sábado, 17 de abril de 2021

Antigo rito sagrado “entre irmãos” pode ter sido, na verdade, o casamento homossexual !

A adelfopoiese era uma cerimónia praticada historicamente na tradição cristã para unir duas pessoas do mesmo sexo – normalmente homens – num relacionamento reconhecido pela igreja, análogo ao irmão.


Segundo documentos históricos, com 20 anos, Simeão fez os votos monásticos no mosteiro de Abba Gerasimus, na Síria, juntamente com o seu amigo e companheiro asceta João de Edessa. Depois disso, Simeão e João passaram cerca de 29 anos no deserto, perto do Mar Morto.

João tinha acabado de casar quando foi passar quase três décadas no deserto. Para a esposa, as circunstâncias não eram ideais, mas, para João e Simeão, era o início de uma bela amizade que os levaria a fazer votos de fraternidade.

O nome desse rito sagrado, a adelfopoiese – traduzido do grego como “criação de irmãos” -, não era incomum para os cristãos bizantinos. A cerimónia servia para dois propósitos: solidificar uma amizade íntima entre dois irmãos em Cristo e como uma forma agressiva de networking, segundo o OZY.

De acordo com Claudia Rapp, professora de estudos bizantinos na Universidade de Viena, aprimeira iteração do ritual era uma forma de dois monges “viverem como irmãos em pares” para avançar na sua jornada espiritual

No entanto, a partir do século VI, muitos leigos adotaram a prática como uma “estratégia para networking”, continuou a investigadora. Neste último casos, os laços nem sempre eram eternos e podiam ser feitos com vários parceiros – embora, geralmente, um de cada vez.

Essa foi a tática usada pelo imperador Basílio I, que começou como um plebeu e, através de alguns ritos estratégicos, acabou por fundar o Império da Macedónia.

Durante a era bizantina, a adelfopoiese trazia vantagens importantes. Um plebeu poderia ser convidado para a casa do seu irmão mais rico, comparecendo a batizados, casamentos e a festas. Esse acesso incluía apresentações às filhas aristocráticas de famílias que normalmente as manteriam escondidas.

Na última fase da adelfopoiese, os homens eram advertidos de que a sua irmandade exigia que protegessem as mulheres da sua nova família das más intenções.

Contudo, ao longo dos anos, alguns estudiosos interrogaram-se se a adelfopoiese era, na verdade, uma forma discretamente aceite de casamento entre o mesmo sexo.

Em 1994, John Boswell, um historiador da Universidade de Yale, argumentou que muitas descrições antigas de amizade “são, no entanto, nitidamente românticas”. Boswell teorizou que a adelfopoiese unia dois homens numa união semelhante ao casamento e aprovada pela igreja.

No entanto, os críticos afirmam que o contexto social era mais aberto a amizades masculinas que eram menos reprimidas do que agora, por isso podem parecer românticas para os padrões modernos.

Como tal, a maioria dos estudiosos acredita que o ritual era usado principalmente como uma forma de solidificar amizades e formar alianças estratégicas.

Ainda assim, alguns católicos homossexuais de hoje usam a estrutura da adelfopoiese para formar uniões do mesmo sexo que, desde que permaneçam celibatárias, não desafiem a doutrina da Igreja.

Românticos ou não, eram relacionamentos profundos. Segundo “Symeon the Holy Fool”, de Derek Krueger, quando Simeão decidiu regressar à sociedade e fazer trabalhos de caridade, o seu irmão João sentiu como se “uma faca o separasse do seu corpo”.

Enquanto João voltou ao seu isolamento no deserto, Simeão passou a servir aos pobres na cidade de Emesa, no Líbano moderno, tornando-se deliberadamente “um tolo por Cristo” ao agir como um louco para não receber elogios pelas suas boas obras.

Pouco antes da sua morte em 588, Simeão contou ter visto o seu amado João numa visão.

Ambos foram nomeados santos depois de morrerem, partilhando o mesmo dia sagrado durante muitos séculos.

https://zap.aeiou.pt/antigo-rito-sagrado-entre-irmaos-pode-ter-sido-na-verdade-395203

 

A imponência do Titanic pode ter acelerado o fim da sua história !

Com quase 269 metros de comprimento, o tamanho do Titanic – considerado o maior navio do mundo em 1912 – pode mesmo ter acelerado o fim da sua história.


O Titanic media quase 269 metros de comprimento, 28 metros de largura e pesava mais de 46 mil toneladas. Em 1912, quando foi dado a conhecer ao mundo, era considerado o maior navio do mundo e simbolizou um empolgante avanço na indústria naval.

Segundo o All That’s Interesting, o negócio do transporte marítimo no início do século XX era dominado por um punhado de empresas, entre as quais a White Star Line. Para superar os rivais, que tinham acabado de lançar o Lusitânia, a White Star começou a construir a sua embarcação mais ambiciosa: o RMS Titanic.

Batizado em homenagem aos gigantescos Deuses da mitologia grega conhecidos como Titãs, o Titanic foi projetado para ser um gigante flutuante. Quando comparado com os navios de cruzeiro atuais, parece pequeno, mas bateu recordes na sua época.

A imponência do navio, que parecia ser um motivo de vitória, não entusiasmou toda a gente. Alguns especialistas em construção naval alertaram que os novos navios podiam ser demasiado grandes para serem atracados e as autoridades chegaram até a sugerir que o Titanic e o seu irmão – o Olympic – teriam que descarregar passageiros e carga no mar.

Independentemente dos avisos, o Titanic ficou pronto no dia 31 de março de 1912 e, alguns dias depois, partiu para a sua viagem inaugural. O tamanho despertou curiosidade e o navio chegou a ser rotulado de “inafundável“.

“Não há perigo de o Titanic afundar”, gabou-se Phillip Frank, vice-presidente da White Star Line. “O barco é inafundável.”

Mas quatro dias depois de zarpar, a 10 de abril de 1912, do porto de Southampton, na Inglaterra, o Titanic embateu contra um icebergue.

Especialistas modernos acreditam que o navio afundou mais rápido do que seria suposto devido, em parte, ao seu tamanho.

Reduzir e redirecionar um navio desta massa exigia muito mais distância e tempo do que a tripulação dispunha quando percebeu que corria o risco de atingir um icebergue. Além disso, apesar de ter sido construído com vários compartimentos abaixo do convés, esses compartimentos não eram à prova de água.

Quando o Titanic embateu, começou a entrar água na parte da frente do navio. A parte de trás, mais pesada, puxou para baixo a embarcação, que quase partiu ao meio.

Depois do naufrágio do Titanic, os fabricantes Harland e Wolff fizeram mudanças drásticas nos seus dois navios irmãos, o HMHS Britannic e o RMS Olympic. As embarcações foram modificadas e atualizadas com anteparas mais altas, um segundo casco interno, materiais à prova de fogo e, o mais importante, mais barcos salva-vidas.

Atualmente, os navios modernos estão também equipados com recursos e protocolos de segurança rígidos para evitar outros desastres marítimos, como o do Titanic.

https://zap.aeiou.pt/imponencia-titanic-acelerado-o-fim-395839

 

Talin fechou uma estrada para que sapos e rãs possam atravessar em segurança !

A capital da Estónia fechou uma estrada movimentada, durante as noites do mês de abril, para garantir que milhares de sapos e rãs conseguem atravessar em segurança para o local onde se vão reproduzir.

