, Josep Borrell, disse:
Mais tarde, no domingo, Kiev adotou definitivamente a retórica que já havia sido promovida pelos europeus, culpando a Rússia. O ministro da transformação digital ucraniano, Mykhailo Fedorov, disse que “todas as evidências apontam que a Rússia está por trás do ataque cibernético”. Evidentemente, essa é uma suspeita que pode surgir a qualquer momento, considerando que o ataque ocorreu em meio a tensões entre Rússia e Ucrânia e que as operações cibernéticas são uma tática militar comum na guerra contemporânea. O problema neste caso é que não foram fornecidos detalhes sobre quais seriam tais “provas”. Kiev simplesmente acredita que Moscou operou os ataques porque é um suspeito “plausível”, considerando o fato de serem países rivais, mas nenhuma evidência material foi apresentada até agora, o que torna a narrativa muito fraca.
“Vamos mobilizar todos os nossos recursos para ajudar a Ucrânia a enfrentar esse ataque cibernético. Infelizmente, sabíamos que isso poderia acontecer (…) É difícil dizer (quem está por trás disso). Não posso culpar ninguém porque não tenho provas, mas podemos imaginar”.
Ao dizer “podemos imaginar”, Borrell certamente estava se referindo à Rússia. Além disso, algo semelhante foi dito pela ministra das Relações Exteriores da Suécia, Ann Lind, que comentou diretamente sobre a possibilidade de envolvimento russo, dizendo palavras em tom ameaçador:

“temos que ser muito firmes em nossas mensagens para a Rússia: que se houver ataques contra a Ucrânia, seremos muito duros e muito fortes e robustos em nossa resposta”.
Se Kiev e o Ocidente acusam a Rússia de envolvimento no ataque, cabe a eles provar as acusações. O ônus da prova para o acusador é um princípio universal de justiça que não pode ser ignorado nas relações diplomáticas. Além disso, da mesma forma que os ciberataques são prática comum na guerra contemporânea (o que tornaria plausível a narrativa do envolvimento russo), as operações de autossabotagem e os “ataques de bandeira falsa” também são constantemente praticados nos atuais conflitos entre Estados, o que torna plausível que Kiev ou algum outro governo ocidental tenha operado o ataque de hackers para culpar a Rússia e reforçar as medidas de segurança contra Moscou – e o fato de que não houve vazamento de dados no ataque pode ser considerado uma evidência a esse respeito, pois tal vazamento não ser de interesse em uma operação de bandeira falsa. De fato, existem muitas possibilidades, e seria errado acusar qualquer um dos lados sem investigações prévias. No entanto, infelizmente, o que podemos esperar daqui para frente é que a narrativa anti-russa, apesar de fraca, seja considerada suficiente para a OTAN endurecer as medidas contra a Rússia e iniciar uma campanha de guerra cibernética. Cada vez mais, o ciberespaço pode ser considerado um novo campo de batalha, tão importante quanto a terra, o mar, o ar e o espaço sideral.

Lucas Leiroz é pesquisador em Ciências Sociais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; consultor geopolítico. A imagem em destaque é do InfoBrics A fonte original deste artigo é

InfoBrics

“Crise catastrófica”: Companhias aéreas norte-americanas alertam para perigos do 5G !


Nos Estados Unidos, as companhias aéreas receiam o “caos” devido a interferências com os instrumentos usados nos aviões.

Preocupados com a “crise catastrófica” que a nova tecnologia pode causar, os líderes das principais companhias aéreas norte-americanas lançaram um alerta relacionado com a expansão do 5G.

Segundo a BBC, os responsáveis defendem que o início dos serviços de 5G da Verizon e da AT&T, planeados para esta quarta-feira, vai causar uma “calamidade económica completamente evitável“.

As empresas temem que os sinais de 5G em banda C perturbem os sistemas de navegação dos aviões, nomeadamente aqueles que costumam ser utilizados em situações de mau tempo.

O alerta surge numa carta enviada à Casa Branca e às entidades reguladoras norte-americanas, assinada pelos presidentes executivos das companhias American Airlines, Delta Air Lines, United Airlines, Southwest Airlines e Jet Blue, para além dos serviços de transportes UPS e FedEx,

A nova tecnologia 5G, explicam, pode interferir com instrumentos como os altímetros, que medem a distância a que um avião está do solo e que são essenciais para facilitar aterragens quando as condições atmosféricas são mais difíceis, se for usada com as frequências adotadas nos Estados Unidos.

O problema está no facto de ter sido atribuída à tecnologia 5G no país uma frequência muito próxima da usada pelos aviões em instrumentos como os altímetros.

Para evitar estes problemas, os responsáveis defendem ser necessário suspender uma grande quantidade de voos, o que poderia causar a uma “crise catastrófica” no setor, já penalizado pela pandemia de covid-19.

“Num dia como o de ontem, mais de 1100 voos e 100 mil passageiros ficariam sujeitos a cancelamentos, desvios ou atrasos”, exemplificam na carta, citada pelo jornal Público.

O problema não tem sido colocado na Europa e em países asiático, pelo facto de a frequência atribuída estar mais distante das utilizadas pelo setor aéreo. Tal reduz fortemente o potencial de ocorrência de interferências.

Ao Observador, fonte oficial da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) confirmou que as interferências é um problema que não se põe em Portugal.

O regulador nacional também salientou que a EASA (regulador europeu da aviação) já desenvolveu um estudo sobre o tema, tendo concluído que não há interferência das redes europeias 5G nos radio-altímetros.

No entanto, publicou um aviso dirigido aos operadores autorizados a voar para os Estados Unidos, entre os quais a TAP, para chamar à atenção dos eventuais problemas e das normas vigentes.

https://zap.aeiou.pt/companhias-aereas-eua-perigos-5g-458042


Adeus, Jacarta ! A nova capital da Indonésia vai chamar-se Nusantara !


Jacarta vai ser substituída por uma nova cidade, Nusantara. A nova capital da Indonésia vai ser construída de raiz em Kalimantan, uma região na parte indonésia da ilha do Bornéu.

A nova capital administrativa que a Indonésia planeia construir na ilha de Bornéu, para substituir Jacarta, vai chamar-se Nusantara (que significa “arquipélago” em bahasa indonésio), decidiu o Presidente do país, Joko Widodo.

“Recebi uma confirmação direta do Presidente na sexta-feira a dizer que a nova capital se vai chamar Nusantara”, afirmou, segundo o jornal Kompas, o ministro do Planeamento do Desenvolvimento Nacional, Suharso Monoarfa, durante uma reunião do comité especial para a construção da nova capital.

