segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Justiça britânica rejeita extradição de Assange para os Estados Unidos !

A justiça britânica rejeitou, esta segunda-feira, o pedido de extradição do fundador do Wikileaks reclamado pelos Estados Unidos para o julgar pela divulgação de milhares de documentos confidenciais.


A decisão da juíza distrital Vanessa Baraitser foi anunciada, esta segunda-feira, pela defesa de Julian Assange através da sua conta no Twitter, rede social na qual a equipa está a fazer o resumo em direto da audiência. “Considero injusto extraditar o Sr. Assange. Os Estados Unidos têm o direito de recorrer”, afirmou a magistrada.

A juíza justificou a decisão com as preocupações sobre o estado de saúde mental do fundador do Wikileaks, considerando que havia risco de vir a cometer suicídio sob custódia dos EUA.

Segundo a RTP, a decisão da juíza britânica deverá ser contestada pela justiça norte-americana, pelo que o caso poderá chegar ao Supremo Tribunal do Reino Unido.

A justiça norte-americana acusa o fundador do WikiLeaks de espionagem por ter divulgado, desde 2010, mais de 700 mil documentos confidenciais sobre atividades militares e diplomáticas norte-americanas, principalmente no Iraque e no Afeganistão. Se fosse julgado neste país, arriscava uma pena de 175 anos de prisão.

Os Estados Unidos acusam-no de ter colocado em perigo fontes dos serviços norte-americanos, algo que o australiano, de 49 anos, contesta.

Assange foi preso em Londres, em abril de 2019, depois de sete anos a viver na embaixada equatoriana, onde se refugiou após violar as condições da sua liberdade condicional por receio de ser extraditado para os Estados Unidos.

O relator das Nações Unidas sobre temas relacionados com tortura, Niels Melzer, enviou, na terça-feira passada, uma carta aberta ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pedindo-lhe para perdoar o fundador do Wikileaks e defendendo que Assange não é um “inimigo do povo norte-americano”.

Segundo o relator da ONU, o australiano não pirateou nem roubou nenhuma das informações que publicou, tendo-as obtido “de fontes e documentos genuínos, da mesma forma que qualquer outro jornalista de investigação sério e independente” faria.

“Processar Assange por publicar informações verdadeiras sobre condutas oficiais graves, seja na América ou noutro país, constitui aquilo que se chama ‘matar o mensageiro’“, afirmou.

“Ao perdoar Assange, o Presidente envia uma mensagem clara de justiça, verdade e humanidade ao povo norte-americano e ao mundo, reabilitando um homem valente que sofreu injustiças, perseguições e humilhações durante mais de uma década, só por dizer a verdade”, alegou.

O fundador do Wikileaks está detido na prisão de alta segurança de Belmarsh, em Londres, tendo as condições em que vive sido denunciadas por Melzer.

Na carta aberta a Trump, o relator da ONU explica também que o australiano “sofre de um problema respiratório comprovado, que o torna extremamente vulnerável à pandemia da covid-19, que recentemente eclodiu na prisão”.

Também o Governo alemão assumiu estar preocupado com o processo de extradição devido ao “estado de saúde física e mental” de Julian Assange.

“Os direitos humanos e os aspetos humanitários de uma possível extradição não devem ser negligenciados”, escreveu o comissário alemão para os Direitos Humanos e Ajuda Humanitária, Bärbel Kofler, num comunicado divulgado na quarta-feira passada, sublinhando que o Reino Unido está “vinculado pela Convenção Europeia dos Direitos Humanos”.

De acordo com o Diário de Notícias, também há cinco prémios Nobel, quatro deles da Paz, que apelam a Trump que perdoe o australiano: a ativista da Irlanda do Norte Mairead Maguire (1976), o escritor e ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel (1980), a feminista e indígena guatemalteca Rigoberta Menchú (1992), a advogada e ativista política iraniana Shirin Ebadi (2003) e o escritor austríaco Peter Handke (Literatura, 2019).

Além disso, entre os defensores de Assange também se encontram várias celebridades, como os músicos Roger Waters e Brian Eno, o realizador Michael Moore e a atriz Pamela Anderson.

https://zap.aeiou.pt/justica-britanica-decide-futuro-assange-370012

 

Inglaterra pode voltar a confinar, Noruega suspende vida social e Japão pondera estado de emergência !

A nova variante do SARS-CoV-2 já chegou a vários países em todo o mundo e está a fazer com que alguns recuem no alívio de restrições. Boris Johnson, o primeiro-ministro britânico, não põe de lado a possibilidade de voltar a confinar, a Noruega vai impor novas restrições para prevenir uma nova vaga e o Governo japonês prevê a imposição do estado de emergência em Tóquio.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, avisou que poderão ser decretadas restrições mais rigorosas em Inglaterra para combater a rápida propagação do coronavírus, atribuída a uma nova variante.

Nas últimas 24 horas, mais de 55 mil pessoas testaram positivo para o vírus, ultrapassando a barreira das 50 mil pelo sexto dia consecutivo, de acordo com os dados oficiais divulgados este domingo.

“Podemos ter de fazer nas próximas semanas coisas que serão mais difíceis em muitas partes do país”, disse Boris Johnson à BBC, acrescentandoque o encerramento das escolas, uma medida tomada no final de março durante a primeira vaga da pandemia, “é uma dessas coisas”.

Embora o líder conservador tenha dito que a educação das crianças é uma “prioridade”, salientou a necessidade de reconhecer “o impacto da nova variante do vírus“.

Cada uma das quatro nações – Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales – que integram o Reino Unido decide a sua própria estratégia de luta contra o vírus.

No Reino Unido, três quartos da população regressaram ao confinamento e o início do ano escolar foi adiado para alguns alunos, especialmente em Londres e no sudeste de Inglaterra, que são particularmente afetados pelo aumento dos casos.

Em áreas onde as escolas estão abertas, Johnson encorajou os pais a enviarem os filhos à escola, sublinhando que é “seguro”.

“O risco para as crianças e os jovens é muito, muito baixo”, disse.

O Sindicato Nacional da Educação, um agrupamento de professores, disse que as escolas deveriam permanecer fechadas por razões de segurança.

“As escolas desempenham um papel importante na propagação da infeção”, disse Jerry Glazier, membro do comité executivo nacional da NEU, citado pela agência francesa AFP.

“Por isso, pensamos que as escolas são perigosas, tanto para as crianças como para o pessoal”, disse, acrescentando que “muitos professores estavam muito ansiosos por regressar ao trabalho”.

No jornal Sunday Mirror, o líder da oposição trabalhista, Keir Starmer, criticou a ação do governo: “Há confusão entre pais, professores e alunos sobre quem voltará à escola e quem não voltará.”

A partir de segunda-feira, a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo grupo AstraZeneca será administrada no Reino Unido.

Um total de 530 mil doses estará disponível a partir desta segunda-feira, e espera-se que dezenas de milhões de doses estejam disponíveis até ao final de março, tendo o Reino Unido encomendado um total de 100 milhões de doses.

Mais de um milhão de pessoas no Reino Unido já receberam uma dose da vacina da aliança Pfizer/BioNtech, que tem vindo a ser administrada desde 8 de dezembro. Para ambas as vacinas, é necessária a toma de duas doses.

O governo decidiu alargar a administração da segunda dose de 3 para 12 semanas para assegurar que o maior número possível de pessoas receba a primeira dose, uma decisão que levantou dúvidas da comunidade científica e da Pfizer/BioNtech.

“Cada vez que vacinamos alguém uma segunda vez, não vacinamos outra pessoa pela primeira vez. Isto significa que estamos a perder a oportunidade de reduzir significativamente o risco de as pessoas mais vulneráveis ficarem gravemente doentes de covid-19”, justificou Jonathan Van-Tam, vice-chefe médico de Inglaterra em declarações a imprensa.

O Reino Unido é um dos países europeus mais atingidos pela covid-19, com 75.024 mortes.

Noruega com novas restrições

A Noruega vai impor novas restrições para prevenir uma nova vaga da epidemia de covid-19, disse a primeira-ministra, Erna Solberg, este domingo. Entre as medidas estão a proibição em todo o país de servir álcool em restaurantes e o desincentivo a ter visitantes em casa nas próximas duas semanas.

De acordo com o jornal Público, o país do Norte da Europa viu os casos aumentarem no ultimo mês. O indicador do número de pessoas que, em média, um infetado contagia, Rt, é agora de 1,3.

“Estamos a ver sinais de uma nova onda de infeções”, afirmou Solberg em conferência de imprensa, citando como razões o Natal e as celebrações de Ano Novo, bem como o aparecimento da nova variante mais contagiosa do vírus.

