segunda-feira, 10 de maio de 2021

A piscina infinita mais alta do mundo fica no Dubai !


Haverá poucas coisas tão libertadoras como dar um mergulho numa piscina infinita com vista para o oceano. Agora, quem visitar o Dubai poderá fazê-lo numa piscina a quase 300 metros acima do nível do mar.

Segundo conta a cadeia televisiva CNN, o rooftop do recentemente inaugurado Address Beach Resort tem aquela que é a “piscina infinita mais alta do mundo dentro de um edifício”.

Fica a uns vertiginosos 293,906 metros de altura, quase o tamanho da famosa Torre Eiffel, e tem 94,84 metros de comprimento por 16,5 metros de largura, quase o dobro do tamanho de uma piscina olímpica.

Neste momento, a piscina só esta aberta para hóspedes, que têm de ter pelo menos 21 anos para usufruir dela e poder desfrutar das vistas panorâmicas da nova roda gigante Ain Dubai (que também é a mais alta do mundo) e da Praia de Jumeirah.

No entanto, conta a estação norte-americana, também é possível ter uma experiência semelhante fazendo reserva de uma mesa no restaurante adjacente, o Asian Fusion. Tanto um como outro estão situados no 77.º andar e por isso é que o rooftop se chama Zeta Seventy Seven.

E, apesar de parecer impressionante, este nem sequer é o único recorde mundial do Guinness detido pela unidade hoteleira. O Address Beach Resort, juntamente com o Address Beach Residences, está alojado num conjunto de duas torres ligadas entre si na base e no topo. Esta parte superior, que tem vários apartamentos de luxo, está a 294,36 metros de altura.

“Mantemo-nos fiéis ao nosso testamento de desenvolver projetos de referência, estamos orgulhosos de quebrar dois títulos do Guinness World Record. Este empreendimento estabeleceu novos padrões no estilo de vida de luxo e hospitalidade”, afirmou Federico Rota, vice-CEO da Al Ain Holding.

https://zap.aeiou.pt/piscina-infinita-mais-alta-mundo-dubai-400574

 

UE não renova encomenda de vacinas à AstraZeneca !

A União Europeia (UE) não renovou, por enquanto, o contrato com a AstraZeneca para fornecimento de vacinas contra a covid-19 depois de junho, indicou o comissário europeu do mercado interno, após ter sido anunciado novo contrato com a Pfizer.


“Não renovámos o contrato [com a AstraZeneca] para depois do mês de junho. Estamos a ver, veremos o que acontece”, afirmou o comissário Thierry Breton, em declarações à France Inter/France Info.

No sábado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou um novo contrato para comprar até 1,8 mil milhões de doses de vacinas contra a covid-19 com a BioNTech-Pfizer, até 2023.

“A Comissão acaba de aprovar um contrato para 900 milhões de doses, mais 900 milhões opcionais, com a BioNTech e a Pfizer”, anunciou Von der Leyen, acrescentando que “outros contratos e outras tecnologias de vacinas virão”.

O contrato com os laboratórios alemão e norte-americano, aliados na produção de vacinas contra a covid-19, prevê entregas a partir deste ano e até 2023.

A vacina da AstraZeneca tem registado atrasos na entrega, o que levou a União Europeia (UE) a apresentar uma ação judicial contra o laboratório. Alguns casos de coágulos sanguíneos também levaram a restrições no uso desta vacina.

Um porta-voz da Comissão Europeia afirmou, no final de abril, que a ação judicial foi interposta porque “alguns dos termos” do contrato negociado entre a AstraZeneca e a Comissão Europeia “não foram respeitados”, não tendo a farmacêutica apresentado uma “estratégia credível para assegurar a entrega atempada de doses”.

Países africanos defendem produção local de vacinas

O Ruanda, a África do Sul e o Senegal estão entre os países da África subsaariana que mais têm defendido a construção de fábricas de vacinas e medicamentos para evitar as atuais dificuldades de distribuição.

“A única maneira de garantir uma distribuição equitativa de vacinas é produzir mais do que as que são necessárias; enquanto África estiver dependente de outras regiões para ter acesso a vacinas, vamos estar sempre no fim da fila de cada vez que há escassez”, disse o Presidente do Ruanda, Paul Kagame, citado pela agência de informação financeira Bloomberg.

Enquanto as nações mais desenvolvidas estão bastante avançadas no processo de distribuição de vacinas, a maioria dos países africanos estão praticamente sem stock e conseguiram apenas dar o equivalente a 2% das vacinas a nível mundial, segundo os dados do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças.

No continente, há menos de dez produtores de vacinas, em países como o Egito, Marrocos, Tunísia, Senegal e África do Sul, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), e na maior parte destas fábricas o trabalho é empacotar e etiquetar, e não propriamente fabricar as vacinas, o que faz com que o continente esteja mal preparado para fazer e administrar vacinas em tempos de crise.

A suspensão das patentes relativas às vacinas para a covid-19 já vinha a ser defendida há várias semanas por alguns países, mas conheceu um importante desenvolvimento na semana passada, quando os Estados Unidos mudaram de posição e começaram a defender junto da OMS a suspensão desta exclusividade de venda que serve para compensar os custo de investigação.

Quase uma centena de países, liderados pela Índia e pela África do Sul, pediram a suspensão das patentes e a partilha dos procedimentos de criação da vacina, mas outros países e as farmacêuticas opuseram-se.

A campanha “é compreensível tendo em conta a experiência passada e presente de esperar na fila para receber medicamentos e vacinas que salvam vidas”, disse a diretora-geral da OMC, a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, acrescentando que os membros da Organização “devem aumentar a produção das vacinas agora e também procurar resultados pragmáticos” sobre a proteção dos direitos de propriedade intelectual.

Para o presidente da Iniciativa Africa de Produção de Vacinas, “a pandemia de covid-19 é uma grande oportunidade para fomentar as várias conversas e propostas sobre a produção de vacinas e transformá-las num guia de ação”. Segundo William Ampofo, o aumento da produção de vacinas em África vai facilitar a imunização das doenças infantis e controlar os surtos de doenças altamente infecciosas”.

https://zap.aeiou.pt/ue-nao-renova-encomenda-de-vacinas-a-astrazeneca-por-enquanto-401150

 

domingo, 9 de maio de 2021

Em 1925, “O Isolador” prometia bloquear qualquer tipo de distração !


Procrastinar foi, é e sempre será um passatempo irresistível. Por isso, nos anos 20, houve quem apresentasse uma solução radical para evitar este problema: “O Isolador”.

De acordo com o site IFLScience, o chamado “Isolador” foi apresentado, em julho de 1925, na revista Science and Invention. O seu principal intuito era acabar com qualquer possível distração.

“O primeiro capacete construído, tal como mostra a ilustração, é feito de madeira, forrado por dentro e por fora com cortiça e, por fim, é ainda forrado com feltro”, podia ler-se no artigo.

“Foram inseridos três pedaços de vidro para a zona dos olhos. Em frente à boca fica um defletor, que permite respirar, mas que, ao mesmo tempo, impede a entrada de som”, contavam os seus inventores, acrescentando que a primeira construção “foi bem-sucedida” e, embora não tenha bloqueado todos os ruídos, “atingiu uma eficiência de cerca de 75%”.

Para aumentar a sua capacidade de bloqueio de ruído, foi incluído depois um espaço de ar no interior do capacete, que supostamente bloqueava cerca de 90% a 95% dos sons.

No entanto, quando um certo voluntário trabalhou mais de 15 minutos com o “Isolador” posto na cabeça, revelou ter ficado bastante sonolento. Como não era esse o objetivo, os inventores introduziram um pequeno tanque de oxigénio preso ao capacete, o que faria “aumentar a respiração e ‘animar’ o utilizador de forma considerável”.

Segundo o mesmo site, apesar das boas intenções desta equipa, a verdade é que manter um fluxo de ar de boa qualidade é um pouco mais complexo do que esta solução. Muito oxigénio pode tornar-se tóxico, mas sem um fluxo de gás suficiente e um escape adequado, o dióxido de carbono acumulado é uma complicação muito mais provável e séria.