Geralmente, são voluntários os responsáveis por ajudar estes sapos e rãs a atravessar as estradas durante a primavera, que dizem já ter salvado 97 mil animais em anos anteriores, incluindo dois mil espécimes no ano passado nesta mesma estrada, conta a agência Reuters.

Porém, com o aparecimento da pandemia da covid-19, esta ajuda torna-se impossível este ano, portanto o encerramento de estradas é a única salvação para estes anfíbios, que são mais ativos durante a noite. A agência noticiosa explica que a via vai estar fechada, entre as 21h00 e as 06h00, durante um período de duas semanas.

Os sapos já aqui estavam antes da estrada. Agora, as lagoas onde se reproduzem estão de um lado da estrada e o local onde passam o inverno está do outro. Por isso, são obrigados a atravessar para deixar os ovos”, explica Kristel Saarm, voluntária do Fundo Nacional da Estónia.

Como a superfície quente da estrada torna estes anfíbios mais sonolentos e lentos, estima-se que até cerca de 300 possam ficar presos de cada vez que tentam atravessar, deixando-os vulneráveis aos carros.Segundo Oleg Siljanov, chefe adjunto do distrito de Haabersti, Talin está a considerar construir um túnel debaixo da estrada para que estes animais consigam atravessar, ou providenciar-lhes uma lagoa no lado onde passam o inverno.

https://zap.aeiou.pt/talin-fechou-estrada-sapos-ras-atravessar-395781

 

Eis os segredos de Taiwan, que “passou ao lado” da covid-19 sem confinar !

 

Um novo estudo procurou perceber os segredos para o sucesso de Taiwan a combater a pandemia de covid-19. O país nunca chegou a confinar.

Taiwan foi amplamente aplaudido pela sua gestão da pandemia, com uma das taxas de covid-19 per capita mais baixas do mundo e a vida na ilha em grande parte a voltar ao normal.

Apenas 11 pessoas morreram de covid-19 em Taiwan desde o início da pandemia, um feito impressionante para um país que nunca entrou em confinamento.

Com um historial de SARS em 2003, que se argumenta não ter sido bem gerida, o Governo de Taiwan agiu rapidamente para fechar as suas fronteiras desta vez. Taiwan criou ainda um Centro de Comando Central de Epidemias a 20 de janeiro de 2020 para coordenar a cooperação entre diferentes ministérios e agências governamentais e entre o governo e as empresas.

Um novo estudo publicado recentemente no Journal of the American Medical Association examinou mais detalhadamente por que Taiwan se saiu tão bem na conquista da covid-19. Os autores do estudo, de vários institutos de saúde e hospitais em Taiwan e nos EUA, compararam a eficácia estimada de dois tipos de políticas covid-19 nos primeiros meses da pandemia: medidas baseadas em casos e medidas baseadas na população.

As medidas baseadas em casos incluem a deteção de pessoas infetadas através de testes, isolamento de casos positivos, rastreamento de contactos e quarentena de contactos próximos por 14 dias. As medidas baseadas na população incluíram políticas de máscara de proteção individual, higiene pessoal e distanciamento social.

Os efeitos destas políticas foram quantificados estimando o índice de transmissibilidade, R(t).

O R(t) é uma forma de classificar a capacidade de propagação de uma doença infecciosa — representa o número médio de pessoas para as quais uma pessoa infetada transmitirá o vírus. Um número R maior que 1 significa que o vírus continuará a espalhar-se e os surtos continuarão. Um número R abaixo de 1 significa que os números de casos começarão a diminuir.

Embora estudos anteriores noutros países tenham simulado cenários hipotéticos, este artigo científico combinou modelagem de transmissão com dados reais detalhados para estimar a eficácia.

A combinação vencedora

O estudo descobriu que apenas as políticas baseadas em casos, como rastreamento de contactos e quarentena, podem reduzir o R(t) de 2,5 para 1,53. A quarentena foi a que mais contribuiu para reduzir o R(t).

As intervenções baseadas em casos não podem impedir substancialmente a transmissão de uma pessoa para outra, mas podem reduzir a transmissão desses casos secundários para uma terceira ou quarta pessoa, desde que os contactos próximos fiquem em quarentena.

Já as políticas baseadas na população, como distanciamento social e máscaras, reduziram o R(t) de 2,5 para 1,3.

Os autores concluíram que foi a combinação de políticas baseadas em casos e baseadas na população, juntamente com a adesão generalizada, que levou ao sucesso de Taiwan em conter a covid-19.

Eles também descobriram que políticas baseadas na população consideráveis eram necessárias para alcançar a contenção, embora o número de infeções circulantes fosse pequeno.

Nenhuma das abordagens teria sido suficiente por si só, mesmo num país com um sistema de saúde pública eficaz e rastreamento sofisticado de contactos.

O que é isto significa para outros países?

Reconhecendo que todos os modelos fazem suposições, e esta análise não é diferente, este artigo científico confirma que o conjunto completo de medidas de saúde pública que temos usado de forma bastante consistente em todo o mundo — em vários graus de comprimento e rigor — foi necessário.

Os autores presumiram que o teste e o isolamento ocorreram simultaneamente. Este foi o caso em Taiwan, mas não noutros países, onde atrasos entre os testes, resultados e isolamento diminuem a eficácia das medidas baseadas em casos.

Taiwan é uma nação insular com capacidade de controlar a introdução de novos casos através do controlo de fronteira, e os autores reconhecem que as descobertas deste estudo podem não ser totalmente aplicáveis a outros países.

Esta é a razão pela qual os autores se concentraram na eficácia das intervenções baseadas em casos e na população na transmissão local, em vez de se concentrarem nos controlos de fronteira.

Os autores concluem que o rastreamento intensivo de contactos não é possível quando os sistemas de saúde pública estão sobrecarregados. Isto nunca aconteceu em Taiwan devido ao sucesso das suas estratégias, mas aconteceu, por exemplo, na Irlanda em janeiro de 2021, quando o país sofreu uma terceira onda de covid-19.

Este artigo também encontrou resultados semelhantes para quarentena de sete e 14 dias e sugere que o período de quarentena pode ser reduzido. Isto está a ser considerado por alguns países, incluindo os EUA, mas não foi introduzido de forma generalizada até ao momento.

https://zap.aeiou.pt/segredos-taiwan-covid-19-confinar-395866

 

 

Paquistão - Protestos violentos levam governo a ordenar bloqueio das redes sociais !

O Governo do Paquistão ordenou o bloqueio temporário das redes sociais e plataformas de mensagens instantâneas esta sexta-feira, após vários dias de protestos violentos contra a França, avançou a agência AFP.


Numa notificação enviada à Autoridade de Telecomunicações do Paquistão, o Ministério do Interior solicitou um “bloqueio total” do Twitter, Facebook, WhatsApp, YouTube e Telegram até as 15:00 (11:00 em Lisboa).

As manifestações têm-se mantido no Paquistão desde que o Presidente francês, Emmanuel Macron, apoiou o direito de uma revista satírica de republicar caricaturas que retratam o profeta Maomé. Os protestos são violentamente reprimidos pela polícia.

A embaixada da França no Paquistão já tinha recomendado na quinta-feira que os seus cidadãos e as empresas francesas abandonassem temporariamente o país, devido a “graves ameaças aos interesses franceses no Paquistão”.

