sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Eleições na Catalunha - Domingo decide se caminha para a independência ou voltar a aproximar-se de Espanha

Os partidos separatistas catalães, com uma maioria de lugares no parlamento regional, conduzem a Generalitat (Governo regional) desde 2015, mas estão muito divididos desde que em 2017 foram derrotados na sua tentativa de ganharem a independência de Espanha.


Apesar de, desde a chegada ao poder no Governo central espanhol do socialista Pedro Sánchez em 2018, as tensões com Madrid terem diminuído, parece que estas se deslocaram para o seio do movimento independentista, principalmente entre as duas formações separatistas mais importantes coligadas no atual executivo regional.

O Juntos pela Catalunha (JxC, direita), o partido do antigo presidente regional que agora está fugido na Bélgica, Carles Puigdemont, continua a defender o confronto com o Estado central e repete que pretende proclamar unilateralmente a independência, se ganhar as eleições.

Por seu lado, a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC, socialista) defende o diálogo com Pedro Sánchez, sendo mesmo um seu aliado fundamental para este se manter no poder em Madrid.

O politólogo e professor de ciências Políticas na Universidade de Barcelona Oriol Bartomens está convencido de que os independentistas “vão continuar a ter a maioria” no parlamento regional, o problema é que “não têm confiança uns nos outros”, o que vai levar a uma “grande instabilidade” governativa, sendo difícil que se aguentem durante toda a legislatura.

O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, lançou o antigo ministro da Saúde Salvador Illa como candidato socialista nas eleições catalãs, que de acordo com as sondagens pode ser o mais votado.

A maior parte dos estudos de opinião publicados até agora dão o cabeça da lista do Partido Socialista da Catalunha (PSC, associado ao PSOE) ligeiramente à frente (21-22%), das duas principais formações independentistas que governam coligadas a comunidade autónomas: a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC, 20-21%) e o Juntos pela Catalunha (JxC, 19-20%).

O bloco de partidos independentistas teria, assim como nas eleições anteriores de 2017, cerca de 47% dos votos contra mais de 49% no bloco constitucionalista, mas continuariam a ter mais lugares no parlamento regional devido a um sistema de votação que valoriza os votos nas zonas rurais, com menos população.

Se os partidos independentistas tiverem uma maioria de lugares, apesar de divididos, seria incompreensível para os seus apoiantes que deixassem escapar a oportunidade para, mais uma vez, governarem a Catalunha.

“As bases dos partidos não iriam compreender” que não se formasse um executivo separatista, defende o professor de Meios de Comunicação e Política da Universidade de Navarra Carlos Barrera.

Os analistas concordam que a ERC pode ter um papel central na futura negociação para se formar um executivo na Catalunha.

Esta formação é a única que pode, eventualmente, escolher entre o bloco separatista ou fazer uma ponte com partidos constitucionalistas mais próximos ideologicamente, como o PSC e o En Comú Podem (a marca catalã do Podemos nacional, de extrema esquerda).

Mesmo assim, Carlos Barrera está convencido de que a dimensão separatista vai “estar por cima” da ideológica e acabar por condicionar a formação do futuro executivo.

A reta final da campanha eleitoral na Catalunha, que acaba esta noite, foi marcada pela assinatura de um documento entre os partidos independentistas com assento parlamentar – JxC, ERC, CUP, e PDeCAT (Partido Democrático Europeu da Catalunha, direita) – para que não haja pactos pós-eleitorais com o PSC.

O verdadeiro alcance deste compromisso foi colocado em causa ao não ser assinado pelo cabeça de lista da ERC, mas sim por outra figura menos importante da lista deste partido.

A incerteza quanto ao resultado das eleições regionais aumenta com o previsível crescimento da abstenção, com muitos eleitores a afirmar que não irão votar.

Se em 2017 eram apenas 2% os que afirmavam que não iriam votar, agora seriam 12%, de acordo com as sondagens, sendo esta percentagem maior do que a verificada antes das eleições galegas (4%) e bascas (8%) realizadas em julho do ano passado, já durante a pandemia de covid-19.

Um total de 14.200 agentes da polícia regional (Mossos d’Esquadra) e da polícia local da Catalunha estão destacados para assegurar a segurança nas 2.769 mesas de voto no domingo.

A Catalunha está situada no nordeste de Espanha e é uma das 17 comunidades autónomas do país, com um Governo e um parlamento regional, assim como uma polícia própria (Mossos d’Esquadra).

O executivo catalão, assim como o das outras comunidades autónomas, tem poderes importantes em áreas como a Educação e a Saúde, mas as outras principais áreas de governação estão nas mãos do Governo central: impostos, negócios estrangeiros, defesa, infraestruturas (portos, aeroportos e caminhos de ferro), entre outros.

A região tem cerca de 7,8 milhões de habitantes e é considerada a mais rica de Espanha, produzindo um quinto da riqueza do país e com um PIB anual superior ao de Portugal ou da Grécia.

https://zap.aeiou.pt/eleicoes-na-catalunha-domingo-decide-caminhar-independencia-voltar-aproximar-espanha-380204

“Um pouco diferente do que temos hoje” - Bolsonaro volta a elogiar tempos da ditadura militar !

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, fez, esta quinta-feira, um discurso, o qual aproveitou para deixar elogios aos tempos de ditadura milita do país, que classificou como um regime “um pouco diferente do que temos hoje”.

Bolsonaro entregou, numa cerimónia, títulos de posse de terra a agricultores de Alcântara, no Maranhão, onde está a base de lançamento de foguetes da Força Aérea, e terá aproveitado para deixar elogios a cinco presidentes que o Brasil teve de 1964 a 1985 e aos tempos em que a base foi construída – tempos esses de ditadura militar.

“Isto aqui [o Centro de lançamento de Alcântara] nasceu em 1983 e foi mais uma das grandes obras dos cinco presidentes militares que tivemos no Brasil”, disse, citado pela Folha de São Paulo.

Grandes obras ao longo de 21 anos onde vivia um regime de… um pouco diferente do que temos hoje, mas de muita responsabilidade com o futuro do país”, acrescentou o Presidente brasileiro.

“Como disse Marcos Pontes [ministro da Ciência e Tecnologia], isto é comércio para bilhões e bilhões de dólares. E nós estamos agora a entrar neste seleto grupo que trata de lançamentos. Tudo que fazemos no Brasil tem um passado, tem um meio e tem um fim. E isso tudo passa por cada um de nós”, disse ainda Bolsonaro sobre a base militar, inaugurada em 1983, durante o governo de João Figueiredo.

Em 2019, a gestão Bolsonaro assinou com os Estados Unidos um acordo de salvaguarda, que estabelece regras de proteção para uso de tecnologia americana em estudos e lançamentos de foguetes e aeronaves.

A ditadura militar no Brasil foi um período marcado por violações à democracia e aos direitos humanos, ligada à tortura, a mortes e ao desaparecimento de pessoas.

Segundo um relatório da Comissão Nacional da Verdade, criada em 2012 durante o governo de Dilma Rousseff para apurar casos de violência ocorridos durante a ditadura, pelo menos 423 pessoas morreram ou desapareceram durante os anos do regime (1964-1985), e 20 mil foram torturadas, relata o site de notícias UOL.

Em junho de 2020, uma sondagem da Datafolha mediu a relação dos brasileiros com a democracia e com a ditadura militar. Sobre a primeira, 75% dos inquiridos afirmaram que a democracia é sempre melhor do que qualquer outra forma de governo. Dez por cento indicaram que, em certas circunstâncias, é melhor uma ditadura do que um regime democrático. Já 12% admitiu que era indiferente se o governo é uma democracia ou uma ditadura.

Segundo o jornal Expresso, essa sondagem descobriu também que, entre os apoiantes de Jair Bolsonaro, 43% dizia que a ditadura deixou um legado mais positivo do que negativo. A segunda descoberta tem a ver com a classe social: os mais ricos tenderam a ser mais favoráveis ao regime militar (36%) do que a média (12%).

A ditadura militar brasileira esteve vigente entre 1964 e acabou em 1985. Três anos depois foi aprovada uma nova Constituição que garantiu e restabeleceu vários direitos e liberdades.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-elogiar-ditadura-militar-380193

 

Google vai pagar por notícias no Reino Unido e ameaça retirar motor de busca da Austrália !

A partir desta semana, a Google vai começar a pagar a empresas de comunicação no Reino Unido para utilizar os seus artigos na nova plataforma de notícias Google News Showcase, incluindo 120 jornais britânicos, como o Telegraph e o Financial Times.