O ministro concordou com a escolha do nome e justificou-o como sendo uma palavra conhecida, com a qual os indonésios se referem frequentemente ao arquipélago indonésio.

O Governo indonésio anunciou, em abril de 2019, ter um plano para transferir a capital administrativa do país de Jacarta para um local mais adequado, escolhendo dois distritos na parte oriental da ilha de Bornéu.

O Parlamento deverá aprovar a construção ainda este mês para que as obras comecem e a transferência da capital possa ser feita em 2024.

A construção deveria ter começado no final de 2020, mas foi adiada devido à pandemia de covid-19, que fez da Indonésia o país mais afetado do Sudeste Asiático, com mais de 4,2 milhões de casos e 144 mil mortes.

Depois de anunciada a decisão, alguns ambientalistas pronunciaram-se sobre a possibilidade de esta transferência poder acelerar a poluição na província de Kalimantan Oriental, contribuindo para a destruição de florestas tropicais.

A transferência da capital é um projeto recorrente de sucessivos governos desde a época do ex-presidente Sukarno, que governou a Indonésia entre 1945 e 1967, e que, na altura, propôs a cidade de Palangkaraya, na ilha de Bornéu.

Jacarta, que está 40% abaixo do nível do mar, está a afundar cerca de 7,5 centímetros em média por ano, de acordo com as últimas estimativas oficiais, embora uma barragem marítima esteja a ser construída para impedir a submersão da cidade.

A atual capital, localizada no noroeste de Java, tem uma população de cerca de dez milhões de pessoas.

https://zap.aeiou.pt/adeus-jacarta-a-nova-capital-da-indonesia-458061


Breivik pediu liberdade condicional com saudação nazi na mesma sessão !


Autor do homicídio de 77 pessoas, há mais de uma década, insistiu na supremacia dos brancos mas pediu para sair mais cedo da prisão.

Anders Behring Breivik. Foi provavelmente o nome mais comentado e pesquisado em muitos países ao longo de 2011. Sobretudo ao longo do segundo semestre. No dia 22 de Julho desse ano, o norueguês matou 77 pessoas e feriu mais de 300.

Breivik, que já estaria a preparar aquele ataque há anos, fez explodir um carro na capital Oslo, junto à sede do Governo. Oito pessoas morreram. Dirigiu-se logo a seguir para a ilha de Utøya, começando a disparar na direcção de adolescentes. Matou 69 pessoas aí.

Pouco antes destes atentados, o norueguês havia publicado na internet um manifesto que criou, apelando à extrema-direita. São 1.518 páginas, num documento intitulado ‘2083 – Uma declaração europeia de independência’. São defendidas ideias extremas como o ultra-nacionalismo, a islamofobia, a homofobia, o racismo e o anti-feminismo.

Alegado defensor do Cristianismo e vendo o Islão como uma ameaça à humanidade, Breivik admitiu logo a autoria do crime e foi condenado a 21 anos de prisão – pena máxima na Noruega. Não recorreu.

O extremista foi aparecendo no tribunal, na altura, sempre aparentemente satisfeito com o que tinha feito e até disse aos pais das vítimas que gostaria de ter matado mais adolescentes, em Utøya, durante o fatídico acampamento de jovens do Partido dos Trabalhadores da Noruega.

Entretanto passaram mais de 10 anos desde o dia dos homicídios. Anders Behring Breivik já tentou fundar um partido fascista na prisão e, agora, quer liberdade condicional (tem esse direito precisamente porque já está preso há 10 anos).

“Como em qualquer outro Estado de direito, um condenado tem o direito de requerer a liberdade condicional e Breivik decidiu fazer uso desse direito”, anunciou o seu advogado, antes da audiência desta terça-feira.

Nessa audiência, Breivik, aos 42 anos, entrou no tribunal a exibir saudações nazis e com uma mensagem de supremacia dos brancos.

Disse ao juiz que é “candidato parlamentar do movimento nazi”, apesar de agora estar “dissociado fortemente da violência e do terror. Dou a minha palavra de honra de que isso ficou para trás, para sempre“, garantiu.

O Tribunal Distrital de Nedre Telemark vai decidir se concede liberdade condicional ao extremista, que no entanto pode ver a pena de prisão ser prolongada (caso seja considerado um perigo para a sociedade, os 21 anos deixam de ser o limite).

Se tiver direito a sair, Anders Breivik avisou: vai aproveitar a estadia nas ruas para espalhar as suas ideias de supremacia dos brancos. E há “milhões de pessoas que suportam a supremacia branca”, acrescentou.

As sessões prolongam-se até quinta-feira e a decisão deverá ser anunciada no final de Janeiro.

https://zap.aeiou.pt/breivik-pediu-liberdade-condicional-com-saudacao-nazi-na-mesma-sessao-458084


Polícia de Israel acusada de usar programa Pegasus contra os cidadãos !


O programa de vigilância da empresa israelita NSO permite transformar um telemóvel num aparelho de espionagem, gravando em áudio e vídeo.

Segundo o Público, primeiro descobriu-se o uso por países que fizeram acordos com Israel, depois por forças israelitas contra palestinianos, e agora Israel está a debater-se com a acusação de que o poderoso programa Pegasus.

O programa foi criado para ser usado em casos de contra terrorismo e criminalidade organizada grave, mas terá sido usado para espiar civis israelitas, incluindo líderes de um grupo de protesto contra Benjamin Netanyahu, quando este se mantinha na chefia do Governo, mesmo após uma acusação judicial de corrupção.

A notícia do jornal económico israelita Calcalist surgiu depois de ser ter colocado a hipótese, tida pela imprensa israelita como improvável, de um acordo em que Netanyahu se declarasse culpado de algumas acusações, com a condição de que não voltasse à atividade política.

O mais recente caso de possível uso do programa Pegasus, feito e comercializado por uma empresa israelita, segue-se a inúmeros no mundo, desde ativistas e jornalistas mortos por regimes opressivos, até vigilância de políticos mundiais, passando por casos pessoais de políticos poderosos.

Não era esperado que a polícia usasse o software em cidadãos israelitas, que não estivessem envolvidos em ações de terrorismo ou de crime organizado, e aparentemente sem autorização judicial. Aliás, a utilização do Pegasus contra israelitas é proibida, diz o diário israelita Haaretz.

Segundo o Haaretz, a polícia usa o programa desde 2013, tendo-o alargado substancialmente em 2015.

A investigação do jornal Calcalist diz que em 2020 a polícia começou a usar o software para investigar telefones de ativistas anti-corrupção que organizavam os protestos semanais contra a continuação de Netanyahu no cargo, apesar de uma acusação formal.

Em Israel, apenas os ministros são obrigados a demitir-se caso sejam acusados, o primeiro-ministro pode manter-se.

