quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Tiroteio em escola nos EUA deixa vários feridos - Polícia procura suspeito de 18 anos

Um tiroteio numa escola secundária em Arlington, no Texas, Estados Unidos, fez pelo menos quatro feridos esta quarta-feira, informaram as autoridades locais.


“Estamos no local de um tiroteio na Timberview High School”, escreveu a polícia local em Arlington no Twitter. A estação local NBC disse que houve “múltiplas” baixas no tiroteio.

A polícia está “ativamente à procura do suspeito”, disse à NBC o presidente da câmara, Jim Ross. Três vítimas foram hospitalizadas devido à gravidade dos ferimentos, enquanto uma quarta vítima, com ferimentos leves, não precisou de ser internada.

As autoridades escolares distritais disseram, em comunicado, que a polícia estava a responder a uma “situação de atiradores ativos” na escola que foi encerrada.

Uma porta-voz do Departamento de Polícia de Arlington disse que os agentes responderam a um tiroteio na escola, mas que não podia confirmar se havia feridos.

Entretanto, a polícia divulgou uma fotografia do suspeito dos disparos. As autoridades acreditam tratar-se de Timothy George Simpkins, de 18 anos.

O Departamento de Polícia disse no Twitter que os agentes estavam a fazer uma “busca metódica” e que estavam a trabalhar em estreita colaboração com outras forças de segurança.

A autoridade escolar local disse que os estudantes e o pessoal da escola estavam trancados nas salas de aula ou nos gabinetes, segundo a agência de notícias Associated Press.

https://zap.aeiou.pt/tiroteio-escola-deixa-varios-feridos-436404

 

Trump já não é das 400 pessoas mais ricas do mundo - Estava na lista há 25 anos !

Donald Trump, antigo Presidente norte-americano, saiu, pela primeira vez nos últimos 25 anos, da lista das 400 maiores fortunas do mundo feita pela Forbes.


O ex-Presidente norte-americano Donald Trump saiu, pela primeira vez nos últimos 25 anos, da lista das 400 maiores fortunas do mundo feita pela Forbes, segundo um comunicado da própria revista.

A fortuna de Trump está calculada em 2.500 milhões de dólares (cerca de 2.154 milhões de euros), um montante quase igual ao do ano passado, quando surgia no 339.º lugar entre os mais ricos, mas este ano os seus principais negócios, focados no setor imobiliário, estagnaram face ao impulso das criptomoedas ou do setor tecnológico, onde está ausente.

Em comparação com os números de antes da pandemia de covid-19, a fortuna de Trump caiu 600 milhões de dólares, o que a Forbes atribui às decisões de não ter diversificado a sua fortuna, reinvestindo em novos setores.

A Forbes inclui um gráfico com a evolução da fortuna de Trump desde 1996, ano em que teve a subida mais espetacular que o fez aproximar-se dos 100 mais ricos do mundo. Com alguns altos e baixos, a fortuna permaneceu estável entre 2000 e 2015, mas a partir daí começou a cair.

Durante os anos em que ocupou a Casa Branca, a fortuna de Trump não deixou de baixar, saindo em 2016 da lista dos 200 mais ricos, em 2020 da lista dos 300 e por fim este ano deixa a lista dos 400. Até agora o ex-Presidente não se pronunciou sobre esta queda.

Quem são os mais ricos do mundo?

  1. Jeff Bezos
  2. Elon Musk
  3. Mark Zuckerberg
  4. Bill Gates
  5. Larry Page
  6. Sergey Brin
  7. Larry Ellison
  8. Warren Buffett
  9. Steve Ballmer
  10. Michael Bloomberg
  11. Jim Walton
  12. Alice Walton
  13. Rob Walton
  14. Phil Knight e família
  15. MacKenzie Scott
  16. Charles Koch
  17. Julia Koch e família
  18. Stephen Schwarzman
  19. Len Blavatnik
  20. Jacqueline Mars

https://zap.aeiou.pt/trump-ja-nao-400-pessoas-mais-ricas-436286

 

Nobel da Química para cientistas responsáveis por ferramenta que cria moléculas !

A Real Academia das Ciências sueca anunciou, esta quarta-feira, que o Nobel da Química 2021 foi atribuído a Benjamin List e a David MacMillan, que criaram uma ferramenta de construção de moléculas.

A distinção para a ferramenta molecular, chamada “organocatálise assimétrica”, foi anunciada pelo secretário-geral da organização, Goran Hansson, esta quarta-feira.

“Construir moléculas é uma arte difícil. Benjamin List e David MacMillan recebem o Prémio Nobel da Química 2021 pelo desenvolvimento de uma nova ferramenta precisa para a construção molecular: a organocatálise. Isto teve um grande impacto na investigação farmacêutica e tornou a química mais verde”, pode ler-se no comunicado divulgado esta manhã pela academia sueca.

“Os catalisadores são ferramentas fundamentais para os químicos, mas os investigadores há muito acreditavam que havia, em princípio, apenas dois tipos de catalisadores disponíveis: metais e enzimas.”

“Benjamin List e David MacMillan recebem o Nobel da Química porque, em 2000, independentes um do outro, desenvolveram um terceiro tipo de catálise, chamado de organocatálise assimétrica e que se baseia em pequenas moléculas orgânicas”, lê-se ainda.

Segundo a Real Academia das Ciências sueca, os dois cientistas continuam a ser “líderes neste campo e demonstraram que catalisadores orgânicos podem ser usados para impulsionar inúmeras reações químicas”.

“Usando estas reações, os investigadores podem agora construir de forma mais eficiente qualquer coisa, desde novos produtos farmacêuticos até moléculas que podem capturar luz em células solares. Desta forma, os organocatalisadores estão a trazer um grande benefício para a Humanidade”, considera.

Benjamin List nasceu, em 1968, na cidade alemã de Frankfurt, e é atualmente diretor do Max-Planck-Institut für Kohlenforschung. David MacMillan nasceu, no mesmo ano, em Bellshill, no Reino Unido, e é professor da Princeton University, nos Estados Unidos.

https://zap.aeiou.pt/nobel-quimica-ferramenta-cria-moleculas-436276

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

China envia quase cem aviões de guerra para Taiwan e reacende conflito com os EUA !


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Taiwan mobiliza-se para guerra contra a China que enviou dezenas de caças !

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GRAVE CRISE ENERGÉTICA É TAMBÉM POLÍTICA !