Segundo noticiou na quinta-feira o Público, a entrada do Reino Unido na plataforma ocorre num momento em que a União Europeia (UE) e a Austrália avaliam a possibilidade de exigir que o motor de busca da Google pague pelos excertos (títulos e primeiras frases) das notícias que mostra.

Ao jornal diário, a equipa da Google indicou que o que se faz com a Google News Showcase é muito diferente do que os que países como a Austrália pedem. O Governo australiano está a tentar definir um código para obrigar a Google e o Facebook a pagar aos meios de comunicação pelos excertos das notícias que apresentam.

“O que o código na Austrália pede é para pagar por todas as hiperligações e excertos. Isso é uma linha vermelha”, explicou um porta-voz da Google. “Isso iria criar um precedente prejudicial e daria privilégios para um grupo de conteúdo – de sites de notícias acima de outros sites”. A empresa ameaçou retirar o motor de busca do país se a legislação avançar.

A Google News Showcase já inclui 450 publicações ‘online’ da Alemanha, Austrália, Argentina, Canadá, França e Reino Unido e um investimento de mil milhões de dólares (824 milhões de euros) nos próximos três anos.

https://zap.aeiou.pt/google-noticias-reino-unido-motor-busca-australia-380233

 

Robert F. Kennedy Jr banido do Instagram por ter partilhados informações falsas sobre a covid-19 !

O Instagram baniu permanentemente a conta de Robert F. Kennedy Jr, depois de ter espalhado informações falsas sobre as vacinas contra a covid-19.


De acordo com a News Week, a rede social confirmou, na quarta-feira, que a conta de Robert F. Kennedy Jr foi banida por divulgar repetidamente desinformação sobre a segurança das vacinas para combater a pandemia de covid-19. O ativista antivacinas tinha mais de 800 mil seguidores na rede social.

A rede social decidiu banir Robert F. Kennedy Jr “por partilhar repetidamente alegações desmentidas sobre o coronavírus ou as vacinas”, justificou uma porta-voz do Facebook, empresa proprietária do Instagram.

Apesar de a remoção acontecer dias depois de o Facebook ter anunciado um aumento dos esforços de combate à desinformação nas suas plataformas, a conta do advogado e ambientalista no Facebook permanece ativa.

À revista Variety, um representante da empresa liderada por Mark Zuckerberg terá adiantado que “não tem neste momento planos para remover a página” de Kennedy, lembrando que os utilizadores podem publicar conteúdos diferentes em redes sociais distintas.

Quanto ao Instagram, não ficou claro que publicações violaram a política de desinformação da covid-19.

Robert F. Kennedy Jr, filho do ex-senador dos Estados Unidos Robert F. Kennedy e sobrinho do presidente John F. Kennedy, preside a Children’s Health Defense, uma organização sem fins lucrativos que defende que as vacinas desempenham um papel nas deficiências de desenvolvimento e nas doenças crónicas em crianças, incluindo asma, autismo e diabetes.

Recentemente, a Children’s Health Defense publicou um vídeo no qual contestava a segurança das vacinas contra a covid-19 e afirmava que o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) foi “indevidamente influenciado por motivos políticos e grandes negócios”.

O ativista tem sido acusado por várias organizações de ser um dos principais impulsionadores da desinformação sobre a vacinação durante a pandemia.

https://zap.aeiou.pt/robert-f-kennedy-jr-banido-instagram-380207

China proíbe emissões da BBC - Reino Unido denuncia “ataque” à liberdade de imprensa !

A autoridade reguladora do audiovisual chinês anunciou esta quinta-feira ter proibido a difusão da BBC World News, por considerar que os conteúdos da cadeia televisiva internacional transgrediram “seriamente” as leis em vigor no país.


Em comunicado, a autoridade considera que a cadeia televisiva, que emite sem interrupção, desrespeita o princípio pelo qual “as informações devem ser verídicas e justas”, e “não são atentatórias aos interesses nacionais da China”. Em consequência, a entidade “não autoriza a BBC a continuar a emitir na China“.

Numa reação quase imediata, o grupo audiovisual público britânico manifestou-se “desapontado” pela decisão das autoridades chinesas. “Estamos desapontados que as autoridades chinesas tenham decidido tomar esta medida”, declarou um porta-voz da BBC.

“A BBC é o difusor de informações mais fiável do mundo. Aborda temas do mundo inteiro de forma honesta, imparcial e sem receio nem favores”, sustentou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Dominic Raab, denunciou aquilo que considera ser um “ataque inaceitável à liberdade de imprensa”.

“A decisão da China de proibir a BBC World News na China continental é uma restrição inaceitável da liberdade de imprensa. A China tem algumas das restrições mais duras à liberdade de imprensa e Internet em todo o mundo, e esta última decisão só prejudicará a reputação da China aos olhos do mundo”, disse, em comunicado.

A proibição surge depois de a BBC ter transmitido uma reportagem com relatos pungentes de tortura e violência sexual contra mulheres Uigur em campos de internamento chineses.

Além disso, o regulador da imprensa britânico decidiu revogar a licença de transmissão da CGTN, alegando que o canal de notícias público da China é controlado pelo Partido Comunista Chinês, algo que omitiu aquando do pedido de licenciamento.

Na semana passada, o Reino Unido expulsou três espiões chineses que viviam no país há vários meses e se faziam passar por jornalistas.

Os espiões alegavam trabalhar como “jornalistas para várias agências de notícias chinesas”, mas estavam ao serviço do Ministério de Segurança do Estado. “A identidade real deles foi descoberta pelo MI5 – os serviços de segurança interna britânicos -, pelo que foram expulsos do país”, acrescentou uma fonte do governo britânico.

Washington “condena absolutamente” a decisão

Os Estados Unidos condenaram esta quinta-feira a proibição da difusão da BBC World News na China e apelaram a Pequim para promover a “liberdade de imprensa”.

Condenamos absolutamente a decisão da República Popular da China”, disse o porta-voz da diplomacia dos EUA, Ned Price. “Apelamos à República Popular da China e a outras nações que exercem um controlo autoritário sobre o seu povo a permitir o acesso sem restrições à Internet e à liberdade de imprensa”.

Segundo Price, o “espaço de informação” na China é “um dos mais controlados, um dos mais opressores e um dos menos livres do mundo”.

O porta-voz disse ser “perturbador” que os líderes chineses “utilizem o ambiente de liberdade e abertura para os meios de comunicação social no estrangeiro para promover a desinformação” ao mesmo tempo que impõem “restrições” a nível interno.

https://zap.aeiou.pt/china-proibe-emissoes-bbc-380181

 

Desvendado o primeiro carro de corrida voador - Chama-se Airspeeder Mk3, é elétrico e pesa 100 kg !

A Alauda Aeronautics acaba de revelar a sua mais recente aposta: um carro de corrida voador elétrico em tamanho real e totalmente funcional – o Airspeeder Mk3. 

A empresa australiana Alauda Aeronautics apresentou o seu mais recente carro de corrida voador. O Airspeeder Mk3 é um “veículo elétrico de descolagem e aterragem vertical operado remotamente” (eVTOL) e já está pronto para correr este ano.

Segundo o New Atlas, apesar de ter espaço na sua cabine, o veículo é controlado remotamente. A decisão da startup parece ter sido tomada por motivos de segurança relacionados com os possíveis riscos dos testes iniciais.

Ainda assim, a empresa já confirmou estar a trabalhar num novo modelo capaz de transportar seres humanos, o Airspeeder Mk4.

“A revelação do primeiro carro elétrico voador de corrida é um marco no desabrochar da revolução de mobilidade“, afirmou o fundador da Alauda, Matthew Pearson.

“É a competição que impulsiona o progresso e a nossa competição está a acelerar a chegada de tecnologia que transformará os transportes de passageiros, logística e mesmo mobilidade aérea avançada para aplicações médicas. As primeiras corridas de carros elétricos voadores do mundo terão lugar este ano e serão o desporto automóvel mais entusiasmante e progressivo do planeta”, acrescentou.

O Mk3 atinge os 100 km/h em apenas 2,3 segundos graças ao peso extremamente baixo da sua fuselagem, feita de fibra de carbono, com apenas 100 kg. A bateria potente de 96 kW tem suporte para trocas rápidas em pit-stops, tal como acontece nas corridas de Fórmula 1.

“Por exemplo, para percursos que exigem mais manobras, mas menos velocidade em linha reta, uma bateria mais leve pode ser facilmente selecionada para oferecer mais manobrabilidade ao custo de potência bruta ou resistência”, adianta a empresa.

