quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Adidas anuncia que vai vender a Reebok !

A fabricante alemã de equipamento desportivo anunciou, esta terça-feira, que vai vender a sua subsidiária norte-americana, que tem atravessado um período de incerteza, para se concentrar apenas na sua marca.


A Adidas “decidiu lançar o processo formal tendo em vista a venda da Reebok“, comprada em 2006 por 3,1 mil milhões de euros e vai “concentrar-se no reforço da marca Adidas como líder do mercado desportivo mundial”, lê-se num comunicado, que não fala ainda em potenciais compradores.

Quando a fabricante alemã comprou a Reebok, há 15 anos, esta marca norte-americana tinha parcerias com a National Basketball Association (NBA) e a National Football League (NFL), duas das mais importantes ligas dos Estados Unidos.

A marca Reebok vai já aparecer à margem dos resultados financeiros do grupo no primeiro trimestre de 2021, precisa a mesma nota.

No próximo dia 10 de março, serão divulgados mais detalhes sobre a orientação estratégica da Adidas até 2025, numa apresentação que será feita à imprensa e a analistas financeiros pelo líder dinamarquês do grupo, Kasper Rorsted.

Desde a aquisição da Reebok, a Adidas não conseguiu relançar a marca norte-americana, alimentando regularmente rumores sobre uma possível venda. “Após uma reflexão ponderada, chegámos à conclusão que a Reebok e a Adidas podem atingir um potencial de crescimento muito maior se forem independentes”, disse Rorsted, citado no comunicado.

“Trabalharemos com afinco, nos próximos meses, para garantir um futuro de sucesso para a marca Reebok e para a equipa por trás dela”, garantiu ainda o líder, citado pela cadeia televisiva CNN.

No terceiro trimestre de 2020, a marca Adidas viu as suas vendas recuarem 2%, contra um recuo de 7% da Reebok, que depende fortemente do mercado norte-americano.

O grupo norte-americano VF Corp (que detém as marcas The North Face e Timberland) e a chinesa Anta Sports são considerados potenciais compradores.

https://zap.aeiou.pt/adidas-vai-vender-reebok-381502

 

 

Hong Kong - Empresário Jimmy Lai foi preso quando já estava na cadeia !

O magnata dos media de Hong Kong, conhecido pelas suas posições pró-democracia, foi detido, esta quarta-feira, quando já se encontrava na prisão.


De acordo com a agência Reuters, as últimas acusações contra Jimmy Lai dizem respeito aos 12 fugitivos do movimento pró-democracia de Hong Kong que tentaram fugir de barco para Taiwan, em agosto do ano passado, mas que acabaram por ser apanhados.

O magnata dos media está a ser acusado de ter ajudado uma dessas pessoas, informou o seu tabloide Apple Daily, acrescentando que, apesar de Lai já estar na prisão, onde aguardava uma audiência agendada para esta quinta-feira, foi detido uma vez mais.

O tycoon dos media foi preso sob a acusação de violação da controversa lei de segurança nacional, que foi implementada por Pequim no ano passado, quando já estava detido após as acusações, em dezembro, de conluio com forças estrangeiras.

Os fugitivos, que estavam detidos na China continental, enfrentam possíveis acusações em Hong Kong por causa dos protestos contra o Governo em 2019. Andy Li, que os jornais identificaram como a pessoa que Lai tentou ajudar, está a ser investigado também por suspeitas de crimes contra a segurança nacional.

Dez dos detidos foram condenados por cruzar ilegalmente a fronteira ou por organizar a travessia, tendo recebido sentenças que variam de sete meses a três anos de prisão. Os outros dois são menores de idade e, por isso, foram levados de volta para Hong Kong.

Jimmy Lai, de 72 anos, é o proprietário de duas publicações pró-democracia frequentemente críticas de Pequim e de Hong Kong, o diário Apple Daily e o Next Magazine. Visto por numerosos habitantes de Hong Kong como um herói, é chamado pelos meios de comunicação oficiais chineses de “traidor”.

A lei da segurança nacional imposta pela China pune atividades subversivas, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras com penas que podem ir até à prisão perpétua.

O diploma foi denunciado pelos Estados Unidos, União Europeia e organizações não-governamentais de defesa dos direitos humanos, por considerarem que põe em causa a autonomia do território e ameaça as liberdades fundamentais, ao abrigo do princípio “um país, dois sistemas”.

https://zap.aeiou.pt/jimmy-lai-preso-ja-estava-cadeia-381500

 

Inundações fatais nos Himalaias podem estar ligadas a um dispositivo nuclear da CIA perdido !

Na semana passada, uma avalanche de água e lama provocada pelo colapso de um glaciar dos Himalaias deixou dezenas de mortos ou desaparecidos e destruiu casas, pontes e duas centrais hidroelétricas.

Os cientistas que estudam imagens de satélite e outros dados defendem que o desastre terá sido provocado pela combinação de deslizamento de rochas e uma avalanche nos altos picos glaciais da região, que podem ter sido estimulados pelo aquecimento global.

No entanto, de acordo com o Gizmodo, alguns moradores da região sugerem que a tragédia pode estar ligada à atividade humana de natureza diferente e mais clandestina.

Segundo os locais, as águas da enchente e os destroços foram acompanhados por um cheiro forte no ar. Como resultado, alguns traçaram uma ligação a uma expedição notória ao cume da vizinha Nanda Devi – o pico mais alto contido completamente dentro das fronteiras da Índia – há mais de meio século.

Em 1965, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) uniu-se às forças indianas para instalar um dispositivo de vigilância movido a energia nuclear no topo do pico a fim de manter o controlo sobre a China.

A expedição enfrentou uma tempestade de neve na montanha e foi forçada a voltar, escondendo o dispositivo movido a plutónio numa fenda de onde poderia ser recuperado mais tarde. No entanto, acredita-se que a bomba nuclear tenha caído montanha abaixo num deslizamento de terra e nunca mais foi vista.

Agora, os moradores temem que o dispositivo há muito perdido possa estar ativo e a emanar calor suficiente para derreter as toneladas de neve e gelo.

“Se o dispositivo estiver enterrado sob a neve em algum lugar da área e irradiar calor, é claro que haverá mais derretimento da neve e mais avalanches”, disse Sangram Singh Rawat, em declarações ao Times of India.

No entanto, o líder indiano da expedição, o conhecido montanhista Capitão Mohan Singh Kohli, disse que era “muito improvável que o dispositivo emanasse calor ou explodisse”, mesmo que a caixa que o protege fosse violada, uma vez que não pode ser ativado por conta própria.

“O dispositivo provavelmente está preso entre os glaciares. Por estar imóvel, deve estar em estado dormente”, explicou o veterano da Marinha da Índia. “Passámos três anos a tentar a rastreá-lo. Não há como desencadear qualquer incidente indesejável, pois o instrumento também precisa de outros componentes para estar totalmente operacional”.

Enquanto isso, as autoridades estão de olho num novo lago que se formou desde as enchentes, levantando preocupações de que outra explosão possa ameaçar novamente os moradores a jusante nas mesmas regiões que foram atingidas na semana passada.

https://zap.aeiou.pt/inundacoes-fatais-nos-himalaias-podem-estar-ligada-um-dispositivo-381180

 

Até 2030, a Ford irá vender apenas carros totalmente elétricos na Europa !

O construtor automóvel Ford anunciou hoje um investimento de 1.000 milhões de dólares (830 milhões de euros) na modernização da sua fábrica em Colónia, na Alemanha, com o objetivo de até 2030 vender apenas veículos totalmente elétricos.


“Hoje, a Ford comprometeu-se com o facto de que, em meados de 2026, a totalidade da sua gama de modelos de passageiros na Europa terá uma capacidade de emissões zero, em configuração totalmente elétrica ou híbrida plug-in”, refere o fabricante norte-americano em comunicado, adiantando que se tornará “uma gama exclusivamente elétrica” até 2030.

O compromisso da Ford com um futuro totalmente elétrico é reforçado, assim, por este investimento de 1.000 milhões de dólares num novo centro de produção de veículos elétricos na sua unidade fabril em Colónia, sendo que o primeiro veículo elétrico do grupo norte-americano Ford, produzido em massa e destinado aos clientes europeus, sairá das novas linhas de produção de Colónia a partir de 2023, lê-se no comunicado.

A gama de veículos comerciais da Ford na Europa terá igualmente a capacidade de atingir as emissões zero em 2024, integrando modelos totalmente elétricos e híbridos plug-in que, já em 2030 representarão dois terços das vendas.

Para o gigante de Dearborn, próximo de Detroit, nos Estados Unidos, manter a liderança europeia da Ford na área de negócio de veículos comerciais “é essencial para o crescimento futuro e para a rentabilidade da marca”.

Nesse sentido, será fundamental o contributo que terá a apresentação de novos produtos e serviços, bem como a aliança estratégica da Ford com Volkswagen e a joint venture Ford Otosan, prossegue no comunicado.

