segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

EUA iniciam campanha de vacinação - Na Suécia, enfermeiros demitem-se e país pode precisar de ajuda externa !

Os Estados Unidos iniciam esta segunda-feira uma vasta campanha de vacinação contra a covid-19. O país conta com um número de mortes causadas pela doença que se aproxima dos 300 mil óbitos. Na Europa, o número de mortes e de infetados continua a preocupar.

No domingo, as autoridades norte-americanas indicaram que o número total de mortos, desde o início da pandemia, atingiu já os 299 093, enquanto o número total de casos é superior a 16 milhões.

Porém, neste fim de semana, a vacina dos laboratórios Pfizer-BioNTech começou já a ser expedida, em caixas refrigeradas a menos de 70 graus centígrados, a partir da fábrica da Pfizer no estado do Michigan para hospitais e outros locais.

A Pfizer indicou que 20 aviões vão transportar estas vacinas todos os dias. “As vacinas foram expedidas e estão a caminho”, congratulou-se no domingo o Presidente norte-americano, Donald Trump, numa mensagem divulgada na rede social Twitter.

O governador do Kentucky, Andy Beshear, afirmou que o estado, no leste do país, vai ser o primeiro a vacinar os residentes, menos de 72 horas depois da vacina Pfizer-BioNTech ter recebido a “luz verde” das autoridades sanitárias norte-americanas.

Cerca de três milhões de doses vão ser disponibilizadas até quarta-feira, para vacinar perto de 20 milhões de norte-americanos antes do final do ano e 100 milhões antes do final de março no país, que registou 1,1 milhões de novos casos confirmados nos últimos cinco dias.

Na sexta-feira, os Estados Unidos foram o 6.º país a aprovar a vacina Pfizer-BioNTech, depois do Reino Unido, Canadá, Bahrain, Arábia Saudita e México. A agência do medicamento europeia deverá apresentar uma recomendação até final de dezembro.

Apesar do processo de vacinação se estar a agilizar nos EUA, Donald Trump reverteu um plano para que os funcionários da Casa Branca recebessem a vacina contra o coronavírus nos próximos dias.

Originalmente, os principais elementos da administração Trump estariam entre as primeiras pessoas a receber o imunizante da Pfizer-BioNTech.

No entanto, o presidente cessante pediu um “ajuste” nos planos.

“As pessoas que trabalham na Casa Branca devem receber a vacina um pouco mais tarde, a menos que seja especificamente necessário”, afirmou no Twitter. “Eu pedi que esse ajuste seja feito”, acrescentou.

No mesmo tweet, Donald Trump disse que ainda tinha previsto o momento em que se vacinará, mas que o irá fazer “no momento apropriado”.

Suécia pode precisar de ajuda

A Suécia poderá ter de recorrer à assistência dos países vizinhos e a Finlândia e a Noruega já mostraram disponibilidade nesse sentido face a um agravamento da segunda vaga de coronavírus e ao abandono de profissionais de saúde, em especial enfermeiros.

O Conselho Nacional de Saúde e Bem-Estar da Suécia contactou no início da semana as autoridades de saúde de outros países nórdicos para iniciar discussões sobre a melhor forma de ajudar a Suécia ao abrigo do acordo de saúde pública nórdica.

“Há alguns dias, iniciaram-se os primeiros contactos com os outros países nórdicos, para que tenham consciência de que este ainda é um acordo válido, caso surja a necessidade”, disse Göran Karlström, responsável pela coordenação da capacidade de cuidados intensivos entre as regiões da Suécia, ao jornal The Telegraph.

“Não recebemos um pedido oficial de ajuda, mas avaliamos diariamente a situação hospitalar e estamos, naturalmente, prontos a ajudar a Suécia se pudermos”, disse a secretária do Ministério dos Assuntos Sociais e Saúde da Finlândia, Kirsi Varhila, ao jornal Svenska Dagbladet.

A sua homóloga norueguesa, Maria Jahrmann Bjerke, disse à emissora estatal NRK que os países nórdicos tinham um acordo de cooperação que permitia que a assistência médica fosse partilhada a curto prazo. “Se as autoridades suecas nos pedissem assistência, daremos uma resposta positiva”, sublinhou.

Estocolmo ainda não pediu formalmente ajuda externa, e Johanna Sandvall, a chefe do gabinete de crise, isto é do planeamento no Conselho Nacional de Saúde e Bem-Estar, disse no domingo que a Suécia não tem planos de procurar ajuda junto dos vizinhos.

“A situação dos cuidados de saúde é muito tensa em várias partes do país, mas temos uma capacidade disponível a nível nacional para satisfazer as necessidades neste momento”, garantiu.

Para já as autoridades estão a recorrer aos militares e a pensarem em recorrer à transferência de pacientes para regiões menos atingidas.

Perante este cenário, cerca de 3600 profissionais de saúde demitiram-se na região de Estocolmo desde o início da pandemia, de acordo com a emissora estatal SVT, cerca de 900 mais do que no mesmo período do ano passado.

Alemanha toma medidas mais drásticas

Todos os estabelecimentos comerciais não essenciais, assim como as escolas e creches, permanecerão fechados na Alemanha a partir da próxima quarta-feira e até 10 de janeiro, anunciou neste domingo a chanceler Angela Merkel.

A chefe de governo citou o “número elevado de falecimentos” devido à pandemia de covid-19 e o “crescimento exponencial” das infeções. “Somos obrigados a agir e agimos agora”, disse Merkel.

Com este confinamento parcial, as empresas deverão permitir aos funcionários que trabalhem a partir de casa ou facilitar as férias durante as próximas três semanas e meia “para aplicar em todo o país o princípio ‘fique em casa'”.

As medidas foram adotadas por Merkel após uma reunião neste domingo com os 16 líderes regionais dos estados da federação.

A Alemanha optou por medidas mais drásticas por não conseguir travar a segunda onda de contágios, diz o DN.

https://zap.aeiou.pt/eua-vacinacao-europa-sob-pressao-365484

 

Documentos revelam que Johns Hopkins, famoso abolicionista, tinha os seus próprios escravos !

Johns Hopkins, o filantropo do século XIX cujo nome agracia algumas das mais prestigiosas instituições científicas e académicas da América, foi considerado um homem que deplorava a escravatura. Porém, aparentemente, Hopkins possuiu escravos ao longo da sua vida adulta.


Numa carta endereçada à comunidade do campus, funcionários da Johns Hopkins University recevelaram que historiadores que analisavam a história da escola descobriram que o seu fundador, o empresário do século XIX Johns Hopkins, possuiu escravos, contestando a longa história que o descrevia como um abolicionista ardente cujo pai libertou todos os escravos da família em 1807.

Segundo a carta, no final da primavera de 2020, investigadores da “Retrospectiva Hopkins” – um programa iniciado em 2013 para examinar a história da universidade – foram informados da possível existência de um documento dos censos de 1850 que indicava que o fundador da escola era um proprietário de escravos.

Os investigadores rastrearam os registos dos censos do Governo que mostraram que Hopkins tinha um escravo na sua casa em 1840 e quatro escravos em 1850. Nos censos de 1860, não havia escravos listados na sua casa.

Após a sua morte em 1873, Hopkins – que fez fortuna como comerciante e investidor em ferrovias – deixou sete milhões de dólares com o objetivo de fundar uma universidade, hospital e orfanato em Baltimore. Na época, foi a maior doação filantrópica da História americana.

Os funcionários da escola explicaram que a maior parte do que se sabia sobre Hopkins veio de um pequeno livro publicado pela sobrinha-neta, Helen Thom, em 1929 – mais de 50 anos depois da morte de Hopkins.

“O livro de Thom recontou memórias de família, incluindo a história de que os pais de Johns Hopkins, motivados pelas suas convicções quacres, libertaram todas as pessoas escravizadas ‘saudáveis’ na sua plantação de Anne Arundel em 1807″, revela a carta.

“De acordo com Thom, esse ato impôs dificuldades financeiras significativas à família e fez com que Johns deixasse a plantação e fosse para Baltimore cinco anos depois, aos 17 anos, para embarcar na sua carreira comercial. Nas palavras de Thom, Johns tornou-se ‘um abolicionista forte‘”.

