quarta-feira, 7 de abril de 2021

30 mil pessoas precisam de apoio urgente em Palma - Deslocados rejeitados pela Tanzânia !

O Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) de Moçambique anunciou que cerca de 30 mil pessoas que continuam escondidas no distrito de Palma precisam de apoio urgente para os próximos 30 dias.


“Desde o dia 24, cerca de 30 mil pessoas estão estimadas como sendo pessoas deslocadas que estão em Palma”, afirmou o diretor da Área de Prevenção e Mitigação do INGD, César Tembe.

Tembe avançou que a assistência humanitária ao referido grupo de deslocados está avaliado em cerca de 41 milhões de meticais (pouco mais de 522 mil euros) só para os próximos 30 dias. As vítimas dos ataques de Palma necessitam de imediato de alimentos, medicamentos e assistência médica e psicossocial, acrescentou.

“Para este grupo de pessoas já estão a ser enviados recursos e estamos a fazer a mobilização de mais recursos”, destacou Tembe, sem entrar em pormenores. Os cerca de 30 mil deslocados que abandonaram a vila, mas não saíram do distrito de Palma, juntam-se a cerca de 6500 pessoas que foram retiradas da vila para a capital da província de Cabo Delgado, Pemba.

Parte dos deslocados que se encontram na cidade de Pemba estão em dois centros de acomodação e uma outra parcela foi acolhida pelas respetivas famílias, afirmou o diretor da Área de Prevenção e Mitigação do INGD.

César Tembe enfatizou que a fuga em massa provocada pelos ataques de grupos armados à vila de Palma “incrementou” o número de deslocados gerados pela violência armada no norte e no centro do país, passando a cifra a ultrapassar 722 mil pessoas obrigadas a fugir de casa.

Esta segunda-feira, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) denunciou que a Tanzânia rejeitou receber cerca de 600 deslocados moçambicanos, sobreviventes do ataque jihadista.

“Cerca de 600 moçambicanos à procura de asilo foram repelidos da Tanzânia“, afirmou, em comunicado, manifestando “preocupação” em relação à sorte destas pessoas “reenviadas à força” para o seu país.

O Exército moçambicano retomou, esta segunda-feira, o controlo, pelo menos parcial, da cidade, segundo as autoridades moçambicanas.

A consultora de segurança IHS Markit prevê que os grupos armados ativos na província de Cabo Delgado ataquem a capital provincial, Pemba, dentro de seis meses, caso as condições de segurança na região não mudem “significativamente”.

Segundo o relatório, da analista Eva Renon, “é muito provável que (o ataque a Palma) tenha exigido mais planeamento e um maior número de combatentes do que em ataques anteriores, demonstrando maior capacidade”.

A resposta do Governo à insurgência islâmica, adianta, tem “sido fraca até agora”, sobretudo “devido à falta de coordenação e capacidades da polícia e da FADM (forças armadas), assistida por várias empresas militares privadas (por exemplo, da Rússia e da África do Sul)”, a par de relutância em aceitar ofertas de intervenção militar estrangeira direta, inclusive da União Africana e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral.

Para a IHS Markit, “a dimensão do ataque a Palma tem potencial para encorajar o Governo moçambicano a aceitar uma maior coordenação entre as suas forças e as forças norte-americanas e portuguesas já presentes no país”.

“A menos que a situação de segurança mude significativamente, nos próximos seis meses os insurgentes provavelmente tentarão capturar Pemba que, além de hospedar a equipa e a logística da Total, tem um aeroporto e um porto de contentores”, adianta.

Entre os alvos na capital provincial estarão hotéis, instalações governamentais e funcionários e ativos de organizações não governamentais, da Igreja Católica e das Nações Unidas.

Caso capturem Pemba, adianta, os insurgentes provavelmente procurarão alvos a oeste, como Montepuez e Balama, zonas ricas em depósitos de rubis e grafite, respetivamente, com objetivo de “controlar as operações de mineração, com riscos associados de sequestro, ferimentos e morte para funcionários e subcontratados”.

A IHS considera ainda prováveis ataques contra Mtwara, na Tanzânia, “visando espaços públicos como o mercado para infligir vítimas em massa ou contra ativos e funcionários do Governo”.

“No entanto, os insurgentes provavelmente não seriam capazes de capturar e manter Mtwara porque as forças de segurança da Tanzânia são mais capazes do que as forças moçambicanas e têm experiência no combate a insurgentes ligados ao Estado Islâmico.”

No ano passado, os insurgentes capturaram a vila de Mocímboa da Praia e estradas circundantes, “garantindo assim um fluxo constante de receitas proveniente da tributação do comércio ilícito de minerais e drogas que prevalece” na zona.

Mocímboa da Praia, refere a IHS Markit, é um importante ponto de trânsito para narcóticos há mais de 40 anos, principalmente do Afeganistão e Paquistão, com destino à África do Sul, Europa Ocidental, Estados Unidos e outros destinos.

“O acesso a esses recursos aumentou a capacidade de recrutamento (dos insurgentes), permitindo-lhes oferecer salários relativamente altos aos habitantes locais na pobreza”, além de “atrair desertores das FADM, resultando no aumento da fuga de informações das FADM, bem como maior acesso a armas e munições, contribuindo também para reduzir a moral entre as tropas FADM”, adianta.

O aumento de incidentes desde o início de 2019 estará ligado à colaboração com redes criminosas em Cabo Delgado e fluxos de receita crescentes.

Atualmente, adianta a consultora, todas as estradas a norte de Pemba e Montepuez e a leste de Mueda estão sob o controlo dos insurgentes e as emboscadas rodoviárias são sistemáticas, tornando a rota marítima de Palma a Pemba a mais segura.

A análise de dados do conflito mostram que as táticas dos insurgentes parecem ter mudado, de destruição de aldeias “para controlo do território, aumento do uso de decapitações e ataques relativamente mais sofisticados a cidades maiores e estrategicamente mais importantes como Mocímboa da Praia e Palma”, conclui.

Ordem dos Advogados pede apoio de Portugal

A Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados apelou, esta segunda-feira, ao apoio de entidades públicas e privadas portuguesas ao Governo e população moçambicanas.

“É fundamental, além da ajuda da comunidade internacional, que Portugal também reforce todo o tipo de apoio humanitário, alimentar e logístico ao povo moçambicano vítima destas violentas agressões, ajudando também com meios mais rápidos e eficazes o Governo moçambicano no controlo militar deste território e à estabilização da paz, na defesa dos direitos humanos e no respeito pela soberania de Moçambique”, referiu num comunicado enviado à agência Lusa.

“Numa altura em que a região de Cabo Delgado enfrenta aquele que é considerado como um dos piores ataques terroristas desde o início do conflito na região, em 2017, a CDHOA incita a que todas as organizações governamentais e não-governamentais que auxiliem aquele país a todos os níveis por forma a fazer face à carência de bens e serviços ali inexistentes“, adianta.

No comunicado, a Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados sublinha tratar-se de “milhares as pessoas inocentes assassinadas barbaramente, agredidas e expulsas dos seus locais de residência à força e famílias separadas que desconhecem o paradeiro dos seus cônjuges, pais, filhos e irmãos”.

A violência desencadeada há mais de três anos na província de Cabo Delgado ganhou uma nova escalada há uma semana, quando grupos armados atacaram, pela primeira vez, a vila de Palma, que está a cerca de seis quilómetros dos multibilionários projetos de gás natural.

Os ataques provocaram dezenas de mortos e obrigaram à fuga de milhares de residentes de Palma, agravando uma crise humanitária que atinge cerca de 700 mil pessoas na província, desde o início do conflito, de acordo com dados das Nações Unidas.

No centro do país, ações armadas atribuídas à Junta Militar, uma dissidência da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, provocaram a morte de pelo menos 30 pessoas e o deslocamento forçado de centenas de famílias.

Recolher obrigatório em mais cinco cidades devido à covid-19

Entretanto, o Presidente moçambicano anunciou o alargamento do recolher obrigatório a mais cinco cidades, devido ao aumento da taxa de positividade de covid-19 e manteve as restrições em vigor desde o início do ano.

