sexta-feira, 16 de abril de 2021

Votação histórica - Congresso aprova projeto de lei para corrigir erros da escravatura !

Uma comissão do Congresso dos Estados Unidos aprovou na quarta-feira um projeto de lei sobre o princípio da compensação financeira para os danos da escravatura, uma primeira votação histórica num país ainda marcado pela discriminação racial.


O texto foi aprovado pela Comissão dos Assuntos Judiciais da Câmara dos Representantes por 25 votos contra 17, os democratas votaram todos a favor e os republicanos todos contra.

A câmara baixa do Congresso, de maioria democrata, deve agora aprová-lo em sessão plenária, em data indeterminada. Mas a aprovação do texto é incerta no Senado, onde os democratas têm de conseguir o voto a favor de pelo menos 10 republicanos.

O projeto de lei prevê a criação de uma comissão de peritos encarregada de fazer propostas sobre a indemnização pelo governo dos descendentes dos cerca de quatro milhões de africanos levados à força para os Estados Unidos entre 1619 e 1865, data da abolição da escravatura.

Visa combater “a injustiça, crueldade, brutalidade e desumanidade fundamental da escravatura” e as disparidades de que sofre ainda hoje a minoria negra norte-americana.

Esta votação “histórica” visa “continuar um debate nacional sobre o modo de combater os maus-tratos sofridos pelos afro-americanos durante a escravatura, a segregação e o racismo estrutural que permanece endémico na nossa sociedade”, declarou antes da votação o presidente da Comissão dos Assuntos Judiciais, o democrata Jerry Nadler.

A democrata afro-americana Sheila Jackson Lee implorou aos seus pares para “não ignorarem a dor, a história e a sabedoria desta comissão”.

O Presidente Joe Biden, também democrata e que se encontrou na terça-feira com os eleitos afro-americanos no Congresso, “comprometeu-se” a apoiar o texto, disse Lee.

Mas os membros republicanos da comissão, embora reconhecendo a brutalidade da escravatura, opõem-se à legislação.

“Ela afasta-nos do sonho importante de julgar alguém pela sua personalidade e não pela cor da sua pele”, disse o republicano Chip Roy.

A legislação, cuja primeira versão foi redigida há perto de 30 anos, tornou-se central depois da morte de vários negros norte-americanos em intervenções policiais ter levado os Estados Unidos a concentrar-se no seu passado esclavagista e sobre as múltiplas discriminações sofridas pela minoria negra, que constitui quase 13% da população.

A votação aconteceu quando está a ser julgado em Minneapolis um polícia branco, acusado de ter matado durante a detenção um quadragenário negro, George Floyd, que se tornou um símbolo mundial das vítimas de violência policial.

Apesar dos avanços da luta pelos seus direitos cívicos nos anos 1960, os afro-americanos ainda têm menos qualificações, menor segurança social e vivem menos que os brancos. São também presos de modo desproporcionado em relação ao resto da população norte-americana.

Em 2019, o rendimento médio anual de uma família negra era de 43.771 dólares (36.561 euros) e o de uma família branca atingia os 71.664 (59.859 euros), segundo as estatísticas oficiais.

https://zap.aeiou.pt/congresso-corrigir-erros-escravatura-395493

 

Ministra da Cultura francesa promete reabertura de Notre-Dame em 2024 !

A catedral de Notre-Dame, em Paris, vai reabrir em 2024, prometeu, esta quarta-feira, a ministra da Cultura francesa, na véspera de se completarem dois anos desde que um incêndio devastou o mundialmente famoso monumento.


A promessa foi feita no momento em que a ministra da Cultura anunciou, perante o Senado, que a petição pública lançada para a restauração da catedral conseguiu reunir os fundos suficientes, com 833 milhões de euros em donativos, valor que permite “encarar o projeto com tranquilidade”.

“Posso dizer que em 2024 a catedral de Notre-Dame de Paris será reaberta”, afirmou Roselyne Bachelot.

A ministra deverá encontrar-se na catedral como o Presidente Emmanuel Macron, esta quinta-feira, precisamente quando se completam dois anos sobre o incêndio que devastou parcialmente a catedral, considerada uma obra-prima da arte gótica.

O chefe de Estado francês tinha pedido uma reconstrução em cinco anos da catedral cujo telhado e pináculo foram destruídos pelas chamas.

O representante de Macron para as obras, o general Jean-Louis Gorgelin, também assegurou que a catedral reabrirá em 2024 e que será celebrado um Te Deum em 16 de abril desse ano, mas nem todos os trabalhos necessários estarão concluídos nessa data.

https://zap.aeiou.pt/ministra-promete-reabertura-notre-dame-2024-395390

 

“Tirámos Trump de lá” - Funcionário da CNN admite que canal quis ajudar Biden a vencer eleições !

Um funcionário da CNN falou abertamente com um jornalista disfarçado sobre as motivações políticas que a emissora teve durante a eleição presidencial de 2020.

A investigação foi divulgada pela Fox News, que relatou que o funcionário da emissora norte-americana CNN gabou-se a um jornalista disfarçado de que o meio de comunicação ajudou a derrotar o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

A mesma fonte até chamou ao seu próprio empregador de “propaganda”.

Segundo a Fox News, o diretor técnico da rede Charles Chester esclareceu que a CNN queria remover o seu inimigo da Casa Branca e ajudar o agora Presidente Joe Biden.

“Veja o que fizemos, tirámos Trump de lá”, disse Chester, em tom de comemoração. “Eu vou 100% dizer isso. E eu 100% acredito que se não fosse pela CNN, eu não sei se Trump teria sido eliminado.”

Este tipo de vídeos podem ser editados e tirados do contexto. Contudo, muitos comentários feitos por Chester ao longo do vídeo são longos que mostram-no a expressar-se em frases claras e completas.

Numa série de reuniões com um jornalista disfarçado no mês passado, Chester – que se gabou de estar “um degrau abaixo” de um diretor – afirmou que a CNN estava “a criar uma história” que questionava a saúde de Trump, chamando a este processo de “propaganda” para ajudar a remover Trump do cargo.

“Trouxemos tantos médicos para contar uma história que era tudo especulação de que estava neurologicamente doente, que estava a perder o controlo, de que é impróprio para qualquer coisa”, disse Chester. “Estávamos a criar uma história da qual nada sabíamos.”

Por outro lado, segundo Chester, a CNN também queria promover a saúde e a boa forma de Biden. “Mostrávamos sempre fotografias dele [Biden] a correr… com os seus óculos de aviador e (…) como um jovem geriátrico”, disse Chester. “Acho que o ajudámos a superar esse período”.

Chester revelou ainda que, após o “cansaço da covid” da cobertura da CNN, quando o público estiver “aberto a isso”, a rede “passará a focar-se principalmente no clima”. “O nosso foco era tirar Trump do cargo”, continuou. “Sem dizer, era isso mesmo, certo? Então, o nosso próximo passo será a consciencialização sobre as mudanças climáticas.”

“Acha que vai ser muito parecido com o medo do clima?” perguntou o jornalista disfarçado. “Sim. O medo vende”, respondeu Chester.

“Quem decide isso?”, continuou a questionar o jornalista. Chestes respondeu que é o “chefe da rede” quem toma as decisões, referindo-se ao presidente da CNN, Jeff Zucker.

De acordo com o LinkedIn, Chester trabalha com a CNN desde 2018 e já trabalhou em vários programas, incluindo “New Day”, “Cuomo Prime Time” e “CNN Tonight”.

https://zap.aeiou.pt/tiramos-trump-de-la-funcionario-da-cnn-admite-que-395338

 

 

EUA abrem “a cada 10 horas” uma nova investigação contra a China !

