quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Comandante da Resistência do Uganda condenado por crimes contra a humanidade !

O Tribunal Criminal Internacional, sediado em Haia, na Holanda, condenou esta quinta-feira a criança-soldado que se tornou comandante do Exército de Resistência do Senhor (LRA) do Uganda, Dominic Ongwen, por 61 crimes de guerra e contra a humanidade.


Segundo noticiou a NPR, Ongwen, agora na faixa dos 40 anos, foi o primeiro comandante do LRA a ser julgado pela campanha de terror e violência no início dos anos 2000. Sequestrado quando tinha 10 anos, foi vítima do LRA e do senhor da guerra Joseph Kony. Apesar disso, os juízes consideraram-no culpado por 61 crimes, cometidos entre julho de 2002 e o final de 2005, em ataques contra civis, refugiados e mulheres.

O tribunal descreveu a violenta agitação que deu origem ao LRA e detalhou os crimes de Ongwen, que incluem casamento e gravidez forçada, violação, escravidão sexual e “ultrajes à dignidade” de meninas e mulheres, assassinato, tortura, apropriação de bens e recrutamento de crianças com menos de 15 anos para grupos rebeldes.

Vários ataques violentos do LRA tiveram como alvo civis que viviam em campos criados pelo governo para deslocados, no norte de Uganda, onde o grupo confiscou alimentos enviados por programas de ajuda humanitária e matou indiscriminadamente.

Depois de anunciar o veredicto, o Tribunal Criminal Internacional marcou uma audiência para meados de abril. As possíveis punições incluem pena de prisão até 30 anos e indemnização às vítimas. A prisão perpétua só seria possível se o tribunal considerar os seus crimes merecedores de “circunstâncias excepcionais”.

O julgamento de Ongwen começou em dezembro de 2016. Mais de 4.000 vítimas do LRA participaram do processo, representadas por um trio de advogados.

“Embora este caso seja importante, a reparação deve se estender às milhares de vítimas de sequestros, assassinatos e mutilações do LRA, que ainda não viram justiça pelos danos que sofreram”, disse Seif Magango, vice-diretor da Amnistia Internacional para a África Oriental, o Chifre e Grandes Lagos.

Joseph Kony continua foragido, tendo os Estados Unidos e o Uganda cancelado a sua busca pelo líder rebelde em 2017.

https://zap.aeiou.pt/comandante-resistencia-uganda-crimes-humanidade-378372

 

Homem de 22 anos pode ser primeiro caso de sucesso de transplante simultâneo de rosto e mãos !

Um homem de 22 está há seis meses a recuperar de um transplante de rosto e de mãos, uma operação raríssima e que, neste caso, está a ser considerada um sucesso por causa da recuperação positiva do paciente.

“Sabia que é com pequenos passos durante todo o caminho”, disse Joe DiMeo à Associated Press (AP). Residente em Nova Jérsia, nos Estados Unidos, DiMeo está a recuperar da intervenção cirúrgica que fez na NYU Langone Health, depois de um acidente rodoviário que o deixou com queimaduras severas.

De acordo com a Rede Unida de Partilha de Órgãos, que supervisiona o sistema de transplantes dos Estados Unidos, foram feitos 18 transplantes faciais nos Estados Unidos e 35 de mãos.

Contudo, transplantes simultâneos de rosto e mãos são extremamente raros e só ocorreram duas vezes no mundo antes de Joe DiMeo.

A primeira tentativa desta operação ocorreu em 2009, em Paris (França), mas o paciente acabou por morrer pouco mais de um mês depois por complicações relacionadas com a intervenção.

Dois anos depois, uma equipa médica de Boston, no Massachusetts, tentou repetir o procedimento numa mulher que tinha sido atacada por um chimpanzé, mas o transplante de mãos acabou por ser removido poucos dias depois.

“O facto de terem conseguido fazer isto é fenomenal”, disse Bohdan Pomahac, um cirurgião do Hospital Boston’s Brigham and Women’s que liderou a segunda tentativa em 2011.

“Sei que é incrivelmente complicado. Isto é um tremendo sucesso“, completou.

Joe DiMeo vai precisar de medicação ao longo da vida para impedir que o corpo rejeite os transplantes, assim como uma reabilitação continuada de modo a recuperar a sensibilidade e funções do novo rosto e das mãos.

Em 2018, DiMeo adormeceu enquanto conduzia, alegou, porque regressava a casa depois de um turno noturno numa empresa de testagem de fármacos, e acabou por despistar-se, acabando o veículo por se incendiar.

https://zap.aeiou.pt/transplante-simultaneo-de-rosto-e-maos-378140

Força Espacial de Trump tem apoio da Casa Branca e há consenso na gestão política do Senado

A administração democrata vai apoiar e investir na Força Espacial criada por Donald Trump. Esta quarta-feira, republicanos e democratas entenderam-se sobre gestão política do Senado.


Esta quinta-feira, a Casa Branca declarou “apoio total” para a “Força Espacial”, edificada pela administração do Presidente cessante dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump.

“[As intenções de criar uma “Força Espacial”] têm absolutamente o apoio total da administração Biden”, disse a porta-voz para a imprensa da Casa Branca, JenPsaki, quando questionada pelos jornalistas sobre se o Presidente Joe Biden apoiava este novo ramo das Forças Armadas norte-americanas ou, pelo contrário, se optaria por extinguir ou diminuir a sua intervenção.

Não vamos revisitar a decisão de estabelecer a ‘Força Espacial’”, garantiu a porta-voz, acrescentando que cabe ao Congresso norte-americano o desmantelamento deste ramo militar e, por isso, a Casa Branca não podia, mesmo que quisesse, desmantelar a “Força Espacial”.

O Departamento da Defesa, acrescentou, tem como objetivo definido o investimento de recursos para os desafios de segurança no espaço, uma preocupação bipartidária há bastante tempo. “Milhares de homens e de mulheres servem com orgulho a ‘Força Espacial’”, referiu Psaki.

A declarações da porta-voz da Casa Branca contrastam com a maneira como abordou a questão na terça-feira e que foi interpretada como um desinteresse com um tom até jocoso da Casa Branca.

“Uau. ‘Força Espacial’. É o avião de hoje”, disse a porta-voz na terça-feira, considerando que a questão sobre o modo como a administração iria lidar com uma decisão do mandato de Trump era “interessante”.

Horas mais tarde, Psaki publicou um tweet numa tentativa de reverter os efeitos das suas declarações. O congressista republicano eleito pelo Alabama Mike Rogers – que pertence ao Comité das Forças Armadas da Câmara dos Representantes – pediu que se retratasse.

A “Força Espacial” foi fundada em dezembro de 2019 como o primeiro ramo das Forças Armadas a ser criado desde que a Força Aérea foi considerada um ramo independente, em 1947. Apesar de operar independentemente, o ramo é supervisionado pela Força Aérea.

Há atualmente mais de 2.000 militares envolvidos nesta força e a intenção é expandir para 6.400 até ao final do ano.

Gestão política do Senado

Na quarta-feira, o líder da maioria democrata no Senado dos Estados Unidos, Chuck Schumer, anunciou um acordo com os republicanos para gerir politicamente a câmara alta do Congresso, que está dividida igualmente (50-50) entre os dois partidos.

O acordo termina um impasse de semanas que impediu a nova maioria democrata de avançar em alguns processos legislativos e que provocou atritos entre os dois partidos, no início da nova legislatura no Congresso.

Schumer explicou que ele e o líder republicano do Senado, Mitch McConnell, concordaram com as proporções dos comités e com outros pormenores logísticos na câmara alta do Congresso, onde cada um dos partidos tem 50 senadores e os democratas contam a vice-Presidente, Kamala Harris, para resolver com o seu voto de qualidade os eventuais empates.

Os senadores agora podem “começar a trabalhar prontamente, com os democratas a controlar a operação (…) e a lidar com as questões mais importantes”, disse Schumer.

A organização do Senado é normalmente um procedimento de rotina no início de um novo Congresso, mas, desta vez, as negociações prolongadas entre os dois partidos envolveram um jogo de poder delicado, já que os republicanos se recusaram a abrir mão do controlo sem primeiro tentar extrair dos democratas as concessões que Schumer se recusava a dar.

Em particular, McConnell queria que Schumer se comprometesse a que os democratas não acabariam com processos de obstrução legislativa, um pormenor que é vital para assegurar que o partido em minoria continua a ter alguma força no Senado.

Livrar-se desta ferramenta de procedimento tornaria mais fácil para a nova maioria aprovar a agenda do Presidente até um limite de 51 votos, em vez dos 60 votos normalmente necessários para avançar com os projetos.