Sem asas ou apêndices aerodinâmicos, o Mk3 conta com rotores no lugar das rodas, que permitem levantar voo e aterrar verticalmente e acelerar a 120 km/h. Segundo a fabricante, os oito rotores dispostos em X trazem vantagens em matéria de manobrabilidade e estabilidade.

Para adicionar alguma dinâmica visual dramática, estes “pássaros” serão capazes de voar próximos uns dos outros graças à inclusão de sistemas anti-colisão baseados em radar e sensores LiDAR.

As datas das corridas da série Airspeeder Mk3 ainda não foram anunciadas – mas são aguardadas com muita expectativa. Já em relação ao Airspeeder Mk4, a Alauda espera que o veículo seja introduzido em 2022.

https://zap.aeiou.pt/carro-corrida-voador-airspeeder-mk3-379175

 

Minerar bitcoin consome mais eletricidade do que países inteiros !

Um estudo da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, revelou que a mineração de bitcoin consome anualmente mais eletricidade do que países inteiros.


A criptomoeda Bitcoin é obtida por um processo de “mineração” que envolve muitos cálculos feitos em computadores para verificar as transações. Os investigadores da Universidade de Cambridge afirmam, segundo a BBC, que estes processos consomem cerca de 121,36 terawatt-horas (TWh) por ano.

Críticos afirmam que a recente decisão da empresa Tesla de investir fortemente em bitcoin está a fazer esse consumo energético subir, o que está a gerar interrogações em torno dos compromissos ambientais adotados pela empresa.

O valor da criptomoeda bateu recorde nesta semana, de 48 mil sólares, depois de a Tesla anunciar ter comprado cerca de 1,5 mil milhões de dólares em bitcoin e anunciado planear aceitar a moeda como pagamento no futuro.

Nesse contexto, o alto preço da bitcoin oferece ainda mais incentivo para “mineradores” usarem mais e mais computadores, gastando energia.

Assim, quanto mais sobe o preço da criptomoeda, maior é o consumo energético, explicou Michel Rauchs, investigador no Centro de Finanças Alternativas da Universidade Cambridge, cocriador da ferramenta online que gera estas estimativas.

Tauch explicou que o próprio modo como a bitcoin foi projetada faz com que consuma muita energia “e isso não vai mudar no futuro a não ser que o preço da bitcoin caia significativamente”.

A ferramenta online desenvolvida por Rauch calcula o consumo de energia de bitcoins como sendo acima do da Argentina (121 TWh), da Holanda (108,8 TWh) e dos Emirados Árabes Unidos (113,2 TWh) e chegando perto do consumo da Noruega (122,2 TWh), a partir de estimativas de consumo energético dos países em 2016.

De acordo com o ECO, o valor e consumo de energia da mineração da bitcoin é quase 2,5 vezes mais do que o consumo anual de eletricidade de Portugal.

Ao mesmo tempo, o levantamento estima que a eletricidade consumida por eletrodomésticos que ficam ligados à tomada e no modo inativo nos Estados Unidos seria suficiente para abastecer a rede de bitcoins durante um ano inteiro.

Para “minerar” bitcoin, computadores – muitas vezes altamente especializados – são ligados à rede da criptomoeda. A tarefa deles é verificar as transações feitas por pessoas que mandam ou recebem bitcoin.

Esse processo envolve solucionar enigmas, os quais, embora não integralmente validem o ir e vir das criptomoedas, oferecem mais proteção contra fraudes no registo das transações. Como recompensa, os mineradores costumam receber pequenas quantias de bitcoin, no que é muitas vezes comparado a uma lotaria.

Para aumentar os lucros, pessoas ligam grandes números de mineradores à rede. Isso usa bastante eletricidade, uma vez que os computadores trabalham quase constantemente para resolver os enigmas.

“Bitcoin é literalmente antieficiente”, explicou David Gerard, autor de um livro sobre a criptomoeda. “Não adianta ter hardwares mais eficientes para a mineração – só estarão a competir com outros hardwares eficientes. Isso significa que o uso energético da bitcoin e a sua produção de CO2 só crescem. É muito mau que toda esta energia seja literalmente desperdiçada numa lotaria.”

Segundo Gerard, uma potencial solução seria cobrar taxas de carbono sobre as criptomoedas.

https://zap.aeiou.pt/minerar-bitcoin-consome-mais-eletricidade-do-que-paises-inteiros-380066

 

Três pessoas resgatadas de ilha deserta - Sobreviveram 33 dias a comer moluscos e ratos !

Três pessoas foram resgatadas de uma ilha deserta nas Bahamas após terem sobrevivido durante 33 dias a comer apenas moluscos, ratos e cocos.


A Guarda Costeira dos Estados Unidos resgatou três cubanos, dois homens e uma mulher, que ficaram retidos em Anguilla Cay, uma ilha deserta nas Bahamas, durante 33 dias, após o seu barco ter virado. Conseguiram sobreviver durante este tempo comendo moluscos, ratos e cocos.

As autoridades norte-americanos encontraram os sobreviventes enquanto voavam numa missão de rotina e viram o grupo a abanar uma bandeira para chamar a sua atenção, conta o jornal britânico The Guardian.

“Fomos alertados pelas bandeiras que tinham, e por uma grande cruz que colocaram lá para si mesmos”, disse o piloto de helicóptero, Mike Allert, à estação televisiva WPLG. Além disso, os cubanos também tinham construído um abrigo improvisado.

Após encontrar o grupo, na segunda-feira, uma equipa da Guarda Costeira dos EUA deixou água, comida e um rádio no local, uma vez que não tinham condições para efetuar o resgate imediato.

“Infelizmente não havia ninguém que falasse espanhol fluentemente, mas com o meu mau espanhol consegui perceber que eles eram de Cuba e precisavam de assistência médica. Fizeram questão de frisar que estavam na ilha há 33 dias”, disse o tenente Riley Beecher, citado pelo Público.

No dia seguinte, uma equipa de resgate foi buscar os sobreviventes, que receberam tratamento médico, embora nenhum deles tivesse ferimentos graves.

Os náufragos revelaram às autoridades que, embora tivessem comida para sobreviver mais tempo, poderiam não aguentar mais tempo devido à falta de água potável.

“Estando exposto a estes elementos adversos por um longo período de tempo, eles ficaram muito felizes por nos ver”, disse Allert ao Good Morning America da ABC.

https://zap.aeiou.pt/pessoas-resgatadas-ilha-deserta-33-dias-380006

Congresso pode usar secção obscura da 14.ª Emenda para culpar Trump pelo ataque ao Capitólio !

Até recentemente, a Secção 3 da 14.ª Emenda era uma parte obscura da Constituição dos Estados Unidos da América. Agora, pode ser usada para responsabilizar Donald Trump pelo ataque ao Capitólio.


A emenda é mais conhecida pela sua primeira secção, que garantiu os direitos individuais e a igualdade após a abolição da escravidão. A Secção 3 da 14.ª Emenda foi criada para lidar com um problema diferente relacionado com a Guerra Civil: a insurreição.

Ela proíbe os atuais ou ex-militares, além dos muitos atuais e ex-funcionários públicos federais e estaduais, de servir em vários cargos do Governo se eles “se tiverem envolvido numa insurreição ou rebelião” contra a Constituição dos Estados Unidos.

Esta secção foi criada após a Guerra Civil como parte da 14.ª Emenda para proibir oficiais militares e oficiais civis que se juntaram à Confederação de servir novamente no Governo.

Agora, esta disposição legal é citada no artigo de impeachment contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, apresentado após a violência insurrecional no Capitólio no dia 6 de janeiro de 2021. O julgamento começou no Senado no dia 9 de fevereiro. Se Trump for absolvido, alguns senadores terão considerado uma resolução invocando a Secção 3 da 14.ª emenda num esforço para impedi-lo de ocupar um futuro cargo.

Logo após a aprovação da 14.ª Emenda em 1868, a Secção 3 foi aplicada vigorosamente.

Por exemplo, o Congresso instruiu o Exército da União a expulsar todos os ex-oficiais confederados que ocupavam cargos nos antigos estados confederados ainda sob lei marcial. Estima-se que, ao abrigo da Secção 3, dezenas de milhares de homens foram considerados inelegíveis para servir.

Negligenciada, mas não esquecida

Durante o século XX, a Secção 3 foi amplamente ignorada. Foi usada apenas uma vez, durante a Primeira Guerra Mundial, para excluir o congressista socialista Victor Berger da Câmara pelos seus discursos anti-guerra.