“Há toda uma parte da ciência da anestesia dedicada a este tema, chamada ‘Mapleson Breathing Systems’. Precisamos de um fluxo de oxigénio suficiente no sistema entre cada respiração para purgar o CO2 do sistema. Caso contrário, vamos inalar não só o oxigénio fresco como também o CO2 expelido na próxima respiração. Isso significa que o CO2 se acumularia na corrente sanguínea, tornando-se rapidamente fatal“, explicou ao IFLScience Daniel Funnell, anestesista no Hospital Medway, no Reino Unido.

“Provavelmente seria preciso ter um novo cilindro de oxigénio a cada meia hora, o que seria uma forma bastante cara só para evitar sermos distraídos. (…) Teria sido melhor fazer um buraco”, acrescentou.

https://zap.aeiou.pt/em-1925-inventdado-isolador-distracao-400253

 

Roma já tem uma máquina de venda automática de pizza !

A capital italiana tem agora uma máquina de venda automática que faz pizzas em apenas três minutos. Os preços variam de 4,50 aos seis euros (e as opiniões sobre esta ideia também).


Raffaele Esposito, o napolitano do século XIX conhecido por ter inventado o tipo de pizza mais famoso de Itália, está provavelmente a dar voltas no caixão. Isto porque, conta a cadeia televisiva CNN, Roma tem agora uma máquina de venda automática que faz pizzas em apenas três minutos.

As pessoas que decidirem usar esta máquina, da marca Mr. Go Pizza, podem escolher entre quatro tipos de pizza, com preços que vão dos 4,50 aos seis euros, e ver a sua refeição a ser cozinhada através de uma pequena janela de vidro.

De acordo com a cadeia norte-americana, como em tudo na vida, as opiniões sobre esta máquina variaram muito. Houve quem dissesse que a pizza era “aceitável para quem está com pressa” e quem a achasse um “horror absoluto”.

“À primeira vista parece boa, mas é muito mais pequena do que as que se fazem nos restaurantes e tem muito menos recheio (toppings)”, disse Claudio Zampiga, reformado que vive na capital italiana.

“Está ok, mas não é pizza”, considerou, por sua vez, Fabrizia Pugliese, napolitana que está a estudar em Roma, acrescentando que se parece mais com uma piadina, uma espécie de wrap muito popular no norte do país.

“Terrível. A pizza é uma coisa que tem de ser comida quente, logo no momento. Isto não funciona para mim”, disse também Gina, outra reformada romana.

Para os italianos, a pizza é, como sabemos, um assunto sério. A história conta que Esposito criou a clássica Margherita, a 11 de junho de 1889, para homenagear a rainha-consorte Margarida de Saboia, durante a sua visita a Nápoles com o rei Humberto I.

O napolitano usou tomate, mozzarella e folhas de manjericão para representar as cores da bandeira de uma Itália recentemente unificada: vermelho, branco e verde.

https://zap.aeiou.pt/roma-ja-tem-uma-maquina-de-venda-automatica-de-pizza-400904

 

Foguetão chinês regressou à Terra e a maior parte desintegrou-se

Um importante segmento do foguetão chinês desintegrou-se este domingo ao reentrar na atmosfera terrestre e caiu no oceano Índico, perto das Maldivas, anunciou a agência espacial da China.


“De acordo com o percurso e análise, pelas 10h24 (03h34 em Lisboa) de 9 de maio de 2021, o primeiro andar do foguetão Long March 5B reentrou na atmosfera”, declarou o Gabinete de Engenharia Espacial Tripulada chinês, em comunicado.

As coordenadas fornecidas pelas autoridades chinesas apontam para um local próximo das ilhas Maldivas, no oceano Índico, a sul da Índia.

O tamanho do objeto, de cerca de 30 metros e entre 17 e 21 toneladas, e a velocidade a que viajava, perto de 28 mil quilómetros por hora, levaram à ativação das mais importantes agências de monitorização espacial do mundo, como o Pentágono ou o Serviço de Vigilância e Acompanhamento Espacial da UE (EUSST).

Na sexta-feira, Pequim tinha classificado como “extremamente fraco” o risco de danos na superfície terrestre devido à entrada descontrolada na atmosfera do foguetão.

Na semana passada, a China lançou, recorrendo ao foguetão Long March 5B, o módulo Tianhe, ou Harmonia Celestial, para a primeira estação espacial permanente, que visa hospedar astronautas a longo prazo.

“A probabilidade de causar danos às atividades aéreas ou no solo é extremamente fraca”, disse à imprensa um porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin.

“Devido à composição técnica deste foguete, a maioria dos componentes será incinerado e destruído ao entrarem na atmosfera”, acrescentou.

O lançamento da semana passada foi o primeiro de 11 missões necessárias para construir e abastecer a futura estação espacial chinesa e enviar uma tripulação de três pessoas até ao final do próximo ano.

Pelo menos 12 astronautas estão a treinar para viver na estação, incluindo veteranos de missões anteriores. A primeira missão tripulada, a Shenzhou-12, está prevista para junho.

Quando concluída, no final de 2022, a Estação Espacial Chinesa deverá pesar cerca de 66 toneladas, consideravelmente menor do que a Estação Espacial Internacional, que pesará cerca de 450 toneladas e para a qual o primeiro módulo foi lançado em 1998.

https://zap.aeiou.pt/foguetao-chines-regressou-desintegrou-se-401119

 

Países usaram modelo do queijo suíço para conter a covid-19 - Na Índia, alguns “buracos” eram demasiado grandes !

A grande maioria dos países adotou a estratégia do queijo suíço para responder à pandemia. Na Índia, os “buracos” eram demasiado grandes em três das camadas mais importantes.


Para responder à crise sanitária desencadeada pela covid-19, a maioria dos países usou o modelo do queijo suíço: cada medida preventiva é representada por uma fatia de queijo, sendo que nenhuma fatia, por si só, pode impedir a propagação do vírus, uma vez que tem orifícios (falhas).

Por outro lado, muitas fatias empilhadas conseguem colocar um travão no contágio. Acontece que, na Índia, alguns dos buracos eram demasiado grandes em três das camadas mais importantes.

Ankur Mutreja, da Universidade de Cambridge, escreveu um artigo no The Conversation no qual explica que a primeira camada é representada pelo distanciamento físico.

Esta exigência é particularmente difícil no país, uma vez que as cidades indianas são densamente povoadas e cada vez mais populosas, devido à chegada diária de milhões de trabalhadores migrantes.

A segunda camada baseia-se no uso adequado de máscaras e saneamento aprimorado. Na Índia, as baixas taxas de alfabetização, a conformidade social irregular e o clima extremamente quente – que, em certas partes do país, pode chegar aos 50 ℃ – não ajudam.

A última camada é a vacinação em massa da população. As altas taxas de hesitação e, mais recentemente, a falta de vacinas são as culpadas pelo fracasso desta medida.

Até ao momento, a Índia vacinou parcial ou totalmente apenas 12% da sua população. Apesar disso, os representantes políticos sabiam que o desafio de vacinar a grande maioria das pessoas num país tão grande, populoso e demograficamente complexo seria difícil.

Modelo do queijo suíço

Durante a primeira vaga, as medidas restritivas na Índia foram umas das mais rígidas do mundo. O estigma de morrer de uma nova doença desconhecida encorajou as pessoas a usarem máscaras, pelo que duas das três camadas primárias de proteção funcionaram relativamente bem num primeiro momento.

No entanto, na segunda onda, a falha prolongada de todas as três camadas básicas foi um duro golpe no cenário de doenças infecciosas do país e no sistema de saúde debilitado.

A crise sanitária na Índia é o espelho de uma situação de saúde pública fora do controlo e de várias falhas na infraestrutura de saúde, que podem provocar uma taxa de mortalidade muito mais alta do que seria de esperar.

O investigador da universidade britânica afirma que a Índia pode ser o exemplo de uma importante lição para todos os países: os sistemas de saúde devem estar preparados, prontos para um aumento potencial de novas infeções, até que estejamos todos imunizados.

https://zap.aeiou.pt/modelo-do-queijo-suico-india-400221

 

Primeira-ministra da Escócia declara que “haverá maioria pró-independência” no parlamento !

A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, declarou hoje vitória nas eleições regionais, afirmando que “haverá uma maioria pró-independência” no parlamento escocês.


Com as projeções a indicarem que o Partido Nacional Escocês (SNP), que lidera, foi o mais votado nas eleições, embora abaixo da maioria absoluta, Nicola Surgeon sublinhou que “a Escócia tem direito de decidir sobre o seu futuro quando a crise da covid-19 passar”.