O partido extremista Tehreek e Ilabbaik Pakistan (TLP), bloqueou parcialmente no início da semana as cidades de Lahore, Karachi e Islamabad, exigindo a expulsão do embaixador da França.

https://zap.aeiou.pt/paquistao-protestos-governo-bloquear-redes-sociais-395714

 

OMS alerta para crescimento “preocupante” de casos no mundo !

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou esta sexta-feira para o continuo crescimento de casos de covid-19 no mundo, referindo que o número de novos casos confirmados por semana quase duplicou nos últimos dois meses.


Tedros Adhanom Ghebreyesus disse, em conferência de imprensa, que o número de novos casos “está a aproximar-se da maior taxa de infeção que vimos até agora na pandemia”.

O responsável da OMS disse ainda que alguns países que conseguiram evitar surtos generalizados de Covid-19 estão agora a registar aumentos acentuados, citando a Papua-Nova Guiné como exemplo.

“Até o início deste ano, a Papua-Nova Guiné tinha relatado menos de 900 casos e nove mortes”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, adiantando que agora o país já identificou mais de nove mil casos e 83 mortes, metade das quais no mês passado.

“A Papua-Nova Guiné é um exemplo perfeito de como a vacina é tão importante”, disse o diretor-geral da OMS, acrescentando que a nação insular do Pacífico conta com doações de vacinas da Austrália e da COVAX, apoiada pelas Nações Unidas.

Até o momento, a COVAX já enviou cerca de 40 milhões de vacinas para mais de 100 países, o suficiente para proteger cerca de 0,25% da população mundial.

Pandemia já matou 2,98 milhões de pessoas no mundo

A pandemia do novo coronavírus matou até hoje pelo menos 2.987.891 pessoas no mundo desde o final de dezembro de 2019, segundo um levantamento realizado pela agência de notícias AFP a partir de fontes oficiais.

Mais de 139.008.120 casos de novas infeções foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia.

Os números são baseados em relatórios diários das autoridades de saúde de cada país até às 10h00 TMG (11h00 em Lisboa) desta sexta-feira e excluem as revisões posteriores de agências estatísticas, como ocorre na Rússia, Espanha e Reino Unido.

Na quinta-feira, 13.646 novas mortes e 809.849 novos casos foram registados em todo o mundo.

Os países que registaram o maior número de novas mortes nos seus últimos relatórios são o Brasil com 3.560 novas mortes, Índia (1.185) e Estados Unidos (974).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 565.289 mortes para 31.495.652 casos, de acordo com o levantamento realizado pela Universidade Johns Hopkins.

Em seguida, vêm o Brasil com 365.444 mortes e 13.746.681 casos, o México com 211.213 óbitos (2.295.435 casos), a Índia com 174.308 mortes (14.291.917 casos) e o Reino Unido com 127.191 óbitos (4.380.976 casos).

Entre os países mais atingidos, a República Checa apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 264 mortes por 100.000 habitantes, seguida pela Hungria (254), Bósnia-Herzegovina (235), Montenegro (225) e Bulgária (214).

A Europa totalizou esta sexta-feira, às 10h00 TMG (11h00 em Lisboa), 1.016.003 mortes em 47.440.536 casos, a América Latina e Caribe 852.118 óbitos (26.812.010 casos), os Estados Unidos e Canadá 588.779 mortes (32.589.214 casos), a Ásia 292.169 óbitos (20.566.289 casos), o Médio Oriente 120.787 mortes (7.161.469 casos), a África 117.015 óbitos (4.397.613 casos) e a Oceania 1.020 mortes (40.992 casos).

Desde o início da pandemia, o número de testes realizados aumentou substancialmente e as técnicas de rastreamento e despistagem melhoraram, levando a um aumento no número dos contágios declarados.

O número de casos diagnosticados, entretanto, reflete apenas uma fração do total real dos contágios, com uma proporção significativa dos casos menos graves ou assintomáticos ainda não detetados.

Esta avaliação foi realizada com base em dados recolhidos pelos escritórios da AFP junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em Portugal, morreram 16.933 pessoas dos 829.358 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

https://zap.aeiou.pt/oms-crescimento-preocupante-mundo-395837

 

Há falta de sedativos em hospitais brasileiros - Médicos intubam doentes “conscientes” !

Estão a surgir vários relatos de profissionais de saúde brasileiros forçados a intubar pacientes sem o auxílio de sedativos.


No Brasil, de acordo com a Associated Press, há profissionais de saúde a intubar pacientes sem recurso a sedativos. Numa tentativa de maximizar os que restam, há quem os tenha diluído em água.

O relato foi feito à agência noticiosa por um médico do Hospital Municipal Albert Schweitzer, que preferiu o anonimato. Como o stock existente de sedativos terminou, os médicos viram-se obrigados a começar a usar bloqueadores neuromusculares e a prender os pacientes às camas.

“Relaxamos os músculos e fazemos o procedimento com facilidade, mas não temos sedativos”, contou o médico brasileiro. “Alguns tentam falar, resistir. Eles estão conscientes”, acrescentou.

Nas últimas semanas, surgiram vários avisos que davam conta de que os hospitais e os governos estaduais corriam o risco de ficar sem medicamentos essenciais, numa altura em que o Brasil se vê inundado de pacientes nos cuidados intensivos dos hospitais, na sequência da pandemia de covid-19.

Os “kits de intubação” incluem anestésicos, sedativos e outros medicamentos usados ​​para colocar os pacientes ligados a ventiladores. No hospital Albert Schweitzer, as faltas ocasionais devem-se a dificuldades de abastecimento no mercado global.

A assessoria de imprensa da secretaria de saúde do Rio de Janeiro informou que “as substituições são feitas para que não haja prejuízo no atendimento prestado”, mas não comentou a necessidade de amarrar os pacientes às camas.

Na quinta-feira, o jornal O Globo noticiou uma situação semelhante nos hospitais na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. No entanto, não é claro se o problema verificado nesta zona diz ou não respeito a um caso isolado.

Na quarta-feira, Marcelo Queiroga, ministro da Saúde brasileiro, afirmou que está previsto chegar ao país um carregamento de sedativos “nos próximos dez dias”.

O ministério também tem enfrentado restrições logísticas na entrega de oxigénio a hospitais de todo o país. Queiroga disse que este problema continua a ser “uma preocupação diária”.

https://zap.aeiou.pt/falta-de-sedativos-hospitais-brasileiros-395721

 

Nova Zelândia quer tornar a próxima geração completamente não fumadora !

A Nova Zelândia anunciou um conjunto de propostas que visam banir os cigarros entre a próxima geração e aproximar o país da sua meta de ser livre de fumo até 2025.


Desta forma, o Governo pretende o aumento gradual da idade legal para fumar, o que pode implicar a proibição de venda de cigarros a qualquer pessoa que tenha nascido após 2004.

O objetivo é tornar ilegal o ato de fumar para a próxima geração, adianta esta sexta-feira o jornal The Guardian.

A ideia é também reduzir os níveis de nicotina permitidas nos relacionados com o tabaco, bem como a proibição de filtros, restrições a locais para venda de tabaco e um preço mínimo para estes produtos.

