sexta-feira, 21 de maio de 2021

Migrantes marroquinos envolvidos em motins e confrontos - Vox exige construção de muro !

Cerca de 300 migrantes marroquinos protagonizaram esta quarta-feira motins e entraram em confronto com a polícia após derrubar o destacamento policial em Castillejos, a cerca de um quilómetro da estrada principal para a cidade espanhola de Ceuta.


O avanço da polícia de choque para empurrar os migrantes agrupados na estrada costeira, a maioria deles menores, levou a uma rixa entre os dois grupos, quando os migrantes começaram a atirar pedras às forças marroquinas e a queimar pneus, provocando um fumo espesso que era visível de longe.

Foi igualmente queimada uma mota de um agente estatal (conhecido como moqadem), além de serem repetidamente atiradas pedras a carrinhas da polícia, estacionadas perto da fronteira.

Os migrantes começaram então a correr por todo o lado, enquanto tentavam subir a colina de Belyunesh, com vista para Ceuta, para se aproximarem da fronteira, mas nenhum deles conseguiu aproximar-se da estrada principal que conduz ao Tarajal, o único ponto de acesso regular e onde existe um importante destacamento de segurança.

A vários quilómetros do local destes incidentes, a vida normal não parece ser afetada, registando-se um movimento normal de carros e pessoas que se encontram na orla marítima da cidade, um ponto de encontro social.

A crise migratória sem precedentes em Ceuta foi desencadeada na passada segunda-feira, quando uma multidão de pessoas, na sua maioria marroquinos, se precipitou sobre as vedações e o quebra-mar que separa Ceuta e Castillejos, conseguindo entrar na cidade autónoma mais de 8.000 pessoas.

Destes, 5.600 já foram recambiados, mas entre os restantes há cerca de 1.500 menores na cidade autónoma, números sem precedentes na história.

Hoje, a pressão migratória diminuiu substancialmente após a intervenção da polícia marroquina, embora a crise diplomática entre Espanha e Marrocos continue por resolver.

“A Europa não se deixará intimidar ou chantagear por ninguém”, afirmou o vice-presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, num aviso a Marrocos.

“Ceuta é Europa, essa fronteira é uma fronteira europeia e o que se está a passar ali não é um problema para Madrid, é um problema para todos“, acrescentou, citado pelo Público.

O Governo de Pedro Sánchez quer que as comunidades autónomas acolham 200 menores que já estavam em Ceuta. Enquanto isso, o Vox, o partido de extrema-direita espanhol, exige a construção de “um muro intransponível”.

O líder, Santiago Abascal, ameaça retirar o seu apoio ao executivo da Andaluzia se este acolher menores não acompanhados.

https://zap.aeiou.pt/migrantes-marroquinos-motins-confrontos-403873

 

Extremistas israelitas usam WhatsApp para organizar ataques - Biden pede redução da violência, Netanyahu rejeita !

Extremistas israelitas estão a usar aplicações como o WhatsApp e o Telegram para organizar ataques violentos contra palestinos. Joe Biden pediu a Benjamin Netanyahu uma redução significativa na violência na Faixa de Gaza, mas o primeiro-ministro israelita disse que se mantinha determinado a continuar.


À medida que as hostilidades aumentam entre Israel e o Hamas, alguns israelitas recorrem a aplicações para organizar ataques violentos contra palestinos.

O The New York Times e a FakeReporter descobriram pelo menos 100 grupos do WhatsApp e cerca de 20 canais do Telegram dedicados a defender a violência contra palestinos na semana passada.

A maioria desses grupos é intitulada ofensivamente contra os muçulmanos e clama a sua morte: “Morte aos Árabes”, “A Guarda Judaica” e “As Tropas de Vingança” são alguns nomes.

Num grupo do WhatsApp, o jornal norte-americano encontrou evidências de pessoas a partilhar instruções sobre como fazer cocktails molotov e explosivos improvisados. Já num canal do Telegram, com cerca de 400 membros, um dos administradores solicitou endereços de empresas árabes.

O Facebook e o WhatsApp têm lutado para reprimir este tipo de violações de política nas suas plataformas ao longo do anos.

“Como um serviço de mensagens privadas, não temos acesso ao conteúdo das conversas pessoais, embora tomemos medidas para proibir contas que acreditamos que possam estar envolvidas em danos iminentes”, disse um porta-voz do WhatsApp ao Engadget.

Esta quarta-feira, Joe Biden, Presidente dos Estados Unidos, falou com Benjamin Netanyahu e disse-lhe que esperava ver uma redução significativa na violência na Faixa de Gaza ainda nesse mesmo dia. No entanto, escreve o Público, o primeiro-ministro israelita declarou depois que se mantinha determinado a continuar a operação.

“O Presidente [Biden] disse ao primeiro-ministro [israelita] que esperava uma redução significativa da violência hoje em direção a um cessar-fogo”, indicou a Casa Branca.

Os comentários de Netanyahu marcam o primeiro conflito público entre os dois aliados desde o início da luta e podem complicar os esforços internacionais para chegar a um cessar-fogo, observa a Associated Press (AP).

“Aprecio muito o apoio dos Presidente norte-americano, mas Israel vai continuar a luta para devolver a calma e a segurança aos cidadãos. Estamos determinados em continuar com as operações militares até atingirmos o nosso objetivo”, disse Netanyahu, após uma visita a um quartel.

O governante tem garantido regularmente que vai prosseguir com as operações e a resposta a Biden, que a AP classifica como “dura”, sinaliza que não tem intenções de parar.

Noutro sinal de uma potencial escalada, militantes no Líbano dispararam uma série de foguetes contra o norte de Israel.

Depois de uma nona noite de violência, os ataques aéreos israelitas intensificaram-se esta quarta-feira na Faixa de Gaza. Israel disse esperar “o momento oportuno” para parar os ataques ao enclave palestiniano.