O acordo – que aguarda aprovação em votação no Senado – implica que os democratas podem assumir o controlo dos comités e iniciar outros processos que foram paralisados durante os eventuais impasses.

https://zap.aeiou.pt/forca-espacial-trump-apoio-da-casa-branca-ha-consenso-na-gestao-politica-do-senado-378209

 

Dinamarca vai criar “passaportes de vacinação” - Reino Unido testa mistura de diferentes vacinas !

A Dinamarca vai ser o primeiro país a desenvolver um passaporte digital que comprova a vacinação contra a covid-19. O Reino Unido decidiu avançar com uma experiência cujo intuito é vacinar um grupo de pessoas com diferentes vacinas na primeira e na segunda doses.


Morten Boedskov, ministro das Finanças dinamarquês, anunciou esta quarta-feira que “dentro de três ou quatro meses um passaporte digital covid-19 vai estar disponível para ser usado, por exemplo, em viagens de negócios”. A iniciativa visa facilitar o processo de viajar e aliviar a pressão das restrições à vida pública.

“É absolutamente crucial para nós que seja possível reiniciar a sociedade dinamarquesa, para que as empresas possam voltar ao normal. Muitas são empresas globais com o mundo inteiro como mercado”, acrescentou o governante durante uma conferência de imprensa.

A Renascença escreve que, antes do final de fevereiro, os cidadãos dinamarqueses podem começar a ver num site a confirmação oficial de que foram vacinados. “Será através deste passaporte extra, que estará disponível no telemóvel, que será possível documentar que foram vacinados”, disse Boedskov.

A Comissão Europeia tem vindo a ponderar propostas de emissão de certificados de vacinação, mas o braço executivo da UE afirmou que, por agora, tais certificados só seriam utilizados para fins médicos (para monitorizar os possíveis efeitos adversos das vacinas, por exemplo).

O governo dinamarquês adiantou ainda que decidirá posteriormente se o passaporte digital deve ser utilizado para outros fins que não viagens para ajudar a reabrir a vida pública.

Reino Unido testa mistura de diferentes vacinas

A BBC avança, esta quinta-feira, que o Reino Unido decidiu vacinar um grupo de pessoas com diferentes vacinas contra a covid-19 na primeira e na segunda doses. O objetivo é perceber se a técnica funciona e, em caso positivo, ter mais flexibilidade na vacinação.

Além disso, de acordo com a tese dos cientistas, a possibilidade da inoculação com dois tipos de vacinas distintos pode oferecer ainda maior proteção aos cidadãos. No entanto, estes testes não mudam, para já e até ao verão, o plano de vacinação em curso no país.

Alguns voluntários vão receber a vacina Oxford/AstraZeneca, seguida da vacina Pfizer/BioNTech, enquanto outros farão o processo inverso, sempre com quatro ou 12 semanas de intervalo. Há ainda a possibilidade de novas vacinas serem adicionadas a este estudo à medida que forem aprovadas pelos reguladores.

A investigação recebeu, segundo a emissora britânica, o investimento de sete milhões de libras (quase oito milhões de euros) por parte do Governo e deverá envolver mais de 800 voluntários com mais de 50 anos.

Sinovac solicita autorização na China

A farmacêutica chinesa Sinovac solicitou à Administração Nacional de Produtos Médicos da China “autorização comercial condicional” para a sua vacina contra a covid-19, designada CoronaVac, informou esta quinta-feira a empresa em comunicado.

Segundo a nota, o antígeno já foi fornecido a “dezenas de milhares de pessoas na China” como parte de um programa de uso de emergência, lançado em julho passado, e que visou grupos específicos com alto risco de infeção.

“Catorze dias após a vacinação das duas doses, a taxa de eficácia está de acordo com os padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS) e as diretrizes para avaliação clínica de vacinas preventivas para a covid-19 emitidas pela Administração Nacional de Produtos Médicos”, assegurou a Sinovac.

“A vacina candidata foi testada em ensaios clínicos da fase 3, realizados fora da China. Os resultados preliminares desses testes mostraram um bom perfil de segurança para a vacina”, acrescentou a empresa.

Os ensaios revelaram diferentes taxas de eficácia para a vacina da Sinovac: na Turquia, os testes revelaram uma eficácia de 91,25%, na Indonésia, de 65,3%, e no Brasil de 50,4%.

No mês passado, as autoridades chinesas autorizaram, pela primeira vez, o uso comercial de uma vacina contra a covid-19, desenvolvida pela farmacêutica Sinopharm e pela sua subsidiária, o Instituto de Produtos Biológicos de Pequim.

Bruxelas tenta melhorar a cooperação com farmacêuticas

De acordo com o Expresso, a Comissão Europeia está a tentar melhorar a comunicação e a cooperação com as farmacêuticas e avançou com a criação de um grupo de trabalho liderado pelo comissário Thierry Breton.

“Há que garantir que os problemas são comunicados e depois vemos como podemos ajudar”, afirmou Breton, em entrevista a um grupo de correspondentes em Bruxelas.

O comissário garantiu que conseguirá articular-se com a indústria farmacêutica para ajudar a acelerar a produção de vacinas e garantir que as doses contratualizadas chegam aos 27 Estados Membros.

“Ninguém tem a experiência de aumentar a produção de forma tão rápida”, disse, referindo-se desde logo à BioNTech, Moderna e AstraZeneca, com quem a Comissão fechou contratos e cujas vacinas já têm autorização da Agência Europeia de Medicamentos.

https://zap.aeiou.pt/dinamarca-passaportes-misturar-vacinas-378213

 

Bryan ganhou a lotaria pela sexta vez. O prémio já tem destino !

 

Um comerciante do Idaho, nos Estados Unidos, surpreendeu todos depois de conseguir ganhar a lotaria seis vezes. A sua mais recente conquista foi um prémio de 250 mil dólares.

Bryan Moss, norte americano residente em Meridian, no Idaho, ganhou 250 mil dólares na Lottery Scratch Game na quinta-feira, confirmaram os funcionários da lotaria de Idaho num comunicado à imprensa.

Contudo, não é a quantia ganha que está a causar espanto, mas sim o facto de esta ser a sexta vez que o norte-americano conquista um prémio considerado “alto”, apostando sempre no mesmo jogo estadual. Ainda assim, de acordo o The Independent, este é o valor mais “redondo” que Bryan Moss consegue levar para casa.

Bryan, agora conhecido pela sua sorte ao jogo, admitiu que joga regularmente na lotaria do Idaho, e que o faz por uma razão muito especial: é que as apostas no jogo revertem a favor de escolas locais.

“Tenho orgulho de ajudar a apoiar as escolas públicas de Idaho, é mesmo por isso que jogo”, frisou Moss, que é dono de uma loja de artigos de saúde em Meridian. Radiante, Moss partilhou ainda uma foto da sua conquista no Facebook.

O comerciante revela que o prémio que ganhou já tem um destino. A ideia de Moss é guardar o dinheiro para que mais tarde este seja aplicado na educação da sua filha.

O bilhete premiado foi comprado no ExtraMile em Eagle Road, em Meridian, que irá agora receber um bónus 20 mil dólares pela venda do bilhete vencedor.

A lotaria de Idaho começou a 19 de julho de 1989 e já distribuiu 961,5 milhões de dólares para ajudar escolas e edifícios públicos da cidade.

Também já deu mais de 2,6 mil milhões de dólares em prémios aos jogadores. Até agora, a pessoa que conseguiu receber o valor mais alto foi Brad Duke of Star, que ganhou um jackpot  de 220 milhões de dólares em 2005.

https://zap.aeiou.pt/homem-ganha-loteria-pela-sexta-vez-378116

Los Angeles pagou 62 milhões por testes de covid-19 que está a usar incorretamente

Los Angeles gastou pelo menos 62 milhões de dólares em testes covid que está a usar incorretamente. Os kits da Curative têm um grande risco de apresentar falsos negativos.


Nos primeiros meses da pandemia, a cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos, gastou mais de 62 milhões de dólares em testes de diagnóstico da covid-19. O problema é que estes kits eram amplamente usados contra as indicações da Food and Drug Administration (FDA), a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos.

Em menos de um ano, a startup Curative passou de um estado de anonimato para um dos maiores fornecedores de testes de coronavírus nos Estados Unidos. A empresa diz ser responsável por cerca de 10% dos testes realizados em todo o país.

No entanto, a FDA avisou que os testes da Curative correm “o risco de resultados falsos, particularmente falsos negativos“. A agência advertiu que estes testes só devem ser administrados a pessoas com sintomas de covid-19 e sob a supervisão de profissionais de saúde.

“Um falso negativo é realmente muito perigoso do ponto de vista de saúde pública”, disse ao Motherboard Jessica Malaty Rivera, do COVID Tracking Project, uma organização dedicada a rastrear e compreender a covid-19. “Quando temos pessoas infetadas que andam por aí sem saber, com ou sem sintomas, esse é o pior cenário para compreender a doença”.

