terça-feira, 2 de março de 2021

Reino Unido vacinou 20 milhões com 1.ª dose - País deteta casos de variante de Manaus !

O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, anunciou no domingo que mais de 20 milhões de pessoas no Reino Unido já receberam a primeira dose da vacina contra covid-19.


“Estou absolutamente encantado por informar que mais de 20 milhões de pessoas foram vacinadas em todo o Reino Unido. É absolutamente fantástico. Quero agradecer a cada pessoa que veio para receber a dose”, afirmou Hancock, num vídeo no Twitter, citado no domingo pelo Expresso.

Nos últimos sete dias, morreram 2341 pessoas com o vírus, uma queda de 32% relativamente a igual período da semana anterior, e o novos casos diminuiram 17%. Desde o início da pandemia, houve 122.705 mortes e 4.170.519 infeções no Reino Unido.

A União Europeia (UE) estima que dentro de duas a três semanas “tudo vai funcionar normalmente” na produção e distribuição de vacinas contra a covid-19 nos Estados-membros, indicou a comissária da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira.

“A nossa expectativa é que dentro de duas, três semanas, tudo vá funcionar normalmente com os níveis de produção e de distribuição muito mais fortes do que até agora”, disse, em entrevista à agência Efe.

À medida que se alcance a “velocidade de cruzeiro”, os países terão de concentrar-se na “capacidade” de administrar as vacinas, indicou, rejeitando a ideia de que a UE esteja muito atrasada na campanha de vacinação relativamente a outros países, como os Estados Unidos, o Reino Unido ou Israel.

Reino Unido deteta seis casos da variante do Brasil

Seis casos da variante do novo coronavírus com origem em Manaus, no Brasil, foram detetados no Reino Unido, indicou no domingo a autoridade de saúde britânica, citada pela agência Lusa. Segundo os responsáveis sanitários, esta variante tem as mesmas mutações que a identificada pela primeira vez na África do Sul, apontada como mais transmissível.

Os especialistas temem que esta estirpe do SARS-CoV-2, que pode ser mais contagiosa do que o vírus original, seja resistente às vacinas contra a covid-19 que estão a ser administradas no Reino Unido (Pfizer/BioNTech e AstraZeneca/Oxford).

Três dos seis casos da variante de Manaus detetados no Reino Unido localizam-se em Inglaterra e os restantes na Escócia, mas não há qualquer ligação entre ambos. Duas das pessoas detetadas em Inglaterra pertencem à mesma família, do sul de Gloucester, que tinham estado no Brasil antes de o Governo britânico impor restrições aos viajantes.

Os três casos da estirpe de Manaus identificados na Escócia correspondem a residentes que regressaram de uma viagem ao Brasil e que fizeram escala em Paris e Londres.

O Governo britânico suspendeu em janeiro voos procedentes de Portugal, do Brasil e outros países da América do Sul, bem como da África do Sul, Angola e Moçambique para conter a propagação das novas variantes.

Em Portugal já foram identificados sete casos da variante do novo coronavírus com origem no Brasil, anunciou há uma semana o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

Vacina da Johnson & Johnson distribuída em abril na UE

A Agência Europeia do Medicamento deve aprovar no início de março a vacina contra a covid-19 da Johnson & Johnson, que até abril deve começar a ser distribuída pela UE, revelou no domingo a ministra francesa da Indústria.

O sinal verde da UE será concedido “no início de março, já que a Agência Europeia de Medicamentos está a rever todas as informações que a Johnson & Johnson lhe comunicou para poder colocar essa vacina no mercado”, disse Agnès Pannier-Runacher ao canal de televisão France 3.

A ministra adiantou que as primeiras doses devem “chegar no final de março ou início de abril porque há um prazo para a produção das doses”, o que “ainda está em discussão com o laboratório”. “Essa é uma notícia muito boa porque esta vacina é de dose única, porém é possível que precise de reforços, ainda não sabemos”, alertou.

No sábado, o regulador do medicamento norte-americano aprovou a vacina de dose única da Johnson & Johnson para pessoas com mais de 18 anos, tornando-se a terceira vacina aprovada no país, além da Pfizer/BioNTech e da Moderna.


A ministra francesa avançou que o plano passa pela chegada à Europa de 600 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 até o final de junho.

De acordo com a autoridade do medicamento dos Estados Unidos (EUA), a vacina produzida pela Janssen, do grupo Johnson & Johnson, protege contra a covid-19 grave. Segundo os ensaios clínicos finais, uma dose tem 85% de eficácia contra as manifestações mais graves da doença.

Bolsonaro: “A saúde no Brasil sempre teve problemas”

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, desvalorizou no domingo a situação crítica que vive o sistema de saúde no Brasil por causa da pandemia, dizendo que “a saúde sempre teve os seus problemas”.

“A saúde no Brasil sempre teve os seus problemas. A falta de UTIs (unidades de tratamentos intensivos) é um deles e certamente um dos piores”, escreveu no Twitter, numa altura em que o sistema de saúde brasileiro apresenta sinais de quase rutura em algumas regiões.

Bolsonaro, um dos líderes mundiais mais céticos sobre a gravidade da pandemia, que chegou a apelidar de “gripezinha”, insistiu na crítica ao confinamento. “Hoje, ao fecharem o comércio e novamente te obrigar a ficar em casa, vem o desemprego em massa com consequências desastrosas para o país”, disse o Presidente brasileiro.

O Brasil é um dos países mais afetados pela pandemia em todo o mundo, com mais de 255 mil mortes por covid-19 e 10,5 milhões de contágios, tendo completado no sábado a contagem de cinco dias consecutivas com mais de 1300 mortes diárias.

A capital, Brasília, é uma das cidades mais afetadas e onde a ocupação de camas de cuidados intensivos está a 98% da sua capacidade, obrigando as autoridades locais a aplicar medidas para diminuir a mobilidade e evitar ajuntamentos de pessoas, com encerramento de lojas e serviços por 15 dias a partir de domingo.

Inicialmente, as restrições eram por tempo indeterminado e permitiam apenas o funcionamento de serviços essenciais, como supermercados, mercearias, postos de gasolina, comércio de medicamentos, clínicas médicas e odontológicas, laboratórios, clínicas veterinárias e “cultos, missas e rituais de qualquer credo ou religião”.

Covid-19 já provocou 2.526.075 mortes

No domingo, a agência AFP relatou que o novo coronavírus matou pelo menos 2.526.075 pessoas em todo o mundo, tendo sido registados mais de 113.758.510 casos infeções, dos quais pelo menos 69.695.100 foram considerados curados.

Em França, no mesmo dia, foram registados 19.952 novos casos de contaminação, fazendo subir o total para 3.755.968. O número de mortes caiu para 122, totalizando 86.454. Entre 15 e 20% da população francesa já está imunizada, segundo o diretor-geral de Saúde, Jérôme Salomon.

Em Itália, houve 17.455 novos casos e 192 mortes nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde, sendo recomendado o encerramento das escolas nas áreas mais atingidas. No total, 2.925.265 pessoas foram infetadas, tendo-se registado 97.699 mortos. Dos atuais 422.365 casos ativos, 20.869 estão internados.

Também no domingo, a Alemanha registou 7890 novos casos e 157 mortes, anunciou o Instituto Robert Koch (RKI) de virologia, sinalizando um aumento geral. A incidência semanal manteve-se em 63,8 contágios por 100.000 habitantes. No total, a Alemanha registou 2.444.896 casos, 70.756 mortes e 2.248.200 recuperações.

Já o México registou 783 mortes no mesmo período, acumulando 185.257 óbitos, disseram no sábado as autoridades mexicanas. Foram detetados 7512 contágios, elevando o total para 2.084.128, sendo o terceiro país do mundo com mais mortes, atrás dos Estados Unidos e do Brasil.

Israel, onde mais de um terço da sua população foi vacinada, concordou em dar aos funcionários de saúde palestinianos 5.000 doses da Moderna Inc, das quais distribuiu 2.000. Agora, o Estado disse que irá oferecer vacinas Moderna aos cerca de 130.000 palestinianos que trabalham em Israel ou nos seus colonatos na Cisjordânia.

Guiné-Bissau, por sua vez, registou mais 15 casos, acumulando 3262, segundo os dados de sábado divulgados pelo Alto Comissariado para a covid-19. Foram internadas 15 pessoas, havendo 595 casos ativos e 12 recuperados, num total de 2613. A covid-19 já provocou a morte a 48 pessoas no país.