Não há dúvida de que haverá uma maioria pró-independência no parlamento escocês”, disse Sturgeon, referindo-se ao SNP e a Os Verdes, que também apoiam um referendo à autodeterminação.

No discurso, Nicola Surgeon advertiu ainda o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, de que “não há qualquer justificação democrática” que demova os escoceses de escolherem o seu futuro.

A primeira-ministra escocesa respondia assim a Boris Johnson, que recusou hoje qualquer possibilidade de realizar um novo referendo de independência na Escócia, mesmo que em caso de maioria absoluta do SNP no parlamento regional.

“Acho que um referendo no contexto atual é irresponsável e temerário”, disse o primeiro-ministro britânico em entrevista ao jornal The Telegraph, quando questionado sobre se aceitaria uma nova consulta depois da realizada em 2014, na qual os escoceses votaram pela permanência no Reino Unido.

As eleições regionais na Escócia decorreram na quinta-feira, para a escolha de 129 deputados da Assembleia regional autónoma, e a contagem dos votos não está ainda fechada.

https://zap.aeiou.pt/primeira-ministra-da-escocia-declara-que-havera-maioria-pro-independencia-no-parlamento-401105

 

Vacinação no bom caminho com 25% da população da UE vacinada !

A Comissão Europeia anunciou este sábado que 200 milhões de doses de vacinas anticovid-19 chegaram já à União Europeia (UE) e 160 milhões de europeus já receberem a primeira dose, levando a que a vacinação esteja “no bom caminho”.

Costa, Von der Leyen na Cimeira Social no Porto

“Atualizei os líderes sobre os bons progressos que temos com a nossa campanha de vacinação. Já entregámos mais de 200 milhões de doses ao povo europeu e, por isso, estamos no bom caminho para atingir o nosso objetivo de entregar doses suficientes até julho para vacinar 70% da população adulta europeia”, divulgou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Falando aos jornalistas no final de um Conselho Europeu informal, no Palácio de Cristal do Porto, a líder do executivo comunitário assinalou que “a administração de vacinas é ainda melhor”, sendo que “os números são próximos dos 160 milhões de europeus que já receberam uma primeira dose, o que corresponde a mais de 25% da população da UE”.

“Esta é uma boa notícia e vamos continuar assim”, garantiu Ursula von der Leyen.

Ainda esta manhã, a Comissão Europeia anunciou um novo contrato de aquisição de 1,8 mil milhões de vacinas da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 para 2022 e 2023 e, sobre esta questão, a responsável disse ter ficado “satisfeita pela conclusão das negociações”.

Isto porque este novo contrato irá permitir abranger crianças e adolescentes que, “mais cedo ou mais tarde”, terão de ser vacinados, irá garantir reforço da vacinação além das duas doses e ainda responder às “chamadas variantes de preocupação”, elencou Ursula von der Leyen.

“O caminho para ultrapassar a pandemia é através da campanha de vacinação, mas é claro que não podemos baixar a guarda e temos de nos preparar para o futuro”, acrescentou a líder do executivo comunitário, anunciando também novos contratos semelhantes para aquisição de compras “baseadas em outras tecnologias como as baseadas em proteína [spike]”.

Já abordando a discussão em curso sobre a criação do certificado verde digital, Ursula von der Leyen classificou este como “um tópico que foi importante [porque], naturalmente, todos estão a pensar na estação do verão”.

“É importante para que as pessoas planeiem com antecedência as férias e é igualmente importante para os trabalhadores do turismo, da hotelaria ou do setor dos transportes que esperam estar de novo no ativo e para as empresas, claro, desses setores que esperam começar a recuperar”, assinalou Ursula von der Leyen.

Para tal, além do “parâmetro-chave que é a vacinação”, também “devemos permitir viajar dentro e para a União Europeia”, insistiu a líder do executivo comunitário, revelando que “o trabalho jurídico e técnico sobre o certificado está no bom caminho para que o sistema esteja operacional” em junho.

Isto porque, “graças ao excelente trabalho da presidência portuguesa do Conselho e devido à rapidez dos parlamentos em chegar a uma posição, podemos realisticamente visar um acordo político até ao final deste mês”, adiantou.

Em causa está a proposta legislativa apresentada pelo executivo comunitário em meados de março para a criação de um certificado digital para comprovar a vacinação, testagem ou recuperação da covid-19, um documento bilingue e com um código QR que deve entrar em vigor até junho para permitir a retoma da livre circulação na UE no verão.

Em meados de abril, os Estados-membros da UE aprovaram um mandato para a presidência portuguesa do Conselho negociar com o Parlamento Europeu a proposta de implementação deste certificado verde digital.

No final de abril, foi a vez de a assembleia europeia adotar a sua posição negocial, passo após o qual arrancaram as negociações interinstitucionais.

Europa focada em “questões mais urgentes” do que direitos de vacinas

A presidente da Comissão Europeia defendeu também que a União Europeia (UE) se deve focar em “questões mais urgentes” do que o debate sobre os direitos intelectuais das vacinas anticovid-19, como a exportação para países de baixo rendimento.

“Penso que é muito importante e deveríamos estar abertos a esta discussão […] e ter um olhar atento sobre o papel do licenciamento. É importante que estes sejam tópicos a discutir, mas devemos estar cientes de que estes são tópicos a longo prazo, não a curto ou médio prazo”, disse Ursula von der Leyen, em declarações aos jornalistas após o final do Conselho Europeu informal.

Falando sobre uma eventual suspensão das patentes de vacinas contra a covid-19, a líder do executivo comunitário vincou que a UE não deve “perder de vista as principais urgências”, que são “produção de vacinas o mais rapidamente possível e a salvaguarda de que estas são distribuídas de forma justa e equitativa”.

Vincando que existem “tópicos que devem ser abordados” antes, Ursula von der Leyen assinalou que “a União Europeia é a farmácia do mundo, tendo já exportado 200 milhões de doses de vacinas, metade das doses produzidas, para 90 países diferentes no mundo de baixo rendimento.

“Convidamos outros a fazer o mesmo [porque] esta é a melhor maneira de, a curto prazo, abordar os estrangulamentos e a falta de vacinas em todo o mundo”, vincou a responsável.

Na quarta-feira passada, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que apoiava a suspensão das patentes das vacinas contra a covid-19, uma proposta que tinha sido inicialmente avançada pela Índia e pela África do Sul na Organização Mundial do Comércio.

A chanceler alemã, Angela Merkel, reiterou este sábado a oposição ao levantamento das patentes das vacinas contra a covid-19 e pediu aos Estados Unidos que abram o “mercado” para permitir as exportações.

“Desejo que agora que grande parte da população norte-americana já foi vacinada, possamos ter uma livre troca de componentes e também uma abertura do mercado de vacinas”, disse a chanceler, numa conferência coletiva, destacando que a União Europeia exporta “uma grande parte” da sua produção de vacinas.

“A União Europeia sempre exportou grande parte da sua produção para o mundo e, por isso, tal também deve tornar-se a regra, por assim dizer”, argumentou Merkel, citada pela agência France-Presse.

Para a chanceler alemã, a questão principal é “levar o mais rápido possível o maior número possível de vacinas ao maior número de pessoas no mundo” e, para isso, “é preciso conceder licenças”, tal como “está a acontecer em grande escala.”

Ao mesmo tempo, frisou, é “muito importante que os detentores de patentes também monitorizem a qualidade da produção”.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, também pediu este sábado aos “anglo-saxões” que parem de “bloquear” as exportações.

Macron sublinhou que de 110 milhões de doses produzidas na Europa, a UE exportou 45 milhões e guardou 65 milhões e lamentou que “100% das vacinas produzidas nos Estados Unidos da América vão para o mercado norte-americano”.

A chanceler alemã também reiterou a sua oposição ao levantamento das patentes de vacinas, proposto pelo governo dos EUA, liderado por Joe Biden.

“Esclareço mais uma vez que não acredito que o levantamento de patentes seja a solução para disponibilizar vacinas a mais pessoas”, disse Merkel, explicando acreditar que “a criatividade e a inovação empresarial são necessárias” e isso, sustentou, “inclui as patentes”.

O Papa Francisco apoiou também este sábado a proposta de suspender as patentes de vacinas contra a covid-19, a fim de acelerar a distribuição de vacinas aos países pobres.

