terça-feira, 20 de julho de 2021

Borrel afirma que mundo não irá superar a pandemia antes de 2023 !

Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia, entende que a Europa está a “sair do túnel”, mas a situação ainda é difícil na América do Sul, África e Índia.


O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, disse no sábado que “o mundo como um todo” não vai superar a pandemia antes de 2023, embora a Europa esteja já “a sair do túnel”.

A Europa está a “sair do túnel”, mas a situação ainda é difícil na América do Sul, África e Índia, disse Borrel.

“O mundo como um todo não vai superar o vírus até 2023. Perante nós está uma longa luta contra a pandemia”, afirmou, de acordo com a televisão pública croata HRT, no XIV Fórum de Dubrovnik, dedicado ao impacto da pandemia nas relações geoestratégicas e na economia global.

Borrell dirigia-se aos ministros dos Negócios Estrangeiros de dez países da Europa Central e dos Balcãs – Albânia, Croácia, República Checa, Eslováquia, Eslovénia, Grécia, Letónia, Macedónia do Norte, Malta e Montenegro – e outros diplomatas.

O alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros considerou que a pandemia de covid-19 vai deixar um mundo diferente, mais digital e com novas desigualdades.

“Todos estamos cientes das consequências futuras, mas também da solução para a crise provocada pela pandemia, que é a vacinação”, disse.

Borrell defendeu a doação de vacinas a países pobres para impulsionar o desenvolvimento económico, bloqueado pela pandemia, lembrando os alertas da ONU de que a falta de remédios em algumas regiões significará diferenças na recuperação e mais instabilidade no mundo.

A este respeito, mencionou as doações europeias para o mecanismo global COVAX, uma plataforma de vacinação promovida pela Organização Mundial de Saúde.

Borrell acusou a Rússia e a China de promoverem “diplomacia de vacinas” para reforçar os seus interesses no mundo e alertou que a UE deve “estar ciente disso e agir de acordo com a situação”.

Indicou que, sobretudo, a influência da China no mundo é crescente e que a cooperação é “cada vez mais difícil” com Pequim, embora tenha defendido o entendimento devido à importância do país asiático.

“Até 25% do crescimento económico global este ano vem da China”, alertou.

Borrell considerou que a competição entre a China e os Estados Unidos moldará o mundo nas próximas décadas e que a União Europeia deve traçar o seu caminho “olhando através de suas próprias lentes”.

“Com os Estados Unidos compartilhamos a história, o sistema político e económico. Estaremos sempre próximos de Washington, mas devemos olhar para o mundo com os nossos interesses em mente”, disse Borrell, acrescentando que o diálogo da UE com o governo do presidente Joe Biden na China é “positivo e construtivo”.

https://zap.aeiou.pt/borrel-pandemia-ate-2023-416343

 

Políticos distraídos com smartphones ? A IA apanha-os em flagrante delito !

O artista Dries Depoorter criou um algoritmo de Inteligência Artificial (IA) que identifica os políticos do Parlamento belga em flagrante quando se distraem com os seus smartphones durante os debates.

Na Bélgica, todos os debates parlamentares são transmitidos em direto no YouTube. O artista Dries Depoorter desenvolveu um sistema que combina machine learning com reconhecimento facial para apanhar os políticos que mais se distraem com o smartphone.

No site do seu mais recente projeto, batizado The Flemish Scrollers, o artista explica que o software foi escrito na linguagem de programação Python, usando um sistema de machine learning para detetar smartphones e outro de reconhecimento facial para identificar o político em questão.

O IFL Science detalha que o programa monitoriza as transmissões ao vivo no YouTube, deteta os políticos que estão a mexer nos smartphones e compara o tempo de uso com a duração do debate.

Quando apanha um político distraído, o software publica um clipe de vídeo nas contas do Instagram e Twitter. Todas as publicações são acompanhadas por um pedido: “pls stay focused!” (“por favor mantenha-se focado”).

Há dois anos, o primeiro-ministro belga, Jan Jambon, foi apanhado a jogar Angry Birds durante um debate. No entanto, muitos utilizadores nas redes sociais defendem que os políticos podem estar a usar o smartphone momentaneamente para tratar de algum assunto urgente, consultar e-mails ou artigos.

Para já, não se sabe se este projeto conseguirá reduzir o número de políticos distraídos durante as sessões no parlamento belga. Certo é que, desde que arrancou, a 5 de julho, o software já apanhou quatro políticos agarrados ao telemóvel.

https://zap.aeiou.pt/politicos-distraidos-com-smartphones-416108

Idosa belga morreu infetada com duas variantes da covid-19 !

Uma belga de 90 anos morreu depois de adoecer com covid-19. A idosa estava infetada com a variante Alpha (do Reino Unido) e a variante Beta (da África do Sul).


Investigadores belgas relataram, este domingo, o caso inédito de uma nonagenária que morreu em março com covid-19, após ter sido infetada simultaneamente por duas variantes diferentes, a Alpha (britânica) e a Beta (sul-africana), um fenómeno que, alertam, está “subestimado”.

“Este é um dos primeiros casos documentados de coinfecção com duas variantes preocupantes do SARS-CoV-2″, disse a autora do estudo, a bióloga molecular Anne Vankeerberghen, citada num comunicado do Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ECCMID).

No Brasil, dois casos de pessoas infetadas por duas variantes diferentes foram relatados em janeiro num estudo, mas esse “ainda não foi publicado em revista científica”, explicou o ECCMID.

A 3 de março de 2021, a mulher de 90 anos, sem antecedentes médicos em particular e não vacinada, foi internada num hospital na cidade belga de Aalst após várias quedas, de acordo com este estudo de caso, apresentado no congresso e revisto por pares no comité de seleção.

A idosa, que testou positivo para covid-19 ao chegar, apresentava inicialmente “um bom nível de saturação de oxigénio e nenhum sinal de dificuldade respiratória”, segundo o ECCMID.

No entanto, “rapidamente desenvolveu sintomas respiratórios agravados e morreu cinco dias depois”, afirma a nota.

Segundo a bióloga do hospital OLV em Aalst, “é difícil dizer se a coinfecção por duas variantes desempenhou um papel na rápida deterioração da condição do paciente”.

Em extensos testes e mediante sequenciamento, o hospital descobriu que a idosa tinha sido infetada com duas variantes do vírus que causa a covid-19: uma originária do Reino Unido, chamada Alpha, e a outra inicialmente detetada na África do Sul, chamada Beta.

“As duas variantes estavam a circular na Bélgica na época (março de 2021), então é provável que a mulher tenha sido coinfectada por duas pessoas diferentes. Infelizmente não sabemos como ela foi contaminada”, acrescentou Vankeerberghen.

Até o momento, “não há nenhum outro caso publicado” de coinfecção com duas variantes, apontou a investigadora, que considera “crucial” continuar o sequenciamento e o estudo de um fenómeno “provavelmente subestimado”.

https://zap.aeiou.pt/idosa-morre-infetada-duas-variantes-416334

 

Em 1959, três homens que acreditavam ser Jesus Cristo fizeram parte de uma experiência pouco ética !

Em 1959, no Hospital Estatal Ypsilanti no Michigan, EUA, viviam três homens que acreditavam ser a figura bíblica de Jesus Cristo. Todos tinham sido diagnosticados com esquizofrenia e fizeram parte de uma experiência eticamente duvidosa.


O psicólogo Milton Rokeach estava convencido de que poderia pôr fim às ilusões dos três homens juntando-os no mesmo espaço durante várias sessões.

A primeira reunião foi – como seria de esperar – um pouco tensa. Como estavam inabalavelmente convencidos de quem eram, tornaram-se hostis quando foram confrontados com alguém que reclamava a sua própria identidade.

Ainda assim, segundo o IFL Science, Clyde, Joseph e Leon compareceram a todas as sessões, apesar de não terem surtido qualquer efeito: em vez de questionarem a sua própria crença de que eram Jesus, incorporaram os outros dois pacientes nas suas crenças ilusórias.

Clyde, por exemplo, acreditava que os outros dois não estavam vivos. “As máquina estão a falar. Retira-lhes as máquinas e eles não falam. Não se pode matar os que têm máquinas dentro deles”, dizia.

