sábado, 8 de maio de 2021

Violência na Colômbia preocupa comunidade internacional !

Várias cidades colombianas continuam a ser palco de violentas manifestações contra o Governo do país, mas são reprimidas com força pela polícia e por militares.


As manifestações começaram em forma de protesto contra uma reforma tributária proposta pelo Governo e agora estão a transformar-se numa contestação generalizada à desigualdade e à ausência de políticas de combate à pobreza.

O clima de instabilidade política e social na Colômbia têm-se agravado e o fim parece estar longe. Os protestos são alimentados por uma desconfiança mútua entre as forças de segurança e os milhares de pessoas que têm participado nas manifestações das últimas duas semanas.

Iván Duque, o presidente do país, anunciou no passado domingo a retirada da proposta de reforma fiscal, que iria, entre outras coisas, aumentar o IVA e o rendimento tributável, e, dias depois, o ministro das Finanças demitiu-se. 

No entanto, as decisões não fizeram com que o nível de contestação baixasse de tom.

Segundo o Público, a greve geral convocada na semana anterior mantém-se e quase todos os dias são convocadas manifestações nas principais cidades do país, que são respondidas violentamente pelas forças de segurança.

De acordo com a Temblores, uma organização não-governamental dedicada a estudar a violência policial, pelo menos 37 pessoas morreram durante as manifestações se há 89 desaparecidos, muitos dos quais se receia poderem ter morrido.

Organizações como a Amnistia Internacional acusam a polícia de usar armas com munições reais contra os manifestantes e nas redes sociais correm vídeos que mostram uma acção violenta e indiscriminada por parte das forças de segurança.

Em Cali, que tem sido o epicentro dos protestos mais violentos, um grupo de ativistas pela defesa dos direitos humanos, incluindo um membro do gabinete do provedor de Justiça colombiano, foi atacado e intimidado pela polícia enquanto assistia manifestantes detidos.

A violência da repressão das manifestações está a causa preocupação na comunidade internacional.

O porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu o respeito por “direitos básicos” dos cidadãos colombianos.

Preocupações semelhantes foram expressas pelo chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, que pediu o fim do “uso excessivo da força para reprimir os protestos, a escalada de violência e qualquer uso desproporcional da força”.

https://zap.aeiou.pt/violencia-colombia-preocupa-400993

 

Nova Iorque quer oferecer vacina aos turistas ! Miami vai começar a vacinar no aeroporto !

Em Nova Iorque os turistas irão receber a vacina da Johnson & Johnson e em Miami a vacina da Pfizer.


Com o objetivo de reativar o turismo na cidade, as autoridades de Nova Iorque querem oferecer a vacina a todos os turistas que a queiram visitar.

Bill de Blasio, o mayor da cidade, disse na passada quinta-feira que tenciona oferecer a vacina da Janssen – da Johnson & Johnson – a qualquer turista que visite a cidade de Nova Iorque, mas a decisão está dependente da aprovação do Estado.

De Blasio revelou que a cidade pretende instalar locais de vacinação móveis nas várias atrações turísticas da cidade como a praça Times Square, Brooklyn Bridge Park e Highline.

“Este Verão, vamos ver o turismo ganhar vida na cidade de Nova York”, disse à CNN.

A cidade de Nova York já administrou 6.809.451 doses da vacina covid-19, anunciou ainda De Blasio.

Já em Miami, “estarão disponíveis no Aeroporto Internacional vacinas da Pfizer para os funcionários do aeroporto, os seus familiares e amigos e viajantes que moram ou trabalham na Florida”, lê-se num comunicado no site do aeroporto.

“Estamos empenhados em tornar a vacinação mais fácil e conveniente possível para aqueles que moram e trabalham em Miami”, disseram as autoridades portuárias, acrescentando que “a vacinação é nossa melhor ferramenta para vencer a pandemia e fazer a comunidade e a economia voltarem ao normal”.

Todas as pessoas com 18 anos ou mais que vivam ou trabalhem na Florida podem receber a vacina.

Por outro lado, os enoes de 16 e 17 anos de idade podem receber a vacina Pfizer, mas devem estar acompanhados pelos pais ou responsável legal até o local da vacinação.

https://zap.aeiou.pt/nova-iorque-oferecer-vacina-turistas-400966

 

Índia ultrapassa quatro mil mortos num só dia ! Cuba vai imunizar população com vacinas nacioais !

A Índia registou mais de quatro mil mortes associadas à covid-19 num só dia e o Brasil contabilizou 2.165 óbitos nas últimas 24 horas. Em contraste, Cuba vai começar a vacinar a população contra a covid-19 com vacinas desenvolvidas na ilha. Alemanha baixa infeções e regista 238 mortes num dia.


 A Índia registou pela primeira vez mais de quatro mil mortos diários devido à covid-19, elevando para 238.270 o número de óbitos desde o início da pandemia, anunciou o Governo, este sábado.

Nas últimas 24 horas, o país registou 4.197 mortes e 401.078 casos da doença, elevando o número total para quase 21,9 milhões.

Com 4.197 mortos registados nas últimas 24 horas, a Índia mantém-se como o terceiro país como mais mortes no mundo, atrás dos Estados Unidos e do Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde indiano e a contagem independente da Universidade norte-americana Johns Hopkins.

No mesmo período, o país contabilizou 401.078 casos, o que eleva o número total de infeções para 21.892.676 desde o início da pandemia.

A Índia, com 1,3 mil milhões de habitantes, atravessa uma segunda onda da doença, que sobrecarregou o sistema de saúde, com escassez de oxigénio e de camas.

Alguns peritos consideraram que os números reais de óbitos e de casos podem ser muito mais elevados.

Mais de 40 países começaram a enviar ajuda para a Índia para ajudar a combater a pandemia, incluindo ventiladores e equipamento médico, bem como geradores de oxigénio, cilindros, concentradores e reguladores.

Brasil aproxima-se dos 420 mil mortos

O Brasil aproximou-se na sexta-feira de um total de 420 mil mortos (419.114) devido à covid-19, após ter contabilizado 2.165 óbitos nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde.

Em relação aos casos positivos, a nação sul-americana, com 212 milhões de habitantes, somou 78.886 novas infeções entre quinta e sexta-feira, totalizando 15.082.449 diagnósticos de covid-19 desde o início da pandemia.

O Brasil é um dos países mais afetados pela pandemia, ocupando a segunda posição mundial na lista de nações com mais mortes e a terceira com mais casos.

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela tutela da Saúde, a taxa de incidência da doença no país aumentou hoje para 199 mortes e 7.177 casos por 100 mil habitantes. Já a taxa de letalidade da covid-19 mantém-se em 2,8%.

Geograficamente, São Paulo continua a ser o foco da pandemia no país, concentrando 2.984.182 casos do novo coronavírus e 99.989 vítimas mortais desde que a doença chegou ao Estado, o mais rico e populoso do Brasil.

Apesar de a vacina Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, estar em falta em, pelo menos, 32 cidades do Estado de São Paulo, o governador, João Doria, conseguiu ser imunizado na sexta-feira com a primeira dose desse antídoto, que é produzido localmente pelo Instituto Butantan.

Doria, adversário político do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi vacinado pela primeira pessoa imunizada contra a covid-19 no Brasil, a enfermeira Mônica Calazans, e disse estar honrado.