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Grande manto de cinzas rodeia o cone principal do vulcão !


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Atriz e realizador russos chegaram à EEII - Vão fazer o primeiro filme de sempre no espaço !

Uma atriz e um realizador de cinema russos partiram esta terça feira para a Estação Espacial Internacional. Missão: fazer o primeiro filme do mundo em órbita.


A atriz Yulia Peresild e o realizador Klim Shipenko descolaram para a Estação Espacial Internacional na nave russa Soyuz com o cosmonauta Anton Shkaplerov, um veterano em três missões espaciais. As imagens foram transmitidas em direto pela Agência Espacial Russa Roscosmos.

A nave Soyuz MS-19 descolou, conforme programado, às 09:55h de Lisboa, da instalação de lançamento espacial russa em Baikonur, Cazaquistão, e chegou à Estação Espacial Internacional às 13:12, com um minuto de atraso em relação à hora prevista.

Responsáveis da Roscosmos relataram que a tripulação estava a sentir-se bem e todos os sistemas da nave espacial estavam a funcionar normalmente.

A atriz e o realizador terão 12 dias para filmar parte de um novo filme, intitulado “Challenge”, no qual um cirurgião interpretado por Peresild viaja para a estação espacial para salvar um tripulante que sofre um problema cardíaco.

O filme é uma produção conjunta da produtora moscovita Yellow, Black & White, do canal russo de televisão Channel One e da Roscosmos.

Shipenko e Peresild regressarão à Terra a 17 de outubro, numa outra nave Soyuz, com o cosmonauta Oleg Novitskiy, que se encontra a bordo da Estação Espacial desde abril deste ano.

Numa conferência de imprensa antes do voo desta terça feira, Peresild e Shipenko reconheceram que foi um desafio adaptarem-se à disciplina rígida e às exigências rigorosas durante o treino do voo.

O voo da equipa cinematográfica acontece no mesmo dia em que a Roscosmos anunciou o adiamento do lançamento da nave Luna-25 para o polo sul da Lua até julho de 2022.

O anúncio foi feito pelo diretor-geral da agência espacial russa, Dmitri Rogozin, em declarações ao Primeiro Canal, citadas pela EFE, antes do lançamento do Soyuz MS-19 que levou a equipa de cinema para o espaço. “No próximo ano, em julho, planeamos uma missão à Lua, Luna-25, disse Rogozin.

A Rússia inicialmente queria enviar o Luna-25 em outubro deste ano, mas em agosto atrasou a missão para maio de 2022 para permitir mais tempo para realizar testes adicionais no equipamento de bordo.

Aventura (civil) no espaço

O voo desta terça feira é o primeiro de uma série de missões que nos próximos meses vão levar astronautas civis à Estação Espacial Internacional. Em dezembro, o bilionário Yusaku Maezawa, o produtor de vídeo Yozo Hirano e o cosmonauta Alexander Misurkin irão também voar numa Soyuz até à Estação Espacial — e ficar também 12 dias em órbita.

Em fevereiro de 2022, a missão Axiom Space’s Ax-1 vai levar à EEI quatro pessoas numa nave Dragon da Space X. Três dos tripulantes são passageiros civis com bilhete pago para fazer a viagem, o quarto é o antigo astronauta da NASA Michael López-Alegría, agora piloto da Axiom, que comandará a missão.

Estes três voos são o prelúdio da missão Inspiration4, da Space X, a primeira missão ao espaço completamente composta por uma tripulação civil, que vai enviar Jared Isaacman, Hayley Arceneaux, Sian Proctor e Chris Sembroski à Estação Espacial.

https://zap.aeiou.pt/atriz-e-realizador-russos-partiram-para-a-iss-vao-fazer-primeiro-filme-de-sempre-no-espaco-436171

 

Hotel de luxo vai ser construído dentro de uma montanha no deserto !


Um hotel de luxo está a ser construído dentro de uma montanha na Arábia Saudita — e em 2023 já vai receber os primeiros hóspedes.

A construção de um novo e ambicioso empreendimento hoteleiro numa montanha da Arábia Saudita já arrancou.

O projeto Desert Rock, desenvolvido pela Oppenheim Architecture, inclui 48 moradias e uma dúzia de suites, que vão desde o rés-do-chão até ao cimo da montanha.

A rocha escavada durante o processo de construção será reutilizada para as paredes e pavimentos interiores e exteriores das luxuosas suites, que terão vista sobre a paisagem desértica — estão a ser feitos esforços consideráveis para reduzir a poluição luminosa, escreve o New Atlas.

“Os hóspedes entrarão no resort através de um vale escondido entre as montanhas“, explica um porta-voz da Oppenheim Architecture.

Além disso, as estradas que dão acesso ao hotel estarão escondidas atrás dos montes para “proporcionar vistas ininterruptas”. “Isto também irá minimizar a poluição sonora e luminosa, permitindo aos hóspedes absorver completamente a dramática paisagem desértica circundante”, continua.

As comodidades vão incluir um spa, um centro de fitness, áreas de refeição em locais pitorescos e uma lagoa. Para entretenimento, os hóspedes poderão alugar buggies para andar nas dunas, fazer caminhadas, entre outras atividades que estarão disponíveis.

Apesar de os detalhes serem escassos nesta fase inicial, o projeto será sustentável e terá, por exemplo, sistemas de recolha de água da chuva para irrigação. O Resort Desert Rock deverá saudar os seus primeiros hóspedes já em 2023.

https://zap.aeiou.pt/hotel-luxo-dentro-montanha-deserto-435495

 

Palavras ocultas nas cartas entre Maria Antonieta e o suposto amante reveladas pela primeira vez !

Através de algumas técnicas científicas avançadas, algumas partes das cartas entre Maria Antonieta e o seu suposto amante, o conde Axel von Fersen, foram reveladas pela primeira vez.


Tal como conta a cadeia televisiva CNN, as cartas em questão, trocadas entre a rainha Maria Antonieta e o conde sueco Axel von Fersen (o seu suposto amante), foram analisadas por cientistas do Centro de Investigação para a Conservação (CRC) de França.

Algumas das missivas trocadas entre o alegado par, enviadas de junho de 1791 a agosto de 1792, estão guardadas nos arquivos nacionais franceses. Nelas, é possível perceber que certas palavras foram escritas com letras aleatórias destinadas a obscurecê-las.