Os testes da Curative foram a primeira arma da cidade de Los Angeles para qualquer pessoa suspeita de ter estado exposta ao coronavírus. Num artigo publicado no dia 28 de abril do ano passado, o Los Angeles Times escreveu um artigo com o seguinte título: “L.A. está a usar um teste simplificado de coronavírus. Mas tem potenciais riscos e benefícios”.

“Se a abordagem da Curative funcionar, ela pode inaugurar uma forma muito mais simplificada de testes em todo o país, num momento em que contar o número de infetados é essencial para reabrir a economia. Mas se a abordagem acabar por ser menos precisa do que outras, isto pode significar que algumas das medições que rastreiam a extensão do surto são mais confusas do que as conhecidas anteriormente”, lê-se no artigo.

Até junho do ano passado, as faturas mostram que Los Angeles gastou 62 milhões de dólares em testes da Curative. Apesar dos pedidos do portal Motherboard, o governo municipal de Los Angeles não divulgou os recibos dos meses em diante.

Entretanto, vários especialistas alertavam para o facto de os testes estarem a ser feitos sem se seguir as indicações homologadas pelo fabricante.

Existem vários motivos pelos quais um teste pode dar um falso negativo, de acordo com Malaty Rivera, mas provavelmente resume-se a uma má amostra. Isto acontece fundamentalmente quando a recolha não é supervisionada de perto por um profissional de saúde. Uma zaragatoa oral, o método amplamente usado pela Curative, tem menos probabilidade de obter uma boa amostra do que uma zaragatoa nasal, realça ainda a VICE.

“É o médico que faz o pedido – não é um funcionário da Curative, mas um funcionário do órgão de saúde pública ou um médico de telemedicina – quem determina se deve ou não prescrever um teste”, disse um porta-voz da Curative.

O porta-voz passou ainda a responsabilidade para o “médico solicitante” por informar às pessoas que um teste negativo não significa necessariamente que a pessoa não tem covid, embora os testes sejam agendados através do site da Curative.

https://zap.aeiou.pt/los-angeles-testes-covid-usar-mal-377722

 

AutoX lança serviço de robôtáxi sem motorista em Shenzhen !

No ano passado, a AutoX firmou uma parceria com a Alibaba para testar robôtáxis com motorista e abriu o serviço ao público. Agora, a empresa lançou o seu primeiro serviço de táxis robóticos sem motorista em Shenzhen, na China.

A AutoX foi a primeira empresa a fornecer viagens em veículos totalmente autónomos, sem motorista ao volante, na cidade chinesa de Shenzhen. Depois de vários meses de testes, o objetivo da empresa é demonstrar as capacidades do seu táxi robótico em condições do mundo real.

O projeto piloto usa um Chrysler Pacifica modificado como táxi, e nele é possível viajar pela cidade sem a presença de um motorista. Para usufruir desta viagem, os cidadãos só precisam de se registarem e serem aprovados para o programa piloto da empresa. Assim que o fizerem, chamar um robôtáxi será tão fácil quanto abrir a app da AutoX.

Segundo o New Atlas, o veículo é capaz de alcançar o nível 4/5 de autonomia graças a uma combinação de câmaras de alta resolução, sensores LiDAR e radares de longo alcance, além do software de direção automática desenvolvido pela empresa.

Além de autónomo, o carro é capaz de enfrentar com alguma facilidade a maioria dos obstáculos básicos, como pedestres e semáforos.

A qualquer momento da viagem, os passageiros podem entrar em contacto com a equipa de apoio ao cliente da AutoX, se precisarem de ajuda ou assistência na estrada.

Os serviços de robôtáxi são ainda muito raros. Para uma distribuição mais ampla deste serviço, será necessário aprimorar não só as tecnologias utilizadas, como também introduzir mudanças no Código da Estrada.

Apesar disso, este recurso pode ser bastante útil. A pandemia de covid-19 aumentou o risco das viagens de táxi comuns, pelo que tornar os táxis robóticos uma das opções mais seguras para pessoas que não possuem automóvel pode mesmo revolucionar o meio dos transportes.

https://zap.aeiou.pt/autox-robotaxi-em-shenzhen-376973

“Emboscadas” - Hong Kong recorre a estratégia polémica para travar contágios !

O Governo de Hong Kong está a recorrer a uma estratégia polémica para evitar a propagação do coronavírus, numa altura em que o país é assolado por uma quarta onda da pandemia. Oficialmente, chamam-lhe “confinamento inesperado”, mas há quem diga que são autênticas “emboscadas”.


Nos últimos dias, as autoridades policiais de Hong Kong têm surgido de surpresa em áreas residenciais onde se tem registado um aumento dos casos de covid-19, com o intuito de bloquear todas as saídas e entradas nessas zonas.

Há imagens nas redes sociais que mostram agentes da polícia a correrem pela rua, usando uma fita para delimitar zonas e pessoas para a realização de testes de despistagem.

O Governo liderado por Carrie Lam fala em “confinamento inesperado”, mas há muita gente a referir-se a esta estratégia como “bloqueios emboscada”.

Além do isolamento e da retenção de pessoas, sem qualquer aviso prévio, há relatos de quem tenha sido fechado à chave em casa.

Os cidadãos são obrigados a fazer um teste de diagnóstico à covid-19 ou têm de pagar multas de 645 dólares.

Surgiram relatos de pessoas que se esconderam em casa, não abrindo a porta à polícia.

Mas o Governo já avisou que as autoridades podem “remover indivíduos” e recorrer a um juiz para obter um mandato para “invadir e entrar à força” numa residência, como cita a Rádio Televisão Hong Kong (RTHK).

“O Governo continuará a restringir todas as pessoas de entrar ou sair das instalações relevantes, conforme prescrito por lei” e também “providenciará a colocação de guardas de segurança, se necessário”, refere um comunicado do Executivo citado pela RTHK.

Além disso, o Governo alerta que as pessoas implicadas em eventuais casos de recusa em obedecer às ordens das autoridades, serão consideradas “responsáveis pelas despesas incorridas” no seguimento dessa atitude.

A chefe do Governo de Hong Kong, Carrie Lam, já veio notar que esta estratégia “vale muito a pena” no âmbito da “política de prevenção da infecção”.

Contudo, o número de infectados detectados nestes raides policiais surpresa tem sido escasso.

No passado fim-de-semana, um dos bloqueios terá diagnosticado apenas 13 infecções em 7 mil testes realizados.

Apesar disso, o vice-chefe do Governo, Matthew Cheung, já veio alertar que haverá confinamentos “mais amplos e mais frequentes” nos próximos dias, perante a chegada do Ano Novo chinês na próxima semana.

Até agora, o território de 7,5 milhões de habitantes teve apenas cerca de 10 mil casos de infecção e à volta de 170 mortes.

https://zap.aeiou.pt/emboscadas-hong-kong-polemica-378045

 

Elon Musk pôs um chip no cérebro de um macaco que começou a jogar videojogos com a mente !

O empresário milionário Elon Musk anunciou que uma das suas startups colocou um chip no cérebro de um macaco e que, agora, o animal é capaz de jogar videojogos com a mente.

O anúncio foi feito no Clubhouse, uma aplicação social privada onde os utilizadores hospedam conversas informais de improviso.

Embora a plataforma seja apenas destinada a chamadas em conferência, conta com cerca de cinco milhões de utilizadores, um salto comparativamente aos três milhões que tinha 10 dias antes do anúncio de Musk.

Na aplicação, questionado sobre os últimos desenvolvimentos da Neuralink – uma empresa de investigação médica que está a trabalhar num dispositivo para fornecer uma ligação direta entre um computador e um chip inserido no cérebro -, Elon Musk disse que foi colocado um chip no cérebro de um macaco, que, agora, é capaz de jogar videojogos com a mente.

“Temos um macaco com um implante sem fios no seu crânio que consegue jogar videojogos com a mente”, afirmou Musk, citado pelo Bloomberg.

“Não se consegue ver onde está o implante e é um macaco feliz. Temos as melhores instalações para macacos do mundo. Queremos que joguem mind-Pong um com o outro”, disse Musk, acrescentando que os vídeos dos macacos com os chips seriam divulgados em breve – talvez um mês.

Esta não é a primeira vez que a Neuralink coloca chips nos cérebros de animais. Em agosto, o chip de um computador da empresa foi inserido no cérebro de um porco e usado para transmitir a atividade neural do animal em tempo real.

A Neuralink nasceu em 2016 como uma empresa de investigação médica na Califórnia e, entretanto, já angariou mais de 150 milhões de investidores, cerca de 100 milhões diretamente de Musk, e pretende, no futuro, oferecer melhorias cibernéticas às pessoas.

Em 2019, Musk disse que a empresa estava a trabalhar num dispositivo “semelhante a uma máquina de costura” que forneceria uma ligação direta entre um computador e um chip inserido no cérebro.