“Durante muito tempo, partiu-se do princípio de que Israel não tem necessidade de um serviço destes porque o Shin Bet [segurança interna] terá muito provavelmente estas capacidades e não precisa de uma empresa privada“, explica o jornal.

“Se for verdade, esta informação mostra como a cultura de espionagem do Shin Bet passou para a polícia que, sem conseguir desenvolver estas ferramentas sozinha, usou a NSO”, acrescenta ainda.

O programa é especialmente poderoso porque não exige que o utilizador do telefone clique em nenhum link, mas permite na mesma o acesso remoto a todos os conteúdos do telemóvel: mensagens, fotografia, geolocalização.

Permite ainda ativar remotamente a câmara e o microfone do aparelho, transmitindo para quem está a fazer a vigilância.

Tudo sem despertar suspeitas de quem está a ser espiado – o uso do software tem sido detetado através de análises forenses feitas por parceiros na investigação deste caso pela ONG Forbidden Stories e um consórcio de jornalistas, dos quais o Haaretz faz parte, e a associação de defesa de direitos humanos Amnistia Internacional.

O ministro da segurança pública, Omer Bar-Lev, disse que iria verificar se houve aprovação judicial para a vigilância, sublinhando no entanto que “não há prática de vigilância telefónica ou eletrónica pela polícia israelita sem aprovação de um juiz”.

A polícia nega a notícia, dizendo que a força de segurança “age de acordo com a autoridade que lhe é dada por lei e quando necessário por ordens do tribunal de acordo com as regras e regulamentos dos organismos responsáveis”.

https://zap.aeiou.pt/policia-israel-pegasus-contra-cidadaos-458002


Instalação de armas nucleares russas na Bielorrússia é “um desafio” à segurança europeia !


O Ministério da Defesa bielorrusso anunciou hoje a realização de exercícios militares conjuntos com a Rússia.

Uma fonte do Departamento de Defesa norte-americano considerou que estes “vão muito além do normal“.

Os Estados Unidos estão preocupados com um projeto de reforma constitucional na Bielorrússia, que permitirá instalar armas nucleares russas neste país que faz fronteira com Ucrânia e Polónia, disse esta terça-feira à imprensa uma alta funcionária do Departamento de Defesa.

A fonte, que solicitou o anonimato, referiu-se ainda aos exercícios militares anunciados hoje por Minsk, considerando que “vão muito além do normal” e podem anunciar uma presença militar permanente da Rússia nesta ex-república soviética, que continua a ser um dos aliados mais próximos de Moscovo.

O Ministério da Defesa bielorrusso anunciou hoje a realização de exercícios militares conjuntos com a Rússia, denominados “Determinação Aliada-2022“, de 10 a 20 de fevereiro.

As manobras fazem parte de uma inspeção das capacidades das forças de reação dos dois países, acrescentou o ministério.

A fonte norte-americana alertou que a Bielorrússia aumentou o seu papel como “ator desestabilizador” na região.

Relativamente ao projeto de reforma da Constituição da Bielorrússia, a fonte do Departamento de Defesa salientou que as alterações propostas “podem ser interpretadas como uma forma de abrir caminho para a Rússia guarnecer forças em território bielorrusso”.

As forças podem ser convencionais e nucleares, e a fonte ainda advertiu que representariam “um desafio” à segurança europeia.

O documento, que será submetido a referendo em 2022, retira a cláusula de que a Bielorrússia é um país livre de armas nucleares, em linha com a afirmação do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, de que Minsk está disposto a aceitar esse tipo de armamento russo face a uma ameaça da NATO.

https://zap.aeiou.pt/instalacao-de-armas-nucleares-russas-na-bielorrussia-sao-um-desafio-a-seguranca-europeia-458019

 

Isolamento das cozinhas potencia comportamentos violentos entre chefes dos mais prestigiados restaurantes !


Investigadores defendem que as cozinhas devem ser espaços menos fechados, com o público a poder ter acesso ao comportamento dos chefes e respetivos ajudantes durante a preparação dos pratos.

O ambiente tóxico e até violento que se vive em muitas das cozinhas dos mais prestigiados restaurantes do mundo – inclusive os galardoados com estrela Michelin – não constitui novidade para ninguém.

Há inclusivamente programas de televisão e chefes que viram a sua popularidade crescer graças a um comportamento que em pouco ou nada diverge da humilhação dos funcionários e restantes colaboradores, o que muitas vezes acaba em graves problemas de saúde mental.

Para estes ambientes contribuem as longas horas de trabalho, as divisões completamente fechadas, sem janelas ou contacto com o exterior – que criam uma sensação de isolamento, quase ao nível de um universo paralelo, potenciadora destes comportamentos.

Estas são algumas das conclusões de um estudo científico que contou com a participação de 47 chefes de restaurantes na Europa, na Ásia, na Austrália e na América do Norte.

A investigação académica, feita por investigadores da Universidade de Cardiff, teve como ponto de partida alegações de comportamentos impróprios nas cozinhas nas cozinhas do Reino Unido, nomeadamente a de um restaurante em Edimburgo, gerida por Tom Kitchin, a qual resultou na suspensão de dois trabalhadores.

Desde então, o restaurante afirma que implementou um conjunto de recomendações que resultou de uma investigação independente.

Muitas das queixas que constavam nas referidas alegações eram semelhantes às presentes num conjunto de publicações nas redes sociais com denúncias por parte de cozinheiros e ajudantes, o que ficou conhecido como o #MeToo da indústria. Este coincidiu com a estreia do filme Boiling Point, o qual retrata os elevados níves de stress e até ameaçador.

“As pessoas pensam que o que elas veem na televisão é um exagero mas o que acontece muitas vezes é mais severo e tem mais implicações para a saúde mental e para o bem-estar destas pessoas jovens e talentosas”, descreve Rebecca Scott, uma das investigadoras envolvidas no estudo.

Tal como nota o The Guardian, todas as investigações anteriores sobre o tema focaram-se nas culturas quase militares das cozinhas, nos valores hiper-masculinizados e na brutalidade física e stressante do trabalho.

No entanto, este aponta uma mudança essencial para o fim destes ambientes nas cozinhas dos principais restaurantes: pôr fim a às cozinhas confinadas que motivam comportamentos sem qualquer tipo de inibição e substituí-las por espaços abertos.

De facto, as paredes da cozinha parecem ser uma barreira sagrada para muitos profissionais do setor, que descreveram aos investigadores que não aceitariam muitos dos comportamentos ou dos insultados vividos nas cozinhas quase estes acontecessem fora dali.