A equipa de investigadores, cujos resultados foram publicados na última sexta-feira na revista científica Science Advances, analisou secções de 15 cartas diferentes e encontrou diferenças consistentes nas proporções cobre-ferro e zinco-ferro de tintas em oito delas.

Os cientistas usaram a espectroscopia de fluorescência de raios X, usada para determinar a composição elementar dos materiais, e técnicas de processamento de dados para revelar as palavras ocultas como, por exemplo “amado”, “terno amigo”, “adorar” e “loucamente”.

A análise mostrou também que algumas das cartas que se pensava terem sido escritas pela monarca eram, na verdade, cópias dos originais enviados por von Fersen. Segundo a pesquisa, esta era uma prática comum naquela época, quando “cópias de cartas importantes podiam ser feitas por motivos políticos ou administrativos”.

Além disso, todas as cartas do conde sueco tinham proporções semelhantes de elementos de tinta, que combinavam com parte da tinta usada para redigir palavras. De acordo com os investigadores do CRC, isto aponta para a possibilidade de ter sido von Fersen o responsável pela censura das cartas com a esposa do rei Luís XVI, “sugerindo que eram importantes para ele por motivos sentimentais ou políticos”.

https://zap.aeiou.pt/palavras-ocultas-cartas-maria-antonieta-amante-436118

 

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Entre 2.900 e 3.200 pedófilos na Igreja Católica francesa desde 1950 !

Jean-Marc Sauvé disse que as investigações tinham revelado entre 2.900 e 3.200 padres pedófilos ou outros membros da igreja, acrescentando que se tratava de “uma estimativa mínima”.


O presidente da comissão nacional de investigação da criminalidade pedófila na Igreja em França,  disse, este domingo, ter havido “entre 2.900 e 3.200 criminosos pedófilos”, homens – padres ou religiosos – na Igreja Católica no país desde 1950.

É uma estimativa mínima”, baseada no censo e na análise dos arquivos (Igreja, justiça, polícia judiciária e imprensa) e nos testemunhos recebidos por este organismo, afirmou Jean-Marc Sauvé à France-Presse (AFP).

Ao longo deste período de 70 anos a população geral de padres ou de religiosos no país cifra-se nos 115.000.

Após dois anos e meio de trabalho, a Comissão Independente sobre o Abuso Sexual na Igreja (ICAS) publicará as suas conclusões na terça-feira num relatório que acabará por chegar às “2.500 páginas”, disse.

O relatório dará uma visão quantitativa do fenómeno, incluindo o número de vítimas. Irá comparar a prevalência da violência sexual na Igreja com a identificada noutras instituições (associações desportivas, escolas) e no círculo familiar e avaliar os “mecanismos, particularmente institucionais e culturais”.

Vão ser apresentadas 45 propostas.

A comissão, composta por 22 profissionais do direito, médicos, historiadores, sociólogos e teólogos, foi criada em 2018 após o Papa Francisco ter aprovado uma medida histórica que obrigava as pessoas que tinham conhecimento de abusos na igreja a denunciá-los aos seus superiores hierárquicos.

Citados pelo The Guardian, o sociólogo Philippe Portier prometeu que o relatório “não seria fácil para ninguém” e Olivier Savignac, da associação de vítimas Parler et Revivre, disse que “teria o efeito de uma bomba“.

https://zap.aeiou.pt/2-900-e-3-200-pedofilos-igreja-francesa-435990

 

O papel dos mercenários no desastre afegão

A verdadeira história é muito mais do que uma aventura estrelada por um herói canadense.

Uma história da CBC sobre um ex-soldado canadense que ajudou dezenas de fugir do Afeganistão deveria ter considerado o papel da indústria de segurança privada na desastrosa guerra de 20 anos naquele país da Ásia Central. O grande número de empresas de segurança privada (PSC) no Afeganistão quase não recebeu atenção da mídia, deixando os canadenses ignorantes de um elemento polêmico da ocupação estrangeira. 

Em “Como um cara conhecido como‘ Canadian Dave ’ajudou a tirar 100 pessoas do Afeganistão nos últimos dias da aquisição do Taleban”, Judy Trinh escreve sobre David Lavery ajudando a levar alguns dos que se reuniam perto do aeroporto de Cabul para voos. Membro fundador da unidade de elite das forças especiais JTF2, Lavery coordenou com veteranos deste país a retirada de mais de 100 indivíduos com documentos canadenses.
Alguns sugeriram que o rápido colapso dos militares afegãos foi em parte devido à retirada do apoio do PSC. “Foi a partida deles [PSCs] que levou à erosão da capacidade dos elementos da Força Aérea Afegã, que eram críticos”, disse um ex-comandante dos EUA no Afeganistão à Foreign Policy. “Mas como eles poderiam ter sido deixados para trás quando nossas forças que forneciam a segurança definitiva para eles foram retiradas?”
A história amplamente divulgada mencionou que Lavery operava uma PSC, a Raven Rae Consultancy, com cerca de 50 funcionários afegãos. Mas um olhar mais amplo sobre Raven Rae e PSCs foi omitido do artigo e da maioria dos relatos da mídia sobre o Afeganistão. De acordo com seu site, Raven Rae entrou no Afeganistão em 2010. Foi um dos milhares de PSCs que entraram no Afeganistão durante a ocupação dos EUA e da OTAN. De acordo com a pesquisadora da indústria de segurança privada Anna Powles, o Afeganistão “tem sido um trem da alegria para a indústria de segurança privada global nas últimas duas décadas”. Os EUA, Canadá e outros países da OTAN distribuíram bilhões de dólares para PSCs.
Como no caso de Lavery, muitos ex-soldados canadenses eram proprietários ou trabalhavam para PSCs no Afeganistão. “Fundado em meados dos anos 2000 por veteranos militares canadenses”, o Tundra Group protegia as bases operacionais avançadas no Afeganistão. A empresa Globe Risk Holdings de Toronto tinha escritórios em Cabul e Kandahar. Contratou ex-soldados canadenses, assim como a Canpro Global de Vancouver, que também tinha um escritório no Afeganistão.
No auge da missão militar canadense de 13 anos no Afeganistão, Saladin, a DynCorp e outras PSCs tinham um número maior de homens armados do que a maioria dos países da OTAN que ocupam o Afeganistão. Em 2008, o Brigadeiro General canadense Denis Thompson explicou: “Sem empresas de segurança privada, seria impossível alcançar o que estamos alcançando aqui. Existem muitos aspectos da missão aqui no Afeganistão, muitos aspectos de segurança que são realizados por empresas de segurança privada que, se fossem entregues aos militares, tornariam nossa tarefa impossível. Simplesmente não temos os números para fazer tudo. ”
O governo federal gastou dezenas, talvez centenas, de milhões de dólares em PSCs. Eles pagaram US $ 10 milhões por segurança privada para proteger o projeto de ajuda de US $ 50 milhões da "assinatura" do Canadá para consertar a barragem de Dahla na província de Kandahar. O governo federal contratou Saladino para proteger sua embaixada em Cabul. Saladino também ajudou a proteger o primeiro-ministro Stephen Harper durante uma visita lá em 2007 e protegeu as bases operacionais avançadas na província de Kandahar. Saladin tem uma história preocupante. Seu predecessor, KMS, treinou e possivelmente equipou insurgentes islâmicos que lutavam contra as forças russas no Afeganistão na década de 1980 e enviou mercenários à Nicarágua como parte do Caso Irã Contra.
As empresas de segurança privada no Afeganistão eram mal regulamentadas. Muitos afegãos acreditavam que as PSCs participavam do crime e o grande número de homens armados de diferentes grupos os deixava inseguros. Afegãos disseram aos pesquisadores da Fundação Suíça para a Paz que os PSCs se comportavam de maneira "caubói". Depois que um oficial canadense foi morto por um funcionário do PSC em agosto de 2008, o major canadense Corey Frederickson efetivamente concordou, explicando que o "exercício de contato normal [para PSCs] é que assim que eles forem atingidos por algo, então será 360 [graus], aberto em qualquer coisa que se mova. ”
As invasões do Afeganistão e do Iraque ajudaram a impulsionar o GardaWorld, com sede em Montreal, a ser o maior PSC privado do mundo. Nas últimas semanas, centenas de funcionários da empresa de Montreal foram evacuados do Afeganistão.