Washington reivindica uma abordagem diplomática “discreta” desde o início deste novo ciclo de violência entre Israel e grupos armados palestinianos em Gaza, com o movimento islâmico que controla o enclave, o Hamas, à frente. Mas muitos no Partido Democrata têm pedido para o Presidente se mostrar mais duro em relação a Netanyahu.

Pelo menos 219 pessoas, incluindo 63 crianças, foram mortas nos ataques israelitas à Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde local. Em Israel, os tiros de foguetes a partir do enclave causaram 12 mortos, entre os quais uma criança, de acordo com a polícia israelita.

https://zap.aeiou.pt/extremistas-whatsapp-organizar-ataques-403847


Maior iceberg do mundo soltou-se de plataforma de gelo na Antártida !


Maior icebergue do mundo soltou-se da plataforma de gelo da Antártida

O maior icebergue do mundo desprendeu-se da plataforma de gelo Roone, no noroeste da Antártida, noticia a agência Efe esta terça-feira, referindo imagens de satélite.

Trata-se de uma massa de gelo de 4.320 quilómetros quadrados, maior do que a superfície da ilha de Maiorca, segundo as imagens de satélite capturadas pela Missão Copérnico.

O icebergue, denominado A-76, tem um comprimento de 170 quilómetros e uma largura de 25, com uma superfície total de 4.320 quilómetros, face aos 3.640 da ilha de Maiorca, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA).

É o maior icebergue do mundo, um posto até agora detido pelo A-23A, com cerca de 3.880 quilómetros quadrados.

A grande massa flutuante no mar de Weddell foi detetada pela Missão Copérnico Sentinel-1, formada por dois satélites de órbita polar, que observam a Antártida, incluindo as regiões mais remotas, durante todo o ano.

A denominação dos icebergues faz-se a partir do quadrante antártico em que são vistos originalmente, seguindo-se uma letra sequencial.

Se posteriormente a massa de gelo se partir, como por vezes acontece, cada pedaço acrescenta ao nome uma letra sequencial.

Em março, um icebergue gigante tinha-se partido na plataforma de gelo de Brunt, também na Antártida, perto de um posto de investigação do British Antartic Survey.

https://zap.aeiou.pt/maior-icebergue-mundo-antartida-403793

 

 

Legalizar o ingrediente base da cocaína pode salvar vidas indígenas !

Legalizar a produção de folha de coca pode ajudar a salvar indígenas, que perdem a vida ao defender os seus territórios de traficantes de droga.


No Peru, a produção ilegal de folha de coca e a extração de madeira são atividades criminosas recorrentes na Amazónia. Devido a elas, líderes indígenas perdem a sua vida ao tentar defender as terras, conta a Vice. Desde o início da pandemia, pelo menos sete pessoas morreram na parte peruana da floresta amazónica.

De acordo com o portal Mongabay, os traficantes de droga são considerados culpados destes assassinatos. O Peru é o segundo maior produtor mundial de coca depois da Colômbia, com 54.655 hectares em 2019. A tendência é aumentar.

O Peru teve alguma produção legal de coca desde 1979, quando o Governo decidiu permitir o cultivo de 22.000 hectares para usos tradicionais.

Agora, o candidato presidencial Pedro Castillo propõe apoiar os plantadores de coca através da realização de um censo dos produtores e do aumento do processamento da coca para fins nutricionais e medicinais.

As folhas de coca têm sido usadas nos Andes há milhares de anos para aliviar a fome, curar doenças e aumentar os níveis de energia. Normalmente são mascadas, transformadas em chá ou até usadas em oferendas em cerimónias.

A colheita legal de coca do país supostamente deveria ser vendida à estatal National Coca Company (ENACO) que, por sua vez, transforma-a em produtos tradicionais. No entanto, a ENACO compra apenas uma pequena fração (17%) da coca legal do Peru, salienta a Vice.

Parte do resto é vendida informalmente para usos tradicionais, mas a maior parte da coca peruana provavelmente acaba no comércio de drogas ilegais.

A vizinha Bolívia implementou um esquema em que a produção de coca é controlada pela comunidade local, em vez das forças de segurança — uma ideia apoiada financeiramente pela própria União Europeia.

Apesar das diferenças entre a produção de coca nos dois países, o Peru está agora a pensar atuar da mesma forma que a Bolívia.

A estratégia do Governo de acabar com a coca cultivada ilegalmente pode, na verdade, estar a piorar a desflorestação e os conflitos em terras indígenas.

Álvaro Pastor, sociólogo da Pontifícia Universidade Católica do Peru, diz que os produtores cujas plantações foram erradicadas procuram locais cada vez mais remotos e inacessíveis para replantá-las.

O manifesto de Castillo argumenta que o status quo impulsiona a informalidade e o tráfico de drogas e aumenta a perceção de que todos os cultivadores estão envolvidos no comércio de drogas.

O governo peruano argumenta que não pode justificar a legalização de mais campos de coca porque não há procura suficiente no mercado legal. No entanto, segundo Pastor, também não demonstrou muito interesse em estimular a procura.

https://zap.aeiou.pt/legalizar-coca-salvar-vidas-indigenas-403473

 

Aldeia que esteve submersa durante mais de 70 anos volta a emergir !

Uma vila italiana que esteve escondida debaixo de um lago durante décadas emergiu à superfície, de acordo com um relatório divulgado na terça-feira.

Antes de ficar submersa, em 1950, a vila de Curon albergava centenas de pessoas. Contudo, tudo mudou quando as autoridades decidiram construir uma barragem e fundir dois lagos que se encontravam próximos, de modo a aumentar a produção elétrica da região, escreve a BBC.

A vila de Curon estava na confluência de dois lagos naturais no vale de Vinschgau, permitindo que a central hidrelétrica de Glorenza gerasse 250 milhões Kw/h ao ano, o que era muito benéfico para as indústrias da região.