Há chefes que já trabalharam em estabelecimentos com os dois tipos de cozinhas e que confirmam a dinâmica distinta quando o ambiente que se vive naquele espaço de trabalho é público e testemunhado pelos clientes. Outros descrevem que as cozinhas são espaços, pelo seu cariz quase fechado, onde a impunidade impera, mesmo em situações de abuso.

Para Robin Burrow, especialista em comportamento organizacional e gestão na Universidade de Cardiff, o isolamento “pode ser experienciado como um tipo de liberdade do escrutínio para se fazer coisas que normalmente não seriam possíveis”. Usando uma expressão comum em criminologia, a forma como as cozinhas estão organizadas criam a chamada “geografia de desvio“.

A maioria dos chefes entrevistados para a investigação afirmou trabalhar num cenário de “bastidores”, em partes menos desejadas dos edifícios. Muitos dizem ainda que têm pouca ou nenhuma luz natural e que os seus horários de trabalho se poderiam prolongar entre 12 a 20 horas por dia.

“O isolamento cria um pano de fundo, um palco onde os mais poderosos podem representar. Por isso, há uma forte correlação entre os maus comportamentos e o isolamento”, descreveu um dos chefes que participo na investigação.

https://zap.aeiou.pt/isolamento-cozinhas-comportamentos-violentos-chefes-457606


Uma tragédia esquecida no meio da II Guerra Mundial - Em 1939, o Reino Unido abateu milhares de animais de estimação !


Para se evitar que os animais morressem à fome devido ao racionamento dos bens, o Governo britânico recomendou à população que abatesse os seus cães e gatos no início da guerra.

No início da II Guerra Mundial, houve um massacre que ficou perdido entre as histórias do conflito entre os Aliados e os países do Eixo. No Reino Unido, milhares de animais de estimação foram mortos antes da primeira bala ser sequer disparada.

É uma das tragédias mais estranhas da guerra e que ficou esquecida entre todo os sofrimento humano. Em 1939, o governo britânico formou o Comité Nacional de Animais para a Prevenção de Ataques Aéreos, que decidiu o que devia ser feito aos animais de estimação com o início da guerra, lembra o IFLScience.

O receio do Governo era de que, com o racionamento dos bens que já se antecipava, que as pessoas ou desperdiçassem a preciosa comida com animais ou que os deixassem morrer de forma desumana por não terem como os alimentar.

As autoridades acreditavam que nenhuma destas opções era ideal e por isso decidiu apelar a que os donos dos animais os abatessem rapidamente.

Um panfleto distribuído entre a população sugere que qualquer pessoa com animais de estimação os leve para zonas rurais e que, caso não os possa deixar ao cuidado de vizinhos, a opção “mais gentil é destruí-los“.

A sugestão de que se tentasse encontrar um novo lar para os animais primeiro pode ter sido minada pelo anúncio que estava na página seguinte, referente a uma arma que era considerada o melhor instrumento para a “destruição digna” dos animais de companhia doméstica.

Os donos obedeceram ao pedido do Governo e abateram milhares de animais. Na primeira semana, 400 mil cães e gatos foram mortos, o que representava um quarto dos animais de estimação de Londres.

“Os nossos responsáveis técnicos que foram chamados para este dever infeliz nunca vão esquecer a tragédia daqueles dias“, revelou na altura o fundador de um centro de abate de animais doentes.

Até houve filas com 800 metros num abrigo de animais e os crematórios não tiveram mãos perante todos os corpos de cães e gatos que receberam, especialmente visto estarem impedidos de trabalhar à noite. Com a falta de cemitérios apropriados, meio milhão de animais foram enterrados numa única campa.

No total, mais de 750 mil animais foram mortos. Apesar da população achar que estava a fazer a coisa certa, este detalhe histórico realça um problema que ainda é comum nos dias de hoje, com o recurso exagerado ao abate de animais quando se tornam inconvenientes para os donos.

https://zap.aeiou.pt/1939-reino-unido-abateu-milhares-animais-457960


EUA: E uma guerra civil em todos os Estados ?


Muitos norte-americanos aceitam o cenário de cometer actos violentos que atinjam membros do Governo.

Guerra civil? Nos Estados Unidos da América? Não seria sequer um tema em 2022, para quase todas as pessoas. Mas, no início desse tal ano, as análises à volta deste assunto multiplicam-se.

Ron Elving, correspondente da National Public Radio em Washington, e alguém que acompanha constantemente os assuntos e os bastidores da Casa Branca, avisa: “Imagine outra guerra civil nos EUA mas, agora, em todos os Estados“.

Não é um cenário provável já para amanhã, ou para a próxima semana, mas a verdade é que vários inquéritos nacionais demonstram que há muitos habitantes nos EUA que aceitam a ideia de cometer actos violentos que atinjam membros do Governo. Não são a maioria, mas já são uma minoria significativa.

Revelaram as sondagens que 33% das pessoas achava que a violência contra o governo era “justificada, por vezes”. Esta percentagem era de 10% em 1990.

Aliás, ainda em 2020, em Outubro foi publicada uma sondagem nacional que revelou que a maioria dos norte-americanos acreditava que o país já atravessava uma situação de uma “Guerra Civil Fria”.

Em 2021 a maioria dos apoiantes de Donald Trump queria que o seu Estado deixasse de fazer parte do país. E, mesmo entre os apoiantes de Joe Biden, uma percentagem considerável (41%) admitiam a possibilidade de “dividir o país“.

Além dos problemas sociais e das desigualdades económicas, fica a ideia de que as pessoas que vivem nos EUA não acreditam no sistema democrático do país. Sobretudo os jovens não acreditam.

Esta noção foi transmitida por um inquérito revelado no mês passado, que também demonstrou que um terço dos inquiridos disse que estava à espera de uma guerra civil nos próximos tempos; e um quarto das pessoas pensa que, pelo menos, um Estado vai passar a ser totalmente autónomo.

Não se espera uma guerra que cause 600 mil mortos (ou mais), como causou a guerra civil nos EUA. Mas espera-se, e já é uma realidade, que assuntos importantes causem divisões fortes entre Estados – e, ainda antes disso, “a guerra está prestes a surgir à porta de casa de cada um“, lê-se no artigo.

O desgaste é evidente, a atmosfera é “tóxica”. E num país onde há 434 milhões de armas na posse da população…

https://zap.aeiou.pt/eua-e-uma-guerra-civil-em-todos-os-estados-457899


Os 10 mais ricos lucram 13 mil euros por segundo com a pandemia ! Fortuna duplicou !


COVID-19 dobrou a fortuna das 10 pessoas mais ricas do mundo. Agora ronda os 1.3 biliões de euros e “fosso” é ainda maior.

