sábado, 10 de abril de 2021

Covid-19 está a ameaçar as línguas indígenas mais raras do mundo !

A pandemia de covid-19 está a ameaçar algumas das línguas indígenas mais raras do mundo. A doença está a matar os últimos falantes de alguns idiomas.


Para além dos óbvios efeitos da pandemia de covid-19 na saúde e na economia, gradualmente vamos conhecendo outras áreas onde esta doença também pode ter consequências devastadoras. As línguas indígenas são um desses exemplos.

Da Amazónia à Sibéria, a covid-19 está a matar os anciãos tribais que são os últimos a falar algumas das línguas mais raras do mundo, escreve a VICE.

Em novembro do ano passado, morreu Emilio Estrella, possivelmente o único falante idoso de Cacataibo, uma língua indígena ameaçada de extinção na Amazónia peruana. O homem de 90 anos foi vítima da covid-19.

“É muito difícil encontrar alguém como ele, com a amplitude de conhecimento que ele tinha, que pudesse ensinar-me de tudo, desde canções tradicionais a como fazer uma flecha”, disse Roberto Zariquiey, linguista da Pontifícia Universidade Católica do Peru, que passou quase uma década a trabalhar com Estrella para criar um dicionário e um guia de gramática de Cacataibo. “Era como um pai para mim”.

No extremo norte da Rússia, Chukchi, Nenetses e outros grupos indígenas remotos são conhecidos por serem mais suscetíveis à covid-19 por causa da sua marginalização preexistente e problemas de saúde relacionados. Mas a Amazónia parece ser o lugar onde a pandemia atingiu com maior impacto as línguas indígenas.

Enquanto isso, a nova estirpe mais contagiosa do novo coronavírus que se originou na cidade de Manaus, no Brasil, está a espalhar-se em grande parte da América do Sul.

“É realmente assustador. Estas são comunidades que já eram marginalizadas antes da pandemia”, diz Mandana Seyfeddinipur, que chefia o Projeto de Documentação de Línguas em Perigo na Universidade SOAS de Londres. “Estamos a falar de séculos destes povos a desenvolver o seu conhecimento e cosmologia. Estamos a perder a diversidade de maneiras de ver e compreender o mundo”.

https://zap.aeiou.pt/covid-ameacar-linguas-indigenas-393880

 

Durante a peste, o Papa Alexandre VII foi o pioneiro do confinamento e salvou milhares de vidas !

Embora a ciência só tenha descoberto a causa da peste em 1894, no século XVII o Papa Alexandre VII decretou medidas sanitárias que, para muitos especialistas, contribuíram para que a letalidade da doença fosse muito menor na população romana.


De acordo com levantamento realizado pelo historiador italiano Luca Topi, professor da Universidade de Roma La Sapienza, entre 1656 e 1657 a peste matou 55% da população da Sardenha, metade da população de Nápoles e 60% dos que habitavam Génova.

No entanto, em Roma, foram 9,5 mil mortos num universo de 120 mil pessoas – menos de 8%. Calcula-se que a peste tenha dizimado cerca de metade da população europeia, em diversas ondas.

Alexandre VII tinha sido eleito Papa há um ano quando começaram a chegar relatos de mortes pela doença no reino de Nápoles.

Assim que surgiram as primeiras notícias de que a peste teria chegado a Roma, Alexandre VII colocou em alerta a Congregação da Saúde, que havia sido criada devido a um surto anterior.

A 20 de maio, foi promulgado um decreto que suspendia toda a atividade comercial com o reino de Nápoles – já fortemente afetado. Na semana seguinte, as restrições estenderam-se e ficou também proibido o acesso a Roma de qualquer viajante vindo da cidade.

No dia 29, a cidade de Civitavecchia, dentro dos domínios dos Estados Pontifícios, registou a chegada da peste e foi imediatamente colocada em quarentena.

As medidas de contenção tomadas por Alexandre VII

A partir de então, qualquer entrada tinha de ser justificada e registada.

A 15 de junho, Roma teve o primeiro caso: um soldado napolitano que morreu num hospital. Depois do sucedido, as medidas começaram a endurecer cada vez mais, sendo que poucos dias depois, uma lei passou a obrigar a todos infetados a informarem as autoridades do seu estado de saúde.

Assim, um documento papal passou a obrigar todos os padres, e os seus ajudantes, a visitar, a cada três dias, todas as casas das suas paróquias para identificar e registar os doentes.

Na época, esta foi a única forma encontrada de registar os infetados.

Com as notícias de mais mortes a chegar, a primeira ideia foi tentar isolar a região. Na noite do dia 22 para o dia 23 de junho, sob as ordens de três cardeais, vários trabalhadores ergueram um muro de contenção após nove horas de trabalho.

Depois disso, o endurecimento das regras foi gradual até que foi exigido um confinamento completo.

“Foram banidas várias atividades económicas e sociais. Festas, cerimónias públicas, civis e religiosas também foram canceladas”, refere o seminarista Gustavo Catania, filósofo do Mosteiro de São Bento de São Paulo.

Por outro lado, os “mercados foram suspensos e algumas pessoas que moravam na rua foram retiradas, porque podiam ser focos de contágio. A travessia noturna do Rio Tibre também foi proibida”, acrescenta o estudioso.

O Papa também determinou que naquele período ninguém deveria fazer jejum, numa tentativa de que as pessoas não se privassem de alimentos e, assim, se mantivessem mais saudáveis para o caso de serem infetadas.

Todas as pessoas que tinham pelo menos um caso na família estavam proibidas de sair de casa.

Para garantir a assistência, Alexandre VII separou os padres e os médicos em dois grupos: aqueles que teriam contacto com os doentes e os que não teriam, encarregando-se de zelar pelo restante da população.

Perante a nova medida “os médicos foram proibidos de fugir de Roma”, recorda Catania, lembrando que muitos tinham receio de ficar infetados com a peste.

Nos meses de outubro e novembro, quando a incidência da doença foi maior, chegou-se a prever pena de morte para quem não cumprisse as regras.

Vozes críticas

Apesar da gravidade da situação, nem todos acreditavam nas suas consequências.

“O Papa chegou a ser acusado de ter inventado a doença em benefício próprio, para ganhar popularidade”, conta a Mirticeli Medeiros, investigadora de história do catolicismo na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

“Muitas pessoas não queriam que o pontífice adotasse as medidas para não alarmar a população”, complementa. “Até os seus colaboradores mais próximos o aconselharam a não fazê-lo. Temiam que, a partir do momento em que levasse a público a gravidade da situação, a economia passasse a sentir os efeitos”.

A BBC escreve que há relatos de que um médico teria divulgado notícias falsas acerca das reais motivações do confinamento. “Espalhou que essas decisões do Papa escondiam interesses políticos”, diz o historiador Victor Missiato, professor do Colégio Presbiteriano Mackenzie Brasília.

Outro caso foi o do religioso Gregorio Barbarigo. Quando foi eleito, o Papa Alexandre VII nomeou-o prelado da Casa Pontifícia, conselheiro e, em seguida, referendário do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica.

Contudo, o conselheiro acabou por ser uma voz crítica das medidas tomadas. “Questionava as medidas, dizia que estas provocavam mais mortes do que a peste, porque causavam mortes pela fome e pelo medo. Mesmo próximo ao Papa, tinha um olhar crítico”, frisa Araujo.

Quando o surto terminou em agosto de 1657, a celebração foi à altura.

Alexandre VII demonstrou o renascimento da Igreja com monumentos que marcam o Vaticano até hoje, como o conjunto de colunas da Praça de São Pedro, obra do escultor e arquiteto Gian Lorenzo Bernini.

https://zap.aeiou.pt/alexandre-vii-pioneiro-confinamento-393600

 

Coreia do Norte enfrenta ameaça de fome sem precedentes !

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, pediu à população que se prepare para tempos difíceis, comparando a fome atual com a vivida no país na década de 1990, que originou entre centenas de milhares e dois a três milhões de mortos.


O líder norte-coreano já tinha indicado que o país enfrenta a pior situação económica “de sempre” devido à pandemia, às sanções internacionais e desastres naturais. Segundo a BBC, citada pelo Público, o encerramento da fronteira com a China diminuiu 80% do comércio em 2020, após ter caído em 2018 com o alargamento das sanções da ONU.

“Decidi pedir ao Partido dos Trabalhadores que se organize a todos os níveis, incluindo no seu Comité Central, para travar outra ‘marcha árdua’, mais difícil, para aliviar o nosso povo da dificuldade, mesmo que apenas um pouco”, afirmou, numa conferência do partido. “Marcha árdua” é o termo usado pelos norte-coreanos para se referirem à fome dos anos de 1990, que deixou o país dependente de ajuda externa durante anos.

O relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos na Coreia do Norte, Tomás Ojea Quintana, disse num relatório recente que há no país “pessoas a morrer à fome e um aumento do número de crianças e de pessoas mais velhas a pedir nas ruas, com as suas famílias incapazes de as sustentar”.