Ayesha Verrall, do Ministério da Saúde do país, disse tratar-se de “uma nova abordagem”, que se justifica dados os números associados ao tabagismo, já que perto de 4500 neozelandeses morrem todos os anos devido ao consumo. O Executivo pretende agora atingir a meta de ausência de fumo até 2025.

Lucy Elwood, diretora executiva da Cancer Society, sublinha a importância de se travar o tabagismo, já que, considera, “o tabaco é o produto de consumo mais prejudicial da História e tem de ser eliminado gradualmente”.

No país, são as pessoas que têm menos rendimentos as que mais fumam. As taxas de tabagismo são mais altas entre as comunidades de maoris e Pasifika, pelo que se pretende que os locais sejam ouvidos durante o processo.

Os planos também já foram também alvo de críticas por potenciais consequências indiretas, tais como a possibilidade de falência de pequenos proprietários de mercearias e a possibilidade de se alargar o mercado negro para o tabaco, mas o Governo reconheceu que estes riscos foram contemplados.

O tabagismo é responsável por uma em cada quatro mortes por cancro na Nova Zelândia, e perto de meio milhão de neozelandeses fumam todos os dias.

https://zap.aeiou.pt/nova-zelandia-geracao-nao-fumadora-395727

 

Pfizer admite que deverá ser necessária uma terceira dose e ser vacinado anualmente !

O CEO da Pfizer, Albert Bourla, disse que as pessoas vão, “provavelmente”, precisar de uma dose de reforço da vacina contra a covid-19, 12 meses após serem totalmente vacinadas.

“Um cenário provável é que haja necessidade de uma terceira dose, algo entre seis e 12 meses e, a partir daí, haverá uma revacinação anual, mas tudo isso precisa de ser confirmado. E, novamente, as variantes desempenharão um papel fundamental”, disse Albert Courla, CEO da Pfizer, em declarações à CNBC.

Assim, de acordo com Courla, as pessoas vacinadas com as doses da Pfizer podem necessitar de tomar uma terceira dose, um ano depois de estarem totalmente inoculadas, e voltar a vacinar-se anualmente.

O comentário foi feito depois de o CEO da Johnson & Johnson, Alex Gorsky, ter dito, em fevereiro, que as pessoas podem precisar de ser vacinadas contra a covid-19 anualmente, assim como as vacinas contra a gripe sazonal.

Os investigadores ainda não sabem quanto tempo dura a proteção contra o vírus depois de se ser totalmente vacinado.

A Pfizer afirmou, no início deste mês, que a sua vacina é mais de 91% eficaz na proteção contra o coronavírus e mais de 95% eficaz contra doenças graves até seis meses após a segunda dose.

A vacina da Moderna, que usa tecnologia semelhante à da Pfizer, também se mostrou altamente eficaz em seis meses.

Os dados da Pfizer foram baseados em mais de 12 mil participantes vacinados. No entanto, os cientistas dizem que ainda são necessários mais dados para determinar se a proteção dura depois de seis meses.

Esta quinta-feira, o responsável da resposta à pandemia de covid-19 da administração Biden, David Kessler, disse que os norte-americanos deveriam receber injeções de reforço para se proteger contra as diferentes variantes do coronavírus.

Kessler disse aos legisladores dos Estados Unidos que as vacinas atualmente autorizadas são altamente protetoras, mas observou que novas variantes podem “desafiar” a eficácia das vacinas. “Não sabemos tudo neste momento”, disse.

Em fevereiro, a Pfizer e a BioNTech disseram que estavam a testar uma terceira dose da sua vacina para entender melhor a resposta imunológica contra novas variantes.

No final do mês passado, os Institutos Nacionais de Saúde começaram a testar uma nova vacina da Moderna projetada para proteger contra uma variante encontrada pela primeira vez na África do Sul. O CEO da Moderna, Stephane Bancel, disse que a empresa espera ter uma injeção de reforço para a sua vacina de duas doses disponível no outono.

https://zap.aeiou.pt/pfizer-admite-que-devera-ser-necessaria-uma-terceira-do-395672

 

Tiroteio em armazém da FedEx nos EUA faz pelo menos oito mortos !

Pelo menos oito pessoas morreram, esta quinta-feira à noite, no tiroteio ocorrido num armazém da empresa de serviços postais FedEx em Indianápolis, no estado norte-americano do Indiana.


Segundo a porta-voz da polícia de Indianápolis, Genae Cook, citada pela cadeia televisiva CNN, além dos oito mortos provocados pelo tiroteio, o agressor também acabou depois por se matar, garantindo que já não existe perigo para a comunidade.

“Temos várias pessoas com ferimentos de bala”, disse Cook aos jornalistas, acrescentando que várias foram transportadas para hospitais e uma está em estado crítico.

O incidente ocorreu pouco depois das 23h00 de quinta-feira (03h00 desta sexta-feira em Lisboa) num armazém da FedEx perto do aeroporto de Indianápolis, onde trabalham 4500 pessoas.

As autoridades ainda não sabem o que motivou este ataque, mas as investigações já começaram e vão prosseguir esta sexta-feira, disse ainda a porta-voz.

Em comunicado, a FedEx disse estar a par do “trágico tiroteio” nas suas instalações em Indianápolis e garantiu que a segurança é a sua “principal prioridade” neste momento.

“Os nossos pensamentos estão com todos aqueles que foram afetados. Estamos a trabalhar para reunir mais informação e a cooperar com a investigação das autoridades”, afirmou o representante da empresa, Jim Masilak, em resposta à CNN.

https://zap.aeiou.pt/tiroteio-armazem-fedex-eua-oito-mortos-395691

 

sexta-feira, 16 de abril de 2021

FBI diz que grupos radicais dos EUA têm fortes ligações com extrema-direita europeia !

O diretor do FBI revela que os radicais norte-americanos são os que têm os laços internacionais mais vastos e que se têm deslocado para se encontrarem com outros ativistas.


Os norte-americanos de extrema-direita e com motivações racistas contactaram grupos que defendem posições semelhantes no estrangeiro e viajaram para fora do país para se encontrarem com eles, revelou esta quinta-feira o chefe do Departamento Federal de Investigação (FBI), numa audiência do Congresso dos Estados Unidos.

Christopher Wray, diretor do FBI, revelou à comissão de Inteligência da Câmara dos Representantes que a agência chegou à conclusão de que os militantes de extrema-direita nos Estados Unidos são os radicais a com ligações internacionais mais vastas.

Segundo Wray, alguns indivíduos norte-americanos de extrema-direita viajaram rumo à Europa para se encontrarem e, possivelmente, fazerem formações com outros grupos.

Segundo o Público, as declarações de Wray sobre os radicais norte-americanos de extrema-direita que viajam para a Europa têm por base um relatório confidencial sobre extremistas internos que foi avançado, recentemente, por agências de espionagem dos EUA.

Wray não especificou quem eram os extremistas com motivações raciais, mas o relatório mencionava que os supremacistas brancos americanos são as “figuras com as ligações transnacionais mais persistentes e preocupantes”.

Acrescentou ainda aos deputados que o FBI tem estado a empenhar “esforços contínuos” à procura de novas ameaças ao Capitólio dos EUA.

Os funcionários dos serviços secretos revelaram à comissão que consideram as atuais movimentações militares russas perto da fronteira com a Ucrânia como uma “demonstração de força”.