Na década de 1970, o Congresso concedeu a amnistia póstuma da Secção 3 a Robert E. Lee e Jefferson Davis. Isto foi feito novamente em nome da “reconciliação nacional”, após a divisória Guerra do Vietname.

Agora, a Secção 3, criada para vencer a supremacia branca, está a renascer. A bandeira da Confederação, que nunca entrou no Capitólio durante a Guerra Civil, foi carregada durante a insurreição do Capitólio no dia 6 de janeiro.

Qualquer membro do Congresso que se tenha “envolvido em insurreição” pode ser expulso de acordo com esta disposição legal por uma votação de dois terços. Isto inclui, potencialmente, legisladores que ajudaram diretamente ou incitaram os manifestantes. A polícia do Capitólio está a investigar vários representantes republicanos no Congresso por supostamente liderarem visitas de “reconhecimento” ao edifício no dia 5 de janeiro.

Embora os legisladores possam destituir os seus colegas do cargo, eles não podem legalmente impedir que esses membros concorram e ocupem cargos públicos novamente. Isto porque não existe nenhum estatuto federal a aplicar a Secção 3. A menos que o Congresso aprove uma nova aplicação da lei, quaisquer legisladores expulsos podem regressar mais tarde.

Da mesma forma, o Congresso poderia, a qualquer momento, usar a Secção 3 para declarar a sua opinião constitucional de que Trump é inelegível para ocupar um cargo público novamente, com voto maioritário. Mas apenas os tribunais, interpretando a Secção 3 por si próprios, podem impedir alguém de concorrer à presidência.

https://zap.aeiou.pt/seccao-obscura-culpar-trump-capitolio-380060

 

Televisões e jornais polacos boicotam notícias para protestar pela liberdade de imprensa !

Vários órgãos de comunicação social polacos publicaram notícias a preto e branco nas suas edições impressas e online, e algumas estações televisivas interromperam as suas transmissões. A iniciativa teve como objetivo protestar contra um novo imposto para os media nacionais.


A iniciativa ocorreu durante 24 horas (na passada quarta-feira, dia 10 de fevereiro) e serviu como arma de contestação ao novo imposto aplicado pelo Governo polaco a todos os órgãos de comunicação social do país, avança o The Washington Post.

De acordo com os jornais e canais televisivos, o imposto ameaça a liberdade de imprensa e é mais um golpe para as instituições democráticas.

“É aqui que o nosso conteúdo deve estar”, escreveu o site do diário polaco Gazeta Wyborcza, que esteve marcado por slogans de protesto envoltos de preto. Também o canal televisivo Polsat passou no seu ecrã a seguinte mensagem: “Este é o lugar onde o seu programa favorito deveria estar”.

O silêncio surgiu um dia depois de várias entidades enviarem uma carta aberta às autoridades para se oporem ao imposto. Cerca de 43 editores e organizações de media participaram na escrita do conteúdo, onde foi sublinhada a carga seletiva sobre a imprensa independente como “escandalosa”. “É simplesmente extorsão”, pode ler-se.

O governo afirma que o imposto de 15% sobre as receitas de publicidade irá ajudar a aumentar o financiamento para os cuidados de saúde e outros serviços essenciais para combater a pandemia. Contudo, a decisão surge num altura em que o Ministério da Justiça da Polónia é acusado de prejudicar a independência das instituições do país.

Segundo a Associação de Jornais Locais da Polónia, em 2020, a imprensa local viu uma queda aproximada de 30% a 50% na receita de publicidade e uma descida de 30% nas vendas desde o início da pandemia. Também os maiores jornais do país se queixaram de uma queda significativa na receita de publicidade e vendas.

O executivo polaco já havia entrado em conflito com a União Europeia devido a reformas judiciais que, segundo Bruxelas, prejudicam a independência dos seus tribunais.

O responsável de liberdade de imprensa da Repórteres Sem Fronteiras disse à Reuters que a iniciativa do governo de subjugar o sistema judicial também prejudicou a imprensa, pois criou uma tendência de criminalizar a difamação e a liberdade de expressão.

Nos últimos seis anos, a Polónia caiu da 18.ª posição no ranking global de liberdade de imprensa da organização para a 62.ª.

A vizinha Hungria serve como um exemplo do que pode acontecer com a independência dos media. No país, associados do governo do primeiro-ministro Viktor Orban compraram órgãos de comunicação independentes, transformando-os em porta-vozes do governo.

Em declarações à emissora pública TVP, que ainda estava no ar na quarta-feira, o porta-voz do governo, Piotr Muller, referiu que o imposto ainda está a ser analisado e que é semelhante aos implementados em vários países europeus.

https://zap.aeiou.pt/jornais-polacos-boicotam-noticias-379745

Golpe com cartão SIM - Hackers terão roubado 100 milhões em criptomoedas a celebridades !

 

Oito homens suspeitos de roubar mais de 100 milhões de dólares em criptomoedas de influencers da Internet, estrelas do desporto e músicos foram presos esta terça-feira após uma investigação de um ano por várias autoridades policiais.

O grupo cibercriminoso foi desmantelado esta semana depois de os membros terem atacado “milhares” de vítimas nos Estados Unidos no ano passado através de ataques de “troca de SIM”, que são usados para se infiltrar em aplicações ou contas online, abusando o número de telefone de um smartphone.

Segundo a revista Newsweek, a agência europeia de aplicação da lei Europol disse que a investigação, que foi lançada na primavera passada, descobriu uma rede de cerca de uma dúzia de criminosos coordenados.

Num esquema de “troca de SIM”, os criminosos podem intercetar informações confidenciais, assumindo o número de telefone da vítima associado ao cartão SIM do seu dispositivo. Os hackers desativam o cartão SIM e transferem o seu número para um novo controlado por um membro da quadrilha.

Especialistas dizem que o processo de troca é geralmente feito por um hacker que se faz passar pelo proprietário e entra em contacto com a operadora para solicitar a mudança. Também é auxiliado por ataques de phishing para obter informações pessoais.

Depois de ter controlo sobre o número, os hackers podem alterar as senhas das aplciaçõese receber os códigos necessários para redefinir as credenciais da conta. Depois de alterar os códigos, os criminosos têm acesso a bancos, e-mail e redes sociais.

“Isso permitiu que roubassem dinheiro, criptomoedas e informações pessoais, incluindo contactos sincronizados com contas online. Também sequestraram contas de redes sociais para publicar conteúdo e enviar mensagens disfarçadas de vítima”, segundo a Europol.

As identidades das vítimas não foram divulgadas. A Europol disse que mais membros da gangue foram detidos recentemente em Malta e na Bélgica. A agência de polícia pediu a qualquer pessoa preocupada com este tipo de ataque que não vinculasse o seu número de telefone a contas online.

A National Crime Agency (NCA), que liderou a investigação do lado britânico sobre os ataques, disse que os homens presos tinham entre 18 e 26 anos e foram detidos em Inglaterra e na Escócia. Tal como a Europol, não revelou a identidade de suspeitos ou vítimas.

“A troca de Sims requer uma organização significativa por uma rede de criminosos cibernéticos, em que cada um comete vários tipos de criminalidade para alcançar o resultado desejado”, disse Paul Creffield, chefe de operações da Unidade Nacional de Crimes Cibernéticos da NCA. “Esta rede tinha como alvo várias vítimas nos EUA e regularmente atacava aqueles que acreditavam que seriam alvos lucrativos, como estrelas do desporto e músicos famosos”.

“Nesse caso, os presos enfrentam processo por crimes sob a Lei de Uso Indevido de Computadores, bem como fraude e lavagem de dinheiro, bem como extradição para os EUA para processo. Além de causar muita angústia e perturbação, sabemos que roubaram muito somas das suas vítimas, das suas contas bancárias ou carteiras de bitcoin. ”

Ataques de troca de SIM já existem há anos. Um dos incidentes mais notáveis ocorreu em 2019, quando o perfil do CEO do Twitter, Jack Dorsey, escreveu uma série de calúnias raciais e mensagens anti-semitas. Os hackers aparentemente conseguiram fazer com que uma operadora transferisse o número de Dorsey para um dispositivo controlado por eles.

https://zap.aeiou.pt/golpe-cartao-sim-hackers-terao-roubado-100-milhoes-criptomoeda-379748

 

Relatório revela que mais de 330 defensores de direitos humanos foram assassinados em 2020 !

