quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

“Ataque sem precedentes à democracia” faz 4 mortos ! Biden confirmado como Presidente, Trump aceita !

O Congresso confirmou no início desta quinta-feira a eleição de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos. Donald Trump aceita a derrota, apesar de não concordar.

Joe Biden já tem os votos necessários para ser, oficialmente, escolhido para Presidente dos Estados Unidos. O candidato democrata já tinha obtido 306 votos do colégio eleitoral, contra os 232 de Donald Trump. Bastavam 270 votos para assegurar a presidência norte-americana.

Mike Pence, republicano que preside aos trabalhos no Congresso – e que ainda é vice-Presidente -, confirmou esta quinta-feira a vitória de Biden-Harris.

O Presidente cessante Donald Trump já reagiu à notícia, pondo um ponto final ao impasse, num comunicado colocado no Twitter por um membro da sua administração, Dan Scavino (diretor de comunicações).ganhou a segunda volta das eleições no estado norte-americano da Geórgia, tornando-se o mais jovem senador dos Estados Unidos e garantindo a maioria democrata do Senado, noticia a Associated Press.

Com 33 anos, Ossoff derrotou o republicano David Perdue, de 71, que ocupou o assento nos últimos seis anos e tinha o forte apoio do Presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump. “Geórgia, obrigado pela confiança que me concederam”, dissera já hoje o candidato, numa breve declaração em que reivindicara a vitória.

Com a vitória de Ossoff, os democratas assumem o controlo do Senado dos Estados Unidos, dando a Joe Biden o apoio das duas câmaras do Congresso, quando assumir o cargo de Presidente a 20 de janeiro.

O estado da Geórgia realizou na terça-feira a segunda volta das eleições para os dois assentos que detém no Senado dos Estados Unidos, uma eleição decisiva para saber quem controlará a câmara alta do Congresso.

Um dos dois lugares fora já garantido pelo democrata Raphael Warnock, que bateu a senadora republicana Kelly Loeffler, tornando-se o primeiro senador negro na história do estado conservador.

Com esta dupla vitória na Geórgia, os democratas obtêm 50 lugares no Senado, tal como os Republicanos. Mas, tal como previsto na Constituição, a futura vice-presidente Kamala Harris teria o poder de “desempatar”, fazendo pender o equilíbrio da balança para os democratas.

Invasão do Capitólio faz quatro mortos

Pelo menos quatro pessoas morreram na quarta-feira na invasão do Capitólio, em Washington, anunciou a polícia citada pela agência de notícias Associated Press (AP).

A polícia da capital dos Estados Unidos usou armas de fogo para proteger congressistas e a AP já tinha dado conta da morte de uma mulher, alvejada no interior do Capitólio. A mesma força adiantou agora que mais três pessoas morreram no hospital.

A polícia deu ainda conta de que tanto as forças de segurança, como os apoiantes de Trump utilizaram substâncias químicas durante as horas de ocupação do edifício do Capitólio.

A mulher foi alvejada no início da quarta-feira quando a multidão tentou arrombar uma porta barricada no Capitólio, onde a polícia estava armada do outro lado. A mulher foi hospitalizada com um ferimento de bala e morreu mais tarde.

Jim Lo Scalzo / EPA

Quatro horas após o início dos incidentes, as autoridades declararam que o edifício do Capitólio estava em segurança.

Apoiantes do Presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do Congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.

A sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA foi interrompida devido aos distúrbios provocados pelos manifestantes pró-Trump no Capitólio, e as autoridades de Washington decretaram o recolher obrigatório entre as 18h e as 6h locais. O debate no Senado foi retomado pelas 20h.

Facebook e Twitter bloqueiam contas de Trump

A redes sociais Facebook e o Twitter suspenderam a conta de Donald Trump, na sequência da violência no Capitólio provocada pelos apoiantes do Presidente cessante norte-americano.

“Encontrámos duas infrações às nossas regras na página do Presidente Donald Trump que resultaram numa suspensão de 24 horas, o que significa que não pode publicar na plataforma durante este período”, indicou o grupo californiano, numa mensagem na rede social Twitter.

O Facebook e o Twitter retiraram um vídeo do republicano a pedir aos manifestantes para “regressarem a casa”, mas no qual declarava também que a eleição tinha sido roubada sem apresentar provas.

“Foram eleições fraudulentas e não as podemos entregar nas mãos destas pessoas. Mas temos de ter paz. Ide para casa, adoramos-vos, vocês são muito especiais. Sei como se sentem, mas ide para casa. Ide em paz”, disse Trump.

“Temos uma eleição que nos foi roubada. Todos o sabem, especialmente o outro lado. Mas vocês têm de ir para casa, temos de ter paz. Não queremos ninguém ferido. Estes são tempos difíceis como não há memória. Isto foi-nos tirado. Foi tirado a vocês, a mim, ao nosso país”, disse.

O Twitter ameaçou suspender permanentemente a conta de Trump, depois de ter retirado três tweets do Presidente cessante e o mesmo vídeo. Esta é a primeira vez que a plataforma remove os tweets de Trump por razões que não os direitos de autor.

“A conta @realDonaldTrump será bloqueada durante 12 horas após a remoção destes tweets. Se estes tweets não forem eliminados [pelo seu autor], a conta permanecerá bloqueada”, explicou o Twitter.

“Esta é uma situação de emergência e estamos a tomar medidas de emergência apropriadas, incluindo a remoção do vídeo do Presidente Trump que acaba por contribuir para o risco de violência em vez de a diminuir”, disse o vice-presidente do Facebook, responsável pela integridade da plataforma, Guy Rosen.

A conta de Trump foi também bloqueada na aplicação Instagram.

As reações à invasão do Capitólio

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os violentos protestos ocorridos no Capitólio foram “um ataque sem precedentes à democracia” do país e instou Donald Trump a pôr fim à violência.

A líder da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, defendeu que a certificação do Congresso da vitória eleitoral de Joe Biden iria mostrar ao mundo a verdadeira face do país.

O ex-Presidente Barack Obama considerou que os episódios de violência eram “uma vergonha”, mas não “uma surpresa”.

O também antigo Presidente Bill Clinton denunciou um “ataque sem precedentes” contra as instituições do país “alimentado por mais de quatro anos de política envenenada”.

O governo português condenou os incidentes, à semelhança da Comissão Europeia, do secretário-geral da NATO e dos governos de vários outros países.

https://zap.aeiou.pt/democratas-senado-biden-confirmado-370944

 

Há um país que já está livre da covid-19 - Pode ser o primeiro do mundo a ficar totalmente vacinado !

Um aglomerado de ilhas no Oceano Pacífico é um dos poucos locais no planeta Terra que se encontra totalmente livre da covid-19 e, por isso, pode tornar-se num dos primeiros países do mundo a ter a população totalmente vacinada contra a doença.


A República de Palau, um arquipélago que conta com cerca de 18 mil habitantes, recebeu no passado sábado a primeira remessa da vacina desenvolvida pela empresa farmacêutica americana Moderna. O processo de vacinação começou no dia seguinte, anunciou o Ministério da Saúde de Palau no Twitter.

A primeira remessa incluiu 2800 doses da vacina, que serão administradas em duas injeções, com o intervalo de 28 dias. Os profissionais de saúde, os funcionários que trabalham na linha da frente e os grupos mais vulneráveis serão os primeiros a receber a vacina, revela a CNN.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, até ao momento, Palau não registou um único caso de coronavírus, nem nenhuma morte relacionada com a doença.

Em janeiro, quando o vírus começou a espalhar-se pela Ásia e Pacífico, Palau foi um dos primeiros países a implementar medidas de controlo das fronteiras. Estas foram totalmente fechadas em março e a nação começou a testar os cidadãos com o objetivo de detetar o vírus o mais rápido possível e, dessa forma, encontrar uma maneira que evitasse a sua disseminação.

Uma das grandes vantagens deste arquipélago é o seu tamanho, factor que pode ter sido crucial no facto do vírus não ter conseguido lá chegar. A República do Palau cobre uma área de apenas 459 quilómetros quadrados – o que representa cerca de um sexto do tamanho de Rhode Island, o menor estado dos EUA.

O tamanho reduzido também coloca Palau numa posição privilegiada para estar entre os primeiros países a serem vacinados contra a covid-19, de acordo com o ministro da Saúde no país, Ritter Udui.

“Temos sorte de estar numa posição onde temos acesso às vacinas através do OWS, e o  nosso tamanho também torna mais fácil implantarmos o programa”, disse Udui, tendo em conta que Palau tem acesso ao programa de vacinação da covid-19 dos Estados Unidos, conhecido como Operation Warp Speed.

