Sete pessoas morreram no Reino Unido de coágulos sanguíneos
após receberem a vacina anti-covid-19 da AstraZeneca, mas as autoridades
de saúde britânicas reforçam que os riscos são “muito pequenos” e
aconselham a população a vacinar-se.
Num comunicado enviado à agência France-Presse, a Agência Reguladora
de Medicamentos e Cuidados de Saúde do Reino Unido (MHRA) diz que sete pessoas morreram de coágulos sanguíneos, num total de 30 casos identificados até agora.
Na sexta-feira, a MHRA anunciara ter identificado 30 casos de coágulos sanguíneos raros entre os 18,1 milhões de pessoas vacinadas com esse preparado até o final de março.
O órgão regulador da saúde destacou que os riscos associados a esses coágulos são “muito pequenos” e que a população deve continuar a aceitar a vacina quando ela lhes é oferecida pelos serviços de saúde.
Dos 30 incidentes, 22 correspondem a tromboses venosas cerebrais
(TVC) e os restantes oito estão relacionados com plaquetas baixas.
Segundo a MHRA, sete destas pessoas vacinadas morreram e estão a
decorrer investigações para apurar a relação das mortes com a vacina da
AstraZeneca.
A diretora da MHRA, June Raine, diz no comunicado que nenhum caso semelhante foi sinalizado para a vacina da Pfizer/BioNTech.
“As vantagens da vacina da AstraZeneca para prevenir a infeção com covid-19 e as suas complicações continuam a ser largamente superiores aos riscos e o público deve continuar a receber a vacina”, disse ainda Raine.
Além da vacina da Astrazeneca, o Reino Unido está a usar também o
preparado da Pfizer. Até ao momento, mais de 30 milhões de pessoas já
receberam pelo menos a primeira das duas doses de uma dessas vacinas.
O aparecimento de casos de coágulos sanguíneos e mortes de pessoas
inoculadas com este fármaco levou a maioria dos países europeus,
incluindo Portugal, a suspender por uns dias a administração desta vacina, situação ultrapassada após a garantia da EMA de que é “segura e eficaz”.
Ainda assim, alguns países, como a Noruega, mantêm a suspensão e
outros, como a Alemanha, limitam a vacinação com esta vacina a maiores
de 60 anos.
Em Portugal, estima-se que a primeira fase de vacinação esteja concluída a 11 de abril, altura em que mais de um milhão de portugueses estarão vacinados.
Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas na UE: Pfizer/BioNTech
(Comirnaty), Moderna, Vaxzevria e Janssen (grupo Johnson & Johnson,
que estará em distribuição em abril).
Mais de 30 organizações da sociedade portuguesa e da Igreja
Católica lançaram um apelo conjunto em favor do “envio urgente de ajuda
humanitária” para Cabo Delgado, no norte de Moçambique, denunciando uma
“catástrofe”.
“A população de Cabo Delgado, em Moçambique, está a viver, desde há
quatro anos, violentos ataques, que já fizeram mais de 700 mil
deslocados internos, numa catástrofehumana sem precedentes na região”, lê-se no comunicado citado pelo agência Ecclesia.
Os signatários do apelo pedem ao “Governo Português, à União Europeia
e às Nações Unidas” que mobilizem esforços para enviar “com urgência
ajuda humanitária para a região de Cabo Delgado”.
Mais de 9.000 pessoas fugiram da Vila de Palma, no
norte de Moçambique, desde o ataque de grupos jihadistas, no dia 24 de
março, relatou o gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de
Assuntos Humanitários (OCHA).
“Pelo menos 9.158 pessoas — 45 por cento das quais crianças
— chegaram aos distritos de Nangade, Mueda, Montepuez e Pemba, de
acordo com a última atualização da Organização Mundial para as
Migrações”, afirma o OCHA, em comunicado divulgado hoje.
Os ataques terroristas sobre as populações no norte de Moçambique já
tinham, antes do ataque a Palma, obrigado quase 670.000 pessoas a fugir,
contando-se entre elas 160.000 mulheres e adolescentes, 19.000 das
quais grávidas. Das pessoas que fugiram de Palma, 67 por cento
conseguiram ficar com famílias de acolhimento, que receberam os
deslocados em casa.
O OCHA salienta que “a situação continua volátil e
milhares de pessoas estão em movimento em busca de segurança e
assistência”, no distrito de Palma, depois de o movimento terrorista
Estado Islâmico ter reivindicado, na segunda-feira passada, o controlo
da vila de Palma, junto à fronteira com a Tanzânia.
Em Pemba, capital da província de Cabo Delgado, foi montado um centro
de receção no porto e um centro de triagem num pavilhão desportivo. Os
trabalhadores humanitários estão a distribuir alimentos aos deslocados, a
montar instalações sanitárias e a encaminhar as pessoas que precisam de
cuidados médicos mais urgentes.
Na terça-feira, o porta-voz do OCHA, Jens Laerke, disse à agência Lusa que a situação em Palma é “um horror absoluto infligido contra civis por um grupo armado não estatal”.
“Fizeram coisas horríveis e continuam a fazê-las”, disse o responsável,
frisando que os ataques continuarão a levar milhares de pessoas a
fugir.
O OCHA afirma que há milhares de pessoas ainda a caminhar pela
floresta para chegarem a locais seguros, e refere que um número ainda
desconhecido de deslocados está em Quitunda, 15 quilómetros a sul de
Palma.