Com mais de 100.000 funcionários em todo o mundo, Garda anuncia regularmente na Esprit du Corps, convocando os leitores das Forças Canadenses da revista para "traduzir suas habilidades militares em uma carreira no Gardaworld". Vários ex-oficiais canadenses estavam nos escalões superiores de Garda. O chefe das operações de Garda no Afeganistão, Daniel Ménard, comandou anteriormente as operações das Forças Canadenses no Afeganistão. Ménard foi levado à corte marcial por ter relações sexuais com um subordinado no Afeganistão e por ter disparado de forma imprudente sua arma. Enquanto trabalhava para Garda, Ménard também foi envolvido em polêmica no Afeganistão. Em 2014, ele foi preso por suposto contrabando de armas. Dois anos antes, dois outros funcionários da Garda no Afeganistão foram pegos com dezenas de fuzis AK-47 não licenciados e encarcerados por três meses.

Garda também esteve envolvido em vários incidentes violentos no Afeganistão. Em 2019, três crianças estavam entre uma dúzia de mortos quando um microônibus cheio de explosivos colidiu com um SUV Garda que transportava cidadãos estrangeiros em Cabul. No mesmo ano, o Taleban atacou o complexo onde os escritórios de Garda estavam localizados em um incidente que deixou 30 mortos. O Kathmandu Post relatou que Garda enganou ilegalmente a família de um funcionário nepalês morto no ataque.
Existem poucos regulamentos que restringem as operações internacionais das unidades de atendimento canadenses. Ao contrário dos EUA e da África do Sul, observa “Beyond the Law? O regulamento das empresas privadas militares e de segurança canadenses que operam no exterior ”,“ Os canadenses não têm legislação destinada a regulamentar os serviços prestados por PMSCs canadenses [empresas privadas de segurança militar] operando fora do Canadá ou a conduta de cidadãos canadenses que trabalham para PMSCs estrangeiros ”. Além disso, Ottawa não assinou a Convenção Internacional contra o Recrutamento, Uso, Financiamento e Treinamento de Mercenários e tem estado pouco envolvida com o Grupo de Trabalho do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre o uso de mercenários.
A retirada militar estrangeira e a captura do Taleban de Cabul dizimou a grande indústria de PSC no país. No entanto, a maioria dos afegãos provavelmente está feliz em ver o fim das forças mercenárias privadas e dos pistoleiros contratados dominando seu país. Este desenvolvimento não foi amplamente divulgado pela mídia canadense.
O CBC deve aos canadenses uma discussão sobre o papel que as forças de segurança privadas desempenharam no Afeganistão.

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“A voz por detrás da violência” - Narrador dos vídeos de propaganda do ISIS sob custódia do FBI !

Um cidadão canadiano, suspeito de narrar os vídeos de propaganda do Estado Islâmico em inglês, encontra-se agora sob custódia do FBI e pode enfrentar prisão perpétua.


Mohammed Khalifa, atualmente com 38 anos, foi capturado pelas forças curdas na Síria em 2019 e, recentemente, transferido para custódia do Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI) e será julgado na Virgínia.

“Mohammed Khalifa, um cidadão canadiano nascido na Arábia Saudita que era uma figura de liderança no Estado Islâmico do Iraque e na Secção de Imprensa Inglesa da al-Sham’s (ISIS) e que serviu como combatente da ISIS, foi acusado de conspirar para fornecer apoio material à ISIS, uma organização terrorista estrangeira, resultando em morte“, explica o Departamento de Justiça norte-americano, em comunicado.

De acordo com o Washington Post, Khalifa começou como combatente da organização terrorista, mas acabou por liderar a comunicação em língua inglesa do grupo terrorista, evolvendo-se na tradução e divulgação de propaganda, incluindo vídeos, áudio e uma revista online — antes de se juntar ao Estado Islâmico, o canadiano era especialista em tecnologia da informação, em Toronto.

Khalifa, nascido na Arábia Saudita, terá narrado mais de uma dúzia de vídeos de recrutamento do ISIS, incluindo dois dos mais influentes: “Flames of War: Fighting Has Just Begun”, em 2014, e “Flames of War II: Até à Última Hora”, em 2017.

Nos vídeos, segundo os registos do tribunal, o canadiano encoraja os apoiantes a juntarem-se ao Estado islâmico no estrangeiro e a “conduzirem ataques terroristas contra não-muçulmanos”, escreve a CNN.

Alguns vídeos mostram até execuções brutais, incluindo de prisioneiros sírios forçados a cavar as suas próprias sepulturas e de um piloto jordano a ser queimado vivo.