O Irão iniciou no domingo os ensaios clínicos da vacina contra a covid-19 de fabrico local Razi Cov Pars, desenvolvida pelo Instituto de Investigação de Vacinas Razi. A primeira dose foi dada a dois voluntários. Esta vacina consiste em duas injeções e uma administração intranasal inalada e emprega novas versões de combinação da proteína spike.

As Filipinas receberam o seu primeiro lote de vacinas no domingo, sendo o segundo país do sudeste asiático com maior número de infeções e mortes por coronavírus. As 600.000 doses de vacina doadas pela China, destinadas aos trabalhadores da saúde, estão programadas para começar na segunda-feira.

A Nigéria receberá o seu primeiro lote de vacinas da Oxford/AstraZeneca na terça-feira.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-vacinou-20-milhoes-variante-manaus-384085

 

Nicolas Sarkozy condenado a três anos de prisão por corrupção !

Nicolas Sarkozy foi esta segunda-feira condenado a três anos de prisão por corrupção e tráfico de influências, tornando-se o segundo chefe de Estado condenado em França, após Jacques Chirac em 2011.


O ex-Presidente francês foi condenado a um ano de prisão efetiva e dois anos com pena suspensa, no âmbito do caso das escutas que remonta a 2014. O antigo chefe de Estado pode ainda recorrer da sentença.

Sarkozy, que esteve presente na audiência, não irá, no entanto, para a prisão, já que o tribunal o autorizou a ficar detido em casa com uma pulseira eletrónica.

O político de 66 anos, que foi Presidente de 2007 a 2012, foi condenado por ter tentado ilegalmente obter informações sobre uma ação judicial em que estava envolvido, através de um magistrado, Gilbert Azibert, a quem ofereceu, em troca, um cargo de prestígio no principado do Mónaco, em 2014.

De acordo com o jornal Público, o Tribunal nacional financeiro concluiu que um “pacto de corrupção” foi estabelecido pelo então Presidente francês e o juiz do Tribunal de Cassação, Gilbert Azibert, para que Sarkozy pudesse obter informações confidenciais que lhe diziam respeito no âmbito do caso Bettencourt – que envolve pagamentos da herdeira multimilionária Liliane Bettencourt, dona da L’Óreal, a membros do governo ligados ao então chefe de Estado para financiar a campanha eleitoral de Sarkozy em 2007.

A mulher de Azibert, delegada do Ministério Público, embora não estando envolvida no processo, também terá movido influências para recolher informação.

Segundo a condenação do Tribunal Criminal de Paris, Sarkozy “usou o seu estatuto de ex-presidente da República” para obter benefícios, revela o Observador.

“As ofensas prejudicaram seriamente a confiança do público ao incutir a ideia de que as decisões do Tribunal de Cassação [tribunal superior de recurso francês] podem ser objeto de acordos privados”, refere ainda a sentença.

Ainda muito influente dentro dos conservadores, apesar de se ter retirado da política, Sarkozy garantiu sempre que não cometeu nenhum crime e que estava ser vítima de uma caça às bruxas. De acordo com o advogado do político, Thierry Herzog, que também foi condenado no âmbito deste processo, este foi um caso que envolveu “fantasias” e teve por base “escutas ilegais”.

Sarkozy torna-se, assim, o segundo Presidente na história moderna de França a ser condenado por corrupção, depois de Jacques Chirac, falecido em 2019. Chirac foi julgado e condenado em 2011 num caso de empregos fictícios na cidade de Paris, mas sem nunca ter comparecido em tribunal, por motivos de saúde.

https://zap.aeiou.pt/sarkozy-condenado-tres-anos-prisao-384262

 

segunda-feira, 1 de março de 2021

Ana Estrada Ugarte - Em decisão histórica, Peru abre as portas à eutanásia !

Numa decisão histórica esta quinta-feira, o 11.º Tribunal Constitucional do Superior Tribunal de Justiça de Lima, no Peru, ordenou ao Ministério da Saúde do país que respeitasse a vontade de Ana Estrada Ugarte de acabar com a sua vida através da eutanásia.

No Peru, a voz a favor da eutanásia tem nome próprio: Ana Estrada Ugarte, de 44 anos, a primeira pessoa a exigir publicamente a sua legalização.

Ana Estrada Ugarte é uma psicóloga que sofre de polomiosite incurável e progressiva desde os 12 anos. A doença complicou-se a partir de 2015 e agora permanece acamada a maior parte do dia e precisa de assistência permanente.

A mulher iniciou uma batalha legal para legalizar a eutanásia e inspirou um projeto de lei. “Não haver lei não significa que não haja direito. Há direito, mas falta lei. Espero que seja reconhecido esse direito, o meu direito de decidir quando morrer com dignidade”, disse Ana Estrada Ugarte, citada pela Deustche Welle.

O seu corpo fica paralisado à medida que a polimiosite, uma doença degenerativa e irreversível que enfraquece os músculos, progride. Ana Estrada afirma que não se quer matar, mas que precisa da liberdade de dizer “chega” quando a sua doença irreversível a obrigar a estender a vida em condições insuportáveis.

“Sei que é difícil compreender, mas não quero morrer. Estou bem atendida e num momento de grande realização, pois esta campanha levou-me a descobrir recursos que não tinha”, explicou Ana Estrada Ugarte, no seu blogue “Ana procura a morte digna”, onde conta a sua história.

Em 2016, a sua doença trancou-a no hospital durante quase um ano, de onde saiu com uma traqueostomia permanente no pescoço. “Lá queria morrer porque era um trauma muito forte. Tinha perdido tudo e a minha vida tinha mudado completamente, mas fiz um tratamento e, depois, a lucidez voltou. Transformei aquele ‘quero morrer’ em ‘quero o meu direito de morrer com dignidade”, explicou.

Ana Estrada Ugarte colocou o incómodo debate em cima da mesa no Peru, um país profundamente conservador onde a morte assistida, classificada como homicídio misericordioso, é criminalizada com até três anos de prisão.

O pedido exigia a suspensão da pena e que o Estado elaborasse os protocolos para o momento em que Ana Estrada Ugarte solicitar a eutanásia. A audiência foi realizada no dia 7 de janeiro, após mais de um ano de espera, e foi “uma pequena vitória” para a peruana, que, em apelo emocional, derrubou o preconceito de que a sua alegação é fruto de uma depressão.

Lima ordenou ao Ministério da Saúde e do Seguro Social de Saúde que “respeitasse a decisão” de Ana Estrada Ugarte “de pôr fim à sua vida mediante procedimento técnico de eutanásia”.

A decisão prevê a “inaplicabilidade do artigo 112 do Código Penal” que proíbe a morte assistida. O tribunal indicou que negar a morte assistida por Ana Estrada Ugarte afeta “os direitos à dignidade, autonomia, livre desenvolvimento de sua personalidade e a ameaça de não sofrer tratamento cruel e desumano”.

A sentença dizia que “a eutanásia deve ser entendida como a ação de um médico em fornecer diretamente (via oral ou intravenosa) um medicamento destinado a acabar com a sua vida”, segundo a decisão divulgada pelo tribunal.

A decisão pode gerar grande polémica no Peru, um país predominantemente católico, uma vez que a Igreja rejeita a eutanásia.

https://zap.aeiou.pt/ana-estrada-ugarte-em-decisao-historica-peru-abre-as-portas-a-eutanasia-383829

 

Entre farpas a Biden e Fauci, Trump admitiu concorrer à Casa Branca em 2024 e vencer pela “terceira vez” !

No primeiro discurso desde que saiu da Casa Branca, o antigo presidente Donald Trump deu a entender que vai concorrer novamente em 2024 e disse que Joe Biden “perdeu a Casa Branca”.

O ex-presidente dos Estados Unidos recebeu aplausos ao dizer à multidão na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) que pode tentar reconquistar a Casa Branca.

De acordo com o jornal britânico The Independent, Trump fez esta afirmação ao dizer à audiência da conferência em Orlando, Flórida, que Biden suportou “o primeiro mês mais desastroso de qualquer presidente na história moderna”.

Segundo o antigo presidente, a política de imigração de Biden deve resultar em grandes perdas no meio do mandato de 2022 e nas eleições presidenciais de 2024.

“Na verdade, como sabem, acabaram de perder a Casa Branca, mas é uma daquelas coisas – mas quem sabe, quem sabe, posso até decidir vencê-los pela terceira vez, ok?”, disse.

Trump prometeu “discutir o futuro” do partido e do país. “Vou continuar a lutar ao vosso lado, vamos fazer o que fizemos desde o início, que é ganhar”, afirmou, garantindo que não vai criar um novo partido. “Temos o Partido Republicano”, que “vai ser mais forte do que nunca”.

