As artistas femininas, incluindo Beyonce e Taylor Swift,
tiveram uma noite de recordes nos prémios Grammy 2021, um espetáculo
repleto de música ao vivo, mas com muito distanciamento social devido à
pandemia da covid-19.
Este domingo, quatro mulheres ganharam os quatro prémios mais importantes dos Grammy: Taylor Swift, Billie Eilish, H.E.R e Meghan Thee Stallion.
Swift tornou-se na primeira intérprete feminina a ganhar o Álbum do
Ano por três vezes. Nesta edição, venceu a categoria com o álbum
“Folclore”.
Billie Eilish ganhou o galardão Gravação do Ano com “Everything I Wanted”, repetindo a vitória de 2020 na mesma categoria.
“I Can’t Breathe” (“Não consigo respirar”) de H.E.R. levou para casa o
prémio de Canção de Ano, um tema inspirado pelos protestos no verão
passado, nos Estados Unidos, na sequência da morte do afro-americano
George Floyd.
O título remete para a frase que Floyd, sufocado por um polícia
durante oito minutos, pronunciou antes de morrer e que se transformou em
palavra de ordem contra o racismo e a brutalidade policial.
“Somos a mudança que queremos ver e essa luta que tivemos no verão de 2020 deve continuar”, disse a artista ao receber o prémio.
Meghan Thee Stallion recebeu o Grammy de Revelação do Ano, sendo a
primeira artista de rap a triunfar nesta categoria desde Lauryn Hill em
1999.
Beyonce, com a 28.ª vitória, tornou-se a mulher mais
premiada na história dos Grammy. Desta vez, a cantora norte-americana
conquistou o prémio de Melhor Vídeo Musical com “Brown Skin Girl”.
Harry Styles, que abriu a noite com o êxito “Watermelon Sugar”, ganhou o Grammy para Melhor Performance Solo Pop.
Britanny Howard, anteriormente conhecida com a banda Alabama Shakes,
ganhou o Grammy de Melhor Música Rock, enquanto Fiona Apple levou para
casa dois prémios pelo álbum “Fetch The Bolt Cutters”.
Numa categoria de rock onde artistas femininas voltaram a estar em
voga, The Strokes conseguiu ganhar o Melhor Álbum de Rock com “The New
Abnormal”.
O veterano do rap Nas conquistou, e depois de 14 nomeações, o primeiro Grammy para Melhor Álbum de Rap.
A estrela nigeriana Burna Boy ganhou na categoria Música do Mundo,
enquanto Kanye West conquistou o 22.º Grammy, não na categoria rap que o
tornou famoso, mas com o álbum evangélico “Jesus Is King”, votado
Melhor Álbum de Música Cristã Contemporânea.
Entre os nomeados havia três portugueses na corrida:
a cantora Maria Mendes na categoria de Melhores Arranjos, Instrumentais
e Vocais, e o produtor André Allen Anjos na categoria Melhor Gravação
Remisturada, enquanto o DJ e produtor Holly produziu oito temas de um
álbum na categoria de Melhor Álbum de Dança/Eletrónica.
Os conservadores alemães (centro-direita) sofreram, este
domingo, uma pesada derrota em duas eleições estaduais cruciais no oeste
do país, seis meses antes das eleições legislativas.
Afetada pelos efeitos de um escândalo financeiro, a União Democrática Cristã (CDU) obteve apenas 23% dos votos
em Baden-Wurttemberg (contra 27% há cinco anos), enquanto na
Renânia-Palatinado conseguiu entre 25,5% a 26%, contra 31,8% em 2016,
segundo avançam as televisões ARD e ZDF, citadas pela agência noticiosa
AP.
Segundo as sondagens, os Verdes venceram em Baden-Württemberg, com
31,5% dos votos, e os sociais-democratas (SPD) fizeram-no na Renânia
Palatinado, com 33,5%.
As votações deste domingo para as novas legislaturas estaduais nos
Estados de Baden-Wuerttemberg e Renânia-Palatinado, no sudoeste do país,
deram início a uma maratona eleitoral que culmina nas eleições legislativas marcadas para 26 de setembro. A votação nacional determinará quem irá suceder a Angela Merkel.
Os maus resultados dos conservadores, do partido da chanceler alemã,
podem estar relacionados com o descontentamento causado pelo início
lento da campanha de vacinação contra a covid-19 na Alemanha, com as
restrições impostas devido à propagação do vírus e com a nova subida de
casos positivos, a par de um recente escândalo financeiro devido a alegações de que dois políticos no poder lucraram em negócios para adquirir máscaras no início da pandemia.
Wolfgang Schaeuble, o presidente do Parlamento alemão e um
peso-pesado da CDU, procurou minimizar o resultado, argumentando que as
personalidades dos governadores foram “o fator decisivo” nas eleições.
“Esta não é uma boa noite para a CDU, mas era previsível“, justificou Schaeuble.
Em Baden-Wuerttemberg, o único governador dos Verdes da Alemanha,
Winfried Kretschmann, tornou-se popular entre os eleitores do centro em
10 anos, ao governar uma região que abriga as empresas automóveis
Daimler e Porsche.
A região foi dominada por muito tempo pela CDU até que Kretschmann
ganhou energia logo após o desastre do reator de Fukushima no Japão em
2011, que acelerou o fim da energia nuclear na Alemanha.
Kretschmann, de 72 anos, uma figura paternal com uma imagem
conservadora, aparece em cartazes eleitorais dos verdes com o slogan “Tu
sabes quem eu sou”. Este foi um slogan que Merkel usou uma vez num
debate pré-eleitoral para enfatizar a sua própria ideologia e a
confiança do eleitorado.
O sucesso dos Verdes indica ser um sinal de esperança
para a campanha eleitoral das legislativas, na qual o tradicional
partido ambientalista de esquerda deverá fazer sua primeira candidatura à
chancelaria.
Merkel não está à procura de um quinto mandato, após quase 16 anos no
poder. Os sociais-democratas de centro-esquerda lideraram a
Renânia-Palatinado durante 30 anos – atualmente sob o governo da
governadora Malu Dreyer – cuja popularidade pessoal manteve o apoio de
seu partido acima de sua sombria votação nacional.