Durante as próximas duas semanas, pediu Solberg, os noruegueses devem pôr as suas vidas sociais em suspenso para controlar o vírus. “Peço-vos que não recebam quaisquer visitas em casa. Esperem duas semanas antes de convidar alguém para casa ou de visitar alguém”, disse.

No sábado, o Governo norueguês anunciou que as aulas presenciais nas universidades estavam suspensas e pediu aos alunos que ficassem em casa.

Lojas, jardins-de-infância e escolas primárias vão permanecer abertos. O ensino básico e secundário vai continuar a funcionar, mas com uma maior aposta nas aulas à distância.

Todas as viagens por motivos pessoais, para o estrangeiro ou no país, são desaconselhadas. A Noruega já tinha algumas das medidas mais duras da Europa para viajantes. Na quinta-feira, Oslo impôs testes negativos à covid-19 para todos os estrangeiros, à chegada ou no período de 24 horas, para impedir que a nova variante se espalhe.

Na semana de 21 a 27 de Dezembro, a Noruega tinha a quarta taxa de incidência a 14 dias mais baixa da Europa, só atrás da Islândia, Grécia e Finlândia: 113,6 infetados por 100 mil habitantes, segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças.

Governo japonês prevê estado de emergência em Tóquio

O primeiro-ministro japonês anunciou esta segunda-feira que o Governo estava a planear um novo estado de emergência na região metropolitana de Tóquio devido ao aumento dos casos de covid-19, considerando a situação do país “muito grave”.

Yoshihide Suga disse também esperar que a campanha de vacinação comece a partir do fim de fevereiro. Em conferência de imprensa, o responsável acrescentou que será dos primeiros a receber a vacina.

Suga pediu à população para evitar saídas dispensáveis e declarou que o Governo japonês estava a preparar alterações à lei para poder sancionar estabelecimentos que não reduzam horários ou encerramento temporário, prometendo, ao mesmo tempo, incentivos.

Mais uma vez, o primeiro-ministro japonês reafirmou o compromisso de organizar os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, adiados para o verão deste ano devido à pandemia, repetindo que a organização do evento será “uma prova de que a humanidade venceu o vírus”.

Após suceder em setembro a Shinzo Abe, que se demitiu por razões de saúde, Yoshihide Suga tem sido alvo de fortes críticas relativas à gestão da crise sanitária pelo Governo.

Com cerca de 240 mil infetados e menos de 3.600 mortos, de acordo com os dados oficiais, o Japão tem sido relativamente poupado pela pandemia quando comparado com vários países. Desde novembro, as autoridades sanitárias nipónicas estão a registar um forte aumento dos contágios, que ultrapassaram, na quinta-feira e pela primeira vez, a barreira dos quatro mil novos casos em 24 horas.

No sábado, os governadores de Tóquio e de três regiões vizinhas pediram ao Governo para declarar um novo estado de emergência, tal como em abril e maio passados, progressivamente alargado a todo o país.

Até aqui, o Governo de Suga mostrou-se hesitante em decretar um novo estado de emergência, depois de três trimestres de recessão económica. No entanto, o primeiro-ministro nipónico admitiu agora que “uma mensagem mais forte era necessária”.

“O Governo planeia decretar o estado de emergência” com medidas que permitam, nomeadamente, reduzir as infeções em bares e restaurantes”, declarou.

O estado de emergência permite aos governadores locais pedir às empresas que fechem e aos habitantes que fiquem em casa, sem impor medidas ou qualquer sanção em caso de incumprimento.

Sobre as vacinas, Suga declarou que o Governo esperava dados precisos das empresas farmacêuticas norte-americanas até final do mês, e a campanha poderia começar a partir do final de fevereiro.

As vacinas serão prioritárias para “o pessoal de saúde, idosos e funcionários de lares”, indicou o primeiro-ministro, acrescentando que será um dos primeiros a ser vacinado.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.835.824 mortos resultantes de mais de 84,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

https://zap.aeiou.pt/nova-variante-inglaterra-noruega-japao-369967

 

Nancy Pelosi reeleita presidente da Câmara dos Representantes por escassa maioria !

Este domingo, a dirigente do Partido Democrata, Nancy Pelosi, obteve 219 votos a favor e 206 contra, mantendo-se no cargo para o qual foi eleita.


A dirigente do Partido Democrata norte-americana, Nancy Pelosi, foi reeleita presidente da Câmara dos Representantes pela maioria mais curta das últimas duas décadas, tendo como principal desafio recuperar a economia e fazer frente à covid-19.

A democrata de 80 anos obteve 219 votos a favor e 206 contra, mantendo-se no cargo para o qual foi eleita e que a coloca na terceira linha da sucessão presidencial, atrás do vice-presidente.

Pelosi, que já tinha exercido o cargo entre 2007 e 2011, não enfrentava nenhum oponente, mas teve de superar dois problemas para ser reeleita, segundo a agência EFE: a possibilidade de alguns democratas romperem fileiras e o risco de outros decidirem não viajar para a capital norte-americana devido à pandemia de covid-19.

A partir deste domingo, 3 de janeiro, os representantes do Partido Democrata ocuparão 222 lugares na Câmara dos Representantes, ao passo que os Republicanos terão 211, razão pela qual era importante garantir a presença de quase todos os democratas na votação.

A votação de Pelosi surge no mesmo dia em que foi divulgada uma gravação de Trump a pedir ao governador da Geórgia para “encontrar” os votos necessários para reverter a votação neste Estado, com várias notícias a dar conta de divisões no próprio Partido Republicano sobre estas tentativas do ainda Presidente, nas vésperas de diversas manifestações encorajadas por Trump em Washington a seu favor.

De acordo com a AP, Trump terá garantido o apoio de uma dúzia de senadores republicanos e até 100 membros da Câmara dos Representantes para desafiar o voto do Colégio Eleitoral quando o Congresso se reunir numa sessão conjunta para confirmar o Presidente eleito, Joe Biden, que venceu as eleições com 306 votos a favor e 232 votos contra.

Joe Biden deverá tomar posse a 20 de janeiro, tendo como prioridades imediatas o combate à pandemia de covid-19 e a recuperação da maior economia do mundo.

https://zap.aeiou.pt/nancy-pelosi-reeleita-camara-369983

 

Trump pressionou secretário de Estado da Geórgia para “encontrar” votos que lhe garantissem a vitória !

O The Washington Post teve acesso a uma gravação de uma conversa por telefone entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o secretário de estado da Geórgia e membro do Partido Republicano, Brad Raffensperge.

Donald Trump pediu ao secretário de Estado da Geórgia, que também é membro do Partido Republicano, que encontrasse os votos necessários à sua vitória. Caso não o fizesse, poderia sofrer consequências criminais.

A informação é avançada pelo jornal The Washington Post, que conseguiu uma gravação de uma conversa por telefone mantida entre os dois. O pedido foi recusado.

“Não há nada de errado em dizer que fizeram novos cálculos”, sugeriu Donald Trump. “Quero apenas encontrar 11.780 votos (…) porque vencemos nesse estado”, insistiu, apesar de a vitória do democrata Joe Biden na Geórgia, com 12 mil votos de vantagem, ter sido confirmada por uma recontagem e por auditorias.

O The Washington Post escreve que Brad Raffensperger rejeitou o pedido do Presidente cessante, considerando que a vitória de Biden foi justa. “Acreditamos que os nossos números estão corretos.”

Este domingo, no Twitter, Donald Trump escreveu que Brad Raffensperger “não queria ou não conseguia responder a perguntas relacionadas com a ‘fraude dos boletins de voto de baixo da mesa’, destruição de boletins, ‘eleitores’ de fora do estado, eleitores mortos e muito mais”.

“Ele não fazia ideia!”, acusou o Presidente dos Estados Unidos.

Mais tarde, e em resposta a esta acusação, Raffensperger escreveu na mesma rede social: “Com todo o respeito, Presidente Trump: o que você está a dizer não é verdade. A verdade virá à tona”.

Em novembro, o secretário de estado da Geórgia já tinha denunciado publicamente pressões para não dar a vitória aos democratas naquela região, incluindo ameaças de morte.

https://zap.aeiou.pt/trump-georgia-encontrar-votos-369974

Sem bateria no carro elétrico ? Basta chamar o robô da Volkswagen !

Os esforços da Volkswagen para tornar o carregamento de veículos elétricos uma operação totalmente autónoma começaram com o anúncio do seu conceito de robô de carregamento móvel. Agora, um ano depois, a empresa revelou o robô em forma de protótipo.

Num futuro repleto de veículos elétricos, a Volkswagen tem consciência de que nem todas as garagens vão oferecer tomadas de recarga em quantidade suficiente para alimentar as baterias de todos os automóveis elétricos que lá estacionem. Por esse motivo, decidiu tornar real um projeto que vem desenhando desde o ano passado.