O dispositivo assemelha-se a uma moeda com fios extremamente finos a sair de um dos lados e foi projetado para ser implantado no crânio, com os fios inseridos alguns milímetros na superfície do cérebro. Esses fios podem detetar quando os neurónios estão a disparar ou mesmo emitir os seus próprios sinais elétricos, para fazer os neurónios dispararem.

A esperança é que estes pequenos dispositivos consigam ler e escrever sinais de neurónios, ajudando a tratar problemas médicos com origem no cérebro e na coluna e, talvez, permitir que humanos integrem computadores nos seus cérebros num futuro distante.

Em maio, Musk disse que a Neuralink pode tornar a linguagem humana obsoleta em 5 a 10 anos. No início de julho, o empresário sugeriu que o chip da Neuralink será capaz de curar a depressão e o vício, “treinando” as partes do cérebro responsáveis.

Em agosto, o empresário afirmou ainda que a instalação de um chip no cérebro pode ser capaz de resolver vários problemas, como a perda de audição, visão e movimentos.

https://zap.aeiou.pt/musk-chip-cerebro-macaco-videojogos-377632

 

 

Estado francês condenado por falhar no combate à crise climática !

Um tribunal de Paris condenou o Estado francês por não cumprir as suas promessas de controlar as emissões de gases de efeito estufa, que visam combater o aquecimento global.


O processo em causa foi movido por quatro Organizações Não-Governamentais (ONG’s) francesas, após uma petição assinada por 2,3 milhões de pessoas, avançou esta quarta-feira o Guardian.

“Esta é uma vitória histórica para a justiça climática. A decisão não só leva em consideração o que os cientistas dizem e o que as pessoas querem das políticas públicas francesas, mas também deve inspirar as pessoas em todo o mundo a responsabilizar os seus governos pelas mudanças climáticas”, disse o diretor-executivo da Greenpeace França, Jean-François Julliard.

O responsável referiu que esta decisão seria usada para pressionar o Estado francês a agir contra a emergência climática. “Chega de blá, blá, blá”, acrescentou.

Já a diretora da Notre Affaire à Tous, Cécilia Rinaudo, indicou que esta foi uma “vitória enorme” para os ativistas do clima de todo o mundo. “É uma vitória para todas as pessoas que já enfrentam o impacto devastador da crise climática que os nossos líderes não conseguem enfrentar. Chegou a hora de justiça”, sublinhou.

“Esta ação judicial reuniu milhões de pessoas numa luta comum: a luta pelo nosso futuro. A decisão histórica do juiz prova que a inação climática da França não é mais tolerável, é ilegal. Mas a luta não acabou. Reconhecer a inação do Estado é apenas um primeiro passo para a implementação de medidas concretas e eficientes para combater as mudanças climáticas”, frisou ainda.

O tribunal decidiu que a compensação por “danos ecológicos” era admissível e declarou que o Estado “deveria ser responsabilizado por parte desses danos caso não tenha cumprido os seus compromissos em reduzir as emissões de gases de efeito estufa”. Os requerentes, estabeleceu ainda a Justiça, devem ser indemnizados “em espécie”.

Foi concedido a cada organização o valor simbólico de um euro por “preconceito moral”, com o tribunal a determinar que o fracasso do Estado em honrar os seus compromissos climáticos era “prejudicial para o interesse coletivo”.

O julgamento de quarta-feira foi considerado “revolucionário” pelas quatro ONGs, que apresentaram a queixa formal ao gabinete do primeiro-ministro francês em dezembro de 2018. Quando receberam o que consideraram uma resposta inadequada, entraram com um processo legal, em março de 2019.

O acordo de Paris, assinado há cinco anos, visa limitar o aquecimento global a menos de 2º C acima dos níveis pré-industriais. O ex- Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, retirou o país do acordo em 2017, mas o eleito Joe Biden planeia voltar.

O governo francês se comprometeu a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 40% até 2030, atingindo a neutralidade de carbono até 2050.

As ONGs defenderam que o Estado está a exceder os limites de carbono e não está se mover o suficiente para renovar os edifícios e torná-los eficientes a nível energético, fatores que têm impacto na qualidade de vida diária e na saúde da população.

As emissões de gases de efeito estufa da França caíram 0,9% em 2018-19, quando a queda anual necessária para atingir as suas metas seria de 1,5% até 2025 e 3,2% após esse ano.

Em sua defesa, o Governo francês rejeitou as acusações de inação e pediu ao tribunal que rejeitasse qualquer pedido de indemnização, argumentando que o Estado não poderia ser considerado o único responsável pelas alterações climáticas visto que também não é responsável por todas as emissões de gases de efeito de estufa.

https://zap.aeiou.pt/estado-frances-condenado-combate-crise-climatica-378089

Relatório revela que mulheres eram sistematicamente violadas e torturadas em campos de “reeducação” uigures !

Mulheres detidas em campos de “reeducação” uigures, na província chinesa de Xinjiang, têm sofrido violação, abuso sexual e tortura, revelou um novo relatório, que inclui depoimentos de algumas das vítimas.


Como relatou a BBC esta quarta-feira, várias ex-reclusas e um guarda relataram as experiências e o que viram nesses campos, que a China tem insistido servirem para “reeducar” os uigures e outras minorias.

Para Adrian Zenz, especialista em políticas chinesas em Xinjiang, os relatos das vítimas são “das evidências mais terríveis” que já ouviu “desde o início das atrocidades”. “Isto confirma o pior” e “fornece evidências confiáveis ​​e detalhadas de abuso sexual e tortura, num nível claramente maior do que o que havíamos presumido”, referiu.

Uma das ex-reclusas, Tursunay Ziawudun, disse que durante nove meses foi torturada em três ocasiões, por dois ou três homens de cada vez. Gulzira Auelkhan, detida por 18 meses, foi forçada a despir outras mulheres e a agarrá-las “para que não se mexessem”, indicando que havia um sistema de violação organizado nos campos.

A China tem sido sistematicamente criticada pelo tratamento aos uigures muçulmanos. Em janeiro, o governo norte-americano acusou o Partido Comunista Chinês (PCC) de genocídio e crimes contra a humanidade, devido à “prisão arbitrária” de mais de um milhão de pessoas, tortura e trabalhos forçados.

No ano passado, Adrian Zenz publicou um relatório no qual acusava a China de utilizar a esterilização e o aborto forçados e o planeamento familiar coercitivo contra a minoria muçulmana – alegações que Pequim afirmou serem infundadas e falsas.

O relatório foi corroborado por Tursunay Ziawudun, que contou à BBC que as mulheres detidas foram forçadas a usar o DIU (dispositivo intrauterino) ou a serem esterilizadas, tendo ainda sido submetidas a “exames médicos inexplicáveis” e obrigadas a tomar comprimidos e ‘vacinas’ a cada 15 dias, que “causavam náuseas e dormência”.

Um guarda, que falou à BBC sob anonimato, revelou que os detidos, levados pelo próprio para o campo, “sofreram vários tipos de tortura”. Embora tenha indicado nada saber sobre as violações, apontou para tortura recorrente.

O porta-voz do Ministério das Relações Externas, Wang Wenbin, negou os depoimentos incluídos no relatório, dizendo à Reuters que “não têm base factual” e acusando os entrevistados pela BBC de “atores que disseminam informações falsas”.

Pequim negou e rejeitou as acusações de abuso nos campos de “reeducação” e disse que o seu objetivo é fornecer treino vocacional e ajudar a erradicar o extremismo e o separatismo islâmico, discurso reforçado num comunicado enviado à BBC.

https://zap.aeiou.pt/mulheres-violadas-campos-uigures-378035

 

Emirados Árabes Unidos estão a criar um “Tribunal Espacial” para disputas judiciais fora da Terra !

Os Emirados Árabes Unidos estão a criar um “Tribunal Espacial” que ficará responsável de lidar com disputas judiciais fora do nosso planeta.


À medida que mais países tornam os olhos para o Espaço, a perspetiva de disputas diplomáticas e/ou comerciais fora da Terra parece cada vez mais palpável.  Foi nesta conjuntura que foi criada a Força Espacial dos Estados Unidos, com o objetivo de resolver possíveis conflitos futuros além do domínio do nosso planeta.

Agora, conta o Mashable, os Emirados Árabes Unidos decidiram criar um “Tribunal Espacial” para resolver disputas judiciais relacionadas com o Espaço. Na segunda-feira passda, o Dubai lançou a iniciativa The Courts of Space como uma parceria entre o Dubai International Financial Centre (DIFC) e a Dubai Future Foundation.

Outrora um domínio ocupado exclusivamente por agências nacionais e instituições governamentais, a lei espacial tem sido tradicionalmente regida por uma série de convenções, incluindo o Tratado do Espaço Exterior da ONU de 1967 e vários outros acordos entre nações para regular as suas operações no Espaço.