“Todas as vacinas são boas, mas a minha foi Coronavac. Olha como é o mundo. No início de janeiro a CoronaVac era a ‘vacina da China’, a ‘vachina’, a ‘vacina do jacaré’, ‘que ia deixar você com sequelas, paralítico’, a ‘vacina do Doria’. Hoje, ela é a mais querida do Brasil, que todos querem tomar. Confiança é a credibilidade do Butantan, que já salvou 43 milhões no Brasil. 43 milhões que tomaram a CoronaVac“, disse Doria, mencionando algumas críticas feitas por Bolsonaro ao imunizante chinês.

“Briguei durante meses com o Governo Federal que não queria comprar essa vacina. O Presidente da República disse que não ia comprar e ponto. Em alto e bom som. Hoje é a vacina que mais salva vidas. Se não fosse o negacionismo e um esforço contra a vacina, Paulo Gustavo [ator brasileiro] e outros brasileiros poderiam ter sido salvos antes”, acrescentou Doria, de 63 anos, em declarações à imprensa.

A gestão de João Doria foi responsável por articular a parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac para a produção da Coronavac, atualmente o imunizante mais usado no Brasil, na campanha nacional de imunização.

Cuba inicia vacinação com vacinas próprias

Por outro lado, Cuba vai começar, na próxima semana, a vacinar a população contra a covid-19 com vacinas desenvolvidas na ilha, que ainda estão em fase experimental, anunciaram as autoridades na sexta-feira.

A campanha de vacinação vai começar em Havana e nas províncias de Santiago de Cuba (sul) e Matanzas (centro), onde serão usadas duas das cinco vacinas atualmente em desenvolvimento.

As vacinas Abdala e Soberana 2 são as mais avançadas e serão administradas em três doses.

“Acreditamos que teremos sucesso em ter vacinado 22% da população em junho, 33% em julho e 70% em agosto”, disse o ministro da Saúde, José Angel Portal, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Segundo o ministro, as primeiras vacinas servirão como ensaio em larga escala e, se tudo correr como esperado, permitirá que em junho essas vacinas sejam aprovadas.

O plano foi corroborado por Olga Lidia Jacobo, diretora do Cecmed, administração responsável pela homologação de medicamentos: “Nas próximas semanas, talvez já em junho se os resultados forem favoráveis ​​e corresponderem ao que se espera, poderemos dar a autorização de emergência, e então poderemos iniciar uma vacinação em massa”.

A vacina Abdala concluiu a sua terceira e última fase de testes clínicos, cujos resultados estão a ser alvo de analise, enquanto a Soberana 2 deverá concluir sua fase final de testes em meados de maio.

Cuba tem cerca de 11,2 milhões de habitantes e registou recentemente um aumento de casos de infeção, mas continua pouco afetada em comparação com outros países latino-americanos.

Até ao momento, as autoridades registaram 114 mil casos de infeção e 713 mortos vítimas de covid-19.

Alemanha baixa infeções e regista 238 mortes num dia

A Alemanha registou na sexta-feira 15.685 novas infeções por covid-19 e 238 mortes, segundo dados do Instituto Robert Koch (RKI), numa altura em que a incidência do vírus no país continua a baixar.

O número de contágios é inferior aos divulgados há uma semana, quando as autoridades de saúde anunciaram 18.935 novas infeções. Já o número de vítimas mortais aumentou de 232 no último sábado para as 238 de sexta-feira, de acordo com os últimos dados conhecidos.

Os números divulgados pelo RKI indicam que na sexta-feira estavam internados em unidades de cuidados intensivos 4.669 pacientes com o novo coronavírus e 2.818 estão com suporte de vida, segundo os registos da Associação Interdisciplinar Alemã de Cuidados Intensivos e Medicina de Emergência (DIVI).

Num dia, as unidades de cuidados intensivos na Alemanha receberam 429 novos doentes com covid-19 e 110 desses pacientes morreram.

A viver a terceira vaga da pandemia, a Alemanha atingiu o máximo de infeções em 18 de dezembro de 2020, com 33.777 casos num só dia, e o pico de mortes foi registado em 14 de janeiro, data em que 1.244 pessoas perderam a vida vítimas de complicações associadas ao novo coronavírus.

A incidência do vírus atingiu o seu máximo em 22 de dezembro, com 197,6 novas infeções por cem mil habitantes. Há uma semana esse número era de 148,6 e esta sexta-feira a incidência caiu para os 125,7.

O fator de reprodução semanal é de 0,91, o que significa que cada 100 pessoas infetadas contagiam uma média de 91 outras.

Desde o início da pandemia, a Alemanha soma 3.507.673 casos positivos de covid-19 e 84.648 mortes.

Cerca de 3.147.100 pessoas terão recuperado do novo coronavírus, enquanto o número de casos ativos se situa atualmente em 275.900.

Até quinta-feira, 7.360.108 pessoas na Alemanha, o equivalente a 8,8% da população, tinham recebido duas doses da vacina e 26.220.901 (31,5%) receberam pelo menos uma dose.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.258.595 mortos no mundo, resultantes de mais de 155,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

https://zap.aeiou.pt/india-4-000-mortos-num-dia-cuba-401048

 

Veterana de Bletchley Park tem um novo código da 2.ª Guerra para decifrar mas precisa de ajuda !

Um casal que encontrou mensagens codificadas da II Guerra Mundial sob o assoalho está tentar decifrá-las com a ajuda do seu vizinho, um decifrador de códigos de Bletchley Park.


John e Val Campbell encontraram um esconderijo cheio de objetos, como cigarros, fósforos e passes de bordel, na sua casa em Guernsey. Segundo o jornal britânico The Times, deveriam pertencer ao soldado nazi Ernst Buchtela, que terá estado alojado naquele local na década de 1940.

Entre estes objetos estava um papel mordido por um rato coberto por código. Para decifrá-lo, procuraram a sua vizinha, Marj Dodsworth, que tem agora 95 anos e que foi decifradora de códigos em Bletchley Park, onde se localizava a unidade de codificadores do Serviço Secreto Britânico – também conhecida como MI6.

A pedido do casal, Dodsworth, que manteve o seu papel em segredo durante 70 anos, examinou o código – o primeiro que viu desde a II Guerra Mundial.

“Quando vi pela primeira vez, pensei que não havia como [o decifrar] sem uma máquina”, disse. “Não há hipótese de eu conseguir fazer isto.”

Dodsworth inscreveu-se no Serviço Naval Real Feminino em 1943, aos 18 anos, passou seis semanas em treino e foi instruída a assinar a Lei de Segredos Oficiais. Foi enviada para Eastcote, um posto avançado de Bletchley Park.

“Havia 800 de nós onde estava, mas mais três ou quatro estações externas”, disse Dodsworth. ‘‘O que fazemos era passado para Bletchley. ”

Segundo contou ao jornal, tambores marcados com o alfabeto giravam em velocidades variadas para quebrar códigos. Quando a rotação parava, as letras poderiam ser a chave para um código. Depois, ligavam a máquina para gerar um conjunto de letras, que seriam ligadas a uma segunda máquina. O pessoal da Força Aérea verificava o código produzido, que, muitas vezes, estava errado por causa de falhas mecânicas ou fios cruzados.

“Fios minúsculos atrás da bateria enrolavam-se com toda a rotação e tínhamos de endireitá-los com uma pinça”, disse Dodsworth. “Quando fui para casa, os meus pais ficaram preocupados e perguntaram-me porque é que as minhas mãos estavam cortadas, mas não podia dizer-lhes.”