A verdade é que, para o sucesso da implementação do veículo elétrico, é necessária também uma rede de carregamento inovadora que acompanhe o progresso.

“Estabelecer uma infraestrutura de carregamento eficiente é uma tarefa central que desafia todo o setor”, disse Thomas Schmall, CEO do Volkswagen Group Components, em comunicado. “Estamos a desenvolver soluções para ajudar a evitar medidas autónomas caras. O robô de carregamento móvel e a nossa estação de carregamento rápido flexível são apenas duas dessas soluções.”

Segundo o New Atlas, a Volkswagen concebeu um robô que funciona como uma espécie de “mordomo das baterias“: de forma autónoma, recarrega a bateria de um automóvel elétrico de forma muito prática.

A solicitação de carregamento pode ser feita a partir de uma aplicação da Volkswagen e a operação não requer a presença do cliente.

De forma totalmente autónoma, o robô da Volkswagen Group Components, que ainda não tem nome, leva consigo módulos de energia móveis que vai deixando com cada veículo, o que significa que o processo de carregamento pode ser feito em vários automóveis em simultâneo.

O robô vai buscar uma bateria estacionária, com uma capacidade de 25 kWh, que estava a ser recarregada a partir da rede elétrica a uma potência reduzida. Depois, desloca a bateria até ao Volkswagen e, com a ajuda do seu braço articulado, liga o cabo da bateria ao veículo, alimentando-o em DC com uma potência de 50 kW.

Para já, ainda não é conhecido o estado de desenvolvimento do produto final, nem quando poderá chegar ao mercado.

https://zap.aeiou.pt/bateria-carro-eletrico-robo-volkswagen-369324

 

Shadows From the Walls of Death - Há um livro que pode literalmente matar !

Nos Estados Unidos, há um livro que pode, literalmente, matar. A obra chama-se “Shadows from the Walls of Death: Facts and Inferences Prefacing a Book of Specimens of Arsenical Wall Papers” e foi criada por Robert Clark Kedzie – um cirurgião durante a Guerra Civil Americana que, mais tarde, se tornou professor de química – e publicada em 1874.

No final do século XIX, cerca de 65% de todo o papel de parede dos Estados Unidos continha arsénio e o cientista descobriu que, com o tempo, esse veneno era libertado e acabava por ficar no ar, nos alimentos, nas mãos dos habitantes da casa, causava doenças e, às vezes, até matava.

De acordo com o portal Oddity Central, Robert Clark Kedzie compilou 86 amostras de papel de parede de arsénio no seu livro. Naquela época, sabia-se que o arsénio é uma toxina capaz de matar uma pessoa se ingerida, mas ninguém imaginava que o veneno pudesse matar mesmo quando usado como ingrediente ativo para tornar as cores do papel de parede mais vivas.

Como parte de um esforço para aumentar a consciencialização sobre o perigo mortal do papel de parede com arsénio, Kedzie produziu 100 cópias do livro e enviou-as a bibliotecas públicas no Michigan, juntamente com uma nota a explicar o propósito de o livro e um aviso aos bibliotecários para não deixarem as crianças tocarem nas páginas.

Das 100 cópias originais deste livro, apenas quatro sobreviveram até aos dias de hoje, uma vez que, quando as teorias de Kedzie foram provadas corretas, a maioria das bibliotecas que receberam as cópias destruíram-nas.

Atualmente, duas cópias do livro estão na Michigan State University, outra foi parar à biblioteca da Harvard Medical School e a quarta está na National Library of Medicine.

Preservar – e até armazenar – as cópias do livro é uma tarefa bastante difícil. Antes de embrulhar cada página em película plástica em 1998, a cópia na Michigan State University só podia ser tocada por pessoas que usassem luvas especiais, entre outras restrições.

Embora a campanha de Kedzie para aumentar a consciencialização sobre o papel de parede com arsénio tenha envenenado uma mulher que examinou o livro, foi amplamente vista como uma forma eficaz de divulgar os perigos de viver numa casa coberta com decorações mortais.

https://zap.aeiou.pt/shadows-from-the-walls-of-death-ha-um-livro-que-pode-369717

 

Província chinesa vai conceder “licença menstrual” remunerada !

Uma província chinesa vai implementar, a partir de março do próximo ano, uma “licença menstrual” remunerada para mulheres que sofrem de fortes dores menstruais.


A província de Liaoning, no nordeste da China, vai implementar, a partir de março de 2021, algumas mudanças na sua legislação laboral que permitirão às mulheres tirar até dois dias de licença remunerada por mês devido a fortes dores menstruais, desde que apresentem um comprovativo médico, conta o canal estatal russo RT.

Além disso, está também prevista a inclusão da medida que prevê uma licença de maternidade de 98 dias, um exame ginecológico anual pago pelo empregador e a ampliação da formação contra o assédio sexual no local de trabalho.

Desta forma, as autoridades procuram criar um ambiente de trabalho mais flexível e promover um equilíbrio entre a vida pessoal e laboral que incentive as mulheres a ter filhos.

Segundo o mesmo canal, estas medidas também receberam críticas (e de mulheres). Um desses casos é Wei Yiran, uma professora, de 26 anos, que ensina raparigas de áreas rurais. “A minha primeira reação foi que isto irá fazer com que seja mais difícil para nós, mulheres, encontrar trabalho”, disse.

A chinesa explicou que os empregadores do país trataram durante muito tempo as mulheres e as gravidezes como “fardos caros”. Portanto, somar a este contexto uma “licença menstrual”, poderá fazer com que pensem que contratar mulheres irá gerar “demasiados aborrecimentos”.

Além disso, Yiran acredita que as licenças que serão implementadas não irão beneficiar a natalidade e sugeriu que, para que os empregadores contratem mais mulheres, o Governo ofereça incentivos fiscais e financeiros.

https://zap.aeiou.pt/provincia-chinesa-licenca-menstrual-369448

 

domingo, 3 de janeiro de 2021

Acordo do Brexit menciona Netscape Navigator e Mozilla Mail - Ferramentas têm décadas !

Estão incluídas no novo acordo do Brexit referências a software de computador com décadas de idade. Os especialistas acreditam que as autoridades copiaram e colaram trechos da legislação antiga no documento.


A BBC avança que o Netscape Navigator, lançado em 1994, e o serviço de e-mail do Mozilla, criado em 2004, surgem no documento do acordo do Brexit. As ferramentas são intituladas de serviços “modernos”, apesar de já terem décadas de idade.

As referências encontram-se na página 921 do novo acordo, na secção que aborda a tecnologia de encriptação. “Pacotes de software de e-mail modernos, incluindo Outlook, Mozilla Mail, bem como Netscape Communicator 4.x.”, lê-se, ainda que as ferramentas já não sejam utilizadas atualmente.

O professor Bill Buchanan, especialista em criptografia da Universidade Napier de Edimburgo, diz que há “pouca desculpa” para as referências desatualizadas e acredita que o erro aconteceu devido a informações que foram copiadas e coladas de documentos antigos.

“É evidente que algo está errado na redação deste acordo, e arriscamos a dizer que um funcionário público cansado simplesmente cortou e colou um documento de segurança do final dos anos 90″, escreve o site Hackaday, citado pela BBC.

No texto, que está “cheio de siglas”, é também recomendado o uso de algoritmos de encriptação como o SHA-1 e o RSA de 1024 bits, que hoje em dia já se encontram desatualizados. Apesar de serem “uma boa seleção há cerca de uma década atrás, já não estão à altura dos padrões de segurança modernos”, acrescenta Buchanan.

Numa corrida contra o tempo, a União Europeia e o Reino Unido chegaram a um acordo comercial pós-Brexit na véspera de Natal.

https://zap.aeiou.pt/acordo-brexit-netscape-mozilla-mail-369706

 

Universidade turca enviou um espelho a cada aluno para evitar que copiem nos exames !

A prestigiada Bilkent University, em Ancara, Turquia, decidiu enviar um espelho de tamanho médio para cada aluno para evitar “copianços” nos exames feitos a partir de casa.


Uma universidade em Ancara, capital da Turquia, encontrou um novo uso para os espelhos: impedir que os alunos copiem nos exames. De acordo com o TrtWorld, a universidade privada enviou aos seus 11 mil alunos espelhos de médio porte para colocarem atrás de si enquanto se sentam nos seus computadores a fazer as provas, a fim de mostrar que não há ninguém – nem nada – a ajudá-los.

“Acontece que não somos os primeiros a fazer isso”, disse o chanceler Abdullah Atalar, em declarações ao TRT World. “Estamos a tentar garantir os exames online para todos os nossos alunos, garantindo que tenham apenas as perguntas na tela e nada mais. Não é porque pensamos que os nossos alunos copiam.”