“Como alegado, Mohammed Khalifa não só lutou pelo ISIS no campo de batalha na Síria, como também foi a voz por detrás da violência“, disse Raj Parekh, Procurador Interino dos Estados Unidos, citado no comunicado do Departamento de Justiça.

“Através do seu alegado papel de liderança na tradução, narração e avanço da propaganda online do ISIS, Khalifa promoveu o grupo terrorista, promoveu os seus esforços de recrutamento a nível mundial, e expandiu o alcance dos vídeos que glorificavam os assassínios horríveis e a crueldade indiscriminada“, continuou.

Na altura em que os vídeos “Flames of War” foram divulgados, as autoridades americanas não sabiam a quem pertencia a voz que os narrava, mas o público ajudou a identificá-la e, depois de ser capturado, Khalifa identificou-se a vários meios de comunicação social como o misterioso propagandista.

“Eu tinha uma vida normal no Canadá, estava a sair-me muito bem, e decidi desistir sabendo o que estava a sacrificar. Foi uma decisão que tomei e mantive-me fiel a ela”, disse, em declarações à CBC.

Amarnath Amarasingam, um investigador de extremismo na Queen’s University, no Canadá, foi o primeiro a identificar Khalifa como a voz dos vídeos violentos do ISIS.

As pessoas disseram que era louco, recordou Amarasingam, quando disse que o homem que se intitulava Abu Ridwan al-Kanadi soava “distintamente como as pessoas com quem cresci em Toronto”.

“Ele é uma pessoa significativa, na medida em que ele era a voz que ouvíamos” nos meios de comunicação do Estado Islâmico.

Se for considerado culpado, Mohammed Khalifa poderá passar o resto dos seus dias na prisão.

https://zap.aeiou.pt/voz-da-violencia-narrador-isis-435986

 

Trump pede a retirada de prémios Pulitzer aos jornalistas que divulgaram interferência russa nas eleições de 2016 !

Pedido tem sido feito de forma repetida pelo antigo presidente desde 2019, apesar de os jornais que publicaram os trabalhos manterem os factos relatados.


Donald Trump, antigo presidente dos Estados Unidos da América, solicitou que os prémios entregues aos jornalistas do The New York Times e The Washington Post em 2018, na sequência dos seus trabalhos que comprovavam a interferência russa nas eleições norte-americanas de 2016 — que resultaram na eleição de Trump — e da ligação do candidato do partido à Rússia.

A distinção foi entregue aos profissionais pela sua cobertura noticiosa de “interesse público”, “implacável” e apoiada em “fontes profundas” que os jurados entenderam ter sido essencial para a nação perceber os verdadeiros contornos da interferência da Rússia no ato eleitoral. Desde então, ambos os jornais e respetivas direções reafirmaram o conteúdo dos seus trabalhos, lembra o The Guardian.

No entanto, Trump, numa carta endereçada a Bud Kliment, administrador interino da iniciativa, solicitou a retirada dos prémios — algo que tem vindo a fazer de forma repetida desde 2019.

No novo pedido, o antigo presidente alega que o que está em causa são “investigações falsas relativas a uma relação não existente entre o Kremlin e a campanha de Trump”, caracterizou os trabalhos dos dois jornais “uma com motivações políticas” e queixou-se dos testemunhos anónimos citados nos trabalhos. Todas as investigações conduzias pelas instituições norte-americanas não concluíram a existência de qualquer ligação entre as partes.

Ao longo dos anos, só um prémio Pulitzer foi retirado: o atribuído em 1981 a Janet Cooke, por um trabalho para o The Washington Post que se viria a provar falso. Mais tarde, descobriu-se que também o registo do percurso da jornalista foi falseado.

Na altura, o diretor do jornal Ben Brandlee afirmou que “a credibilidade de um jornal é a sua característica mais importante, e depende quase na totalidade da integridade dos seus jornalistas“.

Na carta, Trump disse ainda que os autores das peças deveriam devolver os prémios “voluntariamente“. Até agora, nem o The New York Times ou o The Washington Post comentaram a carta, à semelhança da direção do prémio Pulitzer.

https://zap.aeiou.pt/trump-retira-premios-pulitzer-jornalistas-interferencia-russia-436058

 

Denunciante do Facebook diz que a rede social contribuiu para o ataque ao Capitólio !

Uma denunciante do Facebook diz que a rede social contribuiu para o motim de 6 de janeiro ao encerrar uma equipa interna encarregada de prevenir distúrbios civis poucas semanas antes dos distúrbios no Capitólio.


No mês passado, uma investigação do The Wall Street Journal obteve apresentações internas que mostram que Mark Zuckerberg e companhia tinham conhecimento que as redes sociais que opera — sobretudo o Instagram — são tóxicas para a saúde mental dos adolescentes.

“Existe um caminho para o crescimento se o Instagram mantiver a sua trajetória”, lia-se num dos documentos obtidos pelo jornal norte-americano através de uma denunciante da empresa.

A ex-funcionária do Facebook, Frances Haugen, copiou milhares de documentos internos que mostram como a rede social sabia dos perigos que representava, mas preferiu manter os lucros, escreve o Observador. A whistleblower deu pela primeira vez a cara numa entrevista ao programa “60 Minutes” da CBS.

“Aquilo que eu vi no Facebook uma e outra vez foi que havia conflitos de interesse entre o que era bom para o público e o que era bom para o Facebook. E o Facebook, uma e outra vez, optou por otimizar os seus próprios interesses, como fazer mais dinheiro”, disse Frances Haugen, que se demitiu da empresa em maio.

O Facebook contribuiu para o motim de 6 de janeiro ao encerrar uma equipa interna encarregada de prevenir distúrbios civis poucas semanas antes dos distúrbios no Capitólio, de acordo com Haugen.

Em causa está uma equipa de 300 pessoas dentro do Facebook que não só trabalhou nas eleições nos Estados Unidos, mas também lidou com várias outras questões um pouco em todo o mundo.

Num memorando interno de 1.500 palavras, citado pelo The Guardian, o vice-presidente de políticas e relações públicas do Facebook, Nick Clegg, reconheceu que a denunciante acusaria a empresa de contribuir para o motim de 6 de janeiro no Capitólio e classificou as acusações de “erróneas”.