Trata-se de um momento difícil para o novo líder da CDU, Armin Laschet, que enfrenta o seu primeiro grande teste desde que foi eleito em janeiro, enquanto a centro-direita pondera quem deve concorrer para substituir Merkel como chanceler da Alemanha.
Mais de mil pessoas juntaram-se no sábado para homenagear
Sarah Everard, que foi assassinada. A Polícia Metropolitana de Londres
está a ser fortemente criticada pela sua intervenção na vigília.
Sarah Everard, de 33 anos, tinha ido visitar alguns
amigos a Clapham, no sul de Londres, e resolveu voltar para casa em
Brixton, a cerca de 50 minutos a pé. Mas não voltou a ser vista com
vida.
A londrina desapareceu por volta das 21h30 do dia 3 de março e,
depois de várias buscas policiais, o corpo acabou por ser encontrado num
bosque a meio do seu caminho. Na terça-feira, foi detido um agente
policial membro da unidade responsável pela segurança de representações
diplomáticas e políticos.
Inicialmente suspeito de rapto, Wayne Couzens, de 48 anos, foi também acusado de homicídio.
O caso tem abalado fortemente o Reino Unido. No sábado à noite,
realizou-se uma vigília em memória de Sarah Everard, em Clapham Common.
Segundo o Público,
a Polícia Metropolitana de Londres está a ser criticada pela sua
intervenção na manifestação que juntou mais de mil pessoas, sobretudo
mulheres, no sudoeste da capital britânica.
A vigília acabou em confrontos e pelo menos quatro pessoas foram detidas por violação das restrições impostas pelo Governo britânico no âmbito do combate à covid-19.
De acordo com o diário, os manifestantes denunciaram a intervenção lenta das autoridades no caso e a falta de segurança que muitas mulheres sentem quando caminham sozinhas pelas ruas da cidade ao final do dia.
Os ânimos acabaram por se exaltar, com a vigília a terminar em
confrontos e detenções. Uma imagem de uma mulher algemada no chão foi
divulgada nas redes sociais por vários dirigentes políticos e civis,
acompanhada por denúncias sobre a utilização de força excessiva por parte das autoridades.
“É óbvio que não nos queríamos ter posto numa posição em que seria
necessária a nossa intervenção. Mas fomos colocados nessa posição por
causa da necessidade predominante de proteger a segurança das pessoas”,
disse Helen Ball, comissária-adjunta da Polícia Metropolitana de
Londres, em comunicado.
Priti Patel, ministra do Interior britânica, pediu uma investigação independente
à forma como a Polícia Metropolitana de Londres lidou com a vigília do
último sábado. Sadiq Khan, presidente da Câmara de Londres, exigiu ainda
uma “explicação urgente” da chefe daquela força policial, Cressida
Dick.
A BBC avança que a chefe da Polícia, Cressida Dick, já anunciou que não tenciona renunciar ao cargo. Tanto Priti Patel como o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, mantêm a confiança na comissária.
“Com razão, segundo o que posso ver, a minha equipa sentiu que a
vigília se tinha transformado numa reunião ilegal de risco considerável
para a saúde das pessoas”, disse Cressida Dick. “Não me parece que
alguém que não esteve na operação possa realmente comentar o que é certo
ou errado.”
A guerra na Síria, que entra no seu 11.º ano esta
segunda-feira, causou pelo menos 388.652 mortos, indicou no domingo o
Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) num novo balanço do
conflito.
Segundo a organização não-governamental sediada no Reino Unido, perto
de 117.388 civis, incluindo mais de 22 mil crianças, morreram desde o
início do conflito em 2011. A ONG precisa ainda que os ataques do regime sírio e aliados são responsáveis pela maioria das mortes de civis.
O anterior balanço do OSDH, divulgado em dezembro de 2020, dava conta de mais de 387 mil mortos desde o início da guerra.
Os combates diminuíram em 2020 devido a um cessar-fogo no noroeste da Síria e à pandemia do novo coronavírus
e, segundo o diretor da ONG, Rami Abdel Rahmane, registou-se o menor
aumento anual no número de mortes desde o início do conflito.
Desencadeada em março de 2011 com a repressão por Damasco de
manifestações pró-democracia, a guerra na Síria envolve atualmente uma
multitude de beligerantes e potências estrangeiras.
O observatório inclui naquele total pelo menos 16 mil mortes nas
prisões governamentais e centros de detenção que estão documentadas,
embora estime que o total de mortos sob custódia tenha ascendido a cerca de 88 mil.
De acordo com o balanço, as tropas sírias registaram 68.308 baixas e
os grupos e milícias leais a Damasco perderam 52.568 dos seus elementos,
enquanto os rebeldes e islamitas que se lhes opõem contam 54.779
mortos.
Ao nível dos jihadistas, o OSDH precisa que o grupo extremista Estado
Islâmico, que entre 2014 e 2019 geriu um “califado” na Síria e no
Iraque, perdeu 40.515 dos seus combatentes e que o Hayat Tahrir al-Sham, ex-ramo sírio da Al-Qaida, registou 27.744 baixas.
Damasco controla atualmente mais de 60% do território sírio após uma
série de vitórias desde 2015 graças ao apoio do aliado russo.
Entre as zonas que continuam a escapar ao controlo do regime de Bashar al-Assad encontram-se o último grande bastião rebelde na província de Idlib,
no noroeste da Síria e sobretudo nas mãos do Hayat Tahrir al-Sham,
setores controlados pela Turquia ao longo da fronteira norte e partes do
nordeste a cargo de forças curdas.
Em relação a estas, o OSDH indica que perderam 12.878 pessoas desde o início da guerra.
O observatório lembra ainda que o conflito obrigou mais de metade da população que existia na Síria antes da guerra a fugir — 6,2 milhões de pessoas estão deslocadas no país e 5,6 milhões refugiadas no estrangeiro -, bem como que cerca de 200 mil desaparecidas.
“Quero viver em qualquer país menos na Síria”
Segundo a UNICEF, citada pelo jornal Público, quase 90% das crianças na Síria
precisam de assistência humanitária, mais 20% do que há um ano. Dentro
da Síria, 2,45 milhões não vão à escola, enquanto nos países vizinhos
são 750 mil crianças as que não conseguem estudar.
Na Síria, “o número de relatos de crianças vítimas de sofrimento psicológico duplicou em 2020”.