O líder do Podemos e candidato da formação às próximas
eleições da Comunidade de Madrid, Pablo Iglesias, denunciou na rede
social “Twitter” um ataque “da extrema-direita”, com material explosivo,
a uma sede do partido.
Na sua publicação, na qual incorpora um vídeo do evento, Iglesias denuncia o ataque da extrema-direita, com material explosivo, este sábado, a uma sede do Podemos.
“O terrorismo de rua dos ultras não vai intimidar-nos. Contra os violentos e seus branqueadores: democracia, liberdade de expressão e justiça social”, acrescenta Iglesias.
O porta-voz do Podemos no Congresso de Deputados, Pablo Echenique,
especificou noutra publicação na mesma rede social que o ataque ocorreu
na sede do Podemos em Cartagena, na região de Múrcia, no sul de Espanha.
“É a consequência natural da normalização do discurso de ódio
no parlamento e em alguns meios de comunicação. Nos Estados Unidos, o
terrorismo de extrema-direita é muito comum e teve a mesma evolução”,
afirma na sua publicação o porta-voz do Podemos.
O edifício do Capitólio, em Washington, foi hoje fechado
devido a uma “ameaça de segurança” depois de um carro ter invadido a
entrada principal para o edifício e atropelado dois polícias, avançou a
polícia. Um dos agentes da polícia morreu.
Um agente da polícia morreu esta sexta-feira, e outro ficou ferido, depois terem sido atropelados por um veículo junto ao Capitólio,
em Washington, menos de três meses depois de o edifício da Congresso
norte-americano ter sido invadido por uma multidão de extremistas,
informou a polícia.
“Um dos nossos agentes sucumbiu aos seus
ferimentos”, disse Yogananda Pittman, diretora interina da polícia do
Capitólio, em conferência de imprensa. Pittman confirmou que o suspeito também foi declarado morto após o ataque, que, segundo as autoridades policiais, citadas pela AFP, não parece ter sido um ato de terrorismo.
No Twitter, a polícia do Capitólio avançou inicialmente que o
suspeito tinha sido detido e que os dois polícias estavam feridos. “Os
três foram transportados para o hospital”, lê-se na publicação.
O incidente ocorreu às 13h02 locais, altura em que o suspeito
atropelou os dois agentes que vigiavam a barreira norte do Capitólio,
informou a diretora interina da polícia do Capitólio.
O suspeito saiu então do carro com uma faca na mão e não respondeu às advertências verbais feitas pelos agentes no local, após o que os policiais dispararam.
O condutor do carro, que ainda chegou a ser transportado ao hospital
com vida, morreu na sequência dos disparos das forças de segurança,
anunciaram vários órgãos de comunicação social norte-americanos.
As autoridades não consideram para já o incidente como um ato relacionado com terrorismo, e informaram que não há uma “ameaça em curso“.
O evento “não parece ser relacionado com terrorismo,
mas temos que continuar investigando para ver se há algum vínculo deste
tipo”, disse à imprensa Robert Contee, chefe da polícia do Distrito de
Columbia, onde fica a capital americana.
“Precisamos de entender a motivação por trás deste ato sem sentido”, acrescentou.
Imagens da televisão mostraram um carro azul a embater na barreira de
segurança de uma das ruas que leva ao Congresso dos Estados Unidos, e
duas pessoas em macas, que aparentam ser os policias feridos.
Após o incidente, o Capitólio e os edifícios adjacentes foram fechados, e os acessos ao local cortados.
Este incidente segue-se ao violento ataque ao edifício do Capitólio,
a 6 de janeiro, por apoiantes de Donald Trump que pretendiam
interromper a oficialização da vitória do seu adversário, Joe Biden, nas
eleições presidenciais de novembro passado.
O grupo pretendia impedir a oficialização dos resultados eleitorais,
depois de o ex-presidente republicano ter alegado recorrentemente, sem
apresentar provas concretas, que teria havido fraude nas eleições.
Cinco pessoas morreram nos incidentes de janeiro,
incluindo um agente da policia do Capitólio. Desde então, as autoridades
ergueram uma barreira e fecharam um amplo perímetro em volta do
Capitólio, mas nos últimos dias tinham começado a reduzir a área cercada
e a abrir o tráfego.
O congressista Peter Meijer pediu ao Twitter orações pelos policiais
do Capitólio e pelo pessoal de emergência no local. “Estamos a tentar
entender a situação que está a desenvolveer-se no Capitólio agora”,
disse o deputado.
Após o atropelamento, um grande contingente de agentes da Guarda Nacional e veículos militares foram mobilizados para o local.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, prometeu hoje ao
homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante uma conversa telefónica,
um “inabalável” apoio dos Estados Unidos à soberania da Ucrânia.
“O Presidente Biden afirmou o apoio inabalável dos Estados Unidos à soberania
e integridade territorial da Ucrânia face à agressão da Rússia em
Donbass e Crimea”, de acordo com a transcrição da Casa Branca.
Durante a conversa telefónica, Joe Biden afirmou
também a sua vontade de “revitalizar” a “parceria estratégica” entre a
Ucrânia e os Estados Unidos, assegurando que as reformas implementadas
pelo Presidente Volodymyr Zelensky contra a corrupção eram “cruciais para as aspirações euro-atlânticas da Ucrânia”.