 

Pelo menos 331 ativistas que promoviam a justiça social, ambiental, racial e de género em 25 países foram assassinados em 2020, enquanto outras dezenas foram agredidos, detidos e criminalizados por causa do seu trabalho, revelou um relatório divulgado esta quinta-feira.

Segundo noticiou o Guardian, a América Latina é a zona mais perigosa para os ativistas, contabilizando mais de três quartos de todos os assassinatos. Na Colômbia, onde são constantemente atacados por grupos armados, registaram-se 177 das mortes. Seguem-se na lista as Filipinas (25 assassinatos), Honduras, México, Afeganistão, Brasil e Guatemala.

Embora 69% das vítimas trabalhassem com o meio ambiente ou com os direitos dos indígenas, os ativistas transformaram-se também em alvos por auxiliarem no combate à covid-19 nas suas comunidades, de acordo com o relatório do Front Line Defenders (FLD).

Num ano em que muitos países implementaram medidas de contenção para controlar a pandemia, os ativistas têm ajudado na entrega de medicação e alimentos a doentes e idosos, preenchendo as lacunas dos governos. Apesar dessa assistência, enfrentam represálias que vão desde a prisão e assédio até à violência física e assassinato.

“A pandemia de covid-19 expôs muitas falhas nas muitas sociedades – como as desigualdades sistémicas e falhas dos governos em fornecer serviços eficazes aos seus cidadãos, o que às vezes é intencional”, disse o diretor da FLD, Ed O’Donovan.

“Os defensores dos direitos humanos e a sociedade civil têm preenchido essas lacunas – apesar de ainda serem alvos -, oferecendo serviços e uma visão alternativa para as sociedades”, acrescentou.

Para o responsável, não é surpresa que, nas Américas, os ativistas que trabalham com questões relacionadas à Justiça tenham sofrido o segundo maior índice de violência, estando somente atrás dos que trabalham com direitos indígenas e ambientais.

O relatório mostrou igualmente que os ativistas que defendem os indígenas equivalem a quase um terço dos 331 mortos, embora esses povos representem 6% da população global; que um número significativo trabalhava para impedir projetos da indústria de extração; que 13% eram mulheres e seis transexuais.

Embora a pandemia tenha travado manifestações, os ativistas ajudaram a iniciar movimentos durante a última metade de 2020 em locais como a Polónia, a Bulgária, os Estados Unidos e em Hong Kong, apontou o relatório.

Os 331 assassinatos em 25 países em 2020 comparados aos 304 registados em 31 nações em 2019 mostram que a impunidade prevalece quando se trata de crimes contra ativistas, referiu Ed O’Donovan, acrescentando que Estados como Afeganistão, a Colômbia e o Peru foram dos principais responsáveis ​por esse aumento.

Este relatório foi divulgado na mesma semana em que a Amnistia Internacional acusou o governo do Reino Unido de não cumprir a sua promessa de proteger os ativistas no exterior. A análise revelou que profissionais de saúde, advogados, jornalistas e ativistas de direitos humanos em todo o mundo lutam para obter apoio das embaixadas britânicas.

A FLD destacou ainda a perseguição chinesa em relação aos membros da etnia uigur, que resultou em detenções em massa, trabalho forçado e esterilização de mulheres.

A vice-diretora da organização, Olive Moore, indicou que os números de 2020 demonstraram uma tendência para a violência contra ativistas e pediu que os defensores dos direitos humanos fossem incluídos no planeamento pós-covid dos governos e nas negociações climáticas da Cop26, agendadas para novembro deste ano.

“Embora 2020 tenha sido um ano difícil para todos, foi especialmente desafiador para os defensores dos direitos humanos, que se levantaram para enfrentar desafios sem precedentes. Enfrentaram ataques crescentes, insegurança económica e o impacto de doenças e mortes nas suas comunidades, mas trabalharam para preencher as lacunas deixadas pelas respostas insuficientes do governo”, sublinhou.

https://zap.aeiou.pt/330-defensores-direiros-humanos-assassinados-2020-380020

Anthony Fauci prevê que em abril todos possam ser vacinados nos EUA !

O epidemiologista norte-americano Anthony Fauci assegurou hoje que, em abril, todos os cidadãos dos Estados Unidos poderão receber a vacina contra a covid-19 graças à aceleração da produção e às melhorias na distribuição.


“Quando chegarmos a abril […] será aberta a temporada, no sentido de que, virtualmente, todas as pessoas de qualquer categoria social poderão ser vacinadas”, declarou Fauci, assessor científico do Presidente norte-americano, Joe Biden, numa entrevista ao programa televisivo Today, da cadeia NBC.

De qualquer forma, Fauci sublinhou que a imunidade de grupo só poderá alcançar-se “no fim de verão.

Segundo divulgou hoje o Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) norte-americano, os Estados Unidos já alcançaram uma taxa de vacinação de 10%, depois de 33,7 milhões de cidadãos terem recebido pelo menos uma das 44,7 milhões de doses administradas.

Fauci reconheceu, porém, que um dos problemas é o “ceticismo” face à eficácia da vacina, salientando ser “importante” reafirmar a segurança do medicamento.

Os ex-Presidentes norte-americanos Barack Obama (2009/2017), George W. Bush (2001/2009) e Bill Clinton (1993/2001) já se manifestaram dispostos a serem vacinados diante das câmaras de televisão, numa iniciativa para promover a confiança entre a população.

O Presidente Joe Biden prometeu que a sua administração vai conseguir vacinar com a primeira dose nos primeiros 100 dias de governo (até 30 de abril) 150 milhões de pessoas.

Dados do CDC indicam que foram já administradas 23,4 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech, enquanto a da Moderna, a segunda a ser autorizada no país, já permitiu inocular 21,1 milhões de doses.

A Administração de Biden espera que a aprovação de novas vacinas possa aumentar o número diário de vacinação, aguardando-se ainda para este mês que possa ser autorizada, com caráter de emergência, a produzida pela Johnson & Johnson, que, segundo um estudo da empresa farmacêutica, tem uma eficácia de 66% na prevenção de doenças moderadas a graves associadas à covid-19.

Os Estados Unidos são o país mais afetado do mundo pelo novo coronavírus, com mais de 27 milhões de casos e cerca de 470 mil mortes, segundo os dados da Universidade Johns Hopkins.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.355.410 mortos no mundo, resultantes de mais de 107,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

https://zap.aeiou.pt/fauci-abril-vacinados-eua-380101

 

Tóquio - Chefe de comité das Olimpíadas demite-se após comentários sexistas !

O presidente do comité organizador das Olimpíadas de Tóquio, Yoshiro Mori, vai deixar o cargo após uma semana de críticas devido a comentários sexistas, com os especialistas a defenderem que esta dificilmente será uma vitória para os direitos das mulheres no Japão.


De acordo com os especialistas, a renúncia – que será formalmente anunciada na sexta-feira – não teria acontecido se não fosse pela atenção internacional sobre o caso, noticiou esta quinta-feira a Time.

A 03 de fevereiro, Mori, de 83 anos, disse num encontro do comité olímpico que as mulheres falam demais nas reuniões. “Se aumentarmos o número de mulheres no conselho, temos que garantir que o tempo de uso da palavra seja um pouco restrito, elas têm dificuldade em terminar, o que é irritante”, referiu.

Mori, que foi primeiro-ministro de 2000 a 2001, desculpou-se no dia seguinte, afirmando, contudo, que não tencionava renunciar.

“Já houve muitos comentários desse tipo por parte políticos e pessoas tantas vezes antes, mas nunca renunciaram”, disse Kazuko Fukuda, que iniciou uma petição pedindo uma ação contra Mori, na qual classifica os seus comentários como “preconceituosos, tacanhos e discriminatórios”. A iniciativa já conta com quase 150 mil assinaturas.

No início da polémica, o Comité Olímpico Internacional (COI) aceitou as desculpas de Mori, emitindo depois um comunicado onde declarava que os comentários eram “absolutamente inadequados”. A 10 de fevereiro, a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, disse que faltaria a uma reunião com Mori e com o presidente do COI, Thomas Bach, na semana seguinte.

A tenista Naomi Osaka, que nasceu no Japão, considerou os comentários de Mori “muito desinformados” e “ignorantes”. Cerca de 500 voluntários olímpicos desistiram, segundo a media japonesa.

“Se Mori não tivesse tanta visibilidade na representação do Japão no cenário internacional, é provável que houvesse muito mais complacência em relação aos seus comentários”, indicou Grace En-Yi Ting, professora da Universidade de Hong Kong.