Segundo a universidade, os investigadores não conseguiram encontrar evidências que apoiassem a afirmação de que Hopkins era um abolicionista.

Embora os funcionários da escola não pudessem comprovar a lenda do pai de Hopkins, conseguiram encontrar registos do avô, que libertou alguns dos seus escravos em 1778. No entanto, a família continuou “as transações de posse de escravos durante décadas depois disso”, lê-se na carta.

Os historiadores também encontraram um obituário que descrevia Hopkins como tendo pontos de vista políticos antiescravistas, uma carta em que Hopkins expressava apoio ao presidente Abraham Lincoln (que acabou com a escravidão nos Estados Unidos) e evidências de que comprou um escravo para garantir a sua liberdade.

A escola disse que continuará a investigar a ligação de Hopkins com a escravidão, incluindo descobrir quem eram os seus escravos, a natureza do seu relacionamento com Hopkins e por que não teve mais escravos em 1860.

https://zap.aeiou.pt/johns-hopkins-racismo-escravidao-365084

“Divirtam-se a tentar apanhar-me” - Decifrada mensagem do Assassino do Zodíaco !

Uma equipa de entusiastas de criptografia conseguiu decifrar uma das mensagens codificadas há mais de 50 anos pelo “Assassino do Zodíaco”, que aterrorizou a Califórnia no final da década de 1960 e que ainda não foi identificado.

A mensagem em questão foi enviada em novembro de 1969 para o jornal San Francisco Chronicle pelo alegado homicida. O código era composto por várias letras e símbolos crípticos de uma maneira tabular, captando a atenção das autoridades, de investigadores e, inclusive, amadores desde então.

Os entusiastas pelo “Assassino do Zodíaco” esperavam que esta mensagem codificada denunciasse a identidade do assassino em série, a quem são atribuídos pelo menos cinco homicídios entre 1968 e 1969.

Contudo, o homicida reivindicou um total de 37 e também inspirou outros assassinos.

De acordo com a equipa que descodificou a mensagem, o assassino apenas se gaba do que fez, desafia as autoridades e apresenta sinais de delírio sem esclarecer quaisquer motivos para as atrocidades ou evidências de quem é.

“Espero que se divirtam a tentar apanhar-me (…). Não tenho medo da câmara de gás porque ela vai mandar-me para o céu muito em breve. Agora tenho escravos suficientes a trabalhar para mim”, explicita a mensagem.

David Oranchak, um web designer norte-americano de 46 anos, explicou que foram necessários vários softwares para permitir a descodificação do código complexo. Esta árdua tarefa começou em 2006 e terminou hoje.

Sam Blake, um matemático australiano, e Jarl Van Eycke, um logístico da Bélgica, ajudaram na descodificação do código, afirmou o David Oranchak ao San Francisco Chronicle.

Contudo, esta não é a primeira mensagem a ser decifrada. Em 1969, um professor e a mulher conseguiram descodificar uma outra mensagem: “Gosto de matar porque é divertido”.

Nessa mensagem, o “Assassino do Zodíaco” também referiu o termo “escravos”, que alegou estar a reunir para o servirem quando morresse.

O código desta mensagem, no entanto, era bastante mais simples que o da “mensagem 340”, a que foi decifrada agora, assim apelidada por que tem 340 carateres (17 colunas de 20 carateres).

O caso inspirou dois filmes: “Zodiac” (2007), com Jake Gyllenhaal e “Dirty Harry” (1971), com Clint Eastwood.


 https://zap.aeiou.pt/decifrada-mensagem-assassino-zodiaco-365436

 

Hospedeiros de bordo na China aconselhados a usar fraldas para se protegerem da covid-19 !

Em plena pandemia de covid-19, as autoridades de transporte em todo o mundo procuram formas de manter os passageiros e a tripulação seguros a bordo dos aviões.


Em 25 de novembro, a Administração de Aviação Civil da China (CAAC) divulgou novas diretrizes para o setor de aviação do país que supervisiona. O documento, intitulado Diretrizes Técnicas para Prevenção e Controle de Epidemias em Companhias Aéreas, contém orientações sobre as melhores práticas de higiene a serem realizadas em aeronaves e aeroportos.

No entanto, de acordo com a CNN, uma das sugestões levantou algumas sobrancelhas.
Uma secção aconselha a tripulação de cabine em voos de e para países de alto risco a usar “máscaras médicas, luvas médicas descartáveis de dupla camada, óculos de proteção, chapéus descartáveis, roupas de proteção descartáveis e protetores de calçados descartáveis”.

Na frase seguinte lê-se: “Recomenda-se que os tripulantes de cabine usem fraldas descartáveis e evitem usar as casas-de-banho, exceto em circunstâncias especiais para evitar riscos de infecção.”

Embora esse conselho possa parecer dramático, não é segredo que as casas-de-banho podem ser os lugares mais germinativos de um avião. Em agosto, uma mulher que viajava da Itália para a Coreia do Sul contraiu o vírus durante a sua viagem. A ida à casa de banho, o único lugar onde não usava a máscara N95, foi apontada como a possível fonte da sua infecção.

O design das casas-de-banho de aviões já era um assunto quente antes da pandemia de  covid-19, mas a crise sanitária mundial concentrou esforços para encontrar novas soluções.

A companhia aérea japonesa ANA anunciou no início deste ano que estava a testar um protótipo de uma nova porta de casa-de-banho com as mãos livres. Enquanto isso, a Boeing solicitou com sucesso uma patente para uma “casa-de-banho autolimpante” que usaria luz ultravioleta para limpar 99,9% dos germes da casa-de-banho após cada uso.

https://zap.aeiou.pt/hospedeiros-bordo-na-china-aconselhados-fraldas-365061

 

Make America Great Again - Dono da casa de infância de Trump quer transformá-la num “local de culto” !

O proprietário da casa de infância de Donald Trump quer que os fãs do movimento “Make America Great Again” (MAGA) doem três milhões de dólares para transformá-la numa “local de culto” como presente para o Presidente cessante.

A agência imobiliária que está a tentar reunir fundos em nome do vendedor anónimo está a encorajar os fãs do Presidente dos Estados Unidos cessante Donald Trump a imaginarem transformar a residência numa “casa de culto”. A decisão final sobre o que fazer com a propriedade, no entanto, caberia a Trump.

“Adora Trump? Agradeça ao presidente Trump por contribuir com esta campanha para comprar a casa da sua infância em sua homenagem!”, lê-se na página de GoFundMe, uma plataforma de crowdfunding que tem como objetivo arrecadar fundos para uma causa.

De acordo com o Vice, a página arrecadou menos de 2.000 dólares na tarde de quinta-feira, dois dias depois de começar a aceitar as doações.

A casa no bairro de Queens foi construída pelo pai de Trump, Fred Trump, um incorporador imobiliário que ajudou a financiar a carreira do seu filho. O jovem Donald morou na casa, localizada em Wareham Place 85-15, até os quatro anos de idade.

Transformar o edifício numa espécie de catedral “Make America Great Again” é apenas uma ideia levantada pela Paramount Realty USA. O grupo também observou que Trump pode querer transformar a casa numa “propriedade troféu”, um “local histórico nacional” ou mesmo na “biblioteca presidencial” de Trump.

A identidade do dono da casa permanece envolta em mistério e este último esforço de crowdfunding marca a quarta tentativa de vender a propriedade nos últimos meses. O atual proprietário comprou a casa em 2017 por 2,14 milhões de dólares, o que já era o dobro do preço médio de venda do bairro.

Segundo o The New York Times, a compradora era uma mulher da China.

O proprietário permanece escondido atrás de uma empresa de responsabilidade limitada chamada Trump Birth House.

Durante algum tempo, a casa esteve listada na plataforma de aluguer Airbnb e os hóspedes podiam passar a noite num quarto com uma placa que declarava que o quarto era o local onde o “Presidente Donald J. Trump provavelmente foi concebido”.