Elon Musk, Jeff Bezos, Larry Page, Sergey Brin, Mark Zuckerberg, Bill Gates, Steve Ballmer, Larry Ellison, Warren Buffet e Bernard Arnault.

Estas são as 10 pessoas mais ricas do mundo – segundo os dados da revista Forbes – e essas pessoas, durante a pandemia, viram a sua fortuna acumulada multiplicar por dois. Um pouco mais, até: eram 616 mil milhões de euros em Março de 2020 e agora ronda os 1.3 biliões de euros.

Os números foram apresentados nesta segunda-feira pela Oxfam, antes de um encontro entre responsáveis do Fórum Económico Mundial.

Em média, desde Março de 2020, as fortunas das tais 10 pessoas aumentaram neste período 13 mil euros por segundo. Foi um lucro de 1,3 mil milhões de euros por dia. Um novo multi-milionário surgiu no planeta praticamente todos os dias – de 26 em 26 horas.  

Este aumento inédito ganha contornos ainda mais invulgares quando verificamos que, segundo a Oxfam, as fortunas dos mais ricos cresceram mais durante estes (quase) dois anos do que durante os 14 anos anteriores.

E este crescimento exponencial criou um “fosso” ainda maior entre os mais ricos e os mais pobres. As 10 pessoas mais ricas têm mais dinheiro do que os 3,1 mil milhões de pessoas mais pobres do mundo.

A Oxfam classifica esta desigualdade como “violência económica” e alega que a mesma contribui para a morte de 21 mil pessoas todos os dias (um falecimento a cada quatro segundos) neste período de pandemia – demasiadas pessoas sem acesso a cuidados de saúde, violência de género, fome e mudanças climáticas.

Um dos directores da Oxfam afirmou que “99% da população mundial está pior”, comparado com o cenário pré-coronavírus. Mais de 160 milhões de pessoas “foram empurradas” para a pobreza.

Ainda no contexto de pandemia, a Oxfam pediu a adopção de reformas fiscais para financiar a produção mundial de vacinas.

https://zap.aeiou.pt/os-10-mais-ricos-lucram-13-mil-euros-por-segundo-durante-a-pandemia-457875


China não vai vender bilhetes para os Jogos Olímpicos de Inverno !


Os bilhetes para os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim não serão vendidos ao público em geral, mas distribuídos a grupos “alvo”, anunciaram os organizadores.

Segundo a organização dos Jogos Olímpicos de Inverno, os bilhetes para o evento não serão vendidos ao público em geral. Em vez disso, serão distribuídos entre os primeiros casos de Omicron transmitidos localmente, na última tentativa da China de controlar a propagação da variante altamente infecciosa.

Pequim relatou o seu primeiro caso Omicron transmitido localmente este fim-de-semana, o que aumentou a pressão sobre as autoridades no período que antecede os Jogos, escreve o jornal britânico The Guardian.

O evento desportivo deverá começar a 4 de fevereiro e coincidirá com a semana de celebrações do Ano Novo lunar, tipicamente o maior período de viagens do ano.

Os organizadores disseram anteriormente que os Jogos Olímpicos de Inverno seriam mantidos num “circuito fechado”, o que significa que apenas seria permitido um número limitado de espectadores.

Além disso, estrangeiros não serão autorizados a entrar no país e o pessoal envolvido nos Jogos terá de evitar o contacto com pessoas fora do circuito.

Na segunda-feira, a organização considerou a situação pandémica “grave e complexa” e afirmou ser necessário proteger a segurança do staff e do público nos Jogos Olímpicos.

“A fim de proteger a saúde e a segurança do pessoal e dos espectadores dos Jogos Olímpicos, foi decidido ajustar o plano original para vender bilhetes ao público e [em vez disso] organizar os espectadores para assistir aos Jogos no local”, disseram.

Assim, os residentes que recebem bilhetes devem seguir medidas rigorosas de prevenção da covid-19 tanto antes como durante e após a participação no evento, disse o comité organizador, sem dar mais pormenores ou especificar a forma como os bilhetes serão distribuídos.

As tentativas da China de impor a sua política de contenção “zero-covid” estão agora a ser ameaçadas pela variante Omicron, relata ainda a publicação britânica.

Na segunda-feira, as autoridades instaram os cidadãos a não encomendar mercadorias do estrangeiro, depois de terem afirmado que uma infeção recente pela Omicron detetada em Pequim tinha origem num pacote internacional enviado do Canadá.

A China alegou que numerosas infeções por covid-19 ao longo da pandemia vieram de produtos importados, mas os especialistas dizem que a base científica para tais alegações é fraca.

https://zap.aeiou.pt/jogos-olimpicos-de-inverno-457741

 

Djokovic arrisca-se a perder patrocínio da Lacoste depois de saga legal na Austrália - Tenistas saem em seu apoio !


O tenista sérvio pode vir a perder o patrocínio da Lacoste, que revelou que está em contacto com a sua equipa. Vários tenistas têm saído publicamente em defesa do colega.

Depois da saga de Novak Djokovic que culminou com a deportação do tenista e a impossibilidade deste defender o título do Open da Austrália e de bater o recorde de títulos de torneios do Grand Slam, a Lacoste está a ponderar deixar de patrocinar o atleta sérvio, avança a CNN.

Na segunda-feira, a marca revelou que está a acompanhar os eventos que levaram à batalha legal de duas semanas que começou por causa da decisão de Djokovic de não se vacinar contra a covid-19. A Austrália exige a inoculação para quem visita o país e apenas abre excepções para quem não se pode imunizar por razões médicas.

O tenista foi detido pelas autoridades e teve o seu visto revogado por não ter provas de vacinação. Depois de recorrer à justiça para tentar evitar a deportação, Djovokic acabou mesmo por ser obrigado a abandonar o país e foi proibido de entrar na Austrália nos próximos três anos.

Esta proibição impedirá o tenista de participar no Open, mas o primeiro-ministro australiano, que inicialmente disse que não se abrem excepções às regras, já disse que pode ser terminada antecipadamente. Ao aterrar em Belgrado, Djokovic disse estar “extremamente desapontado” com a decisão, mas que a aceitava.

A organização do Open da Austrália também reagiu à situação, depois da Tennis Australia ter dado um parecer favorável à entrada do tenista no país.

“Enquanto a família australiana do ténis, reconhecemos que os eventos recentes têm sido uma distracção significativa para todos. Há sempre lições para aprendermos e vamos rever todos os aspectos da nossa preparação e implementação para melhorarmos os nossos planos — tal como fazemos todos os anos”, revela a Tennis Australia, citada pela BBC.