Os diretores da Agência de Inteligência de Defesa (DIA) e da Agência Central de Inteligência (CIA) disseram à comissão as agências americanas estão a monitorizar os movimentos russos.

https://zap.aeiou.pt/grupos-radicais-extrema-direita-europeia-395624

 

EUA impõe novas sanções e expulsam dez diplomatas russos ! Moscovo promete resposta “inevitável” !

O Governo dos EUA anunciou hoje novas sanções financeiras contra a Rússia e a expulsão de 10 diplomatas russos, em resposta a recentes ataques cibernéticos e à interferência na eleição presidencial de 2020 atribuída a Moscovo.


O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou um decreto que permitirá punir novamente a Rússia, de forma a provocar “consequências estratégicas e económicas”, se Moscovo “continuar a promover uma escalada das suas ações de desestabilização internacional”, informou a Casa Branca num comunicado.

No âmbito desse decreto, o Departamento de Tesouro dos Estados Unidos proibiu as instituições financeiras norte-americanas de comprar diretamente dívida emitida pela Rússia após 14 de junho.

O diploma também sanciona seis empresas de tecnologia russas acusadas de apoiar as atividades cibernética dos serviços de informações de Moscovo.

A decisão de Biden constitui uma resposta ao ataque cibernético de 2020, atribuído a Moscovo, que afetou dezenas de organizações nos EUA, através da SolarWinds, uma empresa de ‘software’ norte-americana cujo produto foi pirateado para conseguir vulnerabilidade entre os seus utilizadores, incluindo várias agências federais dos EUA.

O Governo de Joe Biden determinou ainda sanções contra 32 entidades e pessoas acusadas de tentar, em nome do Governo russo, “influenciar as eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos”, segundo a Casa Branca.

Em parceria com a União Europeia, Canadá, Reino Unido e Austrália, o Governo dos Estados Unidos também vai impor sanções a oito pessoas e entidades “associadas à contínua ocupação e repressão na Crimeia”.

Quanto às acusações de recompensas oferecidas pela Rússia aos talibãs para atacarem soldados norte-americanos no Afeganistão, a Casa Branca não se pronunciou, de momento, dizendo que esse é um caso que está a ser gerido “por canais diplomáticos, militares e dos serviços de informações”.

As sanções hoje anunciadas pela Casa Branca acontecem num momento particularmente delicado das relações diplomáticas entre os EUA e a Rússia, agravadas por declarações recentes do Presidente Joe Biden que acusou o seu homólogo russo, Vladimir Putin, de ser um “assassino”.

”A resposta às sanções será inevitável”

A Rússia já prometeu uma resposta “inevitável” às novas sanções decretadas pelos Estados Unidos contra o país e convocou o embaixador norte-americano em Moscovo para uma “conversação difícil”.

“Os Estados Unidos não estão preparados para aceitar a realidade objetiva de um mundo multipolar, sem hegemonia americana (…). Semelhante comportamento agressivo receberá uma forte réplica. A resposta às sanções será inevitável”, declarou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova.

“Washington deve compreender que o preço da degradação das relações bilaterais deverá ser pago. A responsabilidade sobre o que se passa vai caber inteiramente aos Estados Unidos”, acrescentou.

Zakharova também anunciou que o embaixador norte-americano em Moscovo, John Sullivan, foi convocado ao Ministério russo dos Negócios Estrangeiros para “uma conversação que, para a parte americana, será difícil”.

https://zap.aeiou.pt/eua-expulsam-dez-diplomatas-russos-395610

 

Devido ao sucesso da vacinação, Israel põe fim à obrigatoriedade de uso de máscara no exterior !

As autoridades israelitas anunciaram hoje que a partir do próximo domingo acabará a obrigatoriedade de uso de máscara no exterior, medida no quadro do levantamento progressivo das restrições ligadas à pandemia de covid-19.


Na primavera de 2020, o Estado hebraico foi um dos primeiros países a impor o uso de máscara sanitária em locais públicos, mas a situação mudou nas últimas semanas graças a uma vasta campanha de vacinação que permitiu que as duas doses necessárias da vacina Pfizer/BioNTech fossem administradas a mais da metade (53%) dos seus 9,3 milhões de habitantes.

“As máscaras são usadas para nos proteger da pandemia do novo coronavírus. Mas, como os especialistas concluíram que a máscara não era necessária ao ar livre, decidi retirar [a obrigação de usar] a máscara”, afirmou a ministra da Saúde israelita, Yuli Edelstein.

“A taxa de infeção é muito baixa em Israel devido ao sucesso da campanha de vacinação e, por isso, é possível flexibilizar as medidas”, acrescentou, especificando, porém, que a máscara permanece obrigatória em locais públicos fechados, como, por exemplo, em centros comerciais.

Em fins de dezembro de 2020, Israel lançou uma vasta campanha de vacinação depois de um acordo com a gigante farmacêutica norte-americana Pfizer, que rapidamente distribuiu milhões de doses em troca de informações sobre os efeitos da vacinação, uma vez que o país possui bancos de dados sobre o histórico médico da sua população.

O Estado hebraico registou um pico de novos casos em meados de janeiro, atingindo as cerca de 10.000 infeções diárias, mas os números já passaram para menos de 200 nos últimos dias, com uma taxa de positividade do teste de 0,3%.

Israel e a Pfizer “provaram que a pandemia de covid-19 pode ser derrotada com uma campanha de vacinação em massa”, disse quarta-feira Albert Bourla, CEO da gigante farmacêutica num discurso transmitido por vídeo por ocasião das comemorações do 73.º aniversário (segundo o calendário judaico) da independência de Israel, em que milhares de pessoas, muitas delas sem máscaras, se reuniram em Jerusalém.

Essa queda de novos casos de infeção permitiu às autoridades reabrir restaurantes, bares e praias no início de março.

Ainda na quarta-feira, o Governo divulgou um plano para permitir a entrada no país a turistas estrangeiros vacinados a partir de 23 de maio, mais de um ano após ter encerrado as fronteiras.

https://zap.aeiou.pt/israel-poe-fim-mascara-exterior-395620

 

“Decisão histórica” - Supremo confirma anulação das sentenças contra Lula da Silva !

O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve, esta quinta-feira, a anulação das condenações ao ex-Presidente na Lava Jato de Curitiba, por corrupção, rejeitando um recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR).


Por oito votos contra três, o Supremo Tribunal Federal decidiu retirar os processos de Luiz Inácio Lula da Silva da 13ª Vara Federal de Curitiba, mantendo a decisão já ditada, a 8 de março, pelo juiz do Supremo Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato no Supremo. Apesar da anulação das condenações, Lula não foi inocentado.

Na sua decisão de 8 de março, o magistrado determinou a transferência dos casos de Lula para a Justiça Federal de Brasília e mandou-os ser retomados à fase da análise da denúncia pelo novo juiz de primeira instância responsável pelo caso. Porém, no julgamento de quinta-feira, o juiz Alexandre de Moraes discordou do envio dos processos para Brasília: “Os casos todos ocorreram em São Paulo”, defendeu.

O julgamento terá continuidade no próximo dia 22 de abril, com a apreciação da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, cuja atuação ao condenar o ex-Presidente foi considerada parcial pela Segunda Secção do STF.