“Face ao aumento da taxa de positividade nas últimas semanas ao nível das províncias de Gaza, Sofala, Manica, Tete, Cabo Delgado e Niassa, o recolher obrigatório atualmente em vigor na área metropolitana do grande Maputo é estendido para todas as cidades capitais” daquelas províncias, afirmou Filipe Nyusi.

Nesse sentido, passam a estar sob recolher obrigatório as cidades de Manica, capital da província de Manica, cidade de Tete, capital de Tete, Xai-Xai, capital de Gaza, Pemba, capital de Cabo Delgado, e Lichinga, capital de Niassa.

Além de estender o recolher obrigatório às capitais das seis províncias, o Presidente moçambicano mantém essa medida para a região metropolitana de Maputo, que está sob esta restrição há 60 dias.

https://zap.aeiou.pt/30-mil-pessoas-apoio-urgente-palma-392759

 

 

Cheias em Timor-Leste e na Indonésia fazem mais de uma centena de mortos !

O número de mortos devido às chuvas em Timor-Leste e na Indonésia já ultrapassou uma centena. Mas as autoridades destacam que ainda há muitas pessoas desaparecidas.


Em Timor-Leste, o número de mortes aumentou de 28 para 34, segundo um balanço ainda provisório, com 13 na capital, 12 na zona de Manatuto, sete em Ainaro, um em Baucau (Baguia) e outro em Aileu, disse à agência Lusa fonte da Proteção Civil.

A mesma fonte assinalou que há várias pessoas dadas como desaparecidas, pelo que o balanço final ainda não está completo.

No caso de Díli, os dados preliminares referem que se registaram seis mortos em Comoro – uma das zonas mais afetadas devido à subida significativa do rio -, três em Beduku, três em Hera, no limite oriental da cidade, e um em Bebora.

As cheias em vários pontos do país provocaram milhares de deslocados, com muitas casas destruídas e danos avultados em infraestruturas, como pontes e estradas destruídas. Houve ainda danos significativos em várias escolas e outros edifícios públicos, com equipas no terreno a avaliar os estragos.

Só em Díli há já mais de 3500 pessoas alojadas temporariamente em 11 locais, para onde estão a ser canalizadas ajudas públicas, mas também o apoio de muitas empresas e cidadãos privados, com uma extensa onda de solidariedade que continua a ampliar-se.

Estão em curso várias campanhas de recolha de fundos no exterior para adquirir produtos em Timor-Leste e distribuir pelas famílias mais afetadas. Falta comida, água, outros bens essenciais e também material para que as pessoas possam começar a reconstruir as casas.

Muitos residentes portugueses em Díli, como noutros locais do país, estão envolvidos no apoio humanitário, participando voluntariamente a preparar alimentos quentes e a entrega de víveres em vários locais.

Esta terça-feira, o Ministério da Agricultura vai fazer uma distribuição adicional de comida, a juntar-se aos esforços já em curso desde domingo por parte do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, de várias embaixadas, do Ministério da Solidariedade Social e ainda do Ministério da Administração Estatal.

O primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, acompanhado do vice-primeiro ministro, José Reis, e do ministro das Obras Públicas, Salvador Soares, visitaram vários locais em Díli, onde as infraestruturas foram significativamente afetadas.

Há danos graves em estradas, derrocadas de terra e lama em vários pontos da capital, a queda de diques de ribeiras e ainda muita água em várias zonas da cidade, incluindo edifícios públicos.

O serviço de eletricidade tem sido intermitente em vários locais e há zonas da cidade que estão há mais de 24 horas sem luz, apesar de um esforço significativo da Eletricidade de Timor-Leste (EDTL) para se recuperar progressivamente o serviço.

O lixo acumula-se por toda a cidade, apesar de já ter sido efetuada alguma limpeza, com montes de terra e lama em vários locais, incluindo a Ponte de Santa Ana, a estrada ao lado da Ribeira Halilaran, o Largo de Lecidere e a zona de Taibessi.

São considerados locais de intervenção urgente várias pontes, incluindo a que liga à zona do Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV) e as que cruzam a ribeira de Maloa, o Palácio Presidencial, e toda a zona ribeira do rio de Comoro, entre outros.

A Ribeira de Hudilaran, por exemplo, está praticamente tapada de terra, com danos na ponte do seminário menor de N.ª Senhora de Fátima, que está em risco de cair.

Na Indonésia, o Centro de Gestão de Catástrofes aumentou de 86 para 130 o número de óbitos devido às chuvas nas ilhas perto de Timor-Leste, como Flores e Sumbawa. Os socorristas tentam encontrar mais de 70 pessoas desaparecidas, por vezes utilizando pás para remover os destroços acumulados durante a tempestade.

As chuvas torrenciais dos últimos dias causaram inundações e deslizamentos de terras, por vezes arrastando casas. Mais de dez mil pessoas refugiaram-se em centros de acolhimento. Muitas casas, estradas e pontes foram cobertas com lama, e as árvores arrancadas, tornando difícil aos socorristas alcançar as áreas mais atingidas.

“Ainda é provável que vejamos condições meteorológicas extremas nos próximos dias” por causa do ciclone, disse a porta-voz da Agência de Gestão de Catástrofes da Indonésia, Raditya Jati. A tempestade está agora a dirigir-se para a costa ocidental da Austrália.

https://zap.aeiou.pt/cheias-timor-indonesia-mais-cem-mortos-392742

 

Coreia do Norte recusa participar nos Jogos Olímpicos devido a riscos de contágio da covid-19 !

A Coreia do Norte anunciou esta terça-feira que não vai participar nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no verão, devido aos riscos de contágio da covid-19.


Numa reunião, o comité olímpico norte-coreano “decidiu não participar nos Jogos Olímpicos para proteger os atletas da crise sanitária mundial causada pela covid-19”, indicou o Ministério dos Desportos de Pyongyang.

A participação da Coreia do Norte, potência nuclear isolada do resto do mundo, nos últimos Jogos Olímpicos de inverno em Pyeongchang, na Coreia do Sul, foi um fator decisivo na aproximação diplomática ocorrida em 2018.

A irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un, Kim Yo-jong, assistiu àqueles jogos como enviada do irmão e a participação do país foi rodeada de grande publicidade.

O chefe de Estado sul-coreano, Moon Jae-in, aproveitou a ocasião para mediar entre Pyongyang e Washington, o que resultou nas cimeiras históricas entre Kim e o ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

Este anúncio de Pyongyang põe fim às esperanças de Seul de usar Tóquio2020, adiados para este verão devido à pandemia da covid-19, para um relançamento do processo de negociações entre Pyongyang e Washington, suspenso desde o fracasso da cimeira de Hanói entre Kim e Trump, em fevereiro de 2019.

Datado de segunda-feira, este anúncio foi publicado esta terça-feira no site do Ministério dos Desportos norte-coreano e faz referência a uma reunião do comité olímpico da Coreia do Norte de 25 de março.

A realização da reunião tinha sido anunciada pela agência oficial de notícias norte-coreana KCNA, sem mencionar a decisão relativa aos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Recorde-se que o regime do líder Kim Jong-un negou sempre que o país tenha casos de coronavírus, apesar de testar milhares de suspeitos. No início de março do ano passado, o jornal chinês South China Morning Post relatou que cerca de 200 soldados norte-coreanos morreram de coronavírus e outros milhares estavam em quarentena.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.853.908 mortos no mundo, resultantes de mais de 131,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

https://zap.aeiou.pt/coreia-do-norte-nao-vai-participar-nos-jogos-olimpico-392714

 

terça-feira, 6 de abril de 2021

Nos EUA, os detidos mais corajosos seriam perdoados se estivessem dispostos a contrair gripe espanhola !

Tal como aconteceu com o SARS-CoV-2, houve uma corrida para aprender o máximo possível assim que a gripe espanhola eclodiu. Em Boston, médicos tomaram medidas que, hoje, seriam antiéticas e ilegais.


Ao contrário da covid-19, os adultos jovens eram a faixa etária mais castigada pela gripe espanhola. Numa tentativa de aprender mais sobre a doença, M.J. Rosenau e J.J. Keegan ofereceram aos detidos da prisão militar de Deer Island, em Boston, uma proposta arriscada.