Agora, o atleta arrisca-se a perder patrocínios e a Lacoste já comentou publicamente ao caso. “O mais cedo possível, vamos entrar em contacto com Novak Djokovic para rever os eventos que acompanharam a sua presença na Austrália”, avançam.

“Desejamos a todos um torneio excelente e agradecemos aos organizadores todos os seus esforços para garantirem que o torneio é organizado em boas condições para os jogadores, funcionários e espectadores”, revelou a marca francesa em comunicado.

Outras marcas que patrocinam o tenista ainda não comentaram a sua situação e ainda não se sabe se Djokovic vai voltar a recorrer à justiça, especialmente agora que se sabe que o atleta não vai poder participar no Roland Garros depois de a França ter passado a exigir a vacinação para quem entra no país.

A Peugeot, que também patrocina o tenista, recusou comentar o caso na segunda-feira, assim como a marca de relógios suíça Hublot e a japonesa Asics, que produz material desportivo. Segundo a Forbes, os patrocínios valem 30 milhões de dólares por ano a Djokovic.

Kecmanovic dedica vitória ao compatriota


Algumas figuras conhecidas do ténis já saíram em apoio a Djokovic. O também sérvio Miomir Kecmanovic, que seria o adversário do tenista no primeiro confronto caso a deportação não tivesse acontecido, venceu o italiano Salvatore Caruso, que entrou para substituir Djokovic. Após o fim da partida, Kecmanovic disse que o seu triunfo era uma “vingança” em nome do colega.

“A nossa pequena equipa sérvia aqui em Melbourne está indignada e decepcionada, acho que agora precisamos de fazer esforços adicionais e, de alguma forma, vingar o nosso melhor representante, que não pôde estar aqui, com nossos jogos”, afirmou.

Já o australiano Nick Kyrgios também partilhou a desilusão de Djokovic e condenou os seus críticos nas redes sociais, depois de ter criticado o ministro da Imigração da Austrália, Alex Hawke, lembra o Globo Esporte.

“Os maus-tratos às pessoas em Melbourne foram atrozes nos últimos dois anos. Eu entendo que tenham raiva dele por não ter sido vacinado e obter uma isenção médica, mas ele tem toda a papelada em mãos. Agora eu sinto que para as pessoas não importa o que Novak faça, vão apenas dizer ‘tire-o do nosso país'”, comentou o tenista australiano no podcast No Boundaries.

Já o norte-americano John Isner também defendeu o carácter do tenista e afirma que este sempre “será classe” e que é “uma lenda absoluta”. A francesa Alizé Cornet também apelou à união dos atletas em torno de Djokovic, já que este “é sempre o primeiro a defender os jogadores”, uma mensagem que foi apoiada por Pierre-Hugues Herbert, que também não se vacinou contra e não viajou para Melbourne.

Vasek Popsil, o canadiano que, tal como o sérvio, defende a criação de uma entidade paralela à ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) para representar os atletas, afirmou que o caso é político e não de saúde pública.

“Novak nunca teria ido para a Austrália se não tivesse recebido uma isenção do governo para entrar no país. Ele teria pulado o Australian Open e estaria em casa com sua família e ninguém estaria a falar sobre esta confusão. Havia uma agenda política em jogo aqui com as eleições a chegar, o que não poderia ser mais óbvio”, criticou o tenista.

https://zap.aeiou.pt/djokovic-patrocinio-lacoste-tenistas-apoio-457815

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Suécia coloca tropas nas ruas de Gotland temendo atividades da Rússia no Báltico !


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Onda de choque do Vulcão de Tonga foi registado no Brasil !


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Momento da explosão do vulcão Hunga Tonga pelos olhos dos moradores locais !


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“Exploradora urbana” encontra cinzas de 89 pessoas em caixas e sacos em igreja abandonada !


O dono da igreja argumenta que esta não estava abandonada propositadamente e que ficou impedido de ir ao edifício por estar em prisão domiciliária.

Uma equipa de investigadores do estado norte-americano do Ohio encontrou as cinzas de 89 pessoas em caixas e sacos numa igreja abandonada em Akron, avança a Associated Press.

As cinzas foram encontradas na terça-feira na Greater Faith Missionary Baptist Church por um grupo de investigadores do Ohio Bureau of Criminal Investigation, revelou Steve Irwin, o porta-vez do procurador-geral do estado.

O dono da igreja, Shawnte Hardin, enfrenta 44 acusações, incluindo extorsão, adulteração de registos, fraude de identidade e profanação de cadáver. Algumas das acusações referem-se a alegadas violações criminais que Hardin terá cometido enquanto um agente funerário sem licença, mas o suspeito diz-se inocente.

O advogado de Hardin refere que Robert Tate Jr., um ex-agente funerário, pediu a Hardin em 2017 que guardasse as cinzas das pessoas cujas famílias não as tinham recolhido. “Não teve qualquer compensação. Estava apenas a fazer um serviço para quem precisava dele”, afirma.

Tate, que morreu em Dezembro com 65 anos, não contestou as acusações em Novembro de 2015 depois das autoridades terem encontrado 11 corpos em vários estados de decomposição na sua funerária. Foi condenado a uma semana de prisão e a libertado sob liberdade condicional.

Os restos mortais em Akron foram encontrados por uma mulher que se auto-descreveu como uma “exploradora urbana“, que entrou por uma porta aberta na igreja abandonada e contactou as autoridades após a descoberta.

A defesa de Hardin argumenta que a igreja não estava abandonada, mas sim que o arguido estava impedido de ir ao edifício depois de ter sido colocado em prisão domiciliária enquanto aguarda julgamento.

O homem já tinha sido acusado em Setembro de 37 crimes por liderar uma agência funerária sem licenças, depois de ter sido aberta uma investigação após uma denúncia telefónica de alguém que viu um corpo a ser levado de uma carrinha para um edifício.

Hardin defendeu-se dizendo que estava apenas a oferecer um serviço de transporte e lavagem dos corpos a baixos preços e o seu advogado afirma que a lei estadual não obriga a que se tenha uma licença funerária para se poder enterrar alguém.

https://zap.aeiou.pt/exploradora-urbana-cinzas-igreja-457625

 

Mais de 75 anos depois, finalmente sabemos quem traiu Anne Frank !

Uma investigação aprofundada concluiu que o denunciante mais provável terá sido um notário judeu conhecido em Amesterdão, que terá traído os Frank para salvar a sua própria família dos campos de concentração.


A história é conhecida de todos nós, especialmente entre quem já leu o seu diário. Em 1945, com apenas 15 anos, Anne Frank morreu num campo de concentração nazi, depois de, a 4 de Agosto de 1944, os soldados terem descoberto o anexo onde a jovem judia viveu escondida com a família durante dois anos, em Amesterdão.