“Não é obrigatório receber a vacina, por isso a nossa meta é vacinar pelo menos cerca de 80% da população. Esperamos assim obter imunidade de grupo”, revelou Udui.

Palau planeou, inicialmente, ter o processo de vacinação concluído até maio, mas Udui prevê que esse prazo “provavelmente será estendido” devido a uma desaceleração na distribuição dos EUA.

A ilha do Pacífico escolheu a vacina da Moderna para iniciar o processo de vacinação porque esta pode ser armazenada numa arca frigorífica comum, disse o ministro da Saúde.

Inicialmente, a ilha não tinha condições para armazenar a vacina da Pfizer devido às temperaturas que esta exige, no entanto, Udui confirmou que Palau recebeu pelo menos uma unidade de armazenamento refrigerado no final de dezembro, que tem capacidade para armazenar até 5000 doses desta injeção.

https://zap.aeiou.pt/pais-livre-covid-vacinado-370472

 

Apoiantes de Trump invadem Capitólio - Mayor de Washington decreta recolher obrigatório !

O presidente da Câmara de Washington D.C. ordenou recolher obrigatório e o Capitólio fechou as portas, depois de manifestantes pró-Trump terem invadido o Congresso dos EUA.


A polícia do Capitólio pediu ajuda a outras forças policiais, para lidar com os milhares de manifestantes pró-Trump que se juntaram em frente ao Capitólio, forçando a entrada no Congresso e obrigando à interrupção dos trabalhos de contagem de votos do Colégio Eleitoral, para validar a eleição do democrata Joe Biden.

O presidente da Câmara de Washington ordenou o recolher obrigatório a partir das 18:00 (23:00 em Lisboa), para ajudar no esforço das forças de segurança para conter os milhares de manifestantes que se concentraram no Capitólio.

As forças de segurança deram máscaras anti-gás aos legisladores que estavam em trabalho e começaram a evacuar a Câmara de Representantes e o Senado, tentando também retirar das instalações o vice-Presidente, Mike Pence, que liderava a sessão de contagem de votos.

Vários congressistas, senadores e outros funcionários do Capitólio, além de jornalistas que estão no local, começaram a usar máscaras de gás. Os membros da Câmara dos Representantes e do Senado foram levados para uma localização segura, que não foi revelada.

Um embrulho suspeito foi também retirado da área do capitólio, segundo as autoridades.

Os confrontos entre manifestantes e a polícia do Capitólio obrigou à chamada de várias forças de segurança, incluindo o serviço secreto, por causa da presença de Mike Pence.

Milhares de manifestantes tinham-se reunido hoje em Washington, protestando e contestando a vitória do democrata Joe Biden.

Num comício em frente à Casa Branca, Trump pediu aos manifestantes para se dirigirem para o Capitólio e fazer ouvir a sua voz, em protesto do que considera ser uma “fraude eleitoral”, tendo mesmo dito que “nunca” aceitaria a sua derrota nas eleições de 03 de novembro.

Os manifestantes obedeceram ao comando do Presidente cessante e dirigiram-se para o Capitólio, tendo mesmo forçado a oposição da polícia, que tentou impedir a sua entrada no edifício.

Os trabalhos de discussão da contagem de votos eleitorais ficaram assim, para já suspensos, enquanto canais televisivos transmitem imagens de distúrbios nas escadas do Capitólio.

Vários legisladores, incluindo republicanos, usam as suas contas na rede social Twitter para criticar a ação dos manifestantes, dizendo que não se vão deixar intimidar pela sua presença ou pelos seus apelos para que a contagem de votos do Colégio Eleitoral seja rejeitada.

“Por favor apoiem a nossa Polícia do Capitólio e as forças de segurança. Eles estão verdadeiramente do lado do nosso País. Mantenham-se pacíficos!”, escreveu Trump numa mensagem na sua conta na rede social Twitter.

https://zap.aeiou.pt/apoiantes-trump-invadem-capitolio-370902

Último “ataque” à vida selvagem - Trump vai leiloar refúgio no Ártico para perfuração de petróleo !

A administração de Donald Trump vai leiloar, esta quarta-feira, partes do refúgio nacional de vida selvagem do Ártico a perfuradores de petróleo. Este é um dos seus últimos “ataques” à vida selvagem enquanto Presidente dos EUA.


As terras na planície costeira do norte do Alasca acolhem ursos polares e outros animais que se encaixam neste meio ambiente, dos quais as comunidades indígenas dependem e consideram sagrados.

Contudo, há muito tempo que a indústria do petróleo mostra interesse pela região, suspeitando que esta sustenta milhões de barris da substância. Agora, o presidente Donald Trump vai leiloar as terras para as que estas possam ser exploradas por grandes empresas.

No entanto, de acordo com o The Guardian, depois de uma grande parte do refúgio, conhecido como ANWR, ser vendido a empresas de energia, será difícil recupera-la.

A perfuração a oeste do refúgio, em Prudhoe Bay, tem alimentado o desenvolvimento económico do qual o estado dependia para encher os cofres e emitir cheques anuais para os residentes. Essa extração constante teve um grande impacto ambiental e levou ao derramamento de óleo mais prejudicial da história, quando o petroleiro Exxon Valdez lançou no mar milhões de barris na costa sul do Alasca em 1989.

O presidente Dwight Eisenhower designou o refúgio ártico em 1960 e, nas décadas seguintes, a indústria e os republicanos pressionaram perfurações na região, enquanto os EUA tentavam reduzir a sua dependência de fornecedores do Médio Oriente. Este impulso continua, embora o petróleo agora seja abundante.

A vontade de arrendar as terras já não é de agora, e Donald Trump argumenta que os ganhos do governo com a perfuração no refúgio poderiam ajudar a pagar os cortes de impostos propostos.

A administração do atual presidente defende que o desenvolvimento do projeto poderia gerar 900 milhões de dólares, embora uma análise do grupo Taxpayers for Common Sense, tenha concluído que a exploração no Alasca traria apenas uma fração desse montante – não mais do que 27,6 milhões.

Os contribuintes defendem que o governo não deveria arrendar terras públicas para a exploração de petróleo e gás, sobretudo numa altura em que a procura por petróleo diminui, uma vez que as empresas fecharam e as pessoas utilizaram menos transportes.

Ainda assim, na segunda-feira, a administração de Trump anunciou que expandiu dramaticamente a área onde o governo pode arrendar áreas públicas para perfuração de petróleo a oeste da ANWR. O plano permite perfurar 82% da Reserva Nacional de Petróleo-Alasca.

Neste sentido, foram vários os Grupos nativos do Alasca que lutaram contra as propostas de perfuração da ANWR com ações judiciais. Para os Gwich’in, indígenas do Alasca que migraram ao lado dos caribus e dependiam destes como fonte de alimento, a luta é ainda mais intensa.

Os defensores do urso polar consideram que a estratégia também pode ser crítica para a espécie que está em vias de extinção e poderá ver o seu meio ambiente ser reduzido. O número de ursos polares no Alasca e no oeste do Canadá diminuiu 40% entre 2001 e 2010, alertou Steven Amstrup, cientista-chefe da Polar Bears International.

Ken Whitten, ex-biólogo do Alasca, também reforça que a perfuração provavelmente irá deslocar a vida selvagem.

“Somos um país rico. Podemos deixar algumas áreas em paz”, apela Whiteen.

https://zap.aeiou.pt/trump-leiloar-refugio-artico-370814

 

Índia classifica defensores de direitos indígenas como “terroristas” !

O Governo indiano tem detido e acusado ativistas e defensores dos povos indígenas e de castas oprimidas, classificando-os como terroristas e mantendo-os encarcerados durante meses, sem acesso à justiça.


Num artigo publicado na segunda-feira no Scientific American, Virginius Xaxa relatou o exemplo do padre jesuíta Stan Swamy, de 83 anos, portador da doença de Parkinson, que foi detido na sua casa, no estado indiano de Jharkhand, a 08 de outubro de 2020, sob uma lei de combate ao terrorismo – Lei de Prevenção de Atividades Ilícitas (UAPA).

A lei em causa foi criticada por um grupo de especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU), devido ao facto de permitir que o estado indiano classifique os dissidentes como terroristas e os mantenha detidos durante meses, sem acesso à justiça.

Swamy faz parte do grupo de dezenas de indivíduos – entre esses advogados, escritores, académicos e jornalistas – detidos e acusados no âmbito da UAPA por incitar a violência, por ligações com maoístas e outros crimes graves. Praticamente todos são defensores dos direitos humanos, especialmente dos adivasis (povos indígenas) e dos dalits (membros de castas oprimidas).