Ainda que políticos europeus como Ursula von der Leyen ou o Presidente francês, Emmanuel Macron, se tenham mostrado disponíveis para debater a proposta, outros já se opuseram à discussão sobre as patentes.

Com o objetivo de harmonizar as posições, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou que o tema seria debatido hoje pelos chefes de Estado e de Governo da UE na Cimeira do Porto, organizada pela presidência portuguesa da UE.

https://zap.aeiou.pt/vacinacao-bom-caminho-25-populacao-ue-401097

 

Libertados nos EUA os primeiros mosquitos geneticamente modificados !

Foi a primeira vez que mosquitos geneticamente modificados foram libertados nos Estados Unidos. O objetivo é suprimir populações de mosquitos transmissores de doenças.


De acordo com o site Live Science, a empresa de biotecnologia Oxitec lançou recentemente os seus mosquitos geneticamente modificados em Florida Keys, um arquipélago de ilhas tropicais perto do estado da Florida, nos Estados Unidos.

A companhia sediada no Reino Unido já tinha lançado estes mosquitos Aedes aegypti no Brasil, nas Ilhas Caimão, no Panamá e na Malásia, tendo reportado que as populações locais desta espécie caíram pelo menos 90% nestes locais.

O mosquito A. aegypti pode transmitir doenças como zika, dengue, chikungunya e febre amarela. Libertar estes mosquitos modificados nestas áreas é uma forma de controlar estas populações sem o uso de pesticidas.

Os mosquitos da Oxitec, machos, foram desenvolvidos para carregar um gene letal. Assim, quando acasalam com fêmeas selvagens, o tal gene é transmitido aos seus descendentes. Embora não afete a sobrevivência dos machos, impede que a descendência feminina produza uma proteína essencial e, portanto, faz com que estas morram antes de atingir a maturidade.

Tal como explica o mesmo site, apenas as fêmeas picam pessoas e transmitem estas doenças, logo, tanto os mosquitos modificados como os seus descendentes machos não representam perigo para os humanos.

Este primeiro ‘lançamento’ servirá como um teste inicial para que a Oxitec possa recolher dados antes de realizar uma segunda experiência com quase 20 milhões de mosquitos, prevista ainda para este ano.

Ainda existem dúvidas sobre se estes mosquitos geneticamente modificados causam efeitos indesejados não só nas populações de mosquitos locais, mas noutros animais e no ecossistema em geral.

Por exemplo, quando a empresa libertou estes mosquitos no município brasileiro de Jacobina, os genes dos insetos surgiram em populações locais, sugerindo que o gene letal falhou em matar algumas crias fêmeas antes de poderem acasalar.

A sua descendência híbrida não carregava o gene letal, mas, em vez disso, genes das populações de mosquitos cubanos e mexicanos usados pela primeira vez para criar os mosquitos geneticamente modificados.

https://zap.aeiou.pt/mosquitos-geneticamente-modificados-400506

 

sábado, 8 de maio de 2021

Um laboratório vivo - Há residentes “superimunes” à covid-19 numa pequena cidade italiana !

A pequena cidade de Vo, no norte de Itália, tornou-se um dos primeiros locais com um surto de covid-19 da Europa em fevereiro de 2020. Agora, os cientistas descobriram que a cidade abriga um número surpreendentemente alto de pessoas “superimunes”.


Vo, uma pequena cidade rural a uma hora de carro de Veneza com uma população de cerca de 3.200 pessoas, viu a primeira morte de covid-19 da Itália em 21 de fevereiro de 2020. Pouco depois, o confinamento foi prontamente imposto, enquanto os militares e equipas de cientistas entraram a cidade para tentar entender melhor o surto.

Testes prolíficos foram feitos na grande maioria da pequena população, revelando rapidamente importantes detalhes sobre como enfrentar o surto.

Em junho de 2020, cientistas da Universidade de Padova e do Imperial College London publicaram um artigo sobre o povo de Vo que revelou que testes generalizados, isolamento de pessoas infetadas e confinamentos são fundamentais para controlar o surto.

Agora, esta pequena cidade ainda é um laboratório vivo e um caso de estudo intrigante.

De acordo com o jornal britânico The Times, muitas pessoas da cidade ainda têm uma quantidade surpreendente de anticorpos, nove meses d

epois, mais do que alguns especialistas previram.

Das 129 pessoas que ainda têm níveis robustos de anticorpos nove meses após o surto inicial, pelo menos 16 tiveram mais do dobro dos níveis de maio.

Além disso, um número razoável de pessoas é conhecido como “casos superimunes”, um termo não científico usado para descrever pessoas com níveis extremamente altos de anticorpos contra a covid-19.

“Achamos que é porque tiveram um contacto com um positivo depois de maio”, disse Enrico Lavezzo, microbiologista da Universidade de Pádua. “O vírus entrou no corpo deles, infecto algumas células, mas foi rapidamente eliminado pelos anticorpos que já tinham. Mas outra coisa aconteceu: o vírus estimulou a produção de ainda mais anticorpos. Nenhum apresentou qualquer sintoma”.

“Muitos vírus estimulam a produção adicional de anticorpos quando há um contacto”, acrescentou Lavezzo. “O que vimos aqui com a covid-19 é que um contacto pode mais do que duplicar os anticorpos que já tem e isso aumenta o tempo de proteção.”

Não é claro quão representativos estas primeiras conclusões podem ser para a questão mais ampla dos anticorpos da covid-19. Afinal, ainda há alguma incerteza sobre quanto tempo os anticorpos e uma imunidade significativa podem durar.

https://zap.aeiou.pt/um-laboratorio-vivo-ha-residentes-superimunes-a-covid-19-numa-pequena-cidade-italiana-400588

 

 

Carta misteriosa escrita por passageira do Titanic está a intrigar os peritos !

Uma equipa de investigadores está a tentar desvendar um mistério que envolve uma carta que terá sido escrita por uma jovem a bordo do Titanic na véspera do naufrágio.


Uma família encontrou a carta numa garrafa lacrada enterrada numa praia em Hopewell Rocks, Bay of Funday, na província canadiana de New Brunswick, há quatro anos. A carta, datada de 13 de abril de 1912, está escrita em francês e assinada por Mathilde Lefebvre, de 13 anos.

“Estou a atirar esta garrafa ao mar no meio do Atlântico. Devemos chegar a Nova Iorque em alguns dias. Se alguém a encontrar, avise a família Lefebvre em Liévin”, lê-se, de acordo com a Newsweek.

Liévin, em Pas-de-Calais, era a região francesa de onde Mathilde e a sua família vieram. A jovem era uma passageira da terceira classe com a sua mãe, Marie Daumont, e três dos seus irmãos.

A família iria juntar-se ao pai, Franck Lefebvre, que tinha deixado França dois anos antes para emigrar para a América com os seus outros filhos, segundo a equipa da Universidade de Quebec em Rimouski (UQAR) que está a examinar a carta.

O RMS Titanic, operado pela White Star Line, afundou no Oceano Atlântico Norte em 15 de abril de 1912, depois de ter atingido um icebergue durante asua viagem inaugural de Southampton para a cidade de Nova Iorque.

Mathilde e a sua família estavam entre as 1.500 pessoas que morreram.

A equipa estudou a composição química da garrafa, da rolha, do papel e da tinta. Além disso, analisou as correntes e os processos de erosão que seriam necessários para que a garrafa encalhasse e fosse enterrada.

Os investigadores concluíram que, materialmente, a garrafa e o seu conteúdo não eram incompatíveis com a data escrita na carta, mas espera que o público possa ajudar com algumas perguntas não respondidas.

“Este é, com certeza, um documento muito valioso. Temos acerteza de que o papel da carta e a garrafa são materiais anteriores a 1912“, disse o arqueólogo Manon Savard.

No passado, foram encontradas cartas supostamente escritas no Titanic que, afinal, eram falsas. É por isso que a equipa é cautelosa ao afirmar categoricamente que a mensagem era da época do naufrágio histórico que intrigou o público durante mais de um século e inspirou um filme.

“Todos nós gostaríamos de acreditar nesta história, mas temos várias dúvidas sobre a autenticidade desta carta”, disse Savard.

Entre elas está se a caligrafia seria ou não o que as crianças francesas poderiam produzir na época Também estão em dúvida as hipóteses de uma garrafa da embarcação ter dado à costa numa praia canadiana.