Segundo o IFL Science, se os prisioneiros estivessem dispostos a serem deliberadamente infetados pelo vírus e sobrevivessem, seriam perdoados e libertados.

Alguns detidos seriam injetados com tecido pulmonar infetado de pacientes doentes ou falecidos, enquanto noutros seria colocado, no nariz e na garganta, muco retirado de pacientes em estado grave. Noutras fases da experiência, os cientistas injetariam sangue de doentes em prisioneiros saudáveis, para ver se se espalhava por microorganismos infecciosos no sangue.

Cerca de 300 detidos alinharam nesta aventura perigosa, desesperados por um perdão judicial. Destes voluntários, 62 foram selecionados para participar nos ensaios.

Mesmo depois de os pacientes infetados terem tossido no rosto e na boca de alguns prisioneiros, nenhum foi infetado. A única pessoa que contraiu a doença foi um médico envolvido nos ensaios, que morreu pouco depois de contrair o vírus.

A explicação provável é que os prisioneiros já haviam sido expostos à doença algumas semanas antes, tendo adquirido imunidade natural. Como acabaram por sobreviver, os voluntários receberam um perdão judicial e acabaram por ser libertados.

Estima-se que, durante a pandemia de gripe espanhola de 1918, tenham falecido entre 20 e 50 milhões de pessoas em todo o mundo.

https://zap.aeiou.pt/detidos-perdoados-gripe-espanhola-392455

 

Imagens de satélite mostram construção de bases militares russas no Ártico. Nova arma produz “tsunamis radioativos” !

A Rússia está a construir bases militares na Ártico, ao mesmo tempo tempo que vai testando as suas mais recentes armas. O objetivo é abrir uma rota marítima importante da Ásia para a Europa, numa altura em que a região está cada vez mais despida de gelo.


Uma das principais preocupações dos especialistas em armas e dos oficiais ocidentais é a super-arma russa: o torpedo Poseidon 2M39.

O desenvolvimento da arma está a avançar rapidamente e o presidente russo, Vladimir Putin, tem solicitado ao ministro da Defesa, Sergei Shoigu, uma atualização constante sobre o “estágio-chave” dos testes.

A arma é movida por um reator nuclear e foi projetada pelos russos para se esgueirar pelas defesas costeiras – tal como as dos EUA – no fundo do mar.

O dispositivo pode causar ondas radioativas tão vastas que tornariam áreas da costa-alvo inabitáveis durante décadas.

De recordar que em novembro, Christopher A Ford, então secretário de Estado assistente para Segurança Internacional e Não Proliferação, disse que o Poseidon 2M39 foi pensado para “inundar as cidades costeiras dos EUA com tsunamis radioativos”.

Uma questão estratégica

Imagens de satélite fornecidas à CNN pela empresa de tecnologia Maxar detalham uma construção nítida e contínua de bases militares russas e hardware na costa ártica do país, juntamente com instalações de armazenamento subterrâneo para o Poseidon e outras armas de alta tecnologia.

O hardware russo na área do Alto Norte inclui bombardeiros e jatos MiG31BM, e novos sistemas de radar perto da costa do Alasca.

“Há claramente um desafio militar dos russos no Ártico. Isso tem implicações para os Estados Unidos e seus aliados, até porque cria a capacidade de projetar energia até o Atlântico Norte”, referiu um alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA à CNN.

As autoridades americanas expressam preocupação de que as forças possam ser usadas para estabelecer o controlo sobre áreas do Ártico que estão mais distantes e que em pouco tempo estarão livres de gelo.

“O derretimento está a mover-se mais rápido do que os cientistas previram há vários anos”, frisou o alto funcionário do Departamento de Estado, acrescentando que estas mudanças representam “uma transformação dramática nas próximas décadas em termos de acesso físico”.

Neste sentido, as autoridades americanas receiam que Moscovo tente controlar a “Rota do Mar do Norte” (NSR) – uma rota marítima que vai da Noruega ao Alasca, ao longo da costa norte da Rússia, até o Atlântico Norte.

A NSR reduz pela metade o tempo que os navios demoram para chegar à Europa vindos da Ásia através do Canal de Suez.

Elizabeth Buchanan, professora de Estudos Estratégicos na Deakin University, na Austrália, sublinha que “a geografia básica dá à Rússia a NSR, que está cada vez com menos gelo, tornando-a comercialmente viável para o uso como artéria de transporte. Isso ainda pode transformar o transporte marítimo global, e com ele os movimentos de mais de 90% das mercadorias globais”.

Por outro lado, o funcionário do Departamento de Estado dos EUA acredita que os russos estão mais interessados ​​em exportar hidrocarbonetos – essenciais para a economia do país – ao longo da rota.

Rússia insiste em motivações pacíficas e económicas

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia recusou comentar a divulgação das imagens de satélite, mas há muito tempo que Moscovo tem vindo a frisar que as suas metas no Ártico são económicas e pacíficas.

Um documento de março de 2020 apresentou os principais objetivos da Rússia numa área responsável por 20% das suas exportações e 10% de seu PIB. Segundo o relatório, a estratégia concentra-se em garantir a integridade territorial da Rússia e a paz regional.

Também expressa a necessidade de garantir os altos padrões de vida e o crescimento económico na região, bem como desenvolver uma base de recursos.

Em novembro, durante a inauguração de um novo navio quebra-gelo em São Petersburgo, Vladimir Putin frisou que “é sabido que temos uma frota única que detém uma posição de liderança no desenvolvimento e estudo dos territórios árticos. Devemos reafirmar essa superioridade constantemente, todos os dias”.

Relativamente às armas, os planos para o Poseidon 2M39 foram revelados numa apresentação de um documento que discutia as suas capacidades em 2015.

Posteriormente, esta foi parcialmente rejeitada por analistas como uma arma de “tigre de papel”, destinada a aterrorizar com os seus poderes destrutivos apocalípticos que parecem escapar dos requisitos do tratado atual, mas não para serem implantados com sucesso.

No entanto, uma série de desenvolvimentos no Ártico leva agora analistas a considerar o projeto real e ativo.

https://zap.aeiou.pt/bases-militares-russas-artico-392577

 

“Um asiático a menos para aturar." - Família recebe carta de ódio escrita à mão após morte do pai !

Byong Choi, de 83 anos, morreu vítima de uma rara infeção na medula óssea a 24 de fevereiro. No dia do funeral, a família recebeu uma carta de ódio, escrita à mão, onde se lia: “É um asiático a menos que temos que aturar”.


Segundo o Independent, a polícia de Seal Beach, na Califórnia, já está a investigar a carta de ódio recebida pela família Choi.

“Agora que Byong morreu, é um asiático a menos que temos que aturar no Leisure World… Malditos asiáticos que estão a dominar a nossa comunidade americana! Não é uma situação aceitável para quem vive aqui – afirmação verdadeira!!”, lia-se na carta. “Cuidado! Faça as malas e volte para o seu país de origem.”

Claudia Choi, filha da vítima, acredita que a missiva foi enviada por um morador da comunidade de reformados da qual os seus pais faziam parte, a Leisure World. No entanto, até Byong ter falecido, o casal nunca teve problemas com racismo.

Os asiáticos representam cerca de 11% da população de Seal Beach City. De acordo com a filha de Choi, a mudança nas atitudes das pessoas em relação aos ásio-americanos ocorreu, principalmente, durante a pandemia de covid-19, graças à disseminação de frases como “vírus da China” e “Kung Flu”.

Claudia Choi culpa também o ex-Presidente Donald Trump. Citada pelo Independent, salientou que os pais tinham também vizinhos pró-Trump no Leisure World.

Os investigadores estão a examinar as evidências de ADN na carta, impressões digitais e caligrafia para prender a pessoa envolvida neste crime de ódio. Os detetives também vão analisar os vídeos das câmaras de vigilância e questionar os membros da comunidade.

https://zap.aeiou.pt/carta-de-odio-morte-do-pai-392478

 

Mulher engravida depois de já estar grávida ! Gémeos foram concebidos com três semanas de intervalo !

Uma mulher engravidou enquanto já estava grávida, dando à luz gémeos raros concebidos com três semanas de diferença. O caso ocorreu em Inglaterra e os bebés nasceram em setembro de 2020.