A decisão teve grande impacto para a vila, uma vez que a pequena cidade ficou coberta pelo Lago Resia e assim se manteve nos 70 anos seguintes.

No fundo do novo lago ficaram submersas mais de 160 casas, por isso, na época, os moradores foram recompensados pelo Governo com novas habitações.

O único elemento arquitetónico da vila que nunca ficou totalmente coberto foi a torre de uma igreja do século XIV, que ao longos dos anos foi-se mantendo sempre visível e acabou por se tornar num ponto turístico de grande interesse.

Ao longo do tempo, o lago, que se situa perto da fronteira de Itália com a Áustria e a Suíça, foi temporariamente drenado para permitir reparos num reservatório.

Ao mesmo tempo que os níveis de água iam diminuindo, os degraus antigos, porões e paredes, que normalmente estariam no leito do lago, foram começando a reaparecer, de acordo com o relatório ao qual a BBC teve acesso.

Luisa Azzolini, que habita perto da região, escreveu no Twitter que era uma “sensação estranha” caminhar pelos escombros da aldeia perdida.

O fenómeno da vida real inspirou o drama italiano da Netflix “Curon”, assim como um livro.


 https://zap.aeiou.pt/aldeia-submersa-volta-emergir-403717

 

Relatório: 55% dos resíduos de plástico do mundo são gerados por apenas 20 empresas !

Um novo relatório revelou que mais da metade de todos os resíduos plásticos descartáveis ​​do mundo são produzidos por vinte empresas, que alimentam a crise climática e criam uma catástrofe ambiental.


Entre as empresas responsáveis ​​por 55% dos resíduos de embalagens plásticas do mundo estão estatais e multinacionais, incluindo gigantes de petróleo e gás e empresas químicas, segundo o índice dos Fabricantes de Resíduos de Plásticos, cuja análise fornece uma visão sem precedentes sobre as petroquímicas e os seus financiadores.

O relatório, citado pelo Guardian, revelou pela primeira vez as empresas responsáveis pela produção de polímeros, que se transformam em plásticos descartáveis. O documento mostrou que a Austrália lidera a lista de países que mais geram resíduos plásticos de uso único ‘per capita’, à frente dos Estados Unidos (EUA), Coreia do Sul e Grã-Bretanha.

A ExxonMobil é o maior poluidor de resíduos plásticos descartáveis ​​do mundo, contribuindo com 5,9 milhões de toneladas, concluiu a análise da Fundação Minderoo da Austrália, que tem como parceiros a Wood Mackenzie, a London School of Economics e o Stockholm Environment Institute. A Dow, maior empresa química do mundo, sediada nos EUA, gerou 5,5 milhões de toneladas e a petrolífera chinesa Sinopec criou 5,3 milhões de toneladas.

Onze das vinte empresas estão sediadas na Ásia, quatro na Europa, três na América do Norte, uma na América Latina e uma no Médio Oriente, com a produção de plástico financiada por bancos globais, entre os quais se destacam o Barclays, o HSBC, o Bank of America, o Citigroup e o JPMorgan Chase.

A pegada ecológica dessas 20 maiores empresas equivale a mais da metade das 130 milhões de toneladas métricas de plástico descartável em 2019, apontou a análise.

Os plásticos descartáveis ​​são feitos quase exclusivamente de combustíveis fósseis, e, por serem alguns dos artigos mais difíceis de reciclar, originam toneladas de resíduos. Apenas entre 10% e 15% do plástico é reciclado a cada ano.

“Uma vez que a maior parte do plástico é feita de petróleo e gás – especialmente gás fraturado – a produção e o consumo de plástico estão a tornar-se um fator significativo para a crise climática”, disse Al Gore, ambientalista e ex-vice-Presidente dos EUA.

“Além disso, o lixo plástico resultante, principalmente de plásticos descartáveis, está a acumular-se em aterros, ao longo das estradas e em rios que carregam grandes quantidades para o oceano”, continuou.

Nos próximos cinco anos, a capacidade global de produção de polímeros virgens para plásticos descartáveis ​​pode crescer mais de 30%. Em 2050, o plástico deverá ser responsável por 5% a 10% das emissões de gases de efeito estufa.

“Uma catástrofe ambiental acena: muitos dos resíduos plásticos descartáveis ​​resultantes acabarão como poluição em países em desenvolvimento, que têm sistemas de gestão de resíduos deficientes”, disseram os autores do relatório.

De acordo com o relatório, a indústria de plásticos mundial operou com regulamentação mínima e transparência limitada durante décadas. “Essas empresas são a fonte da crise do plástico de uso único: a sua produção de novos polímeros ‘virgens’ a partir de matérias-primas de petróleo, gás e carvão perpetua a dinâmica de coleta e desperdício da economia dos plásticos”, sublinharam os autores.

A análise frisou que essa produção prejudica a mudança para uma economia circular, incluindo a produção de polímeros reciclados a partir de resíduos de plástico, reutilizando o plástico e usando materiais substitutos. Apenas 2% do plástico descartável foi feito de polímeros reciclados em 2019.

“A poluição por plástico é uma das maiores e mais críticas ameaças que o nosso planeta enfrenta”, disse o Andrew Forrest, presidente da Fundação Minderoo. “O panorama atual tende a piorar e não podemos permitir que os produtores de plásticos derivados de combustíveis fósseis continuem como têm feito, sem verificação. Com os nossos oceanos a sufocar e o plástico a afetar a nossa saúde, precisamos ver uma intervenção firme de produtores, governos e das finanças para quebrar o ciclo de inação”.

https://zap.aeiou.pt/relatorio-residuos-plastico-gerados-20-empresas-403691

 

Procuradores de Nova Iorque investigam empresas de Trump por suspeitas de fraude fiscal !

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, é suspeito de inflacionar património para obter empréstimos e de o desvalorizar para escapar aos impostos. Agora, a procuradora-geral de Nova Iorque juntou-se ao procurador distrital de Manhattan e abriu um processo-crime.