A organização não-governamental Save the Children falou com
1.900 crianças sírias na Síria, Turquia, Líbano, Jordânia e nos Países
Baixos para o relatório “Em qualquer lugar menos na Síria – Como dez
anos de conflito deixaram as crianças sírias sem se sentir em casa”.
Nas entrevistas, as crianças, falam “das suas lutas diárias para se sentirem seguras e em casa onde estão”, “de tentar reclamar as suas infâncias e os seus futuros
enquanto encontram inúmeros obstáculos, incluindo discriminação
generalizada, perda de influência nas suas próprias vidas e medo de um
regresso forçado”, resumiu Inger Ashing, presidente executiva da ONG.
Uma delas é Lara (nome fictício), de sete anos, cuja família fugiu de casa, em Maarat al-Numan, Idlib, há três anos. “Quero viver em qualquer país menos na Síria, onde for seguro e haja escolas e brinquedos”, disse. “Aqui, o som dos cães assusta-me e a tenda não é segura”.
Quando lhe disseram que iam fugir, Lara pôs os brinquedos numa mala
que decidiu não voltar abrir. Para já, não quer voltar a casa, mas
acredita que isso mudará. “Não vou desistir e vou sonhar em ir para casa para poder abrir o meu saco de brinquedos e brincar com Jasmim, o meu urso de peluche”.
Entre as crianças refugiadas, 86% não quer regressar à Síria. Entre as que vivem na Síria, uma em cada três quer estar noutro lugar.
Numa altura em que as polacas lutam contra a proibição quase
total do aborto no país, vários alunos estão a ser recompensados por
fazerem trabalhos artísticos pró-vida.
De acordo com a Vice Media,
a competição nacional, chamada “Ajuda a Salvar a Vida dos Indefesos” em
Português, tem sido conduzida por uma organização pró-vida nas últimas
duas décadas, mas este ano, pela primeira vez, os alunos estão a receber pontos extra nos boletins escolares pela sua participação.
O concurso convida os jovens, com idades entre os 10 e os 18 anos, a
explorar a sua criatividade literária, artística e musical na produção
de trabalhos que abordem “questões bioéticas”, incluindo “a contraceção,
o aborto, a fertilização in vitro e a eutanásia”.
No site da Associação Polaca dos Defensores da Vida Humana, que
organiza a competição, é possível ver alguns dos vários trabalhos
recebidos, como desenhos com as frases “por favor, não me deixes morrer”
e “aborto é assassinato”.
Nem todas as regiões da Polónia aderiram ao concurso. Segundo esta
empresa de media, a iniciativa está a ter mais força no sul do país. O
Conselho Educativo da Pequena Polónia, região onde está localizada a
cidade de Cracóvia, foi a primeira a reconhecer o concurso como uma
atividade extra-curricular para os alunos conseguirem mais pontos.
Depois, outras estruturas educativas de cidades como Lublin, Katowice e
Białystok seguiram-lhe o exemplo.
Ativistas consideram que este é um sinal muito claro e preocupante de
quão extremo se está a tornar o debate sobre o aborto na Polónia.
“As crianças devem aprender factos científicos, não uma ideologia religiosa assente na lavagem cerebral. É uma campanha ofensiva, dirigida pela Igreja polaca e apoiada pelo Governo”, disse Kacper Holda, vice-presidente da Esquerda Jovem, citado pela Vice.
Recorde-se que, em janeiro, entrou em vigor
no país uma lei que torna praticamente impossível interromper
voluntariamente a gravidez. Com a nova legislação, o aborto só é
permitido em casos de violação, incesto ou quando a vida da mãe estiver
em perigo, o que afasta este país extremamente católico da generalidade
da Europa nesta matéria.
Malgorzata Nogalska, diretora de uma escola secundária, foi uma das
polacas que participou nos protestos contra a nova lei, tendo também
partilhado mensagens de apoio ao movimento nas redes sociais.
A polaca acabou por ser denunciada ao conselho educativo,
controlado por apoiantes do partido no poder, por supostamente instigar
a violência entre os seus alunos e está agora a ser investigada por uma
comissão disciplinar de professores.
“Podem punir-me com uma repreensão, podem demitir-me e, em último
caso, podem até impedir-me de ser novamente professora. Sim, é uma
situação muito stressante e que está a ter impacto na minha saúde e na
minha vida”, lamentou.
E, segundo a Vice, o caso de Nogalska não é exceção. Iwona
Ochaka, diretora de uma escola primária e professora de Polaco, foi
fotografada e filmada num dos protestos e também acabou por ser
denunciada ao conselho educativo. Mas esta polaca está pronta para ir à
luta.
“A repressão das autoridades só reforçou a minha convicção
de que minhas ações pelos direitos das mulheres foram as corretas”,
afirmou ao mesmo site, acrescentando que, nas escolas polacas, “há
censura sobre tudo o que é físico ou relacionado com a sexualidade”.
E não são só os professores que são alvo desta repressão. Em algumas
escolas, os alunos foram proibidos de usar o símbolo dos protestos nos
seus perfis online e, como resultado, alguns foram mesmo afastados das
aulas à distância.
Maciej Rauhut, de 14 anos, partilhou um post no Facebook sobre uma
manifestação que iria acontecer na sua cidade. Horas depois, dois
polícias apareceram à porta de sua casa e acusaram-no de organizar um protesto ilegal.
O jovem foi ameaçado com uma pena de quatro anos num centro de
detenção de menores e outros quatro numa prisão, mas o caso foi
amplamente divulgado pelos meios de comunicação social e as acusações
acabaram por ser retiradas.
“Para a minha mãe, toda esta situação com a polícia foi muito
complicada. Ela chegou mesmo a pensar que eu ia ser privado da minha
liberdade. (…) O meu único pensamento foi que estamos a viver num regime
totalitário.”
Segundo dados divulgados pelo Governo chinês na semana
passada, há mais cerca de 15 milhões de jovens a morar sozinhos do que
em 2018, perfazendo um total de 29 milhões.
Segundo um inquérito feito pelo jornal chinês Dazhong, houve um aumento no número de solteiros a optar pela “vida de ninho vazio”. Cerca de 41% dos inquiridos citaram como principal motivo “escolher ativamente ser solteiro e cansar-se de complicações românticas inúteis”. Outros 38% disseram que escolheram ser um “jovem do ninho vazio” porque “fugiam das responsabilidades de constituir família”.