Depois do Dia da Vitória na Europa, a mulher continuou a trabalhar nas mensagens do Japão antes de se tornar secretária jurídica e mãe de quatro filhos. 

Os seus pais morreram sem nunca saber qual foi o seu papel na II Guerra Mundial. Já o seu marido, que também estava na Marinha, descobriu apenas alguns anos antes de morrer.

Procura-se uma máquina Enigma

Campbell, um engenheiro estrutural reformado, encontrou os objetos pela primeira vez em 1985, 15 anos depois de se mudar. Em declarações ao jornal britânico The Telegraph, afirmou que “se sente um pouco culpado” por não ter investigado o código mais cedo.

O britânico tem agora esperança de que possa ser fornecida uma máquina Enigma para permitir que Dodsworth ou outro decifrador de códigos revele o seu verdadeiro significado.

“Sabia que era uma folha codificada e devia saber que era suficientemente importante para a proteger, porque a embrulhei num pedaço do jornal daquele dia. Mas suponho que não tinha nenhuma esperança de que isso fosse desvendado naquela época, porque as coisas não estavam tão avançadas como em 2021″, contou o homem.

“Estou a começar a sentir-me um pouco culpado, mas talvez seja melhor porque temos potencial para lidar com isso agora. Se alguém puder traduzi-lo, esra é uma informação valiosa e vai resolver o enigma de se tem ou não algum significado”, apelou.

Estima-se que existam 318 máquinas Enigma hoje, 284 das quais estavam em uso durante ou antes da II Guerra Mundial, de acordo com a Carnegie Mellon University.

Uma dessas máquinas – fabricada em Berlim em 1935 para uso alemão – está a ser vendida por um colecionador particular por 180mil libras numa casa de leilões de New Hampshire.

https://zap.aeiou.pt/veterana-de-bletchley-park-tem-um-novo-codigo-da-2-a-guerr-400932

 

“Caixas mistério” com animais de estimação geram indignação na China !

Uma nova moda conhecida como “caixa mistério” ganhou popularidade na China. O método consiste em fazer uma encomenda através da internet e é enviada, pelo correio, uma caixa com um animal de estimação.

Estas encomendas estão a gerar uma enorme indignação, depois de vários animais terem sido encontrados mortos, na última segunda-feira, dentro de uma carrinha de transporte, como conta a BBC.

Cerca de 160 cães e gatos foram localizados dentro de um veículo de uma empresa de transporte, em Chengdu, a capital da província de Sichuan, no sudoeste da China.

Todos os animais tinham menos de três meses, segundo uma associação de resgate, a Chengdu Aizhijia Animal Rescue Center, que informou também que alguns morreram asfixiados.

Numa rede social chinesa, este grupo de resgate partilhou um vídeo onde se viam caixas até ao teto da carrinha: “A caixa de carga está cheia de gatos e cães”, descrevia a associação.

A empresa de transporte envolvida, diz a BBC, informou que suspendeu o responsável por este transporte e reforçou a formação sobre a segurança no transporte e a proteção animal.

Nas redes sociais surgiram pedidos de boicotes às caixas e à compra de animais online. Já os media chineses descreveram as “caixas mistério” como “uma profanação da vida”,  apelando também aos compradores e vendedores a terem “mais boa vontade e mais respeito pela vida”.

Os voluntários que resgataram os animais estão a acompanhá-los desde o início da semana.

Na quinta-feira anunciaram que os conseguiram levar para o abrigo e que 38 dos cães e gatos salvos ainda estão a receber tratamento.

https://zap.aeiou.pt/caixas-misterio-animais-china-400986

 

Arquivos da polícia do Estado Islâmico revelam como era a vida sob o califado !

Arquivos da polícia do Estado Islâmico, conhecida como shurta, revelam como era a vida sob o califado. Os polícias eram tão bem pagos que não podiam ser subornados. 


Não é sempre que os regimes mirram e deixam uma grande quantidade de documentos para a posteridade. Aconteceu na Alemanha com o Terceiro Reich nazi e sob a República Democrática Alemã. Agora, até certo ponto, temos evidências semelhantes da vida sob o governo do Estado Islâmico.

A rede terrorista ainda existe, com muitos capítulos ativos no Médio Oriente, Ásia e África. Mas elas funcionam como organizações terroristas “normais” e não controlam o território. O califado, na sua antiga encarnação de “organização semi-estatal” em e ao redor de Mosul e Raqqa, já não existe.

Mas através do ISIS Files Project, do Programa sobre Extremismo da Universidade George Washington, aos poucos as diferentes instituições, braços burocráticos e políticas do califado do ISIS estão a ser reconstruidas e analisadas.

Investigadores foram solicitados a examinar os arquivos recuperados e originados da polícia do Estado Islâmico, a shurta, para ver que o que esclarecem sobre a forma como o califado funcionava no terreno, em particular na interação com a população daquela região.

O Estado Islâmico usou a sua organização policial para criar um nível de apoio entre os habitantes do califado, proporcionando-lhes um certo grau de ordem e segurança públicas.

Isto pode soar contraintuitivo, uma vez que o ISIS dirigia um regime de terror e coerção implícita e atrocidades sempre pairavam sobre a cabeça das pessoas. No entanto, antes que o califado fosse proclamado, a liderança do Estado Islâmico publicou um “Documento para a cidade”. Implicava uma espécie de contrato social, em que oferecia “segurança e proteção” aos habitantes, “sem corrupção”.

E, de facto, as esquadras de polícia foram atendidas imediatamente, mais de 3.000 policiais foram contratados e pagos com salários tão altos que o suborno e a corrupção eram quase inexistentes.

Outros instrumentos de justiça do Estado Islâmico, como a hisbah (a polícia moral) e o sistema de tribunais e prisões eram temidos pelas suas pesadas punições e práticas de tortura. A emni — diretoria de alta segurança e inteligência — por sua vez, era temida no exterior e domesticamente pela organização de ataques terroristas.

Ao contrário destes atos de terror descarados, a shurta conseguiu criar uma relação “eficaz” e até “produtiva” com o público. Nos arquivos da shurta foram encontradas centenas de reclamações entregues pela população.

Muitas delas eram sobre assuntos financeiros: sobre devedores que não pagavam as suas dívidas, rendas ou salários que não eram pagos ou dotes retidos. Mas também se relacionavam com questões “morais”: filhos de vizinhos a fumar ou familiares a jogar skat (um jogo de cartas proibido que envolve jogos de azar).

A shurta foi até mesmo invocada pelos pais para aconselhar nos casos em que filhos e filhas se comportavam mal.

O grande número dessas queixas e o seu conteúdo implicava um nível considerável de aceitação, cooperação e até mesmo legitimidade concedida ao califado pela população.

A shurta confiou em parte nas práticas historicamente bem conhecidas de um “estado espião” totalitário.