Porém, as coisas mudaram. Nos últimos anos, as viagens espaciais deixaram de ser uma arena para os Governos e abriram-se a empresas privadas que procuram comercializar voos espaciais em grande escala.

Com os Emirados Árabes Unidos a procurar envolver-se mais fortemente em atividades astronáuticas, a iniciativa Courts of Space servirá para lidar com quaisquer desentendimentos futuros que envolvam empresas de voos espaciais comerciais. Algumas dessas disputas podem ser, por exemplo, colisões entre naves espaciais e desentendimentos sobre a compra de satélites.

“Uma indústria espacial integrada, apoiada por recursos humanos, infraestrutura e investigação científica, está em andamento”, disse Zaki Azmi, chefe de Justiça dos Tribunais DIFC, em comunicado. “The Courts of Space é uma iniciativa global que operará em paralelo, ajudando a construir uma nova rede de apoio judicial para atender às rigorosas demandas comerciais da exploração espacial internacional no século XXI.”

Embora os tribunais do DIFC tenham presidido muitas disputas comerciais estrangeiras, nenhum deles teve a especialidade de arbitrar questões relacionadas com o Espaço até agora.

O envolvimento dos Emirados Árabes Unidos na exploração espacial tem crescido significativamente nos últimos anos, com a sua sonda “Hope” esperada para chegar a Marte no início de fevereiro de 2021, após o sucesso de enviar o seu primeiro astronauta ao Espaço em 2019.

Esses eventos foram a força motriz por trás da decisão de criar os Tribunais Espaciais. “Isto foi para nós uma revelação de que precisamos de fornecer aos Emirados Árabes Unidos a infraestrutura certa”, disse Amna Al Owais, registadora chefe nos Tribunais DIFC. “Queremos definir o cenário em termos do que os tribunais podem fazer. Acreditamos que haverá um grande apetite por isso.”

Os Tribunais Espaciais serão abertos a empresas e instituições locais e estrangeiras e será uma das opções para resolver oficialmente divergências num ambiente neutro. Embora o tribunal trate de questões relacionadas com o Espaço, o próprio tribunal estará sediado nos Tribunais DIFC.

https://zap.aeiou.pt/dubai-esta-criar-um-tribunal-espacial-disputas-judiciais-da-terra-377665

China envia 10 milhões de doses da vacina a países em desenvolvimento !

A China anunciou esta quarta-feira um plano para fornecer 10 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus aos países em desenvolvimento, através da iniciativa COVAX.


O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin, afirmou que a China está a responder a um pedido da Organização Mundial da Saúde (OMS), enquanto os países em desenvolvimento procuram suprir a escassez de vacinas.

Wang considerou que a iniciativa constitui uma “importante decisão política” da China, para garantir a distribuição equitativa de vacinas e promover a cooperação internacional nos esforços contra a pandemia.

A COVAX, programa coordenado pela OMS e pela Aliança Global para as Vacinas (GAVI), visa garantir que os países de baixo e médio rendimento tenham vacinas contra o coronavírus suficientes, já que as nações ricas absorveram a totalidade dos primeiras milhões de doses produzidas.

“Esperamos que os países da comunidade internacional com capacidade entrem em ação, apoiem a COVAX por meio de ações práticas, apoiem o trabalho da Organização Mundial da Saúde, ajudem os países em desenvolvimento na obtenção de vacinas em tempo útil e contribuam para a sociedade internacional vencer a pandemia o mais cedo possível”, afirmou Wang, em conferência de imprensa.

A China já exportou grandes quantidades de vacinas desenvolvidas internamente para os países em desenvolvimento e a OMS está em processo de aprovação de vacinas chinesas para uso de emergência.

Isto é visto como uma tentativa de aumentar a reputação da China, face a preocupações sobre a sua crescente influência militar e económica além-fronteiras.

A China também quer evitar críticas sobre a forma como lidou com os estágios iniciais do surto de covid-19, inicialmente detetado na cidade de Wuhan, no centro do país, no final de 2019.

Embora as vacinas chinesas sejam consideradas uma alternativa mais barata e possivelmente mais abundante, farmacêuticas internacionais também estão a fornecer vacinas através da COVAX.

A norte-americana Pfizer comprometeu-se, no mês passado, a disponibilizar até 40 milhões de doses da sua vacina este ano.

https://zap.aeiou.pt/china-envia-doses-vacina-378039

 

Países europeus estão a forçar refugiados a passar por labirintos de regras prejudiciais !

Alguns países europeus, embora se mostrem acolhedores perante os refugiados, obrigam-nos a passar por um labirinto de burocracia e regras prejudiciais.


Quando pensamos nas jornadas cansativas que os refugiados muitas vezes fazem para chegar à Europa, as nossas mentes costumam regressar a 2015, quando mais de um milhão de pessoas fugiram do perigo em busca de uma vida melhor.

Para muitos refugiados, destinos no norte da Europa, como Alemanha e Suécia, eram o derradeiro objetivo. Dizia-se que nesses Estados sociais, a estabilidade, a democracia e os direitos humanos que procuravam trariam novos começos e sonhos realizados.

No entanto, chegar a estes países costumava revelar uma realidade diferente. As respostas oficiais do Governo aos refugiados, muitos dos quais escaparam de guerras em países como Síria, Afeganistão e Iraque, foram um tanto hostis.

Num livro recentemente publicado, “Refugees and the Violence of Welfare Bureaucracies in Northern Europe”, investigadores analisaram como é que os refugiados são tratados pelos Estados sociais e os resultados dessa hospitalidade nas suas vidas e experiências.

Uma das colaboradoras, Wendy Pearlman, entrevistou Mahmoud, um jovem engenheiro de Damasco que vivia na Alemanha, que fugiu da Síria e encontrou subemprego e exploração na Turquia. Quando questionado sobre por que decidiu arriscar a vida e mudar-se para a Europa, ele explicou a sua escolha da Alemanha como destino:

“Ouvi dizer que aqui a educação é quase gratuita. Eles ensinam-te a língua, põe-te numa casa e assim por diante… Então eu decidi que ou vivo em humilhação na Turquia ou agarro o meu futuro na Alemanha”.

Então, o que aconteceu com os refugiados que chegaram ao norte da Europa? Quais foram as suas experiências e tiveram eles uma vida melhor como esperavam?

Refugiados vistos como um risco

O trabalho dos autores do livro na Suécia, Dinamarca, Noruega, Alemanha e Reino Unido mostrou que os Estados sociais viam os refugiados como um risco que deveria ser controlado através de uma série de intervenções. Isto significa que, apesar de receberem asilo, muitos refugiados enfrentam obstáculos que geram frustrações e até desespero.

Os autores viram como os Estados sociais mantêm um alto nível de disciplina e controlo sobre a vida das pessoas, especialmente os refugiados recém-chegados. Casos na Dinamarca, no Reino Unido e na Suécia fornecem exemplos de uso mais óbvio de força física na detenção e deportação de migrantes.

Em Portugal, há o caso de Ihor Homeniuk, o migrante ucraniano alegadamente morto por inspetores do SEF num centro de detenção do aeroporto de Lisboa.

Na Dinamarca, Suécia e Reino Unido, as mulheres que já foram vítimas de violência doméstica nos seus países de origem são presas e removidas para centros de detenção quando os seus casos de asilo são recusados. Incapazes de cozinhar a sua própria comida nos centros de detenção dinamarqueses ou mesmo de sair das instalações (mesmo quando têm o direito legal), as mulheres que falaram com a coautora Victoria Canning não conseguiram encontrar alegria nas poucas atividades disponíveis para elas.

Diferentes instituições impõem limitações e regulamentos relativos ao acesso ao ensino superior, trabalho, habitação e mobilidade. Tudo isto tem efeitos duradouros na vida dos refugiados e forçam-nos a uma posição de subordinação.

Os efeitos da espera

Talvez uma das partes mais frustrantes da experiência do refugiado seja a inação. Refugiados passam por adiamentos de duração indeterminada antes de começarem a procurar um emprego ou estudar.

Observando as experiências de refugiados palestinianos e sírios na Suécia e na Alemanha, respetivamente, os autores encontraram obstáculos significativos para entrar no mercado de trabalho. Os refugiados com quem falaram descreveram requisitos extensos para programas de integração, certificação oficial de diplomas e estágios.

Esses obstáculos forçam os refugiados a desistir dos seus sonhos. Um número considerável de pessoas conseguiu asilo e autorizações de residência na Noruega, mas estão presas durante anos em centros de asilo, incapazes de iniciar cursos de línguas, reunir-se com as famílias ou procurar emprego. Em vez disso, esperam que um município os receba.

Embora sejam forçados a esperar, muitas vezes acabam por sentir-se impotentes e sem valor. Em diferentes casos, não é apenas o longo processo de asilo que suspende a sua vida, mas também esperar que as instituições governamentais considerem os refugiados capazes de começar uma nova vida.

Refugiados são bem vindos?