“Este é apenas um dos cuidados que tomamos”, continuou Atalar. “Os alunos não tocam no teclado nem no rato, vemos as mãos deles. Escrevem as suas respostas na sua própria letra e, em seguida, digitalizam as suas respostas e enviam-nas para nós para que possam ser avaliadas pelos seus professores”.

Aysu Koca, de 22 anos, uma estudante do 4.º ano de Economia, disse ao TRT World que estava ciente de que receberia uma remessa de espelho porque viu reportagens nas redes sociais e ouviu os seus amigos a falar sobre isso.

Quando ouviram falar do espelho, os alunos preocuparam-se com o seu tamanho e onde colocá-lo. “[Quando chegou, porém], achei que era um espelho útil que poderia usar não dó para os exames, mas depois também.”

Emre Umur Cakir, também de 22 anos, estudante do 4.º ano em Administração, contou que recebeu o e-mail da Bilkent University sobre o espelho antes de ouvir os amigos a falar disso e das redes sociais.

“Recebi a notificação há cerca de duas semanas e o espelho na semana passada”, disse. “Admito que essas são circunstâncias incomuns, mas não acho a ideia muito ilógica”.

Há ainda a “promessa de honra” que Atalar diz ter sido uma ideia dos académicos durante décadas: “Quando estava a estudar nos Estados Unidos, tive de assinar um documento semelhante antes de cada prova a dizer que não faria batota.”

No “juramento de honra” da Bilkent University, lê-se: “Juro pela minha honra que o trabalho que apresentarei para os meus exames finais será inteiramente meu. Não receberei ou utilizarei qualquer assistência não autorizada de nenhuma fonte, nem prestarei tal assistência a terceiros. Entendo e aceito que qualquer violação de integridade da minha parte resultará numa audiência disciplinar e pode levar a penalidades severas”.

Os chamados “espelhos de exame” foram feitos à medida para a Bilkent University por um dos maiores fabricantes de móveis domésticos da Turquia, a Tepe Mobilya. Os 11.500 espelhos produzidos custaram cerca de 3 a 4 dólares cada.

“A Bilkent University preocupa-se com a reputação dos seus alunos. Não queremos que os nossos alunos que se formaram durante a pandemia tenham um diploma de menor valor apenas porque as pessoas suspeitam de que receberam as suas notas por copiar. Estamos a fazer isso para dizer ‘Podem confiar nas notas dos nossos alunos’”.

https://zap.aeiou.pt/universidade-turca-enviou-um-espelho-aluno-evitar-copiem-369401

 

Escócia espera regressar à União Europeia como nação independente !

A primeira-ministra escocesa espera que a Escócia consiga a independência e possa aderir à União Europeia, sublinhando que o Brexit foi contra a vontade dos escoceses expressa em referendo em 2016.


“Estamos agora a passar por um Brexit duro contra a nossa vontade, no pior momento possível, no meio de uma pandemia e recessão económica”, lamentou Nicola Sturgeon numa intervenção na página oficial do seu partido pró-independência, o SNP, dois dias após a saída do Reino Unido do mercado único europeu e da união aduaneira.

A primeira-ministra reiterou a sua determinação em realizar um novo referendo sobre a independência escocesa, após o que perdeu em 2014, quando 55% dos escoceses disseram “não” à separação do Reino Unido.

A decisão de convocar o referendo cabe ao primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que o recusa firmemente. No entanto, uma grande vitória do SNP nas eleições locais de maio próximo aumentaria a pressão sobre Londres para aceitar uma nova consulta.

De acordo com a última sondagem realizada para o jornal The Scotsman, em meados de dezembro, 58% dos escoceses apoiam agora uma rutura com o Reino Unido, um número sem precedentes.

“Como membro independente da União Europeia, a Escócia seria um parceiro e poderia construir pontes – não apenas para a construção de uma economia mais forte e uma sociedade mais justa, mas para facilitar as relações entre a UE e o Reino Unido”, argumentou Sturgeon.

Enquanto os britânicos no seu conjunto votaram 51,9% a favor do Brexit em 2016, 62% dos escoceses manifestaram-se contra a saída da UE.

“Durante os nossos quase 50 anos de filiação, temos beneficiado enormemente das liberdades do mercado único, incluindo a liberdade de circulação. Mais de 230 mil pessoas de toda a Europa fizeram da Escócia a sua casa”, disse Sturgeon, explicando que “são amigos e família” e que querem “realmente que eles fiquem”.

“[Com a saída da UE, “os nossos cidadãos estarão menos seguros e o seu direito de trabalhar, estudar e viver noutros locais da Europa será cerceado”, lamentou, salientando que dois mil escoceses participaram, no ano passado, no programa de intercâmbio universitário Erasmus, que o Governo britânico abandonou e substituiu pelo seu próprio programa internacional.

“Não queríamos partir e esperamos juntar-nos a vocês logo que sejamos um parceiro igual”, concluiu Sturgeon.

O Brexit tornou-se efetivo às 23h00 de dia 31 de dezembro, quase um ano depois de o Reino Unido ter oficialmente deixado a União Europeia, a 31 de janeiro de 2020, na sequência do referendo popular de 2016.

Um novo Acordo de Comércio e Cooperação, concluído em 24 de dezembro, entrou em vigor às 23h00 (a mesma hora em Londres e meia-noite em Bruxelas), para suceder ao período de transição pós-Brexit, durante o qual o Reino Unido manteve acesso ao mercado único e o respeito pelas regras europeias.

Rompidos os últimos laços de uma relação de quase 50 anos, o acordo garante o acesso mútuo dos produtos aos dois mercados sem quotas nem taxas aduaneiras, mas passam a existir uma série de barreiras comerciais, como mais controlos aduaneiros e burocracia nas transações económicas.

O Reino Unido deixa de estar sujeito ao Tribunal Europeu de Justiça e passa a determinar a política nacional de imigração, que agora vai tratar os europeus como qualquer cidadão estrangeiro. Os britânicos perdem a liberdade de circulação na UE e o acesso a vários programas comunitários.

https://zap.aeiou.pt/escocia-espera-regressar-ue-369880

Modelo 3D pode confirmar explicação altamente contestada para morte de cientista nuclear iraniano !

O assassínio do principal cientista nuclear do Irão foi modelado por analistas de código aberto, possivelmente confirmando a história oficial de como o crime fo concretizado.


Quando Mohsen Fakhrizadeh foi assassinado em novembro de 2020, as tensões na região aumentaram repentinamente e o Irão declarou oficialmente que o crime foi feito com uma metralhadora controlada por satélite.

Esta história oficial foi altamente questionada pela comunidade internacional, mas graças a um novo modelo 3D de código aberto, a sua validade ganhou alguma força, segundo escreve o Interesting Engineering.

O modelo 3D foi criado por um grupo de analistas online, conhecido como OSINT (Open-Source Intelligence). Todos os dados usados ​​no modelo estavam – e estão – disponíveis gratuitamente e podem ser vistos em todo o modelo 3D.

O modelo em si, que foi feito no Unity, um motor de jogo, por um utilizador com o nome de “Putin Is A Virus”, cria uma recriação altamente objetiva da cena do crime.

O modelo fornece uma variedade de caminhos que cada uma das cinco balas poderia ter percorrido, muitos deles parecendo indicar a localização singular de uma metralhadora montada num caminão.

O analista utilizou um método conhecido como mapeamento de projeção para mapear com precisão as trajetórias dos buracos de bala no Nissan Teana danificado, que foi modelado em 3D a partir de imagens na cena.

Além da história oficial do Irã, a comunidade internacional especulou que o assassinato foi cometido por uma tripulação de pistoleiros. O novo modelo 3D, no entanto, parece sugerir que havia um único local de tiro possível para todos os buracos de bala.

Por outro lado, modelo 3D não confirma definitivamente a história oficial da metralhadora via satélite. Por causa de todos os caminhos de disparo possíveis variáveis ​​nas cinco balas, ainda existe o potencial para fontes múltiplas. No entanto, considerando que o modelo 3D demonstra que o modelo oficial pode ser considerado preciso, os analistas estão vendo-o como a realidade plausível dos eventos.

A ideia de uma metralhadora remota controlada por satélite montada na parte de trás de uma carrinha não é tão absurda quanto pode parecer. Na verdade, segundo o portal, já existem armas com essas especificações exatas, como o Smash Hopper, um sistema de disparo remoto da empresa SmartShooter.

Apesar de exitirem todos estes dados de código aberto, o Governo iraniano guardou rigidamente todas as informações sobre o evento. Isso deixa os analistas e a comunidade de inteligência internacional a tentar preencher as lacunas deixadas entre os dados publicamente disponíveis.

https://zap.aeiou.pt/modelo-3d-pode-confirmar-explicacao-altamente-contestada-para-369384

 

Reino Unido vai restringir promoções de comida pouco saudável a partir de 2022 !