“Imagine que sabe o que se passa dentro do Facebook, e sabe que ninguém lá fora sabe. A dada altura, em 2021, percebi: ‘OK, vou ter de fazer isto de um modo sistemático e vou ter de tirar o suficiente para que ninguém questione que isto é real'”, disse a denunciante, explicando a razão pela qual divulgou os documentos internos da empresa.

A whistleblower considera que “a versão do Facebook que existe hoje está a dividir as nossas sociedades e a causar violência étnica por todo o mundo”. Segundo Haugen, o algoritmo da rede social escolhe os melhores conteúdos com base em interações antigas do utilizador, mas também com base nas emoções.

No entanto, “o conteúdo de ódio, divisivo e polarizador é mais fácil inspirar a raiva do que com outras emoções”, explica.

“O Facebook percebeu que, se mudar o algoritmo para ser mais seguro, as pessoas vão passar menos tempo no site, vão clicar em menos anúncios e eles vão fazer menos dinheiro”, acrescentou.


https://zap.aeiou.pt/denunciante-do-facebook-ataque-capitolio-436103

Reino Unido - Depois de Sarah Everard, mais um caso de violência contra mulheres abala a confiança na polícia !

Uma nova acusação de violação contra um agente da Polícia Metropolitana voltou a reacender as críticas à força policial e questões sobre a cultura sexista e de encobrimento, depois dos protestos motivados pela morte de Sarah Everard.


Depois do caso de Sarah Everard, que suscitou uma onda de protestos e críticas à Polícia Metropolitana no Reino Unido, a força de autoridade está agora novamente a ser alvo de escrutínio depois de mais um caso de um agente que está a ser acusado de violação ter sido divulgado no domingo.

A acusação a David Carrick, de 46 anos, foi feita apenas no domingo, mas o agente vai ser presente a juiz numa videoconferência já esta segunda-feira. A violação terá alegadamente acontecido na noite de 4 de Setembro de 2020 em St Albans, quando o polícia estava de folga.

O polícia pertencia ao Comando de Protecção Parlamentar e Diplomático da Política Metropolitana britânica, que oferce protecção a edifícios governamentais, como embaixadas e o Palácio de Westminster (onde se encontra o parlamento), e foi suspenso a 2 de Outubro.

A Comissária da Polícia Metropolitana Cressida Dick mostrou-se “profundamente preocupada” ao ouvir as notícias de uma detenção por “uma ofensa séria“. “Eu reconheço completamente que o público também vai estar muito preocupado. Os procedimentos criminais vão agora seguir o seu curso”, afirmou, citada pela Sky News.

O procurador-chefe dos serviços da Coroa, Malcom McHaffie, acrescenta que o Serviço de Procuração da Coroa lembra a todos os envolvidos que “os procedimentos criminais contra o réu estão activos e que ele tem direito a um julgamento justo”. “É muito importante que não haja notícias, comentários ou partilhas de informação online que possam de alguma forma influenciar estes procedimentos“, alertou, citado pelo The Guardian.

Polícia sob escrutínio público

Apesar do alerta de Malcom McHaffie, este é um momento crítico para o policiamento no Reino Unido, com grande parte do público a perder confiança nas forças de autoridade.

O caso de Sarah Everard, uma mulher de 33 anos que tinha ido visitar alguns amigos e foi raptada, violada e assassinada pelo agente Wayne Couzens quando regressava a casa, levantou protestos a exigir mudanças nas estruturas da polícia no Reino Unido.

A autópsia revelou que Sarah morreu de compressão no pescoço e Couzens, que pertencia à mesma força de David Carrick, confessou o crime. O agente terá usado a sua autoridade para fingir que ia deter a mulher e atraí-la para fora da rua, tendo-a depois sufocado com um cinto e queimado o seu corpo. Couzens ficou em prisão preventiva e já foi condenado a prisão perpétua.

A morte de Sarah Everard chocou o Reino Unido, não só pela violência, como também por ter sido levado a cabo por um polícia que tem a função de proteger a população e que abusou dessa confiança e autoridade.

Seguiu-se uma onda de protestos e vigílias de homenagem a Sarah Everard, com a polícia a ser novamente criticada pelo uso excessivo de violência contra os manifestantes.

O caso levantou uma onda de desconfiança na sociedade britânica em relação à polícia, que se questiona agora se há mais casos que nunca chegam à justiça e se há uma cultura de encobrimento dentro das forças, especialmente depois de se saber que Wayne Couzens já tinha sido acusado de atentado ao pudor em 2015 e em Fevereiro de 2021, apenas dias antes de ter matado Sarah Everard, sem ter sofrido quaisquer consequências disciplinares.

O agente terá alegadamente chegado a conduzir nu da cintura para baixo num McDonald’s. Uma mulher também já tinha acusado Couzens de conduta inapropriada quando este ainda era agente na força civil nuclear no Kent, que nunca reportou nenhum problema.

Na altura, foi feita uma queixa à polícia do Kent, que está agora ser investigada por poder ter ignorado o caso. “Vamos lançar uma investigação às alegadas falhas da polícia do Kent de investigar um incidente de importunação sexual ligada ao PC Couzens em 2015”, afirma o Independent Office for Police Conduct (IOPC).

“Há outras investigações separadas sobre as falhas da Polícia Metropolitana de investigar duas alegações de importunação sexual ligadas a Couzens em Londres em Fevereiro de 2021”, concluiu o IOPC.

A Scotland Yard afirmou que o seu sistema de triagem não falhou, mas admite que não apanhou o incidente no McDonald’s e continua a investigar a conduta de outro agente que poderá ter protegido Couzens.

A escolha dos agentes está também a ser posta em causa, especialmente devido a casos anteriores, e questiona-se se o sistema elimina devidamente candidatos que sejam propensos a violência ou se há uma cultura sexista prevalente na polícia que os permite continuar sem sofrer consequências.

Cressida Dick reconheceu que “uma ligação preciosa de confiança foi prejudicada” e que ia garantir que “todas as lições” seriam retiradas deste caso, num comunicado depois de ser anunciada a sentença perpétua de Couzens e em resposta a vários apelos à sua demissão.

A líder da Polícia Metropolitana disse também que estava “absolutamente doente” com o caso que “envergonhou” a força, “abalou” a organização e é uma “nojenta traição a tudo aquilo que a polícia representa”.

A Comissária garante que vai continuar a trabalhar para “melhorar a segurança das mulheres e reduzir o medo de violência”. “Não há palavras que podem expressar completamente a fúria e tristeza esmagadora que todos sentimos sobre o que aconteceu à Sarah. Peço imensa desculpa“, concluiu.