Desde o início da década de 1990, Swamy tem ajudado os adivasis, que enfrentam perseguição e habitam das regiões mais ricas em recursos naturais. A instalação de minas, indústrias, centrais elétricas e barragens nesses locais resultou na perda de floresta e biodiversidade, na fragilidade dos ecossistemas e na poluição do ar e da água.

Em 1991, quando a Índia iniciou reformas económicas, atraindo investimento para áreas ricas em minerais, os campos antes produtivos foram transformados em extensões de resíduos de mineração e os cursos de água a ficarem secos ou poluídos. Milhões de adivasis foram forçados a deixar as suas casas.

Em 2014, estes representavam apenas 8% dos indianos, mas tinham quatro vezes mais probabilidade de serem deslocados devido ao desenvolvimento, apesar da Constituição indiana e das leis que os protegem. Os governadores dos estados regulares, como Jharkhand, têm conselhos específicos para tratar questões tribais e poderes executivos para revogar ou emendar leis com impacto adverso. Outras leis nacionais garantem o seu direito de auto-governação e de proteger as suas terras e florestas.

Contudo, segundo Virginius Xaxa, sucessivos governos têm falhado na aplicação dessas leis. Os adivasis tentam assegurar as mesmas, através de protestos e ações judiciais, iniciativas às quais as autoridades nacional e estatal respondem com violência, sendo os manifestantes autuados e mantidos presos, sem julgamento, durante anos.

Bagaicha, organização fundada por Swamy, encontrou 3.000 desses prisioneiros adivasis em Jharkhand, em 2016, concluindo que 97% dos acusados ​​de maoísmo eram inocentes. Com a ajuda do advogado Sudha Bharadwaj – que está sob custódia da UAPA há dois anos -, ajudou esses reclusos a obterem julgamentos mais rápidos e representação no tribunal.

O governo sempre considerou os defensores dos adivasis como adversários, intimidando-os e interrompendo o seu trabalho. Contudo, notou Virginius Xaxa, nunca como agora o Governo deteve tantos defensores dos direitos humanos ao mesmo tempo.

https://zap.aeiou.pt/india-defensores-direitos-indigenas-terroristas-370458

 

ovem norte-americano recebeu uma vacina que ia para o lixo !

Depois de ter percebido que lhe restavam duas doses da vacina, cuja validade ia expirar, uma farmacêutica de um supermercado de Washington ofereceu-as a um estudante de Direito e a um amigo. O jovem publicou um vídeo no TikTok que se tornou viral.


O vídeo de um estudante norte-americano a receber uma dose da vacina contra a covid-19 tornou-se viral no TikTok, por ter sido administrada a alguém fora do grupo populacional prioritário. A situação em causa ocorreu na cidade de Washington e conta já com mais de 700 mil visualizações, segundo a agência de notícias AFP.

Uma farmacêutica de um supermercado, apercebendo-se que lhe restavam duas doses da vacina que iam expirar, ofereceu-as a um estudante de direito e a um amigo. “Ela virou-se para nós e disse: Eu tenho doses da vacina e vou ter de as deitar fora se não as der”, contou o estudante ao canal NBC.

A campanha de vacinação, que começou em meados de dezembro nos Estados Unidos, destina-se nesta fase aos profissionais de saúde, de acordo com as recomendações das autoridades americanas.

O jovem agradeceu o gesto da farmacêutica e publicou o vídeo no TikTok, tendo tido até ao momento mais de 733 mil visualizações. “É importante, quando existe tanta desinformação por aí, que as pessoas possam ver uma coisa boa e positiva. Devemos estar entusiasmados por poder lutar contra a pandemia”, sublinhou.

A rede de supermercados Giant ressalvou que a farmacêutica respeitou as diretrizes das autoridades sanitárias, uma vez que os profissionais de saúde não se apresentaram para receber essas doses.

De acordo com os Centros para Controlo e Prevenção de Doenças, mais de 4,5 milhões de pessoas receberam a primeira dose de uma das vacinas para a covid-19 nos Estados Unidos. Só as vacinas desenvolvidas pela Pfizer-BioNTech e Moderna são autorizadas no país até o momento.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.843.631 mortos resultantes de mais de 85 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela AFP.

https://zap.aeiou.pt/jovem-norte-americano-vacina-itiktok-370680

Trump não será bem-vindo à Escócia devido à pandemia, avisa primeira-ministra

A primeira-ministra escocesa avisou o Presidente cessante dos Estados Unidos que o confinamento em vigor no país, onde o norte-americano possui campos de golfe, não permitirá que este se desloque à Escócia no final do seu mandato.


A afirmação de Nicola Sturgeon surge após informações na imprensa que dão conta da possibilidade de Donald Trump visitar a Escócia após terminar o mandato como Presidente dos Estados Unidos, a 19 deste mês, um dia antes de o Presidente eleito, Joe Biden, tomar posse.

Segundo o jornal escocês Sunday Post, o aeroporto de Prestwick, no leste da Escócia, foi notificado para a chegada, nesse dia, do Boeing 757 que o ainda Presidente norte-americano às vezes utiliza.

Alimentando especulações sobre uma possível visita, o jornal escocês citou uma atividade intensa no aeroporto de Prestwick com aviões da Força Aérea dos Estados Unidos, que efetuaram uma “missão de reconhecimento” ao Trump Turberry, um dos dois complexos de campos de golfe que o Presidente cessante possui no país.

Contactado pela agência France-Presse (AFP), um porta-voz do aeroporto escocês indicou que se espera uma visita do republicano este mês.

Interrogada sobre o assunto numa conferência de imprensa, a primeira-ministra escocesa indicou não ter “nenhuma ideia dos projetos de viagem” de Trump.

“Espero que o seu projeto imediato seja deixar a Casa Branca. Mas atualmente não permitimos que as pessoas venham para a Escócia, exceto em viagens essenciais“, afirmou Sturgeon, um dia depois de a Escócia ter endurecido as condições de confinamento devido à pandemia de covid-19.

“Isso aplica-se a ele como a qualquer outra pessoa. […] Vir para jogar golfe é uma razão que eu não consideraria essencial”, acrescentou a líder do Executivo escocês.

A Escócia endureceu as medidas na mesma altura em que Inglaterra decidiu decretar um confinamento de seis semanas para conter a aceleração da pandemia de covid-19. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que o país está num “momento crítico”, sobretudo devido ao avanço da nova variante do coronavírus, considerada mais contagiosa.

Atualmente, há ainda muita especulação sobre o que Trump, que continua a recusar a derrota nas eleições Presidenciais, fará no dia da tomada de posse de Biden. Se não comparecer na cerimónia, irá contrariar uma tradição com mais de um século.

https://zap.aeiou.pt/trump-nao-sera-bem-vindo-escocia-370673

TraceTogether - Em Singapura, a polícia pode usar os dados da aplicação de rastreio da covid-19

A TraceTogether é um dos melhores exemplos de que as aplicações de rastreio da covid-19 podem mesmo ser eficazes. No entanto, tem sido alvo de muitas críticas na última semana, depois de o Governo da Singapura ter confirmado que os dados dos cidadãos que usam a app podem ser utilizados pela polícia.


De acordo com o Engadget, uma recente atualização na política de privacidade da TraceTogether permite às autoridades de Singapura aceder aos dados que os cidadãos colocam na aplicação, equivalente à portuguesa StayAway Covid.

Antes, lia-se no site oficial da app que “os dados recolhidos” não seriam partilhados com outros utilizadores e “seriam apenas usados para rastreio de contactos”. Agora, segundo o portal especializado, lê-se que os dados podem ser usados “em circunstâncias em que a segurança dos cidadãos tenha sido ou possa ser afetada”.

Esta atualização terá aparecido depois de Desmond Tan, ministro dos Assuntos Internos, ter dito durante uma conferência de imprensa que a polícia de Singapura podia ter acesso aos dados da aplicação, como número de telemóvel e identificador único, em caso de emergência.

“A Força Policial de Singapura tem poderes para obter quaisquer dados, incluindo os da TraceTogether, para investigações criminais“, disse, citado pela Reuters.

Vivian Balakrishnan, ministro dos Assuntos Estrangeiros da Singapura, disse esta terça-feira que o facto de os dados da TraceTogether poderem ser usados em caso de emergência não é uma exceção, uma vez que todos os dados recolhidos no país podem ser utilizados pelas autoridades quando estão a investigar crimes sérios.