Quem já viu imagens ou visitou a Casa de Anne Frank — o museu criado no anexo onde a família viveu — pode perguntar-se, mas afinal, como é que os nazis descobriram o esconderijo dos Frank? Será que alguém os denunciou? Se sim, porquê?

Em 2016, uma investigação da Casa de Anne Frank concluiu até que o grupo tinha sido encontrado por acaso, quando a polícia que investigava a pequena criminalidade económica fazia buscas ao prédio por suspeitarem que este albergava um negócio ilegal de senhas de alimentação.

Mas há seis anos uma equipa de cerca de 20 historiadores e especialistas liderada por um ex-agente do FBI também se lançou em busca da resposta a este mistério — e chegou a uma conclusão diferente.

Segundo estes peritos, a família Frank foi traída por Arnold van den Bergh, um notário judeu conhecido na capital holandesa, que os terá denunciado para salvar a sua própria família.

Van den Bergh era um membro do Conselho Judaico de Amesterdão, um órgão que foi obrigado a implementar as políticas nazis nas comunidades de judeus. Foi dissolvido em 1943 e os seus membros foram enviados para campos de concentração, revela a BBC.

Mas o notário escapou a este destino e continuou a viver em Amesterdão normalmente. Já havia também suspeitas de que um membro do Conselho estivesse a dar informações aos nazis.

“Quando van den Bergh perdeu a sua série de protecções que o impediam de ir para os campos, teve de dar algo valioso aos nazis com quem tinha contacto para que o deixassem e à sua mulher a salvo”, revela Vince Pankoke, ex-agente do FBI, à CBS.

A descoberta foi feita após seis anos de investigação que recorreu ao uso de algoritmos para procurar ligações entre listas de informadores dos nazis, registos policiais e resultados de investigações anteriores, algo que demoraria milhares de horas se fosse feito por um humano.

A informação reunida foi cruzada com um mapa da cidade, para se assinalarem os suspeitos mais prováveis. Foi depois tido em conta o conhecimento dos suspeitos do anexo onde os Frank se esconderam e poderaram-se também os motivos que poderiam ter para denunciarem a família. O processo da investigação está relatado ao detalhe no livro The Betrayal of Anne Frank: A Cold Case Investigation.

A equipa revelou que foi difícil aceitar que a revelação tenha partido de outra pessoa judia. Otto Frank, pai de Anne e o único sobrevivente da família, pode também ter sabido da identidade do denunciante e mantido o segredo, já que uma investigação anterior tinha encontrado uma cópia de uma carta anónima que lhe tinha sido enviada que avançava que tinha sido Arnold van den Bergh a traí-lo.

Otto pode ter escolhido manter esta informação privada para não alimentar mais ódio anti-semita. “Talvez ele tenha sentido que trazer o assunto de volta só fosse causar mais problemas. Temos de ter em mente que o facto de van den Bergh ser judeu apenas significa que foi colocado numa posição pelos nazis em que tinha de fazer algo para salvar a sua vida“, lembra Pankoke.

O jornal holandês Volkskrant avança que van den Bergh morreu em 1950. Num comunicado, a Casa de Anne Frank congratulou o trabalho da equipa. Ronaldo Leopold, director do museu, acrescenta que a investigação “gerou informações novas importantes e uma hipótese fascinante que justifica mais pesquisas”.

O Diário de Anne Frank foi publicado em 1947, depois de ter sido guardado por Miep Gies, que ajudou a família Frank no esconderijo, e autorizado por Otto Frank, apesar de terem sido cortadas muitas passagens do documento original.

O livro está traduzido em mais de 60 línguas e já vendeu 30 milhões de cópias, sendo um dos retratos mais conhecidos da experiência dos judeus durante o Holocausto.

https://zap.aeiou.pt/sabemos-traiu-familia-anne-frank-457648

 

Éric Zemmour, candidato da extrema-direita francesa às Presidenciais, condenado por incitação ao ódio !

O candidato da extrema-direita às eleições presidenciais francesas Éric Zemmour foi condenado em Paris a uma multa de 10.000 euros por incitação ao ódio, pelas suas afirmações sobre migrantes menores desacompanhados.

Ausente da leitura da sentença, como do julgamento, em novembro, o candidato presidencial, caracterizado como um “habitué” das ações judiciais, foi julgado pelo tribunal criminal por ter qualificado os migrantes menores desacompanhados como “ladrões”, “assassinos” e “violadores” na televisão.

Aquele a quem as mais recentes sondagens atribuem o quarto lugar na primeira volta das presidenciais em abril (com cerca de 13% dos votos) criticou esta condenação, classificando-a como “ideológica e estúpida”, e vai recorrer da sentença, anunciou o seu advogado, Olivier Pardo.

“Primeiro, porque na maioria das vezes, ganhamos os recursos”, justificou Pardo, e depois porque o tribunal criminal de Paris “distorceu a acusação” ao considerar que as afirmações de Zemmour “atentavam contra os imigrantes”, quando elas visavam os migrantes menores desacompanhados.

As polémicas declarações de Éric Zemmour, de 63 anos, valeram-lhe na última década cerca de 15 processos judiciais por insulto racial, incitação ao ódio e acusação de crime contra a humanidade.

Várias vezes absolvido, foi condenado duas vezes por incitação ao ódio.

Desta vez, foi processado por afirmações proferidas a 29 de setembro de 2020, durante um debate no programa “Face à l’info”, no canal televisivo CNews, após um ataque em frente às antigas instalações do jornal satírico Charlie Hebdo.

“Eles não têm nada que estar aqui, são ladrões, são assassinos, são violadores, é tudo o que são, é preciso deportá-los e era mesmo melhor que não viessem”, sustentou, sobre migrantes menores desacompanhados.

“Afirmações desprezíveis, ultrajantes” que mostram “uma rejeição violenta” e “ódio” à população imigrante e que ultrapassaram “os limites da liberdade de expressão”, argumentou a procuradora do ministério público no julgamento em novembro.

“Não há um pingo de racismo em Éric Zemmour”, que apenas diz “a verdade”, às vezes de “forma brutal, com as suas palavras”, retorquiu o seu advogado, referindo tratar-se de “uma posição política”.

Tinha pedido a absolvição, considerando que a acusação de incitação ao ódio racial não tinha fundamento, porque “os menores desacompanhados não são nem uma raça, nem uma nação, nem uma etnia”.

O tribunal também condenou o diretor de informação da CNews, julgado juntamente com Éric Zemmour, como é habitual em casos envolvendo a comunicação social, a uma multa de 3.000 euros.