Este anúncio surge na sequência da notícia do regresso da Ford à rentabilidade na Europa, alcançada no quarto trimestre do ano passado, e de no início de fevereiro ter dito que duplicaria os investimentos em eletrificação para mais de 22.000 milhões de dólares até 2025.

O presidente da Ford Europa, Stuart Rowley, afirmou que o grupo reestruturou com “sucesso o negócio” e que regressou “à rentabilidade no quarto trimestre de 2020”.

E prosseguiu: “Agora, aceleramos em direção a um futuro totalmente elétrico na Europa com a proposta de novos veículos e uma experiência de cliente de classe mundial”.

“Este ano, esperamos continuar com esta dinâmica forte na Europa e manter-nos focados em conseguir o objetivo de alcançar uma margem Ebit de 6% como parte do plano de transformação da companhia para as suas operações automóveis a nível global”, salientou o gestor.

Nos últimos dois anos, após uma fase difícil, as atividades da Ford na Europa foram drasticamente reestruturadas com o corte de 12.000 empregos e o encerramento de seis fábricas.

A Ford está, atualmente, a colaborar com a Volkswagen no domínio da eletrificação, o que se tornou possível graças a acordo anunciado em 2019, sendo que o fabricante norte-americano poderá utilizar a base tecnológica elétrica “MEB” desenvolvida pelo gigante alemão.

Em contrapartida, a Volkswagen investiu 2.600 milhões de dólares no total na Argo AI, a filial de desenvolvimento de carros autónomos da rival no outro lado do Atlântico.

https://zap.aeiou.pt/ate-2030-ford-carros-eletricos-381444

 

Vaga de frio nos EUA deixa milhões sem eletricidade. 20 pessoas morreram !

Milhões de pessoas no interior dos Estados Unidos ficaram sem eletricidade, depois de as redes de energia terem colapsado por sobrecarga, perante as baixas temperaturas.


Mais de 100 milhões de pessoas foram alertadas para o risco de temperaturas extremamente baixas, que chegaram a passar os 20 graus Celsius negativos, fazendo aumentar substancialmente o consumo de energia, o que causou perturbações graves no fornecimento de eletricidade.

Pelo menos 20 pessoas morreram, algumas delas lutando para encontrar aquecimento dentro das suas casas, no estado do Texas. Na área metropolitana de Houston, uma família sucumbiu ao monóxido de carbono do tubo de escape do carro na garagem onde se tentava aquecer e uma pessoa morreu depois de as chamas se terem espalhado a partir da lareira na sala de estar.

As concessionárias elétricas dos estados de Minnesota, Texas e Mississippi, entre outras, provocaram apagões repetidos para aliviar a carga sobre as redes de energia que se esforçavam para atender à extrema procura de calor e eletricidade.

Quase três milhões de clientes ficaram sem energia no Texas, Louisiana e Mississippi e mais de 200 mil pessoas foram afetadas pelos cortes de eletricidade em quatro estados da região do oeste, assim como outras tantas no noroeste do Pacífico, de acordo com as autoridades que rastreiam relatórios de interrupções de serviços públicos.

Os mais graves cortes de energia nos EUA aconteceram no Texas, onde as autoridades solicitaram 60 geradores da Agência Federal de Gestão de Emergências, que foram prioritariamente atribuídos a hospitais e lares de idosos.

A agência de gestão da rede de energia do Texas informou que o abastecimento de eletricidade foi restaurado para 600 mil casas e empresas na noite de terça-feira, mas que 2,7 milhões de famílias ainda estão sem energia.

Apagões com duração de mais de uma hora começaram antes do amanhecer de terça-feira em Oklahoma City e nos arredores, desligando aquecedores elétricos, fornos e luzes, numa região onde a temperatura chegou aos 22 graus Celsius negativos.

O Southwest Power Pool, um grupo de concessionárias de energia que cobre 14 estados, disse que os apagões foram “um último recurso para preservar a fiabilidade do sistema elétrico como um todo”.

A vice-Presidente dos EUA, Kamala Harris, dirigiu-se aos milhões de pessoas afetadas com os cortes de energia, dando-lhes alento, durante uma entrevista televisiva.

“Sei que eles não nos podem ver agora, porque estão sem eletricidade, mas o Presidente e eu estamos a pensar neles e esperamos conseguir fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para obter ajuda federal”, disse.

O interior dos EUA está em estado de alerta, com as viagens a serem desaconselhadas, estradas impedidas e milhares de voos cancelados, por causa da vaga de frio.

No domingo, vários parques de energia eólica do Texas ficaram congelados, o que já tinha afetado quase metade da capacidade de geração de energia.

Tempestades de neve atingem Grécia e Turquia

Na Europa, fortes tempestades de neve atingiram a Grécia, a Turquia e países do Mediterrâneo Oriental, provocando também falta de energia e de água, queda de árvores, bloqueio de estradas, interrupção nos transportes, entre outros problemas.

Centenas de milhares de casas nos subúrbios de Atenas e outras partes do país ainda estavam hoje sem energia ou água. O sol voltou hoje, provocando o derretimento da neve após esta atingir cerca de 30 centímetros de espessura nos subúrbios da capital grega.

Atenas foi atingida segunda e terça-feira por uma onda de frio chamada “Medeia”, em homenagem à figura da mitologia grega, e por uma tempestade de neve sem precedentes nos últimos treze anos, segundo os meteorologistas.

Os militares das forças armadas gregas usaram hoje guindastes e motosserras para ajudar os bombeiros a limpar centenas de árvores que caíram e que danificaram a rede elétrica e bloquearam estradas.

As condições meteorológicas continuam a causar grandes problemas na Turquia, onde as tempestades de neve estão a cair em partes do norte do país, enquanto a frente fria avança pelo Mediterrâneo Oriental.

Uma grande parte da Síria foi coberta pela neve, incluindo a capital, Damasco, que está a testemunhar a primeira tempestade de neve este inverno. A neve chegou a 15 centímetros nas montanhas da província de Sweida, segundo a agência de notícias oficial SANA.

A Universidade de Damasco cancelou os exames de meio de semestre programados para hoje e quinta-feira por causa das condições climáticas extremas. Os portos do país permanecem abertos.

No noroeste da Síria, controlado pela oposição, as equipas de proteção civil têm vindo a construir barreiras desde terça-feira ao redor dos campos de deslocados para evitar que a chuva inunde a área.

Quase três milhões de pessoas deslocadas vivem no noroeste da Síria, a maioria em tendas e abrigos temporários, e chuvas fortes, no mês passado, danificaram mais de 190 acampamentos de deslocados, destruindo e danificando mais de 10 mil tendas.

No vizinho Líbano, a tempestade Joyce atingiu o país na terça-feira com ventos fortes que registaram entre 85 e 100 quilómetros por hora. A tempestade deve intensificar-se na quinta-feira.

Quebrando um período de calor, a tempestade trouxe fortes chuvas, uma queda acentuada nas temperaturas e a maior queda de neve no Líbano este ano, com quase uma dúzia de estradas no leste e norte encerradas ao tráfego por causa da neve, que deve cobrir até mesmo áreas com 400 metros de altitude, de acordo com o departamento de Meteorologia. A neve atingiu também uma área no nordeste da Líbia pela primeira vez em 15 anos.

O Serviço Meteorológico de Israel previu fortes tempestades e baixas temperaturas em grande parte do país, com queda de neve em altitudes mais elevadas esperada para o final do dia de hoje, incluindo em Jerusalém.

Uma forte tempestade de neve cobriu os Montes de Golã ocupadas por israelitas, perto da fronteira com a Síria.

https://zap.aeiou.pt/vaga-de-frio-eua-20-mortes-381498

 

Tribunal Europeu dos Direitos Humanos exige libertação imediata de Navalny !

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) ordenou “com efeito imediato” a libertação do opositor russo, ao argumentar riscos para a sua vida, segundo uma decisão publicada, esta quarta-feira, no site do crítico do Kremlin.


O texto indica que o Tribunal pede à Rússia “a libertação do requerente”, esta medida se aplica “com efeito imediato” e considera que o não cumprimento desta decisão implica uma quebra na convenção europeia de direitos humanos.

Na deliberação de hoje, o TEDH, o braço judicial do Conselho da Europa, recorreu ao regulamento 39 do seu código ao citar a “existência de risco para a vida do requerente”.

O ministério da Justiça russo avisou, através de uma declaração divulgada pela agência noticiosa TASS, que a exigência do tribunal europeu representa uma “rude interferência no sistema judicial” da Rússia e “atravessou uma linha vermelha”.

O comunicado enfatiza ainda que “o TEDH não pode substituir-se a um tribunal nacional, nem anular o seu veredicto”.