As interações do dia-a-dia com representantes do Estado, como polícias e agentes de imigração e assistentes sociais, lembram aos refugiados que eles são vistos como uma imposição ao Estado social, ao mesmo tempo que lhes é negada a capacidade de se tornarem membros contribuintes para ele.

Numa entrevista, o coordenador nacional de uma organização de apoio a mulheres refugiadas no Reino Unido disse a uma das autoras:

“O ‘ethos’ do sistema de asilo… desde dispersar as pessoas, ou dar-lhes pequenas quantias de dinheiro, a não deixá-las trabalhar, a deter pessoas – parece muito claro que em todas essas fases do processo de asilo vemos um sistema que não quer que essas pessoas estejam aqui”.

Encontros entre representantes do Estado e recém-chegados destacam a diferença entre as suposições dos refugiados sobre um norte da Europa relativamente acolhedor e as realidades de leis e regulamentos restritivos, processos de asilo demorados, programas de integração condescendentes, para não mencionar um debate público geralmente hostil.

https://zap.aeiou.pt/paises-europeus-estao-forcar-refugiados-passar-labirintos-regras-prejudiciais-377325

 

Covid-19 e emergência climática revertem décadas na redução da pobreza extrema

Duas décadas de progresso na redução da pobreza extrema – cuja eliminação é uma das metas de desenvolvimento sustentável – foram revertidas devido ao impacto da pandemia da covid-19, à crescente emergência climática e ao aumento do endividamento dos países.


De acordo com um artigo do Guardian, divulgado esta quarta-feira, o Banco Mundial já havia alertado para um “aumento sem precedentes” nos níveis de pobreza. Apelando ao perdão da dívida, os especialistas apontaram para uma crise em várias áreas nos próximos anos, desde a educação ao emprego. Em janeiro, o número de pessoas na pobreza extrema calculado pela organização passou de 88 a 115 milhões para 119 a 124 milhões.

A pobreza global tem visto um declínio desde 1960, quando cerca de 80% da população mundial vivia em pobreza extrema. Atualmente, esse número foi reduzido para cerca de 10%. Contudo, em 2021, este deve aumentar, revelaram os especialistas.

Nos últimos meses, a crise foi sinalizada em vários relatórios, que apontam indicadores que vão desde a taxa de evasão na educação no mundo em desenvolvimento até à queda dos salários e ao aumento do desemprego, em grande parte impulsionado pela pandemia, que levou ao encerramento de postos de trabalho, escolas e fronteiras.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) informou que os trabalhadores perderam 3,7 biliões de dólares (cerca de 3 biliões de euros) durante a pandemia. No seu relatório anual, indicou que os ordenados caíram ou cresceram mais lentamente nos seis primeiros meses de 2020.

“Com esta crise assistamos a uma reversão na redução sustentada da pobreza extrema, e agora aumentos. As estimativas atuais são de 150 milhões a mais até o final deste ano”, disse Axel van Trotsenburg, diretor administrativo de operações do Banco Mundial. Esta crise “mostrou o quão frágil é esse progresso e o esforço necessário para reconstruí-lo”.

Há “mil milhões de crianças fora das escolas e a educação ‘online’ não é acessível para muitas” das que vivem “em países em desenvolvimento. Há também um número desproporcional de meninas que, ao deixarem a escola, abandonarão definitivamente a educação e perderão ainda mais”, acrescentou.

Embora a pandemia tenha afetado tanto países ricos e pobres, Van Trotsenburg considerou que os desafios que os países mais pobres enfrentam são mais profundos. “Um dos maiores desafios nos países em desenvolvimento é que a garnde parte do emprego está no setor informal”, notou.

Segundo Andrew Shepherd e os colegas da Rede de Aconselhamento sobre Pobreza Crónica do Overseas Development Institute, sediado em Londres, Reino Unido, os cortes nos orçamentos de ajuda ocidental complicaram ainda mais essa situação.

Esses cortes diminuem os “recursos para enfrentar os desafios de longa data” e as “lutas imediatas de subsistência e proteção diárias”. “Os impactos sociais e económicos da covid-19 continuarão a pesar sobre os países de baixa e média receita. E, “sem os recursos adequados para enfrentar a pobreza”, essas lutas “serão ampliadas” pelas alterações climáticas, conflitos, crises nos governos e relações desiguais na economia global.

Shepherd salientou o risco de um novo empobrecimento em países de média receita – onde as famílias deixaram a pobreza recentemente -, os efeitos do abandono escolar e o impacto da crise sobre os migrantes e a aposta.

Homi Kharas, especialista em economia global e desenvolvimento na Brookings Institution, em Washington, Estados Unidos (EUA), disse que o impacto da crise de covid-19 pode permanecer até depois de 2030. Num artigo divulgado no ano passado, escreveu que “o cenário de longo prazo sugere que metade do aumento da pobreza pode ser permanente”.

Em janeiro, o presidente do Fórum Económico Mundial, Børge Brende, afirmou que, “se quisermos colocar o PIB global nos níveis anteriores à covid-19, precisaremos começar a investir nos países uns dos outros por meio de investimento estrangeiro direto – que caiu drasticamente no último ano e meio”.

“Também sabemos que as cadeias de valor globais e o comércio estão a lutar para voltar aos níveis anteriores à covid-19. E sabemos que o comércio tem sido um motor de crescimento e tirou milhões de pessoas da pobreza extrema nas últimas três décadas”, notou ainda o responsável.

https://zap.aeiou.pt/covid-emergencia-climatica-reducao-pobreza-378050

Reino Unido sofre a maior queda populacional desde a 2ª Guerra - Êxodo afeta sobretudo Londres !

No ano passado, o Reino Unido sofreu a maior queda populacional desde a Segunda Guerra Mundial. O declínio é impulsionado por um êxodo em massa que está a acontecer sobretudo em Londres.


Cerca de 1,3 milhões de estrangeiros abandonaram o país entre o terceiro trimestre de 2019 e o mesmo período de 2020, segundo dados do Centro de Excelência de Estatísticas Económicas (ESCOE).

Esta situação manifesta-se sobretudo na capital inglesa: 700 mil estrangeiros deixaram a cidade, segundo estimativas feitas pelos economistas Jonathan Portes e Michael O’Connor, que cruzaram dados oficiais sobre emprego e população. “É um êxodo sem precedentes”, afirmam os especialistas.

A pandemia como impulsionador

Sonia G. é uma médica espanhola que decidiu abandonar Londres. “No meu caso, a pandemia foi a gota de água”, disse à BBC.

“Não é pelo volume de trabalho devido ao coronavírus, que é o mesmo que no meu país, mas sim pelo desgaste de não poder visitar a minha família, principalmente a minha avó, que tenho medo de não ver mais. Estou há quase um ano sem poder vê-los, e as dificuldades para entrar e sair do Reino Unido são cada vez maiores. Sinto-me isolada, e a pandemia ainda vai durar muitos meses”.

A pandemia é o principal fator que Portes e O’Connor usam para explicar a fuga de cidadãos nascidos fora do Reino Unido para o seu país de origem. “O Reino Unido tem estado relativamente mal em termos económicos e sanitários durante a pandemia”, analisam.

Os economistas acreditam que “para muitos imigrantes a escolha implicaria ficar no Reino Unido durante a pandemia, sem emprego, sem dinheiro e a pagar uma casa com um aluguer relativamente caro”.

Alberto Domínguez identifica-se com o diagnóstico feito pelos especialistas. O tatuador espanhol estava em Londres há quase seis anos e há cerca de duas semanas decidiu fazer as malas e voltar para o seu país.

“Amo Londres, mas é extremamente difícil viver nesta cidade neste momento devido à pandemia, sobretudo devido ao custo de vida e ao facto de não ter nenhuma fonte de rendimento”.

Imigrantes são os mais afetados

Dinheiro, casa e trabalho. De acordo com os especialistas, estes são os três pilares para a imigração, e começaram a ficar afetados com a pandemia.

Antes da chegada do novo coronavírus, a taxa de desemprego do Reino Unido situava-se no nível mais baixo desde 1975 (3,8%), mas agora encontra-se no ponto mais alto dos últimos quatro anos.

Mais de 1,7 milhões de pessoas estão desempregadas, e a taxa de desemprego pode variar entre 7% e 10% até meados do ano, segundo as projeções do Banco da Inglaterra.

Segundo os investigadores do ESCOE, grande parte das sanções económicas impostas pela crise de saúde pública está a recair sobre os migrantes. “Parece que grande parte da perda de postos de trabalho durante a pandemia recaiu sobre os trabalhadores estrangeiros e se manifestou numa migração de retorno, ainda mais do que nos próprios números do desemprego”, considera Portes.

“Esse é claramente o meu caso”, explica Angela, uma esteticista italiana que voltou no fim do ano passado para Carpinone, em Itália.