Investigadores falaram com várias pessoas que explicaram por que estavam dispostas a concordar com isso. Elas disseram que antes do califado ser estabelecido, a vida sob Assad na Síria ou no Iraque pós-Saddam para eles (predominantemente muçulmanos sunitas) era imprevisível e insegura:

“Soldados perambulavam pelas ruas, as nossas filhas estavam a ser violadas, sem mais nem menos. O Estado Islâmico trouxe-nos previsibilidade, até mesmo algum tipo de segurança”

Em contrapartida, tinham de cumprir, é claro, as regras do ISIS. A submissão a essa regra, que não era apenas militar e política, mas também religiosa e moral, era — no curto prazo e no contexto da guerra e da anarquia — o mal menor. Era até lucrativo até certo ponto, pois agora era muito mais fácil saldar dívidas e reclamar efetivamente de rendas e mesadas.

A maioria das reclamações foi resolvida “pacificamente”, através de práticas de reconciliação (incluindo rituais religiosos e leitura de surah do Alcorão) ou através de multas ou pedidos de desculpa.

Numa minoria dos casos, o conflito não poderia ser resolvido pela shurta e seria delegado aos tribunais. Poucos litigantes arriscariam um caso a ser encaminhado para essas autoridades, dada a probabilidade de punição corporal ou pior.

Com o objetivo de resolver conflitos “pacificamente”, através de práticas de reconciliação, a shurta parecia ecoar práticas locais mais antigas, mesmo otomanas-islâmicas, de gestão de conflitos e justiça retributiva.

O ISIS foi capaz de oferecer uma aparência de ordem e justiça dentro das fronteiras do califado. Ao mesmo tempo, as práticas de denúncia indicam divisões sociais mais profundas entre os residentes. A questão de até que ponto a denúncia era ideológica e religiosamente motivada permanece em aberto.

Olhando para as evidências do arquivo da maneira como as pessoas viviam sob o califado, parece que, na ausência de justiça e um Estado de direito eficiente, a shurta era uma força policial moderna, complexa e até eficiente, que funcionou como um instrumento de um sistema brutal, extremista e repressivo de Governo rebelde.

https://zap.aeiou.pt/arquivos-estado-islamico-revelam-vida-400632

 

”Eficácia e qualidade” - OMS aprova vacina chinesa da Sinopharm !

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou, esta sexta-feira, o uso de emergência da vacina chinesa contra a covid-19 da Sinopharm.


Trata-se da primeira vacina desenvolvida pela China a ser aprovada pela organização, lembra a agência AFP, e a sexta “a receber luz verde da OMS para segurança, eficácia e qualidade” como salientou o diretor-geral da entidade, Tedros Ghebreyesus. A avaliação da vacina da Sinovac, também chinesa, é esperada para breve.

Recomendada para adultos de 18 anos ou mais, num esquema de duas doses com intervalo de três a quatro semanas, a vacina tem “requisitos de armazenamento fáceis”, pelo que é “altamente adequada para situações com poucos recursos”, considera a OMS.

Quanto à taxa de eficácia, a organização refere rondar os 79%, considerando o conjunto de todas as faixas etárias.

Nos últimos meses, as entidades reguladores da China e de outros países aprovaram a vacina Sinopharm, embora a empresa não tenha divulgado os dados dos ensaios clínicos de Fase 3, para que pudessem ser avaliados de forma independente.

Antes de se pronunciar, a OMS teve acesso a esses dados, mas é limitada a informação existente sobre a eficácia da vacina contra as muitas variantes do coronavírus que estão a surgir em todo o mundo.

https://zap.aeiou.pt/oms-vacina-sinopharm-400962

 

“Neuro-direitos”. O Chile quer proteger os seus cidadãos do controlo da mente !

O Chile quer tornar-se o primeiro país a proteger as pessoas do controlo da mente, à medida que a capacidade de mexer com cérebros se aproxima cada vez mais da realidade.


O senador Guido Girardi está a liderar medidas para garantir que os “neuro-direitos” dos chilenos sejam consagrados por lei e que a constituição seja reformada para reconhecer a necessidade de proteger a “autonomia humana fundamental”.

Numa previsão que ecoa os enredos de filmes de Hollywood como “Inception” – em que um ladrão rouba informações ao infiltrar-se no subconsciente dos seus alvos, Girardi disse que a Ciência, se não regulamentada, poderia ameaçar “a essência dos humanos, a sua autonomia, a sua liberdade e o seu livre arbítrio”.

“Se esta tecnologia conseguir ler [sua mente], antes que perceba o que está a pensar, pode gravar emoções no seu cérebro: histórias de vida que não são suas”, continuou, citada pelo jornal britânico The Times.

A proposta de Girardi recebeu apoio unânime no Parlamento no ano passado e está a ser considerada como parte de uma reformulação constitucional, que deverá ser finalizada no próximo ano.

O ímpeto tem sido o rápido avanço da tecnologia. Impulsionados pelos esforços para vencer doenças como a doença de Parkinson e a epilepsia, os investigadores têm testado métodos para aceder e manipular a atividade cerebral.

Contudo, os defensores da tecnologia dizem que tem potencial para ajudar milhões de pessoas. Nos Estados Unidos, uma iniciativa apoiada em 2013 pelo presidente Obama, chamada Brain, procura entender mais sobre as causas e possíveis curas para distúrbios cerebrais.

O multimilionário norte-americano Elon Musk é outro importante financiador. Dono da Neuralink Corporation, o empresário reivindicou várias descobertas ao implantar sensores no cérebro de porcos e macacos.

Numa experiência, projetada para ajudar pessoas com paralisia a usar um computador ou telemóvel, um macaco jogou um videojogo simples através de sinais do cérebro, sem entradas e sem tocar em nenhum botão. Implantes minúsculos registaram sinais no córtex motor do macaco, que normalmente coordenam os movimentos da mão e do braço, e traduzem-no em ações.

Musk também sugeriu a possibilidade de desenvolver o que descreveu como um “estado de salvação” para o cérebro. “Portanto, se morresse, o seu estado poderia regressar na forma de outro corpo humano ou de um corpo de robô”, disse. “Poderia decidir se quer ser um robô, uma pessoa ou o que for.”

Os cientistas enfatizaram que tal conceito não é visto como remotamente viável.

https://zap.aeiou.pt/neuro-direitos-o-chile-quer-proteger-os-seus-cidad-400913

 

Portugal na zona de queda dos restos do foguetão chinês !

O foguete de Longa Marcha chinês que foi lançado a 29 de abril, e agora está a preocupar o mundo. As previsões é que a reentrada na atmosfera se dê até ao próximo dia 9 de maio. Portugal é um dos locais onde estes detritos espaciais podem cair.


Com cerca de 20 toneladas esta parte do foguete chinês Longa Marcha CZ-5B é um dos maiores pedaços de detrito espacial a cair na Terra.

Este segmento fazia parte do corpo principal do foguete chinês e serviu para lançar o primeiro módulo da nova estação espacial da China.

Apesar de todos os dias reentram na atmosfera terrestre pequenos pedaços de lixo espacial material que têm ficado em órbita terrestre desde o início da exploração do espaço – no caso deste foguetão a questão complica-se, pois trata-se de um componente com mais de 30 metros de comprimento, cinco de largura e com depósitos de combustível com revestimentos reforçados.

A questão é delicada e está a ser monitorizada por vários organismos ligados à segurança aeronáutica e defesa.

Ao início desta sexta-feira os restos dos estágio principal chinês encontrava-se a cerca de 180 quilómetros de altitude, a viajar a uma velocidade de mais de 28 mil quilómetros hora.

“Temos esperança de que vá cair num lugar onde não fará mal a ninguém”, comentou o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin. “Esperançosamente no oceano, ou num lugar assim.”