As repercussões políticas

Apesar da desconfiança agora criada em volta da Polícia Metropolitana e apelos à demissão de Cressida Dick, a Secretária de Estado para Assuntos Internos tem segurado a Comissária e renovou o seu contrato recentemente, mesmo com as “questões sérias” a que a força tem agora de responder.

Um desses apelos partiu da deputada trabalhista Harriet Harman, que disse que a Comissária tinha de ser afastada do cargo depois da confiança das mulheres na força “ter sido estilhaçada”. O anterior superintendente chefe da Polícia Metropolitana Parm Sandhu também exigiu a demissão.

O líder dos Trabalhistas também já repetiu os seus apelos para uma lei das vítimas que garanta direitos como o desafio a decisões de investigações criminais. Keir Starmer também pediu uma revisão ao que aconteceu para que Couzens continuasse a ser agente mesmo depois das acusações anteriores.

“Temos de chegar ao fundo da questão. Parece que houve alguns sinais, havia provas, havia problemas que deviam ter sido investigados devidamente, e não foram. É agora vital que essa revisão seja feita”, afirma Starmer.

Após o choque inicial com o caso de Everard, Boris Johnson prometeu que ia alocar fundos adicionais para melhorar a iluminação das ruas de Londres e prometeu um reforço de patrulhas de polícia.

Já depois da condenação de Couzens, o primeiro-ministro apelou a que os britânicos confiassem na polícia e disse que contratar mais agentes mulheres “poderia trazer mudanças fundamentais”.

“Acho que haverá centenas de milhares de agentes de polícia, e eu também, em todo o país que ficaram completamente horrorizados com o homicídio de Sarah Everard por parte de um agente da polícia”, referiu Boris Johnson à ITV, admitindo que há um problema na forma como o Reino Unido lida com casos de violação e na ineficácia da justiça.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-violencia-mulheres-policia-435964

 

 

A foto que está a chocar o Brasil e os relatos da pobreza que a pandemia veio pôr a nu !

À medida que a crise económica provocada pela pandemia se perpetua, há cada vez mais pessoas em situação de pobreza e sem dinheiro para comer.


A fotografia escolhida para ilustrar a capa do jornal Extra, editado no Rio de Janeiro, de dia 29 de setembro, última quarta-feira, chocou o país, colocando-o frente-a-frente com a sua realidade de pobreza e caos social. Na imagem, indivíduos vasculham as traseiras de um camião repleto de carcaças de animais que as transportava para uma fábrica de produção de comida para animais.

Em declarações ao jornal, José Divino Santos, condutor do camião, referiu que, perante aquele cenário, a sua vontade em alguns dias é “apenas chorar“. “Antes as pessoas vinham aqui e podem alguns ossos para os seus cães. Agora, elas imploram por ossos para cozinhas refeições para elas próprias e para as famílias.”

Denise de Silva, com 51 anos, é uma das pessoas nesta situação. Com cinco filhos e 12 netos para alimentar — o seu companheiro recentemente —, o desespero e a necessidade são inegáveis. “Há muito tempo que não vejo um bocado de carne, talvez desde o início da pandemia… Estou tão grata por isto”, disse ao jornalista que assina a peça. De facto, a relação entre a situação social a que o país chegou e a pandemia estão à vista de todos — assim como a má, ou inexistente, gestão que o governo de Bolsonaro implementou, tanto do ponto de vista económico como humano.

De acordo com o Inquérito Nacional sobre a Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, revelou que 19 milhões de brasileiros experienciaram fome desde o início da pandemia, a qual matou mais de 600 mil pessoas no país desde março de 2020, lembra o The Guardian.

Perante estes números, a população já começou a demonstrar o seu descontentamento, com milhares a saírem à rua no sábado para acusar diretamente Jair Bolsonaro e as suas políticas pelo atual estado do país.

“É desumano“, afirmou Alex Frechette, um artista de 43 anos, também ao jornal Extra. Já José Manuel Barbosa, um decorador de profissão com 63 anos e participante na manifestação, é vocal nas críticas ao presidente do país, atribuindo-lhe as culpas da situação de fome que ali se vive.

“As coisas estão muito difíceis. Algumas pessoas estão a comer ossos. Outros não têm nada para comer de todo”, explicou. Já Rosa Silva, de 53 anos, escolhe a palavra “desgraça” para classificar o Brasil de hoje. A vendedora de rua recebe uma ajuda governo de 150 reais, cerca de 24 euros, para alimentar os seus oito netos.

Apesar de já documentar, através das suas lentes, a realidade brasileira há décadas, as fotografias tiradas na última semana não deixaram de impressionar Domingos Peixoto, que afirmou não ter conseguido dormir nos dois dias que se seguiram aos registos por “estar a processar” o que viu.

Paralelamente, o fotojornalista também diz ter dificuldade em lembrar-se de uma altura em que fosse possível ver tantos sem-abrigo nas ruas do Rio de Janeiro.

“As pessoas estão a cozinhar com madeira — e não são só os sem-abrigo — e nós temos temos de arranjar uma maneira de contar estas histórias para tentarmos ajudar estas pessoas de alguma forma”, explicou.

Para além do que ficou registado fotograficamente, há uma outra imagem que Peixoto decidiu não fazer: a do sorriso de um homem que, ao ver a chegada do camião percebeu que teria “alimento” para os dias que se seguiam. “É daquelas fotos que se tiram com os olhos e ficam guardadas no coração“, explicou.

https://zap.aeiou.pt/foto-chocar-brasil-relatos-pobreza-pandemia-435981

 

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Inteligência Artificial pode prever qual o próximo vírus a passar de animais para humanos !

A maioria das doenças infeciosas emergentes em humanos, como é o caso da covid-19, são zoonóticas, ou seja, são causadas por vírus originários de outras espécies animais.


Assim, a identificação precoce do vírus de alto risco pode melhorar as prioridades de pesquisa e vigilância, informa o Phys.

Um novo estudo, publicado na PLOS Biology a 28 de setembro, sugere que a aprendizagem da máquina – que usa um tipo de inteligência artificial -, através do uso de genes virais, pode prever a probabilidade de qualquer vírus de animais infetar humanos, dada a exposição biologicamente relevante.