O Departamento Federal de Investigação (FBI) dos Estados Unidos tem mais de duas mil investigações abertas relacionadas com o governo chinês e abre uma nova “a cada 10 horas”, disse o diretor da instituição ao Comité de Inteligência do Senado dos EUA.


No seu testemunho, divulgado pela CNN, o diretor do FBI, Christopher Wray, disse que nenhum outro país representava uma ameaça maior à segurança económica e aos ideais democráticos dos EUA do que a China, acrescentando que a sua capacidade de influenciar as instituições norte-americanas é “profunda, ampla e persistente”.

Os comentários de Wray surgem no meio de tensões crescentes entre Washington e Pequim em várias frentes, incluindo alegadas violações dos direitos humanos na região ocidental de Xinjiang na China e questões relacionadas com o estatuto de Taiwan e Hong Kong.

O Diretor da National Intelligence dos EUA, Avril Haines, e o diretor da CIA, William Burns, falaram ao lado de Wray na audiência de quarta-feira no Senado, naquele que é o primeiro testemunho público de grupo de líderes da inteligência perante o Congresso dos EUA desde 2019, de acordo com a CNN.

Estas declarações surgem menos de uma semana após os serviços secretos norte-americanos terem divulgado a sua Avaliação Anual da Ameaça, na qual advertia que os governos chinês e russo pretendiam utilizar a pandemia de Covid-19 para aumentar a sua influência global.

O relatório dizia que Pequim tinha estado “a intensificar esforços para moldar o ambiente político” nos Estados Unidos para tentar afirmar a sua influência e abafar as críticas às suas próprias políticas, incluindo a repressão das liberdades civis em Xinjiang e Hong Kong.

Haines disse ao Comité de Informações do Senado que o Governo chinês tinha capacidades cibernéticas “substanciais” que, “se implementadas, poderiam, no mínimo, causar interrupções temporárias localizadas em infraestruturas críticas dentro dos Estados Unidos”.

Em julho de 2020, o Governo dos EUA acusou dois alegados hackers chineses que, segundo as autoridades, se tinham envolvido numa “campanha global de intrusão informática generalizada”, incluindo a tentativa de aceder à investigação sobre o coronavírus dos EUA e visando ativistas de direitos humanos.

Novos testes nucleares da Coreia do Norte

A diretora de inteligência nacional (DNI) norte-americana, Avril Haines, testemunhou quarta-feira no Senado que a Coreia do Norte deverá continuar a realizar testes nucleares e de mísseis balísticos de longo alcance, no curto prazo.

“A Coreia do Norte pode tomar ações agressivas e potencialmente desestabilizadoras para reconfigurar o seu ambiente de segurança e procurará criar divisões entre os Estados Unidos e os seus aliados”, disse Haines em audiência na Comissão dos Serviços de Informações do Senado norte-americano.

“Estes esforços poderão incluir o reinício de testes das armas nucleares e de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM)”, acrescentou, um dia depois de apresentado o relatório global de ameaças pelo DNI.

Haines agrupou a Coreia do Norte com três outros países – China, Rússia e Irão – que representam as maiores ameaças aos Estados Unidos, juntamente com organizações terroristas globais, salientado que a ameaça chinesa tem “prioridade incomparável” para a comunidade de inteligência norte-americana.

O general David VanHerck, comandante do Comando Norte dos EUA e do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte, destacou também a possibilidade de a Coreia do Norte retomar “num futuro próximo” os lançamentos de mísseis de longo alcance para testar um novo tipo de projétil (ICBM) apresentado em outubro de 2020.

“Consideravelmente maior e presumivelmente mais eficaz do que os sistemas que testaram em 2017”, o novo ICBM “aumenta ainda mais a ameaça que (a Coreia do Norte) representa para o território” norte-americano, disse o oficial.

“O regime norte-coreano também indicou que já não está vinculado à moratória unilateral de testes nucleares e de ICBM anunciada em 2018, sugerindo que Kim Jong-un pode começar a testar um projeto de ICBM melhorado num futuro próximo”, acrescentou.

Segundo a agência sul-coreana Yonhap, a Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos de curto alcance no mês passado, retomando os seus testes deste tipo de mísseis balísticos após um hiato de um ano.

Na semana passada, a Casa Branca disse que poderá admitir a abordagem da “diplomacia” com a Coreia do Norte para ultrapassar o impasse sobre a questão do programa nuclear norte-coreano.

“Estamos prontos para admitir uma forma de diplomacia caso isso nos conduza à desnuclearização”, disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, salientando que as sanções continuarão a ser aplicadas, em consulta com aliados e os parceiros norte-americanos.

O Presidente dos EUA Joe Biden permaneceu até ao momento praticamente silencioso sobre as intenções face a Pyongyang, ao assinalar que a situação está a ser revista para impor uma nova estratégia após a tentativa de diplomacia direta do seu antecessor Donald Trump com o dirigente norte-coreano Kim Jong Un, que não permitiu qualquer avanço sobre a desnuclearização do país isolado.

No entanto, o chefe de Estado norte-americano preveniu que os Estados Unidos vão ripostar “em consequência” em caso de “escalada” norte-coreana, após os disparos de mísseis de Pyongyang no final de março.

https://zap.aeiou.pt/eua-10-horas-nova-investigacao-china-395296

 

Myanmar - Junta militar retém familiares de soldados para impedir fugas !

Um capitão, que desertou do exército birmanês para se juntar ao movimento de oposição ao golpe militar de fevereiro, acusou a junta militar de reter familiares de soldados para impedir deserções.


Lin Htet Aung, que desertou em março, disse que a junta militar, no poder na sequência do golpe de Estado de 01 de fevereiro, mantém “sequestrados” famílias dos soldados que vivem em quartéis para evitar quaisquer fugas, publicou o portal de notícias Myanmar Now, citado pela agência Lusa na quarta-feira.

O rebelde afirmou que 75% dos soldados estariam dispostos a desertar, caso as famílias não estivessem “retidas”. “Aqueles que vivem em complexos militares foram basicamente raptados. Utilizam as famílias dos soldados para os controlar, para que não possam agir livremente. Se um soldado quiser fugir, tem de levar a família com ele”, acusou.

De acordo com o mesmo testemunho, muitos soldados são contra os crimes ordenados pela junta militar durante a brutal repressão dos protestos pró-democracia, que já causaram pelo menos 714 mortos, segundo a Associação de Assistência aos Presos Políticos (AAPP).

A AAPP denunciou também detenções arbitrárias, de mais de três mil pessoas, e torturas a que muitos dos detidos foram submetidos.

Os soldados “sabem que não é justo, mas têm de tomar conta das suas famílias. Estão conscientes da injustiça e estou certo de que se sentem desconfortáveis com ela. E, no entanto, têm que fechar os olhos”, acrescentou.

Uma pessoa faz a saudação dos três dedos enquanto segura um ovo, decorado com uma mensagem em apoio aos manifestantes que se manifestaram contra o golpe militar em Myanmar

Apesar da intimidação e da repressão violenta, as manifestações continuam a decorrer em todo o país. Na quarta-feira, centenas de estudantes marcharam em Mandalay, a segunda cidade mais populosa de Myanmar (antiga Birmânia), e atiraram tinta vermelha sobre o asfalto para denunciar o assassínio de manifestantes pacíficos pela junta militar.

O exército justificou o golpe de Estado com uma alegada fraude nas eleições de novembro, em que o partido da ex-líder civil Aung San Suu Kyi, de 75 anos, venceu, e que foram consideradas legítimas pelos observadores internacionais. Prémio Nobel da Paz em 1991, foi afastada do poder e está em prisão domiciliária em Naypyidaw desde o golpe militar.