O Presidente ucraniano, por seu lado, saudou “a parceria crucial” com Washington, através de uma mensagem na rede no Twitter.
Na quinta-feira, a Ucrânia acusou a Rússia de acumular milhares de
tropas nas fronteiras que separam os dois países e na Crimeia, uma
península anexada por Moscovo em 2014.
Por seu lado, a Rússia disse no mesmo dia à Ucrânia e aos países
ocidentais para não se “inquietarem” com as movimentações de tropas
russas na fronteira ucraniana, após Kiev recear um agravamento do conflito com os rebeldes pró-russos.
“A Rússia desloca as suas Forças Armadas no seu território da forma
que entender”, revelou Dmitri Peskov, porta-voz da Presidência russa,
“mas tal não significa uma ameaça para ninguém nem deve inquietar
ninguém”.
As “recentes atividades militares de grande escala na Ucrânia e
arredores” estão a preocupar a Organização do Tratado do Atlântico Norte
(NATO) que discutiu o assunto na reunião de quinta-feira do Conselho do
Atlântico Norte, disseram hoje fontes da organização à agência Efe.
“Ontem (01 de abril de 2021), os aliados reuniram-se no Conselho do Atlântico Norte para trocar opiniões sobre o atual ambiente de segurança
na região do Mar Negro. Os aliados partilharam as suas preocupações
sobre as recentes atividades militares de grande escala da Rússia na
Ucrânia e arredores”, disseram.
Além disso, os países aliados estão preocupados com as “violações do cessar-fogo de julho de 2020, que resultaram na morte de quatro soldados ucranianos na semana passada”.
De acordo com a Aliança Atlântica, “as ações desestabilizadoras da
Rússia minam os esforços para reduzir as tensões” decorrentes do acordo
de Julho de 2020, negociado no âmbito da Organização para a Segurança e
Cooperação na Europa (OSCE).
“A NATO continua a apoiar a soberania e a integridade territorial da
Ucrânia. Permanecemos vigilantes e continuamos a acompanhar de perto a
situação”, disseram as mesmas fontes.
A 24 de março, após uma reunião dos ministros dos Negócios
Estrangeiros da NATO em Bruxelas, a organização salientou a sua unidade
face ao comportamento “agressivo” da Rússia no estrangeiro
e à “repressão” no seu território nacional, insistindo ao mesmo tempo
na importância de retomar o diálogo entre a Aliança e Moscovo.
Após uma longa trégua no decurso da segunda metade de 2020, o
conflito no leste da Ucrânia registou desde janeiro uma intensificação
dos incidentes armados, que provocaram a morte de 19 soldados
ucranianos. Os dois campos acusam-se mutuamente de responsabilidade pela
escalada.
Em paralelo, ucranianos e norte-americanos referiram-se a recentes
movimentações de tropas russas na Crimeia, a península anexada pela
Rússia em 2014, e na fronteira russo-ucraniana, perto dos territórios
controlados pelos separatistas pró-russos.
“Estamos inquietos face às recentes escaladas de agressão russa
no leste da Ucrânia, incluindo as violações do acordo de cessar-fogo de
20 de julho que implicou a morte de quatro soldados ucranianos em 26 de
março, enquanto dois outros foram feridos”, declarou na quarta-feira
John Kirby, porta-voz do Departamento da Defesa norte-americano.
O conflito ucraniano foi desencadeado logo após a anexação russa da
Crimeia, na sequência de uma revolta “pró-ocidental” em Kiev e que
afastou do poder o então Presidente Viktor Ianukovich, considerado um
aliado do Kremlin.
A guerra provocou mais de 13.000 mortos desde a primavera de 2014.
Uma barra de chocolate com 121 anos, pertencente a um lote
encomendado pela Rainha Vitória, foi encontrada na sua lata original no
sótão de uma mansão inglesa.
O chocolate pertencia a Henry Edward Paston-Bedingfield, um aristocrata inglês que lutou na Segunda Guerra dos Bóeres.
A barra foi encontrada na casa ancestral da sua família no Reino Unido e
estava acompanhada pelo capacete que o soldado usara para combater.
O National Trust nota que a barra de chocolate está
perfeitamente conservada e diz acreditar que Henry manteve o capacete e o
chocolate juntos como lembranças da sua participação na guerra.
Os itens foram descobertos entre os pertences da sua filha, Frances Greathead, após esta falecer em 2020 aos 100 anos.
Além de conter um retrato da Rainha Vitória, a tampa da lata tem uma
mensagem simbólica com a letra da monarca onde se pode ler: “desejo-lhe
um feliz Ano Novo” e a inscrição “África do Sul 1900”.
No decorrer da guerra, Vitória encomendou milhares de barras de 226
gramas para que as pudesse enviar para os seus soldados enquanto estes
estavam em combate. Segundo a Reuters, esta foi uma forma da rainha alegrar e mostrar agradecimento pelo trabalho desenvolvido.
A Segunda Guerra dos Bóeres, que durou entre 1899 e 1902, colocou as
tropas britânicas contra as forças de dois estados sul-africanos
independentes governados pelos Bóeres, onde enormes depósitos de ouro e
diamantes foram encontrados.
Na época, os três principais fabricantes de chocolate da Grã-Bretanha, a Cadbury, Fry e Rowntree, opuseram-se à guerra, por isso recusaram-se a embalar o chocolate em latas com marca.