Tal como a ciência indica, quando uma mulher fica grávida, o seu corpo inicia vários processos biológicos que visam prevenir uma gravidez simultânea, incluindo a libertação de hormonas para interromper a ovulação.

Contudo, em casos raros, uma mulher grávida pode continuar a ovular ou libertar um óvulo, e esse óvulo pode então ser fertilizado pelo esperma e implantado no útero. Esse fenómeno raro é conhecido como “superfetação”.

Neste novo caso, os gémeos foram concebidos com três semanas de intervalo, de acordo com o Good Morning America, um programa americano.

A mãe, Rebecca Roberts, tinha 39 anos quando engravidou pela primeira vez no ano passado após tentar engravidar durante vários anos e tomar medicamentos para fertilidade.

Na 12ª semana de gestação, os médicos descobriram um segundo bebé que tinha uma diferença de tamanho de três semanas em relação ao primeiro. Como a superfetação é tão rara que inicialmente os médicos não conseguiram explicar a diferença de tamanho entre os dois bebés.

Após uma análise mais detalhada, os médicos diagnosticaram Roberts com superfetação e explicaram-lhe que o segundo bebé poderia não sobreviver.

Devido a um problema de crescimento do bebé mais novo, e às 33 semanas de gravidez, os médicos induziram o parto, que ocorrem em setembro do ano passado.

A história acabou por ter um final feliz, ao contrário das previsões dos médicos.

O gémeo mais velho, Noah, ficou numa internado unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) durante três semanas, e Rosalie, a bebé mais nova, ficou por 95 dias. No entanto, ambas as crianças estão agora em casa e são saudáveis.

“Os gémeos têm um vínculo incrível, mas a história deles, e quando eles tiverem idade suficiente para descobrir, vai fazê-los sentir ainda mais especiais”, referiu Roberts.

Segundo o Live Science, não está claro quantos casos de superfetação ocorrem por ano, mas muitos podem passar despercebidos devido à proximidade da idade dos os fetos.

Os casos mais conhecidos de superfetação envolvem pacientes que usaram técnicas de reprodução assistida, tal como fertilização in vitro, de acordo com a Healthline.

Ainda assim, o fenómeno é considerado extremamente raro.

https://zap.aeiou.pt/mulher-engravida-ja-gravida-392564

 

Amazon reconhece que há trabalhadores que têm de urinar em garrafas durante os turnos !

A Amazon pediu desculpas ao congressista democrata Mark Pocan por ter publicado um tweet, na semana passada, a negar que há funcionários a urinar em garrafas de água durante os turnos.


A Amazon admitiu que há trabalhadores que têm de urinar em garrafas de água, durante os turnos, uma acusação de um congressista norte-americano que a empresa de comércio online começou por negar.

“Sabemos que os nossos condutores podem ter tido problemas para encontrar casas de banho por causa do trânsito ou por estarem em estradas rurais, e, particularmente por causa da covid-19, muitas casas de banho públicas foram encerradas”, declarou a empresa, num comunicado divulgado na sexta-feira.

A polémica começou na semana passada por causa de um congressista democrata, Mark Pocan, que disse numa mensagem publicada no Twitter que “o facto de pagar 15 dólares por hora”, não faz da Amazon um “lugar progressista para trabalhar”.

“Não, quando obrigam os vossos empregados a urinar em garrafas de plástico“, rematou.

A empresa respondeu diretamente na sua conta oficial, afirmando que este não devia acreditar nessa história do “xixi nas garrafas”. “Se fosse verdade, ninguém trabalharia para nós”, argumentou a Amazon.

No entanto, surgiram em vários meios de comunicação testemunhos de empregados da empresa que confirmaram essa prática, e o The Intercept afirmou ter obtido documentos internos que atestam que era conhecida dos responsáveis da Amazon.

Nos relatos dos trabalhadores, referia-se que o ritmo de trabalho imposto na empresa era o principal fator para a falta de tempo para ir à casa de banho.

Devemos um pedido de desculpa ao congressista Pocan“, declarou a empresa em comunicado, reconhecendo que a sua resposta no Twitter foi “incorreta, não teve em consideração os motoristas e focou-se no que se passa nos centros de distribuição”, onde os trabalhadores podem “sair do seu posto em qualquer altura” para ir às “dezenas de casas de banho” que têm à disposição.

O problema que afeta os motoristas da Amazon já é antigo e “generalizado a toda a indústria”, afirmou a empresa, reconhecendo não saber como o resolver mas comprometendo-se a “procurar soluções”.

Mark Pocan reagiu afirmando que o problema não é consigo, mas com os trabalhadores a que a Amazon não confere “respeito e dignidade“. “Comecem por reconhecer as condições de trabalho inapropriadas que criaram para todos os vossos trabalhadores”, apelou.

De acordo com o Ars Technica, a Amazon, uma empresa com mais de 1,1 milhão de trabalhadores, tem estado na defensiva nas últimas semanas, depois de os funcionários de Bessemer terem votado pela criação de um sindicato.

A votação foi encerrada no início desta semana, mas o National Labor Relations Board ainda não anunciou os resultados.

https://zap.aeiou.pt/amazon-trabalhadores-urinar-garrafas-392441

 

Na Birmânia, pintaram-se mensagens pró-democracia em ovos da Páscoa e protestou-se mais uma vez !

Na Birmânia, vários manifestantes pintaram mensagens pró-democracia em ovos da Páscoa, que exibiram este domingo num protesto contra o golpe militar do dia 1 de fevereiro.


Manifestantes em Myanmar usaram, este domingo, ovos pintados como tema comum a vários protestos pelo país contra o golpe de estado militar. De acordo com o Público, os ovos incluíam mensagens como “revolução da Primavera“, “temos de vencer” e “rua MAH“, em referência ao chefe da Junta Militar, Min Aung Hlaing, que liderou o golpe.

Os ovos foram um símbolo de união nacional nos protestos que ocorreram em várias cidades da Birmânia e que atraíram milhares de pessoas este domingo.

Na maior cidade do país, Rangum, um grupo desfilou pelo distrito de Insein cantando temas de protesto e em Mandalay, a segunda maior cidade, manifestantes em motos gritaram slogans contra o golpe de 1 de fevereiro.

Os militares de Myanmar reprimiram violentamente os protestos de reação ao golpe, matando pelo menos 557 civis, de acordo com a organização independente Associação de Assistência aos Presos Políticos, que conta já 2.750 pessoas detidas ou condenadas por se manifestarem.

Este domingo, as forças de segurança dispararam sobre manifestantes em Pyinmana, no centro do país, matando pelo menos uma pessoa, segundo a agência Khit Thit Media.

Na sua homilia pascal, o Papa Francisco rezou “pelos jovens de Myanmar que apoiam a democracia e fazem ouvir as suas vozes pacificamente, sabendo que só o amor é capaz de expulsar o ódio”.

A chamada “Greve dos ovos de Páscoa” segue-se a outros protestos temáticos, em que se incluíram a “Greve das Flores”, quando os manifestantes colocaram flores nos locais em que civis foram assassinados pelas forças de segurança, e a “Greve Silenciosa”, quando se recolheram em casa, deixando as ruas desertas.

As forças de segurança continuam a reprimir os cidadãos: na noite de sábado, um habitante de Rangum divulgou um vídeo em que um grupo de soldados e agentes da polícia são vistos a partir janelas atirando pedras e são recorrentes os relatos de rusgas noturnas, destruição de propriedade, disparos e prisões aleatórias.

60 celebridades acusadas de incitamento à violência

Pelo menos 60 celebridades foram acusadas pelas autoridades birmanesas do crime de incitamento à violência por apoiarem publicamente os protestos contra o golpe de estado militar em Myanmar.

A emissora pública MRTV, agora controlada pelos militares, publicou no domingo à noite mandados de captura para 20 artistas, incluindo atores e cantores, acusados de publicar mensagens de apoio ao movimento de desobediência civil, juntando-se a 40 celebridades acusadas nos dias anteriores.

Os militares acusaram as celebridades de tentarem desestabilizar o país através de mensagens em redes sociais a instar os funcionários públicos a não irem trabalhar e de publicarem propaganda a favor do grupo de parlamentares eleitos que se autodenominam “Governo legítimo”, mas classificado de “ilegal” pela junta militar.

https://zap.aeiou.pt/birmania-ovos-pascoa-protestou-se-392407

 

“O inimigo foi derrubado” - Forças governamentais dizem já controlar “completamente” Palma !

As Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas assumiram “completamente” o controlo da vila de Palma, disse, este domingo, o porta-voz do Teatro Operacional Norte.


Palma “está completamente [tomada pelas Forças de Defesa e Segurança]. Hoje mesmo concluímos a clarificação da única área que ainda faltava clarificar [limpeza], fizemos isto esta manhã e está totalmente segura“, afirmou Chongo Vidigal, falando a partir da vila.

A “área sensível” entretanto libertada é o aeródromo da vila e a segurança já foi restaurada, acrescentou o porta-voz do Teatro Operacional Norte. O próximo passo, prosseguiu, será a criação de condições para um regresso seguro da população, obrigada a fugir na sequência dos ataques de 24 de março.

“É uma fase crítica, porque precisa de muita acutilância, muita atenção e muita ponderação por parte das Forças de Defesa e Segurança, no sentido de ir recebendo esta população, mas também fazendo a profilaxia [a prevenção da infiltração de grupos armados], para que não voltem a causar problemas”, acrescentou o brigadeiro.

O governador da província de Cabo Delgado, onde se situa Palma, Valige Tauabo, assegurou aos jornalistas que “o inimigo foi derrubado”, devendo ser garantido o regresso seguro dos deslocados.

“A nossa presença é por sabermos que as Forças de Defesa e Segurança se entregaram à causa da pátria. O trabalho que foi feito fez com que o inimigo fosse derrubado“, declarou aos jornalistas, em Palma.

Entretanto, o canal televisivo Sky News recebeu imagens inéditas que mostram a dimensão do ataque, nas quais se pode ver, por exemplo, pessoas ao lado de mensagens, como “Help” e “SOS”, feitas com lençóis e pedras.

À estação britânica, um analista de segurança, que não quis ser identificado, afirmou que “o exército de Moçambique foi apanhado completamente desprevenido” e que os militantes “foram atacados por dentro”.

“Eles não sabiam para que lado se virar, alguns simplesmente abandonaram as suas posições e correram”, disse ainda.

O ataque provocou dezenas de mortos, entre eles o empresário britânico Philip Mawer. Segundo a Sky News, teme-se que este tenha sido apenas o primeiro de uma invasão maior que se está a espalhar pelo norte do país.

A violência desencadeada há mais de três anos na província de Cabo Delgado ganhou uma nova escalada há uma semana, quando grupos armados atacaram pela primeira vez a vila de Palma, que está a cerca de seis quilómetros dos multimilionários projetos de gás natural.

Os ataques obrigaram à fuga de milhares de residentes de Palma, agravando uma crise humanitária que atinge cerca de 700 mil pessoas na província, desde o início do conflito, de acordo com dados das Nações Unidas.

https://zap.aeiou.pt/forcas-governamentais-controlar-palma-392389

 

AstraZeneca afastada de laboratório que estragou 15 milhões de doses da vacina da Johnson & Johnson !

A Johnson & Johnson vai supervisionar a fábrica da Emergent BioSolutions, onde cerca de 15 milhões de doses da vacina da farmacêutica norte-americana foram danificadas durante a produção.


Segundo o jornal The New York Times, trata-se de uma “medida extraordinária” do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS), depois de ter sido divulgado que na instalação situada em Baltimore (Maryland) foram misturados ingredientes das vacinas da Johnson & Johnson e da farmacêutica AstraZeneca.

A decisão prevê igualmente que o laboratório já não produzirá a vacina da AstraZeneca, que ainda não obteve autorização da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) para ser distribuída nos Estados Unidos.

Em comunicado, a Johnson & Johnson indicou no sábado que está a assumir “toda a responsabilidade quanto ao fabrico da substância farmacológica para a sua vacina covid-19 nas instalações da Emergent BioSolutions”.

“A companhia está a juntar quadros dedicados às operações e à qualidade, e a aumentar significativamente o número de funcionários e técnicos de operações de fabrico e qualidade, para trabalhar com os especialistas da empresa que já estão na Emergent”, afirma o comunicado, sem mais detalhes.

A farmacêutica, com sede em New Brunswick (New Jersey), sublinhou que as doses da sua vacina distribuídas até agora “cumpriram com os rigorosos padrões de qualidade da empresa e os regulamentos” e antecipou que, no final de maio, entregará “cerca de 100 milhões de doses individuais” ao Governo dos Estados Unidos.

“A empresa continua a trabalhar em estreita colaboração com a Food and Drug Administration para garantir a autorização de uso de emergência das instalações da Emergent”, acrescentou.

Na quarta-feira, a empresa anunciou ter identificado um lote que “não cumpria com os padrões de qualidade na Emergent Biosolutions” e assegurou que o processo de fabrico dessas vacinas não tinha chegado a ser finalizado.

Segundo o comunicado, a fábrica ainda não está autorizada a fabricar o fármaco para a sua vacina.

O New York Times noticiou que a FDA ainda não entregou para distribuição nenhuma das doses da Johnson & Johnson fabricadas pela Emergent e adiantou que serão necessárias semanas até que receba autorização para distribuir as que já tenha produzido.

A fábrica da Emergent recebeu 628 milhões de dólares, em junho de 2020, como parte da iniciativa liderada pela então administração de Donald Trump para desenvolver vacinas contra o coronavírus, acrescenta o diário nova-iorquino. Esta unidade foi contratada pela Johnson e Johnson e pela AstraZeneca, acrescentou.

Segundo os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), 104,2 milhões de pessoas (cerca de 31,4% da população norte-americana) já receberam pelo menos uma dose da vacina, estando 59,8 milhões (18%) totalmente inoculadas.

https://zap.aeiou.pt/laboratorio-estragou-15-milhoes-doses-392381

 

segunda-feira, 5 de abril de 2021

O que fazer quando a extrema-direita se torna parte do sistema ? Na Suíça, a pandemia forçou uma abordagem incomum !

Os líderes e partidos de extrema-direita responderam de maneiras diferentes à pandemia de covid-19, dependendo se estavam ou não no poder. O Partido do Povo Suíço (SVP), que ocupa ambas as posições, optou por um abordagem sinuosa e um tanto confusa.


O primeiro caso de covid-19 na Suíça foi identificado no dia 25 de fevereiro do ano passado e não demorou muito até o país registar taxas alarmantes da doença.

Cinco dias depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado a covid-19 uma pandemia mundial, a Suíça declarou uma “situação extraordinária” sob a Lei de Epidemias, que permitiu ao Governo implantar as medidas necessárias para conter a propagação do vírus sem ser necessária a aprovação do Parlamento.

A Suíça tem um sistema político federal descentralizado. Uma grande coligação dos quatro maiores partidos forma o Governo, o que implica resolver conflitos políticos através de negociações e compromissos.

Neste contexto, a invocação de poder exclusivo do Governo federal foi controversa.

Adrian Favero, investigador do Departamento de Política e Estudos Internacionais da Universidade de Birmingham, assina um artigo no The Conversation no qual explica que a Suíça se tornou um caso de estudo para entender como uma crise de saúde global afeta a estabilidade de instituições democráticas bem estabelecidas e muda os debates políticos.

O caso do partido de extrema-direta SVP

O maior dos quatro principais partidos suíços no Governo, o Partido do Povo Suíço (SVP), é um dos partidos de extrema-direita mais fortes e bem-sucedidos da Europa.

Apesar de deter dois dos sete assentos no Governo federal da Confederação Suíça, o SVP continua a promover-se como oposição, um ato que se tornou desafiador durante a pandemia.

No início, os quatro partidos mantiveram-se unidos na implementação das restrições, mas a paz não durou muito tempo.

O SVP lamentou o impacto negativo que as medidas restritivas estavam a ter sobre a economia suíça e exigiu controlos mais rígidos nas fronteiras para evitar a propagação do vírus. Ao mesmo tempo, criticou a forma como o Governo lidava com a crise, visando o ministro federal da Saúde (do Partido Social-Democrata).