Com a rejeição do recurso, Lula da Silva volta a ser elegível e recupera os seus direitos políticos, podendo candidatar-se às Presidenciais de 2022.

A defesa do ex-Presidente classificou como “histórica” a decisão ditada pela maioria do Supremo.

“O STF proferiu hoje [quinta-feira] mais uma decisão histórica, que reforça o Estado de Direito, ao confirmar, por maioria de votos, a decisão proferida em 08.03.2021 pelo juiz Edson Fachin e tornar definitiva a incompetência da 13ª. Vara Federal de Curitiba para julgar os casos do ex-Presidente Lula, com a consequente anulação dos atos decisórios (…), e restabelecer os seus direitos políticos”, indicou a defesa, em comunicado.

No documento, assinado pelos advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Martins, lê-se ainda que a decisão do Supremo “restabelece a segurança jurídica e a credibilidade do Sistema de Justiça” do Brasil.

“A incompetência da Justiça Federal de Curitiba é afirmada por nós, advogados do ex-Presidente Lula, desde a primeira manifestação escrita protocolada em Curitiba, em 2016, e foi sustentada em todas as instâncias do Poder Judiciário até chegar ao Supremo Tribunal Federal”, concluiu a defesa.

Também a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, falou num “dia histórico” ao comemorar a decisão do Supremo.

“STF confirma direitos de Lula! Dia histórico. Demorou, mas chegou! Ainda tem muita coisa a ser colocada no lugar, mas a incompetência de Moro [ex-juiz da Lava Jato] era o passo fundamental para isso, o primeiro pedido da defesa. Obrigada a todos que estiveram ao nosso lado nesta luta. Parabéns, Lula”, escreveu Gleisi no Twitter.

“O STF reconheceu o óbvio: Lula nunca deveria ter sido julgado em Curitiba. Mas porque é que os procuradores da Lava Jato forçaram para levar o caso até lá? Porque tinham ali um juiz ladrão: Moro. Essa é outra obviedade que o STF precisa de reconhecer, declarando a suspeição do juiz ladrão“, defendeu, por sua vez, a deputada do PT Natália Bonavides.

Também o líder do partido de esquerda França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, usou as redes sociais para declarar uma “imensa alegria por Lula”. “O desonesto juiz Moro repudiado pelo Supremo Tribunal do Brasil. Lula livre e elegível”, acrescentou.

Antes da divulgação da decisão, Lula já tinha mostrado estar confiante. “Estou muito tranquilo”, disse Lula da Silva numa entrevista à rádio O Povo CBN, tendo dito ainda “confiar” na Justiça.

Lula da Silva garantiu à rádio que esta nova medida legal não lhe “tira o sono”, pois considera “provado” que os julgamentos contra si nada mais foram do que “uma fraude” que fez parte de uma “perseguição política e judicial” de procuradores e juízes que pretendiam afastá-lo da política.

“Há quatro anos defendemos que a Justiça de Curitiba não poderia julgar-me”, insistiu o ex-Presidente, que também reiterou que não está preocupado com o reinício dos processos em Brasília, pois está convencido da sua inocência.

Já provei a minha inocência. Quero ver agora que apareça alguém para provar minha culpa”, desafiou o ex-presidente.

Lula, de 75 anos, e que governou o Brasil entre 2003 e 2010, chegou a cumprir 580 dias de prisão, entre abril de 2018 e novembro de 2019 e, desde então, o ex-Presidente recorria da sua sentença em liberdade condicional.

https://zap.aeiou.pt/stf-confirma-anulacao-sentencas-lula-395633

 

Emirados Árabes Unidos anunciaram a primeira mulher astronauta da história do país !

Nora Al-Matrooshi é a primeira mulher astronauta dos Emirados. A contratação é vista como um marco histórico para os Emirados Árabes Unidos. Nora foi escolhida para o programa Sheik Mohammed.


Os Emirados Árabes Unidos contrataram a primeira mulher astronauta. Nora Al-Matrooshi foi escolhida juntamente com Mohammed al-Mulla para integrar o programa espacial Sheik Mohammed.

A escolha dos dois astronautas foi feita depois de uma análise a mais de 4.000 candidatos que se inscreveram para participar no programa.

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro e líder o Dubai, Mohammed bin Rashid Al Maktoum, no Twitter

“A nação proporcionou-me momentos inesquecíveis hoje. O meu objetivo é trabalhar duro para criar um roteiro de momentos históricos e conquistas que ficarão gravados para sempre na memória do nosso povo”, escreveu Al-Matrooshi na rede social.

Acrescentou ainda: “Agradeço a nossa sábia liderança e à equipa do Programa de Astronautas dos Emirados Árabes Unidos. Os preparativos e o trabalho começam agora”.

Nora Al-Matrooshi nasceu em 1993 e é formada em engenharia mecânica pela universidade dos Emirados Árabes Unidos. É engenheira na Companhia Nacional de Construção Petrolífera.

Já Al-Mulla, que nasceu em 1988, é piloto comercial e trabalha para a Polícia do Dubai, onde também comanda a divisão de treino, segundo o centro espacial.

Os dois novos astronautas vão agora treinar com a NASA de forma a estarem aptos para futuras missões no espaço, diz o CNN.

O país tem apostado bastante no espaço. De recordar que o ano passado, os Emirados Árabes Unidos revelaram que o país tenciona enviar para a Lua uma nave com um veículo não tripulado em 2024.

https://zap.aeiou.pt/emirados-arabes-primeira-astronauta-395585

 

Votação histórica - Congresso aprova projeto de lei para corrigir erros da escravatura !

Uma comissão do Congresso dos Estados Unidos aprovou na quarta-feira um projeto de lei sobre o princípio da compensação financeira para os danos da escravatura, uma primeira votação histórica num país ainda marcado pela discriminação racial.


O texto foi aprovado pela Comissão dos Assuntos Judiciais da Câmara dos Representantes por 25 votos contra 17, os democratas votaram todos a favor e os republicanos todos contra.

A câmara baixa do Congresso, de maioria democrata, deve agora aprová-lo em sessão plenária, em data indeterminada. Mas a aprovação do texto é incerta no Senado, onde os democratas têm de conseguir o voto a favor de pelo menos 10 republicanos.

O projeto de lei prevê a criação de uma comissão de peritos encarregada de fazer propostas sobre a indemnização pelo governo dos descendentes dos cerca de quatro milhões de africanos levados à força para os Estados Unidos entre 1619 e 1865, data da abolição da escravatura.

Visa combater “a injustiça, crueldade, brutalidade e desumanidade fundamental da escravatura” e as disparidades de que sofre ainda hoje a minoria negra norte-americana.

Esta votação “histórica” visa “continuar um debate nacional sobre o modo de combater os maus-tratos sofridos pelos afro-americanos durante a escravatura, a segregação e o racismo estrutural que permanece endémico na nossa sociedade”, declarou antes da votação o presidente da Comissão dos Assuntos Judiciais, o democrata Jerry Nadler.

A democrata afro-americana Sheila Jackson Lee implorou aos seus pares para “não ignorarem a dor, a história e a sabedoria desta comissão”.

O Presidente Joe Biden, também democrata e que se encontrou na terça-feira com os eleitos afro-americanos no Congresso, “comprometeu-se” a apoiar o texto, disse Lee.

Mas os membros republicanos da comissão, embora reconhecendo a brutalidade da escravatura, opõem-se à legislação.