Por ser uma reentrada não controlada, oposta à utilizada pela SpaceX nos primeiros estágios dos foguetes Falcon 9, é imprevisível saber quando e onde este “monstro de ferro” vai cair.

No entanto, sabe-se a órbita que ocupa e a que altitude se encontra, escreve a RTP.

Os vários especialistas que estão a seguir o trajeto do CZ-5B apontam para a queda deste detrito espacial entre as primeiras a duas da manha deste sábado e as 20h00 de segunda-feira (hora de Lisboa). Contudo, tais projeções são sempre altamente incertas.

Segundo o jornal chinês Global Times, citado pelo Público, os destroços de um foguetão chinês vão, provavelmente, cair em águas internacionais.

https://zap.aeiou.pt/portugal-zona-queda-foguetao-chines-400892

 

Reino Unido - Variante indiana da Covid 19 é “preocupante“ e já infetou idosos vacinados !

No Reino Unido, já foram encontradas 48 cadeias de transmissão da variante indiana e sabe-se que há transmissão comunitária. A Public Health England classifica esta variante como “preocupante”.


A direção geral de saúde de Inglaterra (PHE na sigla em inglês) anunciou que o número de infeções com a variante B.1.617.2 mais do que duplicou, de 202 para 520 numa semana, pelo que está a causar apreensão às autoridades sanitárias.

Segundo a PHE, “os indícios sugerem que essa variante, detetada pela primeira vez na Índia, é pelo menos tão transmissível quanto B.1.1.7 (a variante de Kent)”. No entanto, diz que as outras características “ainda estão a ser investigadas”.

Existem outras duas variantes também descobertas na Índia (B.1.617 e B.1.617.3) sob monitorização no Reino Unido que também têm vindo a aumentar, mas em valores mais baixos.

Segundo as autoridades, “quase metade dos casos está relacionada com viagens ou contacto com viajantes”, e, embora espalhados por todo o país, a maioria dos casos está concentrada nas áreas do noroeste, nomeadamente Bolton, e Londres. Está a ser implementada uma testagem adicional nestas áreas para conter os surtos.

De acordo com o The Guardian, 15 casos da variante B16172 foram encontrados num lar em Londres, onde os residentes já tinham recebido a segunda dose da vacina Oxford/AstraZeneca na semana anterior ao surto. Quatro pessoas foram hospitalizadas, mas nenhum dos doentes se encontra em estado grave e não há vítimas mortais.

Deepti Gurdasani, epidemiologista clínico da Queen Mary University of London, disse ao jornal que a variante “está a aumentar muito rapidamente” e que esta “pode facilmente tornar-se a dominante em Londres no final de maio ou início de junho”.

A variante foi identificada pela primeira vez em março na Índia, onde uma nova vaga de infeções sobrecarregou o sistema de saúde, com escassez de oxigénio e de camas.

https://zap.aeiou.pt/variante-indiana-preocupante-400907

 

Petição para cancelar Jogos Olímpicos conta já com 200 mil assinaturas !

Uma petição ‘online’ a pedir o cancelamento dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 devido à pandemia da covid-19 ultrapassou esta sexta-feira as 200 mil assinaturas, avançou a agência Lusa.

A campanha, lançada na quarta-feira pelo advogado e ativista japonês Kenji Utsunomiya, é dirigida aos presidentes do Comité Olímpico Internacional (COI) e do Comité Paralímpico Internacional (IPC), Thomas Bach e Andrew Parsons, respetivamente.

É também dirigida ao primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, ao ministro responsável pelos Jogos Olímpicos, Tamayo Marukawa, à governadora de Tóquio, Yuriko Koike, e ao presidente do Comité Organizador de Tóquio 2020, Seiko Hashimoto.

A iniciativa pede que os recursos atribuídos a estes eventos sejam usados para “proteger vidas”, denuncia que “a pandemia esteja longe de ter terminado” e, conclui a organização, colocará vidas humanas em risco.

O acolhimento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos “não será possível sem a ajuda de numerosos profissionais de saúde, instituições médicas e valiosos recursos médicos. Contudo, vários profissionais médicos já disseram publicamente que não há lugar para mais exigências”, acrescenta a petição.

Os trabalhadores da saúde no Japão revoltaram-se contra o plano de destacar 10 mil funcionários da área para os Jogos Olímpicos, numa altura de enorme pressão da quarta vaga da covid-19 no país. O estado de emergência, em vigor nas regiões mais populosas, vai ser prolongado até ao final deste mês, devido ao aumento dos casos.

“É muito possível que a realização dos Jogos Olímpicos conduza a um cenário de super-contágio”, que agravará a situação atual, acrescentou a petição.

Na quinta-feira, o COI anunciou um acordo para que a Pfizer e a BioNTech doassem doses da vacina contra a covid-19 para os participantes nos Jogos, incluindo atletas, treinadores, federações e representantes de comités nacionais.

A petição, em Change.org, lembra que as sondagens efetuadas no Japão mostraram que 80% dos inquiridos não querem a realização de Tóquio2020, e pede ainda aos responsáveis dos organismos envolvidos que ouçam “as vozes de dentro e de fora do Japão” em defesa do cancelamento dos Jogos.

https://zap.aeiou.pt/peticao-cancelar-jogos-olimpicos-assinaturas-400809

 

Fome e seca levam milhares de angolanos a fugirem para a Namíbia !

A fome provocada pela seca extrema na província de Cunene, no sul de Angola, está a levar milhares de pessoas a fugir para a Namíbia.


“A estiagem provocou a rutura de ‘stocks’ alimentares das comunidades e a rutura de sementes. Criou um grande fosso, um grande buraco, na segurança alimentar das comunidades do chamado semiárido de Angola”, contou à TSF o padre Pio Wakussanga, da ONG Construindo Comunidades.

A região – constituída pelas províncias de Huíla, Namibe, Cunene, e Benguela, as mais atingidas pela falta de chuva -, enfrenta períodos quase interruptos de seca desde 2012. “O nível de má nutrição subiu exponencialmente em Angola”, lamentou o padre.

Com a falta de alimentos e as alterações climáticas, vem o problema das pragas dos gafanhotos. Estes procuram pousar onde existe alimento verde, impossibilitando o cultivo.

As circunstâncias atauis estão a criar um movimento interno – “deslocados da fome” -, pessoas que vão do interior para ir para as vilas e cidades “à procura de subsistência, para ver se conseguem alimentar-se”, e outro para o exterior – “refugiados climáticos”.

O balanço mais mais recente indica que o número de deslocados pode ter subido para 10 ou 15 mil, notou Pio Wakussanga. “Todos os dias há jovens, homens e mulheres, que estão a atravessar a fronteira e deixam para trás os que não podem andar, os idosos, o que torna a situação ainda mais dramática, infelizmente”, referiu.

“Com esta crise, aproveitam-se dos pontos que conhecem, fora do controlo das autoridades fronteiriças, para atravessar” para o país vizinho, contou. “A Namíbia tem um sistema social muito organizado”, tendo organizado o “Direito à Alimentação Adequada”, distribuindo cabazes básicos para famílias vulneráveis.

E concluiu: “Os angolanos aperceberam-se disto e estão a debandar-se, com esperança de sobreviver lá, do outro lado”.

https://zap.aeiou.pt/fome-seca-angolanos-mamibia-400794

 

sexta-feira, 7 de maio de 2021

PUTIN DECLARA ESTAD0 DE GUERRA C0NTRA 0S ESTAD0S UNID0S !!!