Os países ocidentais, em particular os Estados Unidos e a União Europeia, têm apelado à libertação de Alexei Navalny – detido desde o seu regresso à Rússia a 17 de janeiro – e condenaram a repressão das manifestações nos últimos tempos (a polícia deteve mais de 10 mil pessoas).

A Rússia tem rejeitado as acusações sobre o envolvimento do Kremlin no envenenamento do opositor do Kremlin com um agente neurotóxico e considera as críticas ocidentais como uma ingerência nos seus assuntos internos.

A 2 de fevereiro, a justiça russa condenou Navalny, de 44 anos, a uma pena de três anos e meio de prisão ao tornar efetiva uma sentença suspensa em 2014 por violação da liberdade condicional.

O russo justificou a sua ausência com o facto de estar a recuperar do envenenamento de que foi alvo na Alemanha. Na altura, o TEDH também considerou este julgamento arbitrário e injusto.

A sentença acabaria por impor que fossem descontados os dez meses em que Navanly esteve em prisão domiciliária, devendo assim cumprir dois anos e oito meses.

No entanto, o opositor de Vladimir Putin ainda enfrenta outros processos judiciais. Além de ser acusado de disseminar informações “falsas” e “abusivas” sobre um veterano da II Guerra Mundial, noutro caso Navanly está a ser acusado de fraude e corrupção.

Na semana passada, 81 eurodeputados pediram a demissão do Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, depois da sua visita a Moscovo, que qualificam de “humilhante”.

Os eurodeputados consideram que a incapacidade de Borrell em defender os interesses e os valores europeus durante a visita causaram danos graves à reputação da UE e à dignidade do cargo.

https://zap.aeiou.pt/tedh-exige-libertacao-navalny-381487

 

Desaparecida desde 2018, princesa Latifa diz que está refém numa casa “transformada em prisão” !

A princesa Latifa Bint Mohammed al-Maktoum, filha do emir do Dubai, está desaparecida desde 2018 após uma tentativa de fuga dos Emirados Árabes Unidos nesse ano. Num vídeo agora divulgado pela BBC, Latifa aparece a dizer que está “refém” numa “vivenda transformada em prisão”.


As imagens foram divulgados ao programa “Panorama BBC” por uma amiga de Latifa, Tiina Jauhiainen, um primo materno, Marcus Essabri, e o advogado David Haigh. Os três têm feito parte de uma campanha internacional pela libertação da princesa e conseguiram fazer chegar a Latifa um telemóvel, cerca de um ano depois de ter sido capturada e de ter regressado ao Dubai.

Latifa gravou, ao longo de vários meses, vídeos a relatar a sua situação. Nos excertos divulgados pela BBC, a princesa diz que está a gravar “numa casa de banho porque é a única divisão com uma porta que possa trancar”. Refere que está numa villa, uma grande vivenda, onde está detida como “refém”, e que não pode sair de casa.

“Estou numa villa. Sou refém e esta villa foi transformada numa prisão. Todas as janelas estão fechadas com grades, não consigo abrir nenhuma janela. Há cinco polícias do lado de fora e dois dentro de casa. Nem posso ir à rua apanhar ar fresco“, revela nas imagens divulgadas.

A princesa adianta que não sabe quando será libertada e que teme pela sua segurança. “Todos os dias me preocupo com a minha segurança e a minha vida. Não sei se vou sobreviver a esta situação. A polícia ameaçou-me, disseram-me que ficarei toda a vida na prisão e não voltarei a ver o sol outra vez”, acrescenta. A situação “está a ficar desesperante a cada dia que passa”. “Só quero ser livre (…). Não sei o que estão a planear fazer comigo“, realça.

De acordo com a BBC, a filha do também vice-presidente dos EAU conta que tentou fugir do Dubai, em 2018, mas o barco foi intercetado por militares que a drogaram, perdendo a consciência. Foi então transportada para um jato privado e só acordou no Dubai. Foi-lhe negada ajuda médica e legal.

Desde então, pouco se sabe sobre o seu paradeiro. A família chegou a emitir um comunicado a recusar qualquer rapto e a garantir que Latifa estava “em segurança”. No entanto, os amigos ouvidos pela BBC temem pela sua segurança.

Latifa não é a única na família a tentar fugir do país. A madrasta e sexta mulher do emir do Dubai, a Princesa Haya Bint Al Hussain, conseguiu mesmo fazê-lo. Está com os dois filhos em Londres, desde 2019.

https://zap.aeiou.pt/princesa-latifa-refem-prisao-381307

 

Israel diz que vai ser enviado para a Faixa de Gaza primeiro lote de mil vacinas !

O primeiro lote de mil vacinas contra a covid-19 vai ser enviado para a Faixa de Gaza, disseram, esta quarta-feira, as autoridades israelitas, que tinham bloqueado o fornecimento ao território palestiniano.


“Hoje de manhã, quarta-feira, mil vacinas Sputnik-V oferecidas pela Rússia (…) foram transferidas pela Autoridade Palestiniana para a Faixa de Gaza”, informou o Cogat, o organismo israelita responsável pelas operações civis nos territórios palestinianos.

“As vacinas estão prestes a passar pela fronteira de Erez”, que separa o território israelita do enclave palestiniano, disse o mesmo departamento.

Na segunda-feira, as autoridades palestinianas acusaram Israel de bloquear a entrada de um primeiro carregamento de vacinas que estavam a tentar enviar a partir da Cisjordânia, que tinham como destino profissionais de saúde que trabalham na linha de frente do combate ao novo coronavírus.

Na altura, fonte do aparelho de segurança israelita, que pediu para manter o anonimato, disse que as vacinas não foram bloqueadas, mas sim que o pedido das autoridades palestinianas para libertar as doses da Sputnik V para Gaza “ainda estava a ser avaliado”.

Deputados israelitas pediram que a entrega das vacinas fosse condicionada ao regresso de dois civis ao território e dos corpos de dois soldados retidos na Faixa de Gaza, território sob o comando do grupo Hamas. Organizações não-governamentais acusaram Israel de impor um “castigo coletivo” e de não cumprir “obrigações legais e morais”.

Bloqueado por terra, mar e ar desde 2007, o enclave palestiniano tem apenas um ponto de passagem de mercadorias, controlado por Israel.

Até agora, o impacto da pandemia no enclave palestiniano provocou a morte a 538 pessoas e registaram-se 55 mil casos, dos quais cerca de 2300 permanecem ativos. As autoridades temem um novo pico de infeções. Israel, por sua vez, é o maior caso de sucesso em todo o mundo no que toca à vacinação da sua população.

https://zap.aeiou.pt/faixa-gaza-primeiro-lote-vacinas-381399

 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Há uma nova variante do vírus a ser investigada no Reino Unido !

As autoridades de Saúde britânicas identificaram uma nova variante do coronavírus da covid-19 em Inglaterra, que designaram por B1525, com a mesma mutação E484K encontrada noutras variantes mais infecciosas, revelou esta terça-feira a direção-geral de Saúde inglesa.


Até agora, segundo a direção-geral de Saúde de Inglaterra (Public Health England), foram encontrados localmente 38 casos desta variante, que também já foi detetada em países como o Canadá, a Nigéria e a Dinamarca.

“A PHE está a acompanhar os dados sobre as variantes emergentes de muito perto e, quando necessário, intervenções de saúde pública serão realizadas, como testes extras e rastreamento reforçado de contactos”, disse diretora médica, Yvonne Doyle.

Além da variante B117, que já alastrou a dezenas de países incluindo Portugal, e da nova B1525, as autoridades de saúde estão a investigar mais duas variantes primeiro identificadas em Inglaterra por também apresentarem a mutação E484K, que é comum noutras variantes detetadas no Brasil e África do Sul.

Nas últimas semanas, foram realizadas ações de testagem em grande escala nas regiões onde as variantes foram identificadas, incluindo operações porta a porta, para procurar conter a transmissão.

O Reino Unido tem estado a sequenciar o genoma do vírus de milhares de testes para tentar encontrar mutações e potenciais novas variantes para potencialmente ajudar os cientistas a desenvolver novas vacinas mais eficazes.

O Reino Unido registou esta terça-feira 799 mortes de covid-19 na segunda-feira, somando 118.195 desde o início da pandemia covid-19, o balanço mais alto na Europa e o quinto a nível mundial, atrás dos Estados Unidos, Índia, Brasil e México.

Vacinas russas eficazes contra variante britânica

As duas vacinas desenvolvidas na Rússia, a Sputnik V e a EpiVacCorona, são eficazes contra a variante britânica do novo coronavírus, anunciou esta terça-feira a agência de defesa do consumidor russa, Rospotrebnadzor, adianta a agência EFE.

“O efeito protetor foi demonstrado neutralizando reações usando amostras sorológicas de pessoas que receberam a Sputnik V e a EpiVacCorona e desenvolveram anticorpos para SARS-CoV-2″, disse a Rospotrebnadzor na página oficial da rede social Facebook, cita a agência espanhola.