Enquanto isso, 13% dos entrevistados disseram que foram forçados a viver sozinhos devido à “vida e às pressões económicas”, enquanto cerca de 7% disseram que eram “incapazes de encontrar o amor verdadeiro”.
Estes jovens chineses são chamados de jovens do “ninho vazio”,
vivendo sozinhos e sem procurar relacionamentos românticos, casar ou ter
filhos. Segundo o Insider, este assunto tornou-se viral na rede social chinesa Weibo, onde onde 2,9 milhões de pessoas leram e opinaram sobre o tema.
A tendência levou Hu Wei, membro do Comité Nacional
da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), a sugerir no
Congresso Nacional do Povo deste ano, a conferência política anual da
China, que os departamentos políticos deveriam prestar mais atenção às “questões de casamento e amor dos jovens do ninho vazio”, fornecendo-lhes “serviços relacionados com a sua saúde física e mental.”
Outra preocupação que surgiu prendeu-se com a possibilidade de este fenómeno poder af
etar a taxa de natalidade da China, de acordo com a People.
De acordo com o Global Times, segundo Hu, altos preços das casas e dos alugueres afastam os jovens solteiros de se relacionarem e se casarem, especialmente nas grandes cidades da China.
Assim, Hu propôs fornecer políticas preferenciais de hipotecas e
subsídios de compra para jovens solteiros na compra de casas, bem como
fornecer aluguer público de longo prazo para aqueles que não conseguem
pagar para comprar casas.
O que pensam os jovens chineses?
O que pensam os jovens chineses sobre o fenómeno da “juventude do ninho vazio”? Há pontos de vista divergentes.
“Com tantas aplicações de namoro, não há razão para ser solteiro.
Ou é muito baixo, muito feio ou completamente falido. Pense na sua
família e na vergonha de ter um filho que não consegue encontrar um
esposa”, escreveu HuTaoPuTao, um utilizador do Weibo de 28 anos que
mora em Pequim.
Contudo, outros pensam que, quer tenha escolhido a vida do “ninho
vazio” a vida do “ninho vazio” o tenha escolhido a si, deve-se deixar
que as pessoas vivam como quiserem.
“Por que preciso do fardo de uma esposa e um filho quando estou feliz sozinho?“, interrogou YouyouZi, de 33 anos, que vive em Nanjing. “Não me sinto uma vergonha. Vivemos num novo mundo agora.”
“É o século XIX. Trabalho muito, jogo muito e tenho muito dinheiro”,
escreveu WuXi, de Xangai. “Se quiser viver e morrer sozinha como uma
mulher que sobrou com 20 gatos, não é da conta de ninguém”.
“Ser solteiro e viver sozinho não é um pecado mortal.
Se fosse, 92 milhões de nós iremos para o inferno”, rematou Baobao, uma
mulher de 29 anos que se declara “solteira para sempre”.
Em 1983, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos
(CIA) escreveu um relatório bizarro que alegava que um estado alterado
da consciência humana era capaz de transcender o espaço e o tempo. O
documento, agora desclassificado, ressurgiu nas redes sociais.
Intitulado Análise e Avaliação do Processo de Portal, o documento de 29 páginas foi desclassificado em 2003 e, segundo o IFL Sicence,
o relatório podia fazer parte de uma investigação mais ampla da CIA que
visava descobrir se os conceitos de controlo da mente e hipnose poderia
ser usados nos esforços de espionagem da Guerra Fria.
Desde a neurociência à mecânica quântica, o documento aborda
investigação da CIA sobre a ideia de induzir uma experiência
extracorpórea profunda que poderia, possivelmente, entrar em sintonia
com algum tipo de reino superior.
“A experiência Gateway é um sistema de treino projetado para
trazer maior força, foco e coerência à amplitude e frequência da saída
das ondas cerebrais entre os hemisférios esquerdo e direito, de modo a
alterar a consciência, movendo-a para fora da esfera física para
finalmente escapar até mesmo das restrições de tempo e espaço”, lê-se no
relatório.
A técnica, chamada Gateway Process, é
baseada em ideias desenvolvidas pelo Monroe Institute, uma organização
sem fins lucrativos focada na exploração da consciência humana.
De acordo com a teoria, certos exercícios podem permitir que o
cérebro “hemi-sincronize”, isto é, as ondas cerebrais nos hemisférios
direito e esquerdo sincronizam na mesma frequência e amplitude. O hemi-sync pode ser alcançado com a ajuda de um conjunto de exercícios semelhantes à meditação enquanto se ouve as ondas sonoras Gateway Tapes.
Assim que o hemi-sync é alcançado, o fenómeno pode
desencadear um estado alterado de consciência segundo o qual a vibração
da consciência de uma pessoa está livre da realidade física,
sintonizando-se neste campo de energia pura.
O relatório defende que pode ser possível a consciência humana alterar o Universo,
uma vez que a realidade é uma projeção holográfica, ou seja, a parte
codifica o todo. Desta forma, tudo está interligado segundo uma matriz
de vibrações de energia interconectadas, desde a consciência até às
profundezas do Universo.
O portal escreve que não se trata de um documento científico, mas
alguns leitores aprofundaram esta ideia e tomaram-na como uma prova da lei da atração:
a filosofia que defende que pensamentos positivos atraem resultados
positivos, enquanto pensamentos negativos trazem resultados negativos.
O médico brasileiro Miguel Nicolelis avisou este domingo que o
Brasil constitui um celeiro de novas estirpes do vírus SARS-CoV-2,
causador da covid-19, e poderá produzir um novo vírus se a doença não
for controlada, um ‘SARS-CoV-3’.
“O Brasil virou o foco, o epicentro da pandemia neste momento uma vez
que nos Estados Unidos houve uma queda de mais de um terço dos óbitos
(..) O Brasil é o foco [da doença] no mundo”, afirmou à agência Lusa o
neurocientista, que liderou por onze meses um grupo de especialistas
responsáveis por orientar um consórcio de governadores no nordeste do
país para o combate à pandemia.
Médico e neurocientista, Miguel Nicolelis é também professor da
Universidade de Duke, nos Estados Unidos, e já esteve numa lista dos
maiores cientistas do mundo, realizada pela revista Scientific American.