Joseph argumentava que os seus “colegas” eram “pacientes num hospital psiquiátrico e o facto de serem pacientes prova que são loucos“. Leon, por sua vez, acreditava que os outros dois eram deuses menores, ou reencarnações do capitão Davy Jones e do rei Mathius.

A experiência durou dois anos e, com o tempo, o psicólogo usou técnicas diferentes, muitas vezes antiéticas. O portal escreve que chegaram a contratar uma atraente assistente de investigação numa tentativa de conseguir que Leon se apaixonasse por ela, usando-a para pôr fim à sua crença.

À medida que o tempo foi passando, a relativa simpatia que os homens demonstraram ter uns pelos outros desmoronou-se, desencadeado lutas físicas e verbais.

A experiência não foi, de todo, um sucesso. No final, Rokeach escreveu um relatório no qual apresenta um olhar fascinante sobre crença e identidade, mas também admite a natureza pouco ética do seu trabalho e a manipulação dos seus pacientes.

Eu não tinha o direito, mesmo em nome da Ciência, de fazer de Deus e interferir 24 horas por dia na vida quotidiana” dos três homens, escreveu.

“Eu não consegui curar os três Cristos dos seus delírios, mas eles conseguiram curar a minha ilusão, semelhante à de Deus, de que poderia mudar as suas crenças organizando e reorganizando omnipotente e omniscientemente a sua vida quotidiana.”

https://zap.aeiou.pt/tres-homens-que-acreditavam-jesus-cristo-416144

 

A primeira escola do mundo impressa a 3D já funciona em África (e pode salvar o sistema de educação !

Cada vez mais, a impressão 3D está a tornar-se numa tendência pelo mundo fora. Agora, também já há uma escola fabricada através deste método.


Apesar do alto custo desta tecnologia, o Grupo CDC, com sede no Reino Unido, quer desmistificar a ideia de que esta técnica só é usada em grandes empreendimentos.

Assim, a empresa imprimiu uma escola em 3D em apenas 18 horas. O estabelecimento de ensino, que está sediado no Malaui, já conta coma presença de vários alunos.

As instalações da escola, construídas em velocidade recorde, foram agora transferidas para a comunidade local na zona de Yambe, no distrito de Salima.

“Estou impressionada com o novo edifício – a sua durabilidade e o design proporcionam o espaço e as instalações que os alunos não tinham antes”, referiu Juliana Kuphanga Chikandila, ministra da Educação, Juventude e Desporto do Malaui.

A responsável frisa que este estabelecimento “é notavelmente diferente das escolas que estão a ser construídas na zona de Yambe e no distrito de Salima, e deverá atrair mais alunos, fazendo com que retornem à educação”.

A 14 Trees, uma joint venture pertencente ao Grupo CDC que trabalha para atender às necessidades de infraestruturas na África, realça que esta é a primeira escola impressa em 3D do mundo.

“Agora que apresentamos o conceito no Malaui, esperamos expandir essa tecnologia em toda a região”, afirmou Miljan Gutovic, diretor regional da empresa. O empreendimento tem projetos semelhantes em desenvolvimento no Quénia e no Zimbabué.

Além do avanço tecnológico, a construção desta escola também tem um outro foco muito importante: o social.

A UNICEF estima que só no Malaui faltam 36.000 salas de aula, o que deixa milhares de alunos sem acesso a uma educação digna.

Para colmatar este problema, diz o Interesting Engineering, seriam necessários 70 anos de uso de métodos de construção convencionais.

É neste sentido, que a 14 Trees considera que a tecnologia de impressão 3D pode ajudar a resolver o problema em apenas 10 anos.

Numa parceria entre o Grupo CDC e a Lafarge Holcim, uma multinacional franco-suíça de materiais de construção, as empresas querem construir casas, escolas e infraestrutura sociais a preços acessíveis em África de modo a colmatar as várias carências.

Para o processo de impressão, o empreendimento deverá usar a tinta Lafarge Holcim, que além de reduzir o tempo de construção, requer menos materiais em comparação com outras opções. Por outro lado, o método carateriza-se por ser amigo do ambiente.

No entanto, o processo não é totalmente automatizado. A equipa usa uma grande impressora para construir as paredes da estrutura, mas são necessários trabalhadores qualificados para dar conta do processo de instalação de portas, janelas, telhados e outros detalhes.

Esta acaba por ser uma vantagem em termos económicos, pois desta forma a empresa de construção vai ter capacidade para criar mais empregos e qualificar a mão de obra no país.

https://zap.aeiou.pt/primeira-escola-mundo-impressa-3d-415423

 

 

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Biden exige a Putin que tome medidas contra ciberataques russos !

Joe Biden telefonou a Vladimir Putin e disse-lhe os EUA estão preparados para retaliar, caso os ataques contra empresas e infraestruturas continuem.


O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, exigiu a Vladimir Putin, por telefone, que “tome medidas” contra os cibercriminosos russos que atuam em território norte-americano, reiterando que poderá responder aos ciberataques.

A conversa ocorreu menos de um mês depois de os dois chefes de Estado terem-se encontrado em Genebra, na Suíça, quando Biden alertou para a sucessão de ataques cibernéticos a empresas e infraestruturas dos EUA provenientes da Rússia.

De acordo com um comunicado da Casa Branca, os Estados Unidos tomarão as medidas necessárias 

“Biden salientou a necessidade de a Rússia agir para bloquear os grupos de ransomware e enfatizou que está comprometido e envolvido numa ameaça mais ampla do ransomware”, adiantou a Casa Branca.

Após a última conversa entre os dois chefes de Estado, em junho, seguiu-se uma série de ataques de ransomware em infraestruturas vitais e em grandes corporações, elevando a ameaça a um problema urgente de segurança nacional para a Administração Biden.

Um ataque em maio a um oleoduto que fornece cerca de metade do combustível utilizado na costa este dos Estados Unidos fez com que a Colonial Pipeline paralisasse temporariamente as operações.

A empresa, segundo a agência noticiosa Associated Press, pagou cerca de 4,4 milhões de dólares (cerca de 3,7 milhões de euros) pelo resgate. As autoridades norte-americanas conseguiram recuperar grande parte dessa quantia numa operação de aplicação da lei em junho.

Os hackers também extorquiram à maior processadora de carne do mundo, JBS SA, 11 milhões de dólares (cerca de 9,27 milhões de euros).

https://zap.aeiou.pt/biden-exige-a-putin-que-tome-medidas-416249

 

Cidade na Flórida aceita proposta para construir túnel da Boring Company !


O mayor de Fort Lauderdale, na Flórida, Estados Unidos, aceitou uma proposta da empresa de Elon Musk para construir um túnel subterrâneo para ligar o centro da cidade à praia.

“Fort Lauderdale aceitou formalmente uma proposta da Boring Company para construir um sistema de trânsito subterrâneo entre o centro da cidade e a praia. (…) Esta pode ser uma forma verdadeiramente inovadora de reduzir o congestionamento provocado pelo trânsito”, escreveu na sua conta do Twitter o mayor Dean J. Trantalis.

O projeto, batizado “The Las Olas Loop”, irá oferecer um “um acesso mais rápido e eficiente entre o centro da cidade e a praia, além de aliviar o trânsito”, pode ler-se no comunicado da autarquia, publicado na semana passada, relativo às negociações com a empresa de Elon Musk.

A Boring Company oferece um sistema de transporte chamado “loop”, que se define como um “sistema de transporte público subterrâneo de alta velocidade, totalmente elétrico e sem emissões, no qual os passageiros são transportados para o seu destino sem paragens”, cita o canal russo RT.

No entanto, a construção destes túneis tem sido criticada por não corresponder às expectativas e devido aos riscos que a sua construção poderá ter nas zonas costeiras.

No site Gizmodo, a colaboradora Dharna Noor escreveu mesmo que a construção deste “loop” em Fort Lauderdale é uma má ideia por razões climáticas e geológicas, por ser uma área de terrenos feitos de calcário, areia e marga, todos materiais altamente permeáveis ​​e porosos.

Noor explicou que o risco de inundações à medida que o oceano invade esta zona do país faz com que as cidades da Flórida estejam a tomar medidas para adaptar as suas infraestruturas, construindo sistemas de bombeamento para enviar a água de volta para o mar.

“Construir um túnel da Boring Company seria um passo na direção oposta“, concluiu.