“As correntes marítimas tornam altamente improvável que um objeto flutuante tenha derivado do Atlântico Norte para a Baía de Fundy [em New Brunswick]”, disse Savard, “Não é impossível, mas é improvável.”

Um dos arqueólogos, Nicolas Beaudry, disse que ainda há parentes da família Lefebvre de Aix-en-Provence, em França, que tinham “um compromisso emocional com esta carta”. “É muito comovente este naufrágio. Claro, a família na França está tentada a acreditar. Acho que todos também querem que isso seja verdade”, rematou.

https://zap.aeiou.pt/carta-misteriosa-escrita-por-passageira-do-titanic-esta-a-intrigar-os-peritos-400882

 

Boris Johnson diz que não haverá novo referendo de independência na Escócia

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, recusou hoje qualquer possibilidade de realizar um novo referendo de independência na Escócia, mesmo que o Partido Nacional Escocês (SNP) obtenha maioria absoluta no parlamento regional.


“Acho que um referendo no contexto atual é irresponsável e temerário”, disse o primeiro-ministro em entrevista ao jornal The Telegraph, quando questionado sobre se aceitaria uma nova consulta depois da realizada em 2014, na qual os escoceses votaram pela permanência no Reino Unido.

O SNP, liderado pela primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, mantém a liderança nas eleições parlamentares de Edimburgo (regionais), realizadas na quinta-feira, tendo ganho 39 dos 48 lugares apurados até agora.

De acordo com a contagem, o SNP não perdeu nenhum lugar e ganhou mais três – dois que estavam anteriormente atribuídos aos conservadores e um aos trabalhistas -, embora, segundo a agência de notícias espanhola, Efe, analistas considerem improvável que chegue à maioria absoluta, algo que conseguiria com o apoio dos Verdes.

Johnson reconheceu seguir “com atenção” os resultados na Escócia, mas acrescentou que, em sua opinião, o SNP se afastou da ideia de um novo referendo.

Não creio que este seja o momento de ter mais disputas constitucionais, é falar sobre dilacerar o nosso país, quando o que as pessoas querem é consertar a nossa economia e reconstruir juntos”, disse ao Telegraph.

Recusando adiantar como responderia se Sturgeon decidisse promover uma consulta unilateral, afirmou: “Essa não é a questão agora. Não acho que seja isso que estes tempos pedem.”

Apesar das palavras do chefe do Governo britânico, o “número dois” do SNP, John Swinney, disse este sábado à BBC que tudo indica que o seu partido será o principal em Holyrood (sede do poder legislativo regional) e que deverão aguardar-se as suas decisões.

“Johnson não é o senhor feudal da Escócia. Ele é o primeiro-ministro do Reino Unido. E se o parlamento escocês for eleito com uma maioria de parlamentares comprometidos com o referendo, isso deve ser respeitado”, afirmou.

Num referendo que data a 2014, a independência do país foi rejeitada nas urnas, com 55% dos votos contra. No entanto, em 2016, Inglaterra e o País de Gales votaram para sair do acordo da União Europeia, enquanto a Escócia e a Irlanda do Norte se opuseram aos seus vizinhos diretos e optaram por se manter.

Em 2019, milhares de escoceses marcharam pela independência da Escócia e, agora, pedem um segundo referendo para a independência, que pode dividir o Reino Unido em diferentes partes.

A contagem dos votos para a composição do parlamento com 129 lugares prossegue durante o dia de hoje.

https://zap.aeiou.pt/nao-referendo-independencia-escocia-401042

 

Violência na Colômbia preocupa comunidade internacional !

Várias cidades colombianas continuam a ser palco de violentas manifestações contra o Governo do país, mas são reprimidas com força pela polícia e por militares.


As manifestações começaram em forma de protesto contra uma reforma tributária proposta pelo Governo e agora estão a transformar-se numa contestação generalizada à desigualdade e à ausência de políticas de combate à pobreza.

O clima de instabilidade política e social na Colômbia têm-se agravado e o fim parece estar longe. Os protestos são alimentados por uma desconfiança mútua entre as forças de segurança e os milhares de pessoas que têm participado nas manifestações das últimas duas semanas.

Iván Duque, o presidente do país, anunciou no passado domingo a retirada da proposta de reforma fiscal, que iria, entre outras coisas, aumentar o IVA e o rendimento tributável, e, dias depois, o ministro das Finanças demitiu-se. 

No entanto, as decisões não fizeram com que o nível de contestação baixasse de tom.

Segundo o Público, a greve geral convocada na semana anterior mantém-se e quase todos os dias são convocadas manifestações nas principais cidades do país, que são respondidas violentamente pelas forças de segurança.

De acordo com a Temblores, uma organização não-governamental dedicada a estudar a violência policial, pelo menos 37 pessoas morreram durante as manifestações se há 89 desaparecidos, muitos dos quais se receia poderem ter morrido.

Organizações como a Amnistia Internacional acusam a polícia de usar armas com munições reais contra os manifestantes e nas redes sociais correm vídeos que mostram uma acção violenta e indiscriminada por parte das forças de segurança.

Em Cali, que tem sido o epicentro dos protestos mais violentos, um grupo de ativistas pela defesa dos direitos humanos, incluindo um membro do gabinete do provedor de Justiça colombiano, foi atacado e intimidado pela polícia enquanto assistia manifestantes detidos.

A violência da repressão das manifestações está a causa preocupação na comunidade internacional.

O porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu o respeito por “direitos básicos” dos cidadãos colombianos.

Preocupações semelhantes foram expressas pelo chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, que pediu o fim do “uso excessivo da força para reprimir os protestos, a escalada de violência e qualquer uso desproporcional da força”.

https://zap.aeiou.pt/violencia-colombia-preocupa-400993

 

Nova Iorque quer oferecer vacina aos turistas ! Miami vai começar a vacinar no aeroporto !

Em Nova Iorque os turistas irão receber a vacina da Johnson & Johnson e em Miami a vacina da Pfizer.


Com o objetivo de reativar o turismo na cidade, as autoridades de Nova Iorque querem oferecer a vacina a todos os turistas que a queiram visitar.

Bill de Blasio, o mayor da cidade, disse na passada quinta-feira que tenciona oferecer a vacina da Janssen – da Johnson & Johnson – a qualquer turista que visite a cidade de Nova Iorque, mas a decisão está dependente da aprovação do Estado.

De Blasio revelou que a cidade pretende instalar locais de vacinação móveis nas várias atrações turísticas da cidade como a praça Times Square, Brooklyn Bridge Park e Highline.

“Este Verão, vamos ver o turismo ganhar vida na cidade de Nova York”, disse à CNN.

A cidade de Nova York já administrou 6.809.451 doses da vacina covid-19, anunciou ainda De Blasio.

Já em Miami, “estarão disponíveis no Aeroporto Internacional vacinas da Pfizer para os funcionários do aeroporto, os seus familiares e amigos e viajantes que moram ou trabalham na Florida”, lê-se num comunicado no site do aeroporto.

“Estamos empenhados em tornar a vacinação mais fácil e conveniente possível para aqueles que moram e trabalham em Miami”, disseram as autoridades portuárias, acrescentando que “a vacinação é nossa melhor ferramenta para vencer a pandemia e fazer a comunidade e a economia voltarem ao normal”.

Todas as pessoas com 18 anos ou mais que vivam ou trabalhem na Florida podem receber a vacina.

Por outro lado, os enoes de 16 e 17 anos de idade podem receber a vacina Pfizer, mas devem estar acompanhados pelos pais ou responsável legal até o local da vacinação.

https://zap.aeiou.pt/nova-iorque-oferecer-vacina-turistas-400966

 

Índia ultrapassa quatro mil mortos num só dia ! Cuba vai imunizar população com vacinas nacioais !

A Índia registou mais de quatro mil mortes associadas à covid-19 num só dia e o Brasil contabilizou 2.165 óbitos nas últimas 24 horas. Em contraste, Cuba vai começar a vacinar a população contra a covid-19 com vacinas desenvolvidas na ilha. Alemanha baixa infeções e regista 238 mortes num dia.


 A Índia registou pela primeira vez mais de quatro mil mortos diários devido à covid-19, elevando para 238.270 o número de óbitos desde o início da pandemia, anunciou o Governo, este sábado.

Nas últimas 24 horas, o país registou 4.197 mortes e 401.078 casos da doença, elevando o número total para quase 21,9 milhões.