À Lusa, Nicolelis afirmou que a nova estirpe registada no país,
conhecida como variante brasileira ou amazónica, é mais transmissível
e, embora ainda não existam dados confiáveis sobre sua letalidade, ou
seja, não há certeza se ela é ou não mais mortal do que outras variantes
do SARS-CoV-2 em circulação no país, é um sinal de alerta já que uma
transmissão pode provocar o surgimento de um novo tipo de coronavírus.
“O perigo é que nós estamos dando chance para o coronavírus, aqui no
Brasil, se replicar e [infetar] entre 70 mil e 80 mil pessoas por dia e,
isto, gera um número incrível de mutações no vírus. Isto pode dar
origem a novas variantes e inclusive, no limite, a mistura do material
genético de diferentes variantes pode gerar um novo vírus, um
SARS-Cov-3”.
Nicolelis salientou que o aparecimento de um novo vírus ainda é uma
possibilidade teórica, mas há uma probabilidade biológica de que este
cenário se concretize. Dados divulgados pelo Imperial College de Londres
em 5 de março indicam que a taxa de transmissão da covid-19 no Brasil
estava em 1,1.
“Estamos criando um reservatório gigantesco de pessoas infetadas gravemente.
Estamos criando [novas estirpes], como esta variante amazónica. É muito
provável que nós tenhamos outras variantes surgindo no Brasil, como
esta ocorrendo nos Estados Unidos”, afirmou. “Quando você tem um
reservatório humano muito grande de um vírus e o vírus se multiplica
demais é inevitável que ocorram mutações por acidente na replicação do
vírus. Nós estamos dando para a biologia [o vírus] o que ela necessita
para gerar mutações e variantes”, acrescentou.
O Brasil registou uma média acima de 60 mil nos últimos 14 dias,
segundo dados do Ministério da Saúde. Mais de 11,2 milhões de pessoas já
foram diagnosticadas com a doença desde que houve a confirmação do
primeiro caso em território brasileiro, em 26 de fevereiro de 2020.
Também foram registadas oficialmente mais de 275 mil mortes provocadas
pela doença.
Nicolelis também explicou que a taxa de crescimento e replicação do vírus muda
constantemente, mas usando os valores médios dos últimos 14 dias para
fazer uma estimativa, uma curva de crescimento de casos e óbitos, é
possível prever que o Brasil vá superar a marca de 500 mil mortes por
covid-19 em julho.
“No caso [do Brasil] o valor está tão alto, há um crescimento ainda
exponencial, que é possível fazer uma aritmética simples. Estamos com
mais de 270 mil óbitos, se fizer [um cálculo] com 2 mil óbitos em média
por dia, nos próximos 90 dias, haverá 180 mil óbitos. Em três meses
batemos 450 mil óbitos. Se houver um colapso completo vai morrer gente e
[muitos] nem vão chegar ao hospital”, explicou.
“Se usar uma média de 2 mil a 3 mil [mortes diárias] chega nos quinhentos mil óbitos em 90 dias a partir do final de março. Três meses, entre abril até julho, não tem muito segredo, é aritmética”, avisou.
Viajar para outras estrelas é um sonho para muitos, mas os
sistemas estelares estão tão distantes que, com a ajuda dos voos
espaciais convencionais, seriam necessárias dezenas de milhares de anos
para lá chegar – mesmo até ao mais próximo.
Na física convencional, de acordo com as teorias da relatividade de
Albert Einstein, não há uma forma de alcançar ou exceder a velocidade da
luz, mas isso não impediu os físicos de tentar quebrar este limite
universal de velocidade.
Viajar para estrelas distantes requer um meio de propulsão mais rápido do que a luz.
Até ao momento, todas as pesquisas sobre transporte superluminal
baseadas na teoria da relatividade geral exigiriam grandes quantidades
de partículas hipotéticas e estados da matéria com propriedades físicas
“exóticas”, como densidade de energia negativa.
Este tipo de matéria não existe nem pode ser fabricado em quantidades viáveis.
Uma nova investigação, levada a cabo por uma equipa de cientistas da
Universidade de Göttingen, na Alemanha, contornou este problema.
O artigo científico, publicado no dia 9 de março na Classical and Quantum Gravity, baseia-se na construção de uma nova classe de “solitões” hiper-rápidos a partir de fontes com energias positivas, capazes de permitir uma viagem a qualquer velocidade.
Segundo o EurekAlert,
Erik Lentz, principal autor do estudo, analisou algumas pesquisas sobre
o tema e descobriu lacunas em estudos anteriores sobre a “dobra
espacial”. O investigador chegou à conclusão de que há configurações da
curvatura do espaço-tempo, organizadas em “solitões”, que ainda não
foram exploradas – e são fisicamente viáveis.
Um solitão – também conhecido, neste contexto, como “bolha de dobra” –
é uma onda compacta que mantém a sua forma e se move a uma velocidade
constante.
O cientista derivou as equações de Einstein para configurações de
solitão inexploradas e descobriu que as geometrias espaço-temporais
alteradas poderiam ser formadas de uma forma que funciona mesmo com fontes de energia convencionais.
Este novo método usa a própria estrutura de espaço-tempo encontrada
num só solitão para proporcionar uma solução para viagens a velocidades
mais rápidas do que a velocidade da luz. A solução precisaria apenas de fontes com densidades de energia positivas.
Se pudesse ser gerada a energia suficiente, as equações usadas permitiriam realizar viagens espaciais de ida e volta até à Proxima Centauri, a estrela mais próxima da Terra, em alguns anos, em vez de décadas ou milénios.
Os solitões também foram configurados para conter uma região com
forças de maré mínimas. Desta forma, a passagem do tempo dentro de um
solitão coincidiria com o tempoexterno: um ambiente ideal para uma nave espacial.
Isto significa que não haveria as complicações com o chamado
“paradoxo dos gémeos”, em que um gémeo a viajar perto da velocidade da
luz envelheceria muito mais lentamente do que o outro gémeo que ficou na
Terra. Na verdade, de acordo com as equações recentes, ambos teriam a mesma idade quando se reunissem.
“Este trabalho afastou o problema da viagem mais rápida do que a luz da pesquisa teórica em física fundamental e aproximou-se da engenharia.