 

Geoforça Brasil

No Nepal, há pacientes a ser tratados no chão dos hospitais e fala-se em “catástrofe humana” !

O Nepal está a lutar para conter uma explosão de casos de covid-19, à medida que aumentam os receios de que a situação no país seja tão má – se não pior – como na vizinha Índia, com a qual partilha uma fronteira longa e porosa.


Após advertências por autoridades de saúde no início desta semana de que o país estava à beira de perder o controle do seu surto, o Nepal apelou por ajuda internacional urgente.

Enquanto o país relatava o maior número diário de novas infecções – 9.070 -, o primeiro-ministro, KP Sharma Oli, pediu ao exército que ajudasse a administrar as instalações de emergência para aliviar a pressão sobre o sistema de saúde.

Com as vacinas a diminuir e os hospitais sobrecarregados, surtos graves atingiram a capital, Katmandu, e as regiões sudoeste e oeste do país. A taxa nacional de positividade está em 47%. As taxas são ainda mais altas em alguns locais.

No início desta semana, Oli apelou à comunidade internacional por vacinas, já que as autoridades alertaram que aqueles que já tinham recebido a primeira dose do AstraZeneca precisavam urgentemente de uma segunda dose. A campanha de vacinação aleatória do governo foi responsabilizada por espalhar a doença.

Uma das áreas mais atingidas fora de Katmandu foi a cidade de Nepalgunj, no distrito de Banke, perto da fronteira com o estado indiano de Uttar Pradesh, que sofreu um influxo repentino de milhares de trabalhadores migrantes nepaleses que regressavam da Índia antes do encerramento da fronteira entre os dois países.

“Precisamos de agir agora para ter esperança de conter essa catástrofe humana”, disse Alexander Matheou, diretor da Federação da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho para a Ásia-Pacífico, citado pelo jornal britânico The Guardian.

“O que está a acontecer na Índia agora é uma previsão horrível do futuro do Nepal se não conseguirmos conter este último aumento de covid que está a ceifar mais vidas a cada minuto”, continuou Netra Prasad Timsina, presidente da Cruz Vermelha do Nepal.

“Em Katmandu, muitas pessoas estão a ficar em casa agora por causa da rapidez com que o vírus está a espalhar-se. Ao mesmo tempo, há longas filas em hospitais e farmácias. Por causa do confinamento nas grandes cidades, o acesso a transporte e medicamentos também é afetado. Os centros de cremação em todo o país estão a lotar rapidamente e os membros da família não conseguem realizar a última cerimónia de forma adequada”, descreveu Nripendra Khatri, da Catholic Relief Services.

Com menos médicos per capita do que a Índia e um sistema de saúde muito mais fraco, os casos no Nepal no mês passado aumentaram de 100 por dia para mais de oito mil.

O país de cerca de 30 milhões de habitantes tem apenas cerca de 1.600 camas em unidades de cuidados intensivos e menos de 600 ventiladores para asua população. Existem 0,7 médicos por 100.000 pessoas, uma taxa inferior à da Índia.

“É como se estivéssemos numa zona de guerra”, disse Sher Bahadur Pun, chefe da unidade de investigação clínica do hospital Sukraraj Tropical e Infectious Disease em Teku,  acrescentando que os pacientes estavam a ser tratados no chão e no pátio.

Como a Índia, o governo nepalês permitiu que uma série de grandes festivais religiosos acontecessem, incluindo Pahan Charhe, que ajudou a espalhar a doença.

Numa indicação clara da crise, o Ministério da Saúde do Nepal reconheceu, em comunicado na semana passada, que estava a perder o controle da situação.

https://zap.aeiou.pt/nao-e-so-a-india-no-nepal-ha-pacientes-a-ser-tratad-400728

 

Bolsonaro diz ter tido sintomas de reinfeção - China acusa-o de “politizar” novo coronavírus !

O Presidente do Brasil admitiu na quinta-feira que teve sintomas de reinfeção pelo novo coronavírus “há poucos dias” e afirmou que tomou ivermectina, fármaco sem comprovação científica contra a covid-19.


As declarações de Jair Bolsonaro foram prestadas na habitual transmissão em direto na rede social Facebook, em que voltou a defender o uso de medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da covid-19, como cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina e a chamar “covardes” aos críticos desses fármacos.

“Eu estava com sintomas, há poucos dias, de uma possível reinfecção. Tomei ivermectina e no dia seguinte estava bom”, declarou Bolsonaro, defensor desse tipo de medicamentos desde o início da pandemia.

Canalha é quem disse que não toma isso e não dá alternativa. Eu nunca vi ninguém morrer por ter usado hidroxicloroquina, que é largamente usada na região amazónica para combater a malária, para combater o lúpus ou então artrite”, acrescentou.

O chefe de Estado dirigiu ainda críticas ao ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, exonerado nos primeiros meses da pandemia por discordar de Bolsonaro em relação à gestão da pandemia.

Mandetta depôs recentemente, como testemunha, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga alegadas omissões do Governo no combate à covid-19.

“Ser ministro da Saúde de fora é fácil. O Mandetta (…) condena a cloroquina e fala o quê para você? Fica em casa e, quando estiver sentindo falta de ar vai para o hospital para fazer o quê? Se não tem remédio comprovado? Para ser intubado. Quem não tem alternativa, cale a boca. Deixe de ser canalha em criticar quem usa alguma coisa”, disse Bolsonaro.

“Quando tenho problema de estômago, alguém sabe o que eu tomo? Tomo Coca-Cola e fico bom, é problema meu. O bucho é meu. Talvez o meu bucho, todo corroído pela Coca-Cola, me salvou da facada do Adélio”, acrescentou o Presidente, referindo-se ao homem que o esfaqueou em 2018, em plena campanha eleitoral.

Bolsonaro continua a ser um dos chefes de Estado mais céticos em relação à gravidade da doença, classificou a covid-19 de “gripezinha”, continua a censurar a adoção de medidas de isolamento social, e criticou várias vacinas, chegando a pôr em causa a eficácia das máscaras.

Essa postura levou a que fosse instalada uma CPI no Senado, que vai investigar a gestão do Governo no combate à pandemia, que já fez quase 417 mil mortos e 15 milhões de infetados no país.

Cloroquina ditou saída de Nelson Teich

De acordo com o Expresso, o segundo ministro da Saúde do mandato de Bolsonaro, Nelson Teich, cujo cargo durou apenas 28 dias, explicou por que razão abandonou o Governo.

“[As razões da minha saída] devem-se, basicamente, à constatação de que eu não teria a autonomia e a liderança que imaginava indispensáveis ao exercício do cargo. Essa falta de autonomia ficou mais evidente em relação às divergências com o Governo quanto à eficácia e extensão do uso do medicamento cloroquina para o tratamento da covid-19”, declarou Teich, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à gestão da crise sanitária no Brasil, citado pela Folha de São Paulo.

“Enquanto a minha convicção pessoal, baseada em estudos, era de que naquele momento não existia evidência da sua eficácia para liberar, existia um entendimento diferente por parte do Presidente, que era amparado na opinião de outros profissionais, até do Conselho Federal de Medicina, que naquele momento autorizou a extensão do uso”, acrescentou.