Se andar para a frente, este será o segundo projeto deste tipo da empresa de Musk, depois de uma iniciativa semelhante em Las Vegas.

https://zap.aeiou.pt/cidade-florida-tunel-boring-company-416166

 

“Coelhinhas” - Guardas prisionais e pessoas externas abusam sexualmente de reclusas em Maputo !

A comissão criada para investigar a denúncia de exploração sexual numa cadeia feminina em Maputo concluiu que houve abuso sexual de reclusas por guardas prisionais e “pessoas externas”, mas os casos ocorreram no interior do estabelecimento penitenciário.


No relatório final, apresentado hoje em conferência de imprensa em Maputo, a comissão esclarece que não encontrou evidências sobre a alegada rede de exploração sexual denunciada pela organização não-governamental Centro de Integridade Pública (CIP), em que guardas prisionais forçam mulheres reclusas a sair da cadeia para se prostituírem, mas encontrou elementos da existência de casos de funcionários prisionais que se aproveitam da condição vulnerável das reclusas, abusadas sexualmente.

“No cômputo geral, os eventos [constatados pelos psicólogos] são caracterizados e classificados em forma de abuso sexual no sistema penitenciário. O abuso sexual na prisão aconteceu de várias formas”, declarou Elisa Samuel, relatora da comissão, na leitura das conclusões do trabalho.

De acordo com o relatório, o abuso sexual na cadeia foi praticado por guardas penitenciários e por “pessoas externas“, que entravam na prisão em festas promovidas ao fim de semana ou feriados, com complacência de altos funcionários da prisão.

“Em outros casos, os agentes exigiram sexo em troca de comida, drogas ou promessas de tratamento privilegiado”, acrescentou a relatora da comissão.

Refere-se ainda que as reclusas denunciaram vários casos em que foram obrigadas a fazer abortos após relações com guardas prisionais, algumas das quais descritas pela comissão como “aparentemente consensuais”, embora baseadas em ameaças.

“A maioria das reclusas engravidou mais de uma vez e foi forçada a fazer aborto, recorrendo aos serviços das enfermeiras afetas ao estabelecimento penitenciário”, relata o documento, que sugere um instrumento jurídico específico para penalizar guardas que se envolvam com reclusas.

A comissão sugere ainda uma reflexão sobre a condição das mulheres reclusas em Moçambique, alertando para a possibilidade de existirem casos similares em outros estabelecimentos penitenciários.

“Os resultados desta investigação podem não captar a dimensão do problema, impondo-se a necessidade de se continuar a investigar”, frisou Elisa Samuel, considerando que a denúncia do Centro de Integridade Pública tem “lacunas e insuficiências”, mas é importante porque levanta o debate sobre a situação das mulheres reclusas no país.

O relatório da denúncia da alegada rede para a exploração sexual produzido pelo CIP indicava que as mulheres eram obrigadas a sair da cadeia para se prostituírem, num “negócio lucrativo” e em que as reclusas eram tratadas “como uma mercadoria com um preço”, só ao alcance de pessoas com algumas posses em Maputo.

“Pombinhas”, “coelhinhas” são alguns dos termos usados pelos guardas prisionais para se referirem às mulheres durante a negociação com os clientes.

O método passa por acertar o dia, o local do encontro e o preço – os guardas podem receber cerca de 40 a 400 euros por cada reclusa entregue, acrescentou o documento da ONG.

Para a realização do trabalho, a comissão de inquérito realizou 53 entrevistas com reclusas, reuniu-se com os denunciantes, o CIP, e membros da direção suspensa.

O Estabelecimento Penitenciário Especial para Mulheres de Maputo alberga um total de 96 reclusas, distribuídas por oito celas, com capacidade para 20 pessoas cada.

O caso levantou a indignação de vários setores da sociedade moçambicana, tendo sido submetida à Procuradoria-Geral da República uma queixa crime contra a direção do estabelecimento penitenciário por 17 organizações de defesa dos direitos das mulheres.

https://zap.aeiou.pt/guardas-prisionais-abusam-reclusas-415676

 

McDonald’s está a substituir trabalhadores do drive-thru por IA !

A McDonald’s está a substituir os trabalhadores do drive-thru por Inteligência Artificial em alguns dos seus restaurantes nos Estados Unidos. Até agora registou cerca de 85% de eficiência.


Há alguns anos, a McDonald’s fez um teste num dos seus restaurantes nos Estados Unidos, em que colocou um sistema de Inteligência Artificial a atender os pedidos de drive-thru. Agora, a empresa expandiu essa ideia e está a testar a tecnologia em dez restaurantes em Chicago.

No entanto, não é expectável que tão cedo encontre uma espécie de Siri a atender o seu pedido quando for a um drive-thru — seja em Portugal ou até nos Estados Unidos.

“Há um grande salto entre ir de 10 restaurantes em Chicago para 14.000 restaurantes nos EUA com um número infinito de permutações promocionais, permutações de menu, permutações de dialeto, clima — e por aí fora”, admitiu o CEO da McDonald’s Chris Kempczinski, citado pelo Big Think.

Para aqueles que acham que a inovação é prematura demais, talvez tenham de pensar duas vezes. Basta olhar para os restaurantes McDonald’s que têm máquinas onde podemos fazer o nosso pedido e até pagar. Até já podemos fazer o nosso pedido através de uma aplicação móvel, em que um condutor leva a refeição a casa.

A Inteligência Artificial está a evoluir a um ritmo avassalador e o setor da restauração está a recebê-la de braços abertos.

Há quem defenda que a automação melhorará a segurança alimentar, uma vez que os robôs são fáceis de limpar e nunca ficam doentes. No entanto, muitos temem que isto leve a uma diminuição dos postos de trabalho.

Ainda assim, a tecnologia da McDonald’s está longe de ser perfeita — registando uma taxa de eficiência de 85%. Um em cada cinco pedidos ainda precisa da ajuda de um humano. Todavia, Kempczinski diz que o maior desafio tem sido garantir que os trabalhadores não intervenham quando a Inteligência Artificial está a ter dificuldades.

O CEO estima que pode levar apenas cinco anos para que um lançamento generalizados nos Estados Unidos aconteça.

https://zap.aeiou.pt/mcdonalds-substituir-drive-thru-ia-415476

 

Laurent tem 11 anos, licenciou-se em Física em nove meses e procura a imortalidade !

Com 11 anos, e em apenas nove meses, Laurent Simons licenciou-se em Física pela Universidade de Antuérpia, na Bélgica. A “imortalidade” é o seu objetivo.


A idade é só um número e Laurent Simons é o exemplo disso mesmo. Com 11 anos e muito sonhos por cumprir, este menino prodígio terminou a licenciatura em Física em apenas nove meses, sendo que esta requer um mínimo de três anos.

De acordo com o The Brussels Times, a criança tirou a licenciatura “com distinção” e vai agora continuar os estudos. “Este ano, também tirou alguns cursos do programa de mestrado. Depois do Verão, vai iniciar oficialmente o seu mestrado” de Física, disse o porta-voz da universidade belga.

Laurent Simons não quer bater recordes. “Imortalidade, esse é o meu objetivo. Quero poder substituir o maior número possível de partes do corpo por partes mecânicas”, disse. “Tracei um caminho para lá chegar. A física quântica – o estudo das partículas mais pequenas – é a primeira peça do puzzle.”

“Há duas coisas importantes num estudo deste tipo: adquirir conhecimentos e aplicá-los. Para alcançar a segunda, quero trabalhar com os melhores professores do mundo, olhar dentro dos seus cérebros e descobrir como pensam”, acrescentou a criança.

Laurent entrou para a escola primária com apenas 4 anos e aos seis já frequentava o ensino secundário, que terminou com apenas nove.

Foi nessa altura que ingressou em Engenharia Eletrónica, na TU Eindhoven, nos Países Baixos, mas entrou em litígio com a faculdade que frequentava depois de os professores terem dito que precisava de mais tempo para desenvolver aspetos como “compreensão, criatividade e análise crítica”.

Os pais decidiram entrar em contacto com outras universidades e o menino acabou por escolher a Universidade de Antuérpia, na Bélgica, de onde é natural.

https://zap.aeiou.pt/laurent-simons-11-anos-licenciatura-fisica-415324

 

Bruxelas utilizará “todos os instrumentos” caso Hungria não corrija lei sobre LGBTIQ !