“O soro das pessoas vacinadas neutralizou eficazmente tanto a variante britânica do coronavírus como o próprio coronavírus, que não contém o conjunto de mutações características da variante britânica”, disse a agência federal russa.

A Rospotrebnadzor não revelou quantas pessoas foram testadas neste estudo conduzido pelo Centro Estatal de Virologia e Biotecnologia “Vektor”, também criador do EpiVacCorona.

Na segunda-feira, a agência noticiosa oficial TASS noticiou que a EpiVacCorona também era eficaz contra as estirpes sul-africanas e brasileiras, sem fornecer mais pormenores.

No mesmo dia, o Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou ao governo que analisasse a eficácia das vacinas russas contra as novas variantes do coronavírus e, se necessário, realizasse mais investigação para as adaptar.

O prazo estabelecido para o primeiro relatório foi 15 de março e depois um novo relatório a cada meio ano, mas a agência Rospotrebnadzor antecipou os resultados para esta terça-feira.

Em janeiro, a agência Rospotrebnadzor anunciou aos meios de comunicação russos,” mais uma vez sem dar mais pormenores”, salienta a EFE, que a segunda vacina russa é 100% eficaz.

A Sputnik V foi registada na Rússia em agosto de 2020 e tem uma eficácia de 91,6%, de acordo com análises provisórias de ensaios clínicos de fase III publicadas este mês na revista The Lancet.

Após o anúncio, Putin foi criticado por ter anunciado a Sputnik V sem ter concluído todos os ensaios, mas agora está permitido o seu uso em 26 países. Quanto à EpiVacCorona, ensaios clínicos foram concluídos no final de setembro e em outubro autorizado o seu uso na Rússia.

https://zap.aeiou.pt/ha-nova-variante-do-virus-investigada-no-reino-unido-381291

 

Hackers da Coreia do Norte tentaram piratear a Pfizer para obter dados sobre a vacina !

Hackers norte-coreanos tentaram invadir os sistemas de informação da farmacêutica Pfizer para encontrar informações sobre a vacina e tratamentos contra o novo coronavírus, de acordo com a Coreia do Sul.


“O Serviço Nacional de Inteligência (NIS) informou-nos que a Coreia do Norte tentou obter tecnologias, incluindo a vacina e tratamentos contra a covid, por meio de um ataque cibernético para piratear a Pfizer”, informou o deputado sul-coreano Ha Tae-keung.

Pyongyang foi o primeiro país do mundo a fechar as suas fronteiras no final de janeiro de 2020 na tentativa de se proteger da pandemia.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, garantiu que o seu país não teve nenhum caso de infeção por covid-19, mas especialistas acreditam que a alegação é improvável, visto que a vizinha China é o principal parceiro comercial e apoio de Pyongyang.

O encerramento das fronteiras aumentou a pressão sobre a economia norte-coreana, já sujeita a sanções internacionais devido ao programa nuclear e balístico desenvolvido pelo regime.

Segundo especialistas ocidentais, a Coreia do Norte tem um exército de vários milhares de piratas informáticos altamente treinados que já atacaram empresas, instituições e centros de pesquisa, especialmente na Coreia do Sul.

Pyongyang também terá, alegadamente, roubado perto de 300 milhões dólares em criptomoedas nos últimos meses via ataques informáticos – o intuito é que os fundos financiem os seus programas nucleares e balísticos, diz a CNN, que cita um relatório da ONU.

Embora afirme estar livre do vírus, a Coreia do Norte solicitou recentemente vacinas contra a covid-19, das quais deve receber quase dois milhões de doses, revela a GAVI Alliance, membro do programa da ONU Covax, que coordena a distribuição de vacinas aos países pobres.

Esta é a primeira confirmação oficial de que Pyongyang pediu ajuda internacional, quando a infraestrutura sanitária da Coreia do Norte é considerada totalmente inadequada para lidar com uma epidemia em grande escala, refere a AFP.

https://zap.aeiou.pt/hackers-coreia-norte-piratear-pfizer-381271

 

Assembleia Nacional francesa aprova lei para travar radicalismo islâmico !

A câmara baixa do Parlamento francês aprovou esta terça-feira, com 347 votos a favor e 151 contra, a controversa proposta de lei que pretende combater o radicalismo islâmico em França. Contudo, a legislação gera críticas.


Também conhecida por “lei dos separatismos”, a legislação reforça os poderes do Estado numa série de setores ligados ao culto religioso e terá impacto direto em questões e temas tão díspares como a educação, o discurso online, regime matrimonial ou o associativismo.

O debate em redor da proposta apresentada pelo Governo à Assembleia Nacional e as críticas que mereceu, vindas de todos os lados do espectro ideológico e partidário francês, ficaram bem espelhadas nas intervenções dos principais partidos, antes da votação.

À direita da Republica em Marcha (LREM), criticou-se a lei por tomar o culto religioso como um todo, ao não referir concretamente o islão radical, e lamentou-se que a mesma não vá tão longe como poderia ir.

No entanto, à esquerda, denunciou-se a violação dos princípios da laicidade e da liberdade religiosa, pilares da República Francesa, e disse-se que alegislação é discriminatória para os cerca de 5,7 milhões de muçulmanos que residem em França.

“É uma lei dura, mas é necessária para a República”, defendeu o ministro do Interior, Gérald Darmanin, em declarações à rádio RTL.

A proposta de lei sobe agora ao Senado, onde será novamente alvo de uma intensa discussão e poderá ser objeto de novas emendas – até porque é a direita quem tem a maioria na câmara alta do Parlamento francês, recorda o Público.

Intitulada de “Reforçando os princípios republicanos”, a lei foi idealizada pelo Presidente Macron, que a prometeu no mesmo mês em que aconteceram dois ataques terroristas brutais em França, em outubro do ano passado.

O chefe de Estado garantiu que não iria permitir que o fundamentalismo islâmico prejudique ou subverta os direitos individuais e os “valores republicanos” dos franceses, como o secularismo, a liberdade de culto e a liberdade de expressão.

Uma das principais medidas desta transformação no seio da sociedade francesa impõe mudanças no sistema de educação, nomeadamente no ensino em casa.

As famílias francesas deixarão de poder simplesmente declarar que os seus filhos menores vão ter educação em casa. Será necessária uma autorização especial do Ministério de Educação, que irá investigar caso a caso.

Também todas as organizações ou associações que beneficiem de fundos ou subsídios públicos devem assinar um “contrato de compromisso republicano” que, uma vez violado, pode levar à suspensão do financiamento.

Para além disso, as associações religiosas terão de declarar os montantes e as fontes de financiamento, incluindo os que vêm do estrangeiro.

As autoridades passam ainda a ter mais poderes para investigar e encerrar locais de culto e de oração sobre os quais tenham suspeitas de discursos extremistas e promotores de ódio.

Surge também a imposição de punições que podem ir de multas na ordem dos 15 mil euros até à revogação de autorizações de residência para estrangeiros ou penas de prisão efetivas para os profissionais de saúde que emitam certificados de virgindade. As regras para travar a poligamia e os casamentos forçados também são apertadas.

A lei alarga também a todas as empresas privadas com contratos públicos o “princípio da neutralidade” que, entre outras disposições, proíbe os funcionários de exibirem e usarem símbolos e vestuário religioso ou manifestarem opiniões políticas.

Destaca-se ainda as novas diretrizes e multas em matéria de discurso de ódio online, criando um novo “delito de separatismo” e tornando mais fácil a detenção e punição de pessoas que partilhem ou promovam discurso de ódio nas redes sociais, dirigido a funcionários do sector público ou a políticos eleitos.

https://zap.aeiou.pt/legislacao-travar-radicalismo-islamico-381277

 

Democrata processa Trump por ataque ao Capitólio e interferência eleitoral !

Um congressista democrata norte-americano processou o ex-presidente Donald Trump por incitamento a uma insurreição letal no Capitólio e por conspiração com o seu advogado e grupos extremistas para tentar evitar a certificação dos resultados eleitorais que o derrotaram.


O processo judicial entreposto pelo congressista Bennie Thompson, do Mississipi, que lidera a comissão de Segurança Interna na Câmara dos Representantes, integra uma onda expectável de ações legais relativas aos ataques de 6 de janeiro ao Capitólio e crê-se que é o primeiro apresentado por um membro do Congresso, reivindicando consequências e compensações não especificadas, adiantou a Associated Press (AP).

A ação também acusa o republicano e ex-advogado pessoal de Donald Trump, Rudy Giuliani, assim como grupos extremistas como os Proud Boys e os Oath Keepers, com membros acusados pelo Departamento de Justiça, de terem feito parte do ataque.