Com 4.197 mortos registados nas últimas 24 horas, a Índia mantém-se como o terceiro país como mais mortes no mundo, atrás dos Estados Unidos e do Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde indiano e a contagem independente da Universidade norte-americana Johns Hopkins.

No mesmo período, o país contabilizou 401.078 casos, o que eleva o número total de infeções para 21.892.676 desde o início da pandemia.

A Índia, com 1,3 mil milhões de habitantes, atravessa uma segunda onda da doença, que sobrecarregou o sistema de saúde, com escassez de oxigénio e de camas.

Alguns peritos consideraram que os números reais de óbitos e de casos podem ser muito mais elevados.

Mais de 40 países começaram a enviar ajuda para a Índia para ajudar a combater a pandemia, incluindo ventiladores e equipamento médico, bem como geradores de oxigénio, cilindros, concentradores e reguladores.

Brasil aproxima-se dos 420 mil mortos

O Brasil aproximou-se na sexta-feira de um total de 420 mil mortos (419.114) devido à covid-19, após ter contabilizado 2.165 óbitos nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde.

Em relação aos casos positivos, a nação sul-americana, com 212 milhões de habitantes, somou 78.886 novas infeções entre quinta e sexta-feira, totalizando 15.082.449 diagnósticos de covid-19 desde o início da pandemia.

O Brasil é um dos países mais afetados pela pandemia, ocupando a segunda posição mundial na lista de nações com mais mortes e a terceira com mais casos.

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela tutela da Saúde, a taxa de incidência da doença no país aumentou hoje para 199 mortes e 7.177 casos por 100 mil habitantes. Já a taxa de letalidade da covid-19 mantém-se em 2,8%.

Geograficamente, São Paulo continua a ser o foco da pandemia no país, concentrando 2.984.182 casos do novo coronavírus e 99.989 vítimas mortais desde que a doença chegou ao Estado, o mais rico e populoso do Brasil.

Apesar de a vacina Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, estar em falta em, pelo menos, 32 cidades do Estado de São Paulo, o governador, João Doria, conseguiu ser imunizado na sexta-feira com a primeira dose desse antídoto, que é produzido localmente pelo Instituto Butantan.

Doria, adversário político do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi vacinado pela primeira pessoa imunizada contra a covid-19 no Brasil, a enfermeira Mônica Calazans, e disse estar honrado.

“Todas as vacinas são boas, mas a minha foi Coronavac. Olha como é o mundo. No início de janeiro a CoronaVac era a ‘vacina da China’, a ‘vachina’, a ‘vacina do jacaré’, ‘que ia deixar você com sequelas, paralítico’, a ‘vacina do Doria’. Hoje, ela é a mais querida do Brasil, que todos querem tomar. Confiança é a credibilidade do Butantan, que já salvou 43 milhões no Brasil. 43 milhões que tomaram a CoronaVac“, disse Doria, mencionando algumas críticas feitas por Bolsonaro ao imunizante chinês.

“Briguei durante meses com o Governo Federal que não queria comprar essa vacina. O Presidente da República disse que não ia comprar e ponto. Em alto e bom som. Hoje é a vacina que mais salva vidas. Se não fosse o negacionismo e um esforço contra a vacina, Paulo Gustavo [ator brasileiro] e outros brasileiros poderiam ter sido salvos antes”, acrescentou Doria, de 63 anos, em declarações à imprensa.

A gestão de João Doria foi responsável por articular a parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac para a produção da Coronavac, atualmente o imunizante mais usado no Brasil, na campanha nacional de imunização.

Cuba inicia vacinação com vacinas próprias

Por outro lado, Cuba vai começar, na próxima semana, a vacinar a população contra a covid-19 com vacinas desenvolvidas na ilha, que ainda estão em fase experimental, anunciaram as autoridades na sexta-feira.

A campanha de vacinação vai começar em Havana e nas províncias de Santiago de Cuba (sul) e Matanzas (centro), onde serão usadas duas das cinco vacinas atualmente em desenvolvimento.

As vacinas Abdala e Soberana 2 são as mais avançadas e serão administradas em três doses.

“Acreditamos que teremos sucesso em ter vacinado 22% da população em junho, 33% em julho e 70% em agosto”, disse o ministro da Saúde, José Angel Portal, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Segundo o ministro, as primeiras vacinas servirão como ensaio em larga escala e, se tudo correr como esperado, permitirá que em junho essas vacinas sejam aprovadas.

O plano foi corroborado por Olga Lidia Jacobo, diretora do Cecmed, administração responsável pela homologação de medicamentos: “Nas próximas semanas, talvez já em junho se os resultados forem favoráveis ​​e corresponderem ao que se espera, poderemos dar a autorização de emergência, e então poderemos iniciar uma vacinação em massa”.

A vacina Abdala concluiu a sua terceira e última fase de testes clínicos, cujos resultados estão a ser alvo de analise, enquanto a Soberana 2 deverá concluir sua fase final de testes em meados de maio.

Cuba tem cerca de 11,2 milhões de habitantes e registou recentemente um aumento de casos de infeção, mas continua pouco afetada em comparação com outros países latino-americanos.

Até ao momento, as autoridades registaram 114 mil casos de infeção e 713 mortos vítimas de covid-19.

Alemanha baixa infeções e regista 238 mortes num dia

A Alemanha registou na sexta-feira 15.685 novas infeções por covid-19 e 238 mortes, segundo dados do Instituto Robert Koch (RKI), numa altura em que a incidência do vírus no país continua a baixar.

O número de contágios é inferior aos divulgados há uma semana, quando as autoridades de saúde anunciaram 18.935 novas infeções. Já o número de vítimas mortais aumentou de 232 no último sábado para as 238 de sexta-feira, de acordo com os últimos dados conhecidos.

Os números divulgados pelo RKI indicam que na sexta-feira estavam internados em unidades de cuidados intensivos 4.669 pacientes com o novo coronavírus e 2.818 estão com suporte de vida, segundo os registos da Associação Interdisciplinar Alemã de Cuidados Intensivos e Medicina de Emergência (DIVI).

Num dia, as unidades de cuidados intensivos na Alemanha receberam 429 novos doentes com covid-19 e 110 desses pacientes morreram.

A viver a terceira vaga da pandemia, a Alemanha atingiu o máximo de infeções em 18 de dezembro de 2020, com 33.777 casos num só dia, e o pico de mortes foi registado em 14 de janeiro, data em que 1.244 pessoas perderam a vida vítimas de complicações associadas ao novo coronavírus.

A incidência do vírus atingiu o seu máximo em 22 de dezembro, com 197,6 novas infeções por cem mil habitantes. Há uma semana esse número era de 148,6 e esta sexta-feira a incidência caiu para os 125,7.

O fator de reprodução semanal é de 0,91, o que significa que cada 100 pessoas infetadas contagiam uma média de 91 outras.

Desde o início da pandemia, a Alemanha soma 3.507.673 casos positivos de covid-19 e 84.648 mortes.

Cerca de 3.147.100 pessoas terão recuperado do novo coronavírus, enquanto o número de casos ativos se situa atualmente em 275.900.

Até quinta-feira, 7.360.108 pessoas na Alemanha, o equivalente a 8,8% da população, tinham recebido duas doses da vacina e 26.220.901 (31,5%) receberam pelo menos uma dose.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.258.595 mortos no mundo, resultantes de mais de 155,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

https://zap.aeiou.pt/india-4-000-mortos-num-dia-cuba-401048

 

Veterana de Bletchley Park tem um novo código da 2.ª Guerra para decifrar mas precisa de ajuda !

Um casal que encontrou mensagens codificadas da II Guerra Mundial sob o assoalho está tentar decifrá-las com a ajuda do seu vizinho, um decifrador de códigos de Bletchley Park.


John e Val Campbell encontraram um esconderijo cheio de objetos, como cigarros, fósforos e passes de bordel, na sua casa em Guernsey. Segundo o jornal britânico The Times, deveriam pertencer ao soldado nazi Ernst Buchtela, que terá estado alojado naquele local na década de 1940.

Entre estes objetos estava um papel mordido por um rato coberto por código. Para decifrá-lo, procuraram a sua vizinha, Marj Dodsworth, que tem agora 95 anos e que foi decifradora de códigos em Bletchley Park, onde se localizava a unidade de codificadores do Serviço Secreto Britânico – também conhecida como MI6.