Há outros exemplos de dados sensíveis como registos telefónicos ou bancários [que são utilizados]”, explicou, frisando que são casos muito raros.

À semelhança de outros Governos, incluindo o português, o Governo de Singapura lançou a TraceTogether numa tentativa de diminuir o número de contágios de covid-19. Neste país, e ao contrário do que acontece na grande maioria dos países, a app tem sido um sucesso.

Atualmente, mais de 3,8 milhões de pessoas usam a TraceTogether (quase 68% da população), um número que aumentou depois de o Governo ter sugerido que a adesão em massa poderia acelerar o alívio de restrições.

https://zap.aeiou.pt/singapura-policia-dados-app-rastreio-370650

 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Europa aprova vacina da Moderna - Vacinação a várias velocidades leva a troca de acusações !

A Agência Europeia do Medicamento (EMA, sigla em inglês) aprovou a vacina experimental contra a covid-19 produzida pela empresa de biotecnologia norte-americana Moderna para uso nos Estados-Membro da União Europeia (UE). Esta é a segunda vacina a ser aprovada pelo regulador.

De acordo com um comunicado publicado no seu site, a Agência Europeia do Medicamento aprovou a vacina experimental da Moderna, dando-lhe “uma autorização de venda condicional” para ser administrada em pessoas com 18 anos ou mais.

A decisão foi feita numa reunião com os especialistas da EMA sobre a vacina experimental contra a covid-19 produzida pela empresa de biotecnologia norte-americana Moderna.

Os peritos reuniram-se na segunda-feira, antecipando-se em dois dias à reunião que já estava marcada, mas decidiram prosseguir as discussões esta quarta-feira. Na terça-feira, o regulador europeu indicou que os especialistas estavam “a trabalhar arduamente para esclarecer questões pendentes com a empresa”.

Esta é a segunda vacina autorizada na União Europeia (UE), depois da do consórcio Pfizer-BioNTech, que começou a ser administrada a 27 de dezembro em Portugal e noutros países europeus.

Troca de acusações na UE

O processo de vacinação nos vários países da UE está a decorrer a um ritmo mais lento e a várias velocidades, o que tem levado a algumas trocas de acusações na Comissão Europeia.

De acordo com Markus Söder, líder da União Social Cristã da Alemanha, a Comissão Europeia atrapalhou o processo de obtenção de doses de vacina suficientes e de aprovação para uso em todo o bloco.

“Obviamente, o procedimento de compra europeu foi inadequado”, disse Söder, que lidera o estado da Baviera, em declarações ao Bild am Sonntag. “É difícil explicar que uma vacina muito boa é desenvolvida na Alemanha, mas é vacinada mais rapidamente noutros lugares”, acrescentou, referindo-se à vacina da Pfizer-BioNTech.

Mueller / MSC / Wikimedia

Markus Söder, presidente do estado alemão da Baviera

“A Comissão Europeia provavelmente planeou muito burocraticamente: poucos foram encomendados e os debates sobre preços prolongaram-se durante muito tempo”, disse Söder sobre os atrasos.

“O fator tempo é crucial”, disse Söder. “Se Israel, os EUA ou o Reino Unido estão muito à frente de nós em vacinação, também beneficiarão economicamente. A questão de como atravessamos o coronavírus economicamente está intimamente relacionada com a rapidez com que terminamos com a vacinação”.

A Comissão Europeia defendeu-se, apontando para a enorme demanda global por uma vacina. “O problema no momento não é o volume de pedidos, mas a escassez mundial de capacidade de produção”, disse a comissária de saúde Stella Kyriakides, em declarações à AFP.

Uğur Şahin, CEO da BioNTech, disse que a sua empresa está a trabalhar para aumentar a produção, mas que “não é tão rápido e simples” trabalhar na Europa como noutros lugares.

No domingo, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse que esperava ter dezenas de milhões de vacinações realizadas nos primeiros meses do ano, enquanto as autoridades em Israel disseram que dois milhões de pessoas deveriam ser vacinadas até ao final de janeiro.

Países Baixos criticados por atraso na vacinação

De acordo com a Associated Press, o Governo dos Países Baixos foi fortemente criticado na terça-feira por causa do plano de vacinação covid-19 que tem as primeiras vacinas programadas para serem administradas esta quarta-feira, tornando-o no último país da UE a iniciar a vacinação.

O primeiro-ministro Mark Rutte admitiu que o Governo se concentrou nos preparativos da vacina da AstraZeneca, que ainda não foi aprovada para uso na UE – e não na vacina produzida pela Pfizer-BioNTech.

“Isto é ultrajante”, afirmou Geert Wilders, líder do maior partido da oposição holandesa. “Não é uma estratégia, mas o caos – o caos total – e os preparativos foram pobres e tardios”, acrescentou, dizendo que a Holanda é “a aldeia idiota da Europa”.

Rutte lamentou a falta de agilidade do Governo em adaptar os preparativos. “Estou muito desapontado por estarmos duas semanas atrasados”, disse.

As vacinações holandesas começaram esta quarta-feira, com funcionários em lares de idosos, pessoas com deficiência e profissionais de saúde da linha de frente. A enfermeira holandesa Sanna Elkadiri, de 39 anos, que trabalha numa residência onde cuida de pessoas com demência, foi a primeira pessoa a ser vacinada nos Países Baixos. “Este é o princípio do fim desta crise”, disse o ministro da Saúde.

Os Países Baixos entraram num confinamento severo em meados de dezembro, com restrições que fecharam todas as escolas, bares, restaurantes, teatros e outros locais públicos. As taxas de infeção diminuíram nos últimos dias, mas permanecem entre as mais altas da Europa.

França muda de estratégia

Tal como a maioria dos Estados-membros da UE, França começou a vacinar a sua população a 27 de dezembro. Porém, nos primeiros seis dias da campanha de vacinação, apenas foram inoculadas 516 pessoas.

Segundo a AP, a abordagem cautelosa de França parece ter saído pela culatra, reacendendo a raiva sobre a forma como o Governo está a lidar com a pandemia.

O ministro da saúde prometeu, na segunda-feira, aumentar o ritmo e fez um apelo público tardio em nome da vacina, dizendo que oferece uma “hipótese” a França e ao mundo para vencerem uma pandemia que já matou mais de 1,8 milhão pessoas.

Ludovic Marin / EPA

O Presidente de França, Emmanuel Macron

A lenta implantação da vacina da Pfizer-BioNTech foi atribuída à má gestão, falta de pessoal durante as férias e uma complexa política de consentimento projetada para acomodar o ceticismo incomumente amplo sobre a vacina entre o público francês.

“É um escândalo estatal”, disse Jean Rottner, presidente da região Grand-Est, no leste de França, onde as infeções estão a aumentar e alguns hospitais estão lotados. “Ser vacinado está a tornar-se mais complicado do que comprar um carro”.

OMS recomenda que 2.ª dose seja “atrasada”

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou esta terça-feira que a administração da segunda dose da vacina da Pfizer-BioNTech seja “atrasada algumas semanas” em situações excecionais, para permitir que mais pessoas possam ter acesso à primeira dose.

A recomendação resulta da reunião desta terça-feira do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização (SAGE), que reúne 26 especialistas de várias áreas e diversos países e que, nos últimos meses, tem analisado a informação sobre as vacinas contra a covid-19.

Em conferência de imprensa, o responsável do SAGE, o mexicano Alejandro Cravioto, adiantou que os especialistas recomendaram que, em circunstâncias excecionais de fornecimento, a vacina da Pfizer-BioNTech seja administrada “entre 21 e 28 dias”. A recomendação de atrasar a segunda dose “em algumas semanas” permitiria “maximizar o número de pessoas que podem beneficiar da primeira dose” desta vacina, referiu Cravioto.

Também esta terça-feira a Agência Europeia de Medicamentos desaconselhou adiar a segunda dose da vacina Pfizer-BioNTech além dos 42 dias, numa altura em que Alemanha e Bélgica admitem administrar a primeira dose a mais pessoas e adiar a segunda além dos 21 dias prescritos.

O organismo, que trata da avaliação técnica das vacinas na UE, destaca que “os vacinados podem não estar totalmente protegidos até sete dias após a segunda dose“, como indicou a Pfizer após os ensaios clínicos, disse à agência espanhola EFE a porta-voz da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), Sophie Labbe.

No entanto, a EMA não proíbe estender a administração da segunda dose da vacina da Pfizer contra a covid-19 até aos 42 dias.

https://zap.aeiou.pt/vacinacao-varias-velocidades-370628

 

Casos de “bebés roubados” durante décadas em Espanha vão ser investigados !