O ex-ministro da Saúde brasileiro disse ainda que a gota de água foram as declarações de Bolsonaro, quando disse seria o seu papel decidir “essa questão da cloroquina”.

“Está tudo bem com o ministro da Saúde [Nelson Teich], sem problema nenhum, acredito no trabalho dele. Mas essa questão da cloroquina vamos resolver. Não pode o protocolo dizer que só pode usar em caso grave… Não pode mudar o protocolo agora? Pode mudar e vai mudar”, anunciou o Presidente, em meados de maio de 2020.

“À noite, houve um live [vídeo], onde ele [Bolsonaro] coloca que espera que, no dia seguinte, vá acontecer isto, que vai ter uma expansão do uso [de cloroquina]. E aí, no dia seguinte, eu peço a minha exoneração”, confirmou Teich.

China acusa Bolsonaro de “politizar” coronavírus

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China rejeitou esta quinta-feira as insinuações levantadas pelo Presidente do Brasil sobre a origem do novo coronavírus que provoca a covid-19.

Numa conferência de imprensa, o porta-voz do ministério, Wang Wenbin, garantiu que a China se opõe “firmemente a qualquer tentativa politizar e criar estigmas” em torno do SARS-CoV-2.

Numa cerimónia pública na quarta-feira, em Brasília, Jair Bolsonaro tinha questionado a origem do coronavírus SARS-CoV-2.

“É um vírus novo. Não se sabe se nasceu em laboratório ou se foi de um homem que comeu um animal. Sabemos que há guerras bacteriológicas”, declarou Bolsonaro.

A única guerra que está a ser travada, respondeu Wang Wenbin, é contra o novo coronavírus, que “é um inimigo comum da humanidade”.

O diplomata chinês apelou a todos os países do mundo que “unam esforços (…) para uma vitória rápida e completa sob a pandemia”.

Jair Bolsonaro tinha ainda destacado, numa alusão direta à China, que se deve recordar “qual é o país cujo PIB [Produto Interno Bruto] mais cresceu com a pandemia”.

A economia da China cresceu 18,3 por cento, no primeiro trimestre deste ano, em relação ao período homólogo de 2020, quando a atividade económica no país asiático paralisou, devido às medidas de prevenção contra a covid-19.

A China obteve um crescimento anual de 2,3 por cento no ano passado, tornando-se a única grande economia a crescer em 2020. Só Taiwan teve um desempenho económico melhor, com o PIB a crescer 3,1 por cento.

Poucas horas depois dos comentários iniciais, Jair Bolsonaro sublinhou que não tinha dito “a palavra China”. “Agora, vocês da imprensa não falam onde nasceu o vírus. Falem. Ou estão temendo alguma coisa”, disse o Presidente brasileiro aos jornalistas.

Já o presidente do centro brasileiro de investigação médica Instituto Butantan, Dimas Covas, reiterou que o SARS-CoV-2 não foi produzido na China e não faz parte de uma guerra biológica.

“A Organização Mundial da Saúde fez uma auditoria em Wuhan e deixou claras as condições de surgimento deste vírus. (…) A China fez o que o Brasil não fez, conseguiu controlar a epidemia”, acrescentou Dimas Covas.

Segundo um comunicado, o investigador falava durante a entrega de um milhão de doses da vacina contra a covid-19 CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e a mais utilizada no Brasil.

Dimas Covas admitiu atrasos na entrega de um lote de seis mil litros de ingrediente farmacêutico ativo, vindo da China, que permitiria produzir entre seis e oito milhões de doses da CoronaVac.

O lote terá afinal apenas dois mil litros e deverá chegar ao Brasil apenas a 13 de Maio.

O Brasil, um dos países mais afetados pela pandemia, totaliza 411.588 óbitos e mais de 14,8 milhões de infeções.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.244.598 mortos no mundo, resultantes de mais de 155,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.988 pessoas dos 838.475 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-reinfecao-china-politizar-400698

 

China suspende “diálogo económico” com a Austrália e denuncia “mentalidade de Guerra Fria” !

Esta quinta-feira, o Governo chinês anunciou a suspensão “por tempo indefinido” de todas as atividades realizadas no âmbito da iniciativa “Diálogo Económico Estratégico China-Austrália”.


As relações entra a China e o ocidente estão cada vez mais tensas. O jornal Público escreve que a China criticou ainda os países do G7 por declararem apoio a Taiwan, envolvido numa disputa de soberania entre Pequim e Taipé.

A decisão da China surge pouco tempo depois de o Governo federal australiano ter usado o seu poder de veto para travar dois acordos assinados entre Pequim e o executivo do estado de Victoria, alegando incompatibilidades com o “interesse nacional”.

“Alguns responsáveis do Governo da Austrália lançaram, recentemente, uma série de medidas para desestabilizar os intercâmbios e a cooperação normais entre a China e a Austrália, com mentalidade de Guerra Fria e descriminação ideológica”, denunciou a Comissão Nacional para o Desenvolvimento e Reformas, citada pela Reuters.

O diretor do Australia-China Relations Institute da Universidade de Tecnologia de Sidney, James Laurenceson, considera que isto se trata de uma retaliação chinesa.

“É evidente que este desenvolvimento não é positivo. Já existia uma suspensão do diálogo entre líderes, do diálogo a nível ministerial e agora a nível burocrático”, disse Laurenceson ao South China Morning Post.

No passado, a proibição de acesso da Huawei à rede 5G australiana e o apela a uma investigação às origens do surgimento do novo coronavírus em Wuhan — sugerindo que a China encobriu o verdadeiro perigo da doença — contribuíram para a deterioração das relações diplomáticas dos dois países. Como consequência, Pequim impôs sanções económicas a Camberra.

As potências do G7 apelaram esta quarta-feira à China para respeitar os direitos humanos e liberdades fundamentais em Xinjiang e Hong Kong.

Os chefes da diplomacia, e ainda a União Europeia (UE), referiam desejar que o país asiático participe “de forma construtiva” na cena internacional “enquanto grande potência e economia, com uma avançada capacidade tecnológica”.

Para mais, foi ainda explícito o seu apoio à participação de Taiwan nos fóruns da Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar da oposição da China, sublinhando que este organismo internacional deverá manter um “papel central” nas medidas de segurança sanitárias globais.

O Governo chinês não ficou nada satisfeito com o comunicado e fala em “interferência grosseira”.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, disse que a posição do G7 sobre Taiwan é uma “interferência grosseira” nos seus “assuntos internos”.

“As acusações sem provas dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 contra a China são políticas de fação que procuram fazer marcha atrás na roda da História”, atirou Wang.

https://zap.aeiou.pt/china-suspende-dialogo-australia-400743

 

No primeiro complô da CIA contra os Castro, Fidel não era o alvo !

A CIA tentou por várias vezes matar Fidel Castro. No entanto, no primeiro complô americano contra a família Castro, Raúl, irmão de Fidel, era o alvo.


Fidel Castro foi um político e revolucionário cubano que governou o país como primeiro-ministro, de 1959 a 1976, e depois se tornou presidente, de 1976 a 2008. Apesar das inúmeras tentativas da CIA para o matar, Fidel acabaria por morrer de causas naturais em 2016, com 90 anos de idade.