Protesto de profissionais da saúde termina com tiros

Segundo o portal Mizzima News, citado esta quinta-feira pela Lusa, dezenas de trabalhadores da saúde reuniram-se em Mandalay para protestar contra a junta militar, mas as forças de segurança dispersaram, abrindo fogo e ferindo várias pessoas. Também o portal Khit Thit Media indicou que 20 dos manifestantes foram detidos.

Desconhece-se ainda o número de possíveis mortos ou números exatos sobre feridos, num contexto de opacidade de informação, devido aos cortes diários do sinal da Internet e às dificuldades dos poucos meios digitais independentes que ainda estão ativos.

Myanmar celebra o Ano Novo Budista desde terça-feira, mas as celebrações tradicionais foram suspensas em muitos lugares e os protestos em diferentes partes do país estão a encher as ruas.

A brutalidade das forças de segurança provocou severas críticas e sanções por parte da União Europeia e de países como os Estados Unidos, o Reino Unido e o Canadá, embora a comunidade internacional não tenha conseguido chegar a acordo sobre ações comuns, tais como um embargo de armas.

https://zap.aeiou.pt/myanmar-junta-militar-familia-soldados-fugas-395345

 

NATO segue Estados Unidos e anuncia retirada de tropas do Afeganistão !

O secretário-geral da NATO anunciou, esta quarta-feira, que as tropas da Aliança irão começar a sair do Afeganistão a 1 de maio, prevendo a retirada total do país nos meses que se seguirão.

“Tendo em conta a decisão dos Estados Unidos de sair [do Afeganistão], os ministros dos Negócios Estrangeiros e de Defesa da NATO discutiram, esta quarta-feira, o caminho a seguir e decidiram que iremos começar a retirada das forças da missão ‘Resolute Support’ da NATO a 1 de maio”, anunciou Jens Stoltenberg.

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) falava em conferência de imprensa em Bruxelas, junto do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e do secretário de Defesa, Lloyd Austin, após uma sessão do Conselho do Atlântico Norte, convocada com urgência pelos Estados Unidos e em que participaram os ministros dos Negócios Estrangeiros e de Defesa da Aliança.

Numa declaração quase sincronizada com a do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que anunciou poucos minutos antes que os soldados norte-americanos se retirarão do Afeganistão até 11 de setembro, Stoltenberg indicou que a saída das tropas será feita de maneira “ordenada, coordenada e deliberada”.

“Contamos concluir a retirada de todas as nossas tropas no espaço de alguns meses. Qualquer ataque dos talibãs às nossas forças durante esse período conhecerá uma resposta vigorosa”, apontou Stoltenberg.

O secretário-geral da Aliança frisou também que a saída das tropas da Aliança se prende com a decisão de que a NATO foi para o Afeganistão “junta, ajustou a postura de maneira conjunta e vai sair junta”.

Stoltenberg reconheceu, no entanto, que sair do Afeganistão não foi “uma escolha fácil” e “cria riscos”, mas ressalvou que não se trata do “fim da relação” da NATO com o país, mas antes o início “de um novo capítulo”.

“Os aliados e parceiros da NATO irão manter-se ao lado do povo afegão. Mas agora ao cabe ao povo construir uma paz sustentável, que põe fim à violência, salvaguarda os direitos humanos de todos os afegãos – em particular, as mulheres, as crianças e as minorias – respeita o Estado de direito, e assegura que o Afeganistão não volta a tornar-se num porto seguro para terroristas”, sublinhou.

Joe Biden anunciou, esta quarta-feira, que as tropas norte-americanas vão sair do Afeganistão até 11 de setembro, antes do vigésimo aniversário dos ataques nos Estados Unidos que motivaram esta intervenção.

Está na hora de encerrar a mais longa guerra norte-americana. Está na hora de os soldados norte-americanos voltarem para casa”, disse o chefe de Estado a partir da Casa Branca, citado pela Deutsche Welle.

“Um ataque terrível há 20 anos (…) não pode explicar porque é que deveríamos continuar ali em 2021. (…) Não podemos continuar o ciclo de estender ou expandir a nossa presença militar no Afeganistão na esperança de criar as condições ideais para a nossa retirada, tendo em vista um resultado diferente”, disse ainda.

“Sou o quarto Presidente norte-americano a presidir enquanto as tropas norte-americanas se mantêm no Afeganistão. Dois republicanos. Dois democratas. Não vou passar essa responsabilidade a um quinto Presidente”, concluiu.

A decisão foi aplaudida por várias figuras da política norte-americana, mas também houve quem considerasse que esta decisão pode incentivar insurgências dos jihadistas, acrescenta a DW.

Apesar de retirarem as tropas do Afeganistão, tal como a antiga Administração Trump tinha acordado em fevereiro de 2020 com os talibãs, os Estados Unidos não cumprem a data estipulada nesse entendimento, que ditava que a retirada de tropas teria de ocorrer até ao dia 1 de maio.

Em resposta, os talibãs já ameaçaram boicotar todas as negociações de paz com o Governo afegão – que ocorrem em Doha – e retomar os ataques às tropas internacionais se os Estados Unidos não cumprirem o acordado.

Segundo o jornal Público, atualmente, Portugal tem 118 militares integrados na 6.ª Força Nacional Destacada para o Afeganistão, que, no âmbito da missão ‘Resolute Support’, tem a responsabilidade pela segurança do Aeroporto Internacional Hamid Karzai, em Cabul.

A participação portuguesa nesta missão da Aliança teve início em 2002, tendo estado no Afeganistão mais de 4500 militares portugueses.

“Com esta retirada, conclui-se um importante e prolongado contributo português na luta contra o terrorismo. Registaram-se no Afeganistão importantes progressos em termos de estabilidade e segurança, bem como em termos de desenvolvimento social, incluindo em particular os direitos de mulheres e o acesso à educação para as raparigas”, lê-se no comunicado conjunto dos ministérios da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, citado pelo Jornal Económico.

A NATO envolveu-se no Afeganistão em 2001, após os Aliados terem invocado, a 12 de setembro e pela primeira vez na história da Aliança, o artigo 5.º do tratado do Atlântico Norte – o princípio de defesa coletiva, que determina que um ataque contra um ou mais dos membros da NATO é considerado um ataque contra todos.

Em agosto de 2003, a Aliança assumiu o comando de uma missão militar intitulada Força Internacional de Assistência para Segurança (ISAF), mandatada pela ONU. Dirigida pela NATO até ao final de 2014, tornou-se na mais longa missão da história da Aliança e mobilizou, no seu pico, 130 mil militares no terreno.

Desde o início da guerra no Afeganistão, estima-se que morreram cerca de 3500 militares da NATO, dos quais 2400 eram norte-americanos.

https://zap.aeiou.pt/nato-segue-eua-retirada-tropas-afeganistao-395396

 

 

França aprova lei que alarga poder da polícia apesar de críticas e manifestações

O parlamento francês aprovou hoje um projeto de lei sobre segurança que visa alargar os poderes da polícia, apesar das críticas de ativistas dos direitos civis, que temem que a legislação ameace os esforços para denunciar abusos da polícia.


O projeto foi aprovado por 75 votos a favor e 33 contra na Assembleia Nacional, onde o partido do Presidente francês, Emmanuel Macron, que propôs a medida, tem ampla maioria.

Inicialmente, o projeto pretendia tornar ilegal a publicação de imagens de polícias com a intenção de prejudicá-los, mas a proposta provocou marchas e manifestações de milhares de pessoas em Paris e acabou por ser revista.