Três meses depois de o Supremo Tribunal dos EUA ter obrigado Donald Trump a entregar oito anos de declarações de impostos ao procurador distrital de Manhattan, no âmbito de um processo-crime por suspeitas de fraude fiscal, a procuradora-geral de Nova Iorque está a investigar as empresas de Donald Trump, o que, de certa forma, aumenta o risco legal para o próprio e para a família.

De acordo com o jornal Público, os dois gabinetes vinham investigando de forma isolada, desde 2018 e 2019, as finanças de Trump e da empresa Trump Organization. Enquanto o procurador distrital lidera um processo-crime, que expõe o ex-Presidente dos EUA a uma pena de prisão se vier a ser acusado e julgado; a procuradora-geral de Nova Iorque tinha aberto apenas um processo cível, que pode resultar na aplicação de pesadas multas em caso de condenação.

Em comunicado, o escritório da procuradora-geral de Nova Iorque informou que a investigação que estava em curso deixou de ser apenas de natureza civil e passou a ser criminal. “Estamos agora a investigar ativamente a Organização Trump”, garantem.

Fabien Levy, porta-voz da procuradora-geral do estado de Nova Iorque Letitia James, disse em declarações à BBC que a Organização Trump já foi informada de que a investigação deixou de ser “de natureza unicamente cível”.

“Estamos agora a investigar a Trump Organization em termos criminais, em conjunto com o gabinete do procurador distrital de Manhattan”, acrescenta.

Apesar de ter prometido durante a primeira campanha eleitoral, em 2016, que iria revelar as suas declarações de impostos, o ex-presidente dos Estados Unidos nunca chegou a fazê-lo e foi dizendo que estava a ser alvo de uma auditoria da agência fiscal, que não o impedia de tornar públicos os registos.

Os advogados da Trump Organization recusaram qualquer comentário até ao momento, mas Donald Trump já tinha defendido anteriormente que a investigação estava a ser liderada por um Democrata e que era uma caça às bruxas.

De acordo com a RTP, desde que saiu da Casa Branca, Trump já foi confrontado com pelo menos três investigações criminais.

Num outro processo, têm sido investigados negócios de Trump que remontam ao tempo antes da presidência, escreve o Jornal Económico.

https://zap.aeiou.pt/investigam-empresas-trump-fraude-fiscal-403811

 

Ucrânia denuncia repressão russa contra tártaros na Crimeia !

A Ucrânia denunciou na terça-feira o que descreveu como a repressão contínua da Rússia à minoria tártara na península da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014.


Esta denúncia foi expressada pelo ministro das Relações Externas, Dmytro Kuleba, ao assinalar o 77.º aniversário da deportação do grupo minoritário muçulmano pelo líder soviético Joseph Estaline. “Infelizmente, a Rússia continua a suprimir sistematicamente os tártaros da Crimeia”, disse em comunicado, citado agência France-Presse.

As declarações surgem logo após as tensões entre Kiev e Moscovo terem atingido o auge, com o Kremlin a enviar dezenas de milhares de soldados para a fronteira com a Ucrânia, visando realizar exercícios militares.

Os tártaros da Crimeia são uma minoria étnica predominantemente muçulmana, cuja grande maioria se opôs à tomada da Crimeia pela Rússia, afirmando que estão a ser perseguidos por se manifestarem contra o governo de Moscovo. 

Kuleba disse na terça-feira que a Rússia está a “orquestrar repressões com base na religião, privando os tártaros da Crimeia dos seus direitos económicos e linguísticos, apresentando acusações criminais contra eles”. O ministro pediu que a deportação desta etnia, principalmente para a Ásia Central, fosse reconhecida como “genocídio”.

O Ministério das Relações Externas da Ucrânia indicou que cerca de 230 pessoas, incluindo cerca de 160 tártaros, foram perseguidos politicamente na Crimeia desde 2014. Mais de 50 pessoas, incluindo 25 tártaros, morreram no decorrer de ações iniciadas pelas autoridades russas, em particular como resultado de tortura.

A Rússia nega ter realizado repressões políticas, mas regularmente anuncia prisões de “terroristas” islâmicos ou pró-ucranianos na Crimeia. Desde a anexação, as autoridades russas na península proibiram os tártaros de comemorar as deportações da era estalinista, que se assinalam a 18 de maio.

Em 2017, a Organização das Nações Unidas estimou que a situação dos direitos humanos “se deteriorou significativamente” na Crimeia e acusou a Rússia de cometer, com impunidade, “múltiplas e graves violações”.

https://zap.aeiou.pt/ucrania-repressao-russa-tartaros-crimeia-403678

 

Paris a Montreal - Primeiro voo intercontinental com óleo para fritar no combustível !

Um Airbus A350 da Air France levantou de Paris para Montreal (Canadá), no primeiro voo intercontinental a utilizar um combustível com uma mistura de 16% de óleo para fritar.


Este biocombustível, produzido na refinaria que o grupo petrolífero Total tem em La Mède, perto de Marselha (sudeste de França), pode evitar neste voo a emissão de 20 toneladas de dióxido de carbono (CO2), afirmaram numa declaração as quatro empresas parceiras na experiência, noticiou a agência Lusa.

A Airbus, a Air France, a Total e os Aeroportos de Paris (ADP) sublinharam que esta iniciativa conjunta concretiza a ambição de descarbonizar o transporte aéreo e desenvolver a produção em França de combustíveis sustentáveis para a aviação, um “pré-requisito” para a utilização nos aeroportos do país.

Segundo os cálculos da Air France, a utilização desta mistura de óleo de fritura representa um custo adicional por passageiro de cerca de quatro euros para a rota entre a capital francesa e a cidade canadiana. Para evitar uma perda de competitividade, o objetivo é generalizar a utilização destes biocombustíveis para todas as companhias aéreas.