No entanto, a rainha insistiu que os soldados britânicos deveriam ter
conhecimento de que os chocolates vinham do seu país. Os fabricantes
cederam e marcaram alguns dos chocolates, mas nunca as latas.
De acordo com o National Trust, embora algumas latas tenham
sobrevivido ao tempo, é extremamente raro encontrar uma delas, sendo
ainda mais raro encontrar o chocolate, já que a maioria dos
destinatários acabou por comer o seu.
Helmut Oberlander trabalhou num campo de concentração nazi
durante a Segunda Guerra Mundial, sendo que quando esta terminou o
alemão quis recomeçar a sua vida no Canadá. Agora, o país quer
expulsá-lo.
Com o final da 2ª Guerra, Oberlander e a sua esposa decidiram ir
viver para Waterloo. Na cidade, o casal recomeçou uma nova vida e em em
1960 conseguiu alcançar a cidadania canadiana. Contudo, décadas depois o
passado vem esmorecer tudo que construíram.
Ao descobrir que o homem tinha servido o exército nazi,
ao trabalhar como intérprete, o país retirou-lhe a cidadania canadiana
há 20 anos, altura que se percebeu que Oberlander tinha ocultado as suas
atividades das autoridades de imigração.
Atualmente, as autoridades canadianas ainda se encontram numa corrida contra o tempo para deportar o homem de 97 anos, cujo caso de remoção é o último que data da Segunda Guerra Mundial.
Agora, a batalha legal de Oberlander entra numa nova fase. O Tribunal
Federal do Canadá vai realizar uma audiência para encerrar o processo
de deportação devido a um “abuso de processo”.
Ainda assim, Oberlander afirma que foi recrutado pelo exército nazi, mas nunca matou ninguém. Alega que simplesmente realizava tarefas básicas
como engraxar as botas dos oficiais e garante que nunca foi acusado de
nenhum crime. Porém, quando entrou no país omitiu o seu passado.
Oberlander, de origem alemã, nasceu no sudeste da Ucrânia. É fluente
em alemão, russo e ucraniano, e tinha 17 anos quando se tornou
intérprete do Einsatzkommando 10a, um subgrupo dos esquadrões da morte Einsatzgruppen, em 1941.
Já em 1970, o homem tinha sido questionado por oficiais alemães em
Toronto numa investigação de crimes de guerra, mas referiu que não sabia
o nome da unidade onde tinha trabalhado ou que esta era responsável
pela execução de judeus.
Em 2000, o Tribunal Federal do Canadá definiu que não havia evidências de que o homem tinha participado nas atrocidades, mas era “implausível” que não soubesse o nome do esquadrão.
Assim, as autoridades descobriram que Oberlander obteve a cidadania canadiana “através de falsa representação ou por ocultar conscientemente as circunstâncias materiais”.
O gabinete federal revogou a cidadania de Oberlander em 2001, 2007 e
2012. No entanto, o homem conseguiu recorrer dessas decisões. Em 2017, o
gabinete revogou a cidadania de pela quarta vez, mas esta foi mantida.
Segundo o The Washington Post, os críticos dizem que o esforço inicial, e muito atrasado, para deportar Oberlander ilustra o fraco histórico do Canadá de responsabilizar as atrocidades do século XX.
O Canadá substituiu sua lei de crimes de guerra em 2000. Atualmente, o seu programa concentra-se em conflitos contemporâneos.
O Departamento de Justiça disse ao jornal norte-americano que o programa estava a mostrar sinais de “dificuldades financeiras”,
afetando assim a sua capacidade de levar a cabo processos judiciais, o
que pode justificar todo o atraso no caso de Oberlander.
Na Alemanha, desde 2011 os oficiais nazis de baixo escalão são
processados, mesmo que não existam evidências diretas a assassinatos.
Especialistas provaram uma garrafa de Chateau Petrus 2000, um
vinho raro e caríssimo, que esteve na Estação Espacial Internacional
durante um ano.
Uma equipa de cientistas enviou 12 garrafas de Chateau Petrus 2000 e 320 videiras de Merlot e Cabernet Sauvignon para a Estação Espacial Internacional (EEI) para investigar agricultura sustentável.
Agora, enólogos tiveram a sorte de experimentar um copo deste vinho de Bordéus que custa mais de 5 mil euros.
As garrafas e as videiras chegaram à EEI através da nave espacial da
Northrop Grumman. Estiveram lá durante um ano, tendo sido expostas ao
stress único do ambiente de microgravidade da estação.
Assim que regressaram à Terra, seguiram para o Institute of Vine and
Wine Science (ISVV), da Universidade de Bordéus, em França. Os
investigadores analisaram as mudanças sofridas durante a sua estadia no
Espaço e, na semana passada, revelaram as descobertas preliminares numa
conferência de imprensa.
De acordo com a VICE, os investigadores esperam que as descobertas feitas sirvam para apoiar uma iniciativa que visa aproveitar o potencial da microgravidade para a produção de produtos agrícolas resistentes às alterações climáticas.
Já em 1994, uma estudante da Universidade de Colorado, nos Estados
Unidos, tentou fazer cerveja a partir de fermento enviado para a EEI. No
entanto, só conseguiu produzir uma pequena quantidade que, segundo a
própria, não era muito saborosa.