O Governo britânico anunciou, na segunda-feira, que vai restringir as promoções e ofertas de alimentos pouco saudáveis a partir de abril de 2022.


De acordo com a agência Reuters, o Reino Unido vai banir as promoções do tipo “compre um, leve dois” para alimentos ricos em gordura, açúcar ou sal, assim como ‘refills’ gratuitos de refrigerantes açucarados nos restaurantes a partir de abril de 2022.

Este é o mais recente passo do Governo britânico para combater a obesidade, já que este é um dos principais problemas de saúde pública a longo prazo do país. Quase dois terços dos adultos em Inglaterra apresentam excesso de peso, e uma em cada três crianças saem da escola primária com excesso de peso ou obesidade.

Segundo a mesma agência noticiosa, também vão ser restringidos os locais onde as lojas poderão publicitar tais produtos, e promoções consideradas não saudáveis não vão ser permitidas em caixas, entradas de lojas ou no final dos corredores.

“Estamos a restringir as promoções e a introduzir uma série de medidas para garantir que a escolha saudável é a escolha fácil. Criar um ambiente que nos ajude a comer alimentos mais saudáveis com mais regularidade é crucial para melhorar a saúde da nação”, disse a ministra responsável pela Saúde Pública, Jo Churchill.

Esta iniciativa junta-se a outras propostas já feitas este ano, nas quais se contempla a proibição da transmissão de publicidade relacionada com comida pouco saudável na televisão antes das 21h00, assim como a proibição total de anunciar este tipo de produtos na Internet.

As autoridades britânicas já reconheceram que as pessoas que sofrem de excesso de peso ou obesidade correm maior risco ao contrair covid-19. Um facto destacado pelo próprio primeiro-ministro, Boris Johnson, que falou publicamente sobre a necessidade de perder peso desde que foi hospitalizado com a doença.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-restringir-promocoes-369148

 

Pediatras acusam Estados Unidos de torturar imigrantes menores do México !

O tratamento que o Governo norte-americano dispensa aos menores imigrantes na fronteira do país com o México é “compatível com a tortura” como é definida em acordos multilaterais, defendeu esta sexta-feira um grupo de pediatras.


A posição, publicada num documento no Diário Oficial da Academia Norte-Americana de Pediatras, garante que a definição de tortura contra crianças é semelhante à forma como o Governo dos Estados Unidos trata os menores imigrantes detidos por tentarem entrar no país, especialmente no que diz respeito a separar os menores dos seus pais.

A proibição da tortura, especialmente contra crianças, faz parte dos Acordos de Genebra e da Convenção das Nações Unidas contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis (CAT, na sigla inglesa), Desumanas ou Degradantes, lembra o grupo de pediatras.

Os médicos não hesitam em afirmar que o tratamento das crianças na fronteira com o México “cumpre os três critérios da tortura“, segundo o CAT e o Estatuto de Roma.

Desde logo, o tratamento “inflige intencionalmente graves dores ou sofrimentos físicos e/ou psicológicos” às crianças, sendo que o trauma acontece com o “consentimento e/ou aquiescência das autoridades” e que “não só é intencional como tem uma finalidade específica, como a coerção, a intimidação, a punição e/ou a dissuasão”, referem.

Sobre este último ponto, o grupo de pediatras lembra que o objetivo da política de “tolerância zero”, lançada em 2018 pela Administração Trump, incluía a separação das crianças das suas famílias para dissuadir os migrantes ilegais de tentarem entrar no país.

Os médicos também lembraram que muitas crianças foram mantidas em “condições insalubres e perigosas” e que, desde 2018, pelo menos sete menores morreram sob custódia das autoridades ou imediatamente após serem libertados.

Como resultado desse tratamento, as crianças mostram “comportamentos traumáticos internalizados e regressivos”, que resultam em “transtorno de ansiedade generalizada, depressão, transtorno de stresse pós-traumático e tentativas de suicídio”. E tudo isso “patrocinado pelo Estado e dirigido pelo Presidente dos Estados Unidos”, denunciam.

Segundo o grupo de pediatras, “mitigar esse trauma exigirá anos de tratamento e intervenções intensas”.

No último exercício fiscal, 30.557 menores, sobretudo da região da América Central, que viajaram sem a companhia dos pais ou de um tutor legal, foram detidos na fronteira. A este número, juntam-se mais 52.230 pessoas detidas quando entraram ilegalmente no país em grupos familiares (um adulto acompanhado de pelo menos um menor).

Além disso, milhares de crianças foram separadas dos seus pais na fronteira por ordem da Administração Trump e, apesar de uma ordem judicial de 2018 ter obrigado à sua reunificação, mais de 600 menores ainda não conseguiram juntar-se aos seus pais.

Por tudo isso, os autores do artigo pedem aos pediatras e aos profissionais de saúde infantil que tomem medidas para “parar e prevenir a tortura de crianças migrantes na fronteira” através da investigação e divulgação das más atuações dos políticos nesta questão.

Por outro lado, pedem à Academia Norte-Americana de Pediatras que emita uma declaração política contra a tortura infantil e contra a separação de famílias de migrantes, e que interponha um processo contra os Estados Unidos na Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

https://zap.aeiou.pt/eua-torturar-imigrantes-menores-mexico-369859

 

Viajar este ano pode exigir um passaporte que confirme a toma da vacina e já há tecnologia que o garante !

Agora que as vacinas contra o novo coronavírus estão a começar a ser administradas, muitas pessoas já sonham com o dia em que poderão voltar a viajar. Porém, para isso poderá ser necessário algo além da vacina, tal como um passaporte que certifique a toma da mesma.


Perante a possibilidade de haver esta necessidade, várias empresas de tecnologia norte-americanas começaram a desenvolver aplicações para smartphones para que os indivíduos possam trazer sempre consigo o comprovativo de que foram vacinados contra a covid-19. A ideia é criar credenciais digitais que podem ser apresentadas antes de embarcar.

Neste sentido, a Common Trust Network já fez parcerias com várias companhias aéreas, incluindo a Cathay Pacific, JetBlue, Lufthansa, Swiss Airlines, United Airlines e Virgin Atlantic, e com centenas de sistemas de saúde nos Estados Unidos.

A aplicação CommonPass, criada pelo grupo, permite que os utilizadores façam upload dos seus dados médicos pessoais, como é o caso do resultado de um teste de covid-19 ou, eventualmente, de um comprovativo de vacinação em forma de código QR.

De modo a que o regresso à normalidade seja o mais rápido possível, os especialistas que estão a desenvolver a aplicação querem também garantir que todas as questões de privacidade dos utilizadores são garantidas. As empresas querem garantir que as pessoas se sentem confortáveis ​​com o uso desta.

“A confiança e a transparência continuam a ser fundamentais no desenvolvimento de uma plataforma com um passaporte digital de saúde ou qualquer outra solução que trate de informações pessoais confidenciais”, disse a empresa ao CNN, acrescentando que “colocar a privacidade em primeiro lugar é uma prioridade”.

“Se tudo correr bem, vamos poder dizer que temos um certificado de vacina no  telemóvel”, disse Brian Behlendorf, diretor executivo da Linux Foundation, empresa parceira.

Como as vacinas produzidas por várias farmacêuticas ainda estão a ser analisadas, existem muitas variáveis ​​que os fabricantes de passaportes digitais ainda deverão considerar futuramente antes de lançar a aplicação.

Julie Parsonnet, especialista em doenças infeciosas da Universidade de Stanford, recorda que ainda não está claro o quão eficazes são as vacinas para interromper a transmissão do vírus.

Por isso, embora uma aplicação possa mostrar que a pessoa tomou a vacina, esta pode não ser uma garantia de total segurança. “Ainda não sabemos se as pessoas vacinadas podem transmitir a infeção ou não”, disse a medica ao CNN.

“Até que isso seja esclarecido, não saberemos se os passaportes são eficazes”, realça Parsonnet.

Ainda assim, Behlendorf prevê que o lançamento e a adoção dos passaportes de vacina deverão acontecer no primeiro semestre de 2021.

https://zap.aeiou.pt/viajar-passaporte-vacina-369400

 

sábado, 2 de janeiro de 2021

Congresso anula veto de Trump ao orçamento da Defesa dos EUA em decisão inédita !

O Congresso norte-americano anulou o veto de Donald Trump ao orçamento da Defesa, uma decisão inédita tomada pelo Senado, câmara controlada pelo Partido Republicano, que apoiou o presidente cessante nas últimas presidenciais.


Numa sessão extraordinária em dia de Ano Novo, o Senado, a câmara alta do Congresso, contrariou o veto presidencial ao orçamento de 740 mil milhões de dólares para a Defesa, “uma alfinetada” inédita e a semanas do fim do mandato de Donald Trump, adianta a Associated Press.