A regulamentação francesa estipula que a partir de 2022, 1% dos biocombustíveis devem ser utilizados em todos os voos com partida do país, uma percentagem que terá de aumentar para 2% em 2025 e 5% em 2030.

Paralelamente a esta operação, a Airbus está a realizar uma série de testes para certificar aviões que podem utilizar 100% de biocombustíveis “nas próximas décadas”.

O grupo franco-holandês Air France-KLM gaba-se de ser um dos pioneiros na utilização destes combustíveis, com um primeiro voo de um avião KLM em 2009.

O seu diretor-geral, Benjamin Smith, salientou que os combustíveis sustentáveis, juntamente com a renovação da frota, são os principais mecanismos a médio prazo para o objetivo de reduzir, para metade, as emissões de CO2 por passageiro até 2030.

Por seu lado, o diretor-geral da Airbus, Guillaume Faury, apelou a todos os atores do setor para trabalharem em conjunto para aumentar o peso relativo destes biocombustíveis, que já poderiam ser utilizados com uma mistura de 50% nos aviões, “sem qualquer modificação ou impacto operacional”, o que reduziria o impacto ambiental.

https://zap.aeiou.pt/primeiro-voo-intercontinental-oleo-fritar-combustivel-403624

 

“Bizarra, vergonhosa e falsa.” - Carta aberta de 124 militares questiona saúde mental de Biden !

Uma carta aberta, assinada por 124 militares norte-americanos já reformados, pôs em xeque a saúde mental do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.


Além de questionar a capacidade mental do atual Presidente dos Estados Unidos, a carta aberta, assinada por 124 militares norte-americanos já reformados, sugere que as eleições de 2020 foram manipuladas.

“Sem eleições justas e honestas, que reflitam exatamente a vontade do povo, a nossa República Constitucional está perdida”, lê-se na carta divulgada pela Flag Officers 4 America. “O FBI e o Supremo Tribunal devem agir rapidamente quando surgirem irregularidades eleitorais e não ignorá-las, como foi feito.”

O estado mental de Joe Biden é também posto em causa, com os signatários, muitos deles fora do ativo há décadas, a manifestarem preocupações relacionadas com a saúde do Presidente norte-americano.

“O estado mental e físico do Presidente não pode ser ignorado. Biden deve ser capaz de tomar rapidamente decisões precisas em matéria de segurança nacional, envolvendo a vida e a integridade física em qualquer local, a qualquer hora”, justificam no documento, citado pelo Independent.

Os antigos oficiais não deram mais detalhes, nem listaram doenças específicas. Como prova, a carta cita apenas “recentes indagações da liderança democrata sobre os procedimentos do código nuclear”, que, segundo os signatários, “levantam a questão sobre quem está no comando”.

Na passada quinta-feira, no Twitter, Hillary Clinton repudiou a missiva, afirmando que é “bizarra, vergonhosa e falsa“.

Alguns peritos militares também denunciaram a carta num relatório do Politico. Um oficial da Marinha, que não quis ser identificado, disse que era “perturbadora e imprudente“. Já Marybeth Ulrich, uma coronel aposentada da Força Aérea, apelidou-a de “antidemocrática”.

Em 2019, um relatório médico divulgado pelo médico de Joe Biden, Kevin O’Connor, descreveu o Presidente dos Estados Unidos como um “homem de 77 anos de idade, saudável e vigoroso, que está apto para executar com sucesso as funções da Presidência”.

A Casa Branca comprometeu-se a divulgar, ainda este ano, outra avaliação médica.

https://zap.aeiou.pt/carta-militares-saude-mental-biden-403598

 

Empresa de Donald Trump alvo de inquérito penal !

A Trump Organization, a empresa do ex-Presidente norte-americano Donald Trump, é alvo de um inquérito penal, anunciou na terça-feira a procuradora do estado de Nova Iorque.


“Informámos a Trump Organization que o nosso inquérito a esta empresa já não é apenas de natureza civil”, disse um porta-voz da procuradora Letitia James, em comunicado, citado pela agência Lusa. “Investigamos agora ativamente a Trump Organization em matéria penal, juntamente com o procurador de Manhattan”, acrescentou.

O grupo inclui centenas de empresas ligadas a Trump ou aos seus próximos, incluindo hotéis, empresas imobiliárias e campos de golfe.

De acordo com a agência France-Presse, o procurador de Manhattan, o democrata Cyrus Vance, iniciou uma investigação em 2018 que inicialmente se centrou nos pagamentos feitos antes das eleições presidenciais de 2016 a duas supostas amantes do republicano, e se expandiu para incluir alegações de fraude fiscal, fraude de seguros ou fraude bancária.

Esta investigação está a ser conduzida de forma confidencial perante um grande júri.

Em fevereiro, o procurador Cyrus Vance obteve as declarações fiscais de Trump nos últimos oito anos, bem como as da Trump Organization, após uma longa batalha judicial.

https://zap.aeiou.pt/eua-empresa-trump-alvo-inquerito-penal-403613

 

“Síndrome de Havana” - Funcionários do Pentágono acreditam que se trata de um ataque militar russo !

Os misteriosos episódios que causaram lesões cerebrais em espiões, diplomatas e soldados norte-americanos somam agora mais de 130 pessoas lesadas.


Tudo começou há cinco anos, quando um grupo de diplomatas norte-americanos, que trabalhavam em Cuba e na China, começou a enfrentar sérios problemas de saúde.

De acordo com o The New York Times, os ataques continuaram em todo o mundo, incluindo na Europa. Desde dezembro, três agentes da CIA revelaram ter sofrido sintomas graves depois de terem realizado missões no estrangeiro, e exigiram receber tratamento ambulatório no hospital militar Walter Reed, em Washington.

Num caso particular, que não foi relatado anteriormente, um oficial militar a servir no exterior teve de parar o carro num cruzamento, depois de ter sentido fortes dores de cabeça e náuseas. O filho de 2 anos, sentado no banco de trás da viatura, começou a chorar.