Nesta experiência, para surpresa dos investigadores, todos os 320 fragmentos de videira sobreviveram à estadia no Espaço e alguns já foram replantados.
“Elas estão a desenvolver-se muito, muito mais rápido
do que as videiras normais”, disse Michel Lebert, diretor de Ciência da
Space Cargo Unlimited, responsável pelo projeto de agricultura
sustentável.
O sabor do vinho também sofreu alterações significativas.
Um grupo de 12 enólogos e críticos abriram duas garrafas de Chateau
Petrus 2000 e provaram o vinho para perceber as mudanças. Uma delas
esteve na EEI, enquanto a outra era uma garrafa normal. Numa prova às
cegas, onze dos doze participantes detetaram diferenças.
“Eu diria que as diferenças que mais encontrei foram com características florais acentuadas”, disse Jane Ansen, crítica de vinhos com um diploma em degustação na ISVV, citada pela VICE.
À medida que o Petrus envelhece, certos sabores são esperados, como
violeta e peónia. Nas garrafas normais, esses sabores estavam,
comparativamente, mais moderados.
Ansen estima que uma garrafa normal teria de envelhecer mais um par
de anos até atingir os sabores da garrafa que esteve na Estação Espacial
Internacional.
Os investigadores levantam a hipótese de que o stress sentido no Espaço, promovido pela microgravidade, acelerou o processo natural de envelhecimento
que ocorre nas garrafas de vinho e levou as videiras a desenvolverem
uma resiliência que está a contribuir para o seu rápido crescimento na
Terra.
Utah deu um contrato de cinco anos no valor de 20,7 milhões
de dólares a uma empresa de vigilância de Inteligência Artificial (IA)
que não tinha sequer tecnologia de IA. O fundador da empresa teve também
laços com a KKK na sua juventude.
A empresa, chamada Banjo, propôs analisar câmaras de
trânsito, câmaras de CCTV, redes sociais, sistemas de emergência do 112
e dados de localização em tempo real, a fim de alertar a polícia sobre
onde um determinado crime estava a ocorrer.
Além disso, também propôs criar uma “solução para os sem-abrigo” e
detetar “eventos de opioides” através do seu software, chamado Live
Time. Para fazer isto, a Banjo recolheu um grande fluxo de dados de cidades e condados de Utah, nos Estados Unidos.
O principal problema é que a Banjo não usou Inteligência Artificial como tinha prometido, escreve a VICE. Desta forma, a empresa conseguiu uma vantagem em relação aos seus rivais no concurso lançado pelo estado do Utah.
“As capacidades reais do Live Time pareciam inconsistentes com as
alegações da Banjo”, escreveu John Dugall, um auditor estadual, num
relatório divulgado esta semana.
Desde que as revelações da VICE vieram a público, o contrato de cinco
anos foi suspenso e uma auditoria de privacidade foi encomendada. Uma
investigação da OneZero também revelou documentos que mostram que o CEO da empresa, Damien Patton, admitiu ser um skinhead neonazi na sua juventude e uma vez ajudou um líder do KKK num tiroteio a uma sinagoga.
Como resposta à polémica, a Banjo entretanto trocou de nome e chama-se agora safeXai.
Numa demonstração para o auditor em 2020, a Banjo afirmou que nenhuma
das suas tecnologias é realmente “Inteligência Artificial”, e o auditor
descobriu que ela não possui a maioria das capacidades que
originalmente disse que tinha durante o concurso público.
A auditoria revelou ainda o perigo de apropriação indevida ou roubo dos dados trabalhados por parte da empresa tecnológica.
Ao longo deste ano a Noruega ainda não registou qualquer
assassinato. Nos últimos sete anos nunca houve um período tão longo sem a
ocorrência de um único crime deste tipo.
Apesar de o país não ter muitos assassinatos de uma forma geral, nos
últimos anos foram registados entre quatro e oito crimes deste tipo
durante os primeiros três meses do ano, sendo que estes geralmente
ocorrem durante os primeiros dias de um novo ano.
No ano passado, ocorreram sete assassinatos durante os primeiros três
meses do ano passado, o mesmo número do ano anterior, avança o Phys.
“Até agora não registamos nenhum assassinato em 2021.
Podem haver muitos motivos para isso, as restrições da pandemia podem
ser uma das muitas explicações”, referiu Vibeke Schei Syversen do
Serviço Nacional de Investigação Criminal.
Em termos relativos, há poucos assassinatos na Noruega –
uma país com mais de 5 milhões de habitantes – sendo que a tendência
nos últimos anos tem sido de um número baixo e estável. O ano passado,
pelo menos 31 pessoas foram mortas no país.
Mesmo assim, nos últimos sete anos nunca houve um período tão longo
sem um único assassinato registado. As informações estão de acordo com
as estatísticas continuamente atualizadas pelo NTB.
“Temos poucos assassinatos na Noruega todos os anos, e esses números
são muito baixos. Para já, é muito cedo para tirar qualquer conclusão
depois de um período de tempo tão curto. Mas é claro que é muito positivo“, diz Syversen.
Vibeke Ottesen, da Universidade de Oslo, autor de
vários estudos sobre assassinatos e especialista em violência
doméstica, acredita que a situação incomum se deve à pandemia. “É um pouco como prender a respiração, mas é uma boa notícia”, referiu ao NTB.