“Ela afasta-nos do sonho importante de julgar alguém pela sua personalidade e não pela cor da sua pele”, disse o republicano Chip Roy.

A legislação, cuja primeira versão foi redigida há perto de 30 anos, tornou-se central depois da morte de vários negros norte-americanos em intervenções policiais ter levado os Estados Unidos a concentrar-se no seu passado esclavagista e sobre as múltiplas discriminações sofridas pela minoria negra, que constitui quase 13% da população.

A votação aconteceu quando está a ser julgado em Minneapolis um polícia branco, acusado de ter matado durante a detenção um quadragenário negro, George Floyd, que se tornou um símbolo mundial das vítimas de violência policial.

Apesar dos avanços da luta pelos seus direitos cívicos nos anos 1960, os afro-americanos ainda têm menos qualificações, menor segurança social e vivem menos que os brancos. São também presos de modo desproporcionado em relação ao resto da população norte-americana.

Em 2019, o rendimento médio anual de uma família negra era de 43.771 dólares (36.561 euros) e o de uma família branca atingia os 71.664 (59.859 euros), segundo as estatísticas oficiais.

https://zap.aeiou.pt/congresso-corrigir-erros-escravatura-395493

 

Ministra da Cultura francesa promete reabertura de Notre-Dame em 2024 !

A catedral de Notre-Dame, em Paris, vai reabrir em 2024, prometeu, esta quarta-feira, a ministra da Cultura francesa, na véspera de se completarem dois anos desde que um incêndio devastou o mundialmente famoso monumento.


A promessa foi feita no momento em que a ministra da Cultura anunciou, perante o Senado, que a petição pública lançada para a restauração da catedral conseguiu reunir os fundos suficientes, com 833 milhões de euros em donativos, valor que permite “encarar o projeto com tranquilidade”.

“Posso dizer que em 2024 a catedral de Notre-Dame de Paris será reaberta”, afirmou Roselyne Bachelot.

A ministra deverá encontrar-se na catedral como o Presidente Emmanuel Macron, esta quinta-feira, precisamente quando se completam dois anos sobre o incêndio que devastou parcialmente a catedral, considerada uma obra-prima da arte gótica.

O chefe de Estado francês tinha pedido uma reconstrução em cinco anos da catedral cujo telhado e pináculo foram destruídos pelas chamas.

O representante de Macron para as obras, o general Jean-Louis Gorgelin, também assegurou que a catedral reabrirá em 2024 e que será celebrado um Te Deum em 16 de abril desse ano, mas nem todos os trabalhos necessários estarão concluídos nessa data.

https://zap.aeiou.pt/ministra-promete-reabertura-notre-dame-2024-395390

 

“Tirámos Trump de lá” - Funcionário da CNN admite que canal quis ajudar Biden a vencer eleições !

Um funcionário da CNN falou abertamente com um jornalista disfarçado sobre as motivações políticas que a emissora teve durante a eleição presidencial de 2020.

A investigação foi divulgada pela Fox News, que relatou que o funcionário da emissora norte-americana CNN gabou-se a um jornalista disfarçado de que o meio de comunicação ajudou a derrotar o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

A mesma fonte até chamou ao seu próprio empregador de “propaganda”.

Segundo a Fox News, o diretor técnico da rede Charles Chester esclareceu que a CNN queria remover o seu inimigo da Casa Branca e ajudar o agora Presidente Joe Biden.

“Veja o que fizemos, tirámos Trump de lá”, disse Chester, em tom de comemoração. “Eu vou 100% dizer isso. E eu 100% acredito que se não fosse pela CNN, eu não sei se Trump teria sido eliminado.”

Este tipo de vídeos podem ser editados e tirados do contexto. Contudo, muitos comentários feitos por Chester ao longo do vídeo são longos que mostram-no a expressar-se em frases claras e completas.

Numa série de reuniões com um jornalista disfarçado no mês passado, Chester – que se gabou de estar “um degrau abaixo” de um diretor – afirmou que a CNN estava “a criar uma história” que questionava a saúde de Trump, chamando a este processo de “propaganda” para ajudar a remover Trump do cargo.

“Trouxemos tantos médicos para contar uma história que era tudo especulação de que estava neurologicamente doente, que estava a perder o controlo, de que é impróprio para qualquer coisa”, disse Chester. “Estávamos a criar uma história da qual nada sabíamos.”

Por outro lado, segundo Chester, a CNN também queria promover a saúde e a boa forma de Biden. “Mostrávamos sempre fotografias dele [Biden] a correr… com os seus óculos de aviador e (…) como um jovem geriátrico”, disse Chester. “Acho que o ajudámos a superar esse período”.

Chester revelou ainda que, após o “cansaço da covid” da cobertura da CNN, quando o público estiver “aberto a isso”, a rede “passará a focar-se principalmente no clima”. “O nosso foco era tirar Trump do cargo”, continuou. “Sem dizer, era isso mesmo, certo? Então, o nosso próximo passo será a consciencialização sobre as mudanças climáticas.”

“Acha que vai ser muito parecido com o medo do clima?” perguntou o jornalista disfarçado. “Sim. O medo vende”, respondeu Chester.

“Quem decide isso?”, continuou a questionar o jornalista. Chestes respondeu que é o “chefe da rede” quem toma as decisões, referindo-se ao presidente da CNN, Jeff Zucker.

De acordo com o LinkedIn, Chester trabalha com a CNN desde 2018 e já trabalhou em vários programas, incluindo “New Day”, “Cuomo Prime Time” e “CNN Tonight”.

https://zap.aeiou.pt/tiramos-trump-de-la-funcionario-da-cnn-admite-que-395338

 

 

EUA abrem “a cada 10 horas” uma nova investigação contra a China !

O Departamento Federal de Investigação (FBI) dos Estados Unidos tem mais de duas mil investigações abertas relacionadas com o governo chinês e abre uma nova “a cada 10 horas”, disse o diretor da instituição ao Comité de Inteligência do Senado dos EUA.


No seu testemunho, divulgado pela CNN, o diretor do FBI, Christopher Wray, disse que nenhum outro país representava uma ameaça maior à segurança económica e aos ideais democráticos dos EUA do que a China, acrescentando que a sua capacidade de influenciar as instituições norte-americanas é “profunda, ampla e persistente”.

Os comentários de Wray surgem no meio de tensões crescentes entre Washington e Pequim em várias frentes, incluindo alegadas violações dos direitos humanos na região ocidental de Xinjiang na China e questões relacionadas com o estatuto de Taiwan e Hong Kong.

O Diretor da National Intelligence dos EUA, Avril Haines, e o diretor da CIA, William Burns, falaram ao lado de Wray na audiência de quarta-feira no Senado, naquele que é o primeiro testemunho público de grupo de líderes da inteligência perante o Congresso dos EUA desde 2019, de acordo com a CNN.

Estas declarações surgem menos de uma semana após os serviços secretos norte-americanos terem divulgado a sua Avaliação Anual da Ameaça, na qual advertia que os governos chinês e russo pretendiam utilizar a pandemia de Covid-19 para aumentar a sua influência global.

O relatório dizia que Pequim tinha estado “a intensificar esforços para moldar o ambiente político” nos Estados Unidos para tentar afirmar a sua influência e abafar as críticas às suas próprias políticas, incluindo a repressão das liberdades civis em Xinjiang e Hong Kong.