Outro relatório, de uma investigadora da Human Rights Watch, referiu que “quase não há comida a entrar no país vinda China”, apontando para um maior número de “pedintes” e pessoas a morrer “à fome zona de fronteira”, sem “sabão, pasta de dentes ou pilhas”.

De acordo com o Guardian, alguns peritos dizem que a situação não se vai transformar numa fome generalizada porque a China não o permitirá, tentando evitar assim uma onda  de refugiados.

https://zap.aeiou.pt/marcha-ardua-coreia-do-norte-enfrenta-ameaca-de-fome-sem-precedentes-393913

 

Cerca de 87% das doses de vacinas foram obtidas por países ricos !

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse hoje que a distribuição das vacinas anti-covid-19 no mundo está muito desequilibrada, referindo que 87% das doses de vacinas foram obtidas pelos países mais ricos.


“Cerca de 87% das vacinas [doses já produzidas] foram para os países mais ricos, enquanto muitos países não têm vacinas suficientes para administrar aos trabalhadores de saúde quanto mais à população inteira”, afirmou o responsável numa conferência de imprensa ‘online’ realizada a partir de Genebra.

Para destacar o desequilíbrio, Tedros Adhanom Ghebreyesus sublinhou que, “nos países mais ricos, uma em cada quatro pessoas já foi vacinada, enquanto nos mais pobres a relação é de uma em cada 500”.

Uma situação que o diretor-geral da OMS espera ver alterada nos próximos meses, sobretudo com a ajuda do mecanismo de distribuição equitativa de vacinas Covax.

“A Covax deveria distribuir 100 milhões de vacinas até ao final de maio, mas, devido a problemas que causaram atrasos nas entregas, foram distribuídas até ao final de março 38 milhões de doses”, adiantou o responsável da OMS, acrescentando esperar que seja possível ultrapassar os problemas nos meses de abril e maio.

“Queremos aumentar a produção” de vacinas e “estamos a falar com a Índia e a Coreia do Sul” para perceber como o podem fazer, referiu Tedros Adhanom Ghebreyesus, acrescentando que a OMS também está a negociar com países que têm mais doses de vacinas do que as que precisam para administrar a toda a população para que disponibilizem o excedente.

Também presente na videoconferência, o epidemiologista Seth Berkley, presidente executivo da Aliança das Vacinas (Gavi), adiantou que a vacina de fabrico chinês, a Sinopharm, pode ser incluída no lote distribuído pela Covax “antes de abril”.

“Estamos a analisar todos os produtos – precisamos que tenham eficácia comprovada – porque queremos ter um portefólio bem equilibrado”, afirmou.

“Neste momento temos sete [vacinas disponíveis no mecanismo], queremos ter entre 10 e 15, além de aumentar o volume” de fabrico, sublinhou Seth Berkley, que explicou que a necessidade obriga “a quadruplicar o fabrico” dos fármacos anti-covid-19.

“Precisamos de 12 a 14 mil milhões de doses até ao final do ano” e, por isso, “já estamos a verificar locais onde se possa fabricar mais vacinas, concluiu.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.903.907 mortos no mundo, resultantes de mais de 133,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

https://zap.aeiou.pt/vacinas-obtidas-paises-ricos-393898

Juiz determina que Senado investigue gestão do Governo de Bolsonaro na pandemia !

Um juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro determinou na quinta-feira que o Senado instale uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para esclarecer supostas omissões do Governo, presidido por Jair Bolsonaro, na gestão da pandemia.


O magistrado Luís Roberto Barroso, autor da decisão, aceitou um recurso apresentado por um grupo de senadores, que, desde o início de fevereiro, pedia a criação de uma CPI para investigar as ações do Executivo na gestão da crise de saúde provocada pela covid-19, noticiou esta sexta-feira a agência Lusa.

Desde então, o presidente da Câmara Alta, Rodrigo Pacheco, aliado de Bolsonaro, referiu a possibilidade de instalar a comissão, mas sempre considerou que não era o momento certo. Após a deliberação do STF, reforçou o argumento, mas sublinhou que acatará a decisão – na sua opinião “equivocada” – e que a comissão começará na “próxima semana”.

“Neste momento, em que a gravidade da pandemia exige união”, a comissão “parece-me um ponto fora da curva. Como é que se pretende apurar o passado se não conseguimos definir o presente e o futuro com ações concretas?”, questionou Pacheco.

O Brasil enfrenta atualmente a pior fase da pandemia, com sucessivos recordes de infeções e óbitos associados à covid-19, que já deixa mais de 345 mil mortes no país e cerca de 13,3 milhões de infetados em pouco mais de um ano. Na quinta-feira, o país voltou a ultrapassar o seu máximo diário ao registar 4.249 mortes em 24 horas.

A decisão de Barroso é um novo revés para o Governo de Bolsonaro, que desde o início da pandemia minimizou a gravidade da covid-19, a qual classificou de “gripezinha”, continua a censurar a adoção de medidas de isolamento social e chegou a pôr em dúvida a eficácia das máscaras.

Na sua transmissão semanal no Facebook, na quinta-feira, momentos antes da decisão do STF, Bolsonaro voltou a criticar as medidas de confinamento decretadas por governadores e prefeitos e declarou que “esse clima de pavor que é pregado junto à sociedade não ajuda a salvar vidas”.

“Eu gostaria que aqueles que acham que podem fechar [comércios] sem se preocupar com o desemprego visitem as comunidades, entrem na casa delas, vejam o que tem dentro da geladeira [frigorifico], como sobrevivem, para ver se vamos para o meio termo, pelo menos no que toca a evitar que empregos sejam destruídos”, disse o mandatário, referindo-se, pela primeira vez, a um equilíbrio entre medidas para conter o vírus.

Paralelamente, o Ministério Público Federal investiga desde janeiro a gestão do ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, também por supostas omissões na crise de saúde.

As CPI no Brasil têm competência para convocar as mais diversas autoridades para se manifestarem, inclusive ministros ou militares, e até mesmo para quebrar o sigilo telefónico e bancário dos investigados.

A investigação pode aumentar o desgaste do chefe de Estado, que perdeu dez pontos percentuais de popularidade no último trimestre, quando falta cerca de um ano e meio para as eleições presidenciais, às quais já admitiu recandidatar-se.

Em outra decisão ditada na quinta-feira, o plenário do Supremo infligiu mais uma derrota ao Executivo de Bolsonaro, ao determinar que governadores e prefeitos possam suspender as atividades religiosas presenciais para combater a covid-19.

Deputadas são “pessoas portadoras de vagina”

O deputado federal Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do Presidente brasileiro, referiu-se às mulheres que integram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) como “pessoas portadoras de vagina”, com uma das deputadas a avançar com uma queixa.

“Parece, mas não é a gaiola das loucas, são só as pessoas portadoras de vagina na CCJ sendo levadas a loucuras pelas verdades ditas pelo deputado Eder Mauro”, escreveu Eduardo Bolsonaro no Twitter.

O filho do Presidente acompanhou a sua mensagem com um vídeo mostrando o congressista Eder Mauro Cardoso, a chamar em voz alta de comunistas algumas deputadas da oposição ao Governo de Bolsonaro e a acusar as parlamentares de “implementarem sexo nas escolas para crianças de cinco e seis anos”.

https://zap.aeiou.pt/brasil-senado-investigar-gestao-governo-pandemia-393818

 

Vítimas em massa, agitação social e traumas - Relatório da China acusa EUA de causar desastres humanitários !

A China acusou esta sexta-feira os Estados Unidos de causarem desastres humanitários ao promoverem intervenções militares no exterior, num relatório difundido numa altura de crescente tensão entre as duas maiores potências do mundo.


O relatório, produzido pela Sociedade Chinesa de Estudos dos Direitos Humanos, um organismo sob tutela do Governo chinês, disse que as guerras lançadas pelos Estados Unidos, “sob a bandeira da intervenção humanitária, causaram vítimas em massa, danos a instalações, estagnação da produção, ondas de refugiados, agitação social, crise ecológica, traumas psicológicos e outros problemas sociais complexos”.

“O egoísmo e a hipocrisia dos Estados Unidos também foram totalmente expostos por estas guerras”, disse o relatório, que apresentou uma lista do que chamou de agressões dos Estados Unidos, desde a intervenção na Grécia, em 1947, até à sua oposição ao governo venezuelano, em 2019.

O documento citou os conflitos na península coreana, Vietname, Golfo Pérsico, Kosovo, Afeganistão, Iraque e Síria como as principais guerras dos Estados Unidos.

“As crises humanitárias causadas por ações militares derivam da mentalidade hegemónica dos Estados Unidos”, escreveu a agência noticiosa oficial Xinhua. “Estes desastres poderiam ter sido evitados se os EUA abandonassem o pensamento hegemónico, motivado por interesses próprios”, descreveu.