Assim que se afastou do cruzamento, as náuseas pararam quase de imediato e a criança acalmou-se. Ambos receberam tratamento médico, mas não está claro se sofreram efeitos debilitantes de longo prazo.

A Administração Biden ainda não conseguiu determinar o culpado pelos episódios, nem se constituem ataques estrangeiros.

Apesar disso, alguns funcionários do Pentágono acreditam que a agência de inteligência militar da Rússia, a GRU, está por trás deste caso, que envolve um menino de 2 anos. Além disso, revela o NYT, surgiram outras evidências que apontam o dedo à Rússia.

Ainda assim, as agências de inteligência não concluíram qualquer causa ou se está envolvido qualquer poder estrangeiro nos misteriosos episódios, também conhecidos como “Síndrome de Havana”.

A Rússia continua a negar qualquer envolvimento.

No mês passado, o Congresso exigiu mais esforços por parte da CIA numa reunião à porta fechada, em que o Comité de Inteligência do Senado acusou a agência de fazer muito pouco para investigar os episódios e de mostrar, até recentemente, ceticismo.

É de salientar que, durante a Administração Trump, alguns membros da agência disseram que havia poucas provas que apoiavam a teoria de que a responsável pelo fenómeno seria uma potência estrangeira, argumentando que não fazia sentido para a Rússia ou outro serviço de inteligência estrangeiro fazer este tipo de ataques contra norte-americanos.

Outros duvidaram da causa das lesões cerebrais.

https://zap.aeiou.pt/sindrome-havana-pentagono-russo-403610

 

Rússia aprova lei que pode excluir das eleições o movimento de Navalny !

O Parlamento russo aprovou, esta terça-feira, o primeiro rascunho da lei que pode proibir os membros de organizações “extremistas” de se candidatarem a eleições.


Os deputados russos aprovaram, esta terça-feira, uma lei que visa proibir os membros de organizações classificadas como extremistas de se candidatarem a eleições, o que está a ser lido como visando o movimento do opositor Alexeï Navalny.

As organizações de Navalny estão atualmente em julgamento e o Ministério Público pediu que fossem classificadas como “extremistas”, a quatro meses das eleições legislativas de setembro e num contexto de impopularidade do partido do Governo, Rússia Unida.

Apesar de ter sido aprovada por 293 votos contra 45, para entrar em vigor a lei ainda precisa de ser aprovada em mais duas rondas pela Duma (o Parlamento russo), e depois passar pelo Conselho da Federação, a câmara alta do Parlamento – procedimentos que normalmente são uma formalidade em instituições controladas pelo Kremlin.

Desde o início do ano, as autoridades russas intensificaram os ataques judiciais contra Navalny e as atividades das suas organizações, antes das eleições legislativas de setembro.

Esta eleição pode ser particularmente delicada para o partido Rússia Unida, afetado pelo cansaço dos eleitores, estagnação económica e escândalos de corrupção, mesmo que o Presidente Vladimir Putin continue popular, ao fim de 20 anos no poder.

Alexei Navalny, que é inelegível desde 2017, está preso desde janeiro e foi condenado a dois anos e meio de prisão por um caso de fraude datado de 2014, considerado um caso político. A detenção de Navalny ocorreu durante o seu regresso à Rússia, após uma convalescença de vários meses devido ao envenenamento de que acusa o Kremlin.

O texto da lei votado esta terça-feira proíbe qualquer pessoa envolvida em organizações “extremistas” de se candidatar às eleições legislativas.

Com efeito retroativo, a lei visa qualquer pessoa que tenha ocupado cargo de responsabilidade numa organização até cinco anos antes de ser qualificada como “extremista”, período que é reduzido para três anos no caso de militantes de base ou simpatizantes.

A votação deste texto foi marcada por críticas de alguns deputados do partido Rússia Justa e dos comunistas, cujos votos, na maioria das vezes, estão sintonizados com a estratégia do Kremlin.

“São violados tantos dispositivos constitucionais (neste projeto) que nem sei como podemos discuti-los e como podemos votar”, denunciou Valéri Gartoung, do partido Rússia Justa.

https://zap.aeiou.pt/russia-excluir-eleicoes-movimento-navalny-403550

 

quinta-feira, 20 de maio de 2021

“Estou preocupado” - Ex-piloto da Marinha dos EUA diz que via OVNIs “todos os dias” !


Um antigo piloto da Marinha dos Estados Unidos diz que, durante anos, viu Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) “todos os dias”.

Depois de anos a ignorar a questão, uma task force do Pentágono prepara-se para revelar publicamente, em junho, um longo relatório sobre “fenómenos aéreos não identificados”.

Enquanto isso, Ryan Graves, um antigo piloto da Marinha dos Estados Unidos da América, garante que, durante anos, viu OVNIs “todos os dias”. Em declarações à CBS News, Graves disse que ao longo de dois anos, a partir de 2015, viu estranhos objetos a voar num espaço aéreo restrito em Virginia Beach, na costa leste do país.

Segundo o ex-tenente, os objetos avistados podem significar algum tipo de ameaça. “Eu estou preocupado, sinceramente. Se fossem jatos táticos de outro país a passarem por lá, seriam um problema enorme”.

Em 2015, na Flórida, a câmara de um dos membros do esquadrão de Graves detetou um estranho objeto no horizonte.

OVNI encontrado pelo esquadrão de Ryan Graves.

“Olha só, está a girar! Meu Deus! Eles estão todos a ir contra o vento, o vento está a 120 nós a oeste. Olha para esta coisa, meu!”, diz um dos pilotos ao avistar o OVNI.

Graves admite que, por vezes, tem dificuldades em ser levado a sério dada a bizarria das suas alegações.

“Como parece um pouco diferente, não estamos dispostos a encarar realmente o problema. Estamos felizes em simplesmente ignorar o facto de que eles estão lá fora, observando-nos todos os dias”, disse à CBS.