Misha Haghani, diretor da Paramount Realty USA, reconheceu que Trump é o “ingrediente mágico” que aumenta o preço pedido. “Como uma casa, vale cerca de um milhão de dólares”, disse Haghani, em declarações ao New York Post quando a sua empresa tentou leiloar a casa pela terceira vez em setembro de 2019. “Não estamos a vender imóveis. Estamos a vender um sonho, uma coleção, algo que seja significativo para muitas pessoas”.

https://zap.aeiou.pt/make-america-great-again-dono-da-casa-de-infancia-365308

 

domingo, 13 de dezembro de 2020

França estuda “super-soldados” biónicos porque o resto do mundo também está a fazê-lo !

As Forças Armadas francesas acabam de receber autorização para iniciar investigações sobre o desenvolvimento de soldados biónicos ou aprimorados, justificando o Governo o avanço neste campo com o facto de vários exércitos mundiais estarem a fazer o mesmo.

De acordo com a emissora britânica BBC, um relatório publicado recentemente estabelece em que cenários e condições implantes e outras tecnologias projetadas para melhorar o desempenho dos soldados no campo de batalha devem ser utilizados no futuro.

O mesmo documento frisa que outras potências mundiais estão a fazer investigações nesta mesma área, frisando a necessidade de a França acompanhar estas nações.

A ministra da Defesa, Florence Parly, revelou que o país não tinha planos imediatos para avançar para estas tecnologias “invasivas” para soldados mas que, tendo em conta os avanços de outros países, tornou-se uma necessidade.

“Devemos enfrentar os factos. Nem todos partilham os nossos escrúpulos e devemos estar preparados para o que quer que seja que o futuro nos reserve”, disse a governante.

O mesmo relatório, divulgado na passada terça-feira, menciona as eventuais vantagens da utilização destas tecnologias, mas também estabelece limites, frisando que não se pode comprometer a reintegração do soldado na vida civil.

Há muito que os seres humanos procuram formas de exponenciar as suas capacidades físicas e cognitivas para lutar na guerra (…) Possíveis avanços podem levar à introdução de melhorias na capacidade dos corpos dos soldados”, lê-se no documento.

Investigações sobre implantes poderiam “melhorar a capacidade cerebral” ou até mesmo ajudar os soldados a diferenciar o inimigo do aliado, podendo estes também permitir aos comandantes localizar os seus soldados ou ler os seus sinais vitais à distância.

Por tudo isto, é “essencial” traçar linhas éticas, frisa o documento. Modificações genéticas devem ser banidas destes procedimentos, assim como quaisquer alterações que “possam comprometer a integração do soldado na sociedade ou no regresso à vida civil”.

A confirmar-se o avanço, a França juntar-se-à à China, Rússia e Estados Unidos no estudo destas tecnologias, tal como escreve o portal Futurism.

https://zap.aeiou.pt/franca-estuda-super-soldados-bionicos-resto-do-mundo-tambem-esta-faze-lo-365295

 

“No deal” à vista - Prazo limite do Brexit termina hoje, mas negociações prosseguem !

As negociações entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido para se alcançar um acordo pós-‘Brexit’, que recomeçaram sexta-feira, terminam este domingo, sendo mais provável o cenário do ‘no deal’.


A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, informou o Conselho Europeu, cuja reunião terminou também sexta-feira em Bruxelas, que “a situação continua difícil, havendo ainda muitos obstáculos” a um acordo sobre as futuras relações comerciais entre a UE e Londres.

A probabilidade de não haver acordo (‘no deal’) é agora maior do que a de se chegar a um consenso, apesar de todos os esforços estarem a se desenvolvidos para tentar alcançar um consenso até hoje.

Quinta-feira, a Comissão Europeia publicou planos de contingência para que não sejam interrompidas a circulação rodoviária, o tráfego aéreo e as atividades de pesca.

O Reino Unido abandonou a UE a 31 de janeiro, tendo entrado em vigor medidas transitórias que caducam no próximo dia 31.

Na ausência de um acordo, as relações económicas e comerciais entre o Reino Unido e a UE passam a ser regidas pelas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e com a aplicação de taxas aduaneiras e quotas de importação, para além de mais controlos alfandegários e regulatórios.

Para além das pescas, mantêm-se as divergências entre Londres e Bruxelas sobre questões de concorrência e de resolução de litígios.

https://zap.aeiou.pt/prazo-limite-do-brexit-termina-hoje-365444

 

A Austrália venceu o vírus, mas deixou milhares de residentes retidos no estrangeiro !

A Austrália conseguiu controlar a propagação do novo coronavírus, aplicando medidas restritas quanto às entradas e saídas do país. Contudo, apesar do sucesso no combate à covid-19, mais de 35.000 residentes ficaram retidos no estrangeiro, esperando pela oportunidade de retornar a casa.

É o caso do casal David e Kate Jeffries, que viajaram da sua casa, em Perth, na Austrália, para uma pequena cidade no centro do Canadá, a 26 de fevereiro, para cuidar da mãe de David, diagnosticada com cancro nos ovários, segundo relata um artigo de A. Odysseus Patrick, publicado na quinta-feira no Washington Post.

Embora tivessem ouvido falar do coronavírus, não estavam muito preocupados. Naquela altura, o Canadá tinha registado apenas 12 casos de infeção e a família tinha programado voltar para casa quatro semanas depois. Atualmente, o casal está num casa arrendada, impossibilitado de retornar a Perth por causa das restrições de entrada na Austrália, que deixou dezenas de milhares de cidadãos australianos e residentes no exterior.

“Não queremos levar a covid-19 novamente para o nosso país, mas temos o direito de voltar”, disse David Jeffries numa conversa através da plataforma Zoom, a partir da sua atual casa, em Portage la Prairie, Manitoba, no Canadá.

Não existem dados seguros ​​sobre o número de pessoas retidas devido às medidas adotadas pelo Governo australiano durante a pandemia. No final de março, mais de 50 mil norte-americanos ficaram retidos no exterior, quando as viagens internacionais quase cessaram, informaram na época as autoridades dos Estados Unidos (EUA).

A Austrália, contudo, tem das mais rígidas restrições de fronteira – os residentes precisam de permissão para sair, e, desde 20 de março, só é permitida a entrada a cidadãos, residentes e grupos específicos. As chegadas são limitadas a cerca de oito mil pessoas por semana, tendo estas que se isolar em hotéis durante 14 dias, por sua conta.

Em janeiro, cerca de 2,3 milhões de pessoas viajaram para a Austrália. Em setembro, o número baixou para 16.720.

Um colapso semelhante em viagens ocorreu na Ásia, onde as restrições são mais duras do que nos EUA e na Europa, embora sem a quarentena rígida da Austrália. O número de visitantes no Japão passou de 2,7 milhões em janeiro para 13.700 em setembro; na Coreia do Sul passou de 1,3 milhão para 64.000 no mesmo período e no Vietname, de 2 milhões para 13.800, de acordo com a empresa de pesquisa CEIC Data.

Esta semana, o estado mais populoso da Austrália, Nova Gales do Sul, permitiu que estádios chegassem à sua capacidade máxima e que os ginásios e bares reabrissem. Para sábado está programado que seja levantada a última restrição nas fronteiras. Especialistas acreditam, porém, que permitir o regresso dos residentes que estão no exterior pode colocar em risco a resposta à pandemia, uma das mais bem-sucedidas do mundo.

“Não há justificação para apressar esse retorno e passar para um sistema de quarentena inferior”, disse John Kaldor, epidemiologista da Universidade da Nova Gales do Sul. “Foi o sistema de quarentena que nos permitiu voltar a um estado semi-normal”.

Com alguns aviões com destino à Austrália quase vazios por causa das restrições, passageiros relataram que as companhias aéreas incentivaram-nos a comprar bilhetes para a primeira classe ou para a classe executiva, que podem chegar aos 15.000 dólares (cerca de 12,3 mil euros) nos EUA ou na Europa, potenciando as hipóteses de repatriamento.

Ao chegarem, os viajantes são encaminhados por agentes ou guardas militares até hotéis específicos, onde não podem sair dos seus quartos.