Ainda assim, a investigadora ressalva que podem haver casos ocultos de assassinatos, especialmente quando a violência é contra crianças muito pequenas.
“Esta é a categoria de homicídios com os maiores números ocultos na
Noruega. Isolar famílias com crianças pequenas que estão a lutar
financeiramente aumenta o risco de violência e abuso contra crianças”,
alerta Ottesen.
A especialista sugere que este desenvolvimento positivo pode mudar
assim que a maior parte da população esteja vacinada e a sociedade
reabrir. Muitas mulheres terão novamente oportunidade social e financeira de deixar companheiros abusivos, e este é o cenário em que ocorre a maioria dos assassinatos, explica Ottesen.
“Quando lentamente a reabertura acontecer, e as diferenças se
tornarem aparentes, os contrastes irão aparecer. Enquanto alguns irão
voltar ao trabalho, outros irão perdê-lo. Essas são condições são ideais
para desencadear assassinatos “, considera.
Por estas razões, os especialistas preferem não tirar conclusões precipitadas sobre a criminalidade no país.
Uma equipa de investigadores descobriu uma solução
extremamente simples e natural para filtrar água contaminada: madeira de
árvores não floridas.
Estima-se que 790 milhões de pessoas, o que corresponde a cerca de
11% da população mundial, não tem acesso a um abastecimento de água
potável. Muitas organizações e empresas estão a trabalhar em formas de
minimizar estas números.
Uma destas equipas é constituída por investigadores do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (MIT), que descobriram uma solução
extremamente simples e natural: transformar árvores não floridas, como pinheiros, em filtros de água.
De acordo com Interesting Engineering,
o interior desse tipo de madeira contém alburno coberto de xilema.
Estes dutos semelhantes a palha puxam a água pelo tronco e galhos da
árvore. Os condutores de xilema são interligados por membranas que
funcionam como peneiras.
Para evitar que os filtros de madeira sequem ou bloqueiem com o tempo, a equipa mergulhou pequenas partes da madeira em água quente durante uma hora. Depois, mergulhou-se em etanol antes de deixá-las secar.
Este método permite que o filtro mantenha a sua permeabilidade e evita que o filtro fique obstruído.
Novos protótipos foram criados e testados em situações do mundo real
na Índia, onde mais de 160 milhões de pessoas não têm acesso a água
potável segura e confiável.
Os investigadores descobriram que os seus filtros naturais conseguem remover bactérias como E. coli e rotavírus – uma das causas mais comuns de diarreia. Os filtros tratados removeram 99% destes contaminantes, o que atende à categoria de proteção abrangente de duas estrelas da OMS.
Além disso, estes filtros podem ser obtidos localmente de árvores nativas – exatamente o que a equipa fez durante a fase de investigação na Índia.
No final, os filtros testados no local com a água da torneira
poderiam remover bactérias com segurança, filtrar a água purificada a
uma taxa de um litro por hora e processar cerca de 10 a 15 litros de água por dia.
Em última análise, estes filtros mostram o potencial de uso em
ambientes comunitários para remover bactérias e vírus da água potável
contaminada.
“Achamos que estes filtros podem lidar razoavelmente com contaminantes bacterianos”, disse a líder do estudo Krithika Ramchander, em comunicado. Mas existem contaminantes químicos como arsénio e flúor, cujos efeitos ainda não conhecemos”.
Para ajudar as comunidades rapidamente, a equipa já partilhou as suas
diretrizes para projetar e fabricar o filtro de madeira de xilema num site de código aberto.
Agora, qualquer pessoa que esteja disposta a ajudar a apresentar o
sistema a comunidades mais amplas pode recorrer a estes parâmetros
seguros.
Os próximos passos serão realizar mais testes e estudos no local para
continuar a encontrar o método mais eficaz para todos os envolvidos.
O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, gastou mais de 2,3
milhões de reais (cerca de 350 mil euros) em férias realizadas no
litoral do país, entre dezembro e janeiro últimos, em plena pandemia,
informou um deputado federal.
Os valores gastos pelo Presidente, e pela sua comitiva, em plena
pandemia de covid-19, foram considerados pelo deputado federal Elias
Vaz, do Partido Socialista Brasileiro, PSB, como uma “bofetada na cara dos brasileiros“. Os dados sobre estes gastos foram enviados pelo deputado à imprensa local e partilhados nas redes sociais.
Os documentos que comprovam os gastos do Presidente
nas suas férias, entre 18 de dezembro e 5 de janeiro, foram enviados a
Elias Vaz, pelos ministros do Gabinete de Segurança Institucional,
general Augusto Heleno, e da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx
Lorenzoni, após um pedido de informação oficial feito pelo parlamentar.
De acordo com as informações fornecidas pela Secretaria-Geral da
Presidência, foram gastos 1,19 milhões de reais (180 mil euros) em
despesas com alojamento do Presidente, da sua família, convidados e toda a equipa de profissionais, alimentação e bebidas consumidas por todos, entretenimento e despesa com locomoção terrestre ou aquática.
Já o GSI, responsável pela segurança de Bolsonaro, informou que foram gastos 185 mil dólares (cerca de 150 mil euros) com transporte aéreo em aeronaves da Força Aérea
Brasileira para eventos privados do Presidente neste período, somando
manutenção e combustível. Estes gastos estão previstos no Orçamento
Anual da Aeronáutica.