O projeto de lei garante um aumento de 3% nos salários das tropas norte-americanas e orienta a política de Defesa, consolidando decisões sobre números de militares, novos sistemas de armas e prontidão militar, política de recursos humanos e outros objetivos militares. Muitos programas, incluindo construção militar, apenas poderiam efetivar-se se o projeto fosse aprovado.

O presidente cessante, Donald Trump, tinha atacado os legisladores republicanos numa publicação na rede social Twitter, no início da semana, questionando se a “fraca e cansada liderança republicana” iria permitir que um mau projeto de lei para a Defesa passasse.

Trump apelidou a decisão do Senado como um “vergonhoso ato de cobardia e uma total submissão de pessoas fracas às grandes tecnológicas”, acrescentando: “negoceiem uma lei melhor ou arranjem líderes melhores, agora”.

A votação de 81-13 no Senado seguiu-se a uma votação anterior, na Câmara dos Representantes, em que 322 membros votaram a favor do orçamento da Defesa e 87 votaram contra.

O líder da maioria republicana no Senado, o senador Mitch McConnell, homem próximo de Donald Trump, recordou que nos últimos 59 anos a Lei de Defesa Nacional foi sempre aprovada e que “de uma maneira ou de outra”, o Congresso iria passar o 60.º projeto de lei a lei antes do fim do mandato, no domingo.

O projeto olha pelos nossos bravos homens e mulheres que se voluntariam para usar o uniforme”, disse McConnell, acrescentando que é também “uma tremenda oportunidade” de dirigir as prioridades de segurança nacional. “É a nossa oportunidade de garantir que acompanhamos o ritmo dos concorrentes como a Rússia e a China”, disse ainda.

A votação do Senado que anulou o veto tinha sido adiada depois de o senador democrata Bernie Sanders ter recusado avançar até que McConnell permitisse a votação de um projeto de lei, apoiado por Trump, de apoio à crise provocada pela pandemia e que contempla o cheques de dois mil dólares a americanos em dificuldades.

McConnell não permitiu a votação e usou o seu poder parlamentar para limitar a votação ao projeto de lei relativo à Defesa, o que esvaziou uma ameaça de Sanders e do líder dos democratas no Senado, Chuck Schumer, de avançar com um ‘filibuster’, uma manobra política usada em contexto parlamentar para obstruir ou atrasar o avanço de uma lei, eternizando o debate sobre a matéria em causa.

Sem o acordo entre os dois partidos, a votação do projeto de lei poderia ter sido adiada para a noite de sábado.

Durante os quatro anos de mandato, Trump foi bem sucedido em manter o Congresso disciplinado, limitando a mínimos qualquer oposição por parte dos republicanos, mas a votação sobre a Lei de Defesa mostra a sua perda de influência.

Esta perda é sublinhada ainda pela recusa dos republicanos em votar o projeto de apoios para a pandemia, já aprovado pela Câmara dos Representantes, mas esquecido pelo Senado, apesar de ter a aprovação do presidente cessante.

A 20 de janeiro Joe Biden toma posse como o próximo presidente dos EUA.

https://zap.aeiou.pt/congresso-anula-veto-trump-ao-orcamento-da-defesa-dos-eua-decisao-inedita-369810

 

“Modo de medicina para desastres.” - Hospitais do Reino Unido sob pressão crescente !

A esperança de que o novo ano traria o alívio da pandemia no Reino Unido está a desfazer-se. O Governo britânico está perante um reviravolta face ao aumento do número de infeções graves de covid-19.


Os hospitais do Reino Unido estão novamente a lutar contra o número crescente de doentes nos cuidados intensivos. O número diário de infeções por covid-19 também não parece estar a diminuir, pelo que a esperança de um começo de ano com algum regresso à normalidade está a esmorecer, avança o The Guardian.

Com o agravamento da crise sanitária no país, o hospital Nightingale, no centro de Londres, deverá começar a receber pacientes covid-19 na próxima semana, pela primeira vez desde a primavera.

Os hospitais no leste da capital estão sob uma pressão sem precedentes. As unidades de Essex e Buckinghamshire já declararam uma espécie de estado de emergência que lhes permite pedir apoios ao governo local. Da mesma forma, outros grandes hospitais do país estão a preparar-se para o pior.

O diário britânico escreve que, pelo quarto dia consecutivo, os casos diários chegaram a 50 mil, e há quase 24 mil pessoas hospitalizadas. Esta sexta-feira, morreram 613 pessoas infetadas com covid-19, sendo que uma delas era uma criança de oito anos com problemas de saúde subjacentes.

Os cientistas britânicos confirmaram que a circulação da nova variante do coronavírus aumentou os casos em cerca de três vezes em novembro.

Ao contrário do que se previa inicialmente, algumas regiões de Londres vão manter as escolas primárias encerradas. Esta reviravolta pode levar os pais de outras áreas a exigir o encerramento das escolas.

Os grandes hospitais da capital, como o Royal London, Barts e UCLH, estão a converter as suas enfermarias em unidades de cuidados intensivos para receber mais pacientes infetados com covid-19.

O The Guardian teve acesso a um e-mail, enviado para a equipa do hospital Royal London, que referia que a instituição está em “modo de medicina para desastres“.

Embora Londres esteja a sofrer com o grande aumento de casos relacionados com a nova variante do vírus, a verdade é que o resto do país não fica muito atrás, de acordo com a Confederação do NHS, que representa as organizações do NHS.

https://zap.aeiou.pt/hospitais-reino-unido-sob-pressao-369826

 

Reconstrução ao comando da presidência portuguesa - O objetivo é devolver a normalidade à União Europeia !

No próximo semestre, Portugal está ao leme da presidência do Conselho da União Europeia. Apesar de se ter safado dos dossiers do Brexit e do fundo de recuperação, há muito trabalho pela frente. E devolver a normalidade possível à União Europeia é um dos grandes objetivos.


No primeiro dia do ano, Portugal assumiu a presidência rotativa da União Europeia pela quarta vez na sua História. No entanto, o contexto é diferente e torna esta responsabilidade um desafio sem precedentes: é o momento em que já se perspetiva o regresso à normalidade, depois da crise que abalou a Europa e o mundo.

De acordo com o Público, o maior objetivo de Portugal é criar as condições para uma abertura progressiva dos movimentos e das atividades condicionadas pela pandemia de covid-19. No final de junho, entrega-se a responsabilidade à Eslovénia.

Portugal assume o desafio sob o lema “Tempo de agir: por uma recuperação justa, verde e digital”. “Temos a presidência muito bem planeada, já muito bem rodada, será a terceira presidência que o ministro Augusto Santos Silva vai fazer, a secretária de Estado de Assuntos Europeus já interveio em várias presidências, a nossa diplomacia é excelente e a nossa equipa da REPER em Bruxelas é ótima”, disse António Costa, na quarta-feira.

O primeiro-ministro tem repetido várias vezes que é fundamental completar o quadro regulamentar para que a Comissão Europeia possa constituir o novo fundo “Próxima Geração UE” e fazer aprovar os planos nacionais de recuperação e resiliência de todos os Estados-membros até ao final do primeiro trimestre.

Se o calendário for respeitado, o financiamento começará a chegar aos países na primavera. Ainda assim, pode ser alterado pela evolução da pandemia – a nova variante mais contagiosa do SARS-Cov-2 e a hipótese de uma terceira vaga decorrente do relaxamento das medidas no período natalícia podem deitar os planos por água abaixo.

Apesar de ainda não se saber se será possível concretizar, a primeira prova de fogo será a tradicional visita do Colégio de Comissários (presidente da Comissão Europeia e respetivos comissários) nos dias 14 e 15 de janeiro. Na semana seguinte, arrancam as reuniões ministeriais setoriais e no dia 18 realiza-se o primeiro Eurogrupo de 2021.

A presidência portuguesa vai abrir um novo ciclo que deverá colocar no terreno os instrumentos disponíveis para pôr fim à pandemia e recuperar a economia. Até junho, Portugal quer aprovar todos os regulamentos entre o Conselho e o Parlamento Europeu e lançar os programas comunitários.

Em relação ao fundo de recuperação europeu, de 750 mil milhões de euros, Portugal terá de coordenar a aprovação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) nacional dos 27 Estados-membros para depois se desembolsar a primeira tranche dos apoios.

Controlar o vírus no pico do inverno é uma das maiores responsabilidades que a presidência portuguesa tem em mãos. Apesar de ser sabido que a administração da vacina se irá prolongar para lá de junho, é expectável que os grupos mais vulneráveis sejam vacinados neste primeiro semestre.