A verdade é que novas evidências mostram que o primeiro plano da agência de inteligência do governo dos Estados Unidos não tinha como alvo Fidel, mas sim o seu irmão, Raúl Castro. O assassinato estava planeado para julho de 1960, apenas um ano e meio depois de os Castros chegarem ao poder, escreve a NPR.

No centro do plano estava José Raúl Martínez, piloto da Cubana de Aviación, uma companhia aérea cubana. Martínez estava a trabalhar secretamente para a CIA e era a peça ideal para o plano, já que tinha sido escolhido para pilotar um voo fretado para transportar Raúl Castro, que estava de visita a Praga.

Segundo documentos da CIA, disponíveis publicamente, a “possível remoção” dos três principais líderes cubanos — Fidel Castro, Raúl Castro e Che Guevara — era vista com bons olhos.

No entanto, confrontada com a possibilidade de matar Raúl Castro, a CIA não hesitou e deu a ordem para o piloto organizar “um acidente”. Em troca, ofereceu 10 mil dólares, pagos após a conclusão do serviço.

“Foi um complô de oportunismo que caiu no colo da CIA”, disse Peter Kornbluh, que dirige o Projeto de Documentação de Cuba na NSA, a agência de segurança dos Estados Unidos.

Kornbluh descobriu os detalhes da história em documentos governamentais, desclassificados no mês passado, e publicou-os no site do arquivo, escreve a NPR.

Martínez sugeriu despenhar a aeronave no oceano Atlântico, um ato que seria suicida. “Ele disse: ‘Se eu morrer, vai garantir que os meus dois filhos têm os seus estudos universitários pagos?’“, contou Kornbluh. A CIA aceitou a proposta.

Com Martínez já no ar, a CIA recuou e mandou cancelar o assassinato. O problema é que já era tarde demais: já não havia maneira de contactar o piloto.

Felizmente, o ataque acabou por não avançar. Mais tarde, após aterrar, Martínez explicou que não teve oportunidade de organizar “um acidente”. Alguns meses depois, Martínez desertou para os Estados Unidos.

Kornbluh não sabe ao certo, mas suspeita que Raúl Castro nunca tenha ouvido os detalhes do plano do avião até hoje.

“Imagino que Raúl Castro esteja a ler estas histórias e a ver estes documentos pela primeira vez e a maravilhar-se com o que a CIA tentou fazer”, disse Kornbluh à NPR.

https://zap.aeiou.pt/cia-fidel-nao-era-o-alvo-400586

 

Merkel opõe-se a proposta dos EUA de levantar patentes de vacinas !

O Governo alemão mostrou oposição à proposta dos EUA para o levantamento de patentes de vacinas contra a covid-19, descolando da posição de vários países e da própria União Europeia (UE).


“A proteção à propriedade intelectual é a fonte de inovação e deve continuar a sê-lo no futuro”, disse esta quinta-feira o Governo alemão, num comunicado, reagindo ao anúncio dos Estados Unidos.

A posição alemã esbarra contra várias posições que se mostraram abertas para discutir a proposta de Washington, que propôs o levantamento de patentes de vacinas contra a covid-19 e anunciou que estava a negociar “ativamente” nesse sentido com a Organização Mundial do Comércio.

“A proposta dos EUA de suspender as patentes das vacinas Covid-19 tem implicações para toda a produção de vacinas”, explicou o Governo alemão no comunicado, alegando que “o que tem limitado a fabricação de vacinas são as capacidades físicas de produção, não as patentes”.

Esta manhã, o Governo de coligação alemão, liderado por Angela Merkel, parecia dividido sobre esta matéria, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Heiko Maas, a admitir negociar a proposta norte-americana, alinhado com a posição da UE.

Mas, à tarde, o comunicado do Governo rejeitou essa possibilidade, descolando da posição da própria UE.

A UE diz estar “pronta para discutir” a proposta dos Estados Unidos, lembrando que a comunidade europeia é por enquanto “o principal exportador de vacinas do mundo”, pedindo a outros países produtores para suspenderem as suas restrições às exportações.

Um levantamento temporário de patentes é particularmente exigido pela Índia e África do Sul para poder acelerar a produção, mas alguns países, incluindo a França, opõem-se veementemente.

Inicialmente, a UE não se manifestou a favor, argumentando que esta solução demoraria, devido à falta de meios de produção imediatamente mobilizáveis, mas posteriormente abriu a porta à negociação desta matéria.

O Governo dos Estados Unidos (EUA) apoiou na quarta-feira os esforços para renunciar às proteções de propriedade intelectual das vacinas contra a covid-19, num esforço para acelerar o fim da pandemia.

A posição foi anunciada em comunicado, enquanto decorrem negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre a flexibilização das regras de comércio global, para permitir que mais países produzam vacinas contra a covid-19.

Já hoje, a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, saudou a proposta do Governo norte-americano, dizendo que o próximo passo é ter um texto para se chegar a um acordo.

“Peço que coloquem esse texto o mais depressa possível na mesa de negociações”, disse a diretora-geral da OMC.

O Conselho Geral da OMC, composto por embaixadores, está a analisar a questão central de uma dispensa temporária de proteções de propriedade intelectual sobre as vacinas contra a covid-19, que a África do Sul e a Índia propuseram pela primeira vez em outubro.

A ideia ganhou apoio no mundo em desenvolvimento e entre alguns legisladores progressistas do Ocidente.

Mais de 100 países manifestaram o seu apoio à proposta e um grupo de 110 membros do Congresso norte-americano – todos democratas – enviou uma carta ao Presidente Joe Biden, no mês passado, pedindo que apoiasse a renúncia.

https://zap.aeiou.pt/merkel-opoe-se-patentes-vacinas-400659

 

Donald Trump tem um novo site onde vai poder falar “livremente” !

Depois de ter sido banido do Twitter e do Facebook, Donald Trump tem um novo site onde pode partilhar as suas opiniões. “É um farol de liberdade” num “tempo de silêncio e mentiras”.


Donald Trump, ex-Presidente dos EUA, tem um novo site onde vai partilhar as suas opiniões, após ter sido banido do Twitter e do Facebook.

Também é possível doar para o movimento “Fazer a América Grande Outra Vez”.

Num tempo de silêncio e mentiras, um farol de liberdade surge. Um sítio para falar livre e seguramente. Diretamente da secretária de Donald J. Trump”, lê-se na legenda num vídeo de inauguração do site.

Com um logótipo com a mensagem “Salvar a América” no canto superior esquerdo, o site permite que os utilizadores possam criar uma conta e colocar like nos posts do ex-Presidente e também partilhá-los em outras redes sociais.

O ex-conselheiro político de Trump, Jason Miller, anunciou na sua conta pessoal do Twitter que o “site era um recurso excelente para encontrar os últimos comunicados e destaques no seu primeiro mandato”, ainda que tenha garantido que não era uma “nova plataforma de redes sociais”. “Teremos informações adicionais num futuro próximo”, garantiu.

Como recorda o Observador, Trump acabou por ser banido para sempre no Twitter (após o incentivo à insurreição nos ataques ao Capitólio) e estará bloqueado pelo menos durante mais seis meses no Facebook no e Instragram.

Em causa, esteve o facto de “o presidente Trump pretender usar o seu tempo restante no cargo para minar a transição pacífica e legal do poder para seu sucessor eleito, Joe Biden”, justificou Mark Zuckerberg.

https://zap.aeiou.pt/donald-trump-tem-novo-site-400620

 

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...