Além disso, foram calculadas despesas de 202 mil reais (30 mil euros)
em passagens aéreas e diárias de membros da secretaria de segurança e
coordenação presidencial.
“Numa situação normal, estes gastos já seriam um absurdo.
Agora, numa situação onde tínhamos quase 200 mil mortes devido à
covid-19 naquele período, o fim do auxílio de emergência para os mais
pobres e a alegada falta de recursos… Nós tínhamos, bem claramente, uma
crise sanitária e económica, e Bolsonaro sai de férias”, disse Elias
Vaz.
“Já não é uma situação compreensível o Presidente sair de férias num
momento desse, e ainda gastou esse dinheiro. É uma afronta ao povo
brasileiro”, acrescentou o deputado, qe informou que vai pedir ao
Tribunal de Contas da União (TCU) que investigue os gastos do chefe de
Estado.
“Com o Brasil com quase 200 mil mortes, o Presidente torrava o dinheiro do povo com passeios. Enquanto isso, falta comida no prato de milhares de cidadãos atingidos em cheio pela crise”, acrescentou Vaz.
O último brasileiro a ser vacinado
O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, disse esta quinta-feira que, caso decida receber a vacina contra a covid-19, será o “último brasileiro” a ser imunizado, frisando que esse é o “exemplo que um chefe deve dar”.
“Há uma discussão agora, se eu vou vacinar-me
ou não. Eu vou decidir. O que eu acho? Eu já contraí o vírus. Eu acho
que o que deve acontecer é: depois que o último brasileiro for vacinado,
se sobrar uma vacina, então eu vou decidir se me vacino ou não”.
“Esse é o exemplo que um chefe deve dar. Igual
ao quartel. Geralmente o comandante é o último a se servir. É o que dá
exemplo a todos”, acrescentou Bolsonaro, na sua habitual transmissão
semanal na rede social Facebook.
Jair Bolsonaro, de 66 anos e um dos chefes de Estado mais céticos
em relação à gravidade da pandemia em todo o mundo, chegou a dizer
publicamente que não iria receber a vacina contra o SARS-Cov-2,
afirmando que pode provocar efeitos secundários, posição que provocou receio em algumas parcelas da sociedade.
Segundo informações oficiais, 18,5 milhões de doses de vacinas
contra a covid-19 já foram aplicadas até ao momento no Brasil, num
plano que avança lentamente, devido a dificuldades que o executivo
brasileiro enfrenta na sua aquisição.
Bolsonaro negou ainda que faltem camas de unidades de terapia intensiva, contrariando vários órgãos de saúde e hospitais que dão conta de um colapso hospitalar em vários estados.
“As informações que nós temos, pelo Brasil
todo, é que não estão faltando camas de UTI. Chega a 95%, 90%, mas não
tem faltado. E, se estiver faltando, é porque está a faltar planeamento
por parte dos interessados. Porque o Governo não mede esforços para liberar camas de UTI”, declarou o Presidente
Bolsonaro voltou a criticar medidas de isolamento social
para travar a disseminação do vírus. “O meu Exército brasileiro não vai
sair às ruas para prender as pessoas ou não vai impedi-las de
trabalhar”, reforçou, lançando duras críticas a governadores e autarcas
que decretaram confinamento obrigatório em várias regiões.
O Brasil, que atravessa o momento mais crítico
na pandemia, totaliza 325.284 óbitos e 12.839.844 diagnósticos de
infeção desde que o primeiro caso foi registado no país, há cerca de 13
meses.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos,
2.816.908 mortos no mundo, resultantes de mais de 128,8 milhões de casos
de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
O Ever Given bloqueou o Canal do Suez durante quase uma semana. Agora, o Egito espera uma indemnização superior a mil milhões de euros.
O Egito espera uma compensação superior a mil milhões de euros depois de um porta-contentores ter bloqueado o Canal do Suez durante quase uma semana, de acordo com um alto funcionário daquela infraestrutura.
O tenente-general Ossama Rabie, chefe da autoridade
do Canal, alertou que a embarcação e a sua carga não teriam permissão
para deixar o Egito se a questão da compensação for a tribunal.
Em declarações por telefone a um programa de entrevistas pró-governo
na quarta-feira, o funcionário explicou que a quantia leva em
consideração a operação de resgate, custos de tráfego paralisado e taxasde trânsito perdidas durante a semana em que o Ever Given bloqueou o Canal do Suez.
“É um direito do país”, vincou Rabie, sem especificar quem seria
responsável pelo pagamento da indemnização, acrescentando que, no ano
passado, as autoridades do Canal e os proprietários do navio tiveram um
bom relacionamento.
O navio de carga está atualmente num dos lagos do canal, onde as autoridades e os gerentes da embarcação estão a conduzir uma investigação.
Esta quinta-feira, os gestores técnicos do navio, a Bernard Schulte
Shipmanagement, disse num e-mail à agência Associated Press que a
tripulação está a cooperar com as autoridades na investigação sobre o
que levou o navio a encalhar.
Rabie esclareceu ainda que se a investigação corresse bem e houvesse um acordo sobre a quantia da indemnização, a embarcação poderia seguir caminho sem problemas.
No entanto, se o assunto da indemnização envolvesse o litígio, o Ever Given e a sua carga de cerca de 3,5 mil milhões de dólares (cerca de três mil milhões de euros) não teriam permissão para deixar o Egito.