Ainda recentemente, o jornal The New York Times publicou uma reportagem com uma série de vídeos de avistamentos que relançou o debate sobre OVNIs. Desde então, membros da Força Aérea e da Marinha falaram publicamente sobre estranhos avistamentos de objetos que pareciam ter desafiado as leis da Física.

https://zap.aeiou.pt/ex-piloto-ovnis-todos-os-dias-403427

 

Não há cessar-fogo à vista em Gaza - EUA criticam comentários “antissemitas” de Erdogan !

A escalada de violência entre Israel e o Hamas já causou a morte de 217 palestinianos e 12 israelitas, dez dias depois do início das ofensivas.


Apesar dos pedidos da comunidade internacional para um cessar-fogo imediato, os ataques na faixa de Gaza continuam. Na madrugada desta quarta-feira, conta a agência Reuters, os bombardeamentos de Israel prosseguiram, assim como os rockets lançados pelos Hamas.

Quase 450 edifícios na Faixa de Gaza já foram destruídos ou ficaram gravemente danificados, incluindo seis hospitais e o único laboratório que fazia testes de covid-19 no enclave palestiniano. Cerca de 48 mil dos 52 mil deslocados palestinianos fugiram para 58 escolas administradas pelas Nações Unidas.

O Exército israelita afirmou que atingiu alvos dos militantes palestinianos nas cidades de Khan Younis e Rafah, com 52 aviões a atingir 40 alvos subterrâneos num período de 25 minutos.

A rádio Al-Aqsa, administrada pelo Hamas, contou que um de seus jornalistas foi morto num ataque aéreo em Gaza. Os médicos do hospital Shifa adiantaram que o repórter estava entre os cinco corpos levados esta manhã ao centro hospitalar.

O Hamas e a Jihad Islâmica afirmam ainda que pelo menos 20 dos seus combatentes foram mortos, enquanto Israel afirma que o número é de pelo menos 130.

Os militares israelitas disseram que também foram disparados foguetes contra a passagem de peões em Erez e na passagem de Kerem Shalom, onde ajuda humanitária estava a ser levada para Gaza, forçando o encerramento das duas.

Militantes palestinianos já dispararam mais de 3700 rockets contra Israel, mas o país diz que as suas defesas aéreas têm uma taxa de intercetação de 90% destes.

“Precisamos de um novo dicionário para descrever o que sentimos e o impacto psicológico. (…) Se uma pessoa não é morta, é ferida. Se não é ferida, perdeu a casa ou outra coisa. Se não perdeu propriedade, talvez tenha perdido alguém querido. Uma pessoa sente-se ferida emocionalmente, não se sabe lidar com esta devastação toda, esta destruição à nossa volta”, afirmou Abier Almasri, que trabalha com a ONG Human Rights Watch em Gaza, num vídeo publicado no Instagram.

Esta terça-feira, numa nova reunião do Conselho de Segurança da ONU, França propôs a adoção de uma resolução sobre o que chamam conflito israelo-palestiniano, depois de uma reunião entre o Presidente francês, Emmanuel Macron, o Presidente egípcio, Abdel Fattah Al-Sissi, e o Rei Abdullah II da Jordânia.

“Os três países concordaram em três elementos simples: os disparos devem cessar, chegou o momento de um cessar-fogo e o Conselho de Segurança da ONU deve ocupar-se do assunto”, referiu o Eliseu.

“Ouvimos a proposta feita pelo nosso colega francês no Conselho e, para a China, certamente, apoiamos todos os esforços para facilitar o fim da crise e o regresso à paz no Médio Oriente”, disse aos jornalistas Zhang Jun, embaixador da China na ONU e presidente em exercício do Conselho durante este mês de maio.

O embaixador chinês na ONU disse que o texto de uma declaração proposta pelo seu país, Noruega e Tunísia, que tem sido rejeitada pelos Estados Unidos durante mais de uma semana, permaneceu em cima da mesa.

Esta terça-feira, também o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um novo apelo no Twitter, lembrando que estamos a assistir a um “enorme sofrimento humano” e a “danos significativos em casas e infraestruturas vitais” em Gaza.

“Peço à comunidade internacional para que assegure fundos adequados para as operações humanitárias em Gaza”, apelou o português.

UE exige cessar-fogo imediato, Hungria abstém-se

Na reunião de emergência desta terça-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) exigiram um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, com a Hungria a abster-se desta tomada de posição europeia.

“Tenho o prazer de anunciar que 26 dos 27 membros apoiaram este sentido geral da discussão […] e estou bastante satisfeito porque houve um apoio importante a um texto que reconhece como prioridade a cessação imediata de toda a violência e a implementação de um cessar-fogo, não só de o acordar, mas de o concretizar”, declarou o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell.

Falando em conferência de imprensa em Bruxelas, no final da videoconferência, Borrell apontou que o único país a abster-se de firmar esta tomada de posição foi a Hungria”, sendo que “não é uma novidade” que o tenha feito.

Explicando que convocou esta reunião “porque a situação é realmente má e os Estados-membros estavam a tomar posições”, sendo “necessário coordenar uma resposta da UE”, o responsável explicou que foi adotado pelos 26 “um texto que reflete o sentido geral da discussão”.

Assim, a tomada de posição tem como primeiro objetivo “proteger os civis e garantir pleno acesso humanitário a Gaza”, nomeadamente depois de a “escalada de violência nos últimos dias ter levado a um elevado número de baixas civis, mortes e feridos, entre os quais um elevado número de crianças e de mulheres, o que é inaceitável”, acrescentou o Alto Representante da UE para a Política Externa.

“Mais uma vez, condenamos os ataques do Hamas, um grupo terrorista, no território de Israel e apoiamos plenamente o direito de Israel à sua defesa, mas também o consideramos que isto tem de ser feito de forma proporcional e respeitando o direito humanitário internacional”, vincou.