Cerca de 30 associações constituíram-se como partes civis nesta ação judicial, entre as quais SOS Racismo, Liga dos Direitos Humanos (LDH) e Licra, bem como cerca de 20 organismos governamentais — estando os menores desacompanhados a cargo da Ajuda Social à Infância (ASE).

Arié Alimi, advogado da LDH, saudou à imprensa o que descreveu como “uma decisão importante”.

“Por detrás deste projeto mediático, há um projeto político: é um projeto de ódio, um projeto que tende a estigmatizar as pessoas em função da sua origem, em função da sua religião, da sua raça”, sublinhou.

https://zap.aeiou.pt/eric-zemmour-condenado-incitacao-odio-457716


Mulher exonerada da violação e assassinato da sobrinha depois de 27 anos na prisão !


Uma mulher de 74 anos foi exonerada esta semana, após ter passado 27 anos na prisão por ter violado e assassinado a sobrinha.

Joyce Watkins e Charlie Dunn, seu namorado na altura, foram condenados por homicídio em primeiro grau e violação agravada em 1988, após a morte da sobrinha de Watkins, Brandi, em 1987.

Segundo relata a CNN, o casal foi buscar a menina de quatro anos a casa da tia-avó, no Kentucky, no dia 26 de junho de 1987 e, na manhã seguinte, encontrou-a inconsciente.

Brandi foi então transportada para o Hospital Memorial de Nashville, onde foi declarada a sua morte e relatadas lesões vaginais e um traumatismo craniano, alegadamente sofridos nas nove horas em que Brandi esteve ao cuidado de Watkins e Dunn.

Antes de o casal ter ido buscar a criança, uma assistente social tinha visitado a casa da tia-avó de Brandi, Rose Williams, após ter recebido um relatório de abuso infantil. No entanto, Williams alegou que Brandi tinha sofrido lesões enquanto estava no parque infantil e a assistente social encerrou o caso.

Um ano depois, em agosto de 1988, o casal foi condenado por homicídio em primeiro grau e violação.

No entanto, 27 anos após ter sido presa, Watkins recebeu ajuda do Projeto Inocência do Tennessee e da Procuradoria Distrital do Condado de Davidson e conseguiu provar a sua inocência.

“Recebemos este caso porque ela [Joyce] veio ter connosco” e pediu ajuda, contou Jason Gichner, consultor jurídico sénior do Projeto.

Num relatório apresentado ao Tribunal Penal do Condado de Davidson, Watkins afirma ter visto sangue na roupa interior de Brandi quando a trouxe para casa, em Nashville, apenas uma hora e meia depois de o casal a ter ido buscar.

Além disso, o documento inclui também o testemunho do perito pediátrico Shilpa Reddy, que põe em causa a metodologia do médico legista – que, anos depois, acabou por admitir o seu erro.

A metodologia utilizada para datar o momento do traumatismo craniano sofrido por Brandi, baseada na falta de resposta histiocítica no tecido cerebral, “não é um método legítimo para datar traumatismo craniano pediátrico”, defendeu Reddy.

“Joyce Watkins e Charlie Dunn são inocentes”, disse Glenn Funk, procurador, em declarações à CNN.

“Não podemos dar à Sra. Watkins ou ao Sr. Dunn os anos perdidos, mas podemos restaurar a sua dignidade, podemos restaurar os seus nomes. A sua inocência exige-o”, continuou.

Watkins e Dunn passaram 27 anos na prisão antes de receberem a liberdade condicional em 2015, mas Dunn morreu antes da sua libertação, escreve a Insider.

“Gostaria que o meu pai estivesse aqui para testemunhar este dia”, disse a filha de Dunn, Jackie. “Ele sabia que estava inocente, ele sabia que não tinha cometido esses crimes”, concluiu.

“Agradeço a todas as pessoas pelas suas orações e por me ajudarem a sair desta confusão que me custou metade da minha vida por nada”, disse, por sua vez, Watkins.

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Putin terá dado a ordem: Acabaram as conversas !


Rússia pode invadir a Ucrânia em breve e Sergei Ryabkov recebeu indicações do presidente. EUA é um país preparado para qualquer desfecho.

Os anos passam e a tensão entre Rússia e Ucrânia não desaparece (os jogos de futebol entre equipas destes países continuam “proibidos”, por exemplo). A questão da ocupação da Crimeia ainda está presente e, nesta sexta-feira, surgiu novo capítulo nesta relação tensa: um ataque informático que afectou sobretudo os ministérios da Ucrânia.

O Governo ucraniano não indicou lista de possíveis culpados, mas não esqueceu os vizinhos russos: “É demasiado cedo para tirar conclusões, mas há uma longa história de ataques informáticos russos contra a Ucrânia”, comentou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano.

Na semana passada Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, propôs a realização de uma reunião com Vladimir Putin, presidente da Rússia, e com os líderes europeus Emmanuel Macron e Olaf Scholz (França e Alemanha), para tentar acabar com esta situação no Leste da Ucrânia. Mais tarde, propôs também uma reunião com Putin e Joe Biden, presidente dos Estados Unidos da América.

O clima não está amigável nos últimos dias: na sexta-feira Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional nos EUA, avisou que a Rússia está a preparar uma invasão à Ucrânia. E já haverá 100 mil militares no terreno, junto à fronteira.

A ideia será criar uma “encenação”, arranjar um pretexto, para atacar. E essa encenação está a decorrer também nos bastidores.

Quer a União Europeia, quer os EUA, acreditam que a Rússia vai tentar acumular pretextos, como a falta de flexibilidade ocidental, para alegar que já tentaram tudo que era possível a nível diplomático e, logo a seguir, invadir a Ucrânia.

O jornal El País cita um documento diplomático da UE e avisa: apesar de haver, no mínimo, mais uma ronda de negociações entre EUA e Rússia, a indicação que Putin deixou ao vice-ministro Sergei Ryabkov é a de deixar a impressão de que não haverá mais conversas. Alegar que já tentaram tudo pela via diplomática.

Sergey Lavrov, chefe da diplomacia da Rússia, admitiu que pode haver um acordo em breve, mas ao mesmo tempo alertou: “Em Moscovo a paciência acabou. Com boa vontade, é sempre possível encontrar uma solução que ambas as partes aceitem”.

Putin ainda não terá tomado uma decisão final sobre a o eventual ataque à vizinha Ucrânia mas Putin “já chegou demasiado longe para, agora, ficar quieto”, comenta-se nos bastidores em Bruxelas.

Do outro lado, os EUA estão “preparados” para qualquer desfecho, indicou uma fonte da Casa Branca.

https://zap.aeiou.pt/putin-tera-dado-a-ordem-acabaram-as-conversas-457569

 

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