As relações entre Washington e Pequim permanecem turbulentas apesar da mudança de administração nos Estados Unidos.

As tensões aumentaram durante o mandato do antecessor Donald Trump, que lançou uma guerra comercial e tecnológica contra o país asiático e reforçou os laços com Taiwan, a ilha que Pequim reclama como parte do seu território, apesar de funcionar como uma entidade política soberana.

Embora Joe Biden não tenha tomado nenhuma ação importante, também não deu nenhum sinal de querer reverter a linha dura adotada pelo ex-presidente.

O Congresso norte-americano está também a preparar nova legislação que enfatize a competição com Pequim na diplomacia, comércio e outros campos. A China reagiu com retórica acalorada e proibição de emissão de vistos a autoridades norte-americanas e outras pessoas que considera terem prejudicado os seus interesses por meio de críticas ao seu histórico de Direitos Humanos.

https://zap.aeiou.pt/relatorio-da-china-acusa-estados-unidos-de-cau-393765

 

Dos 50 aos 65 anos - No travão à AstraZeneca, decisões quanto à idade divergem !

Vários países decidiram restringir o uso da vacina AstraZeneca a uma camada mais velha da população, mas as decisões sobre a faixa etária divergem.

A lista de países que decidiram suspender unilateralmente a vacina da AstraZeneca a determinadas faixas etárias não pára de aumentar. No entanto, apesar dos apelos a uma resposta coordenada, os critérios divergem e vão desde os 50 até aos 65 anos.

De acordo com o ECO, pelo menos 14 países decidiram tomar esta posição, 11 dos quais dentro do espaço comunitário. A maioria decidiu apenas aplicar a vacina da AstraZeneca a pessoas com mais de 60 anos: além de Portugal, a Alemanha, Espanha, Estónia, Itália, Holanda, Coreia do Sul e Filipinas.

Há, contudo, países mais cautelosos. Na Finlândia e na Suécia, a vacina da AstraZeneca é administrada apenas a pessoas com mais de 65 anos. Ao mesmo tempo, há países que decidiram suspende a vacina da AstraZeneca em todas as faixas etárias: a Dinamarca, Noruega e a Letónia.

A Austrália recomendou o uso da vacina da Pfizer, em vez da AstraZeneca, para pessoas com menos de 50 anos. Em França, a vacina está suspensa para pessoas maiores de 55 anos, desde 19 de março. Uma decisão também tomada pelo Canadá, cerca de 11 dias depois.

Esta sexta-feira, avança a Reuters, as autoridades de saúde francesas vão anunciar que os cidadãos com menos de 55 anos que já receberam uma dose da vacina da AstraZeneca deverão ser vacinados com uma segunda dose da Pfizer ou da Moderna.

A Bélgica anunciou, esta quinta-feira, que vai parar de vacinar pessoas com menos de 56 anos com a vacina da AstraZeneca. Esta decisão será revista pelos ministros da Saúde regionais e nacional no espaço de quatro semanas.

Para já, o Reino Unido não tomou uma posição definitiva, mas abre a possibilidade de administrar uma vacina alternativa à da AstraZeneca a menores de 30 anos.

Hong Kong anunciou que pediu à AstraZeneca para suspender a sua encomenda da vacina contra a covid-19 por receio de efeitos secundários e preocupações sobre a eficácia contra novas variantes do coronavírus.

A Agência Europeia do Medicamento admitiu que há uma possível relação entre a formação de coágulos sanguíneos e a vacina da AstraZeneca. No entanto, reiterou que os benefícios da vacinação continuam a superar os riscos.

O regulador aconselhou as pessoas que tomaram a vacina a contactar o médico assistente no caso de terem sintomas compatíveis – falta de ar, dor no peito, inchaço nas pernas, dor de barriga persistente, sintomas neurológicos (dores de cabeça graves e persistentes ou visão turva) ou pequenos pontos de sangue por baixo da pele no sítio onde foi dada a injeção – com a combinação dos coágulos e baixo nível de plaquetas.

Em causa está uma possível ligação entre a administração da vacina e casos raros de tromboembolismo associado ao baixo teor de plaquetas.

Face a estas conclusões, a presidência portuguesa da União Europeia (UE) decidiu convocar uma reunião de urgência com os ministros da Saúde dos 27 Estados-membros de forma a chegar a uma posição coordenada.

Os 27 não conseguiram acertar agulhas relativamente a critérios comuns, mas comprometeram-se a “continuar a seguir melhor a informação científica disponibilizada pela EMA nos seus pareceres”.

https://zap.aeiou.pt/astrazeneca-decisoes-idade-divergem-393734

 

“Ato de sabotagem.” - Rússia exige à Eslováquia a devolução da Sputnik V !

Um mês depois de terem chegado à Eslováquia, as primeiras 200 mil doses da vacina continuam num armazém e sem autorização de administração. O Fundo de Investimento Direto Russo acusou o país europeu de ter violado o contrato bilateral ao analisar as doses da Sputnik V em laboratórios de controlo de medicamentos não certificados pela UE.


Esta quinta-feira, o Fundo de Investimento Direto Russo (FIDR) acusou a Eslováquia de falhas contratuais e exigiu a devolução das vacinas ao país centro-europeu, que revelou não ter sido capaz de determinar a segurança de um lote da vacina russa.

“O FIDR (…) enviou uma carta em 6 de abril com o pedido de devolução da vacina devido às inúmeras violações do contrato, para que possa ser utilizado em outros países”, lê-se na nota divulgada no Twitter.

Segundo a publicação oficial, a Eslováquia violou o contrato bilateral ao analisar as doses da Sputnik V em laboratórios de controlo de medicamentos não certificados pela União Europeia (UE), noticia a agência EFE.

O organismo russo descreveu este comportamento como “um ato de sabotagem” e pediu ao país para que repita as análises em laboratórios aprovados por Bruxelas.

O FIDR também rejeitou as acusações do regulador eslovaco de que as vacinas fornecidas a Bratislava são diferentes daquelas que foram submetidas a testes clínicos.

“Todos os ensaios da Sputnik V têm qualidade idêntica e são submetidos a um estrito controlo de qualidade no Instituto Gamaleya”, sublinhou. E acusou os eslovacos de lançarem uma campanha de “desinformação” contra a vacina russa.

O regulador de medicamentos da Eslováquia disse que não foi capaz de determinar a segurança de um lote da vacina russa Sputnik V, entregue em março, e expressou dúvidas sobre sua composição.

“Os lotes da vacina [Sputnik V] usados em testes pré-clínicos e estudos clínicos publicados na revista Lancet não têm as mesmas características e propriedades que os importados para a Eslováquia”, destacou o Instituto Nacional de Controle de Medicamentos (SUKL), em declarações à agência AFP.

“Com base apenas em testes laboratoriais, não é possível concluir sobre a eficácia e segurança para humanos” do lote enviado à Eslováquia, acrescentou o instituto.

O regulador europeu já iniciou uma “análise contínua” da Sputnik V para determinar se cumpre os requisitos da União EUropeia em matéria de eficácia, segurança e qualidade.

O Ministério da Saúde do país vai aguardar a conclusão do processo de avaliação do regulador nacional antes de avançar com a administração das primeiras doses da vacina russa.

Na conta oficial da Sputnik V no Twitter, consta um desmentido de que as doses enviadas para o país sejam diferentes. As notícias “baseadas em fontes anónimas” de que as doses da vacina enviadas para a Eslováquia são diferentes da Sputnik V dos testes clínicos “são falsas“, lê-se na publicação.

https://zap.aeiou.pt/russia-eslovaquia-devolucao-sputnik-v-393701

 

sexta-feira, 9 de abril de 2021

Taiwan ameaça derrubar drones chineses que se aproximem dos seus territórios !

As autoridades de Taiwan ameaçaram derrubar os drones chineses que se aproximarem demasiado dos seus territórios, após terem sido avistados a circular perto da ilha das Pratas, no mar do Sul da China, disse um ministro na quarta-feira, citado pela agência Reuters.

Ao Parlamento, o ministro Lee Chung-wei, responsável pela Guarda Costeira, disse que foram avistados recentemente drones chineses perto da ilha das Pratas, embora não tenham sobrevoado o território.

Caso um drone chinês entre no seu espaço exclusivo, Lee indicou que na Guarda Costeira existem regras em caso de combate: “Depois de entrar [no espaço aéreo taiwanês] as regras serão seguidas. Se for necessário abrir fogo, assim faremos”, afirmou.

A China não reconhece a soberania de Taiwan, mas os navios e aviões chineses não entram na área exclusiva taiwanesa, que tem seis quilómetros desde a costa. A ilha das Pratas está no centro de uma disputa marítima. Nos últimos meses, Taiwan alertou para a presença mais persistente da Força Aérea chinesa perto da ilha.