O chefe da diplomacia europeia salientou que “isso também se aplica aos palestinianos”, que “têm direito a defender-se”, vincando que, nesta posição comum, houve ainda “um forte apoio sobre a importância de não proceder a despejos“.

“Consideramos que a segurança para Israel e a Palestina requer uma verdadeira solução política porque só uma verdadeira solução política sólida poderia trazer a paz”, adiantou.

O chefe da diplomacia europeia disse ainda ser crucial, “no dia depois de amanhã, quando a violência acabar”, haja esforços de ambas as partes para “explorar um novo compromisso […] abrindo o caminho para o potencial lançamento do processo de paz, que se encontra num impasse há demasiado tempo”.

Josep Borrell concluiu dizendo que “a realização de eleições palestinianas deve ser considerada uma prioridade”, pedindo “a todos que não obstruam e facilitem este processo eleitoral”.

EUA criticam comentários “antissemitas” de Erdogan

“A linguagem antissemita não tem lugar em lado nenhum”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, em comunicado, no qual também qualificou as observações de Recep Tayyip Erdogan de “repreensíveis”.

Esta segunda-feira, o Presidente turco acusou o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, de “escrever história com sangue nas mãos” por apoiar Israel.

Os Estados Unidos instaram Erdogan e outros líderes turcos “a absterem-se de comentários inflamatórios, que poderiam incitar a mais violência”, sublinhando que leva “a sério a violência que frequentemente acompanha o antissemitismo e as mentiras perigosas que o sustentam”.

Horas antes, a Casa Branca tinha insistido na necessidade de deixar a diplomacia trabalhar de forma “silenciosa” para se alcançar o “fim da violência” em Gaza.

Na segunda-feira, Biden tomou pela primeira vez uma posição pública a favor de um cessar-fogo, após ter recebido pressões de membros do Partido Democrata e de outros países para desempenhar um papel mais ativo na crise no Médio Oriente.

Controlada pelo movimento radical islâmico Hamas desde 2007, a Faixa de Gaza é um enclave palestiniano sob bloqueio israelita há mais de uma década e onde vivem cerca de dois milhões de pessoas.

Os atuais combates, considerados os mais graves desde 2014, começaram a 10 de maio após semanas de tensões entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do Islão junto ao local mais sagrado do judaísmo.

Palestinianos entraram em confrontos com a polícia em resposta às operações policiais israelitas durante o Ramadão e à ameaça de despejo de dezenas de famílias palestinianas por colonos judeus.

O conflito israelo-palestiniano remonta à fundação do Estado de Israel, cuja independência foi proclamada em 14 de maio de 1948.

https://zap.aeiou.pt/nao-ha-cessar-fogo-a-vista-em-gaza-403557

 

Ninguém sabe do paradeiro dos Evangelhos Garima - Um dos maiores tesouros do mundo cristão !

 

Depois de terem sobrevivido a 1.500 anos de história num mosteiro remoto, os Evangelhos Garima enfrentam agora a sua ameaça mais grave.


Um dos maiores tesouros do mundo cristão, guardado durante mais de 1.500 anos no norte da Etiópia, pode não ter sobrevivido à última ameaça.

Os Evangelhos Garima, escritos em pele de cabra e datados de entre 330 e 650 d.C., estão numa área que está sitiada há meses pelos exércitos da Etiópia e da Eritreia. Locais religiosos próximos do mosteiro Abba Garima, em Tigray, foram bombardeados e preciosos artefactos saqueados, pelo que se teme que tenha acontecido o pior a este tesouro.

“É assustador para muitos de nós pensar que estes Evangelhos e outros artefactos antigos estão no caminho do perigo”, disse Suleyman Dost, professor do Departamento de Estudos Judaicos e do Oriente Próximo da Universidade Brandeis, em Massachusetts, citado pelo The Globe and Mail.

“Os Evangelhos Garima não estão apenas entre os primeiros textos completos das escrituras cristãs, como também nos oferecem um raro vislumbre da língua, religião e história da antiga Etiópia”, acrescentou.

O jornal online avança que os Evangelhos Garima, cópias encadernadas e ilustradas dos Quatro Evangelhos do Novo Testamento escritas na língua etíope clássica Ge’ez, são um dos tesouros do antigo reino Axumita, cujo coração está agora engolfado pela zona de guerra em Tigray.

“A guerra ameaça inúmeros vestígios de valor inestimável deste período, incluindo inscrições, edifícios religiosos e manuscritos que foram diligentemente preservados em mosteiros durante séculos”, afirmou Dost.

O reino Axumita, cujos territórios se estendiam pelo Mar Vermelho até ao Iémen, foi um dos grandes impérios culturais e económicos daquele tempo e um dos primeiros estados a aceitar o Cristianismo como religião oficial, no início do século IV, antes mesmo do Império Romano.

A capital, Axum, é conhecida como o lar da Arca da Aliança – outra relíquia sagrada cujo destino é, atualmente, desconhecido.

Os Evangelhos Garima são mais antigos do que os manuscritos ocidentais mais famosos, como o Livro de Kells, e têm um vínculo mais estreito com os evangelhos gregos originais.

Ao matutino, Michael Gervers, historiador da Universidade de Toronto, explicou que “são de extrema importância para a cultura cristã como um todo”. “A sua perda seria desastrosa para a herança cultural judaico-cristã.”

A guerra em Tigray destruiu grande parte da herança religiosa e cultural da Etiópia, mais até do que as invasões de Ahmad ibn Ibrahim al-Ghazi, que queimou igrejas e manuscritos em todo o país no século XVI.

O historiador e os seus colegas estão atentos aos mercados de antiguidades, caso alguém tente vender os manuscritos. “Seria uma ofensa ao Cristianismo se os Evangelhos Garima acabassem à venda”, afirmou, acrescentando que há ainda a possibilidade de os soldados terem queimados os manuscritos “por despeito”.

https://zap.aeiou.pt/onde-estao-evangelhos-garima-403350

 

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