No mesmo discurso, Trump voltou a falar da pandemia, mencionando o “vírus da China” ao referir-se à covid-19 e criticou o especialista Anthony Fauci por encorajar as pessoas a usarem duas máscaras quando estiverem em público.

“Máscaras duplas, essa foi uma das novas que saiu há algumas semanas”, disse Trump. “Primeiro, Fauci disse que não é preciso máscaras. Agora, de repente, quer as máscaras, mas agora quer máscaras duplas.”

O ex-presidente marcou presença na CPAC de 2021, que existe desde 1974 e é vista como o encontro mais influente dos conservadores dos Estados Unidos, bem como um barómetro da direção política do Partido Republicano. A conferência começou na quinta-feira no Hyatt Regency Hotel.

Este é o primeiro discurso de Trump desde que deixou o cargo enquanto presidente dos Estados Unidos. O discurso acontece poucas semanas depois de ter sido absolvido da acusação de “incitamento à insurreição” — no julgamento de impeachment, alguns membros do partido Republicano votaram contra o ex-presidente.

A CNN adianta que a Trump venceu uma sondagem, onde os participantes da CPAC foram questionados sobre o seu candidato favorito. Foram realizadas duas sondagens e apenas uma incluiu o nome de Trump — nessa, o ex-presidente venceu com 55% dos votos. Na segunda sondagem, DeSanti DeSantis ficou muito à frente da concorrência. Os resultados sugerem que há interesse noutros candidatos.

https://zap.aeiou.pt/entre-farpas-a-biden-e-a-fauci-trump-admitiu-concorrer-384063

 

 

Quando um tigre vale mais morto do que vivo - A sórdida realidade das quintas de procriação !

Em alguns países asiáticos, quintas de procriação de tigres exploram até ao tutano o valor económico do animal, submetendo-o a condições de vida degradantes.


Tigres já foram puderam ser encontrados em grande parte da Ásia, do leste da Turquia à Sibéria e Indonésia. Hoje, eles estão reduzidos a viver em apenas 6% da sua área anterior. Em muitas dessas áreas, os tigres já nem são mais avaliados como animais selvagens à solta, mas apenas como produtos para lucro financeiro, valendo mais mortos do que vivos.

Tigres em partes do leste e sudeste da Ásia podem vir engarrafados, vendidos abertamente em centros de criação industrial como vinho de osso de tigre, uma mistura que supostamente trata a artrite, reumatismo e até impotência. Eles também vêm em pratos, cozinhados e preparados para ricos empresários e burocratas ávidos exibirem o seu status social elevado, servidos em salas de jantar enfeitadas com caros tapetes de pele de tigre.

O comércio começa com uma estimativa de 8.000 tigres mantidos em cativeiro numa série de quintas por toda a China e também em Laos, Tailândia e Vietname, muitas vezes em condições terríveis. Muitos estão alojados em pequenos recintos espartanos de cimento, mal grandes o suficiente para oferecer qualquer oportunidade até mesmo para os exercícios mais leves.

Tigres criados pelos seus ossos são frequentemente desnutridos, as suas mortes deliberadamente induzidas pela fome. Como explica um trabalhador de um parque de tigres no norte da China, “um esqueleto é, no final do dia, apenas um saco de ossos. Quem é que se importa com a aparência quando está vivo?”.

Os tigres criados pela sua carne sofrem um destino diferente, frequentemente bombeados com líquido e alimentados à força para torná-los o mais gordos possível, já que o valor de uma carcaça para comida é medido apenas pelo peso. No final das suas vidas, muitos mal conseguem ficar de pé, os seus estômagos rastejam pelo chão. E uma pele é uma pele – desde que o tigre não esteja ferido, a pele ainda terá valor, independentemente do peso da criatura que a carregou.

Embora a maior parte do valor de um tigre seja derivada após a sua morte, os operadores de quinta de tigres, no entanto, procuram espremer cada grama de lucro possível durante a vida dos tigres.

Por essa razão, o seu ciclo de vida é gerido em três fases distintas – reprodução, desempenho e colheita – seguidas por um quarto estágio de produção pós-morte. Em suma, estas quintas nada mais são do que fábricas de procriação rápida, fornecendo a matéria-prima para produtos de luxo de alta qualidade.

A tigresa senta-se no topo deste tapete rolante, oferecendo um suprimento constante de filhotes. Esses filhotes, uma vez nascidos, são rapidamente removidos da sua mãe para trazê-la de volta ao cio. Os filhotes são então movidos para áreas de interação onde os visitantes podem pagar para acariciá-los e alimentá-los, proporcionando uma oportunidade perfeita para selfies para as redes sociais.

Um “zoo” de tigres na Tailândia, perto da cidade turística de Pattaya, empregou algumas táticas bizarras para maximizar o valor de entretenimento dos animais. Numa barraca, filhotes de tigre envoltos em casacos de pele de porco podiam ser vistos a serem amamentados por uma porca, enquanto a poucos metros, uma tigresa agia como ama-de-leite para leitões vestidos com peles de tigre minúsculas.

Filhotes e adolescentes machos mais velhos eram forçados a realizar truques de circo enquanto outros desfilavam, em grupos, ao redor de recintos maiores onde os visitantes podiam comprar animais vivos para serem soltos como presas.

Como estes tigres foram criados em cativeiro, muitas vezes não têm a habilidade de matar, então o gado sacrificial e maltratado frequentemente precisa de ser removido e abatido manualmente antes de ser devolvido à arena como pedaços de carne.

Enquanto isso, filhotes fêmeas mais velhos são transferidos para ocupar o seu lugar na linha de produção. Finalmente, quando uma nova geração de tigres emerge para assumir essas funções, os animais mais velhos são enviados para o estágio de colheita. Além de vinho, carne e peles, há também mercado de olhos, bigodes, dentes, garras e até pénis. Na verdade, quase todas as partes de um tigre recebem um valor financeiro.

As quintas de tigres tornaram-se um grande negócio e, para crescer, os seus proprietários reconhecem a necessidade de inovação constante. Por exemplo, uma investigação recente descobriu a existência de joias de osso de tigre rosa produzidas por uma quinta de tigres em Laos.

A cor distinta dos ornamentos é obtida removendo os ossos do tigre enquanto ele está sedado, mas ainda muito vivo.

https://zap.aeiou.pt/quintas-tigres-transformaram-animal-numa-especie-vale-morta-do-viva-383483

 

Várias escolas de Tóquio pedem “certificados de cabelo real” aos alunos !

As escolas japonesas são conhecidas pela sua rigidez relativamente à aparência dos seus alunos, tanto que os estudantes que não seguem o padrão de “cabelo liso e preto” têm de apresentar provas.


Dados divulgados, esta semana, pelo Conselho Metropolitano de Educação de Tóquio mostram que 44,6% das 177 escolas secundárias da cidade solicitam este tipo de “certificados de cabelo real”.

De acordo com a empresa de media Vice, os alunos que não seguem o padrão de “cabelo liso e preto” têm de apresentar provas de que os seus cabelos são mesmo naturais, sendo que o certificado tem de ser assinado por um encarregado de educação. Algumas escolas pedem até fotografias de infância para terem a certeza.

Há muito que as regras escolares do país são criticadas pela sua rigidez, sendo consideradas violadoras da liberdade de expressão dos jovens. A cor da roupa interior e das meias, o formato das sobrancelhas e o comprimento das saias estão entre algumas dessas restrições.

“Dizer a um estudante que o seu cabelo natural está errado, é como dizer que a sua identidade está errada. E é também claramente racista“, afirmou ao mesmo site Hiromi Kuroi, porta voz de uma organização não governamental que recolhe informações sobre esta regulamentação escolar.

“Alguns destes alunos não têm escolha a não ser aceitar esta discriminação. Estou preocupada com os efeitos negativos na sua saúde mental”, lamentou.

Em 2017, uma estudante de Osaka decidiu processar a sua escola por danos emocionais, depois de os professores lhe terem exigido repetidamente que pintasse o cabelo, originalmente castanho, de preto.

Inicialmente, a aluna acedeu ao pedido, mas depois parou de o fazer. Foi então que começou a ser discriminada pelo estabelecimento escolar, tendo sido impedida de frequentar algumas aulas e barrada das visitas de estudo.