Desde o início dos protestos pró-democracia em Hong Kong, a ilha das Pratas assumiu maior importância. Em outubro, Hong Kong obrigou um voo civil taiwanês que viajava para a ilha a voltar para trás. As autoridades taiwanesas, por seu lado, intercetaram um barco perto da ilha das Pratas onde viajavam pessoas que fugiam de Hong Kong para Taiwan.

https://zap.aeiou.pt/taiwan-drones-chineses-territorios-393580

 

Dubai quer deportar grupo de mulheres que posaram nuas em varanda !


Esta semana um grupo foi detido pelas autoridades dos Emirados Árabes Unidos após terem posado nuas numa varanda no Dubai. Agora, as mulheres correm o risco de serem deportadas.

As autoridades agiram na sequência de uma publicação no Twitter que mostra as mulheres nuas num apartamento perto da marina.

Na terça-feira, o Governo do Dubai disse que o grupo “infringiu a lei dos Emirados Árabes Unidos”, num comunicado no Twitter, acrescentando que não faria mais comentários.

Segundo o The National, o grupo estava a preparar “um golpe publicitário”, sem adiantar se este estaria relacionado com alguma marca. Fonte policial caracterizou o comportamento das mulheres como “inaceitável” por “não respeitar nem refletir os valores e ética do país”.

Agora, o The Washington Post avança que o Dubai deverá deportar todos os elementos do grupo.

De recordar que os Emirados têm regras restritas sobre o que é que os seus residentes e turistas podem publicar online. Material considerado “obsceno” e que promova a pornografia ou o jogo pode resultar em penas pecuniárias ou prisão efetiva.

Neste sentido, as autoridades do Dubai acusaram o grupo de libertinagem pública e produção de pornografia, embora a sua deportação tenha sido ordenada sem qualquer julgamento formal.

Embora o Dubai deseje atrair turistas e negócios internacionais, o país mantém bastantes leis rígidas que restringem as liberdades sociais e políticas.

O sexo consensual entre pessoas que não eram casadas era ilegal até novembro do ano passado. Em 2017, antes da alteração, uma mulher britânica foi condenada a um ano de prisão por violar a lei.

As mudanças legais que diminuíram o controlo social no ano passado tiveram como objetivo atrair investidores estrangeiros, embora muitas das restrições ainda permaneçam.

https://zap.aeiou.pt/dubai-deportar-mulheres-nuas-393578

 

Criaturas do mar gelatinosas estão a causar o caos nas centrais nucleares da Coreia do Sul !

Salpas marinhas – organismos marinhos gelatinosos que se assemelham a águas-vivas – podem ser pequenas, mas estão a tornar-se uma grande praga para a indústria nuclear da Coreia do Sul.


Com menos de 10 centímetros de altura, os organismos obstruíram os sistemas de água usados ​​para arrefecer os reatores Hanul nº 1 e 2 da Korea Hydro & Nuclear Power Co., forçando-os a fechar esta terça-feira, naquela que é a segunda vez em menos de três semanas.

Os reatores, cada um com capacidade de 950 megawatts, ficaram desligados durante cerca de uma semana no final de março.

De acordo com a Bloomberg, quanto mais tempo ficarem parados, mais caras sairão as paralisações. Se a quantidade de energia perdida na interrupção inicial de oito dias fosse compensada com a geração de gás natural liquefeito, seria necessária uma carga de 60 mil toneladas do combustível superarrefecido, custando cerca de 21,8 milhões de dólares.

A Coreia do Sul tem 24 central nucleares operáveis ​​com uma capacidade combinada de mais de 23 gigawatts.

As salpas marinhas pode ligar-se umas às outras, criando correntes com vários metros de comprimento. Os organismos normalmente aumentam em número em junho, mas isso parece ter acontecido em março deste ano devido a correntes quentes que surgiram antes do que é considerado norma, segundo Yu Ok Hwan, vice-diretor do Instituto Coreano de Ciência e Tecnologia do Oceano.

“Ainda não podemos dizer se o aumento da salpa é devido à mudança climática ou outros fatores”, disse Youn Seok-hyun, cientista do Instituto Nacional de Ciência Pesqueira. “Deve ser considerado um fenómeno temporário a menos que vejamos um aumento contínuo na próxima década.”

O número de salpas do mar tem aumentado gradualmente nos últimos anos, de acordo com Chae Jinho, chefe do Laboratório de Pesquisa e Informação do Meio Marinho. “Dada a tendência atual, é possível que vejamos mais destes paralisações de reatores nos próximos anos”.

A Coreia do Sul não é o único país forçado a interromper a geração nuclear temporariamente depois de a vida marinha ter obstruído os sistemas de arrefecimento de água. Em janeiro, a Electricite de France SA teve de desligar todos os quatro reatores da sua central nuclear Paluel, na costa norte de França, após peixes ficarem presos nos filtros da estação de bombeamento.

https://zap.aeiou.pt/gelatinosas-criaturas-do-mar-estao-a-causar-o-caos-393652

 

Mais uma noite de violência na Irlanda do Norte !

Manifestantes em Belfast colocaram fogo num autocarro e atacaram a polícia, esta quarta-feira à noite, no quarto dia de violência numa semana na Irlanda do Norte.


Os jovens atacaram a polícia com bombas feitas com gasolina esta quarta-feira à noite, na área protestante de Shankill Road, enquanto outros manifestantes atiravam objetos nas duas direções sobre o “muro da paz”, que separa Shankill Road de uma área nacionalista irlandesa vizinha.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, condenou os distúrbios, e o Governo da Irlanda do Norte, com sede em Belfast, vai realizar esta quinta-feira uma reunião de emergência sobre os distúrbios.

Johnson pediu calma, dizendo que “a maneira de resolver as diferenças é através do diálogo, não da violência ou da criminalidade”.

A primeira-ministra da Irlanda do Norte, Arlene Foster, do Partido Unionista Democrático pró-britânico (unionistas), e a vice-primeira-ministra, Michelle O’Neill, dos nacionalistas do Sinn Fein, condenaram a desordem e os ataques à polícia.

A violência recente, em grande parte em áreas pró-britânicas, aumentou devido a tensões crescentes sobre as regras comerciais pós-Brexit para a Irlanda do Norte e piorou as relações entre os partidos no Governo de Belfast, compartilhado entre católicos e protestantes.

Estas manifestações de violência na quarta-feira à noite seguiram-se aos distúrbios ocorridos durante o fim-de-semana da Páscoa em áreas dentro e ao redor de Belfast e Londonderry, com carros incendiados e ataques contra polícias. As autoridades acusaram grupos paramilitares ilegais de incitar os jovens a causar confusão.

O novo acordo comercial entre Londres e o bloco comunitário impôs controlos aduaneiros e fronteiriços a algumas mercadorias que circulam entre a Irlanda do Norte e o resto do Reino Unido.

O acordo foi elaborado para evitar controlos entre a Irlanda do Norte e a Irlanda, um membro da UE, uma vez que uma fronteira irlandesa aberta ajudou a sustentar o processo de paz construído pelo Acordo de Sexta-Feira Santa em 1998, que terminou na altura com três décadas de violência que provocaram mais de trêss mil mortes.

Mas os unionistas têm argumentado que estes novos controlos equivalem a uma nova fronteira no mar da Irlanda entre a Irlanda do Norte e o resto do Reino Unido, defendendo o abandono do acordo.

Os unionistas também estão revoltados com a decisão das autoridades policiais de não processaram os políticos do Sinn Féin que marcaram presença no funeral de um ex-comandante do exército republicano irlandês, em junho passado.

O funeral de Bobby Storey atraiu uma grande multidão, apesar das medidas restritivas aplicadas no âmbito da pandemia e que proibiam grandes aglomerações de pessoas.

Os principais partidos unionistas exigiram a demissão do chefe da polícia da Irlanda do Norte por causa da controvérsia, argumentando que o responsável tinha perdido a confiança da comunidade.

Irlanda pede empenho ativo de Londres no acordo de paz

“O protocolo ajuda-nos a manter a relação norte-sul” na Irlanda, afirmou Thomas Byrne, ministro dos Assuntos Europeus irlandês, em entrevista à agência Lusa, referindo-se à disposição do Acordo de Saída do Reino Unido da União Europeia que mantém o território britânico alinhado com as regras do mercado único.

“Mas precisamos que a Grã-Bretanha se empenhe ativamente na manutenção do Acordo de Sexta-feira Santa, connosco e com a União Europeia”, frisou também o ministro.

Na entrevista, realizada à margem de uma visita a Lisboa, Byrne explicou que o Brexit “causou um enorme problema à ilha da Irlanda” e que foi precisamente “para tentar resolver alguns dos problemas” criados pela saída do Reino Unido da UE que foi negociado o Protocolo, que “contribui muito para garantir a livre circulação de pessoas e de mercadorias na ilha da Irlanda”.

O ministro salienta que “ações unilaterais causam problemas”, o que ficou “demonstrado” com a decisão de Londres de prolongar por seis meses, até 1 de outubro, o período de carência de certos controlos alfandegários nos portos da Irlanda do Norte, para frisar que a Grã-Bretanha “tem de implementar o protocolo”.