Um assessor de Trump, Jason Miller, declarou esta terça-feira que o ex-presidente norte-americano não organizou o comício que precedeu a invasão do Capitólio “nem incitou ou conspirou para incitar qualquer violência” a 6 de janeiro. Contactado pela AP, um advogado de Giuliani não comentou até ao momento a acusação.

O processo foi entregue num tribunal federal de Washington e é conhecido três dias depois de o Senado ter absolvido Donald Trump num processo de destituição (impeachment) baseado em alegações de responsabilidade direta do anterior chefe de Estado nos acontecimentos no Capitólio que resultaram na morte de cinco pessoas.

Admite-se que a absolvição pelo Senado abra portas a um maior escrutínio legal às ações de Trump relativas ao ataque de 6 de janeiro e outros processos judiciais podem ser entregues por outros membros do Congresso ou até mesmo por agentes das forças de segurança feridos durante o ataque.

O processo procura seguir os esforços de Trump e Giuliani para lançar dúvidas sobre os resultados eleitorais das presidenciais de novembro, das quais Trump saiu derrotado, apesar de as autoridades estaduais em todo o país repetidamente terem rejeitado alegações de fraude.

Apesar das evidências em sentido contrário, defende-se no processo, Trump e Giuliani descreveram a eleição como um ato fraudulento, enquanto Trump “apoiou, mais do que desencorajou” ameaças de violência dos seus apoiantes descontentes nas semanas anteriores ao ataque ao Capitólio.

“A cuidadosamente orquestrada série de acontecimentos que desembocaram no comício ‘Salvem a América’ e a invasão do Capitólio não foi nem um acidente nem uma coincidência”, argumenta-se no processo legal, acrescentando que se tratou do “culminar desejado e previsível de uma campanha cuidadosamente coordenada para interferir com o processo legal necessário para confirmar os votos do Colégio Eleitoral”.

Os presidentes têm imunidade legal para ações cometidas ao abrigo das funções enquanto chefes de Estado, mas o processo interposto acusa Trump enquanto cidadão, não enquanto ex-presidente dos Estados Unidos, no uso das suas capacidades, alegando que nenhum dos seus comportamentos decorria das suas funções presidenciais.

Trump ataca líder da minoria republicana no Senado

O ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump atacou na terça-feira o líder da minoria Republicana no Senado, Mitch McConnell, defendendo que os Republicanos não voltarão a ser respeitados “com ‘líderes’ como este”.

Num comunicado, Donald Trump afirmou que “o Partido Republicano nunca mais poderá ser respeitado ou forte com ‘líderes’ políticos como o senador Mitch McConnell ao leme”.

“A dedicação de Mitch McConnell ao de sempre, políticas do status quo, juntamente com a falta de discernimento político, sabedoria, jeito e personalidade, tem feito com que passasse rapidamente de líder da maioria para líder da minoria, e só vai piorar“, defendeu. “Ele não tem o que é preciso, nunca teve e nunca terá”, afirmou.

O Senado dos Estados Unidos absolveu, no sábado, Donald Trump de incitação à revolta no Capitólio, pondo fim ao processo de destituição do ex-Presidente. Pouco mais de um mês depois da invasão do Capitólio, que causou cinco mortos, a votação foi de 57-43, abaixo dos dois terços necessários para o impeachment no Senado.

Minutos após a votação que absolveu Donald Trump, Mitch McConnell disse não haver “nenhuma dúvida” de que o ex-Presidente foi, “na prática e moralmente, responsável por ter provocado” o ataque ao Capitólio dos Estados Unidos. Porém, McConnell explicou que não votou para a destituição de Trump, porque este “não é constitucionalmente elegível” para tal, porque já não é Presidente.

https://zap.aeiou.pt/democrata-processa-trump-ataque-ao-capitolio-interferencia-eleitoral-381311

 

Pfizer e BioNTech garantem mais 200 milhões de vacinas à UE em 2021 !

As farmacêuticas Pfizer e BioNTech anunciaram, esta quarta-feira, terem alcançado um acordo para o fornecimento à União Europeia (UE) de 200 milhões de doses suplementares de vacinas contra a covid-19.


A Pfizer, farmacêutica dos Estados Unidos, e a BioNTech, da Alemanha, comunicaram que estes 200 milhões de doses se juntam aos “300 milhões inicialmente encomendadas” pela União Europeia.

A Comissão Europeia tem ainda como prerrogativa a possibilidade de encomendar mais 100 milhões de doses de vacinas contra o SARS-CoV-2.

As duas empresas afirmam que as 200 milhões de doses devem ser fornecidas este ano, 75 milhões delas no segundo trimestre de 2021.

A vacina Pfizer-BioNTech foi a primeira das três aprovadas até ao momento pela União Europeia. As outras duas são das empresas Moderna e AstraZeneca. Esta terça-feira, a Agência Europeia do Medicamento (EMA) anunciou ter recebido uma candidatura para uma autorização da comercialização condicional para a vacina desenvolvida pela Janssen (farmacêutica da norte-americana Johnson & Johnson).

Bruxelas enfrenta atualmente fortes críticas devido à lentidão da campanha de vacinação no bloco europeu pela falta de coordenação no processo de aquisição de vacinas. Os atrasos nas entregas por parte das farmacêuticas contribuíram para aumentar a frustração dos Estados-membros.

UE já recebeu 33 milhões de doses

“Desde o início da pandemia, da existência de vacinas contra a covid-19, já foram entregues 170 milhões de doses no mundo inteiro, um número que parece muito porque foi preciso muito para lá chegar, mas que não é suficiente“, contextualizou o comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton.

Falando em conferência de imprensa em Bruxelas na apresentação do novo plano da Comissão Europeia de preparação contra a covid-19 face à ameaça das variantes do coronavírus, o responsável francês acrescentou que “na Europa continental foram distribuídas 33 milhões de doses“, ao passo que na China este número é de 41 milhões e nos Estados Unidos é de 53 milhões.

“Começámos mais tarde porque aplicámos critérios muito rigorosos, dadas as nossas estruturas regulatórias”, observou ainda Breton.

Falando numa “corrida mundial”, o comissário europeu anunciou que o Executivo comunitário quer “acelerar a produção na UE” e, para isso, irá “ajudar as empresas farmacêuticas” a fazê-lo através do grupo de trabalho por si liderado. “A minha função será a de supervisionar e garantir que conseguimos assegurar a produção”, referiu.

Notando que “o que se trata é de aumentar a produção para quatro ou cinco meses quando normalmente se fala de dois anos”, Thierry Breton assegurou que “a capacidade industrial” existe na UE, sendo para isso preciso garantir que “a cadeia de abastecimento funciona”, uma vez que estão em causa vários componentes para a criação destas vacinas. “Claro que haverá problemas e teremos de ver com as empresas como podemos resolver“, adiantou.

Com vista ao aumento da produção, a estratégia hoje apresentada pela Comissão preconiza uma atualização ou celebração de novos acordos de compra antecipada para apoiar o desenvolvimento de vacinas novas e adaptadas através de financiamento da UE, com “um plano detalhado e credível que mostre a capacidade de produzir vacinas na UE, num calendário fiável”.

A instituição defende também um trabalho em estreita colaboração com os fabricantes para ajudar a monitorizar as cadeias de abastecimento e fazer face a problemas de produção, apoiar o fabrico de vacinas adicionais dirigidas a novas variantes, desenvolver um mecanismo de licenciamento voluntário dedicado para facilitar a transferência de tecnologia e apoiar a cooperação entre empresas.

Previsto está, ainda, que o Executivo comunitário incentive à cooperação entre farmacêuticas para a produção de vacinas contra a covid-19 (como fez a Sanofi, que irá apoiar a Pfizer/BioNTech).

Temos 16 espaços na UE para produzir a vacina, mas ainda nem todos foram já mobilizados, dado que há vacinas que ainda não foram mobilizadas”, apontou Breton. O grupo de trabalho por si liderado servirá, assim, para “acompanhar e monitorizar a produção em tempo real”, concluiu.

No âmbito desta estratégia, Thierry Breton começou já a visitar fabricantes de vacinas contra a covid-19 para tentar acelerar o processo de vacinação na UE, que está a ser marcado por atrasos nas entregas aos Estados-membros.

Von der Leyen desconhece acordos bilaterais

“Está muito claro nos contratos que temos que não é suposto os Estados-membros terem negociações bilaterais com as empresas farmacêuticas [com as quais a Comissão firmou contratos]. E, se esse fosse o caso, teriam de nos notificar, e eu não tenho conhecimento de qualquer contrato à margem ou algo do género”, assegurou Ursula von der Leyen.

“Estamos a operar no quadro dessa estratégia a 27, que acordámos e bem, porque, com o poder de compra dos 27, tivemos capacidade de contratualizar este enorme volume de vacinas: 2,3 biliões de doses para a UE e países vizinhos. E com os 300 milhões de doses da Moderna esse número ainda é superior”, disse, referindo-se ao anúncio de hoje do novo contrato com esta empresa norte-americana, uma das três cujas vacinas contra a covid-19 já foram autorizadas na UE (juntamente com as da Pfizer-BioNTech e da AstraZeneca).