Daniel Pockett / EPA

“Acho que a situação está a ficar muito difícil e que algo deve ser feito visto que os direitos dos indivíduos estão a ser violados”, disse Laura A. Dickinson, professora da Escola de Direito da Universidade George Washington, especializada em Direitos Humanos e Segurança Nacional.

Em teoria, os australianos retidos no estrangeiro poderiam apelar para a ajuda da Organização das Nações Unidas (ONU). Em 1980, a Austrália ratificou o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, que garante aos cidadãos o direito de entrar nos seus próprios países.

O Comité de Direitos Humanos da ONU, presidido por um diplomata egípcio, pode decidir sobre as queixas apresentadas ao abrigo do tratado. O processo, no entanto, é lento e não há sinais de que alguém pretenda usá-lo contra o Governo australiano, que transferiu a responsabilidade para os governos estaduais, que precisam concordar com o número de espaços disponíveis para a quarentena.

O primeiro-ministro Scott Morrison disse em outubro que queria levar os cidadãos australianos de volta para o país até ao Natal, algo que, segundo o artigo, é pouco provável. A 26 de novembro, as autoridades indicaram que número de pessoas à espera para retornar ao país era 36.875.

No Canadá, a família Jeffries planeava voltar para a Austrália a 29 de março. Mas a 17 desse mês, o governo australiano aconselhou os residentes a voltarem imediatamente. Um dia depois, a fronteira do Canadá com os EUA foi fechada. Os voos do casal foram cancelados. Tentaram, sem sucesso, embarcar em abril.

Alugaram então um apartamento perto da casa da mãe de David. A 12 de novembro, o governo local impôs restrições de “código vermelho”, impedindo a família de sair de casa, até mesmo para ver a mãe de David, que mora a alguns quarteirões.

Embora tenham permissão legal para voltar para casa, os riscos são consideráveis. David tem nacionalidade canadiana, embora seja residente permanente na Austrália há 20 anos. Mas os vistos de turista da sua esposa e do filho já expiraram.

Se tentarem chegar à Austrália através dos EUA ou do Oriente Médio e não puderem embarcar para Sydney ou Perth, a família teme ficar retida nos Emirados Árabes Unidos ou em Los Angeles.

Kate precisa de regressar à Austrália antes que a sua licença de maternidade acabe, em fevereiro. David trabalha remotamente para uma empresa de software de Perth. “Ficar preso por dias ou semanas num aeroporto seria o nosso pior pesadelo”, disse.

O estado de Victoria voltou a aceitar chegadas internacionais na segunda-feira, aumentando a capacidade de quarentena. No entanto, outros estados continuam relutantes em aceitar mais pessoas, temendo serem responsabilizados por algum surto.

O último caso de coronavírus registado na Austrália foi a 03 de dezembro, um funcionário de um hotel onde viajantes estrangeiros ficam em quarentena. Entre os que estão em quarentena, foram identificados 62 casos na semana passada.

https://zap.aeiou.pt/365286-365286

 

Gatos que vivem no Museu Hermitage herdam dinheiro de médico francês !

Um médico francês deixou cerca de três mil euros aos gatos que vivem nos porões do Museu Hermitage, em São Petersburgo. Os animais tornaram-se um dos símbolos da cidade russa.


Na passada terça-feira, dia 8 de dezembro, o Museu Hermitage, em São Petersburgo, informou que um médico francês decidiu deixar uma herança de três mil euros aos gatos que vivem nos porões do museu russo.

“Recebemos a informação sobre a herança este verão. Para já, o processo está na fase das burocracias legais que estão na fase final”, informou o serviço de imprensa do Hermitage. Segundo a AFP, que é citada pela Swiss Info, a herança foi deixada por Christophe Batard, um médico francês que faleceu aos 51 anos.

“O nosso amigo francês fez algo notável. É um belíssimo gesto“, comentou o diretor do Hermitage, Mikhail Piotrovski, durante uma conferência de imprensa. O responsável propôs ainda que o dinheiro herdado pelos gatos seja utilizado para restaurar os porões onde vivem.

Em 1745, a imperatriz Isabel I, filha de Pedro o Grande, assinou uma ordem para “encontrar em Kazan os melhores gatos, os maiores, e mais aptos para capturar ratazanas, com a intenção de enviá-los à corte de Sua Majestade”. Segundo o museu, o local é a casa destes gatos desde essa época.

Em 1764, a imperatriz Catarina, a Grande, fundadora do Hermitage, deu aos gatos a importante missão de guardar as galerias de arte. Os felinos foram alojados para manter os roedores longe das instalações.

De acordo com a CNN, moram cerca de 50 gatos no famoso museu de São Petersburgo, que abriga três milhões de obras de arte, artefactos e esculturas distribuídas por vários edifícios.

https://zap.aeiou.pt/gatos-hermitage-herdam-dinheiro-365105

 

Uniforme feito de píxeis promete camuflar soldados no campo de batalha

Uma equipa de investigadores da Coreia do Sul está a desenvolver uma espécie de capa de camuflagem, feita de píxeis, para os soldados usarem no campo de batalha. Em testes preliminares, o uniforme obteve resultados satisfatórios.


Inspirada nas “propriedades intrigantes de camuflagem dos cefalópodes”, como lulas e polvos, a roupa funciona à base do aquecimento e arrefecimento: a cor que o sistema assume depende da temperatura a que é submetido. Para o efeito, o metamaterial é formado por píxeis que contêm cristais líquidos termocrómicos.

A camuflagem visível é, assim, obtida consoante o ambiente, fazendo com que a roupa se camufle no que a rodeia. O traje é também inovador na medida em que permite a camuflagem por calor – os soldados, por exemplo, poderão passar despercebidos pelas câmaras de infravermelhos ou térmicas, explica o Interesting Engineering.

Nos testes, os cientistas da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, colocaram uma mão sobre um fundo onde várias temperaturas e cores foram aplicadas. “À medida que a mão se move em fundos diferentes (seja um modo de camuflagem visível ou infravermelho), cada píxel muda sequencialmente a sua cor/temperatura com base nas suas posições relativas”, escreveu Seung Hwan Ko, líder da equipa.

O sistema ainda não está concluído, uma vez que a identificação das cores ainda depende dos próprios investigadores, que têm de inserir manualmente os tons para que a “capa” funcione. Para resolver o problema, a equipa quer implantar uma câmara de forma a permitir um atuação autónoma do dispositivo.

Além disso, os investigadores querem incorporar tecnologias para que os soldados resistam a temperaturas extremas, com o objetivo de ser criado um “casulo” em campo de guerra.

O estudo com os resultados até agora obtidos foi publicado recentemente na Advanced Functional Materials. O artigo sugere um futuro em que as tropas se movem de maneira invisível, independentemente das suas assinaturas de calor.

https://zap.aeiou.pt/uniforme-pixeis-camuflar-soldados-365050

 

Os táxis de Londres, um dos maiores ícones britânicos, podem estar prestes a desaparecer !

A pandemia veio prejudicar (e muito) os negócios, sobretudo nos países mais afetados pelo vírus, como é o caso do Reino Unido. Quem não conhece os famosos táxis de Londres? A verdade é que até os enigmáticos transportes estão cada vez mais vazios, e isso fez com que se criasse um autêntico cemitério de táxis.


Depois de vários meses em confinamento, são muitas os negócios que se vêm com cada vez mais dificuldades em sobreviver. Agora, com ruas vazias e sem os curiosos turistas, os taxistas têm cada vez menos receitas e isso fez com que se vissem obrigados a entregar os seus carros, que estão a acumular-se num verdadeiro cemitério de táxis.

Numa cidade a cerca de 30 km de Londres, a vista é chocante. Quem passa na zona pode ver os famosos táxis negros de Londres, estacionados num campo lamacento. Os automóveis foram sendo devolvidos pelos motoristas às empresas de aluguer por causa do colapso dos negócios, depois do país entrar num “lockdown” em março.