O litígio pode ser complexo, uma vez que a embarcação é propriedade
de uma empresa japonesa, operada por uma companhia de Taiwan e com
bandeira do Panamá.
O congestionamento do Canal do Suez ainda não está resolvido quase três dias depois do navio ter voltado a navegar e hoje quase 250 embarcações aguardavam para atravessar a via.
Segundo a empresa de serviços logísticos Leth Agencies, 249
embarcações esperavam poder atravessar esta quinta-feira a importante
via marítima, por onde passa cerca de 10% do comércio marítimo mundial e
25% dos contentores.
Segundo a Autoridade do Canal do Suez, o Egito perdeu entre 12 milhões e 15 milhões
de dólares (entre 10 milhões e 12,7 milhões de euros) por cada dia que
esteve encerrada a passagem, que encurta em vários dias a viagem
marítima entre a Ásia e a Europa.
Ventos fortes e uma tempestade de areia foram apontados inicialmente como o que levou o Ever Given a ficar atravessado no canal, embora Rabie tenha levantado depois a possibilidade de “erros humanos ou técnicos”.
As operações de desencalhe exigiram mais de dez rebocadores, bem como dragas para escavar o canal.
O ex-Presidente dos Estados Unidos voltou a ser banido do
Facebook, esta semana, mas desta vez de forma indireta. Tudo por causa
da sua voz poder ser ouvida num vídeo.
Em janeiro, depois do assalto ao Capitólio, o Facebook e outras redes sociais decidiram suspender por tempo indeterminado a página de Donald Trump. O Twitter foi mais longe e decidiu mesmo suspender permanentemente a sua conta.
Mas agora, conta a BBC,
a rede social de Mark Zuckerberg decidiu remover um vídeo partilhado na
página de uma das suas noras, a produtora de televisão Lara Trump, por
se ouvir a voz do antigo Presidente.
A familiar, que trabalha com a Fox News, partilhou um vídeo
no qual se pode vê-la a entrevistar Trump. Mais tarde, o excerto da
entrevista foi banido pela rede social e Lara Trump partilhou a alegada
justificação do Facebook para tal decisão.
“Em linha com o bloqueio que colocámos no Facebook e no Instagram de Donald Trump, qualquer conteúdo que contenha a sua voz será removido e resultará em limitações adicionais à conta em questão”, pode ler-se.
“E assim do nada, estamos um passo mais perto de ‘1984’, de George
Orwell. Uau”, escreveu a nora de Trump, que é casada com o seu filho
Eric, na sua conta de Instagram.
Recorde-se que, esta semana, o antigo Presidente dos Estados Unidos lançou um novo site. A plataforma é a celebração do passado onde o republicano narra, de forma seletiva, os quatros anos ao comando da Casa Branca.
“O escritório de Donald J. Trump está empenhado em preservar o magnífico legado da Administração Trump, ao mesmo tempo em que promove a agenda do ‘America First'”, lê-se no final da primeira página.
O gabinete afirma ainda que o político norte-americano “destronou
dinastias políticas, derrotou a elite de Washington e superou
praticamente todas as estruturas de poder enraizadas”.
Este mês, numa entrevista à Fox News, Jason Miller, um
antigo porta-voz da campanha do ex-chefe de Estado, disse que, depois de
ter sido banido das redes sociais, o milionário iria lançar a sua própria plataforma de comunicação social nos próximos meses.
Dois polícias do Capitólio moveram, pela primeira vez,
processos efetivos contra Donald Trump por ter incitado o ataque ao
Congresso norte-americano.
Dois polícias do Capitólio, que estavam de serviço no dia 6 de
janeiro, processaram o antigo Presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, acusando-o de ser o responsável pelos danos físicos e emocionais
que sofreram como resultado do ataque ao Congresso norte-americano,
avança o The New York Times.
James Blassingame e Sidney Hemby
avançaram com uma queixa no Tribunal Distrital Federal no distrito de
Columbia e pedem uma compensação pelos danos de, pelo menos, 75 mil
dólares (quase 64 mil euros) para cada um.
O diário norte-americano escreve que esta é a primeira queixa do género, numa força que tem cerca de 2.000 agentes.
Hemby, polícia no Capitólio há 11 anos, estava no exterior do Congresso dos Estados Unidos e alega que foi esmagado pela multidão, tendo ainda sido alvo de um spray com químicos, que lhe queimou os olhos, a pele e a garganta.
Na queixa, o agente revela estar ainda em recuperação, nomeadamente
com lesões no pescoço e costas. Além disso, acrescenta ter tido
dificuldades em lidar emocionalmente com o ataque.
A denúncia dos agentes policiais alega que o antigo Presidente norte-americano “inflamou, encorajou, incitou, dirigiu e ajudou” a multidão que invadiu o edifício.
No dia 6 de janeiro, depois de ouvir Donald Trump discursar, a multidão desceu até ao edifício do Capitólio para impedir a certificação da vitória de Joe Biden, o atual Presidente dos Estados Unidos.
Na sequência do ataque à sede do Congresso norte-americano morreram cinco pessoas.
Trump foi alvo de um processo de destituição por causa do ataque, mas acabou por ser absolvido pelo Senado da acusação de “incitamento à insurreição”.