Haines disse ao Comité de Informações do Senado que o Governo chinês tinha capacidades cibernéticas “substanciais” que, “se implementadas, poderiam, no mínimo, causar interrupções temporárias localizadas em infraestruturas críticas dentro dos Estados Unidos”.

Em julho de 2020, o Governo dos EUA acusou dois alegados hackers chineses que, segundo as autoridades, se tinham envolvido numa “campanha global de intrusão informática generalizada”, incluindo a tentativa de aceder à investigação sobre o coronavírus dos EUA e visando ativistas de direitos humanos.

Novos testes nucleares da Coreia do Norte

A diretora de inteligência nacional (DNI) norte-americana, Avril Haines, testemunhou quarta-feira no Senado que a Coreia do Norte deverá continuar a realizar testes nucleares e de mísseis balísticos de longo alcance, no curto prazo.

“A Coreia do Norte pode tomar ações agressivas e potencialmente desestabilizadoras para reconfigurar o seu ambiente de segurança e procurará criar divisões entre os Estados Unidos e os seus aliados”, disse Haines em audiência na Comissão dos Serviços de Informações do Senado norte-americano.

“Estes esforços poderão incluir o reinício de testes das armas nucleares e de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM)”, acrescentou, um dia depois de apresentado o relatório global de ameaças pelo DNI.

Haines agrupou a Coreia do Norte com três outros países – China, Rússia e Irão – que representam as maiores ameaças aos Estados Unidos, juntamente com organizações terroristas globais, salientado que a ameaça chinesa tem “prioridade incomparável” para a comunidade de inteligência norte-americana.

O general David VanHerck, comandante do Comando Norte dos EUA e do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte, destacou também a possibilidade de a Coreia do Norte retomar “num futuro próximo” os lançamentos de mísseis de longo alcance para testar um novo tipo de projétil (ICBM) apresentado em outubro de 2020.

“Consideravelmente maior e presumivelmente mais eficaz do que os sistemas que testaram em 2017”, o novo ICBM “aumenta ainda mais a ameaça que (a Coreia do Norte) representa para o território” norte-americano, disse o oficial.

“O regime norte-coreano também indicou que já não está vinculado à moratória unilateral de testes nucleares e de ICBM anunciada em 2018, sugerindo que Kim Jong-un pode começar a testar um projeto de ICBM melhorado num futuro próximo”, acrescentou.

Segundo a agência sul-coreana Yonhap, a Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos de curto alcance no mês passado, retomando os seus testes deste tipo de mísseis balísticos após um hiato de um ano.

Na semana passada, a Casa Branca disse que poderá admitir a abordagem da “diplomacia” com a Coreia do Norte para ultrapassar o impasse sobre a questão do programa nuclear norte-coreano.

“Estamos prontos para admitir uma forma de diplomacia caso isso nos conduza à desnuclearização”, disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, salientando que as sanções continuarão a ser aplicadas, em consulta com aliados e os parceiros norte-americanos.

O Presidente dos EUA Joe Biden permaneceu até ao momento praticamente silencioso sobre as intenções face a Pyongyang, ao assinalar que a situação está a ser revista para impor uma nova estratégia após a tentativa de diplomacia direta do seu antecessor Donald Trump com o dirigente norte-coreano Kim Jong Un, que não permitiu qualquer avanço sobre a desnuclearização do país isolado.

No entanto, o chefe de Estado norte-americano preveniu que os Estados Unidos vão ripostar “em consequência” em caso de “escalada” norte-coreana, após os disparos de mísseis de Pyongyang no final de março.

https://zap.aeiou.pt/eua-10-horas-nova-investigacao-china-395296

 

Myanmar - Junta militar retém familiares de soldados para impedir fugas !

Um capitão, que desertou do exército birmanês para se juntar ao movimento de oposição ao golpe militar de fevereiro, acusou a junta militar de reter familiares de soldados para impedir deserções.


Lin Htet Aung, que desertou em março, disse que a junta militar, no poder na sequência do golpe de Estado de 01 de fevereiro, mantém “sequestrados” famílias dos soldados que vivem em quartéis para evitar quaisquer fugas, publicou o portal de notícias Myanmar Now, citado pela agência Lusa na quarta-feira.

O rebelde afirmou que 75% dos soldados estariam dispostos a desertar, caso as famílias não estivessem “retidas”. “Aqueles que vivem em complexos militares foram basicamente raptados. Utilizam as famílias dos soldados para os controlar, para que não possam agir livremente. Se um soldado quiser fugir, tem de levar a família com ele”, acusou.

De acordo com o mesmo testemunho, muitos soldados são contra os crimes ordenados pela junta militar durante a brutal repressão dos protestos pró-democracia, que já causaram pelo menos 714 mortos, segundo a Associação de Assistência aos Presos Políticos (AAPP).

A AAPP denunciou também detenções arbitrárias, de mais de três mil pessoas, e torturas a que muitos dos detidos foram submetidos.

Os soldados “sabem que não é justo, mas têm de tomar conta das suas famílias. Estão conscientes da injustiça e estou certo de que se sentem desconfortáveis com ela. E, no entanto, têm que fechar os olhos”, acrescentou.

Uma pessoa faz a saudação dos três dedos enquanto segura um ovo, decorado com uma mensagem em apoio aos manifestantes que se manifestaram contra o golpe militar em Myanmar

Apesar da intimidação e da repressão violenta, as manifestações continuam a decorrer em todo o país. Na quarta-feira, centenas de estudantes marcharam em Mandalay, a segunda cidade mais populosa de Myanmar (antiga Birmânia), e atiraram tinta vermelha sobre o asfalto para denunciar o assassínio de manifestantes pacíficos pela junta militar.

O exército justificou o golpe de Estado com uma alegada fraude nas eleições de novembro, em que o partido da ex-líder civil Aung San Suu Kyi, de 75 anos, venceu, e que foram consideradas legítimas pelos observadores internacionais. Prémio Nobel da Paz em 1991, foi afastada do poder e está em prisão domiciliária em Naypyidaw desde o golpe militar.

Protesto de profissionais da saúde termina com tiros

Segundo o portal Mizzima News, citado esta quinta-feira pela Lusa, dezenas de trabalhadores da saúde reuniram-se em Mandalay para protestar contra a junta militar, mas as forças de segurança dispersaram, abrindo fogo e ferindo várias pessoas. Também o portal Khit Thit Media indicou que 20 dos manifestantes foram detidos.

Desconhece-se ainda o número de possíveis mortos ou números exatos sobre feridos, num contexto de opacidade de informação, devido aos cortes diários do sinal da Internet e às dificuldades dos poucos meios digitais independentes que ainda estão ativos.

Myanmar celebra o Ano Novo Budista desde terça-feira, mas as celebrações tradicionais foram suspensas em muitos lugares e os protestos em diferentes partes do país estão a encher as ruas.

A brutalidade das forças de segurança provocou severas críticas e sanções por parte da União Europeia e de países como os Estados Unidos, o Reino Unido e o Canadá, embora a comunidade internacional não tenha conseguido chegar a acordo sobre ações comuns, tais como um embargo de armas.

https://zap.aeiou.pt/myanmar-junta-militar-familia-soldados-fugas-395345

 

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...