A Comissão Europeia vai utilizar “todos os instrumentos disponíveis” para defender os “princípios fundamentais” europeus caso a Hungria não “corrija” a lei sobre os direitos das pessoas LGBTIQ, advertiu hoje a presidente da instituição, Ursula von der Leyen.


“Se a Hungria não corrigir a situação, a Comissão vai usar todos os poderes que estão ao seu alcance, enquanto guardiã dos Tratados”, afirmou Von der Leyen.

A presidente da Comissão Europeia falava na sessão plenária do Parlamento Europeu, que decorre esta semana em Estrasburgo, tendo o tema em debate sido a cimeira europeia da semana passada, que ficou marcada pela discussão, entre os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE), sobre a lei contra as pessoas LGBTIQ na Hungria.

Referindo que nenhuma questão, durante a reunião dos líderes, foi “tão importante” como o debate sobre esta lei, porque aborda “os valores e a identidade” europeia, Von der Leyen caracterizou a legislação húngara, uma lei que impede que “filmes, notícias ou publicações onde figurem lésbicas ou homossexuais sejam mostrados a menores de 18 anos”, por considerar que “essas informações têm repercussões negativas no desenvolvimento físico e mental dos menores”.

“A homossexualidade é equiparada à pornografia. Esta legislação é uma legislação que utiliza a proteção das crianças – que é um princípio que todos defendemos – como uma desculpa para discriminar as pessoas devido à sua orientação sexual”, afirmou a presidente do executivo comunitário.

Perante os aplausos dos eurodeputados, Von der Leyen reiterou assim que a legislação húngara é uma “vergonha”, e defendeu que é “contrária aos valores da União Europeia”, que consistem na “proteção da dignidade humana, na igualdade, e na preservação dos direitos humanos”.

“Há muitos lugares no mundo onde se pode ganhar bem e fazer grandes negócios. No entanto, quando se trata de viver em paz e liberdade, não há melhor lugar do que a Europa. A Europa é diversa e os europeus são diversos. E, no entanto, mantemo-nos juntos: são os nossos valores que nos unem”, indicou.

Nesse sentido, a presidente da Comissão Europeia referiu que, durante a cimeira do Conselho Europeu, os chefes de Estado e de Governo da UE deixaram “muito claro” que apoiam o executivo comunitário nas medidas que quiser tomar, e reiterou que irá usar “todos os instrumentos disponíveis” para “defender os princípios fundamentais” do bloco.

“Quero ser clara: nós podemos usar estes poderes independentemente do Estado-membro que estiver a violar a legislação europeia. Desde o início do meu mandato, lançámos 40 procedimentos de infração ligados à proteção do Estado de direito e de outros valores da UE. Caso seja necessário, seguir-se-ão outros procedimentos”, salientou.

A presidente da Comissão Europeia referiu assim que a UE não pode “ficar a olhar impávida” enquanto “regiões inteiras se declaram zonas livres de pessoas LGBTIQ”.

“A Europa nunca irá permitir que partes da nossa sociedade sejam estigmatizadas seja devido a quem amam, à sua idade, etnia, opinião política ou crença religiosa. Porque nunca nos podemos esquecer: quando defendemos uma parte da nossa sociedade, estamos a defender a liberdade da nossa sociedade como um todo”, referiu.

“Nós não discriminamos, nós integramos”

No mesmo debate, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também abordou a questão da lei húngara, referindo que os direitos LGBTIQ não são “um assunto marginal”, mas antes um “exemplo concreto da maneira como uma sociedade se posiciona perante a diversidade e a dignidade humana”.

“Toca nas nossas crenças e pensamentos mais íntimos, nas nossas liberdades fundamentais. Na União Europeia, nós não discriminamos, nós integramos”, salientou Charles Michel.

A Hungria aprovou a 15 de junho uma lei proibindo “a promoção” da homossexualidade junto de menores de 18 anos, o que desencadeou a inquietação dos defensores dos direitos humanos, numa altura em que o Governo conservador de Viktor Orbán multiplica as restrições à comunidade LGBT.

O novo diploma húngaro “introduz uma proibição da ‘representação e da promoção de uma identidade de género diferente do sexo à nascença, da mudança de sexo e da homossexualidade’ junto de pessoas com menos de 18 anos”, indicam os países signatários, condenando “uma forma flagrante de discriminação assente na orientação sexual, na identidade e na expressão do género”.

https://zap.aeiou.pt/bruxelas-hungria-lgbtiq-415351

 

Donald Trump disse que “Hitler fez muitas coisas boas” e chocou o seu chefe de gabinete !

Foi numa visita à Europa, para assinalar o 100.º aniversário do fim da I Guerra Mundial, que Donald Trump disse a John Kelly: “Na verdade, Hitler fez muitas coisas boas”.


Quando ainda estava no cargo de Presidente dos Estados Unidos, e durante uma viagem à Europa para assinalar o 100.º aniversário do fim da I Guerra Mundial, em 2018, Donald Trump terá defendido a recuperação económica na Alemanha Nazi nos anos 30 e chocou o seu chefe de gabinete, John Kelly, com as suas afirmações.

As revelações surgem em Frankly, We Did Win This Election, um livro escrito por Michael Bender, jornalista do The Wall Street Journal.

O The Guardian, que já recebeu uma cópia adiantada da obra, revela que Trump terá dito ao seu chefe de gabinete que, “na verdade, Hitler fez muitas coisas boas“. A frase deixou Kelly “chocado”, como o próprio admite no livro.

Segundo o diário britânico, o chefe de gabinete da Casa Branca tentou explicar ao governante quais países estavam de que lado no conflito e “tentou ligar a I Guerra Mundial à II e todas atrocidades de Hitler”.

Donald Trump também foi entrevistado para este livro e nega ter dito tal coisa sobre o ditador que governou a Alemanha entre 1933 e 1945 sob a ideologia nazi.

No entanto, são várias as testemunhas anónimas que contradizem o ex-Presidente norte-americano, que, além de ter proferido esta frase, a defendeu com a recuperação económica na Alemanha nazi nos anos 30, mesmo depois de John Kelly “dizer ao Presidente que estava errado”.

“Kelly reagiu e defendeu que os alemães teriam ficado melhor pobres do que sujeitos ao genocídio nazi”, sublinhando que, mesmo que haja um fundo de verdade quanto à esfera económica, “não se pode dizer nada que apoie Adolf Hitler“.

Kelly saiu da Casa Branca em 2019 e, desde aí, tornou-se um crítico acérrimo do ex-Presidente. O antigo chefe de gabinete disse a amigos que Donald Trump foi “a pessoa com mais falhas” que já conheceu, entre elas a “chocante falta de respeito pela História“, mais concretamente as experiências de “qualquer raça, religião ou crença”.

Ao longo dos anos, Trump fez alguns comentários positivos sobre grupos de extrema-direita e de supremacia branca.

Em 2017, um supremacista branco avançou com um carro sobre uma multidão em protesto em Charlottesville, no estado da Virgínia, vitimando mortalmente uma pessoa e ferindo outras 19.

Na altura, Trump atribuiu culpas iguais aos manifestantes de esquerda e de extrema-esquerda e aos apoiantes da extrema-direita que estiveram no local. “Acho que há culpa dos dois lados”, disse, depois de considerar haver “pessoas boas de ambas as partes”.

No ano passado, num debate no âmbito das eleições presidenciais, Donald Trump recusou-se a condenar explicitamente milícias armadas de extrema-direita, proferindo antes “Proud Boys, afastem-se e aguardem”.

https://zap.aeiou.pt/donald-trump-disse-hitler-fez-coisas-boas-415294

 

A Grande Demissão: Os americanos estão a despedir-se em número recorde !

Fenómeno surge em contra-ciclo, já que os mais recentes números divulgados revelam uma melhoria robusta da economia norte-americana. Investigações desenvolvidas no passado, no âmbito da psicologia organizacional, ajudam a compreender e a justificar a tendência.


Os números de desemprego nos Estados Unidos da América bateram recordes no início da pandemia, com a evolução do indicador a servir como barómetro para avaliar uma possível recuperação. Semanalmente, os relatórios com dados relativos aos pedidos de subsídio de desemprego são aguardados com muita expectativa tanto pelos organismos oficiais como pelos analistas.