O Ministério Público espanhol vai investigar os presumíveis casos de roubo de quase 60 bebés ocorridos entre 1952 e 1987 em Espanha, na sequência de uma denúncia coletiva feita recentemente por várias associações de vítimas, foi esta terça-feira divulgado.


O procurador-chefe do Secretariado Técnico do Ministério Público espanhol, Álvaro Ortiz, enviou uma carta à porta-voz da Plataforma Fórum Internacional de Vítimas de Desaparecimentos Infantis Forçados, Maria Mercedes Bueno, a informar que as autoridades espanholas irão investigar estes eventuais casos, segundo avançou a agência EFE.

Na missiva, datada de 4 de janeiro, Álvaro Ortiz comprometeu-se a dar início a um “processo de coordenação para o acompanhamento centralizado de todas as ações realizadas e da análise conjunta das informações”, com o objetivo de “apurar o alcance e a relevância criminal dos factos recolhidos na denúncia”.

O representante indicou que este processo pretende “manter uma coordenação necessária” e “unificar as ações do Ministério Público em todo o país”.

Várias associações de vítimas apresentaram no passado dia 19 de novembro junto do Ministério Público espanhol uma denúncia conjunta para que fossem investigados 58 alegados casos de roubo e sequestro de recém-nascidos ocorridos em várias comunidades espanholas entre 1952 e 1987.

Ao longo dos anos, muitos destes casos foram denunciados a outros órgãos e entidades competentes, mas sem qualquer resultado ou desenvolvimento.

No documento apresentado em novembro passado, as várias associações denunciaram que estes 58 casos envolvem, por exemplo, crimes de violência de género, de alteração de filiação ou de desaparecimento forçado de crianças.

Ainda no âmbito destes presumíveis casos, as associações de vítimas denunciaram crimes contra a humanidade, falsificação de documentos e partos simulados, bem como destacaram a violação dos direitos da mulher com base em tratados e convenções internacionais assinados por Espanha.

Na mesma carta, Álvaro Ortiz expressou “o especial compromisso” do Ministério Público em “dar respostas a todas as mães, filhos e famílias que suspeitam terem sido vítimas” de um alegado caso de roubo ou sequestro, realçando, porém, “as evidentes” dificuldades associadas a este tipo de investigação.

Como tal, frisou o representante, é necessária uma “investigação completa, eficaz e eficiente” de todos os casos, incluindo daqueles que já foram posteriormente investigados e que poderão ser reabertos caso sejam descobertos “novos indícios”.

As associações que avançaram com a denúncia coletiva saudaram, entretanto, a decisão do Ministério Público espanhol, manifestando uma esperança que “desta vez uma investigação completa seja realizada”.

“Esta decisão representa um grande avanço para as vítimas”, disse o diretor da Fundação Internacional Baltasar Garzón (FIBGAR), Rodrigo Lledó, citado pela EFE.

https://zap.aeiou.pt/bebes-roubados-espanha-investigados-370618

 

Polícia que baleou Afro-AmericanoJacob Blake não vai ser acusado !

Nenhum agente da polícia será processado pelos ferimentos sofridos pelo afro-americano Jacob Blake, que ficou paralisado da cintura para baixo depois de ter sido baleado sete vezes nas costas.


Rusten Sheskey, que trabalha no departamento de polícia de Kenosha há sete anos, foi identificado como o agente captado em vídeo a disparar sete vezes nas costas de Jacob Blake. Segundo a BBC, o agente da polícia não vai ser acusado de qualquer crime.

A procuradoria local concluiu que, com base nas provas recolhidas, nem Sheskey nem os outros agentes policiais que estavam com ele devem responder em tribunal pelo sucedido.

Em sua defesa, Sheskey disse que temia que a vítima estivesse a tentar raptar uma criança que estava sentada no banco de trás. A polícia de Kenosha afirma que Jacob Blake estava armado, tendo sido encontrada uma arma branca no chão do automóvel, e que Sheskey ordenou várias vezes que a vítima a largasse, mas Blake recusou.

O anúncio foi feito esta segunda-feira pelo procurador do condado de Kenosha, onde decorreu o incidente, em agosto de 2020. Rusten Sheskey baleou Jacob Blake, um cidadão afro-americano, sete vezes nas costas, depois de acudir a uma denúncia de violência doméstica.

Nas imagens captadas, Blake ignora repetidamente os apelos do agente Rusten Sheskey, para parar, embora não aparente ter um comportamento hostil, e entra no seu carro. Quando se senta no lugar do condutor, o agente da polícia estende o braço para dentro do carro, puxa-lhe a camisa e dispara sete vezes nas costas.

Na altura, o advogado de direitos civis Ben Crump afirmou que os três filhos de Jacob Blake estavam no interior do veículo quando a polícia disparou, indicando ainda que a vítima estava a tentar apaziguar uma discussão entre duas mulheres.

https://zap.aeiou.pt/policia-jacob-blake-nao-acusado-370632

 

Assassinato de Soleimani - Irão volta a pedir detenção de Trump e outras 47 pessoas à Interpol !

O Irão voltou a pedir à Interpol que emita um “aviso vermelho” para a detenção do Presidente cessante dos Estados Unidos Donald Trump e de 47 outras autoridades americanas. Em causa está o assassinato de Qassem Soleimani, um poderoso general iraniano.


De acordo com a NPR, o porta-voz judicial iraniano, Gholamhossein Esmaili, considerou que Donald Trump é “o principal culpado” pelo assassinato de Soleimani, segundo a agência de notícias semi-oficial Mehr.

“O pedido de emissão de Aviso Vermelho para 48 pessoas envolvidas no assassinato do mártir Soleimani, incluindo o presidente dos Estados Unidos, bem como comandantes e oficiais do Pentágono e forças na região, foi entregue à Interpol“, disse Esmaili.

O iraniano acrescentou que o assassinato foi um “crime terrorista” e que o pedido de aviso vermelho também inclui comandantes e oficiais militares dos Estados Unidos na região e no Pentágono.

Donald Trump, o secretário de Estado Mike Pompeo e o ex-secretário de Defesa Mark Esper disseram que os Estados Unidos visaram a Soleimani – um arquiteto-chave da estratégia do Irão em conflitos envolvendo os EUA – para evitar uma ameaça iminente.

Trump disse que Soleimani estava a “tramar ataques iminentes e sinistros” contra os interesses norte-americanos.

Um investigador das Nações Unidas disse no verão passado que o ataque americano contra Soleimani em Bagdade “era ilegal e arbitrário segundo a lei internacional”, além de ser uma violação da soberania do Iraque.

Um aviso vermelho da Interpol é um pedido às agências de segurança em todo o mundo para ajudar a encontrar e deter fugitivos que são procurados para a acusação de um crime ou para cumprir uma pena de prisão.

O Secretariado Geral da Interpol disse à NPR que, de acordo com a constituição do corpo policial internacional, “é estritamente proibido para a Organização empreender qualquer intervenção ou atividades de caráter político, militar, religioso ou racial“.

Esta é a segunda vez que o Irão faz este pedido à Interpol. O primeiro pedido foi feito em junho passado. O Irão disse que não vai parar de perseguir Trump, mesmo depois de deixar o Governo dos Estados Unidos no final deste mês.

“Trump terá que retribuir, qualquer que seja a sua posição”, disse o chefe judicial do Irão, Ebrahim Raisi. “Quer chefie o Governo dos Estados Unidos ou não, Trump deve enfrentar retribuição pela atrocidade que perpetrou”.

Os Estados Unidos realizaram um ataque aéreo em Bagdade, em 3 de janeiro de 2020, que matou o Qassem Soleimani, o poderoso general que dirigia a Guarda Revolucionária do Irão e as suas atividades no Iraque, aumentando as tensões entre os dois países, levando as forças iranianas a retaliar com um ataque de míssil balístico contra as tropas norte-americanas na região.

https://zap.aeiou.pt/irao-volta-pedir-detencao-trump-interpol-370654

 

EUA vão continuar a reconhecer Guaidó como Presidente legítimo da Venezuela !

Os Estados Unidos indicaram, esta terça-feira, que continuam a reconhecer Juan Guaidó como Presidente interino e legítimo da Venezuela, defendendo que o líder da oposição foi o último a ser democraticamente eleito para o Parlamento.


Numa declaração do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo acusa o regime “ilegítimo” de Nicolas Maduro de “encenar” as eleições legislativas “fraudulentas” a 6 de dezembro passado e que a comunidade internacional rejeitou a legalidade da votação.