Na sequência da vacinação, poderá ser possível retirar gradualmente algumas das restrições e permitir, assim, a recuperação económica.

https://zap.aeiou.pt/presidencia-portuguesa-reconstrucao-369837

Cazaquistão acaba com a pena de morte !

O Cazaquistão aboliu a pena de morte depois de uma moratória que estava em vigor há quase 20 anos, anunciou, este sábado, o chefe de Estado deste país.


Kassym-Jomart Tokayev assinou a ratificação do protocolo facultativo ao Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, que tinha sido firmado no ano passado pelo Parlamento do Cazaquistão.

O Pacto obriga os seus signatários a abolirem a pena de morte dentro das suas fronteiras.

As execuções foram suspensas no Cazaquistão desde 2003, contudo, os tribunais continuaram a condenar à morte os autores de crimes muito graves, incluindo os considerados como sendo de terrorismo.

Em 2016, um homem foi condenado à morte por ter matado oito polícias e dois civis na maior cidade do país, Almaty. Esta pena passará agora a ser substituída por prisão perpétua.

O Cazaquistão, uma ex-república soviética, tem 18 milhões de habitantes.

Na ex-URSS, apenas a Bielorrússia continua a aplicar a pena de morte regularmente.

https://zap.aeiou.pt/cazaquistao-acaba-pena-morte-369840

 

Japão está a desenvolver satélites de madeira para reduzir o lixo espacial !

A empresa japonesa Sumitomo Forestry e a Universidade de Quioto uniram forças para desenvolver, até 2023, aquilo que esperam ser os primeiros satélites do mundo feitos de madeira.

De acordo com a BBC, a ideia é começar a experimentar diferentes tipos de madeira em ambientes extremos da Terra. A Sumitomo Forestry vai trabalhar no desenvolvimento de materiais altamente resistentes às mudanças de temperatura e à luz solar.

No futuro, o objetivo é que estes satélites possam ser destruídos sem libertar substâncias nocivas na atmosfera, ou sem fazer chover detritos no solo durante o seu regresso.

Estamos muito preocupados com o facto de todos os satélites que reentram na atmosfera queimarem e criarem minúsculas partículas de óxido de alumínio, que irão flutuar na atmosfera durante muitos anos. Eventualmente, isso vai afetar o ambiente da Terra”, disse Takao Doi, professor da Universidade de Quioto e astronauta japonês, à emissora britânica.

“A próxima etapa será desenvolver o modelo de engenharia do satélite, só depois iremos fabricar o modelo de voo”, acrescentou ainda.

À medida que são lançados cada vez mais naves espaciais e satélites, o lixo espacial também começa a ser uma ameaça cada vez maior. De acordo com o Fórum Económico Mundial (WEF), existem cerca de seis mil satélites em torno do nosso planeta. Destes, cerca de 60% já não têm qualquer função.

A empresa Euroconsult estimou ainda que serão lançados 990 satélites, todos os anos, nesta década, o que significa que, até 2028, podem existir 15 mil satélites em órbita.

Em junho deste ano, também foi noticiado que uma empresa russa está a trabalhar numa solução para se livrar deste lixo espacial. A ideia passa por criar uma “teia de aranha” pegajosa feita de satélites que poderão pulverizar estes detritos com espuma polimérica.

https://zap.aeiou.pt/japao-desenvolver-satelites-madeira-369123

 

Irlanda pode conseguir vacinar quase todo o país até agosto !

A Irlanda pode conseguir vacinar quase toda a sua população, composta por 5 milhões de habitantes, até agosto de 2021, segundo adiantou o principal responsável pelo processo de vacinação contra a covid-19 no país.  


“Num cenário muito positivo, estaremos a olhar para o mês de agosto com a chegada de mais 2 milhões de doses de vacinas”, disse o presidente da task-force que está a coordenar o processo de vacinação na Irlanda, Brian MacCraith, em declarações à rádio RTE, frisando que até ao fim deste mês quase toda a população poderá já estar vacinada, se os prazos de administração e entrega dos fármacos forem cumpridos.

“Se todas a coisas que estão no modelo [de vacinação], no que respeita a datas de aprovação e calendários de entrega [das vacinas] acontecerem como previsto, estaremos a olhar para esta fase como o momento em que estaremos muito perto ou a ponto de encerrar a vacinação de grande parte da população da Irlanda que quer ser vacinada”.

O modelo de vacinação da Irlanda exclui menores de 18 anos, bem como as grávidas, que não têm ainda autorização para tomarem a vacina da Pfizer/BioNTech, detalha o jornal britânico The Independent, que dá ainda conta que as previsões avanças por MacCraith incluem também uma franja da população que recusará a vacina.

As primeiras vacinas contra a covid-19 foram administradas na Irlanda na passada terça-feira (29/12) e a primeira pessoa a ser vacinada foi uma mulher de 79 anos, Annie, que vive em Dublin e tem dez netos.

À semelhança do que acontece em Portugal, o programa de vacinação arranca primeiro em instituições hospitalares, passando depois para lares de idosos.

A pandemia de covid-19 fez pelo menos 1.775.272 mortos em todo o mundo desde dezembro de 2019, quando o gabinete da OMS na China detetou a doença, de acordo com o balanço da AFP com base em dados oficiais.

Até ao momento, 81.517.140 casos de infeção de covid-19 foram oficialmente diagnosticados a nível global sendo que 51.201.600 foram considerados curados.

https://zap.aeiou.pt/irlanda-pode-conseguir-vacinar-todo-pais-ate-agosto-369053

 

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

A Califórnia vai ter os primeiros veículos de entrega totalmente autónomos !

Quase três anos depois de ter revelado o seu veículo de entrega autónomo, a startup Nuro teve finalmente luz verde para iniciar as operações comerciais na Califórnia.

Embora seja um veículo totalmente autónomo, o R2 foi construído com materiais ultra leves, e tem cerca de metade da largura de um carro de passageiros, porém é apenas destinado ao uso em pequenos bairros.

A licença emitida pelo Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia permite que os veículos autónomos da Nuro possam circular na via pública em San Mateo e Santa Clara, onde a empresa já testou os seus veículos – primeiro com um motorista de apoio, depois de forma totalmente autónoma.

O transporte foi feito para circular como um carro normal, mas a licença limita o serviço a áreas designadas em cidades como East Palo Alto, Mountain View, Sunnyvale e Woodside. Estes veículos também só serão permitidos em ruas onde o limite de velocidade é de 50 km / h ou menos. Porém, esta não será uma condicionante uma vez que os veículos não são capazes de exceder os 40 km / h.

O R2 tem mais espaço de carga do que o R1 original, conjuntos de sensores atualizados para uma viagem mais segura, controlo de temperatura para manter os alimentos frescos e o dobro do tamanho da bateria. O transporte tem ainda um painel de monitorização de choques no lugar do para-brisa e câmaras e sensores no sítio onde habitualmente se encontram os espelhos laterais, detalha o New Atlas.

A empresa pode agora “cobrar uma taxa e receber uma compensação pelo seu serviço de entrega sem motorista”. Num post no seu blog, o Diretor Jurídico e de Políticas da empresa, David Estrada, confirmou que a notícia da primeira implantação com um parceiro estabelecido será anunciada em breve.

“Após anos de trabalho árduo para cumprir a promessa dos veículos automatizados, esperamos que 2021 seja importante para a Nuro e para o mundo”, diz o comunicado da Ike, parceira da Nuro. A empresa acrescenta ainda que está “entusiasmada em iniciar este próximo capítulo e ajudar a cumprir uma missão partilhada”.

https://zap.aeiou.pt/california-veiculos-autonomos-368818

 

“Após um grande problema, um maior está a ser preparado” - Nostradamus terá previsto que 2021 ia ser pior do que 2020 !

Muitas pessoas estão à espera do final de 2020 para pôr fim a um dos piores anos das suas vidas. No entanto, as profecias de Nostradamus para 2021 não são animadoras.


De acordo com o jornal espanhol La Vanguardia, o famoso filósofo do século XVI Nostradamus inundou os seus textos com um pessimismo latente certamente influenciado pelas circunstâncias pessoais desastrosas em que viveu – a sua esposa e filhos morreram de peste.

Vários estudiosos das profecias de Nostradamus atribuíram que alguns dos versos no seu famoso livro “Les Propheties” falam de 2021 – e parece que será pior do que 2020.

“Poucos jovens: para começar meio mortos / Pais e mães mortos de infinita dor / Mulheres de luto, o monstruoso pestilento: / O Grande não existirá mais, o mundo inteiro acabará”, estas são algumas das frases que Nostradamus terá dedicado ao ano de 2021.

Os mais criativos viram nessas palavras o presságio de um apocalipse zombie, enquanto outros interpretaram que se trata da pandemia de covid-19.