No passado dia 16 de fevereiro, o Tribunal Distrital desta cidade japonesa obrigou o Governo local a pagar-lhe 330 mil ienes japoneses, cerca de 2500 euros, menos de 15% da indemnização solicitada pela jovem, agora com 21 anos. Apesar desta compensação, o juiz determinou que a aplicação destes regulamentos não violava a lei.

https://zap.aeiou.pt/escolas-toquio-certificados-cabelo-real-383785

Denunciantes da Amazon alertam que os dados de milhões de pessoas estão em risco !

Denunciantes da Amazon alertam que os dados de milhões de pessoas estão em risco devido à falta de preocupação da empresa com a cibersegurança.


A par da Google, Apple, Microsoft e Facebook, a Amazon é uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. No entanto, os esforços da empresa norte-americana para proteger a informação que recolhe dos seus utilizadores é inadequada, alertam whistleblowers da empresa.

De acordo com alguns funcionários da Amazon, as falhas de segurança da empresa expõem as informações dos utilizadores a possíveis fugas, furtos e exploração, escreve o POLITICO. Desde informações do cartão de crédito até dados privados de saúde, nada está livre de eventuais fugas de informação, tanto na União Europeia como nos Estados Unidos.

Os funcionários que denunciaram o problema ao POLITICO tentaram alertar os seus superiores, mas dizem ter sido marginalizados ou demitidos da empresa, naquilo que argumentam ser uma retaliação profissional.

Os denunciantes alegam que na Amazon reina uma cultura empresarial que prioriza o crescimento em relação a outros fatores, como a segurança dos dados dos clientes, o cumprimento de regras criadas para proteger essa informação e as carreiras dos funcionários contratados para sinalizar esse tipo de problemas.

“Imagine se uma empresa do tamanho da Amazon tivesse uma fuga? O problema é que as informações de identificação pessoal de milhões de pessoas estão em risco”, disse um dos ex-funcionários de segurança de informação nos Estados Unidos.

Em resposta, um porta-voz da Amazon garantiu que esta é uma “prioridade máxima de longa data” da empresa.

“Estas alegações imprecisas, não comprovadas e desatualizadas não refletem o nosso compromisso em manter as informações pessoais seguras. A Amazon possui políticas, procedimentos e tecnologias de segurança e privacidade abrangentes e estabelecidas há muito tempo. Auditamos regularmente os nossos serviços para garantir a conformidade e temos tolerância zero para funcionários que não seguem as nossas políticas”, disse o porta-voz da empresta tecnológica.

https://zap.aeiou.pt/dados-pessoas-risco-amazon-383781

 

Mais 18 mortos nos protestos em Myanmar - Embaixador na ONU afastado !

18 manifestantes foram mortos em Myanmar, este domingo, por forças de segurança que dispersavam com violência as manifestações pró-democracia.


As primeiras notícias apontavam para seis vítimas mortais. Três manifestantes foram mortos em Dawei (no sul do país), enquanto dois adolescentes, de 18 anos, morreram em Bago (centro), de acordo com as equipas de resgate. Uma sexta pessoa morreu em Yangon, disse um ex-deputado do Liga Nacional para a Democracia, partido da chefe de Governo deposta, Aung San Suu Kyi.

Entretanto, a Comissão das Nações Unidas confirmou que o número de vítimas mortais subiu para 18, havendo ainda 30 feridos a registar.

“A polícia e as forças militares enfrentaram manifestações pacíficas, usando força letal e menos do que letal que, de acordo com informações oficiais recebidas pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, fez pelo menos 18 mortos e mais de 30 feridos”, informou, citada pela RTP.

“Condenamos veementemente a repressão cada vez mais violenta sobre os protestos em Myanmar e pedimos aos militares que parem imediatamente de usar a força contra manifestações pacíficas”, disse Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU, em comunicado.

Myanmar está a viver, este domingo, um novo dia de manifestações em massa, depois da violência policial do dia anterior, quando 479 pessoas foram detidas sob a acusação de “protestos contra o Estado”.

Apesar da repressão, milhares de birmaneses voltaram hoje às ruas para rejeitar o golpe militar de 1 de fevereiro e exigir a libertação dos políticos eleitos detidos, incluindo a líder deposta e Prémio Nobel da Paz.

Até sábado, oito pessoas tinham morrido em resultado da violência desencadeada após o golpe, três delas mortas a tiro pela polícia, segundo dados da Associação de Assistência aos Prisioneiros Políticos na Birmânia, tendo sido detidas desde o início da revolta 854 pessoas, das quais 83 já foram libertadas.

A junta militar, chefiada pelo general Min Aung Hlaing, acusado de genocídio por alegadamente ter orquestrado a campanha de violência contra os rohingya em 2017, no oeste do país, afirmou que a polícia utiliza o mínimo de força contra as manifestações.

Este sábado, avança o jornal Público, o embaixador birmanês nas Nações Unidas, Kyaw Moe Tun, foi afastado pelos militares, um dia depois de ter feito um apelo à comunidade internacional para auxiliar na “restauração da democracia” de Myanmar.

O anúncio da demissão foi feito através da televisão estatal, que acusou o diplomata de “trair o país”, de ter falado em nome de “uma organização não-oficial que não representa o país” e de “ter abusado do poder e responsabilidades de um embaixador”.

Os militares justificam o golpe de estado alegando fraude eleitoral cometida nas eleições legislativas de novembro, nas quais a Liga Nacional para a Democracia venceu por esmagadora maioria.

Tanto os observadores internacionais como a comissão eleitoral deposta pela junta militar após a tomada do poder negaram a existência de irregularidades, apesar da insistência de alguns comandantes do Exército, cujo partido detém 25% dos lugares no Parlamento.

A comunidade internacional tem anunciado sanções contra os líderes do golpe militar, incluindo o general Min Aung Hlaing, presidente do Conselho Administrativo de Estado e autoridade máxima em Myanmar.

https://zap.aeiou.pt/seis-mortos-protestos-myanmar-384017

 

domingo, 28 de fevereiro de 2021

EUA aprovam vacina unidose da Johnson & Johnson e Nova Zelândia volta ao confinamento !

O regulador do medicamento norte-americano aprovou, este sábado, a vacina contra a covid-19 da Johnson & Johnson, a terceira autorizada nos Estados Unidos.


A vacina em causa da Johnson & Johnson é de dose única e junta-se às da Pfizer/BioNTech e da Moderna, ambas administradas em duas doses.

O regulador norte-americano, Food and Drug Administration (FDA), aprovou o uso de emergência da vacina para pessoas com idade a partir dos 18 anos.

De acordo com a autoridade do medicamento dos Estados Unidos, a vacina produzida pela farmacêutica Janssen, do grupo Johnson & Johnson, protege contra a covid-19 grave.

Os ensaios com a vacina mostraram 66% de eficácia contra o coronavírus, contra 94-95% das vacinas existentes, mas 86% de capacidade de evitar casos graves da doença, hospitalizações e mortes, o que poderia ser suficiente para proteger a população.

Na sexta-feira, o comité consultivo de vacinas da autoridade da FDA já tinha endossado a autorização de emergência desta vacina. Os membros do comité consideraram unanimemente que os benefícios da vacina superam os riscos para os idosos.

A vacina J&J tem as grandes vantagens de requerer apenas uma única dose e não necessitar de temperaturas extremas de congelamento para armazenamento, pois pode ser mantida entre 2 e 8 graus Celsius.

A Johnson & Johnson prometeu entregar cerca de 20 milhões de doses aos Estados Unidos até ao final de março. A farmacêutica norte-americana espera também ter a vacina aprovada na Europa em março.

Segundo a SIC Notícias, que cita a agência Bloomberg, a vacina deverá ser aprovada no continente europeu no dia 11 de março, tornando-se a quarta a ser autorizada. Recorde-se que o fármaco, já contratualizado pela Comissão Europeia, consta do plano de vacinação português.

Nova Zelândia volta ao confinamento

De acordo com a agência Reuters, citada pelo jornal Público, Auckland voltou, este domingo, a um segundo confinamento, com as autoridades a tentarem controlar um surto da variante mais contagiosa do Reino Unido.

Trata-se de um confinamento de uma semana, entre uma população de dois milhões, devido a um caso de uma pessoa que esteve infetada durante uma semana, mas que não foi colocada em isolamento.

“É mais do que provável que existirão casos adicionais na comunidade”, afirmou a primeira-ministra, Jacinda Ardern, na conferência de imprensa deste sábado, quando anunciou as novas medidas.

Na China, a Comissão de Saúde anunciou, este domingo, ter diagnosticado seis casos de covid-19 nas últimas 24 horas, todos importados. Os casos foram detetados em viajantes em Jujian (2), Yunnan (2), Tianjin (1) e Cantão (1).