A próxima etapa é descobrir como reduzir a quantidade astronómica de
energia necessária”, disse Lentz. Depois disso, “podemos falar sobre a
construção dos primeiros protótipos”.
Os caçadores de tesouros Dennis e Kem Parada alertaram o FBI
sobre o que acreditavam ser uma horda de ouro roubado de 1863. Depois,
alegaram, o FBI expulsou-os da busca.
E-mails recém-descobertos revelaram que o FBI está envolvido numa
misteriosa escavação de anos em busca de ouro da época da Guerra Civil
na Pensilvânia. Além disso, segundo a Associated Press, a agência pode ter enganado as pessoas que o encontraram primeiro.
Reza a lenda que ouro foi supostamente escondido em Dent’s Run,
que era uma comunidade não incorporada a 217 quilómetros a nordeste de
Pittsburgh. Segundo a história, em 1863, um carregamento de ouro foi
roubado e enterrado ali enquanto era transportado para a Casa da Moeda
dos Estados Unidos, em Filadélfia.
Como coproprietários do equipamento local de caça ao tesouro Finders Keepers,
Dennis e Kem Parada passaram anos à procura desse tesouro, que hoje
vale centenas de milhões de dólares. Em janeiro de 2018, pensaram ter
encontrado ouro quando o seu detetor de metais disparou em Dent’s Run. Imediatamente, levaram as suas evidências ao FBI.
O que se seguiu foi, segundo o All That’s Interesting, uma montanha-russa de supostas fraudes, meias-verdades e escavações sombrias na calada da noite. De acordo com a Time, ambos acreditam que há uma conspiração do Governo para ficar com o ouro.
Dennis e Kem afirmam que, primeiro, conduziram o FBI ao local em Dent’s Run
onde acreditavam ter encontrado ouro em 13 de março de 2018. Depois, a
agência contratou uma empresa de consultoria geofísica, a Enviroscan, para analisar o topo de uma colina em particular com um gravímetro.
Esse dispositivo não só indicava que havia, de facto, uma grande massa de metal enterrada, mas também que esse pedaço metálico tinha exatamente a mesma densidade do ouro.
Warren Getler, um autor cujo trabalho trata
especificamente da lenda do ouro enterrado da era da Guerra Civil,
trabalhou ao lado dos caçadores de tesouro e do FBI para confirmar a
descoberta. Quanto questionou um agente sobre o tamanho da massa, este
respondeu simplesmente: “sete a nove toneladas” – o que poderia
equivaler a centenas de milhões de dólares.
Segundo Dennis e Kem, foi a partir daí que uma série de incidentes se
começou a desenrolar. Os caçadores alegaram que fizeram um acordo com o
FBI e Getler para supervisionar a escavação, mas que a agência rapidamente os confinou no seu carro enquanto a maior parte do projeto era concluída.
O FBI permitiu que vissem o local ao final do último dia de escavação, mas tudo o que viram foi um buraco no chão.
O FBI alegou que não encontraram nada, mas Dennis e Kem pensam de forma
diferente. Os caçadores de tesouros ficaram desconfiados depois de
souberam que os locais ouviram uma retroescavadora em Dent’s Runna calada da noite após o término da escavação de 2018.
Outros relataram ter visto uma fila intimidante de carros do FBI e
vários camiões blindados na área. No entanto, quando os residentes
pressionaram aagência por informações sobre as suas atividades, não
obtiveram respostas.
Durante três anos, o FBI afirmou publicamente que estava simplesmente
envolvido numa escavação autorizada pelo tribunal de “um local de
património cultural. Porém, agora, e-mails sugerem que podem estar a esconder informações.
O que dizem os e-mails?
No ano passado, Dennis e Kem processaram o FBI para obter acesso aos
seus e-mails sobre a escavação. Num deles, marcado como “Confidencial”,
um advogado assistente escreveu: “Acreditamos que (…) tem cerca de três
por cinco por oito [pés] a cinco por cinco por oito [pés].”
Como a escavação foi realizada em terras do estado, o FBI foi
legalmente obrigado a obter uma ordem do tribunal federal para escavar o
local. Esse processo burocrático resultou numa série de e-mails entre o advogado assistente e o advogado-chefe do Departamento de Conservação e Recursos Naturais da Pensilvânia.
Num e-mail de 13 de março, o dia em que os agentes do FBI seguiram os
caçadores de tesouros até ao local, o advogado-chefe perguntou: “Pode
fornecer a base sobre a qual o Gabinete do Procurador dos Estados Unidos
afirma que o ouro, se encontrado, pertence ao governo federal?”. A
procuradora-geral assistente respondeu que preferia “discutir isso com
você ao telefone”.
Em 16 de março, o advogado assistente sugeriu que algo foi, de facto, recuperado.
“Estamos todos desapontados e a coçar a cabeça com os vários
resultados de testes científicos”, escreveu. Não é claro o que quis
dizer, mas o Gabinete do Procurador dos Estados Unidos na Filadélfia
disse que considera o assunto encerrado.
“Apenas para o seu conhecimento… não temos nenhuma outra evidência científica, além daquilo em que a escavação foi baseada, de que algum ouro está escondido naquela área”, escreveu a assistente.
“Suponho que não possa vir e afirmar que não há ouro para ser encontrado em Dent’s Run?”, respondeu o advogado-chefe. “Infelizmente, não podemos”, rematou.
Quando os caçadores pressionaram o Tribunal da Commonwealth para
obter mais informações, o juiz Kevin Brobson negou o pedido, afirmando
que o caso estava encerrado. No entanto, na sua resposta, revelou o nome
suspeito dos arquivos ultrassecretos: “Em matéria de: apreensão de uma ou mais toneladas de ouro dos Estados Unidos.”
Dennis, Kem e Getler acreditam que as quase 2.400 páginas e vídeos
mantidos pelo FBI contêm evidências contundentes de um encobrimento.
“Tenho de descobrir o que aconteceu com todo aquele ouro”, concluiu
Dennis Parada.
Um fabricante de móveis chinês chegou às manchetes esta
semana depois de começar a vender estátuas de “Donald Trump budista”,
gerando uma série de cópias concorrentes.