Porém, à medida que o número de táxis parados se acumulava, a empresa começou a ficar sem espaço para os guardar nas suas garagens, por isso teve de arranjar um outro local para estacionar os carros que agora não se encontram no ativo, diz o New York Times

“Eu chamo este campo, de campo dos sonhos desfeitos”, disse Steve McNamara, secretário-geral da Associação dos Motoristas de Táxis Licenciados, que representa cerca de metade dos mais de 21.500 taxistas licenciados da capital britânica.

McNamara, que lutou pela permanência dos táxis contra a concorrência do Uber, diz que a pandemia é uma ameaça ainda maior. Segundo o representante, a menos que o governo ofereça uma maior ajuda financeira, Londres pode perder um dos seus símbolos mais conhecidos. “Somos o único ícone de Londres que resta, e eu temo que nos próximos três anos já não estejamos no ativo”.

Ryan Spedding, que conduz um táxi há quase nove anos, recorda o momento em que primeiro-ministro Boris Johnson foi à televisão, em março, para dizer que a população não deveria sair de casa. No dia seguinte, Spedding conta que conduziu o seu táxi até Londres e descobriu uma cidade fantasma.

Para compensar os negócios perdidos, alguns motoristas passaram a oferecer passeios pelas ruas para que os passageiros possam apreciar as luzes de Natal na Regent Street. Há poucos turistas a aderir, mas os moradores locais, confinados há semanas, parecem estar ansiosos por sair, e representam alguma réstia de esperança para esta classe.

Os motoristas que não podem “abandonar” o seu carro, estão a passar por ainda maiores complicações financeiras, pois a maioria tem carros para pagar, e o que ganham não é suficiente para pagar as rendas mensais.

Desde janeiro de 2018, todos os táxis recém licenciados em Londres devem ser elétricos. Um novo modelo elétrico custa cerca de 65.000 libras (perto de 71 mil euros) e são muitos os motoristas que financiam a compra, o que os sobrecarrega com pesados ​​pagamentos mensais, que em tempos de pandemia são difíceis de cobrir.

https://zap.aeiou.pt/taxis-londres-desaparecer-pandemia-365044

 

sábado, 12 de dezembro de 2020

Incidente de Roswell - Diário secreto fornece novas pistas sobre queda de OVNI em 1947 !

Um diário há muito escondido, pertencente a um oficial de inteligência dos Estados Unidos, reacendeu o debate sobre o Caso Roswell, o infame acidente de um OVNI em Roswell, no Novo México, que ocorreu há mais de 70 anos.

Quando um objeto misterioso chocou contra o deserto perto do Roswell Army Air Field (RAAF) em julho de 1947, o major Jesse Marcel, oficial da inteligência da RAAF, foi enviado para supervisionar a recolha dos destroços.

Um assessor de imprensa da RAAF emitiu uma declaração em 8 de julho a descrever “a queda e a recuperação de ‘um disco voador'”, que muitos interpretaram como evidência de contacto com extraterrestres.

No entanto, no dia seguinte, outro oficial do exército disse aos jornalistas que os oficiais da RAAF tinham recuperado um balão meteorológico – não um disco voador.

Fotografias de jornal mostraram Marcel com pedaços do que parecia ser um balão meteorológico de alta altitude rasgado com um refletor de radar. Mas, nas décadas seguintes, muitos especularam sobre o relatório inicial dos militares sobre o “disco voador”, perguntando-se se os destroços seriam mais incomuns do que as fotografias sugeriam.

Recentemente, a família de Marcel revelou que o oficial tinha um diário naquele período que pode conter pistas sobre o acidente, dando início a uma nova investigação do History Channel “Roswell: The First Witness”, parte da série “History’s Greatest Mysteries”.

O Governo alegou ter recuperado um OVNI – tinham um comunicado à imprensa sobre isso”, disse Ben Smith, ex-agente da CIA e investigador principal do programa, em declarações ao LiveScience. “Nenhum outro Governo no mundo disse ‘Temos uma espaçonave’ e, no dia seguinte, há outro comunicado de imprensa que diz: ‘Não se preocupem, foi só um balão meteorológico'”.

O programa revisita o local do acidente em Roswell, incorporando investigações aéreas e mapeamento, e usando imagens multiespectrais para detetar micro-depressões no solo que podem indicar onde os destroços caíram.

Porém, o componente central da nova investigação é o diário que Marcel terá mantido durante a época do acidente de Roswell e que agora está na posse de seus netos.

Décadas após o evento, Marcel disse a um entrevistador que acreditava que o objeto que caiu no deserto do Novo México tinha origens extraterrestres, segundo relatou a revista Time em 1997.

A análise do diário – e a tradução da sua linguagem enigmática – poderia revelar mensagens codificadas com as quais Marcel descreveu o acidente no momento em que aconteceu.

O interesse por OVNIs não diminuiu desde o Incidente de Roswell. Em 2017 e 2018, os pilotos da Marinha dos Estados Unidos registraram três encontros com OVNIs em movimento rápido e a Marinha desclassificou oficialmente os vídeos em abril deste ano.

O interesse por OVNIs não diminuiu desde o Incidente de Roswell. Em 2017 e 2018, os pilotos da Marinha dos Estados Unidos registraram três encontros com OVNIs em movimento rápido e a Marinha desclassificou oficialmente os vídeos em abril deste ano.

Por que os eventos de Roswell ainda intrigam as pessoas?

“É a história de origem do OVNI, a perspectiva de um encobrimento do Governo sobre o contacto alienígena”, disse Smith. “A ficção científica já existia, mas as coisas que passaram para nós através da cultura pop encontraram as suas origens no sigilo do Governo em torno dessa estranha sequência de eventos em 1947″, disse Smith. “Tudo começa em Roswell.”

https://zap.aeiou.pt/diario-secreto-militar-fornece-novas-pistas-queda-do-365297

Ilegalidades ou debaixo do colchão ? Ninguém sabe onde estão 50 mil milhões que saíram do Banco de Inglaterra !

Um grupo de legisladores do Reino Unido revelou que até 50 mil milhões de libras em dinheiro estavam “desaparecidos” e pediu ao Banco da Inglaterra que investigue a situação.


O Banco da Inglaterra foi criticado por legisladores no Reino Unido após ter sido sabido que 50 mil milhões de libras em notas estavam “desaparecidas”. Um poderoso grupo do Comité de Contas Públicas (PAC) do Governo britânico disse que o banco central do Reino Unido precisa de assumir a responsabilidade pelo dinheiro não contabilizado e “assumir um papel mais proativo em rastreá-lo.”

Segundo a CNN, o uso de dinheiro tem diminuido há anos na Grã-Bretanha, mas a demanda por notas está a disparar – e ninguém sabe ao certo para onde está a ir o dinheiro.

O Banco da Inglaterra nega responsabilidade pelo dinheiro. “É responsabilidade do Banco da Inglaterra atender à demanda pública por notas. O banco sempre atendeu a essa demanda e continuará a fazê-lo. Membros do público não de precisa explicar ao banco por que deseja ter notas. Isso significa que as notas não estão desaparecidas”, anunciou o banco, em comunicado.

O economista independente e investigador de economia do Instituto de Assuntos Económicos (IEA) Julian Jessop argumentou que dizer que 50 mil milhões de libras “desapareceram” não faz justiça à situação. Para Jessop, a reação imediata ao relatório do PAC foi alarmista.

“Só está desaparecido no sentido de que não sabemos como este dinheiro está a ser usado”, disse Jessop, em declarações à Newsweek. “Em certo sentido, nunca saberemos. Tenho dinheiro na carteira, para que está a ser usado? Posso comprar alguma coisa ou posso apenas guardá-lo. Acho que desaparecido é a palavra errada, não contabilizado também está errado. Está em circulação, não desapareceu nem foi roubado, mas não sabemos exatamente como está a ser usado”.

“O Banco da Inglaterra perdeu o controlo de £50 mil milhões em notas – o equivalente a uma pilha de notas de 5 libras com 800 milhas de altura. O que aconteceu com os seus controles internos, registros e auditorias?”, escreveu Prem Sikka, trabalhista na Câmara dos Lordes.

Sikka “genuinamente parecia pensar que o dinheiro tinha sido perdido nos cofres do próprio Banco da Inglaterra”, disse Jessop. “Teria sido o maior roubo da história.”