A lei agora aprovada alterou o polémico artigo 24º, passando a referir que é ilegal ajudar a identificar polícias em serviço “com a óbvia intenção de causar dano”, sendo que quem o fizer incorre numa pena de prisão de até cinco anos de prisão e uma multa de até 75.000 euros.

O novo projeto foi também muito criticado por continuar a ser vago e poder ser alvo de interpretações diferentes dos polícias, mas também por se temer que intimide as pessoas que tentam combater os abusos policiais e a discriminação, tirando e publicando fotografias e vídeos.

O projeto também dá mais autonomia à polícia local e estende o uso de drones de vigilância, entre outras medidas.

O Governo defendeu a lei para proteger melhor a polícia face a ameaças e ataques violentos e ao crescente assédio nas redes sociais.

O ministro do Interior, Gerald Darmanin, já elogiou “o compromisso” conseguido hoje pelos deputados, enquanto a filial francesa da organização humanitária Amnistia Internacional alertou, no Twitter, sobre os “perigos que o projeto representa para as liberdades civis” e denunciou aquilo que considera serem “práticas generalizadas de vigilância”.

O texto contém “disposições vagas que podem permitir procedimentos legais abusivos e injustos”, avisou a organização

Os partidos franceses da oposição de esquerda anunciaram, entretanto, terem intenção de tomar a lei ao Tribunal Constitucional.

https://zap.aeiou.pt/franca-aprova-lei-alarga-poder-policia-395460

 

Pela primeira vez, Japão admite cancelar Jogos Olímpicos !

O Japão admitiu pela primeira vez esta quinta-feira que o cancelamento dos Jogos Olímpicos, adiados desde o verão passado e com arranque marcado para 23 de julho, continua a ser uma hipótese em cima da mesa.


De acordo com a Bloomberg, Toshihiro Nikai, secretário-geral do Partido Liberal Democrata do Japão, indicou que cancelar os Jogos Olímpicos de Tóquio era uma opção, uma vez que o país luta com um aumento de casos de covid-19 a menos de 100 dias do evento.

Toshihiro Nikai disse, em entrevista à emissora televisiva TBS, que, se for determinado que os Jogos Olímpicos não podem ser realizados, terão de ser cancelados.

“Qual seria o objetivo de Jogos Olímpicos que disseminassem a infecção?”, interrogou Nikai.

De acordo com a Kyodo News, esta quinta-feira, Taro Kono, o responsável das vacinas do Japão e ministro da reforma administrativa, sinalizou também a possibilidade de os Jogos Olímpicos se realizarem sem espectadores.

Na quarta-feira, o Comité Olímpico Internacional (COI) disse que os participantes nos Jogos Olímpicos serão submetidos a uma “quarentena adaptada” – e não aos habituais 14 dias obrigatórios à chegada ao Japão.

“Durante 14 dias, poderemos fazer algumas coisas e outras não. Não é uma isenção à quarentena geral, mas a submissão a regras restritas”, disse o diretor-executivo do COI para Tóquio2020, o suíço Christophe Dubi.

Dubi indicou que em 28 de abril será publicada a segunda e penúltima versão dos manuais com as regras a serem seguidas por cada grupo que deverá marcar presença em Tóquio2020, a decorrer de 23 de julho a 8 de agosto.

“Incluirá medidas mais precisas sobre a quarentena adaptada, como lidar com os contactos próximos, o que fazer em caso positivo, como será o regime de isolamento, a política de controlos e a lista de destinos e movimentos permitidos para os primeiros 14 dias no Japão”, referiu o diretor.

O COI sempre negou que os participantes nos Jogos Olímpicos tivessem que passar por um período de quarentena à chegada ao Japão, mas introduziu agora a variante da “quarentena adaptada”.

“Os atletas não ficarão isentos de quarentena. Serão verificados antes dos Jogos, à chegada e com frequência. Durante os Jogos, vão viver numa bolha entre a aldeia olímpica e os recintos de competição”, acrescentou o presidente da comissão de coordenação do COI para Tóquio2020, o australiano John Coates.

O responsável disse que os participantes “não vão ter as famílias nem os adeptos do seu país a apoiá-los e não vão poder festejar na cidade os seus sucessos, mas vai ser uma oportunidade para atletas de todo o mundo passarem mais tempo na aldeia olímpica”.

Em relação aos estudos que indicam que o desejo dos japoneses é que os Jogos sejam adiados ou cancelados por receio da pandemia de covid-19, Coates indicou que a presença de público a acompanhar o percurso da tocha olímpica “dá uma mostra do crescente apoio da população”.

Apenas japoneses e residentes poderão entrar no país e assistir aos Jogos, passando por regras reforçadas recentemente e que incluem três dias num hotel, se o teste for negativo para a covid-19, seguido de um período de quarentena em casa.

https://zap.aeiou.pt/pela-primeira-vez-japao-admite-cancelar-jogos-olimpicos-395308

 

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Pentágono confirma que filmagens de OVNI em forma de pirâmide são autênticas !

Uma nova série de imagens e vídeos de OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados) filmados pela Marinha dos Estados Unidos foi agora confirmada como autêntica pelo Pentágono.

Enquanto muitas pessoas geralmente se referem a avistamentos misteriosos como OVNIs, o termo mais moderno usado nos círculos de defesa é “Fenómenos Aéreos Não Identificados” (UAPs).

Embora os OVNIs sejam um tópico associado a teorias da conspiração, os UAPs, às vezes também chamados de Veículos Aéreos Anómalos (AAVs), são reais, representando avistamentos documentados de fenómenos que nem os militares nem os observadores científicos conseguem identificar facilmente.

Os avistamentos mais recentes, fornecidos pelo cineasta Jeremy Corbell e o repórter George Knapp, incluem imagens de uma misteriosa nave “em forma de pirâmide” que foi observada a voar pelo céu, juntamente com imagens de três outros objetos estranhos.

Agora, o Pentágono confirmou que as imagens são genuínas: são fotografias e filmagens autênticas de UAPs capturados pela Marinha dos Estados Unidos.

“Posso confirmar que as fotografiass e vídeos mencionados foram captados por staff da Marinha”, disse Susan Gough, porta-voz do Pentágono, em comunicado citado pelo The Black Vault. “A UAPTF [Task Force de Fenómenos Aéreos Não Identificados] incluiu esses incidentes nas suas análises em andamento.”

Por sua vez, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos não esclareceu nada sobre as imagens, permanecendo em silêncio sobre o que as suas investigações sobre estes objetos estranhos podem ter revelado.

“Como dissemos antes, para manter a segurança das operações e evitar a divulgação de informações que possam ser úteis a adversários em potencial, o DOD não discute publicamente os detalhes das observações ou dos exames de incursões relatadas nos nossos campos de treino ou espaço aéreo designado, incluindo aquelas incursões inicialmente designadas como UAP “, disse Gough.

Numa série de briefings secretos de inteligência em maio de 2020, um membro da defesa relatou observações do avistamento de uma nave “em forma de pirâmide” a pairar a cerca de 210 metros acima do navio, fenómeno que foi filmado pela tripulação do USS Russell na costa de San Diego em julho de 2019.

Noutro avistamento, um veículo esférico foi observado pela tripulação a bordo do USS Omaha, voando para o oceano e desaparecendo na água. A documentação sugere que a nave teria afundado, mas uma busca subsequente na área não revelou destroços.