Donald Trump não é conhecido pelo comportamento calmo, mas isso não
impediu um fabricante de móveis empreendedor na China de lançar uma
estátua do ex-presidente dos Estados Unidos numa pose associada ao Buda,
conta o jornal britânico The Guardian.
A estátua do “Trump Budista” foi publicada na plataforma de comércio eletrónico chinesa Taobao. A versão pequena, que mede 1,6 metros de altura, custa 999 yuans (equivalente a 128 euros), enquanto a versão maior, com 4,6 metros de altura, está disponível por 3.999 yuans (515 euros).
A estátua, com as mãos de Trump cruzadas no colo, polegares para fora, é uma pose da arte budista que significa “meditação” e “contemplação”.
O jornal estatal chinês Global Times
foi o primeiro a escrever sobre o produto e falou com o vendedor, com
sede em Xiamen, na província de Fujian, que está a promover a estátua
com o slogan “Make your company great again” (“Torne a sua empresa ótima novamente!”)
O vendedor disse que já tinha vendido “dezenas” das 100 estátuas fabricadas até agora.
Um comprador disse ao mesmo jornal chinês que comprou a estátua como um lembrete de não ser “demasiado Trump”.
Trump – cujo nome pode ser traduzido em duas grafias diferentes em
chinês (特朗普 para Tèlǎngpǔ ou 川普 para Chuānpǔ) é a cara de várias peças
de merchandising no Taobao, onde os utilizadores podem comprar máscaras, modelos, pequenas estátuas, chapéus e meias.
Segundo a Newsweek, vários negócios no Taobao estão agora a vender estátuas idênticas.
A Taobao, de propriedade da Alibaba, tem vendas anuais que superam as vendas combinadas de e-commerce de todas as empresas norte-americanas. Em 2016, mais de mil milhões de produtos estavam disponíveis no site.
Não é a primeira vez que o ex-presidente dos Estados Unidos é
representado numa pose de Buda. Um Trump laranja impresso em 3D está disponível no site de artesanato Etsy.
O governo chinês teve uma relação complexa com a administração Trump. Após um acordo comercial de primeira fase, começaram as divergências
sobre o tratamento inicial do covid-19 por Pequim, que afundaram os
laços bilaterais para o ponto mais baixo de todos os tempos.
A criptomoeda Bitcoin cruzou este sábado pela primeira vez
na sua história a marca de 60.000 dólares norte-americanos (cerca de
50.195 euros), impulsionada, segundo os analistas, pelo plano de
estímulo da economia dos EUA.
De acordo com o ‘site’ especializado CoinMarketCap, a criptomoeda
subiu para 60.197 dólares americanos (50.360,40 euros) às 12:34 GMT
(mesma hora em Lisboa) e continuava a oscilar à volta deste limite
simbólico no início da tarde de hoje.
Nos últimos tempos, a Bitcoin tem constantemente batido recordes e triplicou de valor nos últimos três meses, já que valia apenas cerca de 20.000 dólares em dezembro.
Nos últimos dias, o valor da Bitcoin subiu “porque os investidores
esperam a chegada iminente de cheques” aos consumidores
norte-americanos, segundo o planeado no pacote de estímulo à economia
dos Estados Unidos, explicou, na sexta-feira, numa nota, o analista Neil
Wilson, da Markets.com.
Os norte-americanos devem receber este fim de semana os primeiros cheques e transferências, no valor de 1.400 dólares por pessoa,
previstos no plano de 1,9 biliões de dólares (cerca de 1,6 biliões de
euros) do Presidente Joe Biden, aprovado pelo Congresso na quarta-feira e
promulgado na quinta-feira.
“Os cheques do estímulo norte-americano permitirão que pequenos
investidores coloquem parte dos seus fundos em Bitcoin”, considerou
Naeem Aslam, analista da AvaTrade, que disse esperar que a progressão da
criptomoeda continue, “dado que comprar Bitcoins ficou agora muito mais
fácil”.
No entanto, o crescimento exponencial da criptomoeda preocupa alguns observadores do mercado, que não descartam uma correção brusca ou mesmo a explosão de uma bolha.
Alguns desconfiam da volatilidade do mercado de Bitcoin, outros
acreditam que a situação é muito diferente da de 2017, quando os valores
subiram ainda com mais vigor, antes de caírem, no início de 2018.
À semelhança do que está a acontecer com fundos de investimento e
algumas empresas, como a Tesla (que investiu 1,5 mil milhões de dólares
em criptomoeda), muitos particulares estão a investir em frações de Bitcoins, aproveitando as muitas plataformas que surgiram nos últimos anos.
A Apple anunciou esta quarta-feira os seus planos de
continuar a fazer crescer as suas raízes na Alemanha, com um grande foco
numa nova instalação em Munique, que se concentrará em 5G e futuras
tecnologias sem fios.
De acordo com o Interesting Engineering,
centenas de novos funcionários da Apple juntar-se-ão às fileiras da
empresa nas suas instalações em Munique, cidade escolhida para ser o European Silicon Design Center.
A cidade já é o maior centro de engenharia da Apple na Europa,
com cerca de 1.500 engenheiros de 40 países empregados, trabalhando em
áreas como projeto de gestão de energia, processadores de aplicações e
tecnologias sem fios.
A expansão de Munique, bem como o investimento extra em P&D, custará à Apple mais de mil milhões de euros apenas nos próximos três anos.
“Não poderia estar mais animado com tudo que as nossas equipas de
engenharia de Munique irão descobrir – desde explorar as novas
fronteiras da tecnologia 5G até uma nova geração de tecnologias que
trazem potência, velocidade e ligação para o mundo”, disse Tim Cook, CEO da Apple, em comunicado.
“Munique tem sido um lar para a Apple há quatro décadas e estamos
gratos por esta comunidade e à Alemanha por fazer parte da nossa
jornada”.
A instalação atual da Apple na Alemanha, o Bavarian Design Centre, foi inaugurada em 2015 e já emprega mais de 350 engenheiros. Essas equipas concentraram-se principalmente no projeto de gestão de energia e desempenharam um papel vital nos esforços da empresa para fornecer vários chips de unidade de gestão de energia.
Além disso, graças aos seus esforços, essas equipas criaram silício personalizado, melhorando muito a eficiência e o desempenho do iPhone, iPad, Apple Watch e Mac graças ao chip M1.