O National Audit Office descobriu que, em julho, notas esterlinas no valor de 76,5 mil milhões de libras estavam em circulação no Reino Unido.

Porém, o Banco da Inglaterra estimou que apenas 20% a 24% estava a ser usado ou retido para transações em dinheiro do dia-a-dia. O banco estima que mais 5% do dinheiro são mantidos como poupança pelas famílias do Reino Unido. Isso deixa cerca de 70% – ou pouco mais de 50 mil milhões de libras, “não contabilizados”.

O PAC, que examina a economia no Reino Unido, especulou que o dinheiro pode ter sido mantido como poupança familiar não declarada, possivelmente levado para o exterior ou usado na economia subterrânea. “O Banco da Inglaterra não sabe”, disse.

Para Jessop, a economia subterrânea “poderia explicar a falta de dinheiro” – mas acha que é uma visão muito simplista. “Não é implausível, a investigação da IEA sugere que cerca de 10% da economia do Reino Unido pode ser a economia paralela, que pode mais do que representar os 50 mil milhões”, disse. “Não acho que seja isso, acho que é mais provável que as pessoas estejam mais dispostas a segurar o dinheiro agora”.

O problema das notas não contabilizadas não é novidade, mas a pandemia pode ter ajudado a aumentar a quantidade que está “desaparecido”. O dinheiro “perdido” pode aparecer em transações e depósitos bancários quando a pandemia diminuir e as taxas de juros começarem a aumentar outra vez.

Já a presidente do PAC, Meg Hillier, disse que o banco “precisa de controlar melhor a moeda nacional que controla” e não está convencida com argumento de que o dinheiro está nas carteiras de indivíduos em todo o país. “Há mais de nós a colocar dinheiro debaixo do colchão por causa da covid? Teria de ser muitos de nós a fazer isso”, disse Hillier.

Jessop considera que o foco do PAC na economia subterrânea desviou a atenção da verdadeira questão no centro do seu relatório: o impacto de uma sociedade sem dinheiro em comunidades vulneráveis, idosas ou remotas. “Devemos concentrar-nos nas questões mais amplas de acesso ao dinheiro, onde alguns dos mais vulneráveis na nossa sociedade enfrentam problemas reais”, disse.

https://zap.aeiou.pt/50-milhoes-de-libras-em-notas-desapareceram-no-banco-365221

 

Mexicanos armados, travessias ilegais e fraude - Denúncia divulga o que se passa na construção do muro de Trump !

Numa denúncia divulgada na semana passada, informantes que trabalham na construção do muro de Trump acusaram os empreiteiros de empregar ilegalmente guardas mexicanos para proteger as obras. Segundo os trabalhadores, estes encontram-se armados.

Os dois funcionários acusaram a empresa Sullivan Land Services Co. (SLS), bem como uma empresa subcontratada, a Ultimate Concrete of El Paso, de contratar trabalhadores que não foram aprovadas pelo governo dos EUA.

Os trabalhadores revelam que a Ultimate Concrete construiu uma estrada rústica para agilizar as travessias ilegais da fronteira e usou veículos de construção para bloquear as câmaras de segurança. De acordo com a denúncia registada em fevereiro e divulgada na sexta-feira, dia 4 de dezembro, o processo foi autorizado por um supervisor não identificado do Corpo de Engenheiros do Exército.

As alegações vieram à tona quando dados obtidos pelo The New York Times mostraram que o muro ao qual Donald Trump chamou de “impenetrável”, se mostrou bastante penetrável, pois foi repetidamente atravessado por migrantes.

O Departamento de Justiça notificou o tribunal na semana passada que não iria intervir no caso, levando um juiz a retirar a reserva de divulgação. A lei federal permite que os denunciantes investiguem o caso “em nome dos Estados Unidos” ou, com a permissão do governo federal, procurem um acordo.

Um dos trabalhadores que fez a denúncia, disse ao FBI que tinha descoberto as movimentações através de auditorias mensais dos trabalhadores no local.

Os documentos mostram que a SLS, uma das principais construtoras do muro de Trump, recebeu contratos no valor de mais de 1,4 mil milhões de dólares para trabalhar em vários setores da fronteira. Com esses fundos, a empresa teria permitido que a sua subcontratada, Ultimate Concrete, contratasse mexicanos armados e facilitasse as travessias da fronteira que o presidente propôs fechar.

Segundo os denunciantes, a Ultimate Concrete “construiu uma estrada rústica que permitiria o acesso do lado mexicano da fronteira aos Estados Unidos“.

Em julho de 2019, um gerente de projeto do SLS pressionou um dos informantes a não incluir informações sobre os guardas de segurança mexicanos nos relatórios que seriam apresentados ao Corpo de Engenheiros do Exército.

Os funcionários também acusaram as empresas de apresentar faturas fraudulentas para os custos do muro e de “esconder” todos os lucros do projeto.

Liz Rogers, porta-voz da SLS, afirmou em comunicado que a empresa não tinha comentários a fazer sobre as acusações.

Jesse Guzmán, presidente da Ultimate Concrete, revelou ao New York Times que não tinha conhecimento da queixa, mas rejeitou as acusações. “Qualquer um pode reivindicar o que quiser e isso não o torna correto ou verdadeiro”, comentou.

Tanto o Departamento de Justiça dos EUA, como o advogado dos denunciantes, não quiserem prestar nenhuma declaração ao jornal The New York Times.

https://zap.aeiou.pt/travessias-ilegais-fraude-muro-trump-364824

 

Em plena escalada de tensão, há aldeias chinesas a “nascer” junto à fronteira com a Índia !

Pelo menos três aldeias surgiram este ano na região estrategicamente sensível ao longo da fronteira entre a Índia e a China, chamada de Linha de Controle Real (LAC).


De acordo com o Vice, imagens de satélite da empresa norte-americana Planet Labs em 9 de dezembro  mostram a rivalidade estratégica contínua entre os dois países mais populosos do mundo.

As aldeias foram construídas a aproximadamente cinco quilómetros da passagem de Bum La, no estado de Arunachal Pradesh, no nordeste da Índia, que não é reconhecido pela China como parte da Índia. A China, em vez disso, chama a região de Tibete do Sul.

Essas aldeias geraram ansiedade na Índia, especialmente após a violenta disputa com o exército chinês que levou à morte de soldados indianos. A China não divulgou as suas baixas nos conflitos.

A disputa de fronteira gerou temores de que os dois países possam entrar em guerra.

Apenas uma semana antes do surgimento dessas imagens de satélite, havia imagens de aldeias na fronteira da China com o Butão. Uma aldeia em particular foi construída 2,5 quilómetros dentro da fronteira com o Butão. A aldeia chinesa estava a apenas sete quilómetros de Doklam, uma área de fronteira com o Butão e a Índia onde os exércitos indianos e chineses tiveram um impasse militar em 2017.

No mês passado, o Global Times, um jornal estatal chinês, respondeu à polémica, afirmando que esta vila está dentro do território chinês. A vila – que tem amenidades como praça pública, centro de saúde e supermercado – exemplifica “grande melhoria na capacidade de construção de infraestruturas da China”, apesar do terreno difícil.

“Há muitos lugares onde os chineses vivem e pastam há muito tempo”, afirmava o relatório. “Mas são necessárias mais pessoas ao longo da fronteira para realmente salvaguardar a soberania territorial da China.”

Em agosto, o Global Times publicou outro relatório que documentava pastores tibetanos que viviam perto das fronteiras da China com a Índia a receber acomodações organizadas pelas autoridades chinesas. “Para os residentes que estabeleceram uma casa perto da fronteira, pastorear é patrulhar e viver é proteger a fronteira”, disse o relatório.

A LAC é uma demarcação conceitual entre o território indiano e chinês. A fronteira oficial nunca foi marcada no mapa, uma vez que ambos discordam sobre os seus detalhes: a Índia considera a LAC com 3.488 quilómetros de extensão, enquanto a China a considera em torno de 2.000 quilómetros.