A pedido do casal, Dodsworth, que manteve o seu papel em segredo durante 70 anos, examinou o código – o primeiro que viu desde a II Guerra Mundial.

“Quando vi pela primeira vez, pensei que não havia como [o decifrar] sem uma máquina”, disse. “Não há hipótese de eu conseguir fazer isto.”

Dodsworth inscreveu-se no Serviço Naval Real Feminino em 1943, aos 18 anos, passou seis semanas em treino e foi instruída a assinar a Lei de Segredos Oficiais. Foi enviada para Eastcote, um posto avançado de Bletchley Park.

“Havia 800 de nós onde estava, mas mais três ou quatro estações externas”, disse Dodsworth. ‘‘O que fazemos era passado para Bletchley. ”

Segundo contou ao jornal, tambores marcados com o alfabeto giravam em velocidades variadas para quebrar códigos. Quando a rotação parava, as letras poderiam ser a chave para um código. Depois, ligavam a máquina para gerar um conjunto de letras, que seriam ligadas a uma segunda máquina. O pessoal da Força Aérea verificava o código produzido, que, muitas vezes, estava errado por causa de falhas mecânicas ou fios cruzados.

“Fios minúsculos atrás da bateria enrolavam-se com toda a rotação e tínhamos de endireitá-los com uma pinça”, disse Dodsworth. “Quando fui para casa, os meus pais ficaram preocupados e perguntaram-me porque é que as minhas mãos estavam cortadas, mas não podia dizer-lhes.”

Depois do Dia da Vitória na Europa, a mulher continuou a trabalhar nas mensagens do Japão antes de se tornar secretária jurídica e mãe de quatro filhos. 

Os seus pais morreram sem nunca saber qual foi o seu papel na II Guerra Mundial. Já o seu marido, que também estava na Marinha, descobriu apenas alguns anos antes de morrer.

Procura-se uma máquina Enigma

Campbell, um engenheiro estrutural reformado, encontrou os objetos pela primeira vez em 1985, 15 anos depois de se mudar. Em declarações ao jornal britânico The Telegraph, afirmou que “se sente um pouco culpado” por não ter investigado o código mais cedo.

O britânico tem agora esperança de que possa ser fornecida uma máquina Enigma para permitir que Dodsworth ou outro decifrador de códigos revele o seu verdadeiro significado.

“Sabia que era uma folha codificada e devia saber que era suficientemente importante para a proteger, porque a embrulhei num pedaço do jornal daquele dia. Mas suponho que não tinha nenhuma esperança de que isso fosse desvendado naquela época, porque as coisas não estavam tão avançadas como em 2021″, contou o homem.

“Estou a começar a sentir-me um pouco culpado, mas talvez seja melhor porque temos potencial para lidar com isso agora. Se alguém puder traduzi-lo, esra é uma informação valiosa e vai resolver o enigma de se tem ou não algum significado”, apelou.

Estima-se que existam 318 máquinas Enigma hoje, 284 das quais estavam em uso durante ou antes da II Guerra Mundial, de acordo com a Carnegie Mellon University.

Uma dessas máquinas – fabricada em Berlim em 1935 para uso alemão – está a ser vendida por um colecionador particular por 180mil libras numa casa de leilões de New Hampshire.

https://zap.aeiou.pt/veterana-de-bletchley-park-tem-um-novo-codigo-da-2-a-guerr-400932

 

“Caixas mistério” com animais de estimação geram indignação na China !

Uma nova moda conhecida como “caixa mistério” ganhou popularidade na China. O método consiste em fazer uma encomenda através da internet e é enviada, pelo correio, uma caixa com um animal de estimação.

Estas encomendas estão a gerar uma enorme indignação, depois de vários animais terem sido encontrados mortos, na última segunda-feira, dentro de uma carrinha de transporte, como conta a BBC.

Cerca de 160 cães e gatos foram localizados dentro de um veículo de uma empresa de transporte, em Chengdu, a capital da província de Sichuan, no sudoeste da China.

Todos os animais tinham menos de três meses, segundo uma associação de resgate, a Chengdu Aizhijia Animal Rescue Center, que informou também que alguns morreram asfixiados.

Numa rede social chinesa, este grupo de resgate partilhou um vídeo onde se viam caixas até ao teto da carrinha: “A caixa de carga está cheia de gatos e cães”, descrevia a associação.

A empresa de transporte envolvida, diz a BBC, informou que suspendeu o responsável por este transporte e reforçou a formação sobre a segurança no transporte e a proteção animal.

Nas redes sociais surgiram pedidos de boicotes às caixas e à compra de animais online. Já os media chineses descreveram as “caixas mistério” como “uma profanação da vida”,  apelando também aos compradores e vendedores a terem “mais boa vontade e mais respeito pela vida”.

Os voluntários que resgataram os animais estão a acompanhá-los desde o início da semana.

Na quinta-feira anunciaram que os conseguiram levar para o abrigo e que 38 dos cães e gatos salvos ainda estão a receber tratamento.

https://zap.aeiou.pt/caixas-misterio-animais-china-400986

 

Arquivos da polícia do Estado Islâmico revelam como era a vida sob o califado !

Arquivos da polícia do Estado Islâmico, conhecida como shurta, revelam como era a vida sob o califado. Os polícias eram tão bem pagos que não podiam ser subornados. 


Não é sempre que os regimes mirram e deixam uma grande quantidade de documentos para a posteridade. Aconteceu na Alemanha com o Terceiro Reich nazi e sob a República Democrática Alemã. Agora, até certo ponto, temos evidências semelhantes da vida sob o governo do Estado Islâmico.

A rede terrorista ainda existe, com muitos capítulos ativos no Médio Oriente, Ásia e África. Mas elas funcionam como organizações terroristas “normais” e não controlam o território. O califado, na sua antiga encarnação de “organização semi-estatal” em e ao redor de Mosul e Raqqa, já não existe.

Mas através do ISIS Files Project, do Programa sobre Extremismo da Universidade George Washington, aos poucos as diferentes instituições, braços burocráticos e políticas do califado do ISIS estão a ser reconstruidas e analisadas.

Investigadores foram solicitados a examinar os arquivos recuperados e originados da polícia do Estado Islâmico, a shurta, para ver que o que esclarecem sobre a forma como o califado funcionava no terreno, em particular na interação com a população daquela região.

O Estado Islâmico usou a sua organização policial para criar um nível de apoio entre os habitantes do califado, proporcionando-lhes um certo grau de ordem e segurança públicas.

Isto pode soar contraintuitivo, uma vez que o ISIS dirigia um regime de terror e coerção implícita e atrocidades sempre pairavam sobre a cabeça das pessoas. No entanto, antes que o califado fosse proclamado, a liderança do Estado Islâmico publicou um “Documento para a cidade”. Implicava uma espécie de contrato social, em que oferecia “segurança e proteção” aos habitantes, “sem corrupção”.

E, de facto, as esquadras de polícia foram atendidas imediatamente, mais de 3.000 policiais foram contratados e pagos com salários tão altos que o suborno e a corrupção eram quase inexistentes.

Outros instrumentos de justiça do Estado Islâmico, como a hisbah (a polícia moral) e o sistema de tribunais e prisões eram temidos pelas suas pesadas punições e práticas de tortura. A emni — diretoria de alta segurança e inteligência — por sua vez, era temida no exterior e domesticamente pela organização de ataques terroristas.

Ao contrário destes atos de terror descarados, a shurta conseguiu criar uma relação “eficaz” e até “produtiva” com o público. Nos arquivos da shurta foram encontradas centenas de reclamações entregues pela população.

Muitas delas eram sobre assuntos financeiros: sobre devedores que não pagavam as suas dívidas, rendas ou salários que não eram pagos ou dotes retidos. Mas também se relacionavam com questões “morais”: filhos de vizinhos a fumar ou familiares a jogar skat (um jogo de cartas proibido que envolve jogos de azar).

A shurta foi até mesmo invocada pelos pais para aconselhar nos casos em que filhos e filhas se comportavam mal.

O grande número dessas queixas e o seu conteúdo implicava um nível considerável de aceitação, cooperação e até mesmo legitimidade concedida ao califado pela população.

A shurta confiou em parte nas práticas historicamente bem conhecidas de um “estado espião” totalitário.