Entre Fevereiro e Abril de 2020 — período marcado pela anúncio da Organização da Mundial de Saúde de que a propagação da Covid-19 já se enquadrava no quadro de uma pandemia —, o número de desempregados passou de 5.717.000 para 23.109.000.

Em Junho de 2021, a taxa de desemprego situava-se nos 5.9% — correspondente a 9,3 milhões de pessoas, menos 850 mil do que no mês anterior —, muito abaixo dos 14.8% registados em Abril de 2020 — num claro sinal de melhora.

Numa resposta ao relatório do último mês, Joe Biden foi rápido a apontar “as mudanças no poder dinâmico do mercado”. “A força da nossa economia está a ajudar-nos a inverter o guião. Em vez de os trabalhadores estarem a competir entre si por postos de trabalho que são escassos, os empregadores estão a competir uns com os outros para para atrair funcionários”, disse, citado pelo The Guardian.

No entanto, uma nova tendência laboral — um tanto imprevisível — começa a verificar-se no contexto americano: os pedidos de demissão.

De facto, durante o mês de Abril, quando os números de pedidos para subsídios de desemprego desceram para as marcas mais baixas desde o início da pandemia, no início de 2020, quatro milhões de trabalhadores escolheram deixar os seus empregos, um fenómeno que não acontecia, nesta escala, desde 2000, como aponta a BBC.

Como tal, a pergunta impõe-se: por que motivo estão os norte-americanos a pedir a demissão em números tão elevados?

As respostas, apontam os especialistas, estão diretamente relacionados com a pandemia. Anthony Klotz, investigador especialista em psicologia organizacional, estudou uma fenómeno semelhante há alguns anos, batizando-o de “A Grande Demissão” — um “realinhamento no mercado de trabalho em que um número considerável de pessoas, por diversos motivos, escolhem despedir-se”.

Apesar de os motivos variarem de indivíduo para indivíduo, Klotz, investigador na Escola de Negócios Mays, da Universidade do Texas A&M, aponta quatro explicações para a vaga de demissões estar a acontecer agora, num momento em os Estados Unidos da América se preparam para entrar no pós pandemia.

Esgotamento e epifanias

A primeira justificação são os trabalhadores que já tinham intenções de se demitir antes da pandemia, mas que, por uma questão de segurança, optaram por permanecer no seu emprego até agora.

“Entre 2015 e 2019, o número de demissões nos Estados Unidos cresceu de forma consistente, mas o número caiu muito em 2020, o que faz sentido dada a incerteza da pandemia. As pessoas optaram por se manter no emprego, mesmo que quisessem deixá-lo”, explicou Klotz.

De acordo com os analistas, estima-se que o ano de 2020 tenha registado, nos EUA, menos seis milhões de demissões do que esperado.

Agora, com a melhoria da situação pandémica — com especial destaque para o processo de vacinação —, um cenário laboral mais favorável parece surgir para aqueles desejosos de uma mudança.

Paralelamente, o “esgotamento do trabalho” também pode ser um fator na equação. “Sabemos por diversas pesquisas que, quando as pessoas se sentem esgotadas no trabalho, é mais provável que saiam”, resumiu o investigador.

“Vimos inúmeras histórias de trabalhadores essenciais, mas também de muitas pessoas que trabalharam de casa e tentaram equilibrar o tempo da família e do trabalho, que experimentaram altos níveis de esgotamento durante a pandemia.

Atualmente, há mais trabalhadores ‘esgotados’ do que o normal.” Segundo Klotz, a única solução para este problema seria “um bom período de descanso” — algo que nem sempre é possível, mas que abre a porta à demissão.

Os momentos de revelação ou epifania também são consideradas por Anthony Klotz como uma justificação para o fenómeno. Estes episódios acontecem quando uma pessoa, ainda que feliz com a sua função, passa por uma situação que a faz querer demitir-se, algo como uma promoção recusada ou um aumento salarial negado.

“Com a pandemia, sofremos um impacto que nos fez reavaliar as nossas vidas. Algumas pessoas perceberam que querem passar mais tempo com a família, outras sentem que agora o trabalho não é tão importante como pensavam, enquanto que outras querem, por exemplo, lançar um negócio próprio”, avança o especialista em psicologia organizacional.

Klotz resume a situação da seguinte forma: “Muitas pessoas estão a considerar fazer mudanças nas suas vidas e isso implica uma mudança na carreira”.

Ampliação do teletrabalho

A quarta explicação sugerida prende-se com a adaptação (e preferência) dos trabalhadores ao modelo de teletrabalho. No entanto, perante as perspetivas de controlo da pandemia e retoma das atividades, muitas empresas anseiam pelo regresso dos trabalhadores aos seus escritórios.

Estas visões contrárias têm levado muitos profissionais a abandonar os postos de trabalho em busca de uma oportunidade profissional que se enquadre nas suas preferências.

“Como seres humanos, temos a necessidade fundamental de desfrutar de autonomia. Quando se trabalha à distância, consegue-se estruturar o dia à maneira de cada um e há muita mais flexibilidade do que no escritório”, refere Klotz.

“Por isso, muitas pessoas não querem perder essa liberdade. Existem pessoas que se estão a demitir para procurar empregos que funcionem só com trabalho remoto ou em modalidade híbrida”, conclui.

De acordo com um estudo internacional encomendado pela Microsoft, 70% dos funcionários querem que as suas empresas mantenham a opção, de forma flexível, de trabalho remoto, enquanto 45% dos trabalhadores em teletrabalho pretendem mudar de local de residência, já que não precisam de se deslocar para o trabalho.

Simultaneamente, as empresas também parecem cada vez mais dispostas a conceder essas possibilidades aos trabalhadores. Segundo dados fornecidos pelo LinkedIn à BBC, anúncios na plataforma com referência a teletrabalho aumentaram cinco vezes entre Maio de 2020 e 2021, com o setor dos media e da comunicação a liderar a oferta (27%), seguido pela indústria de software e tecnologia de informação (22%).

Novas oportunidades (com salários mais elevados)

Finalmente, há uma última justificação para a vaga de pedidos de demissão que decorre atualmente nos EUA. Trata-se da valorização dos trabalhadores, consequência da pandemia.

De facto, uma parte considerável das demissões ocorreram nos setores da hotelaria e da restauração, o que levou os empregadores, durante o processo de reabertura da economia, a ter que oferecer incentivos, como salários mais elevados, para preencher os lugares deixados vagos.

“Há muita rotatividade em cargos de baixa remuneração, nos quais as pessoas não têm perspetivas de progressão na carreira. Se um profissional encontra um emprego com um salário mais alto, mudar não vai trazer qualquer custo”, explicou a economista Julia Pollak ao The New York Times.

Anthony Klotz, por sua vez, destaca o desempenho positivo da economia como fator de empoderamento dos trabalhadores. “Há muitas oportunidades de trabalho disponíveis atualmente. Portanto, se forem trabalhadores isso é bom porque dá opções”, refletiu.

https://zap.aeiou.pt/a-grande-demissao-americanos-recorde-415038

 

A Inteligência Artificial já dá voz aos jogos de computador, e, os atores não estão contentes !

A polémica surge após um mod do jogo The Witcher 3 incluir novas falas para a personagem Geralt of Rivia, produzidas a partir da voz original do ator Doug Cockle. Apesar da reação positiva dos fãs, os atores de voz temem pelo futuro da profissão e há quem discuta as consequências éticas da edição de vozes humanas sem o consentimento dos seus donos.


As barreiras da Inteligência Artificial estão constantemente a ser desafiadas pelo ser humano nos mais diversos formatos. Recentemente, um programador de jogos — um modder, na linguagem do setor — elevou ainda mais a barreira ao adicionar novas possibilidades ao jogo The Witcher 3.

Na mais recente versão (não oficial), intitulada A Night to Remember (Uma Noite para Recordar, em português), foram adicionadas novas linhas de voz à personagem Geralt of Rivia, produzidas a partir da voz original do ator Doug Cockle.

Segundo as informações disponibilizadas, a tecnologia utilizada para proceder à criação de novas falas foi o CyberVoice, software originalmente produzido pela empresa russa Mind Simulation Lab, também envolvida no produção da CyberMind — tecnologia capaz de desenvolver personalidades digitais para os NPC, personagens ‘não jogáveis’.