“As condições do meu contrato mudaram com a pandemia, passei a ter menos horas e menos rendimentos. A ajuda do governo não compensou a diferença. Não valia mais a pena ficar mais tempo em Londres”, explica à BBC.

Muitos estrangeiros apontam o preço das casas como um dos motivos para não conseguirem aguentar mais tempo no país. A capital britânica é a cidade com o aluguer mais caro da Europa e o quarto mais caro do mundo, segundo dados da consultora ECA International.

Preocupação em alguns setores económicos

Antes da pandemia, “Londres ainda era atraente para os trabalhadores do Reino Unido e do exterior, apesar dos transtornos económicos previstos pelo Brexit”, avalia Alec Smith, responsável pelo estudo habitacional da consultora ECA.

Contudo, a evolução do êxodo acendeu alguns alertas nos setores económicos mais dependentes da imigração europeia no Reino Unido.

A maior preocupação está em setores como a agricultura, onde “99% da mão de obra agrícola sazonal vem da União Europeia”, de acordo com um relatório da Câmara dos Comuns.

Uma pesquisa recente da Make UK, organização que reúne a indústria da manufatura, revelou que um terço dos fabricantes britânicos acredita que a capacidade do país para atrair talentos internacionais diminuiu.

O facto é que, à medida que a pandemia avança, o Brexit também se tornou realidade. E com este, as novas regras de imigração.

Agora, os cidadãos da União Europeia que deixaram o Reino Unido no ano passado vão precisar de visto de trabalho caso queiram voltar e trabalhar no país.

“Eu posso voltar, mas embora tenha medo da precariedade do trabalho no meu país, espero não precisar de fazer isso”, disse Sonia, a médica espanhola.

Já o tatuador Alberto Domínguez, mostra-se com dúvidas em relação ao futuro: “Não sei, talvez volte no futuro”, acrescentando que o Brexit traz algumas incertezas.

Angela também não está convencida de que irá regressar ao país que a acolheu. “Prefiro ficar no meu país agora, mas veremos quando a pandemia acabar”, realça.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-queda-populacional-londres-377422

Estudo revelou que taxa de mortalidade por covid-19 diminuiu desde o início da pandemia !

As taxas de mortalidade entre pacientes com covid-19 nos cuidados intensivos melhoraram desde o início da pandemia, graças aos avanços nos tratamentos, revelou uma nova pesquisa.


Segundo noticiou na terça-feira o Guardian, em março de 2020, a taxa de mortalidade para os pacientes em cuidados intensivos era de 60%, tendo caído em outubro de 2020 para 36%, de acordo com o estudo. Essa queda revela uma tendência positiva, visto que em maio do mesmo ano já tinha baixado para 42%.

Esta descoberta, que tem por base 52 estudos de diferentes países, envolvendo 43.128 pacientes, foi publicada na segunda-feira na Anesthesia. Os cinco autores, especialistas em terapia intensiva e anestesistas, foram liderados por Tim Cook, que trabalha no Royal United Hospital, em Bath, Inglaterra.

Apesar do resultado obtido, o grupo alertou que o progresso observado na mortalidade por covid-19 no último ano pode ter atingido um platô. Além disso, o surgimento de novas variantes do vírus poderá aumentar as taxas de mortalidade, ao passo que o programa de vacinação ajudará a reduzir o número de pessoas infetadas nos cuidados intensivos.

“No geral, a mortalidade em todos os estudos é menor no final de setembro (35,5%) do que” a observada “no final de maio (41,6%)”, relataram os especialistas. Esta melhoria deve-se a um maior uso de esteróides, às mudanças na forma como os pacientes recebem tratamento com oxigénio e fluídos e ao controlo dos coágulos sanguíneos.

A mortalidade na maioria das regiões do mundo varia agora entre de 30% e 40%. Na Europa, a média é de 33,4%, na América do Norte é 40%. Já no estado de Victoria, na Austrália, é de 11%. No outro extremo, no Médio Oriente é de 62%.

O estudo incluiu números da Inglaterra, do País de Gales e da Irlanda do Norte, coletados e publicados todas as semanas pelo Centro Nacional de Auditoria e Pesquisa de Terapia Intensiva (ICNARC). O seu último relatório, divulgado na sexta-feira, mostrou que a mortalidade era de 45% quando a pandemia surgiu, estando atualmente nos 40%.

“A mortalidade observada [nos três países] foi a mais baixa durante o verão de 2020, [quando era de] 27% para pacientes internados em cuidados intensivos, em junho ou julho”, indicou o estatístico do ICNARC James Doidge.

“Embora a mortalidade observada tenha aumentado novamente nos últimos meses, permanece menor do que seria previsto com base nas características dos pacientes internados. Por exemplo, 38% para pacientes [que estavam] gravemente enfermos em dezembro versus 43%-46% previstos” para esse período, acrescentou.

https://zap.aeiou.pt/estudo-mortalidade-covid-diminuiu-pandemia-377975

 

Boris Johnson ameaça suspender Acordo se UE recusar simplificar fronteiras !

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ameaçou hoje invocar um artigo que permite suspender o Protocolo da Irlanda do Norte se a União Europeia recusar simplificar os controlos aduaneiros pós-Brexit.


Numa resposta hoje no Parlamento ao deputado Ian Paisley, do Partido Democrata Unionista (DUP), Johnson disse que o Governo fará “tudo o que for preciso, seja legislativamente ou invocando o artigo 16.º do Protocolo [do Acordo de Saída da União Europeia], para assegurar que não existem barreiras no Mar da Irlanda”.

Disse também partilhar a “frustração pela forma como a UE, em particular a Comissão Europeia, parecia estar a usar temporariamente o Protocolo de forma a impor uma fronteira, contrariando o espírito e lei do Acordo de Sexta-Feira Santa”, o acordo de paz assinado em 1998.

Na semana passada, Bruxelas invocou o artigo 16.º do Protocolo, que permite a suspensão caso a sua aplicação “origine graves dificuldades económicas, societais ou ambientais” para travar a chegada de vacinas ao Reino Unido via Irlanda do Norte.

A decisão foi tomada por suspeitar que a farmacêutica AstraZeneca poderia enviar doses fabricadas na Europa para fornecer o Reino Unido em vez da UE, mas a Comissão Europeia acabou por recuar devido aos protestos de políticos de todos os quadrantes partidários na Irlanda do Norte.

Hoje, o Governo britânico propôs à UE prolongar até 2023 a tolerância na circulação de certos produtos, incluindo medicamentos e encomendas postais entre o Reino Unido e a Irlanda do Norte para aliviar os problemas registados pós-Brexit.

Desde que o Reino Unido deixou definitivamente o mercado único europeu, no final de 2020, as mercadorias que se deslocam entre o Reino Unido e o bloco europeu passaram a ser sujeitos a controlos alfandegários e veterinários, incluindo alguns produtos britânicos que vão para a Irlanda do Norte porque a região faz fronteira com a Irlanda, membro da UE.

Numa carta ao vice-presidente da Comissão Europeia Maroš Šefčovič, o ministro do Estado, Michael Gove, sugere tomar “uma série mínima de passos” para estabilizar a situação na região e tranquilizar partidos políticos, sociedade civil e empresas.

As duas partes já tinham concordado num período de tolerância para produtos alimentares frescos ou de origem animal que simplificava a documentação necessária durante alguns meses, até as empresas se habituarem aos novos processos de inspeções aduaneiras e sanitárias entre o Reino Unido e a Irlanda do Norte.

Este expediente foi encontrado para responder à insatisfação de grupos de supermercados britânicos, que encontraram dificuldade em fazer chegar certos produtos às suas lojas na Irlanda do Norte, e de empresas de transporte devido à burocracia associada a encomendas postais.

Alguns destes acordos iriam terminar dentro de poucos meses, mas o Governo britânico quer prolongar a sua aplicação pelo menos até ao fim de 2022, ou até serem encontradas soluções permanentes.

Aproveitando esta situação, o Governo britânico diz também na carta, tornada pública, que pretende implementar “soluções” para outros problemas criados pelo Acordo de Comércio pós-Brexit, como a falta de reconhecimento de qualificações profissionais e proibição de batatas de semente entre a Irlanda e Irlanda do Norte.

Gove vinca ser necessário resolver estes problemas urgentemente e que “o que é preciso agora são soluções políticas, não técnicas”, ameaçando “usar todos os instrumentos ao seu dispor” para ultrapassá-los.

Gove e Šefčovič têm prevista uma reunião hoje por videoconferência, juntamente com os líderes do governo de coligação da Irlanda do Norte, para discutir os problemas encontrados apenas um mês após a aplicação do Acordo de Saída do Reino Unido da UE e do Acordo de Comércio e Cooperação entre as duas partes.