A Comissão de Saúde chinesa indicou que, até à meia-noite (16h00 de sábado em Portugal Continental), o número total de infetados activos na China continental se fixou em 218, entre os quais um em estado grave.

Desde o início da pandemia, 89.893 pessoas ficaram infetadas na China, tendo morrido 4636 doentes.

A pandemia da covid-19 provocou, pelo menos, 2.518.080 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 113,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.

https://zap.aeiou.pt/vacina-johnson-johnson-aprovada-eua-384009

 

Após escalada de suicídios, Japão nomeia Ministro da Solidão !

O Japão nomeou um Ministro da Solidão após um recente aumento no número de suicídios, exacerbado pela crise provocada pela pandemia de covid-19.


Estudos recentes mostraram que o Japão tem altos níveis de isolamento social, em parte atribuídos à sua cultura de trabalhar durante longas horas. O problema cresceu ainda mais devido à pandemia de covid-19, nomeadamente no que diz respeito às pessoas que vivem sozinhas.

Em resposta aos apelos contra o isolamento social e o aumento das taxas de suicídio, o primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga nomeou o ministro Tetsushi Sakamoto para a recém-criada função de Ministro da Solidão no início de fevereiro, de acordo com o jornal local Japan Times.

Numa reunião com Sakamoto, Suga disse que “as mulheres estão a sofrer mais com o isolamento [do que os homens] e o número de suicídios está em tendência crescente. Espero que identifique problemas e promova medidas políticas de forma abrangente”.

“Espero realizar atividades para prevenir a solidão social e o isolamento e para proteger os laços entre as pessoas”, disse Sakamoto, em conferência de imprensa.

O novo ministro também estará responsável de promover a participação dinâmica de todos os cidadãos e medidas para reduzir a taxa de natalidade.

O Governo do Japão criou também uma task-force em que diferentes departamentos trabalharão juntos para investigar o impacto da solidão.

Um relatório preliminar revelou um aumento de suicídios ao longo de 2020. De acordo com a Agência Nacional de Polícia, 20.919 pessoas morreram por suicídio no Japão em 2020 – um aumento de 750 mortes em comparação com 2019 e a primeira vez que o número subiu face ao ano anterior em 11 anos.

Segundo dados oficiais do governo japonês, em outubro passado, o número de suicídios no Japão foi superior ao número de mortes por covid-19 desde o início da pandemia.

O aumento está amplamente relacionado ao aumento dos suicídios entre mulheres e jovens. No entanto, o primeiro-ministro japonês sublinhou que “há muitos tipos de solidão” que precisam de ser resolvidos, apontando para os idosos que vivem em lares de terceira idade que ficaram particularmente isolados durante a pandemia.

O Japão tem sido consistentemente mal classificado em estudos de isolamento social. Em 2015, um estudo global realizado pelo gabinete do país descobriu que 16,1% dos japoneses com mais de 60 anos sentiram que não tinham “ninguém” a quem pedir ajuda – sendo o país com a maior proporção de países, seguido pelos Estados Unidos (13%) e a Suécia (10,8%).

https://zap.aeiou.pt/japao-nomeia-ministro-da-solidao-apos-escalada-suicidios-no-pais-383804

 

Nação Cherokee pede à Jeep que deixe de usar o nome da tribo nos seus carros !

“É hora de a Jeep reconsiderar chamar os seus SUVs Cherokee e Grand Cherokee”. Pela primeira vez, a tribo norte-americana Nação Cherokee pediu diretamente à Jeep para parar de usar o seu nome nos seus veículos.


A fabricante automóvel Jeep usa o nome “Cherokee” nos seus veículos há 45 anos. Agora, de acordo com o Car And Driver, a tribo norte-americana Nação Cherokee pediu diretamente à Jeep para não usar o seu nome nos seus veículos.

Embora a tribo já tivessse comentado este assunto no passado, o debate foi reiniciado pelo portal, que falou com o chefe da nação Cherokee Chuck Hoskin, Jr.

“Tenho certeza de que vem de um lugar bem intencionado, mas não nos honra por ter o nosso nome colado na lateral de um carro. A melhor forma de nos homenagear é aprender sobre o nosso Governo soberano, o nosso papel neste país, a nossa história, cultura e idioma, e temos um diálogo significativo com tribos reconhecidas federalmente sobre a adequação cultural”, disse o líder da tribo.

“Acho que estamos numa época neste país em que é hora de as empresas e os desportos coletivos abandonarem o uso de nomes, imagens e mascotes dos índios norte-americanos dos seus produtos, camisolas de equipa e desportos em geral”, continuou.

O primeiro modelo Cherokee da Jeep chegou no ano 1974, e embora se tenha “reformado” em favor do Jeep Liberty entre 2002 e 2014, a Jeep continuou a vender um modelo Grand Cherokee ao longo desse tempo.

Aliás, o modelo Grand Cherokee é o campeão de vendas da Jeep, com quase 210 mil vendas nos Estados Unidos em 2020.

Em 2017, o portal ArsTechnica noticiou que o Supremo Tribunal dos Estados Unidos tinha decidido que as marcas comerciais ofensivas estavam autorizadas de acordo com a lei norte-americana.

No entanto, em 2020, houve uma renovação de consciência sobre a justiça racial nos Estados Unidos. A equipa da NFL da área de Washington DC deixou de usar o seu nome em julho e, em dezembro, a equipa da MLB de Cleveland descartou o seu nome e mascote racista.

Por sua vez, Jeep disse, em declarações ao Car And Driver, que “os nomes dos nossos veículos foram cuidadosamente escolhidos e nutridos ao longo dos anos para homenagear e celebrar o povo nativo americano pela sua nobreza, bravura e orgulho. Nós estamos, mais do que nunca, comprometidos com um diálogo respeitoso e aberto com o principal chefe da nação Cherokee, Chuck Hoskin, Jr”.

https://zap.aeiou.pt/nacao-cherokee-pede-a-jeep-que-deixe-de-usar-o-nom-383161

 

Naufrágio grego que levava partes do Partenon está a revelar os seus segredos !

A última expedição de mergulhadores ao navio grego Mentor, que naufragou perto da ilha Citera em 1802, recuperou várias peças do cordame, moedas, a sola de couro de um sapato, uma fivela de metal, uma ficha para jogar cartas, duas peças de xadrez, fragmentos de utensílios de cozinha e outros objetos aparentemente mundanos.


Quando afundou, o navio levava esculturas de mármore lascadas do Partenon, em Atenas, mais tarde danificado, conhecido como “Mármores de Elgin” ou “Mármores do Partenon”. Estas esculturas – que retratam deuses, heróis e animais gregos – estão agora em exibição na Museu Britânico, em Londres.

Os pequenos objetos recuperados do naufrágio revelam aspetos intrigantes da vida das pessoas a bordo do navio quando afundou, segundo disse, em declarações ao LiveScience, o arqueólogo marinho Dimitris Kourkoumelis, do departamento de Antiguidades Subaquáticas do Ministério da Cultura e Desporto grego.

“O objetivo é entender como as pessoas viviam e como era a vida a bordo, não apenas para os passageiros, mas também para a tripulação”, disse Kourkoumelis. “Encontrámos moedas de ouro de Utrecht, na Holanda, bem como de Espanha, e também moedas do Império Otomano – por isso havia realmente um grupo cosmopolita no Mentor.”

Kourkoumelis liderou expedições de mergulho aos destroços do Mentor todos os verões desde 2009, depois que o Governo grego promulgou uma legislação para proteger o naufrágio e ordenou formalmente que arqueólogos o escavassem.

O Mentor era um brigue construído pelos americanos que pertencia ao diplomata britânico Thomas Bruce, um nobre escocês intitulado o sétimo conde de Elgin.

Segundo Kourkoumelis, a construção do Mentor é muito diferente daquela de navios semelhantes construídos no Mediterrâneo. “Os navios americanos foram construídos para viajar em mar aberto e, por isso, eram muito mais fortes – é muito interessante trabalhar num navio como este”, disse.

O navio de madeira está agora a apodrecer após mais de 200 anos sob as ondas – e apenas mais alguns anos de escavações serão possíveis.

O naufrágio rendeu vários pequenos objetos ao longo dos anos, incluindo joias de ouro, moedas antigas e cerâmica grega que provavelmente vieram de coleções particulares de alguns dos passageiros a bordo quando afundou.