“Todos temos de implementar o protocolo, mas os britânicos estão em falta neste aspeto particular”, aponta, sublinhando que a UE iniciou um processo por infração, mas também conversações.

“Quero ver essas conversações prosseguir, porque na Irlanda do Norte os problemas nunca se resolvem através de ações legais, resolvem-se conversando e trabalhando juntos”, insiste.

Thomas Byrne admite que o anúncio pela Comissão Europeia, no final de janeiro, da ativação do artigo 16.º do protocolo, que permite a suspensão daquele capítulo do Acordo de Saída, para travar a chegada de vacinas contra a covid-19 ao Reino Unido via Irlanda do Norte, “foi um erro”, mas sublinha que Bruxelas “reconheceu muito rapidamente que foi um erro”.

“Penso que isso aconteceu porque técnicos fizeram o que tecnicamente era suposto fazerem. Mas não foi feita referência a essa situação particular na Irlanda do Norte, o que infelizmente deu às pessoas, particularmente nas comunidades unionistas mais extremas, uma desculpa para dizer, ‘bem, a Europa não se preocupa connosco, tenta fazer-nos isto’”, considerou.

Pequenas coisas causam problemas. Mas isso resolve-se quando se reconhece que houve um problema, se corrige o problema e as duas partes trabalham para que não volte a acontecer”, insistiu, reiterando o apelo a Londres “para continuar a trabalhar com a UE para resolver o problema de forma pragmática”.

https://zap.aeiou.pt/mais-uma-noite-violencia-irlanda-norte-393502

EpiVacCorona - Segunda vacina russa tem 94% de eficácia !

A EpiVacCorona, segunda vacina russa, “gera anticorpos eficazes em 94% dos casos e protege de doença covid-19 grave”, anunciou o diretor do laboratório que a desenvolveu.


A segunda vacina russa contra a covid-19, a EpiVacCorona, tem uma eficácia de 94% em idosos e confere imunidade durante pelo menos um ano, afirmou esta quarta-feira o diretor do laboratório que a desenvolveu.

Alexandr Semiónov declarou à rádio Vesti FM que “o uso da vacina gera anticorpos eficazes em 94% dos casos e protege de doença covid-19 grave”. A agência russa de defesa dos consumidores, a Rospotrebnadozr, que atua como regulador no setor da saúde, acrescentou que os testes clínicos foram feitos com pessoas com mais de 60 anos.

Semiónov indicou que a vacina “funciona contra todas as variantes conhecidas”, nomeando as que foram descobertas no Reino Unido, na América do Sul e na África do Sul e salientou que a EpiVacCorona pode ser rapidamente modificada para se adequar a novas variantes do SARS-CoV-2 que apareçam.

O responsável apontou que a imunidade dura um ano e que “em teoria poderá durar dois”, ressalvando que não podem confirmar uma previsão oficial porque “ainda passou pouco tempo” e a vacina se encontra na terceira fase dos ensaios clínicos.

A segunda vacina registada na Rússia, depois da Sputnik V, toma-se em duas doses e gera anticorpos 42 dias após a primeira injeção.

O diretor do laboratório Véktor afirmou que durante o mês de abril serão produzidas 1,5 milhões de doses da EpiVacCorona e que em maio e junho o ritmo acelerará para 3 e 5 milhões de doses.

CoronaVac tem 50% de eficácia contra variante brasileira

A vacina chinesa CoronaVac tem 50% de eficácia contra a P.1, a variante brasileira do coronavírus identificada pela primeira vez em Manaus, na capital do estado do Amazonas, segundo um estudo que contou com a participação de mais de 67 mil pessoas.

Segundo informações publicadas nos media brasileiros, a vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e que é aplicada no país no âmbito de uma parceria que envolve o Instituto Butantan, de São Paulo, preveniu infeções por covid-19 entre trabalhadores de saúde de Manaus que terão tido contacto com a variante brasileira (P.1).

O estudo ainda é preliminar, mas Júlio Croda, infecciologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que coordena as análises, frisou que os resultados são encorajadores.

“Eles mostram que a CoronaVac segue sendo efetiva para a nova variante do Brasil [batizada primeiramente como variante de Manaus] e poderá ser usada no mundo todo para preveni-la”, afirmou Croda à Folha de S.Paulo.

Os dados relativos à efetividade do medicamento depois de 14 dias da segunda dose ainda estão a ser recolhidos, e por isso o trabalho prosseguirá nas próximas semanas.

O infecciologista também explicou que a variante brasileira poderá tornar-se predominante em muitos países da América Latina, portanto, os resultados encontrados agora são de extrema importância.

https://zap.aeiou.pt/epivaccorona-94-de-eficacia-393445

 

Putin enviou tropas para a fronteira com a Ucrânia e deixou o ocidente em alerta !

Vladimir Putin enviou milhares de soldados para a fronteira. Os confrontos no leste da Ucrânia, que até agora atraíam pouca atenção internacional, estão a revelar-se perigosos e alertam o ocidente.


Os últimos dias têm sido de enorme tensão entre Moscovo e Kiev, e, entre ameaças e acusações, levantam-se dúvidas quanto às reais intenções de Putin ao enviar milhares de soldados e tanques militares para vários pontos da fronteira da Rússia com a Ucrânia.

Alguns analistas internacionais defendem que está iminente uma intervenção militar no leste ucraniano, outros sugerem que as manobras representam apenas uma demonstração de força do Kremlin.

Enquanto os líderes europeus, os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) manifestam apoio ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e deixam avisos ao Kremlin, em Moscovo há a garantia de que as movimentações militares não constituem ameaça e que uma escalada do conflito apenas depende do Ocidente.

Apesar de um acordo de paz assinado em 2015, com mediação da União Europeia (UE), os dois lados continuam a defrontar-se na fronteira dos territórios disputados.

Perante este contexto, a tensão começou a subir no final de março e no início de abril, com o aumento dos confrontos e do número de vítimas, sendo que pelo menos 23 soldados ucranianos já morreram este ano.

Segundo o New York Times, a morte dos soldados, juntamente com o aumento das forças russas na fronteira, chamou a atenção de altos funcionários americanos na Europa e em Washington.

“A escalada com a mobilização [de tropas] está a criar sérias preocupações de que isto é mais do que uma demonstração de força. Há sinais de que a Rússia pode estar a preparar uma ação significativa”, afirmou Nigel Gould-Davies, antigo embaixador do Reino Unido na Bielorrússia, ao Observador.

Maria Raquel Freire, professora da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), considera que “as movimentações militares russas pretendem uma demonstração de força clara, num contexto onde as relações com o Ocidente permanecem difíceis”.

A especialista acrescenta: “Não podemos excluir uma nova escalada de violência, mas (…) não me parece que os ganhos deste conflito armado superassem as implicações negativas para a Rússia em termos políticos e económicos, e mesmo de segurança”.

Apoio “inabalável”

Nos últimos meses, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem estado mais perto do ocidente, e numa chamada telefónica na semana passada com o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, ouviu a promessa de um apoio “inabalável” dos Estados Unidos à soberania da Ucrânia.

O apoio também surgiu vindo do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, e do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que também têm manifestado preocupação com as manobras militares da Rússia junto à fronteira ucraniana.

Esta maior aproximação da Ucrânia ao Ocidente – com quem tem acordos de cooperação, mas não de adesão, seja à NATO ou à UE – coincide com a cada vez mais distante relação entre Zelensky e Putin.

No entanto, apesar de o país não fazer parte da aliança, a NATO já anunciou a realização de exercícios militares conjuntos com a Ucrânia.

A escalada de tensão entre Rússia e Ucrânia surge também numa altura em que as relações entre o Kremlin e o Ocidente atravessam uma fase muito conturbada, em parte devido ao envenenamento e condenação a pena de prisão do opositor russo Alexei Navalny.

Contudo, uma ofensiva militar russa na Ucrânia teria consequências imprevisíveis, e em último caso poderia levar a uma guerra aberta entre Ocidente e Rússia. Cenário que Maria Raquel Freire considera pouco provável.

https://zap.aeiou.pt/putin-tropas-ucrania-ocidente-393460

 

Agente que sufocou George Floyd usou “força mortífera”, confirma especialista !

O sargento Jody Stiger, da polícia de Los Angeles, ouvido em tribunal como especialista em treino policial, sugere que Derek Chauvin usou “força mortífera” na detenção de George Floyd.


Naquele que foi o oitavo dia do julgamento pela morte de George Floyd, o norte-americano assassinado às mãos da polícia de Minneapolis, em maio de 2020, o sargento Jody Stiger, da polícia de Los Angeles, garante que o agente Derek Chauvin fez uso de “força mortífera” durante a detenção de Floyd.

Stiger foi ouvido pelo júri na qualidade de perito externo em treino policial e uso de força. A pressão que o agente fez sobre o corpo da vítima pode ter causado “asfixia posicional, o que pode levar à morte”, explicou o especialista, citado pelo Expresso.