“Sessenta países de todo o mundo juntaram-se ou em declarações conjuntas, incluindo as da União Europeia, a Organização dos Estados Americanos o Grupo de Lima e o Grupo Internacional de Contacto, ou posicionaram-se individualmente, rejeitando essas vergonhosas eleições”, lê-se no comunicado.

Nesse sentido, o chefe da diplomacia norte-americana acusou a nova Assembleia Nacional, que tomou posse esta terça-feira, de ter “ocupado o Palácio Federal Legislativo em Caracas, considerando que o novo Parlamento é ilegítimo” e que as decisões aí tomadas “não serão reconhecidas” pelos Estados Unidos.

“Os Estados Unidos reconhecem o Presidente interino Juan Guaidó como o Presidente legítimo da Venezuela. O Presidente Guaidó e a Assembleia Nacional legítima foram eleitos democraticamente em 2015 pelo povo venezuelano”, escreveu Pompeo, que lembrou as mudanças no regime então aprovadas pelo Parlamento.

Uma delas, indica Pompeo, foi a aprovação, a 26 de dezembro de 2016, de reformas no Estatuto da Transição que, de acordo com a Constituição venezuelana, atribui bases legais explícitas para que o Parlamento continuasse a desempenhar o seu papel constitucional.

“O Presidente Guaidó e a Assembleia Nacional são os únicos representantes democráticos do povo venezuelano reconhecidos pela comunidade internacional e devem ser libertados do assédio, ameaças, perseguição e outros abusos de Maduro”, afirmou o secretário de Estado norte-americano.

Pompeo defendeu também o desejo de “milhões de venezuelanos” em obter uma solução pacífica para a “situação calamitosa” em que o país se encontra.

Por isso, apelou aos partidos políticos e às organizações da sociedade civil, incluindo estudantes, associações religiosas, “chavistas” (o regime do ex-Presidente da Venezuela Hugo Chavez), famílias militares, trabalhadores e empresários para que se reúnam numa manifestação para exigir uma transição pacífica através de eleições presidenciais e legislativas “livres e justas”.

Os membros da nova Assembleia Nacional venezuelana foram empossados numa sessão solene, tendo sido confirmados 256 deputados dos partidos pró-regime, 20 da oposição (desvinculada de Juan Guaidó) e um do Partido Comunista.

Estes deputados foram eleitos nas legislativas realizadas a 6 de dezembro, num escrutínio não reconhecido pela oposição.

Também esta terça-feira, a oposição venezuelana realizou uma sessão parlamentar, conduzida de forma virtual, em que Guaidó jurou que o Parlamento oposicionista continuará em funções.

A sessão parlamentar opositora decorreu no formato virtual e ao mesmo tempo em que nos espaços físicos do Parlamento tomavam posse os deputados eleitos nas legislativas de dezembro último.

A oposição venezuelana, liderada por Juan Guaidó, não reconhece Nicolás Maduro como Presidente da Venezuela e denuncia alegadas irregularidades nas eleições presidenciais antecipadas de 2018, acusando o chefe de Estado de estar a “usurpar” o poder.

A Venezuela tem, desde janeiro de 2020, dois Parlamentos parcialmente reconhecidos, um de maioria opositora, liderado por Juan Guaidó, e um pró-regime do Presidente Nicolas Maduro, liderado por Luís Parra, que foi expulso do partido opositor Primeiro Justiça, mas que continua a afirmar ser da oposição.

A crise política, económica e social na Venezuela agravou-se desde janeiro de 2019, quando Guaidó jurou assumir as funções de Presidente interino do país até afastar Nicolas Maduro do poder, convocar um governo de transição e eleições livres e democráticas.

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Bolsonaro diz que Brasil está “quebrado” por culpa da pandemia e dos “media” !

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse esta terça-feira a um grupo de apoiantes que o país está quebrado, alegando que não pode fazer nada e culpou os media pelos problemas económicos causados pela pandemia de covid-19.


“O Brasil está quebrado chefe, eu não consigo fazer nada. Eu queria mexer na tabela do Imposto de Renda, teve esse vírus, potencializado por essa media que nós temos. Essa media sem caráter que nós temos”, disse Bolsonaro, junto ao Palácio da Alvorada, a sua residência oficial em Brasília.

“É um trabalho incessante de tentar desgastar para tirar a gente daqui e atender interesses escusos dos media, acrescentou.

As declarações do chefe de Estado brasileiro contrariam posicionamentos do ministro da Economia, Paulo Guedes, que tem dito reiteradamente que o país sul-americano experimenta uma recuperação forte dos efeitos causados pela covid-19 nas atividades produtivas do país e que poderá crescer mais do que o esperado em 2021.

Segundo o Banco Central brasileiro, a economia do país deve crescer 3,8% em 2021 numa previsão que ainda considera a “incerteza acima da usual” provocada pelo novo coronavírus.

Já as ofensas contra os media são realizadas de forma recorrente pelo Presidente brasileiro, que culpa jornalistas e comunicação social de semearem o pânico na população durante a pandemia, alegando que as informações sobre a perigosidade da doença e a sua proliferação prejudicam o desempenho da economia do país.

Na segunda-feira, Bolsonaro chegou a fazer uma piada citando o uso da máscara de proteção contra a covid-19, dizendo que usou uma máscara de mergulho no mar para evitar que peixinhos pegassem covid-19 em resposta a críticas que sofreu dos media locais por não usar máscara e provocar aglomerações no litoral de São Paulo, onde passou alguns dias descansando no final de 2020.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (196.561, em mais de 7,7 milhões de casos), depois dos Estados Unidos.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.854.305 mortos resultantes de mais de 85 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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China trava entrada dos especialistas que vão estudar origens do vírus !

A China travou a entrada da equipa da Organização Mundial da Saúde (OMS) que está a investigar as origens da pandemia do novo coronavírus, alegando que os seus vistos ainda não tinham sido aprovados, embora alguns integrantes do grupo já estivessem a caminho.


O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse “estar desiludido” com as autoridades chinesas, por não terem ainda permitido a entrada na China de uma equipa de especialistas que vai examinar as origens da covid-19.

Numa rara crítica a Pequim, o responsável da OMS disse que os membros de uma equipa internacional de cientistas encarregada de rastrear a origem do coronavírus deixaram os respetivos países, nas últimas 24 horas, como parte de um acordo com o Governo chinês.

“Hoje soubemos que as autoridades chinesas ainda não finalizaram as permissões necessárias para a chegada da equipa à China”, disse Tedros, durante uma conferência de imprensa, em Genebra. “Estou muito desapontado com esta notícia, visto que dois membros já começaram a viagem e outros não puderam partir no último minuto”.

Tedros garantiu que “deixou claro” que a missão é uma prioridade para a agência de saúde da ONU e que tem a “certeza de que a China está a acelerar os procedimentos internos” para que os trabalhos de investigação arranquem. “Estamos ansiosos para iniciar esta missão o mais rápido possível”, disse.

A China negou esta quarta-feira ter impedido a entrada no país da equipa de especialistas que vai examinar as origens da covid-19 e garantiu que as discussões com a Organização Mundial da Saúde (OMS) prosseguem.

“A China está em contacto com a OMS para que especialistas possam visitar o país. A China está a trabalhar muito nas ambiciosas tarefas de prevenção, mas ainda enfrenta dificuldades para acelerar os preparativos, algo que a OMS sabe perfeitamente bem”, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Hua Chunying.

Hua afirmou que “primeiro é preciso concluir os procedimentos necessários e tomar as medidas pertinentes”. “Ainda estamos a negociar com a OMS sobre isso”, apontou. “Nunca houve qualquer problema de cooperação entre a China e a OMS. As duas partes estão em contacto para marcar uma data e preparar a visita”.

Espera-se que os especialistas visitem a cidade de Wuhan, onde foram detetados os primeiros casos de covid-19 em dezembro de 2019. O chefe de emergências da Organização Mundial de Saúde, Michael Ryan, disse que a investigação devia ter arrancado na terça-feira, mas que as aprovações necessárias não foram ainda concedidas, incluindo a emissão de vistos.

A imprensa estatal e as autoridades chinesas têm difundido informações que apontam para uma origem externa do vírus, possivelmente através da importação de alimentos congelados, o que é rejeitado pela OMS. Itália, Estados Unidos e Índia foram já apontados como locais de origem da doença.

Por outro lado, de acordo com o jornal britânico The Guardian, a expedição à China não pretende investigar as alegações de que o vírus se originou num laboratório chinês, que foram rejeitadas pela maioria dos cientistas.