Uma série de outros avistamentos, todos registados no mesmo dia em março de 2019 por um oficial de sistemas de armas F-18, revelam três UAPs vistos perto da Estação Aérea Naval Oceana, na Virgínia. Os objetos passaram a ser conhecidos como a “Esfera”, a “Bolota” e o “Dirigível Metálico”.

Corbell espera que, ao partilhar estas informações, isso fortaleça ainda mais as investigações racionais e transparentes sobre estes objetos misteriosos.

Em abril de 2020, a Marinha dos Estados Unidos lançou três vídeos que parecem mostrar aeronaves a voar mais depressa do que a velocidade do som. Além disso, em janeiro, a CIA revelou três décadas de documentos sobre incidentes misteriosos relatados ou investigados pela agência.

Segundo John Ratcliffe, ex-diretor da Inteligência Nacional, mais avistamentos inexplicáveis ​​de OVNIs serão desclassificados em junho – incluindo que quebrou a barreira do som sem produzir um estrondo sónico.

O relatório e a desclassificação destes avistamentos são exigidos pela Lei de Autorização de Inteligência de 2021.

https://zap.aeiou.pt/pentagono-confirma-que-filmagens-de-ovnis-em-forma-de-piramide-sao-autenticas-395041

 

Irão vai aumentar produção de urânio enriquecido em resposta ao “terrorismo nuclear” de Israel !

O Irão justificou esta quarta-feira a decisão de enriquecer urânio a 60% como resposta ao “terrorismo nuclear” e à “maldade” israelita, referindo-se ao alegado ataque contra a central de Natanz, no domingo.


“A decisão de enriquecer a 60% é a resposta à maldade”, declarou o Presidente iraniano, Hassan Rohani, no Conselho de Ministros.

“O que vocês fizeram é terrorismo nuclear, o que nós fazemos está dentro da legalidade”, afirmou referindo-se a Israel.

“Vocês não podem conspirar contra o Irão (…) nós vamos cortar-vos as mãos por cada crime, para que compreendam que não podem impedir-nos (de aceder) à tecnologia nuclear”, disse ainda Rohani.

Teerão anunciou na terça-feira que vai aumentar o limite máximo para as atividades de enriquecimento de urânio (isótopo 235) de 20% para 60%, aproximando-se dos 90% necessários para ser utilizado para fins militares.

Hassan Rohani reafirmou hoje que as ambições nucleares do Irão são “pacíficas e apenas pacíficas”.

De acordo com o representante permanente do Irão junto da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Kazem Gharibabadi, os preparativos para dar início à decisão estão em curso e a produção pode começar “na próxima semana”, no Irão.

No domingo, uma explosão atingiu a fábrica de enriquecimento de urânio no complexo nuclear de Natanz. Teerão acusou Israel de sabotagem.

De acordo com o jornal New York Times, os israelitas estão implicados na operação que introduziu “clandestinamente” um engenho explosivo no interior da fábrica e que foi acionado de forma remota.

A explosão em Natanz veio abalar as tentativas negociais de Viena no sentido de salvar o acordo internacional sobre a energia nuclear do Irão, firmado em 2015 e criticado desde o primeiro dia pelo primeiro-ministro de Israel.

Para Benjamin Netanyahu, o Irão representa uma ameaça “à existência” do Estado de Israel, acusando Teerão de querer construir secretamente a bomba atómica.

A França já condenou as ações do Irão, chamando-lhe um “desenvolvimento sério”.

https://zap.aeiou.pt/irao-aumentar-producao-uranio-395224

 

E se a vacina contra a covid-19 se chamasse Trumpcine ? O “sir” sugeriu e Donald Trump gostou !

No fim de semana passado, durante um encontro do Comité Nacional Republicano, o ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que alguém sugeriu que as vacinas disponíveis contra a covid-19 deveriam receber o seu nome. Mas não revelou quem.


“Estamos reunidos esta noite para falar sobre o futuro do Partido Republicano.” No sábado passado, Donald Trump foi o convidado de honra na reunião de doadores do Comité Nacional Republicano, mas, em vez de falar do futuro, preferiu evidenciar o passado.

Durante o discurso – no qual sublinhou não ter “dúvidas” de que os republicanos voltarão a conquistar a maioria do Senado e da Câmara dos Representantes – Trump gabou-se da sua gestão da pandemia, elogiou os governadores republicanos que mantiveram as empresas abertas e atacou Anthony Fauci, epidemiologista e seu ex-conselheiro.

Da mesma forma, o ex-Presidente depreciou fortemente Mitch McConnell, líder dos republicanos no Senado, acusando-o de não fazer o suficiente para o manter no cargo.

McConnel foi um dos seus aliados, mas não apoiou Trump nas suas falsas acusações de fraude eleitoral. “Se fosse Schumer (o líder da maioria democrata no Senado), em vez desse idiota filho da p **** do Mitch McConnell, nunca permitiria que isso acontecesse. Eles teriam lutado”, atirou.

Ainda assim, a afirmação mais bizarra de Trump esteve relacionada com as vacinas contra a covid-19.

Josh Dawsey, um repórter do The Washington Post, escreveu um tweet no qual se lê que “Trump disse que alguém o procurou, a quem se refere como ‘sir'” e sugeriu que “isso” fosse chamado de ‘Trumpcine’“. Segundo a Forbes, não está claro quem o disse, mas, aparentemente, “isso” refere-se à vacina contra a covid-19.

O ex-Presidente citou a Operação Warp Speed, a iniciativa do Governo dos Estados Unidos para acelerar o desenvolvimento de vacinas contra a covid-19 como um fator.

Esta não é a primeira vez que Donald Trump tenta levar o crédito pela vacina. No mês passado, Bess Levin escreveu um artigo na Vanity Fair intitulado “Donald Trump exige que os americanos imaginem o seu rosto enquanto a vacina da covid-19 entra nos seus corpos”.

No artigo, Levin refere-se a uma declaração emitida pelo gabinete de Trump que dizia: “Quando todos estiverem a receber a vacina, espero que se lembrem que, se eu não fosse Presidente, não teriam aquela bela fotografia durante 5 anos, na melhor das hipóteses, e provavelmente não a teriam de forma alguma. Espero que todos se lembrem!”

https://zap.aeiou.pt/vacina-trumpcine-sugeriu-donald-gostou-395190

 

Biden e Merkel pedem a retirada de militares russos mas já há navios dos EUA a caminho !

Um dia depois de a Rússia anunciar que estava a realizar “exercícios militares” perto da fronteira ucraniana, a Ucrânia indicou também estar a proceder a manobras militares. Joe Biden e Angela Merkel apelaram esta quarta-feira à Rússia para que reduza a sua presença militar na fronteira com a Ucrânia.


De acordo com o Diário de Notícias, um dia depois de a Rússia anunciar que estava a realizar “exercícios militares” perto da fronteira ucraniana, em resposta às ações consideradas ameaçadoras da NATO, a Ucrânia indicou também estar a proceder a manobras militares junto à fronteira com a Crimeia.

Por outro lado, Moscovo denunciou terem chegado pelo menos cinco aviões norte-americanos de transporte militar à zona e dois navios de guerra da Marinha dos EUA terão pedido autorização à Turquia para cruzar o Bósforo e entrar no mar Negro, onde devem ficar pelo menos até 4 de maio, escreve ainda o diário.

“Declaram que não estão interessados em reativar o conflito, mas na realidade enviam recursos para armar o Exército ucraniano, aumentam a presença de navios de guerra no mar Negro, planeiam manobras conjuntas, fornecem armas letais, preparam os militares ucranianos”, afirmou o secretário do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev.