As descobertas mais recentes no ano passado incluíam duas peças de xadrez de madeira – outras seis peças do mesmo conjunto foram encontradas em anos anteriores – e uma ficha de metal ou moeda que provavelmente foi usada num jogo de cartas.

Os arqueólogos planeiam examinar cientificamente todos os objetos, muitos dos quais serão exibidos no Museu da Acrópole em Atenas. O museu já exibe cerca de metade das esculturas do Partenon que ainda restam.

Disputa pelas estátuas

Elgin, como era conhecido Thomas Bruce, usou o navio para transportar para Inglaterra as antiguidades que colheu enquanto vivia em Constantinopla como embaixador da Grã-Bretanha no Império Otomano.

Embora o navio tenha chegado a Citera, onde os seus passageiros e tripulantes escalaram as rochas, o Mentor afundou abaixo de cerca de 20 metros de água do mar.

O secretário de Elgin, William Hamilton, passou quase dois anos em Citera, supervisionando o resgate das esculturas por mergulhadores que foram pagos para recuperá-las dos destroços sem nenhum equipamento de mergulho.

As esculturas foram enviadas para a Inglaterra e Elgin vendeu-as ao Museu Britânico em 1816.

Elgin afirmou que pagou pelas esculturas e que obteve um decreto do Governo otomano para levá-las. Porém, nunca for encontrada nenhuma evidência do decret, de acordo com o Comité Britânico para a Reunificação dos Mármores do Partenon, uma organização não-governamental.

Quando a Grécia recuperou a sua independência dos otomanos em 1832, iniciou uma série de projetos para recuperar arte saqueada e os mármores de Elgin estavam no topo da lista. Desde então, todos os sucessivos Governos gregos exigiram que as esculturas fossem devolvidas. Até agora, contudo, o Museu Britânico recusou-se, embora se tenha oferecido para emprestá-los temporariamente.

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Toronto apresenta providência cautelar contra projeto que constrói “casas” para os sem-abrigo !

Um carpinteiro canadiano decidiu construir abrigos para as pessoas que vivem nas ruas de Toronto. A autarquia considerou que são perigosos e apresentou uma providência cautelar.


De acordo com a empresa de media ViceKhaleel Seivwright, carpinteiro de profissão, tem dedicado o seu tempo a construir pequenos abrigos para as pessoas que vivem nas ruas de Toronto, no Canadá.

A iniciativa, chamada Toronto Tiny Shelters, foi recebida com bons olhos pelos moradores da cidade, mas o mesmo não se pode dizer da autarquia, que decidiu apresentar uma providência cautelar no Tribunal de Apelação de Ontário contra a construção destes abrigos.

Entre as razões apresentadas para justificar esta decisão, o município explicou que o facto de serem de madeira torna estes abrigos perigosos (pelo potencial risco de incêndio) e considerou também que podem ter um efeito dissuasor entre os sem-abrigo, dificultando a tarefa de os tirar das ruas e de os levar para as instalações administradas pela autarquia.

Num comunicado divulgado na semana passada, a Câmara destacou que, entre 2019 e 2020, houve um aumento de 250% no número de chamadas de emergência relacionadas com incêndios nos acampamentos onde vivem estas pessoas, argumentando que estes abrigos improvisados foram uma das principais causas desta subida.

Em declarações à Vice, Brad Ross, porta-voz da cidade de Toronto, explicou que a providência cautelar está simplesmente a tentar afirmar um estatuto já existente que proíbe a construção de estruturas “ilegais” em passeios germinados, estradas e outras propriedades públicas.

Por sua vez, numa declaração escrita e num vídeo publicado esta segunda-feira, Seivwright considerou que a ação legal da autarquia é apenas uma “distração” das suas próprias falhas no que toca a cuidar das populações de maior risco.

“O problema não são estes abrigos”, afirmou o canadiano, mas sim o facto de estes sem-abrigo dizerem que “não têm para onde ir” e que “não confiam mais” no sistema de abrigos da cidade.

“A cidade de Toronto deve parar com esta providência cautelar e concentrar os seus esforços e recursos naquilo que realmente importa – colocar estas pessoas em casas seguras”, acrescentou.

https://zap.aeiou.pt/toronto-tiny-shelters-sem-abrigo-383165

 

Trinta anos depois, MI6 pede desculpa por ter banido espiões gays !

Richard Moore pediu desculpa ” pela forma como colegas e concidadãos LGBT+ foram tratados”, tendo-lhes sido negada a oportunidade de servir o país no MI6.

O chefe do MI6, o serviço secreto de inteligência do Reino Unido, pediu desculpas pelo banimento “equivocado, injusto e discriminatório” de espiões gays, 30 anos depois de a restrição ter sido suspensa. Richard Moore fez o pedido público de desculpas, na semana passada, através da sua conta no Twitter.

“Marcando o aniversário de 30 anos da suspensão da proibição de funcionários LGBT+ em agências de inteligência em 1991, peço desculpas em nome do MI6 pela forma como colegas e concidadãos LGBT+ foram tratados e expresso o meu pesar por todos cujas vidas foram afetadas”, lê-se na publicação divulgada.

Embora as relações entre pessoas do mesmo sexo tenham sido descriminalizadas no Reino Unido em 1967, só em 1991 é que o MI6 pôs um fim à proibição de agentes LGBT.

“Por causa dessa política […] pessoas leais e patrióticas viram os seus sonhos de servir o seu país no MI6 destruídos”, disse Moore, citado pelo The Telegraph.

Nas entrevistas de verificação de segurança para funcionários do MI6 ainda são questionadas as preferências sexuais. No entanto, estas informações são apenas usadas para entender melhor os relacionamentos íntimos do indivíduo, assegura o jornal britânico.

Especialistas em segurança reconhecem que as práticas sexuais não têm mais o potencial de chantagem nos países ocidentais que tinham no passado.

O mais conhecido caso de um agente afetado pela proibição de espiões gays foi o caso de Alan Turing. O matemático britânico é amplamente considerado o pai da ciência da computação teórica e da Inteligência Artificial. Foi responsável pela criação da Máquina de Turing, um modelo abstrato de um computador.

Turing também se envolveu na construção de máquinas físicas para quebrar os códigos secretos das comunicações alemãs durante a Segunda Guerra Mundial. Estima-se que o seu trabalho encurtou a guerra na Europa em mais de dois anos e salvou mais de 14 milhões de vidas.

Apesar disso, Turing nunca foi totalmente reconhecido em seu país de origem durante sua vida por ser homossexual. Acabaria por cometer suicídio em 1954 e apenas recebeu um perdão real em 2009.

A sua história é retratada no filme “O Jogo da Imitação”, de 2014, que recebeu o Óscar para Melhor Guião Adaptado e foi indicado para o Óscar de Melhor Filme. Alan Turing é interpretado pelo ator Benedict Cumberbatch, que esteve nomeado para o Óscar de Melhor Ator.

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Pintura de Van Gogh de Paris nunca antes vista exibida pela primeira vez !

Uma pintura de Vincent Van Gogh de uma rua de Paris foi exposta pela primeira vez depois de passar mais de 100 anos “escondida” pelos seus proprietários.

Uma cena de rua em Montmartre, em Paris, pertenceu a uma família francesa a maior parte do tempo desde que foi pintada em 1887.

No passado, foram feitas pequenas reproduções, geralmente em preto e branco. “O que é empolgante é que é uma pintura de Van Gogh que está escondida desde que saiu do cavalete do artista”, disse Martin Bailey, especialista em Van Gogh, em declarações à BBC. “Sempre esteve em coleções particulares, por isso apenas os proprietários e os seus amigos conheciam-na”.

“É um quadro interessante porque é uma obra de transição entre os anos holandeses de Van Gogh, quando pintava em cores escuras e terrosas, e as obras exuberantes que fez na Provença. Foi em Paris que descobriu os impressionistas e isso levou-o a explorar a cor”, explicou Bailey. Esta é “a primeira vez que podemos vê-la corretamente”.

Montmartre ainda era semi-rural quando a cena foi pintada. Um moinho de vento destaca-se por trás de alguns moradores locais. A famosa igreja Sacré-Cœur que agora domina a área ainda estava em construção na época.

Este quadro é apenas um de uma série de obras que Van Gogh criou enquanto se hospedou com o seu irmão Theo em 1886 e 1887 a uma curta distância da rua retratada na pintura.

A pintura será exibida nas casas de leilão da Sotheby’s em Paris, Amesterdão e Hong Kong antes da sua venda em 25 de março. “O aparecimento no mercado de uma obra deste calibre, e de uma série tão icónica, é sem dúvida um grande evento”, disse a Sotheby’s.