“É neste quadro que estamos a operar, e a Comissão não foi notificada de nada mais”, reforçou.

Assumindo que teve conhecimento de alguns episódios de supostas ofertas bilaterais de doses de vacinas, Von der Leyen alertou para o fenómeno das fraudes e para os enormes riscos associados à aquisição e administração de medicamentos que não foram validados.

“Numa crise como esta, há sempre gente que tenta lucrar com os problemas de outros, e há um número crescente de fraudes ou tentativas de fraude com as vacinas. Estamos a combater esta tendência. A OLAF [gabinete de combate à corrupção] está a investigar e a dar conselhos aos Estados-membros sobre como identificar as fraudes. O nosso ojetivo è levá-los [os responsáveis] à justiça”, disse.

Na passada segunda-feira, o Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF) alertou os Governos da UE para que “se mantenham atentos às ofertas de vacinas contra a covid-19″, por serem “muito frequentemente falsas”.

https://zap.aeiou.pt/pfizer-biontech-200-milhoes-vacinas-381382

 

“Nem tudo o que reluz é ouro” - A história sombria dos rios “dourados” da Amazónia !

Uma nova fotografia tirada da Estação Espacial Internacional (EEI) mostra o que parecem ser rios “dourados” a correr pela floresta da Amazónia. No entanto, como diz a famosa expressão, “nem tudo o que reluz é ouro”.


De acordo com o Observatório Terrestre da NASA, que publicou a fotografia tirada por um dos seus astronautas, os rios “dourados” que correm pela floresta amazónica no estado de Madre de Dios, no leste do Peru, são, na verdade, poços de prospeção, provavelmente deixados por mineiros independentes.

Segundo a CNN, os poços estão normalmente escondidos da vista dos astronautas na Estação Espacial Internacional (EEI), mas destacam-se nesta fotografia devido à luz solar refletida.

A imagem mostra o Rio Inambari e vários poços cercados por áreas desflorestadas de entulho lamacento. A mineração independente de ouro sustenta dezenas de milhares de pessoas na região de Madre de Dios, tornando-a uma das maiores indústrias de mineração não registadas do mundo.

A mineração também é o maior fator de desflorestação na região e o mercúrio usado para extrair ouro polui os cursos de água.

A única ligação rodoviária entre o Brasil e o Peru tinha como objetivo impulsionar o comércio e o turismo, mas “a desflorestação pode ser o maior resultado da rodovia”, segundo a NASA.

A fotografia divulgada publicamente no início deste mês, foi tirada em 24 de dezembro. Madre de Dios é um pedaço intocado da Amazónia, onde araras e macacos, jaguares e borboletas prosperam.

No entanto,enquanto algumas partes de Madre de Dios, como a Reserva Nacional Tambopata, estão protegidas da mineração, centenas de quilômetros quadrados de floresta tropical na área foram transformados num deserto tóxico e sem árvores.

Os aumentos no preço do ouro nos últimos anos criaram cidades em expansão na selva, completas com bordéis emergentes e tiroteios, à medida que dezenas de milhares de pessoas de todo o Peru aderiram à moderna corrida ao ouro.

Em janeiro de 2019, um estudo científico revelou que a desflorestação da mineração de ouro destruiu cerca de 9.279 hectares da Amazónia peruana em 2018, de acordo com o grupo Monitorização do Projeto Andino da Amazónia (MAAP). Esse é o maior total anual registado desde 1985, com base em estudos conduzidos pelo Centro de Inovação Científica da Amazónia da Universidade Wake Forest.

A desflorestação em 2018 superou o recorde anterior de 2017, quando cerca de 9.160 hectares de floresta foram derrubados, de acordo com o MAAP. Isso significa que, em dois anos, a mineração de ouro dizimou o equivalente a mais de 34 mil campos de futebol americano da floresta amazónica peruana.

https://zap.aeiou.pt/tudo-brilha-ouro-historia-sombria-dos-rios-dourados-da-amazonia-380047

 

Palestina acusa Israel de impedir entrada de vacinas na Faixa de Gaza !

A Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) acusou Israel, esta segunda-feira, de estar a impedir a entrada de duas mil doses da vacina russa Sputnik V na Faixa de Gaza.


Segundo a Autoridade Nacional Palestiniana, citada pela agência Associated Press (AP), a vacina russa contra a covid-19 estava destinada aos profissionais de saúde que trabalham na linha de frente do combate ao novo coronavírus.

As doses foram adquiridas pela ANP e o plano era dividir o imunizante com a Faixa de Gaza, que está sob o comando do grupo Hamas, onde vivem cerca de dois milhões de pessoas.

De acordo com a AP, a ministra da Saúde palestiniana, Mai al-Kaila, afirmou que as autoridades israelitas “têm toda a responsabilidade” pelo bloqueio da entrada das duas mil doses neste território.

“As autoridades da ocupação impediram a entrada“, disse a ministra palestiniana, num comunicado citado pelo jornal online Observador, acrescentando que “as doses eram destinadas a médicos que trabalham nas unidades de cuidados intensivos alocados aos pacientes com covid-19, bem como para os trabalhadores dos departamentos de emergência”.

Em declarações à agência noticiosa, fonte do aparelho de segurança israelita, que pediu para manter o anonimato, disse que as vacinas não foram bloqueadas, mas sim que o pedido das autoridades palestinianas para libertar as doses da Sputnik V para Gaza “ainda estava a ser avaliado“.

Entretanto, legisladores israelitas declararam que as doses da vacina russa só deveriam ser libertadas em troca da libertação de dois israelitas e da entrega dos restos mortais de dois soldados detidos pelo Hamas.

A Faixa de Gaza, que já registou mais de 53 mil casos de covid-19 e 537 mortes associadas à doença, ainda não recebeu nenhuma vacina. Isto numa altura em que Israel carrega o título de país do mundo com um maior número de população vacinada.

No final de janeiro, e depois da pressão internacional, Israel decidiu entregar cinco mil doses de vacinas contra a covid-19 à Autoridade Nacional da Palestina.

https://zap.aeiou.pt/palestina-israel-vacinas-faixa-gaza-381229

 

Quando o Dalai Lama morrer, a sua reencarnação pode gerar uma crise religiosa na Ásia !

O Dalai Lama, a figura budista viva mais conhecida no mundo, disse que, quando fizesse 90 anos, decidiria se deveria reencarnar, potencialmente encerrando um papel que foi fundamental para o budismo tibetano durante mais de 600 anos, mas que, nas últimas décadas, se tornou um pára-raios político na China. 


O 14.º Dalai Lama, Tenzin Gyatso, de 85 anos, está de boa saúde, mas a sua idade avançada já começa a levantar questões sobre a sua sucessão, juntamente com receios de que a sua morte provoque uma crise religiosa na Ásia.

Depois de uma revolta mal-sucedida contra a ocupação chinesa do Tibete em 1959, o Dalai Lama fugiu para a Índia, onde estabeleceu um governo no exílio em Dharamsala, liderando milhares de tibetanos que o seguiram até lá. Embora o Dalai Lama originalmente esperasse que o seu exílio fosse apenas temporário, o controlo de Pequim sobre o Tibete só ficou mais forte, tornando o retorno improvável.

Hoje, Pequim vê o Dalai Lama como um separatista com o objetivo de separar o Tibete da China e, portanto, deseja que a próxima reencarnação se alinhe com os seus próprios objetivos políticos.

Desde 1974 que o Dalai Lama não procura a independência da China para o Tibete, mas sim uma “autonomia significativa” que permitiria ao Tibete preservar a sua cultura e herança.

Ao longo dos anos, o Dalai Lama apresentou uma série de opções para a sua reencarnação, incluindo escolher um novo sucessor na Índia em vez de no Tibete – e até brincou com a ideia de uma mulher assumir o papel.

No entanto, segundo a CNN, especialistas acreditam que, independentemente do que escolher, a China quase certamente escolherá um novo Dalai Lama no Tibete, que deverá apoiar o controlo do Partido Comunista Chinês (PCC) na região. Isso poderia levar à escolha de dois Dalai Lamas separados – um na China e outro na Índia.

A história de Dalai Lama

Dalai Lama reencarnou 13 vezes desde 1391, quando o primeiro dos seus encarnados nasceu. Habitualmente, é usado um método secular para encontrar o novo líder.

A busca começa quando o Dalai Lama anterior morre. Às vezes, é baseado em sinais que a encarnação anterior deu antes de morrer, outras vezes um monge ou sacerdote que ensina o budismo vão a um lago sagrado no Tibete, Lhamo Lhatso, e meditam até ter uma visão de onde procurar o sucessor.

