Todo material dos EUA vendido ao exterior, ou todos os iPad enviados da China ao resto do mundo, são apenas algumas das 500 milhões de viagens a bordo de navios contêineres que atravessam os oceanos do mundo a cada ano.
Essas viagens terminam, obviamente, em portos de águas profundas, atracando e descarregando carga por todo o mundo.
Um empresário americano teve uma ideia que pode melhorar tal comércio. Sua visão inclui “robôs guindastes” que flutuam no céu sob balões gigantes. Nem precisa dizer nada – já parece uma ideia boa, não?
O sistema que o empresário idealizou poderia estender os 80 quilômetros do Canal do Panamá que liga os oceanos Atlântico e
Pacífico para ajudar a mover as cargas dos navios durante um engarrafamento no tráfego marítimo.
Também poderia permitir linhas de abastecimento rápidas para a marinha americana e fuzileiros navais no apoio a operações militares, ou esforços humanitários de ajuda durante desastres.
Mais importante, os robôs poderiam transformar totalmente a economia de transporte, transportando até 90% dos bens mundiais de comércio, transferindo containers de navios sem a necessidade de quaisquer portos de forma rápida.
O robô
O robô consiste de um corpo de elevação de carga, suspenso a partir de quatro cabos de carga que, por sua vez, se ligam a quatro cabos de ancoragem verticais. Esses cabos de ancoragem se unem com um enorme balão no topo para formar uma “pirâmide” – um design que permite que o robô guindaste se mova em qualquer lugar dentro desse espaço, encurtando e estendendo seus cabos de suspensão ou deslizando para cima e para baixo os cabos de ancoragem.
Foram os avanços tecnológicos atuais que permitiram que essa ideia fosse útil e viável. Usar controle semiautônomo robótico representa um passo “evolucionário” em aproveitar o poder de balões.
Os balões já provaram sua capacidade nos tempos mais recentes. Em 2002, um balão levantou um tanque militar de 55 toneladas no ar. Astrônomos canadenses também demonstraram a estabilidade de um sistema de balão e cabos, usado para prender o receptor de um telescópio no ar acima de um refletor com uma precisão de alinhamento de dois centímetros, mesmo durante rajadas de vento.
A ideia de Wiley gerou interesse entre os pesquisadores de robótica da Universidade de Harvard e da NASA. Porém, o inventor ainda tem que encontrar financiamento para seu projeto.
A escala de tamanho para uma demonstração pode custar US$ 30.000 (R$ 52,5 mil) para mostrar como ele poderia mover uma carga de 4,5 a 23 quilos em torno de uma área de cerca de 1,61 quilômetros quadrados.
Mas mesmo uma configuração completa exigiria apenas US$ 7 a 10 milhões (12 a 17 milhões de reais) para mover contêineres de navio para a terra (ou vice-versa), segundo as estimativas da Wiley.
E isso é menos que se gastou em outras operações. Por exemplo, militares americanos, quando enviaram navios e tropas para ajudar o Haiti depois do terremoto de 2010, gastaram US$ 20 milhões apenas para implantar um cais temporário por um período de cerca de um mês, para descarregar os suprimentos necessários.
Ele espera algum dia oferecer os seus serviços a “custo de capital zero” para países em desenvolvimento, e até mesmo compartilhar seus rendimentos com governos locais. “Custo de capital zero significa que eles receberão dinheiro imediatamente a partir do primeiro contêiner que eu mover”, disse Wiley.
E depois que muitas comunidades locais lucrassem com a ideia, criando ambientes de portos pelas cidades a fora, a ideia poderia explodir pelo mundo em desenvolvimento.[LiveScience]
Fonte: http://hypescience.com/como-um-robo-guindaste-balao-poderia-revolucionar-o-transporte-pelo-mundo/
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