A Sotheby’s estima que o quadro pode chegar a oito milhões de euros quando for vendido em leilão no próximo mês.

Segundo Bailey, o preço estimado de cinco a oito milhões de euros reflete o facto de que as pinturas do artista em Paris não alcançam as “megassomas” das suas pinturas da Provença,. “Mas até que o martelo desça, obviamente nunca se sabe o que vai acontecer num leilão. Agora há um grande interesse em Van Gogh no Extremo Oriente, por isso o mercado de Van Gogh é verdadeiramente global”, rematou.

Van Gogh trocou Paris pelo sul da França em 1888, dizendo que estava cansado do ritmo frenético da vida parisiense. No sul, o artista cortou parte da sua orelha esquerda durante um episódio de doença mental. Mais tarde, suicidou-se, disparando um revólver contra o seu peito perto de Paris em julho de 1890.

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Imagens mostram construção de instalação nuclear secreta em Israel !

Está a ser construída uma instalação nuclear secreta em Israel, diz a Associated Press depois de analisar imagens de satélite. Os trabalhos estão a decorrer a poucos metros do antigo reator do Centro de Pesquisa Nuclear Shimon Peres, no deserto de Negev, perto da cidade de Dimona.

A escavação, que tem as dimensões de um campo de futebol e provavelmente vários pisos de profundidade, pode vir a abrigar vários laboratórios subterrâneos que reprocessam as hastes do reator para obter plutónio para o programa nuclear israelita. Outras imagens do Planet Labs sugerem que a obra começou no início de 2019 e tem progredido lentamente desde então.

Segundo a Associated Press, a finalização da infraestrutura ainda não é percetível.

Questionado pela agência de notícias sobre as obras que estão a decorrer, o Governo israelita não respondeu às perguntas.

Tendo em conta a sua política de ambiguidade nuclear, Israel nunca ratificou ou negou possuir armas atómicas. É apenas um dos quatro países que não assinaram o Tratado de Não Proliferação Nuclear – um acordo internacional que tem como objetivo travar a posse de armas nucleares.

Como avança o The Times of Israel, ainda não está claro qual é o objetivo desta construção, mas há especialistas que fazem algumas especulações. “Acredito que o governo israelita esteja preocupado em preservar e manter as atuais capacidades nucleares do país”, disse Avner Cohen, professor no Instituto Middlebury, à AP.

Sob a alçada do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Israel mantém as críticas ao programa nuclear iraniano, que, ao contrário do seu, é monitorizado por inspetores das Nações Unidas. Por esta razão, os especialistas voltaram a exigir que o país apresentasse publicamente os detalhes do seu programa.

“Cabe ao governo israelita falar sobre o que está a fazer nesta central secreta de armas nucleares”, disse Daryl G. Kimball, diretor executivo da Associação de Controlo de Armas com sede em Washington.

Com a ajuda de França, Israel iniciou a construção secreta da instalação nuclear no final da década de 1950 no deserto desabitado perto de Dimona, a 90 quilómetros de Jerusalém. Durante anos, o país ocultou o propósito militar do local dos Estados Unidos, agora seu principal aliado, chegando a alegar que se tratava de uma fábrica de tecidos.

Acredita-se que Israel seja um dos nove países do mundo que possuem armas nucleares, mas dado ao sigilo das operações, ainda não está claro quantas armas possui. Contudo, vários analistas estimam que o país tenha material suficiente para pelo menos 80 bombas.

https://zap.aeiou.pt/imagens-instalacao-nuclear-israel-383511


OMS quer isenção de direitos de propriedade intelectual para vacinas !

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reclamou, esta sexta-feira, o uso de “todas as ferramentas” para aumentar a produção de vacinas contra a covid-19, incluindo a transferência de tecnologia e a isenção de direitos de propriedade intelectual.


“Agora é o momento de usar todas as ferramentas para aumentar a produção, incluindo licenciamento, transferência de tecnologia e isenções de propriedade intelectual. Se não é agora, quando?”, questionou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na videoconferência de imprensa regular sobre a pandemia da covid-19, transmitida a partir da sede da organização, em Genebra.

Tedros Adhanom Ghebreyesus pediu que o Conselho de Segurança da ONU, enquanto “órgão influente”, tome “medidas concretas”, como “fazer com que a isenção de propriedade intelectual possa ser aplicada” para aumentar a produção de vacinas e a taxa de vacinação.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou esta sexta-feira, por unanimidade, uma resolução do Reino Unido a exigir equidade no acesso às vacinas contra a covid-19, segundo fontes diplomáticas citadas pela agência noticiosa francesa AFP.

O dirigente da OMS, agência da ONU, registou com apreço o voto, mas considera que o órgão, que tem capacidade para adotar decisões obrigatórias para todos os Estados-Membros das Nações Unidas, pode fazer mais, “se houver vontade política”, nomeadamente acionar a cláusula de isenção prevista no acordo internacional dos direitos de propriedade intelectual relacionados com o comércio (conhecido pela sigla TRIPS).

“Se esta cláusula não pode ser invocada agora, quando é que será?”, questionou, apontando uma “séria resistência” a esta medida, quando a pandemia da covid-19 “não tem precedentes” e um novo coronavírus “fez o mundo refém”.

De acordo com Tedros Adhanom Ghebreyesus, “todos os Governos têm o dever de proteger os seus cidadãos, mas a melhor forma de fazê-lo é suprimir o vírus em todos os lugares ao mesmo tempo”.

O diretor-geral da OMS voltou a criticar os acordos feitos entre “alguns países”, os mais ricos, e as farmacêuticas, que “minam” o mecanismo de distribuição universal e equitativa de vacinas contra a covid-19, o Covax, e “privam” os profissionais de saúde e os idosos, os mais vulneráveis à infeção, de serem imunizados, em particular nos países mais pobres.

“Tivemos progresso, mas esse progresso é ainda frágil”, realçou, reportando que apenas dois países, o Gana e a Costa do Marfim, receberem doses através do Covax, coliderado pela OMS. “Temos de acelerar a distribuição de vacinas”, apelou, recordando que a meta da OMS é de que a vacinação chegue a todos os países nos primeiros 100 dias de 2021.

Esta semana, o secretário-geral da ONU, António Guterres, já tinha lembrado que “apenas dez países administraram mais de 75% de todas as vacinas” e, ao mesmo tempo, “mais de 130 países ainda não receberam uma única dose“.

https://zap.aeiou.pt/oms-isencao-propriedade-intelectual-383955

 

sábado, 27 de fevereiro de 2021

Em acto generoso de bondade, britânico enviava dinheiro a residentes de uma cidade britânica !

Os habitantes de Frome, no Reino Unido, estão constantemente à espera do correio, depois de ter sido revelado que um homem misterioso estava a entregar dinheiro nas casas dos residentes locais.


A polícia da cidade inglesa de Frome informou, na semana passada, que estava a tentar identificar a pessoa que estava a enviar dinheiro e cartas a residentes locais.

De acordo com a nota das autoridades, partilhada no Facebook no dia 21 de fevereiro, a pessoa distribui os envelopes através das ranhuras para a correspondência que as casas britânicas costumam ter nas portas. “Estamos dispostos a falar com este homem e a determinar o raciocínio por trás deste ato”, lê-se.

As autoridades pediram às pessoas que entrassem em contacto com a polícia, através de telefone ou e-mail, caso “tivessem alguma informação sobre este homem” ou passassem por “algo semelhante”.

De acordo com o Russia Today, esta quarta-feira, as autoridades revelaram que conseguiram encontrar o doador anónimo.

“Na sexta-feira, dia 19 de fevereiro, fomos contactados por uma residente de Frome que recebeu dinheiro de um estranho através da sua caixa de correio e uma carta que não esperava e que não foi especificamente endereçada a ela”, informaram.

Preocupados com o facto de o dinheiro ter sido entregue indevidamente, as autoridades policiais perguntaram a quem pertencia. O indivíduo apresentou-se e explicou que as suas ações são “um ato generoso de bondade“.

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Estudante projetou um casaco que se transforma num saco-cama para os sem-abrigo, e deu-lhes um emprego !

Nos Estados Unidos, há pelo menos 567.715 pessoas que vivem nas ruas. Embora há quem vire as costas a essas estas, também há quem esteja disposto a fazer tudo para ajudar os necessitados e tirá-los do ciclo vicioso da pobreza.

Veronika Scott é uma dessas pessoas, conta o Interesting Engineering. Durante o seu tempo como estudante de desenho industrial no Detroit’s College, a jovem teve uma ideia que ajudou milhares de sem-abrigo.