Durante a sua governação, o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe pediu às empresas que atribuíssem às mulheres 30% dos cargos gestão até 2020. Quando essa meta não foi cumprida, a data foi adiada. As mulheres ocupam menos de 15% dos cargos de gestão média e sénior – uma das piores taxas no grupo das 20 grandes economias.

Abe indicou apenas uma mulher para seu gabinete, e o atual primeiro-ministro, Yoshihide Suga, escolheu somente duas, num contexto de 21 funcionários.

Grace En-Yi Ting hesita em dizer que a renúncia de Mori possa despertar um senso significativo sobre a igualdade de género no Japão. “Este é um problema de sexismo sistémico; Mori e outros são sustentados por um ambiente que tolera o sexismo”, siublinhou a professora.

Espera-se que o substituto de Mori seja Saburo Kawabuchi, o ex-presidente da Federação Japonesa de Futebol, de 84 anos.

https://zap.aeiou.pt/toquio-chefe-comite-olimpiadas-comentarios-sexistas-379994

Número de nascimentos na China caiu 15% durante pandemia

O número de recém-nascidos na China caiu 15% em 2020 quando comparado com o ano anterior, situação em parte influenciada pela pandemia e pelo seu impacto na economia e nas decisões das famílias.


Segundo noticiou na quarta-feira a Reuters, que cita dados avançados pelo Governo chinês, nasceram no país 10,035 milhões de crianças em 2020 – 52,7% eram meninos e 47,3% meninas – e 11,79 milhões em 2019. Em 2019, o número já tinha caído para um novo mínimo em quase seis décadas.

Nos últimos anos, os custos com a saúde, a educação e a habitação têm pesado na decisão dos chineses em ter filhos. A China aboliu a política do filho único em 2015, mas isso não impulsionou a taxa de natalidade como esperado.

Cerca de um quinto dos cidadãos chineses (aproximadamente 250 milhões de pessoas) tem 60 anos ou mais. O envelhecimento rápido criará dificuldades para o Governo, que prometeu pagar os planos de saúde e as pensões, apesar do já esperado encolhimento da força de trabalho.

Durante três décadas, o país impediu os chineses de terem mais do que um filho. Estima-se que esta medida, lançada para controlar a explosão de nascimentos, tenha evitado o nascimento de 400 milhões de bebés.

https://zap.aeiou.pt/numero-nascimentos-china-caiu-pandemia-379989

 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

JAPÃO E EUA PREPARAM-SE PARA GUERRA CONTRA CHINA !

Casando O Verbo

A guerra dos tempos modernos - Índia recruta 500 mil “soldados das redes sociais” !

O próximo tipo de guerra está a chegar e exige um novo tipo de tropas. Em vez de se equiparem com capacetes e armaduras, os “soldados das redes sociais” estão armados com smartphones, contas em várias plataformas e experiência em tecnologia.

Não é novidade que certos Governos estão a usar as redes sociais como uma ferramenta para controlar a sua população, influenciar resultados e decisões ou espalhar desinformação através de campanhas online.

Porém, segundo o Interesting Engineering, a forma como os outros estão a aprender a responder através da tecnologia está agora na linha de frente da agenda.

Em comunicado, a Freedom of House, uma organização sem fins lucrativos que classifica os países quanto à liberdade na Internet, destaca o aumento da vigilância das redes sociais em todo o mundo e afirma que o “novo campo de batalha” das forças democráticas está a ser travado nas plataformas digitais.

Em alguns países, como a China e a Rússia, onde a liberdade na Internet tem uma classificação baixa, as redes sociais são silenciadas ou censuradas, bem como usadas para propaganda.

Já na Turquia, por exemplo, uma nova lei de 2020 impõe requisitos rigorosos às empresas de redes sociais e aumenta a capacidade do Governo de censurar o discurso online.

As redes sociais têm a capacidade de fazer crescer determinados assuntos e temas, como como quando ocorreu o movimento Black Lives Matter, após o homicídio de George Floyd.

Assim, para contra-atacar, certos partidos governamentais estão a reunir tropas para ficar de olho nas ações dos oponentes e responder. Por exemplo, esta segunda-feira, o Congresso Nacional Indiano anunciou estar ativamente à procura de 500 mil “guerreiros das redes sociais” para desafiar o partido adversário, o Partido do Povo Indiano, online.

“Este é um exército de verdade. Este é um exército que defenderá a ideia da Índia. Estamos a construir esta plataforma para vocês. Para vos dar ferramentas para lutar esta batalha e vencer”, disse Rahul Gandhi, membro do parlamento indiano, citado pelo The Indian Express.

O Congresso vai alistar 50 mil titulares de cargos em todos os distritos da Índia e será ajudado pelos 450 mil voluntários na sua “guerra”. Todos vão receber treino apropriado para saber como combater adequadamente a propaganda do partido adversário.

A guerra através das redes sociais e de outras plataformas digitais está apenas a começar. Certas nações, instituições e pessoas estão a esforçar-se por encontrar formas de lidar com isso e usá-las em seu benefício e, com sorte, do mundo.

https://zap.aeiou.pt/guerra-tempos-modernos-recrutam-379420
 

 

“Incitador-chefe” - No primeiro dia de julgamento, procuradores mostram vídeo inédito do ataque ao Capitólio !

No arranque do julgamento do ex-Presidente dos Estados Unidos pelo Senado, os membros do Partido Democrata, que defende a condenação de Trump, exibiram um vídeo inédito da invasão do Capitólio, a 6 de janeiro.

O vídeo arrepiante, apresentado por procuradores durante o julgamento de Donald Trump, mostrou a entrada violenta de uma multidão no Capitólio, a partir vidros e portas e gritando ameaças ao vice-presidente e à presidente da Câmara dos Representantes.

As imagens mostram também agentes da polícia a pedirem ajuda pelos rádios.

As imagens divulgadas pelos procuradores do Congresso, que estão a dirigir o julgamento de Trump, revelam o quão perto os amotinados estiveram dos líderes dos Estados Unidos, enchendo os corredores enquanto cantavam “enforquem Mike Pence”.

Entre os primeiros a entrar no Capitólio estavam homens uniformizados com roupa de combate e membros de grupos extremistas.

O vice-presidente Pence, que estava a presidir a sessão no Congresso para certificar a vitória eleitoral de Joe Biden sobre Trump, o que lhe valeu a censura deste, é mostrado a ser conduzido apressadamente para um local seguro com a sua família, a escassa distância dos invasores.

A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, foi retirada do complexo, enquanto os seus colaboradores se escondiam atrás das portas.

Os agentes policiais, submersos pela multidão, gritavam de forma frenética “Perdemos a linha! Perdemos a linha” e aconselhavam-se a procurar segurança.

As imagens mostram um agente a ser esmagado pela multidão e os procuradores adiantaram que outro sofreu um ataque cardíaco. Um terceiro morreu mais tarde.

Se bem que muitos dos jurados do Senado já se decidiram em relação à absolvição ou condenação de Trump, a exibição das imagens, com a multidão a ocupar a câmara do Congresso onde decorre o julgamento, criou alguma comoção. Os gritos da gravação áudio encheram a sala.

“Eles fizeram isto porque Donald Trump os enviou com esta missão“, afirmou o procurador Stacey Plaskett, um democrata eleito para a Câmara dos Representantes pelas Ilhas Virgens.

A apresentação destas imagens fortes abriu o primeiro dia de argumentos no julgamento, com os procuradores a defenderem que Trump não era um qualquer “espetador inocente”, mas sim o “incitador-chefe” do mortífero ataque ao Congresso, alguém que passou meses a espalhar mentiras sobre as eleições e a construir uma multidão de apoiantes da sua intenção de impedir a vitória de Biden.

Os democratas da Câmara dos Representantes mostraram muitas provas oriundas do próprio Trump – centenas de mensagens da rede social Twitter e comentários -, que culminaram no seu apelo, de 6 de janeiro, para a multidão ir para o Capitólio e “lutar como nunca” para inverter a sua derrota.

Depois, Trump não fez o que quer que fosse para interromper a violência e assistiu com “alegria” ao ataque da multidão ao edifício, adiantaram. Cinco pessoas morreram.

“Para nós, isto parece caos e loucura, mas houve método na loucura deste dia”, afirmou o representante Jamie Raskin, democrata leito pelo Estado do Maryland, que acusou Trump de ser o instigador dos atacantes. “E enquanto a sua multidão atacava e ocupava o Senado e atacava a Câmara e os agentes da polícia, ele via isto na televisão como se fosse um reality show“.