Os advogados de Chauvin argumentam que o facto de a detenção estar a ser filmada pode ter distraído os polícias de monitorizar a condição de saúde de George Floyd.

“Estavam apenas a filmar, e na sua maioria estavam preocupados com Mr. Floyd”, contra-argumentou Stiger.

Quando é necessário usar força, os agentes devem sempre considerar se o suspeito representa uma ameaça e a gravidade do crime alegadamente cometido. Como Floyd era acusado de ter usado uma nota de 20 euros falsa num pagamento, o especialista entende que o uso de tamanha força foi despropositado.

A defesa de Chauvin alega ainda que as drogas encontradas no sistema de Floyd lhe causaram a morte.

O chefe da polícia da cidade de Minneapolis, Medaria Arradondo, testemunhou esta segunda-feira no julgamento de assassinato de George Floyd e disse que Derek Chauvin violou as regras do Departamento de Polícia e o seu código de ética sobre o respeito à “santidade da vida”.

“Não faz parte do nosso treino e certamente não faz parte da nossa ética e dos nossos valores”, disse Medaria Arradondo, referindo-se a como Chauvin, que é branco, pressionou o seu joelho no pescoço de Floyd, um homem negro de 46 anos, durante mais de nove minutos.

“Discordo veementemente que este foi o uso apropriado da força para aquela situação em 25 de maio”, disse Arradondo, citado pela agência Reuters, acrescentando que os polícias são treinados para tratar as pessoas com dignidade e juraram defender a “santidade da vida”.

https://zap.aeiou.pt/agente-sufocou-floyd-forca-mortifera-393421

 

Depois de uma crise política, Sputnik V envolta em mistério na Eslováquia

O acordo secreto para a compra da Sputnik V fez o Governo de Igor Matovic cair. Agora, e um mês depois de terem chegado ao país, as primeiras 200 mil doses da vacina continuam num armazém e sem autorização de administração. 


A crise política na Eslováquia eclodiu há três semanas, quando foi revelada a existência de um acordo secreto entre Bratislava e Moscovo para a compra de 2 milhões de doses da vacina russa Sputnik V.

A crise levou à demissão de seis ministros, à saída do primeiro-ministro, Igor Matovic, e a uma remodelação do Governo de coligação composto por quatro partidos populistas de direita.

Agora, avança o Público, surgiu um verdadeiro mistério: a imprensa eslovaca reportou que testes feitos às vacinas recebidas em Bratislava concluíram que estas têm uma composição diferente da dos estudos clínicos revistos pela The Lancet.

O instituto eslovaco de controlo farmacológico alegou que, com base na informação disponível, não tem condições de retirar conclusões definitivas quanto à eficácia e segurança da vacina russa.

“No dia 30 de março, esta agência enviou um relatório oficial ao ministério da Saúde, informando não poder chegar a uma conclusão sobre os benefícios e riscos da vacina Sputnik V (…), por causa da quantidade de dados que não foram submetidos pelo produtor, de inconsistências nos formulários das doses e da impossibilidade de uma análise comparativa dos lotes usados em vários estudos e países”, confirmou a agência reguladora.

As notícias apontavam para a deteção de uma “fórmula” diferente daquela que foi oficialmente registada para a realização dos ensaios clínicos da Sputnik V, mas o instituto farmacológico não se pronunciou especificamente sobre este assunto.

O regulador europeu já iniciou uma “análise contínua” da Sputnik V para determinar se cumpre os requisitos da UE em matéria de eficácia, segurança e qualidade.

O Ministério da Saúde do país vai aguardar a conclusão do processo de avaliação do regulador nacional antes de avançar com a administração das primeiras doses da vacina russa.

As autoridades russas ainda não reagiram, mas, na conta oficial da Sputnik V no Twitter, consta um desmentido de que as doses enviadas para o país sejam diferentes.

As notícias “baseadas em fontes anónimas” de que as doses da vacina enviadas para a Eslováquia são diferentes da Sputnik V dos testes clínicos “são falsas“, lê-se na publicação.

https://zap.aeiou.pt/sputnik-v-misterio-na-eslovaquia-393417

 

Cientistas descobrem possível nova estirpe do vírus no Brasil !

A descoberta foi feita por cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), do grupo hospitalar Hermes Pardini, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da prefeitura de Belo Horizontes, capital estadual de Minas Gerais.


“A equipa sequenciou 85 genomas de SARS-CoV-2 de amostras clínicas recolhidas da região metropolitana de Belo Horizonte e identificou dois novos genomas com uma coletânea de mutações ainda não descrita, caracterizando uma possível nova variante de SARS-CoV-2″, indicou a UFMG num comunicado enviado à agência Lusa.

Esses dois novos genomas “estão em amostras recolhidas nos dias 27 e 28 de fevereiro de 2021 e não existem evidências de ligação epidemiológica entre ambas, como parentesco ou região residencial, o que reforça a plausibilidade de circulação dessa nova possível variante”, acrescenta o texto.

Segundo a nota, entre as mutações encontradas nessa nova estirpe estão algumas compartilhadas com as variantes brasileiras P1 (detetada em Manaus) e P2 (encontrada no Rio de Janeiro), com a sul-africana B.1.1.351 e com a britânica B.1.1.7., todas associadas a uma maior transmissão do vírus.

Contudo, os especialistas ainda investigam se esta nova variante tem uma maior transmissibilidade ou se causa quadros clínicos mais graves nos pacientes infetados.

“Vale salientar que a mutação N501Y, presente nas linhagens P.1 e B.1.1.7, foi recentemente associada ao aumento de aproximadamente 60% no risco de mortalidade em indivíduos infetados no Reino Unido”, frisou a Universidade de Minas Gerais.

Todos os dados do estudo serão disponibilizados em bases de dados públicos nacionais e internacionais, e serão posteriormente submetidos a periódicos científicos.

“Os resultados da investigação requerem urgência de esforços de vigilância genómica na região metropolitana de Belo Horizonte e estado de Minas Gerais para a avaliação da situação dessas novas variantes de SARS-CoV-2″, conclui o comunicado.

Minas Gerais, o segundo Estado brasileiro com mais infeções pelo novo coronavírus, registou hoje 508 mortes devido à covid-19, número recorde desde o início da pandemia. Até ao momento, Minas Gerais totaliza 26.303 vidas perdidas para o novo coronavírus e 1.182.847 infetados pelo Sars-CoV-2.

Já o Brasil, que atravessa o seu momento mais critico na pandemia com sucessivos recordes de mortos e casos, totaliza 336.947 óbitos e 13.100.580diagnósticos de infeção desde que o primeiro caso foi registado no país, há cerca de 13 meses.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.874.984 mortos no mundo, resultantes de mais de 132,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Cartazes identificam casas de pessoas infetadas na Venezuela

O presidente da Câmara Municipal de Sucre, no Estado de Yaracuy, Venezuela, ordenou a colocação de cartazes a identificar as casas das pessoas que testaram positivo à covid-19, denunciou a oposição venezuelana.

“Hoje vimos o ‘alcaide’ de Sucre, Adrián Duque, colando papéis na casa das pessoas que podem estar padecendo da covid-19, quando deveria levar vacinas a todo os cidadãos desse município. Vemos como viola o direito à intimidade e a não ser discriminado”, denunciou Humberto Prado, representante do líder da oposição, Juan Guaidó, para a área dos direitos humanos.

A denúncia foi feita através de um vídeo divulgado na rede social Twitter onde Humberto Prado sublinhou que o militante do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo) está ainda “ameaçando as pessoas que retirem os cartazes de que lhes eliminará o benefício” de receber as “bolsas de alimentos”, a preços subsidiados pelo estado.

“Apelamos aos organismos internacionais, ao escritório da Alta Comissária [da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet] e à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos que documentem este tipo de atitude e conduta dos funcionários que representam o regime nas diferentes entidades do país”, escreveu.

Entretanto, através do Twitter, foi divulgado um vídeo, onde aparece um indivíduo com máscara, cobrindo o nariz e a boca, e que poderia ser o político venezuelano, apontando para um cartaz e explicando que será colocado “em todas as casas onde haja um paciente com a covid-19”.

No cartaz, de fundo branco com um círculo vermelho com uma linha diagonal no centro, parecido aos que indicam uma proibição aos motoristas de viaturas, é possível ler a mensagem: “Família em quarentena preventiva. Não se aceitam visitas”.

“Alerta pois. Cuidemo-nos em saúde. A consciência é a melhor vacina para a covid”, diz o indivíduo no vídeo.

O Ministério Público venezuelano já reagiu à denúncia e anunciou que iniciou uma investigação contra o político venezuelano e que ordenou que os cartazes sejam retirados.