No final de outubro do ano passado, na mesma altura em que a Suíça confinou pela segunda vez, o ceticismo começou a proliferar na sociedade. Os cidadãos queriam mais controlo central sobre as decisões e, em resposta, o SVP intensificou as críticas e acusou o Governo federal de “introduzir uma ditadura“.

Esta acusação vinda do SVP é muito surpreendente, já que o partido tem dois representantes no Governo e a maioria das cadeiras no Parlamento.

O que esperava alcançar com esta estratégia continua a ser um mistério.

O investigador considera que é difícil concluir se esta abordagem beneficiou ou não o partido. Por um lado, permitiu ao SVP reforçar o seu perfil populista, ter visibilidade nos meios de comunicação e agir como defensor do interesse público e da economia nacional. Mas, por outro, a campanha contra o Governo fez o partido parecer um parceiro ineficaz.

https://zap.aeiou.pt/o-que-fazer-quando-a-extrema-direita-se-torna-parte-do-sistema-na-suica-a-pandemia-forcou-uma-abordagem-incomum-391162

 

Cheias “violentíssimas” em Díli fazem 11 vítimas mortais !

As cheias que atingiram hoje grande parte da cidade de Díli provocaram pelo menos 11 mortos, segundo um balanço atualizado, mas ainda provisório da Proteção Civil, estando as autoridades a planear a resposta de emergência.


Responsáveis do Governo e das várias estruturas de emergência estiveram reunidos de urgência no Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC) para analisar os danos causados pelas cheias, que arrastaram casas, destruíram estradas e várias outras estruturas.

Entre as prioridades definidas nessa reunião alargada liderada pelo CIGC está o apoio à evacuação das zonas mais afetadas e ao realojamento de centenas de famílias afetadas pelas inundações em vários pontos da cidade.

Participantes no encontro explicaram à Lusa que as prioridades passam igualmente pelo apoio humanitário de emergência a todas as vítimas e pelas operações de limpeza e recuperação de infraestruturas danificadas.

A reunião contou com a presença da equipa de liderança do CIGC, de vários membros do Governo, de vários diretores e ainda de elementos da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), da Proteção Civil e dos Bombeiros, entre outros.

O encontro deliberou que a resposta às inundações deve ter em conta os esforços continuados de combate à covid-19, procurando separar ao máximo as famílias.

As medidas estão a ser tomadas tendo em conta o facto de Timor-Leste estar a viver o pior momento da pandemia e, em particular, o facto de as inundações terem afetado várias estruturas usadas no combate à doença.

Entre os locais mais afetados contam-se o Centro de Isolamento de Vera Cruz, onde estão três doentes considerados moderados e um doente considerado grave, e que tiveram que ser realojados no Hospital de Lahane, devido às inundações.

Registaram-se ainda inundações no Laboratório Nacional e no centro de isolamento de Tasi Tolu, bem como no Serviço Autónomo de Medicamentos e Equipamentos de Saúde (SAMES), a farmácia central timorense.

No caso das pessoas infetadas que estão em Tasi Tolu, as autoridades estão a tentar identificar outros locais onde possam ser alojadas.

Funcionários da empresa ETO apoiaram os funcionários do SAMES e conseguiram retirar do local vários medicamentos e ainda algumas arcas com vacinas de vários tipos, ainda que muitos fármacos tenham ficado destruídos.

Paralelamente, as autoridades timorenses estão já a delinear as intervenções urgentes em termos de obras públicas, nomeadamente “reconstrução das vias rodoviárias mais afetadas e essenciais, limpeza das ribeiras.

“Vão ser ainda feitos preparativos para mais inundações porque a chuva pode durar mais alguns dias”, disse à Lusa um dos participantes no encontro.

A coordenação das intervenções imediatas vai ser coordenada com o secretário de Estado da Proteção Civil, com a Proteção Civil a recolher os dados das necessidades e das vítimas e policiais e militares a apoiar no realojamento das famílias.

“Foram também tomadas medidas de imediato para que já amanhã haja máquinas a limpar e a reconstruir e a ajuda a ser distribuída em larga escala”, referiu a fonte.

Portugal lamenta situação e oferece solidariedade e ajuda

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, ofereceu hoje a solidariedade e o apoio de Portugal a Timor-Leste.

Em declarações à agência Lusa, Augusto Santos Silva referiu que falou hoje com o embaixador de Portugal em Díli e com a ministra dos Negócios Estrangeiros timorense, os quais lhe transmitiram que “as inundações são violentíssimas”.

“Ambos disseram que nunca nas respetivas vidas tinham visto chover com esta intensidade e violência”, adiantou.

Augusto Santos Silva lamentou “profundamente” as mortes registadas na população de Timor-Leste, a quem exprimiu a solidariedade de Portugal.

“Há registo de muitos danos materiais, não há registo de nenhum dano pessoal entre a comunidade portuguesa. De qualquer forma, ainda é preciso apurar os danos materiais”, disse.

Os danos materiais são “muito evidentes e visíveis em Timor-Leste”, disse o ministro, acrescentando: “Ofereci a solidariedade portuguesa e o apoio português às autoridades de Timor-Leste durante a minha conversa com a ministra dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste e trabalharemos para esse fim nos próximos dias”.

A ajuda de Portugal deverá passar pelo programa de cooperação que Portugal tem com Timor-Leste.

“Já pedi aos serviços para estarem alerta, porque certamente nos próximos dias haverá pedidos de apoio, alguns de emergência, outros de reconstrução. Vamos esperar agora”, disse.

https://zap.aeiou.pt/cheias-dili-11-vitimas-mortais-392338

 

Raparigas no Paquistão ainda arriscam as suas vidas para poder jogar futebol !

Jogadoras de futebol de algumas das províncias mais conservadoras do Paquistão estão em Carachi, neste momento, para participar no campeonato nacional.


Sughra Rajab, de 19 anos, é uma dessas raparigas que está em Carachi, no Paquistão, para representar a sua cidade natal no Campeonato Nacional de Futebol Feminino, que dura um mês e conta com a participação de pelo menos 500 mulheres.

“Isto é muito mais do que um desporto para mim. Trata-se de fazer um statement“, disse a jovem paquistanesa à empresa de media Vice, que pertence ao grupo étnico hazara e vive em Quetta, cidade onde jogar futebol pode ser uma questão de vida ou de morte.

Os terroristas consideram que os hazaras são “menos muçulmanos” por serem xiitas. E, um pouco por todo o país, as mulheres continuam a lutar pela igualdade de género. No mais recente Global Gender Gap Report, do Fórum Económico Mundial, num total de 153 nações, o Paquistão ficou em 151.º lugar, apenas à frente do Iraque e do Iémen.

Mas Rajab e as restantes colegas da equipa Hazara Quetta Football Academy aprenderam a conviver com os riscos, enquanto lutam por um futuro melhor através da modalidade. Segundo a Vice, a paquistanesa ainda está no ensino secundário, mas espera conseguir entrar na universidade com a ajuda de uma bolsa desportiva.

A situação é deprimente. Dificilmente há uma família sem um mártir na nossa cidade. Mas temos de seguir em frente”, disse ainda, referindo-se às vítimas dos ataques terroristas que têm como alvo a sua comunidade.

Rajab não está sozinha quando falamos de quebrar estereótipos. Karishma Ali, de 23 anos, é outra aspirante a futebolista. A jogadora, que vive em Chitral, na fronteira com o Afeganistão, tornou-se a cara do futebol feminino paquistanês em 2019, depois de ter entrado na lista Forbes 30 Under 30.

A jovem lamenta o facto de noutros países ainda não se perceber o quão difícil é para uma rapariga jogar futebol no Paquistão.

“A cultura é diferente, principalmente em Chitral. Nessa altura, quando estava na ribalta, fui vítima de bullying online. (…) Podemos escolher levar isto com humor mas, ao mesmo tempo, temos de estar alerta”, disse Ali, que fundou, em 2016, o Chitral Women’s Sports Club.

Em declarações à Vice, o porta-voz da Federação Paquistanesa de Futebol, Mir Shabbar Ali, explicou que a ideia deste campeonato nacional é permitir mais jogos entre as equipas femininas.