Biden e Merkel pedem a retirada de militares russos

O presidente norte-americano, Joe Biden, e a chanceler alemã, Angela Merkel, apelaram esta quarta-feira à Rússia para que reduza a sua presença militar na fronteira com a Ucrânia.

Segundo comunicado do gabinete de Angela Merkel, a chefe de Governo alemã manteve uma conversa telefónica com Biden, durante a qual ambos concordaram em apelar à Rússia para “que reduza os seus recentes reforços de tropas” na fronteira oriental da Ucrânia, a fim de permitir “uma desescalada” da situação.

Antes, a ministra da Defesa alemã, Annegret Kramp-Karrenbauer, acusou a Rússia de “provocação” e saudou a Ucrânia pela sua “contenção”, indicando que o reforço de tropas na fronteira é seguido “com preocupação”. Segundo o gabinete do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, cerca de 80.000 soldados russos estão estacionados na fronteira com a Ucrânia e na Crimeia.

Os Estados Unidos estimam que a Rússia deslocou nos últimos dias entre 15.000 e 25.000 soldados para a Crimeia ou para próximo da fronteira com a Ucrânia.

A representante norte-americana na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Courtney Austrian, afirmou que a concentração de tropas russas na fronteira com a Ucrânia é a maior desde 2014.

“As atividades militares unilaterais da Rússia servem apenas para desestabilizar ainda mais uma situação já volátil e ameaçam desfazer o frágil cessar-fogo no leste da Ucrânia”, disse a representante dos Estados Unidos na OSCE.

A reunião do Conselho Permanente da OSCE, convocada a pedido da Ucrânia, abordou esta quarta-feira o movimento de tropas russas, no quadro de um mecanismo da organização multilateral para fomentar a transparência e a confiança mútua.

A delegação russa, que participou no encontro desta quarta-feira depois de ter estado ausente de uma reunião semelhante no sábado passado, referiu que a Ucrânia é que está a realizar “atividades militares inusuais” na região de Donbass, onde desde 2014 o Exército ucraniano e os separatistas pró-russos se defrontam.

A União Europeia (UE), Estados Unidos e Canadá destacaram, porém, o “facto positivo” de a Rússia estar presente no fórum da OSCE para analisar a situação, lamentando, contudo, a atitude “pouco construtiva” de Moscovo, “que não avançou qualquer informação nova ou relevante”.

A UE referiu que as explicações russas “dificilmente podem considerar-se satisfatórias”, uma vez que não dão qualquer informação relevante para justificar um movimento de tropas tão inusitado.

Nesse sentido, pediu à Rússia que participe “de boa-fé” na reunião e que mostre “uma transparência total” sobre as suas atividades militares, algo a que está comprometida no mecanismo da OSCE, conhecido como “Documento de Viena”.

A Rússia, contudo, enfatizou que pode movimentar as suas tropas dentro do seu território com total liberdade e que o Ministério da Defesa russo enquadrou a movimentação de tropas para a fronteira com a Ucrânia na avaliação anual da capacidade de suas Forças Armadas após o inverno.

Já esta quarta-feira, a Rússia afirmou que pelo menos cinco aviões de transporte militar dos EUA chegaram à Ucrânia nos últimos dias.

“Só nos últimos dias chegaram a território da Ucrânia cinco aviões de transporte militar procedentes de bases aéreas norte-americanas”, declarou Nikolai Patrushev, o secretário do Conselho de Segurança russo, numa reunião realizada na Crimeia, a península anexada pela Rússia em 2014.

Segundo o gabinete do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, cerca de 80.000 soldados russos estão estacionados na fronteira com a Ucrânia e na Crimeia.

https://zap.aeiou.pt/biden-merkel-retirada-russos-navios-395276

 

Malta vai pagar aos turistas que visitarem a ilha durante o verão !

Numa altura em que pandemia não tem dado tréguas ao setor do turismo, Malta anunciou um conjunto de medidas com o objetivo de encorajar os viajantes a visitarem o país e a ficarem hospedados nos seus hotéis.


A pequena ilha tem sido um dos destinos favoritos dos portugueses sobretudo nos últimos anos. Agora, vai oferecer até 200€ a cada turista para incentivar os turistas a visitarem a ilha no verão.

De acordo com a Reuters, o arquipélago, que teve mais de 2,7 milhões de visitantes em 2019, viu o número a cair em 2020, mas espera que o novo projeto possa encorajar até 35.000 turistas a regressar.

O governo compromete-se a dar até 100€ de oferta a todos os turistas que reservarem pelo menos três noites num hotel local.

Segundo com um comunicado oficial do governo de Malta citado pela Travel+Leisure, a iniciativa começa a partir de junho. A Autoridade de Turismo local irá pagar esta ajuda, de até 100€, em jeito de brinde a cada visitante que reservar uma estadia de três noites diretamente em hotéis selecionados, sempre de três a cinco estrelas.

Os turistas que se hospedarem numa propriedade de cinco estrelas irão receber 100€ por pessoa, em cada reserva. Já os hóspedes que ficam em hotéis quatro estrelas conseguem 75€ por pessoa e os que permanecerem em hotéis de três estrelas 50€.

O ministro do Turismo, Clayton Bartolo, revela ainda estes valores serão igualados pelos hotéis, dobrando-os em todos os níveis, para que os visitantes possam ganhar até 200€.

A tudo isto acresce o aumento em 10% quando as reservas são feitas em hotéis na ilha maltesa de Gozo, a três quilómetros.

“O objetivo é colocar os hotéis de Malta numa posição muito competitiva, enquanto o turismo internacional é reiniciado”, explicou Bartolo.

Malta tem a maior taxa de vacinação contra o coronavírus da União Europeia, tendo já administrado pelo menos uma dose a 42% dos adultos.

Os casos de covid-10 têm vindo a cair e o governo tem sido dos mais proativos a querer a introdução de passaportes de vacinas para facilitar as viagens e a retoma do turismo, tão importante para a retoma da economia.

Nos últimos anos, Malta tem sido um dos países mais procurados por portugueses para férias e os motivos são muitos.

https://zap.aeiou.pt/malta-vai-pagar-aos-turistas-395253

 

“É como fogo” - Dezenas de pessoas morreram na República Dominicana após ingestão de álcool ilegal !

Depois de dezenas de pessoas morreram por intoxicação nas últimas semanas, as autoridades da República Dominicana acabaram por fechar várias lojas de bebidas alcoólicas.

As lojas de bebidas clandestinas situavam-se sobretudo na capital, Santo Domingo, mas as autoridades também encontraram estabelecimentos deste tipo noutras regiões do país.

Pelo menos 30 pessoas morreram na última semana devido ao consumo de álcool contaminado, e outras foram hospitalizadas, de acordo com as autoridades locais.

O álcool ilícito que se acredita estar a matar várias pessoas inclui clairin, uma bebida produzida a partir de milho ou da cana-de-açúcar, frutas fermentadas ou diluente. A bebida também pode incluir fezes de pássaros, cabeças e intestinos de frango.

O clairin, que é uma bebida semelhante ao rum, geralmente é consumido por pessoas de classe baixa pois é muito mais barato do que as outras bebidas destiladas.

Também conhecido como triculí ou pitrinchi, o clairin pode causar perda de visão, fortes dores de cabeça e dificuldades respiratórias. É produzido em destilarias rudimentares e clandestinas em bairros pobres e é vendido em garrafas reutilizadas.

De acordo com a VICE, o aumento do desemprego decorrente da pandemia de covid-19 pode ser uma das causas do surto na capital, pois acredita-se que a população esteja, cada vez mais, a recorrer ao álcool para amenizar os problemas.