Desde então, a Apple aumentou as suas instalações em toda a Alemanha e, atualmente, cerca de metade da equipa de design de gestão de energia global da Apple está localizada no país.
A próxima instalação de 30 mil metros quadrados de Munique vai
localizar-se onde a unidade em expansão da Apple está sediada, bem como o
maior site de P&D da Europa para semicondutores e software móvel
sem fios.
Como acontece com todos os escritórios globais da Apple, as instalações de Munique funcionarão inteiramente com energia renovável.
O plano é começar a mudar-se para as novas instalações no final de 2022.
Los Angeles, nos Estados Unidos, inaugurou, em fevereiro, a
primeira “vila” que oferece habitação temporária aos sem-abrigo da
cidade.
De acordo com a agência Associated Press,
esta pequena vila, localizada no bairro de North Hollywood, foi
desenvolvida e financiada pela autarquia como parte de uma resposta de
emergência para fazer face ao aumento de sem-abrigo.
Os dados mais recentes mostram que, em 2020, mais de 66 mil pessoas
viviam nas ruas do condado de Los Angeles, mais 12% em relação ao ano
anterior. Uma situação que foi agravada pela pandemia da covid-19, já
que os abrigos se viram obrigados a reduzir a sua capacidade para
conseguir manter o distanciamento social.
O vereador Paul Kerkorian, cujo distrito inclui North Hollywood,
explicou que as autoridades decidiram avançar com o projeto num terreno
abandonado em frente a um parque da cidade, onde várias pessoas dormiam.
A vila recentemente inaugurada é composta por 39 casas pré-fabricadas,
com seis metros quadrados, e também oferece serviços de aconselhamento
relacionados com saúde mental, assistência jurídica e procura por um
emprego.
“Aqui, as pessoas podem começar a traçar um caminho para deixar de ser sem-abrigo”, afirmou à AP Ken Craft, CEO da Hope of the Valley, organização sem fins lucrativos que gere esta iniciativa, que teve um custo total de cerca de cinco milhões de dólares, mais de 4,2 milhões de euros.
Amy Skinner, que vivia na rua há três anos, é uma das primeiras
moradoras desta vila, juntamente com o seu namorado, John Golka, e o seu
cão, Smalls. “Poder trancar a porta e ter um lugar para dormir é incrível. Aliás, só conseguir dormir é incrível! É tão difícil fazê-lo na rua”, contou à mesma agência a norte-americana, de 48 anos.
Segundo a Associated Press, a Hope of the Valley
está a construir mais duas vilas deste género no mesmo bairro de LA,
incluindo uma que terá 100 casas, ou seja, será a maior da Califórnia. O
futuro passa por alargar a ideia a outros bairros da cidade.
O frasco da primeira vacina administrada nos Estados Unidos,
em dezembro do ano passado, vai ser exposta no Museu Nacional de
História Americana, em Washington.
Quando em dezembro do ano passado, Sandra Lindsay, enfermeira em Nova Iorque, se tornou a primeira pessoa nos Estados Unidos a receber a primeira dose da vacina contra a covid-19, fez-se história.
Agora, conta o site Live Science,
o frasco desta primeira vacina foi adquirido pelo Museu Nacional de
História Americana, localizado na capital, Washington, onde deverá ser
integrado numa exposição já no próximo ano.
Em comunicado, o museu de história norte-americano anunciou que, para além do frasco vazio da vacina da Pfizer-BioNTech,
também farão parte da coleção outros objetos como, por exemplo, o
boletim de vacinas, a bata e o crachá de identificação desta enfermeira.
Estes elementos foram doados pela Northwell Health, o sistema de
saúde do estado de Nova Iorque onde Lindsay trabalha, que também
ofereceu outros objetos relacionados com as primeiras doses da vacina,
como os materiais especiais de remessa necessários para a manter em
temperaturas muito baixas.
“Estes artefactos, agora históricos, documentam não só este notável progresso científico, mas também representam a esperança oferecida a milhões
de pessoas que estão a viver durante estas crises provocadas pela
covid-19″, disse Anthea M. Hartig, diretora do museu, na mesma nota.
De acordo com o mesmo site, desde abril de 2020 que o museu está a
recolher objetos para documentar a pandemia e os seus consequentes
efeitos na sociedade. O objetivo será apresentar, em 2022, uma exposição
intitulada “In Sickness and in Health” (“Na Saúde e na Doença”
em Português), que apresentará objetos relacionados com os esforços do
país para controlar e curar certas doenças, como a covid-19 e a varíola.
O Seabreacher não é um golfinho, mas mistura a aparência do animal marinho com um caça a jato de alta performance.
O submarino pessoal inspirado em golfinhos, chamado Seabreacher,
vai fazê-lo sentir saudades do verão. A embarcação de dois lugares e
semissubmersível foi projetada por Rob Innes e Dan Piazza, uma dupla de
engenheiros que fundou a empresa Innespace, Inc.
Segundo o Interesting Engineering, existem três modelos diferentes que combinam a aparência do mamífero marinho com um caça a jato de alto desempenho: o modelo Z inspirado nos golfinhos, o modelo X inspirado nos tubarões e o modelo Y inspirado nas baleias assassinas.
Este submarino de recreio pode navegar, submergir e até dar saltos para fora de água. É fácil de operar em águas calmas e não necessita de uma licença nos Estados Unidos.
Ao contrário das embarcações convencionais que operam apenas num plano bidimensional, o Seabreacher
opera como uma aeronave com três eixos completos, o que permite que a
embarcação se incline para a esquerda e para a direita, salte, mergulhe e
corte as ondas.
O dossel de acrílico e as portas de visão subaquática oferecem ao piloto e ao passageiro uma visão de quase 360 graus enquanto “voam” pela água, de acordo com a EuroNews.
O modelo inspirado no golfinho, por exemplo, vem com um motor
sobrealimentado de 218 cavalos, enquanto os outros modelos têm o motor
sobrealimentado de quase 264 cavalos.
Os detalhes também compõem este veículo. É o caso da câmara montada em snorkel que transmite vídeo ao vivo para telas de LCD durante os mergulhos; navegação GPS; e um sistema stereo a bordo com dock para iPod. De acordo com o site da empresa, um Seabreacher irá variar de 80 mil a 100 mil dólares (67 e 84 mil euros).