O Senado norte-americano aprovou, esta terça-feira, com os votos dos senadores democratas e de alguns republicanos, a continuação do processo judicial de destituição do ex-Presidente.

Apesar disto, a condenação de Trump não parece provável, uma vez que seria necessária uma maioria de dois terços – 67 senadores. Para isso, 17 republicanos teriam de associar-se aos democratas. Na votação de terça-feira, só seis se dispuseram a fazê-lo.

Trump é o primeiro Presidente dos Estados Unidos a ser sujeito duas vezes a um processo de destituição no mesmo mandato e o único a ser julgado politicamente depois de já ter abandonado o cargo.

O primeiro impeachment foi aprovado pela Câmara dos Representantes, em dezembro de 2019, por abuso de poder e obstrução do Congresso, ao ter pressionado a Ucrânia a lançar uma investigação contra Joe Biden, agora Presidente, e o seu filho Hunter. O Senado acabou por absolver Trump em fevereiro do ano passado.

https://zap.aeiou.pt/incitador-chefe-video-inedito-capitolio-379856

 

 

Macron tem um plano traçado para as Presidenciais de 2022 e Le Pen é outra vez uma pedra no sapato !

As sondagens das últimas semanas colam Marine Le Pen ao atual Presidente francês, Emmanuel Macron, que tem em mãos a difícil tarefa de unir o país e acalmar a contestação popular.


De acordo com o Público, Emmanuel Macron resiste em decretar um terceiro confinamento em França com a justificação do impacto económico da decisão e dos eventuais efeitos nefastos da mesma na saúde mental e no estado anímico da população.

O Presidente vai apostar no aumento dos controlos fronteiriços, nas restrições à mobilização, em diminuir os horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais e em mobilizar a polícia para garantir que o recolher obrigatório é cumprido.

Com a sua presidência em jogo, e uma pandemia nos braços, Macron vai tentar reduzir os níveis de tensão popular.

O diário escreve que o principal objetivo é não dar motivos aos descontentes para se reagruparem debaixo de uma só bandeira, seja a da União Nacional, de Marine Le Pen, ou a de qualquer outro movimento de protesto.

Várias sondagens, divulgadas nas últimas semanas, mostram uma aproximação acelerada de Marine Le Pen, da União Nacional. O Público lembra que a líder da extrema-direita francesa tem sido uma das principais críticas da imposição de um novo confinamento e procurado dar voz aos desempregados e aos mais afetados pelas restrições.

Uma sondagem publicada no dia 19 de janeiro, da Harris Interactive, dá a vitória a Le Pen na primeira volta das presidenciais de 2022, com uma percentagem de 26% a 27%, contra 23% ou 24% de Macron. Na segunda volta, é o Presidente a vencer, mas por uma curta diferença de apenas quatro pontos percentuais (52% contra 48%).

Na sondagem da Ipsos, publicada há uma semana, Macron alcança entre 24% e 27% dos votos e Le Pen entre 25% e 26,5%, na primeira volta. No combate eleitoral final, o chefe de Estado leva uma vantagem considerável de 12%.

Certo é que não resta muito tempo para o Presidente francês desenhar e preparar uma estratégia agregadora. O plano, que passa por não decretar um terceiro confinamento, é arriscado, não só por ir contra as recomendações da maioria dos especialistas epidemiológicos, como pela incapacidade que Macron tem demonstrado para unir o país.

https://zap.aeiou.pt/macron-plano-presidenciais-2022-379886

 

China e Índia começam a reduzir escalada militar na fronteira dos Himalaias

O Governo indiano anunciou hoje que a Índia e a China começaram a reduzir a escalada militar das suas tropas na fronteira oeste dos Himalaias, após meses de tensão e confrontos que deixaram dezenas de soldados mortos ou feridos.


“Tenho o prazer de informar à Câmara que, como resultado da nossa estratégia e discussões com o lado chinês, conseguimos chegar a um acordo sobre a redução da escalada [militar] nas margens norte e sul do Lago Pangong”, disse o Ministro da Defesa indiano, Rajnath Singh, numa apresentação perante o parlamento.

A implementação deste acordo, disse o ministro, “começou ontem [quarta-feira] nas margens norte e sul do Lago Pangong”, no oeste do Himalaia.

O acordo alcançado após meses de negociações e tensão militar irá “restaurar substancialmente a situação para o nível em que se encontrava antes do início do confronto no ano passado”, disse Singh.

O compromisso entre a China e a Índia prevê que as partes cessem os seus desdobramentos militares de maneira escalonada e coordenada, explicou.

Além disso, foi acordada uma moratória temporária às atividades militares dos dois lados em certos setores da fronteira, incluindo o patrulhamento em áreas tradicionais.

O ministro da Defesa indiano garantiu ao parlamento que o Governo da Índia “não concedeu nada” à China nas negociações. As partes continuarão as conversações, tanto na esfera diplomática quanto militar, para acertar os detalhes da retirada e demais pendências.

“Existem algumas questões pendentes em relação à implantação e patrulhamento em alguns outros pontos ao longo da Linha de Controlo Atual (LAC) no leste de Ladakh. Essas serão o foco de futuras discussões com o lado chinês”, acrescentou.

Índia e China começaram a fortalecer a sua presença militar na fronteira após um confronto o no Vale Galwan, a oeste do Lago Pangong, em junho passado, o pior em 45 anos entre os dois países e no qual pelo menos foram mortos 20 soldados indianos e 76 ficaram feridos.

Os dois países reagiram ao confronto enviando tropas para a LAC, o que manteve a tensão militar na região crescendo desde aquela altura. Desde então, Nova Deli e Pequim tentaram resolver a crise através dos canais diplomáticos.

As duas potências nucleares mantêm uma disputa histórica por várias regiões dos Himalaias, com Pequim a reivindicar Arunachal Pradesh, controlado por Nova Deli, que por sua vez reivindica Aksai Chin, administrada pelos chineses.

https://zap.aeiou.pt/reduzir-escalada-militar-himalaias-379889

Mulher de Alexei Navalny deixou a Rússia e voltou à Alemanha

A mulher do líder da oposição russa detido Alexei Navalny, Yulia Navalnaya, abandonou a Rússia e voltou para a Alemanha, indicou esta quarta-feira a agência noticiosa russa Interfax. Segundo as fontes da agência, Yulia apanhou um voo para Frankfurt no aeroporto moscovita de Domodedovo.


As advogadas da mulher de Navalny disseram às agências russas RIA Novosti e TASS desconhecerem se a sua cliente viajou para a Alemanha.

Yulia Navalnaya regressou a 17 de janeiro à Rússia, com o seu marido, depois de terem estado quase cinco meses na Alemanha, onde o opositor foi tratado e recuperou do envenenamento de que foi alvo em agosto de 2020.

Navalny diz ter sido envenenado por ordem do presidente russo, Vladimir Putin, e após regressar à Rússia foi detido e condenado a cumprir uma pena de três anos de prisão que tinha sido suspensa em 2014 e que foi classificada de arbitrária pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

Nas recentes manifestações em apoio de Navalny, durante as quais foram detidas mais de 11.000 pessoas, Yulia Navalnaya também foi presa nas marchas de dia 23 e 31 de janeiro, refere a agência noticiosa espanhola EFE.

Além disso a sua casa foi alvo de buscas e um tribunal multou-a a 1 de fevereiro em 20.000 rublos (220 euros) por ter participado nos protestos.

Por outro lado, as autoridades russas emitiram esta quarta-feira um novo mandado de prisão contra um colaborador de Alexei Navalny, um militante que Moscovo classificou de traidor na terça-feira após o seu apelo a sanções europeias.

Léonid Volkov, que vive na Lituânia, já era alvo de uma ordem de detenção na Rússia.

O tribunal moscovita de Basmanny indicou à agência France-Presse que Volkov foi agora incluído na base de dados das pessoas procuradas da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), que inclui a maior parte das ex-repúblicas soviéticas, aliados da Rússia.

A porta-voz do tribunal, Irina Morozova, precisou que Volkov é procurado por ter “incitado menores a cometerem atos ilegais”, numa referência às manifestações não autorizadas de janeiro em defesa de Navalny. O delito é passível de uma pena máxima de três anos de prisão.

“Eis como reagir: (…) não prestar atenção, continuar a trabalhar”, indicou o opositor após aquele anúncio através do serviço de mensagens Telegram.

Volkov disse na segunda-feira à noite ter discutido com representantes europeus a possível adoção de sanções contra altos responsáveis russos e próximos de Vladimir Putin.