A missão foi criticada pelos Estados Unidos, onde o Presidente cessante, Donald Trump, culpou categoricamente os chineses pela pandemia. Garrett Grigsby, do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, disse em novembro que a investigação parecia “inconsistente” com o mandato da OMS. “Compreender as origens da covid-19 através de uma investigação transparente e inclusiva é o que deve ser feito para cumprir o mandato.”

Ilona Kickbusch, diretora fundadora e presidente do Centro de Saúde Global em Genebra, disse que a geopolítica atrapalhou a união de países para derrotar a pandemia e as hostilidades que foram geradas podem atrapalhar a descoberta de como começou. “Acho que será incrivelmente difícil encontrar a origem do vírus, porque muito tempo se passou”, disse Kickbusch.

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Raphael Warnock vence na Geórgia - Democratas a um passo de virar o Senado !

O democrata Raphael Warnock venceu as eleições especiais para o Senado dos Estados Unidos na Geórgia, ao bater a senadora republicana Kelly Loeffler, tornando-se no primeiro senador negro na história do estado conservador.


Warnock, cuja vitória foi anunciada pelas cadeias de televisão norte-americanas CNN, CBS e NBC, é pastor na mesma igreja em que Martin Luther King pregou até ser assassinado em 1968, em Atlanta, durante o movimento pelos direitos cívicos dos afro-americanos.

“Esta noite, demonstrámos que, com esperança, trabalho duro e pessoas do nosso lado, tudo é possível“, disse Warnock aos apoiantes, num discurso virtual.

O outro democrata ainda em disputa por um lugar no senado, Jon Ossoff, também estava à frente na contagem face ao senador republicano cessante, David Perdue, quando estavam contados 95% dos votos, segundo a agência de notícias Associated Press (AP).

Ossoff, com 33 anos, poderá tornar-se o mais jovem senador democrata desde Biden, eleito naquele estado em 1973.

A confirmar-se a eleição dos dois democratas, o partido de Joe Biden reforçará a vitória, podendo obter o controlo daquela câmara, no que seria um novo revés para o Presidente em exercício, Donald Trump, que continua sem admitir a derrota nas eleições de 3 de novembro.

Com uma dupla vitória na Geórgia, os democratas obteriam 50 lugares no Senado, tal como os Republicanos.

Mas, tal como previsto na Constituição, a futura vice-presidente Kamala Harris teria o poder de “desempatar”, fazendo pender o equilíbrio da balança para os democratas.

Galvanizados pela vitória de Joe Biden naquele estado conservador do sul, a primeira desde 1992, os democratas conseguiram mobilizar os eleitores, particularmente os afro-americanos, a chave para qualquer vitória dos democratas. Mais de três milhões de eleitores puderam votar antecipadamente, representando cerca de 40% dos recenseados na Geórgia, um número recorde em eleições para o Senado neste estado.

Para o analista do site independente Cook Political Report Dave Wasserman, esta noite de eleições fez recordar as eleições intercalares. “Foi o que vimos em 2018: muitos eleitores de Trump simplesmente não se mobilizam quando Trump não está no boletim de voto”, escreveu na rede social Twitter.

Também o antigo diretor de campanha de Biden, Rufus Gifford, escreveu no Twitter: “Nunca pensei que íamos ganhar estas eleições na Geórgia”. “Muito obrigado, Donald Trump”, ironizou.

Trump pressiona Mike Pence

O Presidente cessante Donald Trump está a pressionar Mike Pence a não certificar a contagem de votos do Colégio Eleitoral, marcada para esta quarta-feira e que decretará oficialmente Joe Biden e Kamala Harris como os novos presidente e vice-presidente dos Estados Unidos, respetivamente.

No Twitter, esta terça-feira, Trump defendeu mesmo que Pence pode rejeitar aquilo a que chama de “delegados fraudulentos”.

Trump acredita que Pence tem poder para atrasar a certificação dos resultados eleitorais e levar a questão da vitória à Câmara dos Representantes – ou até ao Supremo Tribunal.

No entanto, fonte próxima do vice-presidente disse, em declarações à CNN, que Pence vai “seguir a lei e a Constituição”, cumprindo aquilo que é expectável.

Na segunda-feira, Trump prometeu uma “luta dos diabos” para se manter no cargo, pedindo ao Congresso que não ratifique a votação do Colégio Eleitoral, que confirmou a vitória de Joe Biden.

No domingo, uma gravação divulgada pelo jornal Washington Post mostrou que Trump pressionou a máxima autoridade eleitoral da Geórgia para manipular os resultados das eleições de novembro.

Na gravação, Trump pede ao secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, a máxima autoridade eleitoral do estado, que “procure votos onde seja necessário para anular a vitória de Biden”.

A revelação do Washington Post, já conhecida nas redes sociais como #Georgiagate, numa referência ao caso Watergate, está a provocar um terramoto político na capital norte-americana.

https://zap.aeiou.pt/democrata-raphael-warnock-vence-georgia-370608

 

Maior produção e mais sustentável - Quintas verticais geridas por robôs podem ser o futuro da agricultura !

Com a crescente população mundial, a responsabilidade de a alimentar está a ficar cada vez mais difícil. Os especialistas acreditam que a agricultura vertical é o futuro.

A Plenty, uma startup em San Francisco cofundada por Nate Storey, está a reinventar e a revolucionar a agricultura. As quintas verticais são internas e podem ser colocadas em qualquer lugar, o que as torna cruciais numa época em que as terras cultiváveis estão em declínio.

De acordo com o Interesting Engineering, a empresa permite que os produtos sejam cultivados durante todo o ano graças ao trabalho de robôs e inteligência artificial (IA), melhorando continuamente a qualidade do crescimento dos produtos agrícolas e usando 95% menos água e 99% menos terra.

“A realidade é que existem cinco lugares no mundo onde se pode cultivar frutas e vegetais frescos de forma realmente económica e toda essa terra é usada neste ponto. A agricultura vertical existe porque queremos aumentar a capacidade mundial de frutas e vegetais frescos e sabemos que é necessário”, explicou Storey, em entrevista à revista Forbes.

“Imagine uma quinta de 1.500 acres [607 hectares]. Agora, imagine isso a caber dentro da sua mercearia favorita, crescendo até 350 vezes mais. Isso é eficiente”, lê-se no site da Plenty.

As quintas internas climatizadas de Plenty são filas de plantas situadas lado a lado, crescendo verticalmente e penduradas no teto. Existem robôs para movê-las e a empresa usa IA para gerir a água, a temperatura e a luz.

Com luzes LED que imitam o Sol situadas acima delas, o ambiente das plantas é continuamente otimizado para garantir que tenham as melhores colheitas possíveis.

A água utilizada é reciclada e a água evaporada é captada para reaproveitamento. Além disso, a principal quinta em San Francisco também está a usar energia 100% renovável.

De acordo com o site da empresa, a tecnologia “liberta‌ ‌agricultura‌ ‌deas‌ ‌restrições‌ das condições meteorológicas, estações, ‌tempo, ‌distância, ‌pestes, ‌desastres naturais e clima” e produz plantas‌ livres de organismos geneticamente modificados em escala com‌ “sabor extraordinário‌”.

A quinta é tão bem-sucedida que produz 400 vezes mais alimentos por acre – cerca de mil vezes mais alimentos por hectare – do que uma quinta plana.

https://zap.aeiou.pt/quintas-verticais-geridas-por-robos-podem-ser-o-futuro-da-agricultura-370093

 

Trump já decidiu - Wall Street vai expulsar três grandes empresas de telecomunicações chinesas !

A guerra entre Washington e Pequim está a intensificar-se em Wall Street.
A Bolsa de Valores de Nova Iorque vai encerrar as negociações de ações de três das maiores empresas estatais de telecomunicações da China este mês.


O relatório afirma que a medida é necessária para cumprir uma ordem que o presidente Donald Trump assinou no ano passado que proíbe os americanos de investirem em empresas que o governo dos EUA suspeita pertencerem ou serem controladas pelos militares chineses.

Segundo a CNN, a China Mobile (CHL), a China Telecom (CHA) e a China Unicom (CHU) serão todas suspensas até 11 de janeiro, altura em que o pedido entra em vigor.

Por sua vez, o Ministério do Comércio da China disse num comunicado que Pequim deverá tomar as “medidas necessárias” para salvaguardar os interesses das empresas chinesas.

As três empresas de telecomunicações negoceiam em Nova Iorque há muitos anos. A China Mobile, a maior empresa de telecomunicações do país, está listada na Bolsa de Valores de Nova Iorque desde 1997, sendo que as rivais China Telecom e China Unicom negoceiam desde o início dos anos 2000.