“Segregação: O Ministério Público abriu uma investigação penal contra o ‘alcaide’ Luís Adrián Duque, de Yaracuy, que de maneira unilateral e fora da política do Estado venezuelano para combater a pandemia marcou macabramente as casas dos pacientes que sofrem da covid-19”, anunciou o procurador-geral na sua conta do Twitter.

Na mesma rede social, numa outra mensagem, Tarek William Saab explicou que o Ministério Público e a Procuradoria de Justiça “atuaram de maneira conjunta para proceder a remover os insólitos avisos colocados seletivamente nas casas desses doentes”.

De acordo com a Academia de Medicina da Venezuela, o país necessita de 30 milhões de vacinas para 15 milhões de pessoas, 3,5 milhões das quais para pessoal prioritário.

https://zap.aeiou.pt/possivel-nova-estirpe-brasil-393403

 

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Morte, prisão ou igreja - Como os traficantes de droga que se tornaram evangélicos estão a salvar criminosos !

Num país que se carateriza por ser essencialmente católico, um estudo da Data Folha divulgou que no Brasil a percentagem de evangélicos cresceu de 10% em 1994 para 29% em 2016. O facto da religião ser cada vez mais vista como o caminho da salvação para muitos traficantes de droga pode justificar os números.


O estudo da empresa de estatística revelou ainda que desses 29%, mais de metade dos crentes são provenientes de famílias de classe baixa.

Em comunidades onde há poucas oportunidades para uma vida melhor, os pastores evangélicos dão acesso a um sistema de apoio e a uma alternativa ao crime.

Um dos bairros mais pobres do Rio de Janeiro, Acari, ficou em terceiro lugar no Índice de Desenvolvimento Humano da cidade, uma estatística usada pela ONU para medir o desenvolvimento socioeconómico.

O envolvimento no mundo do tráfico de droga é um dos grandes problemas da população, mas há quem tente procurar um caminho melhor. São cada vez mais os criminosos que procuram a ajuda da igreja evangélica e acabam por se tornar pastores.

O acesso aos bairros – conhecidos como favelas – é também facilitado pelos gangues locais que ajudam na saída dos traficantes deste mundo, caso estes optem por uma vida religiosa, já que esta é vista como a salvação.

William Souza fundou a igreja evangélica “Comunidade para Restaurar Vidas” há nove anos e tornou-se parte do crescimento da fé evangélica no Brasil.

Um dos membros da igreja de William, o pastor Carlos Eduardo Gomes Oliveira, foi um dos casos em que a igreja acabou por ajudar a encontrar um novo rumo.

O brasileiro de 38 anos iniciou o seu percurso no tráfico de drogas quando tinha apenas 12 anos. Carlos ganhava bastante dinheiro a embalar e distribuir droga, mas decidiu desistir há sete anos, altura em que um polícia assassinou um dos membros do seu gangue durante uma operação.

Após a morte do amigo de Carlos, William começou a fazer-lhe visitas, acabando por convencê-lo a aderir à fé evangélica.

Desta forma, William tem conseguido reunir cada vez mais adeptos para a sua igreja, mas os esforços ainda são insignificantes comparados com o sofisticado circuito de conversão que está ativo a milhares de quilómetros de distância, no estado do Acre, no noroeste da Amazónia.

“O nosso trabalho é salvar almas”

Na capital Rio Branco, a Equipa 91 – um grupo de 70 ex-criminosos que se tornaram pastores evangélicos – tem vindo a “resgatar” pessoas desde 2012. O grupo leva o nome do salmo 91 da Bíblia que promete que o Senhor irá promover a salvação de “pestilência mortal”.

“O nosso trabalho é salvar almas”, frisa Francisco Ferreira da Conceição, um dos principais líderes da Equipa 91, conhecido na cidade como Ferreirinha.

Ferreirinha conta ao VICE que os chefes dos gangues locais facilitam o processo de contacto com os criminosos pois sabem que a maioria das carreiras criminais termina em uma de duas maneiras: morte ou prisão.

No entanto, graças ao pacto que a Equipa 91 estabeleceu com os traficantes locais, foi criada uma terceira via, através da adesão à fé evangélica.

“Os barões do tráfico sabem que eventualmente serão forçados a deixar o mundo do crime, por isso respeitam-nos, pois sabem que somos a única saída, caso um dia precisem”, explica o pastor.

Há quatro anos, Ferreirinha comandava o B13, um gangue de destaque no Acre. Depois de passar 30 anos no negócio das drogas e entrar e sair da prisão 25 vezes, o brasileiro decidiu pôr fim à sua caminhada no mundo do crime. Agora, dedica-se a inspirar outras pessoas que passam pela mesma situação.

Atualmente, dos 40 líderes religiosos que visitam as prisões do Acre, 30 são pastores evangélicos.

Há 6.130 presos no sistema penitenciário do Estado do Acre, mas todos aqueles que ”abraçam Deus” podem enviar um pedido por escrito para serem transferidos para uma secção separada apenas para presidiários religiosos.

De acordo com o VICE, a Equipa 91 criou uma iniciativa em parceria com o Governo brasileiro que lhes permite realizar missas e fazer círculos de oração com os presidiários dentro das prisões. Fornece ainda um sistema de apoio para os que são libertados.

https://zap.aeiou.pt/traficantes-evangelicos-salvar-criminosos-392956

 

Síria está a “espremer” o dinheiro dos refugiados para evitar bancarrota !

A Síria está a criar impostos absurdos para tentar extorquir ao máximo o dinheiro dos refugiados que fogem ou tentam fugir do país. O país atravessa uma grave crise económica devido à guerra civil.


Para o Presidente da Síria, Bashar Assad, vencer a guerra civil veio com um custo financeiro brutal. O país deve mil milhões de dólares à Rússia e ao Irão pela sua ajuda a evitar uma revolta que tinha como objetivo tirar Bashar Assad do poder. Desde então, Damasco tem levado a cabo um estrito regime de sanções.

A guerra fez com que houvesse 6,2 milhões de deslocados sírios dentro do próprio país, além de 5,6 milhões refugiados no estrangeiro. Os números do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados são conservadores, já que outros milhões de indocumentados.

Em junho de 2019, após o fim da guerra, Assad implorou aos sírios que regressassem a casa. No entanto, o ditador tinha um trunfo debaixo da manga. Em julho de 2020, o Governo anunciou que cada sírio que reentrasse no país teria que trocar 100 dólares por libras sírias. Algumas famílias tiveram que se separar por não terem dinheiro para trazer todos os familiares, escreve o OZY.

Este ano, uma nova lei permite ao Governo apreender propriedades e outros bens de homens que não paguem a taxa de até 8 mil dólares para evitar o alistamento militar antes de completar 43 anos.

“Existem leis rígidas das quais nenhum cidadão pode fugir. O Estado pode confiscar as suas propriedades e dinheiro, o dinheiro dos seus pais, esposa, parentes e qualquer pessoa relacionada a ele”, alertou Elias al-Bitar, general de brigada das forças armadas sírias, num vídeo publicado pelo Ministério da Informação da Síria.

Durante anos, milícias pró-Governo tiveram permissão para saquear e assassinar em áreas anteriormente controladas pela oposição. No entanto, esta é a primeira vez que o Governo sírio faz uma campanha tão direta para conseguir arrecadar dinheiro dos refugiados.

Até mesmo os sírios que tenham emigrado não estão livres de pagar o imposto para evitar o alistamento militar.

“É uma preocupação clara porque [se as suas casas e propriedades forem vendidas], estas pessoas não terão para onde voltar“, disse Sara Kayyali, da Human Rights Watch, em declarações ao OZY.

https://zap.aeiou.pt/siria-espermer-dinheiro-refugiados-392960

 

Moçambique pondera pedir apoio internacional para o combate ao terrorismo !

Esta quarta-feira, o Presidente moçambicano disse que as violações de direitos humanos por membros das forças de segurança na luta contra os grupos armados “não são nem serão toleradas em Moçambique”.

Deslocados dos ataques a Palma, Moçambique

Moçambique está a ponderar recorrer à ajuda militar internacional no combate aos grupos armados, revelou o Presidente Filipe Nyusi esta quarta-feira.

“O nosso Governo já manifestou perante a comunidade internacional as necessidades para o combate ao terrorismo, e estas necessidades estão a ser avaliadas”, disse, deixando claro que prefere que não haja um envolvimento militar internacional em nome do “sentido de soberania” do país.

O executivo moçambicano e os parceiros internacionais estão a fazer o levantamento das carências do país na luta contra o terrorismo internacional, mas esta frente deve ser liderada pelos moçambicanos, disse. “Não é orgulho vazio, é sentido de soberania.”

O chefe de Estado moçambicano reiterou as informações já avançadas pelo Ministério da Defesa Nacional de que Palma voltou ao controlo das forças governamentais, adiantando que decorre a perseguição de membros dos grupos armados que atacaram a vila no dia 24 de março.

“Os terroristas foram expulsos de Palma, não pretendemos proclamar vitória, porque estamos a lutar contra o terrorismo, mas temos a certeza de que se estivermos unidos, venceremos”, referiu.