Mesmo antes da pandemia, o desemprego em Santo Domingo situava-se nos 7%, o que já estaria acima da média nacional.

As autoridades revelaram que grande parte do álcool mortal falsificado é vendido em copos coloridos descartáveis ​​como se se tratasse de uma bebida de frutas.

Uma das pessoas que ingeriu a bebida disse aos media locais que esta é “como fogo que entra no corpo”. Apesar de ter sobrevivido, revelou que um amigo não teve a mesma sorte pois acabou por morrer depois de beber clairin.

Há um ano, cerca de 200 pessoas morreram na República Dominicana por ingerirem esta bebida e outros produtos alcoólicos adulterados.

https://zap.aeiou.pt/pessoas-morreram-ingestao-alcool-395264

 

Bolsonaro diz que confinamentos transformaram o Brasil num “barril de pólvora” !

Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, alertou esta quarta-feira que o país se tornou “um barril de pólvora” devido às medidas restritivas adotadas por governadores e prefeitos para tentar conter a disseminação da covid-19.


“O Brasil está no limite. Estou esperando o povo sinalizar”, declarou Bolsonaro em conversa com apoiantes. Ele também disse que a política de “fechar tudo” coloca o país diante da “iminência de ter sérios problemas” na área social.

“Não quero brigar com ninguém, mas estamos na iminência de ter um problema sério no Brasil. O que nascerá disso tudo, onde vamos chegar? Parece que é um barril de pólvora que está aí. E tem gente, de paletó e gravata, que não quer enxergar isso”, completou.

Segundo dados oficiais, em pouco mais de um ano, o Brasil acumulou 358 425 mortes e mais de 13,6 milhões de infeções provocadas pela covid-19, um dos três países mais afetados pela doença no mundo.

A situação obrigou muitos governadores e prefeitos a restringir parcialmente as atividades produtivas impondo restrições para a abertura de comércios e serviços, medidas às quais Bolsonaro se opõe e que hoje voltou a criticar.

O presidente brasileiro mostrou um relatório segundo o qual cerca de 125 milhões de brasileiros têm problemas de alimentação e atribuiu essa situação aos confinamentos.

“E tem gente, de paletó e gravata, que não quer enxergar isso. Acha que a vida é o serviço dele, o home office, veste terninho e gravata, recebe o dinheiro no final do mês. E o povo que se exploda”, disse.

“Não estou ameaçando ninguém, mas acredito que teremos problemas sérios em breve,” acrescentou o chefe de Estado brasileiro.

Bolsonaro também pediu “que respeitem o vírus que mata”, mas também disse que “parece que agora os problemas cardíacos e tantas outras doenças acabaram no Brasil”. “Agora tudo é covid-19”, comentou.

O presidente garantiu que não pretende e não pode “interferir” nos trabalhos da comissão parlamentar que vai investigar a gestão do Governo na pandemia, mas insistiu que governadores de estado e prefeitos também devem ser investigados.

Para suportar a sua argumentação, Bolsonaro citou recursos financeiros que foram enviados pelo Governo central aos estados e municípios e garantiu que em alguns lugares muitos governadores e prefeitos “fizeram festa com eles”.

“A temperatura está subindo” e “haverá consequências desses atos arbitrários”, declarou Bolsonaro, referindo-se a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra si. “Isso não é ofender outro poder ou autoridade alguma. É a realidade”, finalizou o presidente brasileiro.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-brasil-barril-polvora-395239

 

EMA diz que benefícios da vacina da Johnson superam riscos !

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) salientou hoje que os benefícios relacionados com a vacina contra a covid-19 da Janssen, do grupo Johnson & Johnson, superam os riscos, após casos de coágulos sanguíneos nos Estados Unidos, mas remeteu uma decisão para a próxima semana.


“Enquanto a sua revisão está em curso, a EMA continua a considerar que os benefícios da vacina na prevenção da covid-19 superam os riscos de efeitos secundários“, declara o regulador europeu em comunicado de imprensa hoje divulgado.

Um dia depois do anúncio de suspensão na administração da vacina de dose única da Janssen, farmacêutica do grupo Johnson & Johnson, nos Estados Unidos, após relatos de coágulos sanguíneos potencialmente associados à toma do fármaco, a agência europeia recorda que também está a analisar a situação desde sexta-feira, esperando “emitir uma recomendação na próxima semana”.

“Os pareceres científicos da agência fornecem aos Estados-membros da União Europeia a informação de que necessitam para tomar decisões sobre a utilização de vacinas nas suas campanhas nacionais de vacinação”, recorda ainda a EMA.

Na terça-feira, as autoridades de saúde dos Estados Unidos recomendaram “uma pausa” na administração da vacina anti-covid-19 da Janssen, para permitir investigar relatos de coágulos sanguíneos potencialmente associados à toma do fármaco.

O Centro para Controlo e Prevenção de Doenças e a Food and Drug Administration (entidade reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos) avançaram, numa declaração conjunta, estar a investigar coágulos sanguíneos detetados em seis mulheres nos dias a seguir a terem tomado a vacina desta farmacêutica.

A chegada a Portugal das primeiras 30 mil doses da vacina da Janssen estava prevista para hoje, mas a Johnson & Johnson anunciou que iria atrasar o envio do fármaco para a Europa devido à suspensão preventiva nos Estados Unidos.

A campanha de vacinação da UE tem sido marcada por grandes atrasos na entrega de vacinas por parte da AstraZeneca e pelos efeitos secundários do seu fármaco, dada a confirmada ligação a casos muito raros de formação de coágulos sanguíneos.

A Comissão Europeia anunciou hoje a aquisição adicional de 50 milhões de doses de vacinas anti-covid da BioNTech/Pfizer, elevando para 250 milhões o total para entrega neste segundo trimestre, após problemas com o fármaco da Janssen.

De recordar que a União Europeia não vai renovar os contratos da vacina contra a covid-19 com empresas como Astrazeneca e Johnson & Johnson no próximo ano.

https://zap.aeiou.pt/beneficios-vacina-johnson-superam-riscos-395177

 

EUA acusam Rússia de destacar 25.000 militares adicionais para a Ucrânia !

Os Estados Unidos acusaram hoje a Rússia de ter destacado nos últimos dias cerca de 25.000 soldados adicionais para posições junto à fronteira com a Ucrânia, “atividades militares inusuais” que consideram “desestabilizadoras”.


“A Rússia tem agora mais tropas estacionadas na fronteira com a Ucrânia do que em qualquer outro momento desde 2014. A Rússia destacou entre 15.000 e 25.000 soldados para a Crimeia ou para próximo da fronteira com a Ucrânia”, disse a representante norte-americano na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Courtney Austrian, numa reunião da instituição em Viena.

A reunião do Conselho Permanente da OSCE, convocada a pedido da Ucrânia, abordou hoje o movimento de tropas russas, no quadro de um mecanismo da organização multilateral para fomentar a transparência e a confiança mútua.

“As atividades militares da Rússia servem apenas para desestabilizar ainda mais uma situação já volátil e ameaçam desfazer o frágil cessar-fogo no leste da Ucrânia”, disse a representante dos Estados Unidos na OSCE.

A Ucrânia tem razão em preocupar-se com essas atividades. Tanto em 2008 como em 2014, a Rússia reuniu forças antes de lançar operações militares contra a Geórgia e a Ucrânia”, lembrou o diplomata norte-americano.

A delegação russa, que participou no encontro de hoje depois de ter estado ausente de uma reunião semelhante no sábado passado, referiu que a Ucrânia é que está a realizar “atividades militares inusuais” na região de Donbass, onde desde 2014 o Exército ucraniano e os separatistas pró-russos se defrontam desde 2014.