As empresas disseram que ainda não sabem quando serão retiradas da bolsa, mas acrescentaram que estão a considerar aplicar medidas para proteger os seus direitos.

Embora as empresas de comunicação tenham ações em Nova Iorque, os seus principais negócios concentram-se na China. A Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China – o principal regulador de valores mobiliários do país – disse no domingo que o impacto direto desta decisão seria “bastante limitado no crescimento das empresas e no desempenho geral do mercado”.

“Apoiamos as três empresas para salvaguardar os seus direitos legítimos de acordo com a lei, e acreditamos que são capazes de lidar adequadamente com qualquer impacto negativo causado pela ordem executiva e possível encerramento de capital”, disse o regulador num comunicado.

O Pentágono identificou até agora 35 empresas que afirma ter ligações com militares chineses, incluindo a fabricante de chips Semiconductor Manufacturing International Corporation (SMIC) e a empresa de tecnologia Huawei. A primeira é comercializada em Hong Kong e Xangai, enquanto a Huawei é uma empresa privada.

A SMIC negou ter relações com os militares chineses e a Huawei também negou várias vezes as alegações dos EUA de que representa um risco para a segurança nacional. O próprio Ministério da Defesa da China disse no ano passado que a empresa de tecnologia não tem “histórico militar”.

A nova ordem de Trump proíbe os investidores americanos de possuir ou negociar quaisquer valores mobiliários que se originem ou estejam expostos a essas empresas. Os investidores terão até novembro de 2021 para desinvestir nas empresas.

A administração de Trump está a aumentar a pressão sobre as empresas chinesas semanas antes de o presidente eleito Joe Biden assumir o cargo na Casa Branca.

https://zap.aeiou.pt/wall-street-expulsar-chinesas-370222

 

Coreia do Norte nunca relatou casos de covid-19, mas, agora, solicitou a vacina !

A Coreia do Norte, que não relatou um único caso de coronavírus, solicitou a vacina contra a covid-19 à GAVI – Vaccine Alliance, organização que está a ajudar os países em desenvolvimento a aumentar o seu acesso à imunização.


Contudo, segundo avançou esta terça-feira o Wall Street Journal, a Gavi não se manifestou sobre o assunto. Em dezembro, a aliança – com base na Suíça – anunciou que acederia a quase dois mil milhões de doses da vacina contra o coronavírus, para 190 nações – 98 países desenvolvidos e 92 em fase de desenvolvimento.

Espera-se que a aliança forneça 1,3 mil milhões de doses, distribuídas em 2021 nas 92 economias de baixa e média receita.

A aliança, da qual a Coreia do Norte faz parte, assinou dois acordos: um com a AstraZeneca, para ter acesso a 170 milhões de doses, e outro com a Johnson & Johnson, para mais 500 milhões de doses. Sujeita às aprovações, as primeiras entregas estão previstas para começar no primeiro trimestre de 2021.

Enquanto isso, o regime do líder Kim Jong Un negou que o país tenha casos de coronavírus, apesar de testar milhares de suspeitos. No início de março, o South China Morning Post relatou que cerca de 200 soldados norte-coreanos morreram de coronavírus e outros milhares estavam em quarentena.

O país fechou as suas fronteiras e proibiu viagens internacionais no final de janeiro de 2020. As medidas para conter a disseminação do vírus incluíram a execução de um oficial, por violar as regras de quarentena aplicadas.

https://zap.aeiou.pt/coreia-norte-casos-covid-vacina-370424

 

Irão produz urânio enriquecido a 20% em instalação nuclear subterrânea e viola acordo nuclear !

Esta segunda-feira, o Irão informou ter dado início ao processo de produção de urânio enriquecido a 20% na central nuclear subterrânea de Fordo, bem acima do limite estabelecido pelo acordo internacional de 2015.


Segundo a Associated Press, a televisão estatal iraniana citou o porta-voz Ali Rabiei dizendo que o Presidente Hassan Rouhani deu a ordem para a mudança nas instalações de Fordo. “O processo de produção de urânio enriquecido a 20% começou no complexo de Shahid Alimohammadi (Fordo)”, localizado 180 quilómetros a sul de Teerão, disse.

Numa carta datada de 31 de dezembro, o Irão tinha informado a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) do seu desejo de produzir urânio enriquecido a 20%.

De acordo com o último relatório disponível da agência da ONU, publicado em novembro, Teerão enriqueceu urânio com um grau de pureza superior ao limite previsto no acordo de 2015 (3,67%), mas não havia ultrapassado o limite de 4,5%, e ainda cumpria o regime de fiscalização muito rigoroso da Agência.

Entretanto, todo este processo tem sofrido muita turbulência desde o assassínio, no final de novembro, do físico nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh.

Na sequência deste ataque atribuído pelo Irão a Israel, o parlamento iraniano aprovou uma lei polémica que pede a produção e armazenamento de “pelo menos 120 quilos por ano de urânio enriquecido a 20%” e o “fim” das inspeções da AIEA, que tem como objetivo verificar se o país pretende adquirir a bomba atómica.

O Governo iraniano opôs-se a esta iniciativa, que foi denunciada pelos demais signatários do acordo de 2015 e que em dezembro haviam apelado a Teerão para não “comprometer o futuro”.

A partir de maio de 2019, o Irão já tinha começado a libertar-se dos principais compromissos assumidos no acordo de Viena de limitar o seu programa nuclear em troca do levantamento das sanções internacionais contra o país.

Esse desvincular dos compromissos começou um ano após a retirada unilateral dos Estados Unidos, seguida pela reintrodução de pesadas sanções norte-americanas que privaram o Irão das esperadas consequências do acordo

https://zap.aeiou.pt/irao-produz-uranio-enriquecido-a-20-370355

 

CIA renova site para diversificar recrutamento de espiões !

A agência do serviço de informações dos Estados Unidos da América (CIA) lançou uma nova versão do seu portal na internet, pretendendo diversificar os quadros da agência sediada no estado da Virgínia.

“Percorremos um longo caminho desde que me candidatei, simplesmente através de uma carta que dizia ‘CIA, Washington, D.C.'”, afirmou a diretora da agência, Gina Haspel, na agência desde 1985.

Citada pela Associated Press, Haspel afirmou que espera que o novo portal estimule o interesse dos norte-americanos e lhes dê a ideia de um “ambiente dinâmico que os aguarda”.

Haspel, a primeira mulher diretora da CIA, cargo que ocupa desde maio de 2018, tornou o recrutamento como uma prioridade da agência, que desde então realizou campanhas em serviços de streaming e reforçou a sua presença nas redes sociais.

Além de Haspel, os cinco ramos da agência são liderados por mulheres, incluindo os de ciência e tecnologia, operações e inovação digital.

Durante o ano passado, a CIA nomeou Ilka Rodriguez-Dias como a primeira responsável para as relações hispânicas.

“A CIA nunca tinha estado no meu radar”, escreveu num texto publicado pelo jornal Miami Herald depois de alcançar o cargo.

“Não achava que encaixasse no perfil. No fim de contas, todos os espiões que tinha visto na televisão eram homens anglo-saxónicos da Ivy League [das principais universidades privadas norte-americanas], não latinas de Nova Jérsia”, disse então Rodriguez-Diaz, que está há mais de trinta anos na agência.

De acordo com um relatório realizado pelo gabinete do Diretor dos Serviços Nacionais de Informações, com dados de 2019, 61% dos quadros das mais de 12 agências de espionagem norte-americanas eram homens, enquanto 39% eram mulheres.

Negros ou afro-americanos (12%), hispânicos (7%) e asiáticos (4%) representavam as minorias mais presentes nestas agências.

“Mesmo com todos os desafios colocados por 2020, foi um ano de destaque para o recrutamento da CIA. Os próximos caloiros são o terceiro maior número em dez anos e representam a mais diversa reserva de talentos, incluindo pessoas com deficiências, desde 2010″, afirmou a porta-voz da CIA, Nicole de Haay, citada pela AP.

Um relatório apresentado pelo órgão responsável pela Auditoria, Avaliações e Investigações do Congresso dos Estados Unidos em dezembro apontou que a comunidade dos serviços de informações deve tomar passos para aumentar a diversidade.

O documento apontou que “nos últimos anos, a comunidade demonstrou o seu compromisso com a diversidade ao tomar passos para aumentar a proporção de mulheres, minorias éticas ou raciais e de pessoas com deficiências” nos seus quadros, mas que “ainda que algum progresso tenha sido feito”, a representação “continua abaixo dos critérios comparáveis”.

https://zap.aeiou.pt/cia-diversificar-recrutamento-espioes-370367

 

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