Segundo explica o Input, o CyberMind providencia a informação usada durante a criação das referidas personagens, enquanto que o CyberVoice dá voz às mesmas.

O Mind Simulation Lab já tinha trabalhado com a voz de atores humanos no passado. Ainda assim, a voz da personagem Geralt foi criada “com recurso a faixas de áudio gratuitas misturadas com outra voz”.

O trabalho desenvolvido pelo Mind Simulation Lab, na área da engenharia do som, ajuda a transformar manualmente as vozes para que sejam o mais semelhantes possível às originais.

Apesar da reação positiva dos fãs do jogo às inovações introduzidas (também de conteúdo), alguns atores de voz e alguns analistas não ficaram tão satisfeitos com a novidade, que causou controvérsia nas redes sociais.

No Twitter, Jay Britton, cuja voz pode ser ouvida em jogos como Divinity: Original Sin 2 ou Pathfinder, descreveu a situação como “de partir o coração”.

“Sim, a Inteligência Artificial talvez seja capaz de substituir coisas, mas deverá fazê-lo? Somos nós, literalmente, quem decide a questão. Substituir atores por Inteligência Artificial não é só um campo de minas em termos legais, é também uma escolha desprovida de alma”, argumentou Britton.

A polémica não é nova no setor dos jogos. Recentemente, a criadora de jogos Obsidian lançou um vídeo onde descreve o seu trabalho na plataforma Sonantic — destinada a transformar texto em discurso —, o qual consiste em testar linhas de discurso através de Inteligência Artificial para perceber se estas funcionam, antes de as substituir (ou não) por vozes humanas.

A reação, nervosa, dos atores de vozes para jogos não demorou a fazer-se ouvir.

Natalie Winter, que dá a voz a personagens de jogos como Assassin’s Creed: Valhalla, confidenciou ao InPut que a sua preocupação natural, assim como a dos seus colegas, é que a tecnologia acabe por roubar os seus trabalhos.

“Acredito que isso vá acontecer. É triste pensar que, se as vozes resultantes da Inteligência Artificial se tornarem suficientemente boas para serem amplamente utilizadas, as nossas oportunidades voltarão a diminuir.”

Uma visão contrária tem Leonid Derkyants, CEO do Mind Simulation Lab, que não hesita em defender a presença da tecnologia no setor dos jogos. “Nós criamos uma versão digital das vozes dos atores para que os NPC possam responder a perguntas dos jogadores, fora das histórias de missões, com as mesmas vozes”, explicou Derkyants.

“Tendo em conta que elas formam as suas respostas de forma independente e memorizam novos factos, é impossível dar voz a isso antecipadamente. Seria estranho se, nesse caso, as personagens falassem com uma voz diferente.”

Para além das questões relacionadas com o futuro profissional dos atores de vozes, outras dúvidas surgem com o uso da Inteligência Artificial para estes fins. Como se impede alguém, seja um criador de jogos isolado ou um estúdio profissional, de usar a voz de terceiros para proferir, por exemplo comentários racistas ou homofóbicos sem o seu consentimento?

Para Zeena Qureshi, CEO da Sonantic, o discurso ofensivo não deverá ser uma preocupação, pelo menos na sua empresa. Segundo Qureshi, quando a Sonantic “modela” a voz dos seus atores faz questão de se assegurar que estes concordam com o conteúdo final onde a sua voz será usada. “Se os nossos atores não estão confortáveis com algo, então é um não imediato”.

Também o Mind Simulation Lab, na voz (real) do seu CEO, diz prestar muita atenção às questões éticas da Inteligência Artificial. Segundo Leonid Derkyants, a “paródia” da voz da personagem Geralt não está disponível para uso público.

Ainda assim, e tal como aponta o modder de A Night to Remember, durante o projeto terá pedido ao Mind Simulation Lab linhas de discurso especificas, as quais terão sido disponibilizadas — deitando por terra o argumento de Derikyants.

https://zap.aeiou.pt/a-inteligencia-artificial-ja-da-voz-aos-jogos-de-computador-e-os-atores-nao-estao-contentes-414593

 

 


Canadá atingido por mais de 710.000 relâmpagos num intervalo de 15 horas !

Associado a um clima mais ameno, o Canadá está a suportar uma intensa onda de calor, exacerbada pelos incêndios florestais, cujas nuvens de fumo causaram mais de 710.000 relâmpagos numa única noite.

As temperaturas recordes atingiram o noroeste do Pacífico e, com o aumento dos incêndios florestais, 90% da vila de Lytton, na Colúmbia Britânica, ficou queimada após registar a temperatura mais alta de todos os tempos do Canadá, 49.6 graus Celsius.

As nuvens causadas pelos incêndios, conhecidas como ‘cumulonimbus flammagenitus’, formam-se sobre uma fonte de calor e lançam uma intensa chuva de relâmpagos, alimentando ainda mais as chamas, como explica um artigo do Interesting Engineering.

Na quarta-feira, o meteorologista Chris Vagasky escreveu no Twitter que a Rede de Deteção de Relâmpagos da América do Norte detetou 710.117 relâmpagos na Colúmbia Britânica e no noroeste de Alberta, entre a tarde de 30 de junho e o início de 01 de julho.

A onda de calor deste ano foi definida como “histórica, perigosa, prolongada e sem precedentes”, pelo Serviço Meteorológico Nacional. A 29 de junho, o país registou um novo recorde de temperatura, 49,6 graus Celsius. Mais de 130 pessoas morreram, a maioria delas idosa ou com problemas de saúde.

O incêndio que em Lytton vitimou duas pessoas. Desde 04 de junho, os bombeiros enfrentam mais de 180 incêndios florestais na Colúmbia Britânica, com 70% destes causados por relâmpagos, de acordo com o British Columbia Wildfire Service.

https://zap.aeiou.pt/canada-relampagos-15-horas-415172

Israel reporta queda da eficácia da vacina da Pfizer na prevenção de infeções !

Israel reportou, esta segunda-feira, uma diminuição na eficácia da vacina Pfizer/BioNTech na prevenção de infeções por covid-19 e de sintomas.


Quem avança a notícia é o Diário de Notícias que dá conta de que o declínio da eficácia coincidiu com a disseminação da variante Delta e o fim das restrições de distanciamento social em Israel.

Apesar da redução da eficácia da vacina na prevenção de infeções e doenças sintomáticas, que caiu para 64% desde 6 de junho, o imunizante continua a ser altamente eficaz (93%) na prevenção da doença grave e de hospitalizações, disse o Ministério da Saúde israelita.

Em maio, funcionários do Ministério tinham publicado um relatório que mostrava que duas doses da vacina da Pfizer proporcionavam mais de 95% de proteção contra infeções, hospitalizações e doenças graves. Mas, agora, com a disseminação da variante Delta no território israelita, esses dados mudaram.

Segundo um porta-voz da Pfizer, outro estudo que mostra que os anticorpos produzidos pela vacina ainda foram capazes de neutralizar todas as variantes testadas, incluindo a Delta, embora com uma força reduzida.

Cerca de 60% dos 9,3 milhões de pessoas que compõe a população de Israel receberam pelo menos uma injeção da vacina da Pfizer, numa campanha que viu os casos diários caírem de mais de 10 mil em janeiro para um apenas dígito no último mês.

A redução drástica de casos levou Israel a relaxar regras como o distanciamento social e a obrigação do uso de máscara, embora esta última tenha sido parcialmente reposta nos últimos dias, devido à disseminação da variante Delta.

Possível ligação com casos de inflamação cardíaca

As autoridades sanitárias israelitas encontraram uma ligação provável entre a vacina da Pfizer/BioNTech e casos de inflamação cardíaca, adiantou também o Ministério da Saúde, citado na quarta-feira pela Bloomberg.

Segundo veicula a agência de notícias, em causa estão dezenas de casos de inflamação cardíaca em homens jovens após a segunda dose da vacina.

Depois de a agência reguladora do medicamento dos EUA, a Food and Drug Administration (FDA), ter autorizado a utilização da vacina para a faixa etária dos 12 aos 16 anos, o Ministério da Saúde disse na quarta-feira que, apesar da possível ligação, vai expandir a vacinação a jovens.