A ambiguidade das fronteiras também resultou no “sequestro” de civis indianos pelo Exército de Libertação do Povo Chinês (ELP), que passaram para o outro lado enquanto procuravam alimentos ou pescavam.

A China também é conhecida por ter reforçado o seu controle sobre os regulamentos de segurança na região de fronteira do Tibete nos últimos anos para combater os riscos de terrorismo e “separatismo”.

https://zap.aeiou.pt/plena-escalada-tensao-ha-aldeias-chinesas-nascer-junt-365211

 

Ilhas Marshall podem desaparecer devido às alterações climáticas !

 

As Ilhas Marshall estão em risco de desaparecer devido à subida da água do mar, causada pelas alterações climáticas. Investigadores pedem uma “adaptação radical”.

Ao longo da costa dos Estados Unidos, da Califórnia à Flórida, os residentes estão cada vez mais acostumados a um fenómeno conhecido como “King Tide” (Maré-rei). Estas marés muito altas levam a enchentes e causam estragos nas comunidades afetadas. À medida que as alterações climáticas aumentam os níveis do mar, elas estão a tornar-se mais extremas.

As “King Tide” não são novidade para as Ilhas Marshall, uma nação formada por 29 atóis de coral que se estendem do Oceano Pacífico ao nordeste da Austrália. Em 2035, o U.S. Geological Survey projeta que algumas das Ilhas Marshall ficarão submersas.

Outras não terão mais água potável porque os seus aquíferos ficarão contaminados com água salgada. Como resultado, os habitantes das Ilhas Marshall seriam forçados a migrar para longe da sua terra natal.

Este cenário não é inevitável. Uma equipa de investigadores sugere que medidas de adaptação em grande escala que poderiam salvar essas e outras ilhas ainda são possíveis, e que os líderes marshalleses estão comprometidos a adaptarem-se. Mas a história colonial da sua nação tornou difícil para eles agirem, deixando-os dependentes de ajuda estrangeira. E, até o momento, os financiadores externos não quiseram ou não puderam investir em projetos que poderiam salvar o país.

A maioria das outras nações insulares do mundo compartilham histórias coloniais semelhantes e enfrentam desafios climáticos semelhantes. Sem uma adaptação rápida e dramática, nações insulares inteiras podem tornar-se inabitáveis. Para as Ilhas Marshall, isto deve acontecer em meados deste século.

As Ilhas Marshall ganharam soberania em 1986, mas os EUA mantêm plena autoridade e responsabilidade por “questões de segurança e defesa nas Ilhas Marshall”, incluindo o direito de usar as terras e águas marshallianas para atividades militares.

Além disso, embora as ilhas fossem um território de confiança dos EUA, os Estados Unidos não fomentaram uma economia autossuficiente. Em vez disso, injetaram grandes quantidades de ajuda sob a suposição de que as ilhas eram, nas palavras do investigador Epeli Hau’ofa, “demasiado pequenas, pobres e isoladas para desenvolver qualquer grau significativo de autonomia”.

O grosso dessa ajuda foi para fornecer serviços sociais em vez de promover o desenvolvimento económico, resultando numa economia baseada quase que inteiramente em transferências financeiras dos EUA.

Que opções têm as Ilhas Marshall para proteger os seus cidadãos das alterações climáticas? Quando os investigadores se reuniram com o ex-Conselheiro Nacional do Clima Ben Graham em 2019, ele disse que seria necessária uma “adaptação radical”.

Para controlar as enchentes provocadas pela subida das águas do mar, a nação precisaria de elevar terras e consolidar a sua população nos centros urbanos. Fazer isto “não é nada de transcendente”, disse Graham. “A China está a construir ilhas todos os dias, a Dinamarca planeia construir nove ilhas artificiais. Não é novo, mas é caro”.

De acordo com Graham, a implementação do próximo Plano Nacional de Adaptação custará cerca de mil milhões de dólares. Isto é dinheiro que o país não tem.

Mas um atol provavelmente será salvo: Kwajalein, que é ocupado pelos militares dos EUA. Os norte-americanos já fizeram investimentos substanciais para entender como é que o subida das águas do mar está a afetar os seus recursos militares em Kwajalein.

https://zap.aeiou.pt/ilhas-marshall-podem-desaparecer-365314

Nas ruas de Pequim, já circulam cinco carros sem motorista !

A autoridade de transporte de Pequim, na China, deu “luz verde” para que cinco dos veículos autónomos da Baidu Apollo circulem pelas ruas públicas da capital do país sem um motorista de segurança a bordo.

A fim de atender aos rigorosos requisitos de segurança definidos pelas autoridades de Pequim para testes de veículos autónomos, os carros da Baidu Apollo tiveram de percorrer mais de 30 mil quilómetros de testes de direção perfeitos em estradas abertas antes de serem submetidos a uma avaliação num teste numa faixa fechada.

Os veículos envolvidos nos testes públicos vão usar o sistema de direção de Inteligência Artificial (IA) da Apollo, que já transportou mais de 100 mil passageiros em 27 cidades ao redor do mundo.

No entanto, de acordo com o NewAtlas, a assistência humana estará à disposição em caso de emergência graças ao serviço de direção remota 5G da empresa.

Esta tecnologia combina sistemas de transporte inteligentes e redes 5G de alta velocidade para permitir que operadores humanos forneçam uma rede de segurança adicional quando necessário.

Segundo a Baidu Apollo, as licenças de teste de veículos totalmente sem motorista permitirão à empresa “reduzir gradualmente a intervenção humana em veículos de teste e, eventualmente, remover motoristas de segurança nos seus testes de estrada de veículos autónomos” e é um passo fundamental na comercialização de tecnologias de veículos autónomos.

Na semana passada, a AutoX anunciou o lançamento de uma frota de RoboTaxis autônomos no centro de Shenzhen, representando a primeira vez que tais veículos foram implantados na China sem motoristas de segurança ou operadores remotos.

Jiang Zheng, especialista em direção autónoma do centro de pesquisa e desenvolvimento GAC da China, disse que os testes de estrada sem condutor são um elo fundamental no desenvolvimento de tecnologias de direção autónoma e irão acelerar a comercialização de veículos autônomos.

“Comparados com os testes em faixas fechadas e sob a supervisão de um motorista reserva, os testes em estradas sem motorista em vias públicas examinarão vários recursos do sistema de direção autónomo, especialmente a forma como os veículos autónomos lidam com emergências”, disse Jiang.

De acordo com o China Daily, o país asiático está a planear realizar a produção em escala de veículos capazes de condução autónoma condicional e comercialização de veículos altamente autónomos em certas circunstâncias até 2025, de acordo com um plano emitido pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação e outros nove ministérios.

https://zap.aeiou.pt/pequim-ja-circulam-carros-364649

 

Igualdade de género num país religioso - Argentina está a um passo de fazer história e legalizar o aborto !

O presidente Alberto Fernández tem feito dos direitos das mulheres um princípio central do seu governo, e agora os legisladores argentinos deram um grande passo na legalização do aborto.


A aprovação do projeto na Câmara dos Deputados da Argentina demorou mais de 20 horas a ser discutida. Apesar de ter o apoio do presidente, a proposta precisa de passar pelo Senado para legalizar oficialmente o aborto no país.

A Argentina celebrou, nas ruas de Buenos Aires, a aprovação pela Câmara dos Deputados do projeto de lei que autoriza a interrupção legal da gravidez até a 14ª semana de gestação. A proposta recebeu 131 votos de deputados favoráveis.

Caso a lei seja aprovada oficialmente, a Argentina irá tornar-se apenas no quarto país a tornar o aborto legal na América Latina, região onde leis rígidas de aborto são a norma e o ensino católico é tido como base para orientar as políticas.

Igualdade de género como conduta política

Nas ruas da capital, milhares de ativistas de ambos os lados da questão (a favor e contra a proposta) cercaram o Congresso na noite de quinta-feira até a manhã de sexta-feira. As áreas onde se encontravam estavam claramente designadas, dependendo das suas posições.

“Estou arrepiada”, disse Stefanía Gras, uma estudante de psicologia de 22 anos que permaneceu junto ao Congresso durante a noite, após a votação. “Sinto que estamos a fazer história”, disse a jovem ao New York Times.