Niusy enalteceu o empenho do executivo na modernização, apetrechamento e formação das Forças de Defesa e Segurança na luta contra os grupos armados no norte, observando que as forças governamentais foram sujeitas a décadas de falta de “um investimento sólido”.

Moçambique, prosseguiu, está igualmente mobilizado para formar uma frente comum de prevenção e combate ao terrorismo com os seus parceiros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Nesse sentido, a capital do país vai acolher na quinta-feira uma cimeira de chefes de Estado da SADC da área da defesa e segurança para a definição de meios de erradicação do terrorismo, continuou.

Filipe Nyusi anunciou igualmente a convocação do Conselho Nacional de Defesa (CND) para uma discussão sobre a violência armada em Cabo Delgado, mas não avançou a data do encontro.

O chefe de Estado moçambicano dirigiu também uma palavra para os milhares de deslocados pela violência armada em Cabo Delgado, anunciando a criação de um grupo interministerial que vai fazer a coordenação da mobilização do apoio humanitário às vítimas.

“A situação que (os deslocados) enfrentam é transitária, sabemos que parece vazio dizer isto (dado o drama humanitário que passam), mas juntos e unidos venceremos o terrorismo”, afirmou.

O Presidente alertou para o perigo de “divisão e discórdia” entre os moçambicanos pela “narrativa” de atribuir a ação de grupos armados ao Islão, defendendo que “os terroristas também estão a matar muçulmanos”.

“Os terroristas não traduzem os valores do Islão, que são valores de paz, os muçulmanos estão a ser igualmente vítimas”, destacou.

O chefe de Estado moçambicano admitiu que a guerra em Cabo Delgado não será ganha apenas através da via militar, advogando a promoção de emprego para a ocupação de jovens que se sintam seduzidos a integrar grupos armados.

“Violações dos direitos humanos não serão toleradas”

Filipe Nyusi sublinhou, na mesma comunicação, que não serão toleradas as violações de direitos humanos por parte de membros das Forças de Defesa e Segurança (FDS) na luta contra os grupos armados no norte do país.

“De forma clara, reiteramos que as violações dos direitos humanos não são nem serão tolerados em Moçambique”, declarou.

O chefe de estado moçambicano falava numa comunicação à nação por ocasião do Dia da Mulher Moçambicana, que se assinala esta quarta-feira, precisamente duas semanas após os ataques armados à vila de Palma, província de Cabo Delgado, no norte do país.

“Todas as eventuais violações de direitos humanos serão investigadas exaustivamente e serão tomadas medidas adequadas”, informou o governante.

As FDS, prosseguiu, devem assumir que a vitória contra os grupos armados que protagonizam ataques na província de Cabo Delgado, norte do país, será inalcançável sem a colaboração da população, se esta for vítima de abusos. “Nenhuma vitória será alcançada sem total confiança e entreajuda com a população civil”, destacou o Presidente.

Filipe Nyusi sustentou que a preparação das forças governamentais inclui a formação ética e moral, não se limitando a aspetos meramente ligados à defesa e segurança, e assinalou que as FDS devem inspirar-se nos valores da luta de libertação nacional contra o colonialismo português, assinalando que a vitória só foi possível graças ao apoio das comunidades aos guerrilheiros da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).

“As Forças de Defesa e Segurança conhecem a sua nobre missão de proteção dos cidadãos, existem para defender o povo e a nação e serão sempre sujeitos aos mais altos padrões éticos”, rematou.

https://zap.aeiou.pt/mocambique-apoio-internacional-393409

 

Espionagem russa na Europa - “Quando se usa Novichok, é porque se quer que isso venha a público” !

A atividade dos serviços russos de Inteligência, que usufruíam de uma sólida reputação, ressurgiu na Europa nos últimos anos, mas as disputas entre Moscovo e os países ocidentais têm vindo cada vez mais à tona.


Na semana passada, Itália anunciou a expulsão de dois funcionários russos, após a prisão de um oficial da Marinha italiana quando entregava documentos confidenciais para um militar russo.

Além disso, muitos diplomatas russos acusados de espionagem foram expulsos nos últimos meses de países como Bulgária, Holanda, Áustria, França e República Checa.

Moscovo reagiu e denunciou acusações sem fundamento e “russofobas”.

“A Inteligência russa adotou uma mentalidade de guerra. Pensa que se trata de uma batalha existencial pelo lugar da Rússia no mundo”, estima Mark Galeotti, um escritor especializado em assuntos de segurança russos.

Para Galeotti, 2014 foi um ano crucial. “A revolução na Ucrânia, para [o presidente russo] Vladimir Putin, foi uma operação britânica da CIA e do MI6” britânico, afirmou.

Segundo Andrei Soldatov, editor-chefe do site russo Agentura.ru, especializado em assuntos de Inteligência, “eles acham que a menor ação ocidental, como criticar as violações de direitos humanos, ou o trabalho de jornalistas estrangeiros, pode provocar uma revolução”.

E, de facto, os serviços secretos russos vão mais além, desde o suborno de espiões à corrupção de funcionários estrangeiros, praticado por todas as grandes potências.

Em 2018, o ex-agente duplo Sergei Skripal foi alvo de uma tentativa de assassinato por envenenamento no Reino Unido. Um ano depois, um homem suspeito de atuar sob as ordens de Moscovo matou, em Berlim, um ex-combatente rebelde checo.

Agora, o ocidente acusa a Rússia de ter envenenado Alexei Navalny, o principal opositor de Putin, com um agente nervoso do tipo Novichok. Navalny conseguiu recuperar, depois de passar cinco meses em tratamento na Alemanha, mas foi preso quando regressou à Rússia.

A plataforma de jornalismo investigativo Bellingcat também identificou uma dezena de agentes, através de práticas recorrentes na criação de identidades falsas por parte da Inteligência militar (GRU) e dos serviços de segurança (FSB).

Mikhail Liubimov, um coronel reformado dos serviços soviéticos da KGB, lamenta a “degradação ideológica” dos agentes e destaca um contexto geopolítico desfavorável.

Moscovo “envia uma mensagem clara para aqueles que ousam desafiar Putin“, afirma Soufan Center. A Rússia sente-se “suficientemente confiante para matar figuras da oposição”.

Quando se usa um agente nervoso como o Novichok para assassinar alguém, é porque se quer que isso venha a público”, comentou Damien Van Puyvelde, um especialista em Inteligência da Universidade de Glasgow, na Escócia.

Após o caso Skripal, o do avião da Malaysia Airlines que foi abatido no leste da Ucrânia e dos escândalos das interferências russas nas eleições ocidentais, “há, talvez, uma espécie de exaustão coletiva e uma necessidade de os europeus fazerem comunicação política”, diz Van Puyvelde. “Continuam a existir linhas vermelhas”, afirmou.

https://zap.aeiou.pt/espionagem-russa-europa-393348

 

Parque Jurássico da vida real ? Co-fundador da Neuralink diz que é possível !

Max Hodak, co-fundador da Neuralink, está convencido de que é possível trazer os dinossauros de volta à vida para criar um Parque Jurássico da vida real.


Em 1993, Steven Spielberg levou a obra de Michael Ceichton para o cinema e, desde aí, a ideia de um parque de dinossauros tem conquistado o imaginário de muitas crianças e até adultos. Um deles é Max Hodak, co-fundador da empresa de neurotecnologia Neuralink.

De acordo com o Futurism, o sócio de Elon Musk acredita que é possível trazer os dinossauros de volta à vida e criar um Parque Jurássico da vida real. “Poderíamos construir o Jurassic Park se quiséssemos”, escreveu no Twitter. “Não seriam dinossauros geneticamente autênticos, mas… ”

Para o parque sair do papel e se tornar uma realidade, seria necessário algum tempo de desenvolvimento. “Talvez 15 anos de criação + engenharia para obter novas espécies super exóticas”, acrescenta a mesma publicação.

Apesar de parecer uma boa ideia, a verdade é que trazer de volta à vida espécies exóticas dificilmente tem um efeito positivo, uma vez que a extinção é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento da biodiversidade.

Hodak admitiu isso mesmo na rede social. “A biodiversidade é definitivamente valiosa; a conservação é importante e faz sentido. Mas por que paramos aí? Por que não tentamos intencionalmente criar uma diversidade nova?”, questionou o empresário.

Durante vários anos, os conservacionistas expressaram preocupação com a ressurreição de espécies extintas porque os ecossistemas em que essas espécies viviam, por uma razão ou outra, seguiram em frente sem elas.

Ressuscitar espécies – e, especialmente, criar novas formas de biodiversidade – seria funcionalmente o mesmo que introduzir uma nova espécie invasora num ecossistema não equipado para a sustentar.

No fundo, um Parque Jurássico da vida real é tentador, mas a ideia corre o risco de ser extremamente contraproducente.

https://zap.aeiou.pt/parque-jurassico-da-vida-real-392912

 

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