“É uma realidade, de facto, que as mulheres no Paquistão não tiveram oportunidades iguais às dos homens, e é por isso que a federação quer dar um passo em frente, organizando o mesmo número de jogos tanto para jogadores como para jogadoras”, declarou.

“Isto é apenas o começo. Queremos criar um sistema no qual também haja igualdade salarial entre jogadores e jogadoras”, acrescentou.

https://zap.aeiou.pt/raparigas-paquistao-jogar-futebol-392130

 

Quem matou o pai de Michael Jordan ? Documentário sugere que homem condenado pode ser inocente !

Um novo documentário sugere que o homem preso há quase 30 anos pelo assassinato do pai da lenda do basquetebol Michael Jordan pode ser inocente.


Em 23 de julho de 1993, James Jordan, de 56 anos, foi morto a tiro em Lumberton, no estado norte-americano da Carolina do Norte, enquanto dormia num carro Lexus, que foi um presente do seu mundialmente famoso filho Michael Jordan. O crime parecia ter sido um roubo mal sucedido.

O corpo foi encontrado num pântano na Carolina do Sul 11 dias depois e foi acidentalmente cremado em 7 de agosto como um “John Doe” não identificado.

De acordo com o jornal britânico The Independent, a sua família, que relatou o desaparecimento 21 dias após o assassinato, não foi contactada.

Na época do crime, Larry Demery, então com 17 anos, confessou-se culpado de homicídio de primeiro grau e testemunhou contra o amigo e suposto cúmplice Daniel Green, então com 18 anos, que também foi condenado. Ambos foram condenados a prisão perpétua.

O tribunal ouviu que os adolescentes não sabiam inicialmente a identidade da vítima, mas, mais tarde, teriam usado o anel da NBA que Jordan recebeu do seu filho e usado o seu carro fazer chaamdas telefónicas, que foram usadas para rastreá-los.

Demery, agora com 44 anos, recebeu liberdade condicional inesperadamente em agosto do ano passado, devido a um detalhe técnico jurídico que permitirá que ele – mas não Green – seja libertado em 2023.

Agora, uma nova série documental, chamada “Moment of Truth”, que vai estrear no serviço de streaming da Amazon apresentou um caso para a inocência de Green, conforme relatado pelo The Daily Beast.

Green, que tinha um álibi para toda a noite do assassinato depois de participar numa festa na caravana da avó, afirmou repetidamente ao longo dos anos que não assassinou Jordan.

Agora com 45 anos, o homem disse que estava na festa quando Demery, que teria deixado o evento para se encontrar com um traficante de drogas, reapareceu e pediu-lhe para ajudar a esconder o corpo – antes de Demery supostamente o ter denunciado no depoimento.

“Em primeiro lugar, sei que ele mentiu e essa é a realidade. Eu sei que ele mentiu sobre mim e eu sei que ele matou James Jordan”, disse Green. “Amor e ódio não podem existir no mesmo espaço ao mesmo tempo. Como prisioneiro, acredito firmemente que uma pessoa que vai sair e não cometer crimes deve ser libertada. ”

A série apresenta alegações feitas pela primeira vez em 2016, de suposta má conduta policial, incluindo problemas com a autópsia e relatos de falha no acompanhamento de pistas sobre outros suspeitos, como o traficante de drogas condenado Hubert Larry Deese – filho do xerife do condado de Robeson Hubert Stone, que era amigo do investigador principal.

Quando a polícia rastreou chamadas feitas do telefone no Lexus de Jordan na noite do assassinato, a segunda chamada foi supostamente para Deese, que trabalhava com Demery na fábrica de Crestline Mobile Home, a menos de um quilómetro de onde o corpo foi descoberto mais tarde, e que teria sido usada como parte de uma rota de tráfico de drogas conhecida localmente como “Beco da Cocaína”.

A equipa de defesa de Green tentou apresentar evidências dessa chamada durante o seu julgamento de 1996, mas foi rejeitada pelo juiz.

Deese foi preso por tráfico de cocaína um ano após o assassinato.

Em 1997, um ex-polícia disse a agentes federais que Deese já tinhas subornado polícias que trabalhavam em investigações de drogas, de acordo com o The News and Observer em 2016. Os advogados de Deese negam as alegações.

Em 2002, uma investigação sobre a corrupção no Gabinete do Xerife do Condado de Robeson levou ao indiciamento de 22 polícias, incluindo Glenn Maynor – que sucedeu o pai de Deese como xerife.

Representantes de Green afirmam, no documentário, que as evidências constituem um caso convincente para um novo julgamento.

“No mínimo, acho que Daniel merece uma audiência probatória, que provaria que merece um novo julgamento. Mas, na minha mente, as evidências apoiam a acusação de assassinato [a ser] rejeitada. Está na prisão há mais 18 anos do que deveria, pelos crimes que admite e pelos crimes que acredito que as evidências apoiam”, disse Christine Mumma, diretora executiva do North Carolina Center on Actual Innocence.

“Estou feliz que a verdadeira narrativa esteja a ser divulgada. Há pessoas por aí que sabem o que realmente aconteceu com James Jordan. Espero que esta história dê às pessoas coragem para dizer a verdade”, rematou.

Por outro lado, os procuradores não acreditam que a luta de Green seja genuína e que “nunca vai confessar o que fez. Ele simplesmente não vai aceitar”.

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A Amazon começou uma guerra no Twitter contra senadores norte-americanos !

Bernie Sanders e Elizabeth Warren têm criticado as práticas de trabalho e negócios da Amazon. Jeff Bezos não ficou feliz e a discórdia atingiu novos patamares, com a empresa a atacar os senadores nas redes sociais.


A Vox avança que o CEO da Amazon, Jeff Bezos, exprimiu insatisfação com os funcionários da empresa por não serem agressivos na forma como resistem às críticas de que a Amazon é alvo. Perante o puxão de orelhas do líder, seguiu-se uma série e tweets sarcásticos e agressivos.

O momento coincidiu com a maior eleição sindical da história da empresa em Bessemer, no Alabama. Quando surgiram notícias de que Bernie Sanders estava a planear uma visita ao estado norte-americano, Dave Clark, um alto executivo da empresa, deu início à guerra de tweets.

“Dou as boas-vindas a @SenSanders em Birmingham e agradeço o seu esforço por um local de trabalho progressivo. Costumo dizer que somos os Bernie Sanders dos empregadores, mas não é bem assim, porque, na verdade, oferecemos um local de trabalho progressivo”, escreveu Clark.

Poucas horas depois, a conta oficial da Amazon News, com mais de 170 mil seguidores, atirou contra o deputado Mark Pocan, que questionou a afirmação de “local de trabalho progressivo” de Clark ao aludir a rumores de que o ritmo de trabalho da Amazon estava a ser tão exigente que os trabalhadores “têm que urinar em garrafas de água“.

“Não acredita nessa história de fazer xixi em garrafas, pois não?” questionou a conta oficial da Amazon News. “Se isso fosse verdade, ninguém trabalharia para nós.”

A Vox continua e conta que, depois de uma troca de ideias com Elizabeth Warren, que começou com a senadora a criticar os pagamentos de impostos da empresa, a mesma conta da Amazon fez outro tweet polémico.

“Isto é extraordinário e revelador. Uma das políticas mais poderosas dos Estados Unidos acabou de dizer que vai acabar com uma empresa americana para que não possa mais criticá-la“, escreveu.

Questionado pela Vox, um porta-voz da Amazon não quis tecer comentários.

Se o objetivo de Jeff Bezos era abafar as notícias da campanha sindical durante um período de tempo, conseguiu. No entanto, em vez de falarem do sindicato, os meios de comunicação social concentraram-se na atitude invulgar de uma empresa a lutar contra poderosos legisladores no Twitter.

Dentro da Amazon, os próprios funcionários ficaram perplexos com a abordagem da empresa na rede social e levantaram suspeitas acerca da atividade suspeita da conta.

Um engenheiro de segurança salientou, inclusivamente, que os tweets foram publicados usando a aplicação da web do Twitter em vez do Sprinklr, o software de administração de redes social normalmente usado pela conta da Amazon News.

https://zap.aeiou.pt/amazon-guerra-twitter-senadores-391504

 

domingo, 4 de abril de 2021

Um drift no gelo - Supercarro elétrico de quatro motores faz testes de inverno em lago congelado !