Investigadores falaram com várias pessoas que explicaram por que estavam dispostas a concordar com isso. Elas disseram que antes do califado ser estabelecido, a vida sob Assad na Síria ou no Iraque pós-Saddam para eles (predominantemente muçulmanos sunitas) era imprevisível e insegura:

“Soldados perambulavam pelas ruas, as nossas filhas estavam a ser violadas, sem mais nem menos. O Estado Islâmico trouxe-nos previsibilidade, até mesmo algum tipo de segurança”

Em contrapartida, tinham de cumprir, é claro, as regras do ISIS. A submissão a essa regra, que não era apenas militar e política, mas também religiosa e moral, era — no curto prazo e no contexto da guerra e da anarquia — o mal menor. Era até lucrativo até certo ponto, pois agora era muito mais fácil saldar dívidas e reclamar efetivamente de rendas e mesadas.

A maioria das reclamações foi resolvida “pacificamente”, através de práticas de reconciliação (incluindo rituais religiosos e leitura de surah do Alcorão) ou através de multas ou pedidos de desculpa.

Numa minoria dos casos, o conflito não poderia ser resolvido pela shurta e seria delegado aos tribunais. Poucos litigantes arriscariam um caso a ser encaminhado para essas autoridades, dada a probabilidade de punição corporal ou pior.

Com o objetivo de resolver conflitos “pacificamente”, através de práticas de reconciliação, a shurta parecia ecoar práticas locais mais antigas, mesmo otomanas-islâmicas, de gestão de conflitos e justiça retributiva.

O ISIS foi capaz de oferecer uma aparência de ordem e justiça dentro das fronteiras do califado. Ao mesmo tempo, as práticas de denúncia indicam divisões sociais mais profundas entre os residentes. A questão de até que ponto a denúncia era ideológica e religiosamente motivada permanece em aberto.

Olhando para as evidências do arquivo da maneira como as pessoas viviam sob o califado, parece que, na ausência de justiça e um Estado de direito eficiente, a shurta era uma força policial moderna, complexa e até eficiente, que funcionou como um instrumento de um sistema brutal, extremista e repressivo de Governo rebelde.

https://zap.aeiou.pt/arquivos-estado-islamico-revelam-vida-400632

 

”Eficácia e qualidade” - OMS aprova vacina chinesa da Sinopharm !

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou, esta sexta-feira, o uso de emergência da vacina chinesa contra a covid-19 da Sinopharm.


Trata-se da primeira vacina desenvolvida pela China a ser aprovada pela organização, lembra a agência AFP, e a sexta “a receber luz verde da OMS para segurança, eficácia e qualidade” como salientou o diretor-geral da entidade, Tedros Ghebreyesus. A avaliação da vacina da Sinovac, também chinesa, é esperada para breve.

Recomendada para adultos de 18 anos ou mais, num esquema de duas doses com intervalo de três a quatro semanas, a vacina tem “requisitos de armazenamento fáceis”, pelo que é “altamente adequada para situações com poucos recursos”, considera a OMS.

Quanto à taxa de eficácia, a organização refere rondar os 79%, considerando o conjunto de todas as faixas etárias.

Nos últimos meses, as entidades reguladores da China e de outros países aprovaram a vacina Sinopharm, embora a empresa não tenha divulgado os dados dos ensaios clínicos de Fase 3, para que pudessem ser avaliados de forma independente.

Antes de se pronunciar, a OMS teve acesso a esses dados, mas é limitada a informação existente sobre a eficácia da vacina contra as muitas variantes do coronavírus que estão a surgir em todo o mundo.

https://zap.aeiou.pt/oms-vacina-sinopharm-400962

 

“Neuro-direitos”. O Chile quer proteger os seus cidadãos do controlo da mente !

O Chile quer tornar-se o primeiro país a proteger as pessoas do controlo da mente, à medida que a capacidade de mexer com cérebros se aproxima cada vez mais da realidade.


O senador Guido Girardi está a liderar medidas para garantir que os “neuro-direitos” dos chilenos sejam consagrados por lei e que a constituição seja reformada para reconhecer a necessidade de proteger a “autonomia humana fundamental”.

Numa previsão que ecoa os enredos de filmes de Hollywood como “Inception” – em que um ladrão rouba informações ao infiltrar-se no subconsciente dos seus alvos, Girardi disse que a Ciência, se não regulamentada, poderia ameaçar “a essência dos humanos, a sua autonomia, a sua liberdade e o seu livre arbítrio”.

“Se esta tecnologia conseguir ler [sua mente], antes que perceba o que está a pensar, pode gravar emoções no seu cérebro: histórias de vida que não são suas”, continuou, citada pelo jornal britânico The Times.

A proposta de Girardi recebeu apoio unânime no Parlamento no ano passado e está a ser considerada como parte de uma reformulação constitucional, que deverá ser finalizada no próximo ano.

O ímpeto tem sido o rápido avanço da tecnologia. Impulsionados pelos esforços para vencer doenças como a doença de Parkinson e a epilepsia, os investigadores têm testado métodos para aceder e manipular a atividade cerebral.

Contudo, os defensores da tecnologia dizem que tem potencial para ajudar milhões de pessoas. Nos Estados Unidos, uma iniciativa apoiada em 2013 pelo presidente Obama, chamada Brain, procura entender mais sobre as causas e possíveis curas para distúrbios cerebrais.

O multimilionário norte-americano Elon Musk é outro importante financiador. Dono da Neuralink Corporation, o empresário reivindicou várias descobertas ao implantar sensores no cérebro de porcos e macacos.

Numa experiência, projetada para ajudar pessoas com paralisia a usar um computador ou telemóvel, um macaco jogou um videojogo simples através de sinais do cérebro, sem entradas e sem tocar em nenhum botão. Implantes minúsculos registaram sinais no córtex motor do macaco, que normalmente coordenam os movimentos da mão e do braço, e traduzem-no em ações.

Musk também sugeriu a possibilidade de desenvolver o que descreveu como um “estado de salvação” para o cérebro. “Portanto, se morresse, o seu estado poderia regressar na forma de outro corpo humano ou de um corpo de robô”, disse. “Poderia decidir se quer ser um robô, uma pessoa ou o que for.”

Os cientistas enfatizaram que tal conceito não é visto como remotamente viável.

https://zap.aeiou.pt/neuro-direitos-o-chile-quer-proteger-os-seus-cidad-400913

 

Portugal na zona de queda dos restos do foguetão chinês !

O foguete de Longa Marcha chinês que foi lançado a 29 de abril, e agora está a preocupar o mundo. As previsões é que a reentrada na atmosfera se dê até ao próximo dia 9 de maio. Portugal é um dos locais onde estes detritos espaciais podem cair.


Com cerca de 20 toneladas esta parte do foguete chinês Longa Marcha CZ-5B é um dos maiores pedaços de detrito espacial a cair na Terra.

Este segmento fazia parte do corpo principal do foguete chinês e serviu para lançar o primeiro módulo da nova estação espacial da China.

Apesar de todos os dias reentram na atmosfera terrestre pequenos pedaços de lixo espacial material que têm ficado em órbita terrestre desde o início da exploração do espaço – no caso deste foguetão a questão complica-se, pois trata-se de um componente com mais de 30 metros de comprimento, cinco de largura e com depósitos de combustível com revestimentos reforçados.

A questão é delicada e está a ser monitorizada por vários organismos ligados à segurança aeronáutica e defesa.

Ao início desta sexta-feira os restos dos estágio principal chinês encontrava-se a cerca de 180 quilómetros de altitude, a viajar a uma velocidade de mais de 28 mil quilómetros hora.

“Temos esperança de que vá cair num lugar onde não fará mal a ninguém”, comentou o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin. “Esperançosamente no oceano, ou num lugar assim.”

Por ser uma reentrada não controlada, oposta à utilizada pela SpaceX nos primeiros estágios dos foguetes Falcon 9, é imprevisível saber quando e onde este “monstro de ferro” vai cair.

No entanto, sabe-se a órbita que ocupa e a que altitude se encontra, escreve a RTP.

Os vários especialistas que estão a seguir o trajeto do CZ-5B apontam para a queda deste detrito espacial entre as primeiras a duas da manha deste sábado e as 20h00 de segunda-feira (hora de Lisboa). Contudo, tais projeções são sempre altamente incertas.

Segundo o jornal chinês Global Times, citado pelo Público, os destroços de um foguetão chinês vão, provavelmente, cair em águas internacionais.

https://zap.aeiou.pt/portugal-zona-queda-foguetao-chines-400892

 

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...