Se algo caracterizava Nostradamus, era a sua linguagem enigmática, que pode ser interpretada de mil formas. Porém, nos textos seguintes, há anúncios mais explícitos como o alerta de fome e a chegada de um meteorito de péssimo aspeto.

“Depois de um grande problema para a humanidade, um maior está a ser preparado / A Grande Máquina renova os tempos: Chuva, sangue, leite, fome, aço e peste / Consegue ver o fogo no céu, uma longa faísca brilhante? / No céu, vê-se fogo e um longo rastro de faíscas”.

Embora atualmente interpretemos as suas palavras do ponto de vista da frivolidade, muitos consideram que Nostradamus previu eventos como a morte de Henrique II, a Revolução Francesa, a chegada de Napoleão Bonaparte, o aparecimento de Hitler e do nazismo e até o ano da sua própria morte.

Entre as suas palavras sombrias e confusas também podemos encontrar a profecia de uma III Guerra Mundial ou a chegada do Anticristo.

Nostradamus, nascido em 1503 em França, foi um apotecário e médico da Renascença que praticava a alquimia. Ficou famoso pela sua suposta capacidade de vidência – fama essa que o segue mesmo depois de ter morrido em 1566. Por outro lado, os historiadores costumam apontar que as escrituras de Nostradamus são incrivelmente vagas – ou até mesmo inexistentes.

https://zap.aeiou.pt/depois-de-um-grande-problema-um-maior-esta-a-ser-preparado-369657

 

BioNTech aumenta produção da vacina Pfizer - Há escassez “porque faltam outras vacinas” !

A empresa alemã BioNTech, parceira do consórcio norte-americano Pfizer no desenvolvimento da primeira vacina contra o novo coronavírus, vai aumentar a produção para cobrir as necessidades dos países da União Europeia (EU), em dificuldades para conseguir imunizar a população.


Em entrevista à revista Der Spiegel, o CEO da BioNTech, Ugur Sahin, atribuiu a escassez atual em parte à política de compras da UE, considerando que o processo foi mais lento do que em outras partes do mundo.

“O processo na Europa não foi tão rápido e direto quanto em outros países e isso deve-se, também, ao facto da UE não ter autorizado pedidos diretos, caso contrário os países também teriam tido a sua oportunidade. Numa negociação em que se requer um anúncio claro, isso é algo que pode demorar algum tempo”, afirmou Sahin à Der Spiegel.

“Havia a ideia de que surgiriam muitas outras empresas com vacinas. Aparentemente, havia a impressão de que haveria o suficiente e que as coisas não seriam graves, e isso surpreendeu-me”, acrescentou. Isso determinou, diz Sahin, que houvesse escassez porque “faltam outras vacinas autorizadas” e terá de ser a BioNTech “a preencher esse vazio”.

A entrevista a Sahin acontece quando a Alemanha é criticada pela sua lentidão na campanha de vacinação, iniciada a 27 de dezembro.

A diretora médica da BioNTech, Ózlem Türeci, afirmou, por seu lado, que a ideia de criar um cabaz de vacinas de diversos produtores pareceu, de início, acertada, mas depois percebeu-se que nem todos responderiam em tempo útil às encomendas.

O aumento da produção, segundo Türeci, não é fácil pois “não existem no planeta fábricas especializadas que possam produzir da noite para o dia com a qualidade necessária”. A BioNTech acordou com cinco fabricantes na Europa a produção da vacina e está a negociar novos contratos.

Sahin tem expectativas sobre o efeito que terá a nova fabrica em Marburg, no centro da Alemanha, e que pode tornar possível produzir 250 milhões de doses no primeiro semestre de 2021.

https://zap.aeiou.pt/biontech-aumenta-producao-da-vacina-369777

 

Ex advogado de Trump diz que aliados perdoados por Trump podem ser forçados a testemunhar contra ele !

O ex-advogado pessoal de Donald Trump, Michael Cohen, sugeriu na segunda-feira que a longa lista de perdões do Presidente dos Estados Unidos (EUA) ainda em funções poderá voltar para assombrá-lo.


À MSNBC, citada pelo Independent na quarta-feira, Cohen disse que, depois de obter o perdão, “não é mais possível invocar a quinta emenda, o direito contra à autoincriminação, porque não podes ser acusado”. Essas pessoas “podem ser a queda dele [de Trump] simplesmente porque vão testemunhar contra ele”.

“Se acho que alguma dessas pessoas deveria receber perdão? Absolutamente não”, disse Cohen sobre as pessoas que Trump perdoou.

O advogado foi condenado a três anos de prisão por mentir no Congresso, evasão fiscal e violação das regras de financiamento de campanhas. Foi libertado no início do ano para cumprir o resto da pena em casa, reduzindo o risco de contrair a covid-19.

Cohen reconheceu que provavelmente estaria na lista de Trump se não tivesse rompido as relações com o Presidente, considerando que teria recebido o perdão “se tivesse concordado em não sair, em não falar a verdade”.

Durante as declarações, Cohen referiu igualmente que Trump estava a “receber favores políticos e dinheiro de pessoas, com o único propósito de lhes conceder perdões”. “O homem usurpou completamente o facto de que há um departamento para o perdão, que há pessoas que deveriam receber perdões”, sublinhou.

Na sua opinião, ignorar o trabalho do Gabinete do Perdão no Departamento da Justiça é como dar ao Presidente o poder de distribuir cartões de liberdade para sair da prisão “simplesmente porque se é amigo”.

Trump, continuou, queria dirigir o país “da mesma forma que dirigiu a organização Trump, como se fosse dono da empresa, como se fosse dono dos Estados Unidos”.

No início do mês, relatos indicaram que Trump temia represálias do Departamento de Justiça sob a liderança do Presidente eleito Joe Biden, embora este já tenha afirmado que não o pretende fazer. Em novembro, a NBC News noticiou que Biden gostaria de se concentrar noutras questões.

De acordo com um artigo New York Times, o atual advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani, tem discutido um perdão com Trump. Giuliani negou, afirmando: “Não pedi perdão ao Presidente e não cometi crime algum”.

https://zap.aeiou.pt/aliados-perdoados-trump-testemunhar-369696

 

Funcionário norte-americano despedido depois de destruir propositadamente 500 doses da vacina contra a covid-19 !

Um funcionário de uma unidade de saúde do estado norte-americano de Wisconsin foi despedido depois de ter destruído propositadamente mais de 500 doses da vacina contra a covid-19, avança a imprensa internacional. 


O incidente ocorreu nas instalações do Aurora Medical Center e os fármacos que foram destruídos tinham sido produzidos pela farmacêutica norte-americana Moderna e destinavam-se aos profissionais de saúde desta unidade.

Em comunicado, a que a emissora norte-americana FOX 6 teve acesso, a unidade de saúde refere que o seu trabalhador admitiu ter destruído as vacinas deliberadamente ao retirar 57 fracos dos fármaco de um refrigerador no passado sábado.

“Estamos mais do que desapontados porque as ações deste indivíduo vão atrasar a administração de vacinas em mais de 500 pessoas. Foi uma violação dos nosso direitos fundamentais, e o indivíduo em causa já não é nosso funcionário”, pode ler-se na nota.

O comunicado chegou à imprensa nesta quarta-feira, depois de o Aurora Medical Center ter adiantado inicialmente que em causa estava um “erro humano não intencional”.

As autoridades locais foram informadas sobre o ocorrido e, segundo a mesma emissora, o FBI e a FDA (Food and Drug Administration) também estiveram envolvidas na investigação.

Os Estados Unidos, o país do mundo com mais casos e mortes associados à covid-19, arrancou o processo de vacinação contra a doença no passado 12 de dezembro, em Nova Iorque, depois de o regulador aprovar o uso de emergência da vacina da Pfizer.

Entretanto, a administração do fármaco da Moderna foi também autorizado.

Quase 4.000 mortes em 24 horas

Os Estados Unidos registaram 3.927 mortos e 189.671 infetados com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, de acordo com a contagem independente da Universidade Johns Hopkins. O país contabiliza agora 19.715.899 casos e 341.845 óbitos por covid-19 desde o início da pandemia. O estado de Nova Iorque continua a ser o mais duramente atingido pela pandemia com 37.868 mortes, seguindo-se o Texas com 27.895.

São o país com mais mortos e também com mais casos de infeção confirmados.

O número provisório de mortes excede de longe as previsões iniciais da Casa Branca. O Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde da Universidade de Washington estimou que até à altura em que Trump deixar a Casa Branca, a 20 de janeiro, 420 mil pessoas terão morrido, com o número a subir para 560 mil a 1 de abril.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.791.033 mortos resultantes de mais de 81,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

https://zap.aeiou.pt/despedido-destruir-propositadamente-500-doses-vacina-369617

 

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