“De um ponto de vista moral e ético, é uma traição”, reagiu na terça-feira a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, em declarações à rádio Vesti FM.

A União Europeia pediu por diversas vezes a libertação de Navalny, além de acusar Moscovo de recusar investigar o envenenamento de que o adversário do Kremlin foi vítima em agosto e que levou os europeus a sancionarem vários responsáveis russo.

Na terça-feira, o Alto Representante da União Europeia para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, informou que irá propor aos líderes europeus a adoção de sanções à Rússia, no Conselho Europeu de 25 e 26 de março.

https://zap.aeiou.pt/mulher-navalny-voltou-alemanha-379911

 

A casa mais estreita de Londres está à venda e tem apenas 1,80 metros de largura !

Casa mais estreita de Londres

Localizada entre um salão de beleza e um consultório médico, a casa mais estreita de Londres está à venda por 1,1 milhões de euros.

Com apenas um metro e oitenta de largura e uma área de 1.034 metros quadrados, a propriedade de cinco andares já foi uma chapelaria e está agora à venda por 1,1 milhões de euros, segundo a Winkworth.

A moradia localiza-se no bairro de Shepherd’s Bush, distingue-se por uma pequena faixa azul muito discreta e foi colocada à venda recentemente. David Myers, diretor de vendas da agência responsável pelo imóvel, diz que o preço se explica porque o prédio, construído no final do século XIX ou início do século XX, é “uma parte única da história de Londres”.

É um pouco da magia de Londres“, disse à agência AFP.

De acordo com a CNN, a casa tem dois quartos; a cozinha, localizada no mezanino, é o local mais estreito; e a sala de jantar tem o dobro do tamanho se comparada a esta última divisão. As portas de vidro duplo dão acesso a um jardim de 2,5 metros de largura.

A escada em espiral dá acesso ao segundo andar, que alberga um escritório, um quarto e um terraço. O terceiro andar abriga duas casa de banho, uma com chuveiro, e um closet. No topo da casa fica o quarto principal.

As características “únicas” de época, misturadas com as inovações ecléticas do interior, podem atrair compradores “artísticos” ou “boémios”. Além disso, casas estreitas como esta oferecem uma solução atraente para cidades populosas.

Apesar de o preço deste imóvel o colocar como um dos menos acessíveis, as casas estreitas estão cada vez mais populares, à medida que os arquitetos respondem aos altos custos de vida, à maior densidade urbana e ao maior interesse em reduzir e simplificar as nossas vidas.

https://zap.aeiou.pt/casa-mais-estreita-londres-venda-379410

 

Com a SIDA a escalar, Margaret Thatcher recusou-se a avançar com campanha sobre sexo de risco !

Conhecida como a “Dama de Ferro”, Margaret Thatcher opôs-se à ideia do Governo de avançar com uma campanha de consciencialização sobre “sexo de risco”, numa altura em que o Reino Unido estava a começar a viver a realidade da SIDA. A informação é divulgada por um ex-ministro conservador.


Norman Fowler revelou ao The Independent que, no final dos anos 80, Margaret Thatcher, a então primeira-ministra do Reino Unido, se recusou a avançar com a campanha do Governo que tinha como intuito alertar para os riscos de fazer sexo sem proteção e tentar, assim, diminuir o risco de contágio do HIV.

De acordo com o ex-ministro, Thatcher acreditava que mencionar práticas sexuais de risco numa campanha poderia ter o efeito inverso e encorajar as pessoas a “experimentar”.

Lord Fowler, que na altura era secretário de saúde, recorda que tentou que a ministra mudasse de ideias e lhe disse que estava “completamente errada” sobre o assunto.

O político, hoje com 83 anos de idade, afirma que Thatcher era cética em relação a fazer qualquer campanha de informação sobre a SIDA, mas que esta posição não lhe garantiu muitos simpatizantes.

O sucesso do documentário do Channel 4 It’s a Sin – que retrata o caos que o Reino Unido sofreu durante a crise da SIDA nos anos 1980, levantou algumas questões sobre a resposta do governo Thatcher.

Apesar das dúvidas da primeira-ministra conservadora, Norman Fowler lançou a campanha governamental “SIDA: Não morra de ignorância”, em 1986.

Porém, “havia uma secção [no folheto] sobre sexo de risco e Margaret disse: ‘Precisamos de ter isto sobre sexo de risco?’ Como o objetivo era alertar as pessoas sobre o assunto, parecia-me que era essencial incluir o tema”, conta Fowler.

O conservador lembra que a secção sobre sexo de risco acabou por não ser incluída na campanha, pois o texto final advertia para o facto de os que correm maior risco serem “os homens que fazem sexo anal com outros homens. Utilizadores abusivos de drogas que partilham equipamentos. Qualquer pessoa com muitos parceiros sexuais” – e estes argumentos não caíram nas graças da “Dama de Ferro”.

“A preocupação dela era que estivéssemos a ensinar às pessoas coisas sobre as quais elas não sabiam nada – a implicação era que, uma vez que soubessem, poderiam experimentar”, diz Fowler, relembrando a posição da emblemática primeira-ministra.

Nos primeiros anos da década de 1980, pouco se sabia sobre a “doença misteriosa” que afetava os homossexuais. Apenas em 1984 é que os cientistas revelaram a descoberta do vírus causador da SIDA – oficialmente denominado HIV.

Relativamente a alegações de que o governo demorou a agir, e que isso pode ter custado alguma vidas, Lord Fowler diz que “poderia dizer que deveríamos ter começado mais cedo, mas acho que começamos mais ou menos na hora certa, porque foi a altura em que a preocupação estava a crescer”.

Margaret Thatcher exerceu o cargo de primeira-ministra do Reino Unido entre 1979 e 1990.

https://zap.aeiou.pt/margaret-thatcher-recusou-sexo-risco-379159

 

Explosivos desaparecem da maior base dos Marines nos EUA !

Uma quantidade desconhecida de material explosivo desapareceu da maior base dos Marines norte-americanos, no estado da Califórnia, estando o caso a ser investigado desde a semana passada pelo Serviço de Investigação Criminal da Marinha dos Estados Unidos (EUA).


Segundo a agência Associated Press, a base localiza-se no deserto do Mojave, no Sul da Califórnia, perto da cidade de Twentynine Palms, tendo sido inaugurada em 1952 e mantendo-se como a maior instalação dos Marines norte-americanos.

Desde 15 de janeiro, a base tem sido o palco de exercícios de fuzileiros e marinheiros de diferentes unidades, num programa que terminará a 18 de fevereiro.

Jeff Houston, um dos responsáveis pelas investigações, recusou-se a avançar pormenores sobre a data do desaparecimento, a quantidade e o tipo de material explosivo.

A CNN avançou que o corpo de investigação da Marinha alertou as autoridades da região, no condado de San Bernardino, mas não requisitou auxílio externo.

https://zap.aeiou.pt/explosivos-maior-base-marines-eua-379702

 

Freira com 117 anos é a pessoa mais velha a recuperar da covid-19 !

Lucile Randon

O teste positivo para o coronavírus SARS-CoV-2 chegou a 16 de Janeiro. A freira é considerada a segunda pessoa mais idosa do mundo. “Nem percebi que estava infetada”, contou a irmã Lucile Randon à imprensa francesa.

A freira francesa Lucile Randon, conhecida como Irmã André e considerada a pessoa mais idosa da Europa, recuperou da covid-19 a dois dias de celebrar o seu 117.º aniversário, avança a imprensa gaulesa.

Lucile Randon, nascida na cidade de Alés, no Sul da França, a 11 de fevereiro de 1904, teve resultado positivo para o novo coronavírus em 16 de janeiro e foi colocada em confinamento no quarto que ocupa na casa de repouso Sainte Catherine Labouré, em Toulon.

“Nem percebi que estava infetada“, disse a centenária ao jornal local “Var Matin”.

Algumas semanas depois, a irmã Lucile Randon já está recuperada da Covid-19.

Um porta-voz da residência explicou ao mesmo jornal que a irmã não tinha medo do vírus, embora expressasse preocupação com a saúde dos demais moradores.

“Também a preocupava saber se a hora de dormir ou de comer mudaria por estar infetada”, acrescentou o porta-voz.

A freira é considerada a segunda pessoa viva mais idosa do mundo, atrás apenas da japonesa Kane Tanaka, nascida em 2 de janeiro de 1903.

https://zap.aeiou.pt/freira-117-anos-pessoa-velha-recuperar-da-covid-19-379634

 

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