Esta semana, as autoridades da Irlanda do Norte suspenderam os controlos veterinários e retiraram os funcionários aduaneiros dos portos de Belfast e Larne, e a polícia intensificou as patrulhas, depois que ter sido encontrado grafite ameaçador apontando os trabalhadores portuários como alvos.

Os funcionários também relataram sinais de comportamento suspeito, incluindo de pessoas a tomar nota dos números das matrículas de veículos.

A região ainda está marcada pelo conflito sectário entre ‘unionistas’ pró-britânicos, que querem continuar no Reino Unido, e nacionalistas republicanos irlandeses, que defendem a reunificação com a vizinha República da Irlanda num só país, cuja violência matou mais de 3.500 pessoas em três décadas.

https://zap.aeiou.pt/boris-ameaca-suspender-acordo-378032

Espanha prepara-se para permitir mudança de sexo e de nome a partir dos 16 anos !

O projeto de lei elaborado pelo Ministério da Igualdade espanhol prevê que jovens a partir dos 16 anos possam mudar de sexo e de nome no registo civil e o reconhecimento de pessoas não binárias.


De acordo com o jornal El País, o Ministério da Igualdade espanhol já preparou o projeto de lei que assegura a igualdade real e efetiva das pessoas transexuais, no qual se destaca a medida para a livre autodeterminação de género.

Caso seja aprovado, isto significa que qualquer pessoa a partir dos 16 anos poderá mudar de sexo e de nome no registo civil, bastando para isso uma declaração expressa do interessado.

O diploma estipula ainda que é a partir desta idade que qualquer cidadão pode tomar decisões para iniciar tratamentos hormonais. No caso dos menores de idade, em primeiro lugar, contempla-se um tratamento de bloqueio hormonal “no início da puberdade” para ajudar a travar o desenvolvimento dos seios ou da barba. Numa fase posterior, segue-se o tratamento hormonal cruzado, isto é, testosterona para os rapazes transexuais e estrogénios para as raparigas transexuais.

Segundo o jornal espanhol, o projeto de lei também prevê o reconhecimento de identidades não binárias, ou seja, pessoas que não se identificam como sendo homem ou mulher, e a possibilidade de eliminar o sexo dos seus documentos oficiais.

O diploma abre ainda o acesso a tratamentos reprodutivos “para pessoas trans com capacidade de conceber”.

O El País recorda que esta foi uma das regras incluídas no acordo governamental entre os socialistas do PSOE e a coligação de esquerda Unidas Podemos, mas que gera muita controvérsia entre alguns dos seus membros.

Alguns representantes históricos do movimento mais próximo do PSOE, incluindo a vice-primeira-ministra Carmen Calvo, acreditam que este reconhecimento pode introduzir “conceitos ambíguos e juridicamente inseguros” que modificam o que se entende por sexo, género, identidade ou igualdade.

https://zap.aeiou.pt/espanha-mudanca-sexo-nome-16-anos-377904

 

Estados Unidos ratificaram prorrogação de tratado nuclear com a Rússia !

Os Estados Unidos ratificaram a prorrogação por cinco anos do tratado de limitação de armas nucleares New START, já assinado pela Rússia, anunciou hoje o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.


“Ao mesmo tempo que trabalhamos com a Rússia para promover os interesses norte-americanos, também trabalharemos para responsabilizar a Rússia pelos seus atos antagónicos e pelas violações dos direitos humanos, em estreita coordenação com os nossos aliados e parceiros”, disse Antony Blinken, num comunicado.

Na passada semana, o Presidente russo, Vladimir Putin, já tinha assinado o prolongamento por cinco anos do tratado russo-americano New START, para a limitação de armas nucleares, dizendo que se tratava de “um passo na direção certa, embora admitindo que a segurança global continuava ameaçada por causa das crescentes tensões internacionais.

“A extensão do tratado New START garante que temos limites verificáveis para mísseis balísticos lançados por submarinos e bombardeiros pesados, até 5 de fevereiro de 2026”, disse Antony Blinken.

“O novo regime de verificação permite-nos monitorizar a conformidade russa e fornece-nos uma maior compreensão da postura nuclear da Rússia, incluindo por meio de trocas de dados e inspeções no local, que permitem que os inspetores dos EUA avaliem as forças e as instalações nucleares russas”, acrescentou o secretário de Estado norte-americano.

O New START é o mais recente, e único em vigor, acordo bilateral deste tipo, que regula o controlo de armas destas duas potências nucleares mundiais.

O seu prolongamento cria a esperança de uma melhoria no diálogo entre Washington e Moscovo, uma semana após a chegada à Casa Branca de Joe Biden, ainda que os dois países já tenham avisado que permanecem firmes nos seus interesses nacionais.

O tratado vai expirar a 5 de fevereiro e é o último acordo remanescente que limita as armas nucleares dos EUA e da Rússia, depois de ter sido assinado, em 2010, pelo Presidente norte-americano, Barack Obama, e pelo Presidente russo, Dmitri Medvedev, para limitar cada país a instalar um máximo de 1.550 ogivas nucleares e restringir a 800 o número de aviões bombardeiros com capacidade de lançar mísseis nucleares.

Durante a campanha presidencial para as eleições, Joe Biden disse ser favorável à extensão do New START, até que seja encontrada uma nova solução, depois de o seu antecessor, o republicano Donald Trump, ter procurado uma substituição para este acordo, incluindo a China nas suas negociações, o que Pequim rejeitou.

Há duas semanas, o secretário-geral da NATO, Jen Stoltenberg, tinha pedido aos dois países para se entenderem à volta do atual tratado New START, acrescentando que um entendimento com a China deve ser tentado mais tarde.

“Contribuição crucial” para a segurança europeia

O Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, saudou a prorrogação do tratado de limitação de armas nucleares New START.

“A UE saúda o acordo encontrado entre os Estados Unidos e a Federação Russa para prolongar o tratado New START durante mais cinco anos. A UE atribui a maior importância ao tratado e considera-o uma contribuição crucial para a segurança internacional e europeia”, lê-se numa nota publicada pelo chefe da diplomacia europeia em nome dos Estados-membros da UE.

Frisando que a “redução dos arsenais nucleares mobilizados” prevista no tratado New START é “significativamente melhorada” pelo “sistema de verificação robusto” que contém, Borrell refere também que o acordo contribui para a “redução da reserva global de armas nucleares mobilizadas”.

https://zap.aeiou.pt/eua-tratado-nuclear-russia-378001

 

Jovem acorda de coma sem saber da pandemia de covid-19 mas já esteve infectado duas vezes !

Um jovem de 19 anos esteve em coma até ao mês passado, depois de ter sido atropelado por um carro 10 meses antes, e não faz ideia que o mundo se encontra no meio de uma pandemia.


Quando Joseph Flavill, o jovem de 19 anos, entrou em coma depois de ser atropelado por um carro, a 1 de março de 2020, já se ouvia falar sobre a covid-19, mas ainda não se fazia ideia das proporções que iria tomar.

Além disso, e apesar de não ter conhecimento da pandemia, o jovem contraiu SARS-CoV-2 duas vezes enquanto estava em coma, conta o jornal britânico The Guardian.

Depois de ter sofrido um traumatismo craniano, Joseph Flavill esteve em coma – do qual acordou recentemente – e só agora começou a responder, apesar de ainda não conseguir falar.

Sally Flavill Smith, a tia do jovem, explicou que Joseph “não sabe nada sobre a pandemia porque esteve a dormir nos últimos 10 meses”. Apesar de apresentar melhorias, a família não sabe exatamente o que é que ele sabe, disse ao The Guardian.

“Eu não sei por onde começar. Se há um ano atrás alguém me dissesse o que ia acontecer durante o ano que passou, eu não teria acreditado. Não sei como é que o Joseph vai compreender o que se passou”, acrescentou.

Além disso, devido às restrições em vigor nos hospitais britânicos, que impossibilitam as visitas, a família do jovem de 19 anos só tem contacto com ele através do vídeo-chamada, o que tem dificultado a revelação das proporções que a pandemia tomou.

“Tentamos fazer com que ele perceba que nós queremos mesmo estar lá a segurar-lhe nas mãos, mas que não conseguimos fazê-lo”, disse a tia, garantindo que quando estiverem com ele “cara a cara, haverá a oportunidade para tentar explicar-lhe o que se passou”.

Depois de contrair covid-19 duas vezes, enquanto esteve em coma, Joseph Flavill foi agora transferido do hospital Leicester General para o centro de cuidados continuados Adderley Green, onde irá continuar a sua recuperação.

Apesar de ainda ter um longo caminho pela frente, o jovem consegue mexer as pernas, os braços e interagir com a família, sorrindo e piscando os olhos para dizer “sim” e “não”.

“Ainda temos uma longo caminho pela frente, mas os passos que ele deu nas últimas três semanas foram absolutamente incríveis”, disse a tia.

https://zap.aeiou.pt/jovem-acorda-coma-nao-sabe-pandemia-377853

 

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