O tema do seu projeto era projetar algo que “preenchesse uma necessidade” em Detroit, por isso Scott escolheu ajudar as pessoas que viviam nas ruas. Depois de trabalhar com as pessoas no abrigo local para sem-abrigo e tentar entender as suas maiores necessidades, a estudante criou um casaco inovador e resistente às condições climáticas intensas que pode ser transformado num saco-cama ou usado como uma carteira de ombro.

Scott continuou a trabalhar com a comunidade sem-abrigo para aprimorar o design e a qualidade após o término do ano letivo. O casaco EMPWR, feito com produtos de alta qualidade, é produzido com tecido reciclado de empresas como GM e Patagonia. Quando usados, devem durar várias temporadas.

Porém, o projeto não terminou com o casaco. Scott não percebeu o verdadeiro potencial do projeto até que uma sem-abrigo a ter abordado e dito que não queria um casaco, mas sim um emprego.

Esse foi um ponto de viragem. Scott começou a contratar e treinar mulheres sem-abrigo para fabricar os casacos e passou a dirigir uma organização sem fins lucrativos chamada Empowerment Plan.

Fundada em 2011, a organização criou um impacto económico significativo ao empregar membros da comunidade marginalizados para produzir os bens com um grande propósito. A organização do Empowerment Plan criou 90 empregos, impactou 275 crianças e distribuiu 50 mil casacos para manter os desabrigados aquecidos, servindo como um trampolim para sair da pobreza e chegar a um estado de estabilidade financeira.

Ser sem-abrigo cria um ciclo vicioso de pobreza do qual dificilmente se pode escapar. Conseguir um emprego e mantê-lo pode tornar-se um grande desafio que alimenta ainda mais o ciclo.

O modelo de emprego de 2 anos da organização permitiu que aqueles que trabalham lá saíssem do abrigo nas primeiras quatro a seus semanas. “Ninguém voltou a ficar sem-abrigo depois de ser contratado”, lê-se no site da organização.

Agora, 10 anos após a sua fundação, a organização está a crescer. Enquanto as ondas de frio atingem os Estados Unidos, Scott está prestes a embarcar numa jornada de oito cidades para entregar 700 casacos, de acordo com a Fox 2 Detroit.

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Deputado norte-americano quer banir GTA 5 e outros jogos violentos - Tudo para diminuir roubos de carros !

O deputado norte-americano Marcus Evans quer proibir a venda de videojogos violentos que promovam atividades criminosas, como o GTA 5, face ao aumento dos roubos de automóveis em Chicago e um pouco por todo o país.


Marcus Evans entregou recentemente um projeto para alterar a lei de modo proibir a venda de videojogos que representem “dano psicológico”, incluindo “roubo de veículos motorizados com um motorista ou passageiro presente”. O objetivo é diminuir a criminalidade principalmente em Chicago, a cidade mais populosa do estado do Illinois.

O autor da emenda, Marcus C. Evans Jr., é um político do Partido Democrata que quer alterar uma lei do código criminal de 2012 que regula a venda de jogos violentos para menores de idade. Além de proibir o comércio de jogos violentos para pessoas de todas as idades, a emenda altera a própria definição de jogo violento.

A nova terminologia, explica o Chicago Sun Times, defende que um determinado videojogo se enquadra nesse quesito quando “permite a um utilizador ou jogador controlar um personagem dentro do videojogo que é encorajado a perpetuar violência, na qual o jogador mata ou causa sérios danos físicos ou psicológicos a outro ser humano ou animal”.

A definição de “dano físico grave” da lei anterior também seria alterada para incluir “dano psicológico e abuso infantil, abuso sexual, abuso de animais, violência doméstica, violência contra a mulher, roubo de veículos motorizados com um motorista ou passageiro presente”.

A intenção o deputado é fazer frente ao aumento de roubos de automóveis na cidade. “O projeto proibiria a venda de alguns desses jogos que promovem as atividades que estamos a sofrer na nossa comunidade”, disse o político em declarações ao jornal norte-americano.

Marcus Evans cita o caso do GTA V, que, segundo o deputado, está a contribuir para a promoção deste tipo de crimes.

No entanto, a proposta deverá enfrentar bastante resistência, já que, em 2012, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos determinou que a Califórnia não poderia banir a venda de videojogos para menores porque vai contra a “liberdade de expressão”.

https://zap.aeiou.pt/deputado-banir-gta-5-jogos-violentos-383562

 

“Ditador egoísta e despótico” - Margaret Tatcher comparou Saddam Hussein a Hitler após ataque ao Kuwait !

Documentos do início da Guerra do Golfo revelam que a antiga primeira-ministra britânica Margaret Thatcher comparou Saddam Hussein a Adolf Hitler após a invasão do Kuwait pelo ditador iraquiano.


De acordo com os documentos anteriormente confidenciais do início da Guerra do Golfo, citados pelo jornal britânico The Independent, a primeira-ministra conservadora e o seu secretário de relações exteriores concordaram em privado que Saddam Hussein estava “a comportar-se como Hitler” em 1990, após o ataque militar ao Kuwait.

Trinta anos depois da Operação Tempestade no Deserto, encerrada há 30 anos, os documentos, que foram divulgados pela primeira vez em 2017, destacam como a primeira-ministra britânica via Hussein: um “ditador egoísta e despótico” que entrou numa “guerra psicológica”.

O ataque ao Kuwait foi recebido com condenação internacional e o Conselho de Segurança da ONU impôs sanções económicas imediatas ao Iraque.

A invasão de Hussein levou à Guerra do Golfo, através da qual uma coligação liderada pelos Estados Unidos libertou o Kuwait em 1991.

A secretária particular de Downing Street, Caroline Slocock, enviou um memorando ao assessor do Ministério das Relações Exteriores, Simon Gass, em 19 de agosto de 1990, detalhando como Thatcher e Douglas Hurd tinham falado sobre o desenvolvimento da situação militar durante uma conversa privada na noite anterior.

“Tanto a primeiro-ministra como o secretário de relações exteriores concordaram que agora parecia altamente provável que estrangeiros seriam detidos em instalações importantes. Saddam Hussein estava a comportar-se como Hitler e a usar uma guerra psicológica. O seu objetivo pode muito bem ser provocar uma ação hostil. A primeiro-ministra enfatizou a importância do Reino Unido estudar cuidadosamente as suas táticas de guerra psicológica e responder de forma adequada”, lia-se no memorando de Slocock.

A nota também revelou que ambos descreveram Hussein como “um ditador egoísta e despótico”, referindo-se à guerra de oito anos entre Irão e o Iraque, na qual centenas de milhares de pessoas morreram.

Arquivos que antecederam a Guerra do Golfo também revelaram que o ministro das Relações Exteriores aconselhou Thatcher a não lançar uma campanha de propaganda contra Hussein, uma vez que a tática levaria a perguntas sobre por que o Reino Unido havia vendido armas ao Iraque apesar das atrocidades cometidas durante o seu reinado.

“Quanto mais o Governo alardeia as atrocidades de Saddam, mais surge a pergunta: porque fez negócios com ele durante tanto tempo?“, escreveu William Waldegrave, ministro das Relações Exteriores.

Os documento, mantidos nos Arquivos Nacionais em Kew, mostram ainda que Thatcher e o seu sucessor, John Major, discutiram a Guerra do Golfo no final daquele ano. Major escreveu uma carta à primeira-ministra um mês após o início do seu mandato, dizendo que “gostaria de partilhar consigo o sentimento prevalecente no Golfo”.

A primeiro-ministra respondeu, dizendo que “não tinha dúvidas” de que as ações do ditador iraquiano eram “imperdoáveis” e que o Reino Unido “não se deveria esquivar” do conflito.

A carta de Major também mostrou que acreditava que não remover os militares iraquianos do Kuwait daria “prestígio a Saddam Hussein; perigo para outros pequenos países; um perigo maior vindo de Saddam numa data posterior; e uma enorme perda de prestígio para nós e para nós”, sublinhando que “nenhum destes perigos é atraente”.

Registos mostram que os dois líderes conservadores encontraram-se no início de janeiro de 1991, pouco antes do início do combate na Operação Tempestade no Deserto, para discutir a situação. A guerra contra o Iraque incluiu uma coligação de 35 nações – a maior aliança militar desde a II Guerra Mundial.

https://zap.aeiou.pt/documentos-revelam-que-tatcher-comparou-saddam-hussein-a-hitler-apos-ataque-do-iraque-ao-kuwait-383474

 

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