De acordo com um estudo realizado por entidades oficiais de saúde, foram identificados 275 casos de miocardite entre dezembro de 2020, quando a campanha de vacinação começou, e maio de 2021, incluindo 148 casos no prazo de um mês após a vacinação.

Destes, 27 casos ocorreram após a primeira dose e 121 após a segunda dose. Em ambas as situações, cerca de metade dos casos ocorreram em pessoas com patologias prévias.

De momento ainda não existe a indicação de que os casos sejam resultado da vacina, disse a Pfizer, num comunicado.

A miocardite é frequentemente causada por infeções virais, e as infeções por covid-19 têm sido relatadas como causadoras da doença, argumentou o fabricante americano de medicamentos.

A BioNTech afirmou que foram administradas globalmente mais de 300 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus e que o “perfil de risco do benefício” da vacina continua a ser positivo.

“Uma avaliação cuidadosa dos relatórios está em curso e ainda não foi concluída”, disse a empresa. “Os efeitos adversos, incluindo a miocardite e a pericardite, estão a ser exaustivamente analisados pelas empresas, bem como pelas autoridades reguladoras”, acrescentou o fabricante.

A maioria dos casos ocorreu em homens jovens, sobretudo entre os 16 e 19 anos, que maioritariamente foram hospitalizados durante quatro dias ou menos. Segundo o Ministério da Saúde, 95% dos episódios foram considerados ligeiros.

“Os riscos de contrair o novo coronavírus são mais elevados do que os riscos de tomar a vacina”, acentuou o Ministério da Saúde. O número de pessoas que contraíram miocardite é pequeno e, na maioria dos casos, os pacientes recuperaram sem complicações.

https://zap.aeiou.pt/israel-queda-eficacia-pfizer-414945

 

quarta-feira, 14 de julho de 2021

“Birds Aren’t Real” - Nova teoria da conspiração diz que os pássaros foram substituídos por drones !

O movimento “Birds Aren’t Real”, que afirma que os pássaros não são mais reais, organizou um comício nos Estados Unidos (EUA) defendendo que estes animais foram substituídos por drones.

O grupo defende ainda que o responsável pela decisão de substituir os pássaros por drones foi do antigo Presidente dos EUA, Barack Obama, em 2001. De acordo com o movimento, estes pássaros robôs são usados ​​para monitorizar a população, noticiou o IFL Science.

“Onde tudo começou. 26 de outubro de 2001”, lê-se na legenda de uma publicação do grupo na sua página oficial no Instagram. “No dia em que o fraudulento e perverso Patriot Act foi aprovado pelo Congresso. Não posso assistir a esses vídeos horríveis em público, tremo incontrolavelmente de raiva. Choro. Não consigo ficar quieto”, refere a descrição.

“Depois de o governo ter matado o último pássaro real, em 2001, lançou as versões beta do primeiro protótipo de drones de pássaros, como divulgado nestas filmagens. QUE COINCIDÊNCIA que em 27 de outubro de 2001, PEARL HARBOR aconteceu. Ainda assim, ninguém parece ver a correlação. Ovelhas”, acrescenta ainda.

“Chamem-me de desinformado, chamem-me de estúpido, chamem-me de pouco educado, eu não me importo. Só porque não fui para o ensino secundário não significa que seja menos inteligente. Simplesmente não sofri lavagem cerebral e fui institucionalizado como todos vocês”, conclui.

O movimento, que conta com vários apoiantes, organizou uma manifestação em Springfield, no Missouri, na qual estive presente um grande número de pessoas.

Concebida pela primeira vez por um estudante universitário, em 2017, a teoria da conspiração afirma que, na década de 1950, a CIA pretendia vigiar toda a população dos EUA e impedir que os pássaros defecassem nos carros dos seus agentes, tendo substituído esses animais por robôs.

Segundo a mesma teoria, em 1969, o Presidente John F. Kennedy foi assassinado por se opor ao plano, depois de ver um protótipo do “Turkey X500”. Após vários testes e atualizações, continua a teoria, os pássaros foram libertados, em 2001, por Obama.

https://zap.aeiou.pt/nova-conspiracao-passaros-drones-415143

 

 

“Devíamos estar preocupados”. Mais alta temperatura em 100 anos na terra do Pai Natal !

A Lapónia, conhecida como a terra do Pai Natal, atingiu a sua temperatura mais alta dos últimos 100 anos, com os termómetros a baterem os 33,6 graus Celsius.


Se imaginarmos a aldeia do Pai Natal, pensamos num pequeno vilarejo pintado de branco pela neve intensa. A Lapónia, no extremo norte da Finlândia, é conhecida como a terra do Pai Natal e, de facto, tem invernos frios com temperaturas negativas. Mas agora, registou a sua temperatura mais alta dos últimos 100 anos.

No domingo, atingiu 33,6 graus Celsius. Esta é a temperatura mais alta registada na Lapónia, que fica dentro do Círculo Polar Ártico, desde 1914, quando atingiu 34,7 graus Celsius, escreve a VICE.

Os países nórdicos estão a atravessar uma onda de calor intensa, com novos recordes estabelecidos na Noruega e na Suécia. Os cientistas dizem que os eventos climáticos extremos estão a aumentar em número e intensidade devido ao aquecimento global.

A onda de calor que dura há uma semana no Canadá provocou a morte a cerca de 500 pessoas e está na origem de dezenas de incêndios florestais e inundações no oeste do país.

“[Isto vai piorar], a menos que tomemos medidas urgentes para cumprir a meta de 1,5 °C delineada no Acordo de Paris para evitar os piores cenários climáticos”, disse Juha Aromaa, vice-diretora do programa do Greenpeace Nordic na Finlândia. “Devemos acabar com o nosso uso de combustíveis fósseis agora para interromper o aquecimento global que alimenta os incêndios florestais”.

“As alterações climáticas impulsionadas por combustíveis fósseis estão a contribuir para um aumento na frequência e intensidade das ondas de calor, bem como a impulsionar as condições para incêndios florestais maiores e de crescimento mais rápido”, disse Aromaa. “Devíamos estar preocupados”.

https://zap.aeiou.pt/terra-pai-natal-temperatura-mais-alta-415223

 

quarta-feira, 7 de julho de 2021

“Olho de fogo" - Relâmpagos terão causado incêndio que deflagrou no meio do mar no Golfo do México !

O incêndio que deflagrou no Golfo do México, na superfície das águas do Atlântico, foi descrito como um “olho de fogo”.

A estatal Petróleos Mexicanos (PEMEX) disse, esta segunda-feira, que a fuga de gás e o incêndio numa instalação no Golfo do México, na sexta-feira, foram causados por relâmpagos.

“De acordo com os boletins meteorológicos, no dia 2 de julho houve uma trovoada com fortes chuvas na área das plataformas do ativo Ku, o que levou a uma avaria no funcionamento do equipamento de turbocompressão a gás, bombeamento pneumático necessário para a produção dos poços”, disse a companhia petrolífera em comunicado.

Também foi detetada uma fuga num gasoduto de bombeamento que alimenta os poços da plataforma. Depois o gás subiu à superfície e, devido a descargas elétricas e chuvas fortes o fogo deflagrou.

Por outro lado, salientaram que não houve derramamento de petróleo e que “ações imediatas para controlar o incêndio que ocorreu à superfície do mar, evitaram danos ambientais“.

A Pemex informou que iniciou o programa final de reparação da linha de bombagem pneumática afetada e que estão a ser realizadas análises para identificar a causa da fuga de gás no gasoduto.

O incidente gerou críticas sobre a gestão da companhia petrolífera estatal e realçou os riscos da política energética do Governo mexicano. Há anos que a Pemex atravessa uma crise de produção e dívida, que ascende a 96.000 milhões de euros.

Esta segunda-feira, na sua conferência diária, o Presidente mexicano, Andrés Manuel Lopez Obrador, relatou que a Petróleos Mexicanos e o Ministério do Ambiente e Recursos Naturais (Semarnat) estão a trabalhar em conjunto para abordar as consequências da fuga.

“Felizmente não houve perda de vidas humanas, foi controlada relativamente depressa, em poucas horas. A investigação já começou e também tanto a Pemex como o Ministério do Ambiente começaram a fazer uma análise dos danos que foram causados e, claro, vamos reparar todos os danos”, disse o Presidente.