Outro grupo, notavelmente menor, que se opõe à legalização, rezou ao ar livre durante toda a noite, embora a maioria reconhecesse que a lei tivesse grande possibilidade de ser aprovada. “Sinto uma tristeza profunda”, disse Paloma Guevara, que se reuniu ao lado de ativistas antiaborto a noite toda. “A nossa esperança agora é o Senado”, admitiu ao jornal norte-americano.

Apesar dessas dificuldades económicas que o país atravessa, Alberto Fernandez manteve a paridade de género e a orientação sexual como prioridades do seu governo, surpreendendo até mesmo alguns ativistas com as suas iniciativas. No início deste ano, o governo criou um sistema de cotas que reservou pelo menos 1% dos empregos públicos federais para os transgéneros argentinos.

O orçamento do Presidente argentino para 2021 identifica mais de 15% dos gastos projetados como destinados a iniciativas que promovam a igualdade de gênero, incluindo o financiamento de programas de prevenção da violência.

Fernández também pediu à sua equipa que evite agendar reuniões que incluam apenas homens heterossexuais. Desde agosto, qualquer audiência de mais de quatro pessoas com o presidente deve ter mulheres ou membros da comunidade LGBTQ.

Uma nova geração de feministas

Pelo menos 65 mulheres morreram entre 2016 e 2018 devido a complicações em abortos ilegais, de acordo com um relatório da Rede Argentina de Acesso ao Aborto Seguro. Nesse mesmo período, 7262 meninas entre 10 e 14 anos deram à luz.

Neste sentido, o Presidente argentino refere que “estou convencido de que é responsabilidade do Estado cuidar da vida e da saúde de quem decide interromper a gravidez”.

Ao fazer isso, o chefe de estado cumpriu uma promessa de campanha que alguns ativistas temiam que se perdesse no meio de um cenário em que o coronavírus e a crise económica ganham todas as atenções.

Vários analistas políticos veem a aprovação do projeto de lei do aborto na Câmara dos Deputados da Argentina como um acordo fechado. O maior obstáculo virá do Senado, onde a medida falhou por pouco em 2018, depois de enfrentar forte oposição de senadores de províncias rurais, onde as igrejas católica e evangélicas têm grande influência.

Apesar da perda, a mobilização massiva antes da votação de 2018, especialmente por mulheres jovens, galvanizou uma nova geração de feministas na Argentina que foram às ruas em grande número para fazer campanha pelo aborto legal e uma representação mais ampla.

A legalização do aborto atenderia a um dos principais pedidos desse movimento e daria a Fernández a sua maior vitória legislativa, dando mais um impulso a um projeto nacional que já começou a remodelar a Argentina.

Como a pandemia atingiu especialmente as mulheres, tornando-as a maioria entre os recém-desempregados, a Argentina liderou o caminho como o país que tomou o maior número de medidas com perspetiva de género para responder à crise, de acordo com um banco de dados do Desenvolvimento das Nações Unidas Programa.

O maior enfoque da Argentina na igualdade de género ocorre num momento em que outros países da região também garantem que as mulheres têm voz nas decisões governamentais.

https://zap.aeiou.pt/argentina-historia-legalizar-aborto-365300

China prende jornalista da Bloomberg News por “colocar em risco a segurança nacional” !

A Bloomberg News anunciou que Haze Fan, uma jornalista que trabalha com o correspondente em Pequim, foi detida pelas autoridades chinesas por suspeita de colocar em risco a segurança nacional.


Haze Fan, uma cidadã chinesa, foi levada do seu apartamento em Pequim por oficiais de segurança à paisana por volta das 11h30 de segunda-feira, refere a Bloomberg News.

“Estamos muito preocupados com Fan, e temos falado ativamente com as autoridades chinesas para entender melhor a situação. Continuamos a fazer tudo o que podemos para apoiá-la enquanto tentamos encontrar mais informações ”, disse um porta-voz da Bloomberg num artigo do site.

Para já ainda não conhecidos detalhes da investigação, mas esta situação ocorre meses depois de haver uma grande deterioração das condições dos media na China, uma vez que vários jornalistas americanos e australianos foram expulsos do país. Neste sentido, também os cidadãos chineses que trabalham com meios de comunicação ocidentais foram avisados pelas autoridades para terem cuidado.

A China não permite que os seus cidadãos trabalhem como jornalistas para organizações de comunicação fora da China, apenas o podem fazer como assistentes de notícias.

Vários assistentes de notícias chineses, que trabalham com os principais meios de comunicação ocidentais, viram as suas credenciais de trabalho ser revogadas este ano, sendo que grande parte destes condicionamentos iniciaram-se depois dos jornalistas se envolverem em investigações sobre o surto do novo coronavírus em Wuhan.

Foi o que aconteceu a Zhang Zhan, depois de publicar uma reportagem nas redes sociais e em contas de streaming sobre os acontecimentos na cidade chinesa, tida como principal foco da covid-19. A jornalista foi acusada de “criar discussões e causar problemas”.

O documento de acusação indicava que a jornalista “aceitou conceder entrevistas aos media estrangeiros e especulou maliciosamente sobre a pandemia de covid-19 em Wuhan”.

Também um cidadão australiano, Cheng Lei, que trabalhava para uma emissora estatal chinesa, foi detido em agosto com o mesmo argumento que foi dado para a prisão de Fan: suspeita de colocar a segurança nacional em risco. Várias semanas depois, dois outros jornalistas australianos fugiram da China, depois das autoridades chinesas afirmarem que estes estavam no país com o propósito de investigar o caso de Cheng.

A detenção de Fan é a mais recente, depois de um ano de grande tensão para os meios de comunicação ocidentais na China.

No início deste ano, Pequim também expulsou jornalistas americanos do The Washington Post, New York Times e Wall Street Journal, em retaliação às novas restrições do governo de Donald Trump aos media chineses.

Fan trabalha para a Bloomberg News em Pequim desde 2017, mas já trabalhou anteriormente na CNBC, Al Jazeera, CBS News e Thomson Reuters, de acordo com o seu perfil no LinkedIn.

Tom Mackenzie, jornalista da TV Bloomberg News de Pequim, classificou a prisão de Fan como “profundamente perturbadora”, através de um post no Twitter.

“Trabalhei ao lado de Haze durante quase dois anos, quando era a nossa produtora de TV na China. Não é exagero dizer que é uma das melhores, mais motivadas e comprometidas jornalistas que já passou por aqui”, escreveu Mackenzie.

https://zap.aeiou.pt/china-prende-jornalista-bloomberg-365277

Marinha russa em exercícios conjuntos com a NATO pela primeira vez em 10 anos !

A Marinha russa participará de exercícios conjuntos ao lado de membros da NATO pela primeira vez em 10 anos, informou a agência de notícias estatal RIA Novosti, citando a Frota do Mar Negro.


Segundo noticiou o Moscow Times, os exercícios Aman-2021 acontecerão em fevereiro, na costa de Karachi, no Paquistão. Além da Rússia, participará a Marinha do Paquistão, dos Estados Unidos (EUA), da Grã-Bretanha, da China, do Japão, da Turquia, das Filipinas, da Malásia, do Sri Lanka e da Indonésia.

A última vez que a Marinha russa operou em conjunto com a NATO foi em 2011, na costa da Espanha, como parte do exercício Bold Monarch.

Em setembro deste ano, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Rússia, Valery Gerasimov, acusou o bloco militar ocidental de aumentar a sua presença perto das fronteiras russas.

“O crescimento da atividade militar dos EUA e da NATO não está a ocorrer no Atlântico ou no Caribe, mas a uma distância de 20-30 quilómetros das fronteiras russas”, disse Gerasimov, acrescentando que os relatos de comportamento agressivo por parte da Rússia que estão a circular na aliança militar são falsos.

Um relatório da NATO divulgado no início de dezembro identificou a Rússia como uma das suas principais ameaças na próxima década.

https://zap.aeiou.pt/marinha-russa-exercicios-nato-10-anos-365268

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