A União Europeia (UE), Estados Unidos e Canadá destacaram hoje, porém, o “facto positivo” de a Rússia estar presente no fórum da OSCE para analisar a situação, lamentando, contudo, a atitude “pouco construtiva” de Moscovo, “que não avançou qualquer informação nova ou relevante”.

A UE referiu que as explicações russas “dificilmente podem considerar-se satisfatórias”, uma vez que não dão qualquer informação relevante para justificar um movimento de tropas tão inusitado.

Nesse sentido, pediu à Rússia que participe “de boa-fé” na reunião e que mostre “uma transparência total” sobre as suas atividades militares, algo a que está comprometida no mecanismo da OSCE, conhecido como “Documento de Viena”.

A Rússia, contudo, enfatizou que pode movimentar as suas tropas dentro do seu território com total liberdade e que o Ministério da Defesa russo enquadrou a movimentação de tropas para a fronteira com a Ucrânia na avaliação anual da capacidade de suas Forças Armadas após o inverno.

O Kremlin acusou o país vizinho de ter causado a atual escalada no Donbass, região histórica no extremo leste da Ucrânia, conhecida como uma região mineradora e industrial, marcada pelo curso do rio Donets, cuja bacia hidrográfica lhe dá nome.

Já hoje, a Rússia afirmou que pelo menos cinco aviões de transporte militar dos EUA chegaram à Ucrânia nos últimos dias.

“Só nos últimos duas chegaram a território da Ucrânia cinco aviões de transporte militar procedentes de bases aéreas norte-americanas”, declarou Nikolai Patrushev, o secretário do Conselho de Segurança russo, numa reunião realizada na Crimeia, a península anexada pela Rússia em 2014.

Segundo a agência noticiosa russa Interfax, nos últimos dias aterrarem em Kiev três aviões de transporte militar C-130J Hercules e um C-17 Globemaster dos Estados Unidos, enquanto um outro C-17 chegou à cidade ucraniana de Lviv.

Segundo o gabinete do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, cerca de 80.000 soldados russos estão estacionados na fronteira com a Ucrânia e na Crimeia, um número que o chefe de estado-maior ucraniano, Ruslan Khomchak, reduziu para 50.000.

https://zap.aeiou.pt/eua-acusam-russia-ucrania-395162

Vaticano vai discutir o celibato dos padres em congresso no próximo ano !

Será já no próximo ano que o Vaticano deverá discutir a obrigatoriedade do celibato dos padres católicos numa cimeira que se realiza em Roma. A garantia foi dada à comunicação social pelo cardeal Marc Ouellet, líder do departamento da Santa Sé responsável pela supervisão dos bispos católico.


Sob o mote “Rumo a uma Teologia Fundamental do Sacerdócio”, a cimeira, que vai contar com contando com a participação do Papa Francisco, irá incluir várias conferências sobre distintos aspetos da vida do clero católico e está agendado para os dias 17 a 19 de fevereiro de 2022 no Vaticano.

Em declarações aos jornalistas do jornal Crux, o cardeal Ouellet, que está responsável por organizar o evento, assumiu que alguns dos tópicos mais polémicos em torno do sacerdócio também estarão em cima da mesa, embora tenha insistido que esses não vão ser os temas centrais do simpósio.

“A questão do celibato é importante“, referiu Ouellet. “Vai ser discutido, mas não vai ser o tema central do simpósio. Não é um simpósio sobre o celibato, no sentido em que precisa de ser analisado mais profundamente. É uma perspetiva mais abrangente.”

Perante a insistência dos jornalistas sobre se assuntos como o celibato, a ordenação das mulheres ou a inclusão dos chamados viri probati (homens casados) no sacerdócio, o cardeal confirmou: “Posso dizer, seguramente, que nenhum desses aspetos vai ser ignorado, no sentido em que fazem parte do atual contexto da questão do sacerdócio“.

A discussão em torno do celibato obrigatório e da proibição do acesso das mulheres ao sacerdócio é uma polémica antiga na Igreja Católica, mas ganhou contornos concretos no final de 2019, com a realização do Sínodo dos Bispos sobre a Amazónia.

https://zap.aeiou.pt/vaticano-discutir-celibato-395152

 

Autoridade do Canal do Suez exige indemnização de 767 milhões a armador do Ever Given !

A Autoridade do Canal do Suez (SCA) exigiu uma indemnização de 916 milhões de dólares (767 milhões de euros) aos proprietários do porta-contentores “Ever Given” para libertar o navio, indicou esta terça-feira a seguradora britânica UK P&I Club.


O navio, de 400 metros e com uma capacidade de 200 mil toneladas, bloqueou a circulação no Canal do Suez depois de encalhar e ter-se atravessado em 23 de março, até que se conseguiu rebocá-lo, após várias tentativas, seis dias depois.

O Tribunal Económico de Ismaília, capital da província homónima na margem ocidental do Canal de Suez, aproximadamente a meio caminho em Porto Said, ao norte, e Suez, ao sul, ordenou esta terça-feira a retenção do navio, que se encontra à guarda das autoridades egípcias desde o fim do bloqueio que causou quando cruzava o Canal de Suez no final de março.

Num comunicado, a seguradora britânica diz “lamentar” a decisão das autoridades egípcias de arrestar o navio até ao pagamento da indemnização.

A UK P&I Club indicou que a Autoridade do Canal do Suez “não avançou uma justificação pormenorizada” para o pagamento da indemnização, que inclui uma rubrica de 300 milhões de dólares (251 milhões de euros) por “danos reputacionais” e outro montante idêntico pelo a título de “bónus de salvamento”, não avançando as razões para o valor em falta (316 milhões de dólares — 265 milhões de euros)

“Apesar da magnitude da reclamação, que em grande parte não tem suporte, os proprietários e as suas seguradoras têm negociado de boa-fé com a SCA”, disse a empresa.

Em 12 de abril, referiu, a seguradora fez uma “oferta generosa e cuidadosamente estudada”, razão pela qual a decisão da autoridade do canal de reter o navio constitui uma “deceção”.

“Também estamos dececionados com os comentários feitos pela SCA de que o navio ficará retido no Egito até que seja paga a indemnização e que a tripulação não poderá sair durante esse período”, acrescentou.

A seguradora destaca na nota que o bloqueio do canal não gerou “contaminação” nas águas nem causou feridos, realçando que, quando ocorreu o acidente, o navio estava “em pleno funcionamento, sem defeitos nas máquinas ou no equipamento”.

A decisão do tribunal, segundo a Autoridade do Canal do Suez, é uma “decisão oficial e um mero procedimento legal” que permite legalizar a retenção do navio, que se encontra atracado na zona do Grande Lago no ponto intermédio da infraestrutura, onde foi submetido a inspeções técnicas para comprovar que não sofreu danos.

Inicialmente, estava previsto que o porta-contentores retomasse o caminho rumo a Roterdão (Países Baixos), mas acabou apresado no Egito.

Numa primeira estimativa após o incidente, a Autoridade do Canal de Suez calculou perdas entre 12 e 15 milhões de dólares (entre 10 e 12,8 milhões de euros) por cada dia que o “Ever Given” bloqueou a passagem marítima, gerando um grande engarrafamento.

Mais de 400 embarcações de diferentes tipos chegaram a acumular-se no Mar Vermelho e no Mar Mediterrâneo a aguardar a possibilidade de atravessar o canal, por onde passa mais de 10% do comércio marítimo mundial.

https://zap.aeiou.pt/autoridade-do-canal-do-suez-exige-indemnizacao-de-7-395010

 

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