Em seguida, enviam grupos de busca por todo o Tibete, em busca de crianças que são “especiais” e nascidas um ano após a morte do Dalai Lama, explica Ruth Gamble, especialista em religião tibetana da Universidade La Trobe. “Essas pessoas têm a grande responsabilidade de acertar na escolha”.

Assim que são encontrados candidatos, as crianças são testadas para determinar se são a reencarnação do Dalai Lama. Alguns dos métodos incluem mostrar objetos que pertencem à encarnação anterior.

De acordo com a biografia oficial do 14º Dalai Lama, Tenzin Gyatso foi descoberto quando tinha dois anos. Filho de um agricultor, o atual Dalai Lama nasceu numa pequena vila no nordeste do Tibete, onde 20 famílias lutavam para viver da terra. Quando criança, reconheceu um monge que se tinha disfarçado para observar as crianças locais e identificou vários objetos pertencentes ao 13º Dalai Lama.

Porém, a reencarnação do Dalai Lama nem sempre é encontrada no Tibete. O quarto Dalai Lama foi encontrado na Mongólia, enquanto o sexto Dalai Lama foi descoberto no que é atualmente Arunachal Pradesh, na Índia.

Tibete vs China: O que vão fazer?

De momento, não há instruções oficiais a estabelecer como ocorrerá a reencarnação do Dalai Lama, caso morra antes de regressar ao Tibete. Porém, numa significativa declaração de 2011, o 14.º Dalai Lama disse que “a pessoa que reencarna tem autoridade legítima exclusiva sobre onde e como renasce e como essa reencarnação deve ser reconhecida”.

O Dalai Lama acrescentou que, se escolher reencarnar, a responsabilidade de encontrar o 15.º Dalai Lama recairá sobre o Gaden Phodrang Trust, um grupo na Índia que fundou após ir para o exílio para preservar e promover a cultura tibetana e apoiar o povo tibetano.

Dalai Lama disse que a sua reencarnação deveria ser realizada “de acordo com a tradição passada”. “Vou deixar instruções claras por escrito sobre isso”, disse.

O que se tornou cada vez mais claro é que é improvável que a reencarnação aconteça no Tibete, uma área que o Gaden Phodrang Trust não pode aceder, especialmente após a contestada reencarnação do Panchen Lama nos anos 1990.

Após a morte de 1989 do 10.º Panchen Lama, a segunda figura mais importante do budismo tibetano, Dalai Lama nomeou a criança tibetana Gedhun Choekyi Nyima como a sua reencarnação. Porém, três dias depois de ter sido escolhido, Gedhun e a sua família desapareceram e a China nomeou um Panchen Lama alternativo. Gedhun nunca mais foi visto em público.

Já o Governo chinês telegrafou publicamente as suas intenções para a reencarnação de Dalai Lama – acontecerá no Tibete e será de acordo com os desejos de Pequim.

Em 2007, o Departamento de Assuntos Religiosos do governo chinês publicou um documento que estabelecia “medidas de gestão” para a reencarnação de Budas tibetanos vivos.

O documento revelava que as reencarnações de figuras religiosas tibetanas devem ser aprovadas pelas autoridades governamentais chinesas, e aquelas com “impacto particularmente grande” devem ser aprovadas pelo Conselho de Estado, o principal órgão da administração civil da China.

Existem poucos detalhes sobre o processo de reencarnação no documento do governo chinês, exceto para reconhecer o chamado processo de “urna de ouro”, que foi introduzido no Tibete pela Dinastia Qing na década de 1790 e vê os nomes de possíveis crianças candidatas colocados numa pequena urna dourada e selecionada ao acaso.

De acordo com os media estatais chineses, o processo foi implementado para ajudar a “eliminar práticas corruptas” na escolha das reencarnações.

Segundo os especialistas, nos últimos anos, Pequim tem selecionado e preparado um grupo de monges séniores amigos de Pequim, que, quando chegar a hora de escolher, podem fazer parecer que  foram líderes religiosos budistas a escolher o novo Dalai Lama  — em vez do Partido Comunista Chinês.

https://zap.aeiou.pt/dalai-lama-reencarnacao-pode-gerar-381164

 

van Safronov, ex-jornalista russo foi preso por traição mas ninguém lhe diz o que fez !

Seis meses depois de ter sido preso, um antigo jornalista russo acusado de traição ainda não sabe o que fez de mal – e os investigadores também não lhe dizem. 


De acordo com a agência Reuters, o ex-jornalista russo Ivan Safronov, de 30 anos, escrevia sobre assuntos militares como repórter antes de começar a trabalhar na agência espacial russa em maio do ano passado. Em julho, foi detido e preso, acusado de passar segredos militares à República Checa.

Ivan Safronov, cujo tratamento provocou protestos entre alguns jornalistas russos, pode ser condenado a até 20 anos de prisão.

“Eles dizem que cometi um crime em 2017, mas não dizem exatamente o que fiz – dizem-me para lembrar”, disse Safronov, numa entrevista publicada esta segunda-feira pelo jornal Kommersant, onde trabalhava. “Passei três meses a tentar desenterrar algo sobre mim mesmo, mas não me lembrava de nenhum crime”.

Safronov, que disse não poder comunicar com os seus parentes próximos porque todos eram testemunhas, sugeriu que as acusações estavam ligadas ao facto de conhecer um jornalista checo com quem se encontrou em Moscovo em 2010.

Quando o checo deixou a Rússia no final de uma visita de trabalho, montou uma agência de informação para outros meios de comunicação com análises e revistas da imprensa. Safranov recebeu possíveis tópicos de cobertura e textos enviados de 2017 a 2019 com base em “informações de fontes abertas”.

“A investigação considera-se um espião checo”, disse, observando, em declarações ao jornal britânico The Guardian, que só soube dos factos do caso pelo depoimento público. “Pedi à investigação que me mostrasse os textos em que se baseiam as acusações contra mim, mas não me mostraram nada.”

“Os investigadores veem o facto de eu conhecer [o jornalista] como recrutamento, as suas mensagens como missões de inteligência e um segredo de estado foi de alguma forma encontrado nas minhas respostas”, disse.

Safronov garantiu que não tinha acesso a segredos de estado como jornalista e que os investigadores lhe disseram que “a acusação não está ligada ao trabalho jornalístico”.

Os ex-colegas de Safronov no Kommersant consideram as acusações “absurdas” e disseram que era possível que estivesse sendo punido por escrever sobre temas delicados.

O seu pai, que também cobriu assuntos militares para o Kommersant, tinha enfrentado o escrutínio do FSB sobre artigos que revelavam problemas com projetos de armas russos e vendas internacionais. A sua morte em 2007, após cair de uma janela do seu prédio em Moscovo, foi considerada suicídio.

https://zap.aeiou.pt/ivan-safronov-ex-jornalista-russo-foi-preso-por-traicao-mas-ninguem-381023

 

EUA sem apoio de Israel caso retorne ao acordo nuclear com o Irão !

Israel indicou esta terça-feira que poderá não se envolver na estratégia do Presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, em relação ao programa nuclear iraniano, apelando a novas sanções e a uma “ação militar confiável” contra o país.


O novo governo norte-americano quer um retorno ao acordo nuclear de 2015 com Teerão – do qual o ex-Presidente Donald Trump se retirou, restaurando as sanções – se os iranianos voltarem a se comprometer com as obrigações. Washington também disse que deseja conferenciar com aliados no Médio Oriente sobre tais medidas, noticiou a agência Reuters.

Contudo, o enviado de Israel a Washington, o embaixador Gilad Erdan, indicou que o país não fará “parte de tal processo se o novo governo [norte-americano] voltar ao acordo”. Se os EUA “voltarem ao mesmo acordo de que já se retiraram, toda a sua influência será perdida”, reiterou.

Israel não fez parte do acordo de 2015, mas os defensores no Congresso dos EUA e as ameaças de Netanyahu em tomar uma ação militar contra o Irão se considerar que a diplomacia não é a via, pesam nas decisões das grandes potências, continuou a Reuters.

“Parece que apenas sanções incapacitantes – manter as sanções atuais e até adicionar novas – combinadas com uma ameaça militar confiável podem levar o Irão a negociações reais com os países ocidentais, produzir, em última instância, um acordo verdadeiramente capaz de evitar o avanço” para armas nucleares, concluiu.

https://zap.aeiou.pt/eua-apoio-israel-acordo-nuclear-irao-381135

Moderna reduz entrega de vacinas em fevereiro !

A Comissão Europeia confirmou, esta terça-feira, que a farmacêutica Moderna entregará menos doses da sua vacina contra a covid-19 durante o mês de fevereiro, esperando-se que recupere o ritmo de distribuição em março.


“Foi anunciado algum atraso nas entregas, mas será compensado no mês de março”, disse a porta-voz para a Saúde, Vivian Loonela, sem especificar quantas doses da vacina estão em causa.