Na semana passada, a startup EV Drako Motors anunciou que esteve no Colorado e no Texas, nos Estados Unidos, a fazer testes de inverno com o supercarro elétrico GTE. Ao volante estiveram os pilotos Andy Pilgrim e David Hackl.

A EV Drako Motors divulgou vídeos do supercarro elétrico GTE a fazer drifting numa pista coberta de neve e num lago congelado de alta altitude.

De acordo com o CNET, os testes feitos com os pilotos profissionais Andy Pilgrim e David Hackl têm como objetivo mostrar a tecnologia DriveOS, que controla os quatro motores do automóvel para maximizar o desempenho e a aderência, mesmo em situações bastante extremas – como neve e gelo.

A primeira paragem do GTE foi em Steamboat Springs, no Colorado. O ex-piloto de Le Mans e ex-campeão do World Challenge, Andy Pilgrim, percorreu um circuito coberto por uma superfície de neve bastante profunda e irregular, mais de dois mil metros acima do nível da água do mar.

A segunda parte do teste foi realizada no lago congelado de Georgetown, mais de 2.500 metros acima do nível do mar, com David Hackl ao volante. O piloto de Pikes Peak fez algumas manobras radicais, como drift (uma técnica que consiste em deslizar nas curvas, deixando escapar a traseira do carro).

Na neve, este tipo de manobras são complicadas de realizar: a maioria dos carros de combustão interna lutam para “respirar”, enquanto a maioria dos EVs tem dificuldade em lidar com temperaturas abaixo de zero.

De acordo com a Drako, o GTE “lidou com calma” em todos os testes de inverno feitos pela empresa. Ainda assim, a startup não forneceu dados específicos sobre os efeitos da temperatura na vida da bateria ou dos motores, pelo que é difícil confirmar estas afirmações.

Este supercarro elétrico tem 1.200 cavalos de potência, bateria de 90 kWh e atinge uma velocidade máxima de 331 km/h. A startup começou a produção do automóvel este ano e planeia produzir 25 unidades por mais de um milhão de euros cada.

https://zap.aeiou.pt/drift-supercarro-eletrico-lago-congelado-390667

Perda de memória, alucinações e atrofia muscular - Misterioso distúrbio cerebral intriga médicos no Canadá !

Médicos canadianos temem estar a lidar com uma doença cerebral até então desconhecida devido a uma série de casos que envolvem perda de memória, alucinações e atrofia muscular.


Há mais de um ano que as autoridades de saúde pública do Canadá rastrearam 43 casos de suspeita de doença neurológica sem causa conhecida na província de New Brunswick.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, a investigação só foi conhecida na semana passada, quando foi divulgada uma nota da agência de saúde pública que pedia aos médicos para estarem atentos a sintomas semelhantes à doença de Creutzfeldt-Jakob – uma doença cerebral rara e fatal causada por proteínas deformadas conhecidas como priões.

“Estamos a colaborar com diferentes grupos e especialistas nacionais. No entanto, nenhuma causa clara foi identificada neste momento”, lia-se no memorando.

Uma série de sintomas, incluindo perda de memória, problemas de visão e movimentos bruscos anormais dispararam um alerta com a rede de vigilância CJD do Canadá. Apesar das semelhanças iniciais, a triagem não produziu nenhum caso confirmado de CJD.

“Não temos evidências que sugiram que seja uma doença de prião”, disse Alier Marrero, neurologista que liderou a investigação de New Brunswick.

Agora, uma equipa de investigadores, incluindo cientistas federais, estão numa corrida contra o tempo para determinar se estão a lidar com uma síndrome neurológica desconhecida ou com uma série de doenças não relacionadas, mas previamente conhecidas e tratáveis.

Marrero disse que os pacientes inicialmente reclamaram de dores inexplicáveis, espasmos e mudanças de comportamento – todos sintomas que poderiam ser facilmente diagnosticados como ansiedade ou depressão.

Contudo, ao longo de 18 a 36 meses, começaram a desenvolver declínio cognitivo, perda de massa muscular, salivação e batimento dos dentes. Vários pacientes também começaram a ter alucinações.

Para que um novo caso seja incluído neste grupo de casos, Marrero e a equipa realizam um extenso estudo da história do paciente, bem como uma bateria de testes, incluindo imagens cerebrais, testes metabólicos e toxicológicos e punção lombar, para descartar outras doenças possíveis, como demência, doenças neurodegenerativas, doenças autoimunes e possíveis infeções.

Apenas um único caso suspeito foi registado em 2015, mas, em 2019, havia 11 casos e 24 em 2020. Os cientistas acreditam que cinco pessoas morreram da doença.

“Não vimos nos últimos 20 anos ou mais um grupo de doenças neurológicas resistentes ao diagnóstico como esta”, disse Michael Coulthart, chefe da rede de vigilância CJD do Canadá.

A maioria dos casos está ligada à península Acadian, uma região pouco povoada na parte nordeste da província. O número geral de casos permanece baixo, mas New Brunswick tem uma população de menos de 800 mil pessoas.

Uma equipa crescente de investigadores está a trabalhar para determinar se há uma ligação comum entre os casos ou quaisquer causas ambientais, incluindo fontes de água, plantas e insetos.

“Não sabemos o que está a causar isto”, disse Marrero. “De momento, só temos mais pacientes a parecer ter essa síndrome”.

A notícia da doença desconhecida gerou preocupação, mas os especialistas alertaram contra tirar conclusões prematuras.

“Realmente não sei se temos uma síndrome definida. Simplesmente ainda não há informações suficientes”, disse Valerie Sim, investigadora de doenças neurodegenerativas da Universidade de Alberta.

A cientista observou que não foram documentados os principais marcadores para doenças neurológicas degenerativas e que a ampla gama de sintomas no grupo era “atípica” para a maioria das doenças cerebrais. Ao mesmo tempo, certos tipos de cancro, demência ou diagnósticos errados podem explicar a extensão dos sintomas.

https://zap.aeiou.pt/perda-de-memoria-alucinacoes-e-atrofia-muscular-391720

 

Há um país em África que vacina mais depressa do que quase todos os da União Europeia !

Marrocos já foi felicitado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por estar entre os países do mundo que melhor estão a gerir a vacinação contra a covid-19.


De acordo com a agência EFE, Marrocos já vacinou mais de quatro milhões de pessoas contra a covid-19. A campanha nacional de vacinação começou a 29 de janeiro e tem como objetivo imunizar 80% da população, de cerca de 30 milhões, até finais de junho.

A vacinação é gratuita para todos os maiores de 18 anos por ordem do rei Maomé VI, incluindo estrangeiros que vivem no país, e tornou-se um exemplo de sucesso ao conseguir dar uma média de 100 mil vacinas por dia.

No início de março, a Organização Mundial da Saúde felicitou este país por estar entre as dez nações do mundo que melhor estão a gerir a vacinação contra a covid-19.

“Marrocos está entre os dez primeiros países que cumpriram com sucesso o desafio da vacinação contra a covid-19″, podia ler-se na conta do Twitter da OMS.

Segundo dados do portal OurWorldInData, relativos ao passado dia 31 de março, os dez países que mais doses administraram até agora são Israel, Chile, Bahrein, Estados Unidos, Hungria, Sérvia, Uruguai, Marrocos, Alemanha e Turquia.

A União Europeia (UE), por outro lado, está a ter muitas dificuldades em acelerar a vacinação contra a covid-19. Bruxelas atribui os níveis baixos de inoculações aos problemas de entrega das vacinas da AstraZeneca, exigindo que a farmacêutica recupere os atrasos na distribuição e honre o contratualizado.

Ainda esta sexta-feira, o diretor da OMS Europa, Hans Kluge, criticou a lentidão “inaceitável” dos 27 e afirmou que a situação desta região no continente “é a mais preocupante” observada há vários meses.

A Hungria, que faz parte da União Europeia, consegue ser uma das exceções à regra, uma vez que, ao contrário da maioria dos Estados-membros, começou a usar vacinas que ainda não foram aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) como, por exemplo, a vacina chinesa Sinopharm e a russa Sputnik V.

https://zap.aeiou.pt/pais-africa-vacina-mais-depressa-391807

 

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