Além disso, indicou que se tratou de um acidente alegadamente relacionado com tempestades e descargas elétricas, tal como confirmado pela Pemex. De qualquer forma, disse, a Procuradoria-Geral da República (FGR) está a investigar os acontecimentos de sexta-feira.

https://zap.aeiou.pt/olho-de-fogo-relampagos-golfo-do-mexico-414947

Um “protetor solar” para estradas pode ajudar a manter as cidades frescas !

Uma empresa norte-americana criou um “protetor solar” para estradas que ajuda a absorver e dispersar a luz e o calor. Este produto pode manter as cidades mais frescas e reduzir a poluição.
O Canadá e os Estados Unidos estão a sentir “as mais altas temperaturas da histórica cúpula de calor” que assola a região ocidental dos dois países, alertou na semana passada o Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) norte-americano.

Os recordes “históricos” de temperatura registados, esta segunda-feira, no ocidente do Canadá e dos Estados Unidos são provocados por uma onda de calor de intensidade extremamente rara, que já causou o encerramento de escolas, de centros de vacinação contra a covid-19 e motivou a criação de centros de arrefecimento.

Plantar mais árvores é uma solução para manter as cidades mais frescas, mas agora pode haver uma nova alternativa. A empresa Pavement Technology Inc. criou um spray para pavimentos, chamado A.R.A.-1 Ti, que garante reduzir a temperatura das estradas.

Embora a fórmula seja mantida em segredo, sabe-se que o spray é feito à base de dióxido de titânio, um composto usado em muitos protetores solares, tintas brancas e produtos farmacêuticos, escreve o Gizmodo.

O dióxido de titânio é um fotocatalisador, o que significa que absorve e dispersa a luz e o calor, podendo até “revitalizar asfalto envelhecido”, tornando-o mais forte. Além disso, o spray destina-se a dissolver a poluição dos escapes do carro.

Num vídeo promocional, a empresa alega que 1,6 quilómetros de estrada pulverizada pode ter os mesmos benefícios de qualidade do ar que plantar cerca de 9 hectares de árvores.

No ano passado, o Aeroporto Internacional de Orlando, na Flórida, usou o tratamento, e os investigadores descobriram que cortou em metade a poluição por dióxido de azoto.

https://zap.aeiou.pt/protetor-solar-estradas-cidades-frescas-414869

Reino Unido - Defesa está a desenvolver mísseis que comunicam entre si !

O Ministério da Defesa britânico está a investir 3,5 milhões de libras (cerca de 4 milhões de euros) para desenvolver novos sistemas que permitirão aos mísseis em circulação comunicarem entre si.

O novo programa CSTWD (Strike Weapons Technology Demonstrator), do Ministério da Defesa do Reino Unido, irá permitir aos mísseis Spear 3 de próxima geração comunicar entre si.

De acordo com o New Atlas, as tecnologias atuais permitem aos mísseis recolher dados, avaliar situações e alterar as suas rotas para atingir os objetivos, uma evolução em relação aos equipamentos criados na década de 1960, que permitiam apenas que os pilotos os direcionassem para os alvos.

Embora a tecnologia existente permita a comunicação entre os mísseis e o quem os controla, não possibilita que o mesmo aconteça entre os dispositivos.

Para ultrapassar essa lacuna, o Reino Unido está a apostar no desenvolvimento de hardware e software que tornará os mísseis mais cooperativos entre si. O projeto, com dois anos, foi lançado em abril de 2021 e a nova tecnologia poderá ser integrada numa rede mais inteligente de mísseis, a finalizar em cinco anos.

“Os mísseis atuais podem comunicar com a plataforma de lançamento, mas não entre si”, explicou “Charlie”, um cientista não identificado do Defence Science and Technology Laboratory (Dstl ) do Reino Unido.

“O objetivo deste programa é investigar como a intercomunicação entre mísseis e o comportamento cooperativo destas armas pode ser conseguido do ponto de vista tecnológico, para resolver os desafios militares que o Reino Unido enfrenta”, acrescentou o cientista.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-defesa-esta-a-desenvolver-misseis-que-comunicam-entre-si-414733

Biden convida filha de sobrevivente do Holocausto para embaixadora dos EUA na Alemanha !

O Presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, escolheu Amy Gutmann, filha de um sobrevivente do Holocausto, para ser embaixadora na Alemanha.
Amy Gutmann, que atualmente atua como presidente da Universidade da Pensilvânia, foi indicada pelo Presidente na sexta-feira, anunciou a Casa Branca em comunicado. Se confirmada, será a primeira mulher a representar os EUA na Alemanha, noticiou no domingo o Independent.

“Agradeço, além do que qualquer palavra possa expressar, ao Presidente Biden pela fé que depositou em mim para ajudar a representar os valores e interesses da América a um dos nossos mais próximos e importantes aliados europeus”, referiu Amy Gutmann numa carta dirigida aos professores e alunos da universidade.

Amy Gutmann é filha de Kurt Gutmann, um metalúrgico judeu alemão que, juntamente com a família, fugiu da Alemanha em 1934, durante uma onda crescente de antissemitismo que precedeu o início do Holocausto. Foram inicialmente para a Índia e, uma década depois, mudaram-se para os EUA.

Na mesma nota, Amy Gutmann explicou que já previa abandonar a universidade quando o seu mandato terminasse, em junho de 2022, acrescentando que renunciaria mais cedo se fosse confirmada como embaixadora. Substituirá, assim, Robin Quinville, nomeado embaixador interino em 2020, após Richard Grenell ser escolhido para diretor de inteligência nacional do ex-Presidente Donald Trump.

Amy Gutmann foi presidente da Comissão Presidencial para o Estudo de Questões Bioéticas durante o mandato de Barack Obama. É autora de vários livros sobre democracia, educação e polarização política na sociedade.

https://zap.aeiou.pt/biden-holocausto-embaixadora-414798

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Estados Unidos perto de declarar a independência do “vírus mortal” !

O fim da pandemia ainda não chegou para os norte-americanos, apesar de o Presidente admitir que o país está muito perto de declarar a sua independência do “vírus mortal”.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse domingo que o país está “mais perto do que nunca” de declarar a sua independência do “vírus mortal”, referindo-se à pandemia do coronavírus.

“Este domingo celebramos a América, a nossa liberdade, a nossa independência. O 4 de Julho é um dia sagrado no nosso país”, disse Biden no seu discurso por ocasião desta data patriótica.

O Presidente norte-americano organizou a sua primeira atividade de massas na Casa Branca para o Dia da Independência, uma data que o seu governo considerou propícia à reunião dos americanos como uma família, após meses de restrições pela pandemia.

“Estamos a sair da escuridão de um ano de pandemia e isolamento”, acrescentou, que intitulou esta celebração como o “Dia da Independência e a independência da covid-19”. “A América está a voltar a unir-se”, sublinhou.

Contudo, advertiu que a batalha contra a Covid-19 ainda não terminou. “Temos muito trabalho a fazer”, disse Biden, que insistiu que o vírus “não foi derrotado”, recordando que surgiram variantes “poderosas” como o delta, inicialmente detetado na Índia.

Neste contexto, convidou os norte-americanos a serem imunizados, indicando que “a melhor defesa contra estas variantes é a de serem vacinados. “Se ainda não foram vacinados, vacinem-se agora“, disse Biden, acrescentando: “Não queremos voltar ao ponto em que estávamos há um ano”.

O relvado Sul da residência presidencial deu as boas-vindas aos convidados para desfrutar de um churrasco, um dos costumes mais enraizados entre os norte-americanos para celebrar a sua Independência.

Biden lembrou-se das mais de 600.000 pessoas que perderam a vida para a covid-19 no país, que tem 33,7 milhões de casos positivos da doença, segundo a Universidade Johns Hopkins.

O Presidente, que tomou posse em 20 de janeiro, admitiu há semanas que o objetivo de 70% dos adultos com pelo menos uma dose da vacina não seria alcançado até esta data.

De acordo com os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) 67,1% da população com mais 18 anos (cerca de 173,1 milhões) recebeu pelo menos uma injeção, enquanto 58,2% já está totalmente imunizada. Para a população em geral, 54,9% (182,4 milhões) receberam uma dose e 47,4% completaram a sua vacinação.

https://zap.aeiou.pt/eua-perto-declarar-independencia-virus-414558

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