O atraso anunciado pela Moderna é o terceiro infligido à União Europeia pelas farmacêuticas, depois do já resolvido pela Pfizer-BioNTech, em fevereiro, e o da AstraZeneca, que entregará 40 milhões de doses no primeiro trimestre, metade do que foi contratualizado, refere a agência EFE.

Bruxelas recusou-se até agora a publicar o calendário de distribuição acordado com cada uma das empresas farmacêuticas nos contratos de compra antecipada das vacinas, embora tenha divulgado o número de doses que, no total, espera receber nos próximos meses.

Durante o primeiro trimestre são esperadas 100 milhões de doses, das quais 18 milhões em janeiro, 33 milhões em fevereiro e 55 milhões em março.

Para o segundo trimestre, as farmacêuticas comprometeram-se a entregar 300 milhões de doses, quantidade que “pode aumentar” se a vacina da Johnson & Johnson for aprovada, disse à agência espanhola o porta-voz da empresa, Stefan de Keersmaecker.

Para o terceiro trimestre estão previstas 500 milhões de doses de Pfizer-BioNTEch e Moderna, às quais poderiam ser adicionadas mais 100 milhões de Janssen.

O Executivo Comunitário estima que a 21 de setembro 70% da população adulta da União Europeia já terá sido vacinada.

Esta segunda-feira, numa conferência de imprensa para fazer o balanço da vacinação em Portugal, a ministra da Saúde, Marta Temido, informou que das 4,4 milhões de doses inicialmente previstas para o primeiro trimestre, Portugal só deverá receber 2,5 milhões.

“Não está ainda totalmente confirmado e vai sendo confirmado, praticamente, semana a semana com a disponibilidade de informação das próprias companhias”, esclareceu.

A governante disse ainda que, esta segunda-feira, foram entregues 104.130 doses da vacina da Pfizer/BioNTech e, na sexta-feira, chegam mais 93.600 doses da vacina da Oxford/AstraZeneca.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.408.243 mortos no mundo, resultantes de mais de 109 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

https://zap.aeiou.pt/moderna-reduz-entrega-vacinas-fevereiro-381192

 

Polémica de falsa vacinação no Brasil - Supremo tribunal anuncia acesso a e-mails para inquérito no caso de Manaus

Esta semana, estalou uma polémica sobre a vacinação no Brasil: familiares de três idosos registaram imagens, nas quais se via a agulha (que deveria conter a dose da vacina) vazia a ser espetada no braço ou em que o líquido permanecia na agulha, não sendo injetado, revela o Diário de Notícias.


Os familiares destes três idosos quiserem registar o momento da vacinação em vídeo, para guardar as imagens do momento comemorativo. No entanto, ao rever as gravações, deram conta de que algo estava errado, conta o DN.

Em Niterói, na zona oeste, a agulha foi inserida no braço de um idoso, mas o líquido permaneceu na mesma, não sendo injetado; em Petrópolis, na zona serrana, um profissional de saúde “injetou” uma idosa com uma seringa que estava vazia; e no Rio de Janeiro, aconteceu uma situação semelhante.

Nestes três casos, os idosos acabaram por ser devidamente vacinados mais tarde.

De acordo com a mesma publicação, as autoridades confirmaram as irregularidades na vacinação e a secretaria municipal de Saúde do Rio recomendou que, em caso de dúvida sobre a aplicação, os familiares questionem imediatamente os profissionais de saúde.

A situação já havia ocorrido em, pelo menos, outros três pontos do país: Goiânia, Maceió e Salto. Neste último caso, no interior de São Paulo, a própria profissional de saúde apercebeu-se do caso.

Em consequência desta polémica, várias técnicas de enfermagem de Niterói e de Petrópolis foram afastadas do cargo, anunciou a prefeitura.

Inquérito ao ministro da saúde sobre caso de Manaus

O Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro autorizou esta segunda-feira as diligências da Polícia Federal, como depoimentos e acesso a emails, em inquérito que investiga a conduta do ministro da Saúde do país no colapso sanitário em Manaus.

Na decisão, o juiz Ricardo Lewandowski autorizou depoimentos de funcionários do Ministério da Saúde e de secretarias de Saúde do Amazonas e de Manaus; acesso a e-mails institucionais relativamente ao combate à pandemia; informações sobre fornecimento e transporte de oxigénio; a informações sobre gastos com distribuição de medicamentos para tratamento precoce da doença e que não têm eficácia comprovada contra a covid-19, como cloroquina e hidroxicloroquina.

Além disso, o magistrado autorizou ainda, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), depoimentos de representantes da empresa White Martins, fornecedora de oxigénio hospitalar naquela região, e a identificação e audição dos desenvolvedores da aplicação TrateCOV, do Governo brasileiro, que recomendava o tratamento precoce contra o novo coronavírus.

O colapso sanitário de Manaus, que elevou significativamente as mortes por covid-19, obrigou o executivo estadual do Amazonas a montar uma operação para transportar dezenas de doentes infetados para outras cidades.

A escassez de oxigénio nos hospitais da região causou a morte por asfixia a dezenas de pessoas, principalmente nas cidades do interior, segundo cálculos do Ministério Público.

O número de enterros nos cemitérios de Manaus chegou ao recorde de 1.333 nos primeiros 20 dias de janeiro.

Nesse sentido, no mês passado, o STF deu o aval para a abertura de um inquérito para investigar a conduta e eventuais responsabilidades do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no grave cenário que se vive em Manaus.

Na ocasião, a PGR indicou que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre um possível colapso do sistema de saúde na capital do Amazonas ainda em dezembro, mas só enviou representantes à região em janeiro deste ano.

A PGR mencionou também a distribuição por parte do Ministério da Saúde de 120 mil unidades de hidroxicloroquina como medicamento para tratamento de covid-19 “inclusive com orientações para o tratamento precoce da doença, todavia sem indicar quais os documentos técnicos serviram de base à orientação”.

No início deste mês, Pazuello, um general especializado em logística, mas sem experiência em saúde, prestou depoimentos à Polícia Federal neste caso, mas o conteúdo encontra-se sob sigilo.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (239.245, em mais de 9,8 milhões de casos), depois dos Estados Unidos.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.400.543 mortos no mundo, resultantes de mais de 108,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

https://zap.aeiou.pt/polemica-falsa-vacinacao-no-brasil-380995

 

Congresso cria comissão semelhante à do 11 de Setembro para investigar invasão do Capitólio !

A Presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, anunciou esta segunda-feira que o Congresso vai criar uma comissão independente, semelhante à criada para o 11 de Setembro, para investigar a invasão ao Capitólio em janeiro.


De acordo com Pelosi, esta comissão vai “investigar e relatar os factos e causas relacionados com a ataque de terrorismo doméstico de 6 de janeiro de 2021 contra o Capitólio dos Estados e em relação à interferência na transição pacífica de poder”.

A Câmara dos Representantes vai também deliberar sobre o aumento do investimento em segurança no Capitólio, anunciou a Representante da câmara baixa do Congresso norte-americano.

A criação de uma comissão independente semelhante à que foi criada depois do atentado de 11 de Setembro de 2001 está a tornar-se relativamente consensual entre democratas e republicanos, depois da absolvição do antigo Presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, no segundo processo de destituição.

O processo histórico – já que pela primeira vez um chefe de Estado norte-americano foi alvo de um impeachment – terminou com a absolvição de Trump, no sábado, depois da conclusão apressada dos argumentos da defesa e da acusação.

A acusação contra Donald Trump tinha anunciado que ia chamar várias testemunhas para comprovar que o antigo Presidente era o autor moral da tentativa de insurreição que ocorreu no dia em que os congressistas validavam a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de 03 de novembro.

Esta decisão arrastaria o processo por vários dias, mas após um acordo com a defesa, ambas as fações no impeachment apresentaram os argumentos finais no sábado.

O veredicto final foi de 57 – 43, abaixo dos dois terços necessários para que o Senado validasse a destituição de Trump.

Pouco antes da invasão ao Capitólio, Trump discursou em Washington para uma multidão que apoiava o antigo Presidente. Durante o discurso, o antigo chefe de Estado exortou a multidão a “lutar” pelo país e a “marchar” em direção ao Capitólio.

O discurso de Trump, assim como a as acusações infundadas da candidatura do republicano de fraude eleitoral — ainda antes de os primeiros órgãos de comunicação social norte-americanos apresentarem as primeiras projeções da vitória de Biden — são apontados pelos democratas e analistas políticos como os catalisadores desta tentativa de insurreição.

Já estão planeadas várias investigações ao incidente e há audições agendadas este mês para o Comité de Regras do Senado.

Aliás, poderão ser feitos ainda mais inquéritos, de acordo com as declarações, no domingo, de vários legisladores nos espaços de comentário em vários órgãos de comunicação social dos Estados Unidos.

https://zap.aeiou.pt/congresso-comissao-invasao-capitolio-381030

 

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