Contudo, identificar doenças zoonóticas antes da emergência é um grande desafio pois apenas uma pequena minoria dos estimados 1,67 milhões de vírus animais são capazes de infetar humanos.

Para desenvolver modelos de aprendizagem de máquina através de sequências do genoma viral, primeiramente os investigadores compilaram um conjunto de dados de 861 espécies de vírus de 36 famílias.

Assim, criaram modelos de aprendizagem de máquina que atribuíram uma probabilidade de infeção humana com base na taxonomia do vírus e / ou relação com vírus conhecidos que infetam humanos.

Posteriormente, os autores aplicaram o modelo de melhor desempenho para analisar padrões no potencial zoonótico previsto de genomas de vírus adicionais analisados numa variedade de espécies.

Os investigadores descobriram que os genes virais podem ter características generalizáveis ​​que são independentes das relações taxonómicas do vírus e podem pré-adaptar os vírus para infetar humanos.

Esta técnica tem limitações, pois os modelos de computador são apenas uma etapa preliminar da identificação de vírus zoonóticos com potencial para infetar humanos.

Além disso, embora estes modelos prevejam se os vírus podem infetar humanos, a capacidade de infetar é apenas uma parte do risco zoonótico mais amplo, que também é influenciado pela virulência do vírus em humanos, capacidade de transmissão e as condições ecológicas no momento da exposição humana.

Os vírus sinalizados pelos modelos irão passar por testes laboratoriais de confirmação antes de realizar grandes investimentos adicionais em pesquisas.

https://zap.aeiou.pt/inteligencia-artificial-virus-para-humanos-435191

 

Avanços na nave espacial, 5G e inteligência artificial (IA) - Caminhos para uma ditadura digital !

A conquista tecnológica concebida uma vez como histórias de ficção científica nas décadas de 1950 e 60 está agora se tornando uma realidade da vida cotidiana no início de 2020.

Os foguetes SpaceX instalando os satélites Starlink já lançaram 1.800 em órbita. E a empresa planeja lançar mais 12.000. A Amazon e a OneWeb também planejam enviar milhares de satélites, todos planejados para fazer parte de uma rede que fornece serviço de Internet de alta velocidade para comunidades remotas e rurais. [2]

Em julho passado, o investidor multimilionário, magnata e escritor Richard Branson voou com sua tripulação para a borda do espaço a bordo de um vôo espacial comercial que sinalizava um salto gigante para a exploração espacial civil. Os bilionários Elon Musk e Jeff Bezos estão seguindo os passos de Branson nesta nova fronteira selvagem. [3]
Diz-se que a missão 5G, parte da nova geração de tecnologia da Internet, lança conectividade a tal ponto que torna possíveis os carros autônomos e autônomos, a cirurgia remota e as ‘cidades inteligentes’. E a nova marca de Inteligência Artificial está avançando a tal ponto que tutores virtuais usando tecnologia de reconhecimento facial podem discernir o estado emocional de um aluno, determinar quem está lutando na classe e orientar os instrutores humanos sobre a melhor forma de atender às suas necessidades individuais.
Essas e outras descobertas da ciência podem nos elevar ao tipo de futuro otimista imaginado pelos escritores de Jornada nas Estrelas ou Os Jetsons. Ou poderia nos hiper-retransmitir pela rampa para amanhãs mais como Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley ou 1984 de George Orwell.
Os horrores da mudança climática quase certamente estavam distantes das mentes das pessoas que abraçaram a indústria de combustíveis fósseis nos primeiros dias. Essa inovação de alta tecnologia beneficiará principalmente as massas ou uma pequena fração das elites tecnofílicas? Esta questão estará na vanguarda da investigação desta semana do Global Research News Hour.
Nosso primeiro convidado, Bruce Gagnon, concentra sua atenção na militarização do espaço e em como a bilionária corrida do ouro no espaço e as implantações 5G realmente auxiliam nessa empreitada. Ele também falará brevemente sobre os eventos da Semana Keep Space for Peace que acontecerão no próximo sábado, 2 de outubro. (Veja os detalhes aqui.)
Bruce Gagnon tem uma longa história de 3 décadas de envolvimento no movimento pela paz e resistência ativa à militarização e uso de armas nucleares no espaço sideral. Membro do grupo Veterans for Peace, ele co-fundou a Rede Global contra Armas e Energia Nuclear no Espaço em 1992, na qual atua como secretário / coordenador. Ele contribuiu para uma série de publicações, incluindo CounterPunch, Z Magazine, Space News, National Catholic Reporter, Global Research, Asia Times, Le Monde Diplomatique e Canadian Dimension. Ele também tem um blog e produziu vídeos educacionais, todos os quais aparecem no site de seu grupo space4peace.org.
Nosso próximo convidado, Patrick Wood, expande a conversa em torno do 5G. Ele também falará sobre crédito social, IA e a frota de indivíduos conhecidos como tecnocratas que podem alcançar o poder absoluto quando seu objetivo for alcançado.
Patrick Wood é um especialista importante e crítico em Desenvolvimento Sustentável, Economia Verde, Agenda 21, Agenda 2030 e Tecnocracia histórica. Ele é o autor de Technocracy Rising: The Trojan Horse of Global Transformation (2015) e co-autor de Trilaterals Over Washington, Volumes I e II (1978-1980) com o falecido Antony C. Sutton. Ele também é um dos principais especialistas da elitista Comissão Trilateral. Ele é um palestrante frequente e convidado em programas de rádio nos EUA.

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Pandora Papers - Maior fuga de informação expõe riqueza oculta de líderes !

Este domingo, o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) expôs um esquema de ocultação de dinheiro e património que envolve algumas das pessoas mais poderosas, influentes e ricas do mundo.

O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) obteve 11,9 milhões de documentos que expõem a riqueza oculta de várias figuras que continuaram a fazer negócios pessoais através de paraísos fiscais e offshore. Os Pandora Papers expõem os segredos financeiros de 35 atuais e antigos Presidentes e primeiro-ministros, além de mais de 330 funcionários públicos em mais de 90 países.

Segundo o semanário Expresso, há três políticos portugueses: Nuno Morais Sarmento, Vitalino Canas e Manuel Pinho.

O advogado e atual vice-presidente do PSD, Nuno Morais Sarmento, foi o beneficiário de uma companhia offshore registada nas Ilhas Virgens Britânicas que serviu para comprar uma escola de mergulho e um hotel em Moçambique. Já o advogado Vitalino Canas consta nos ficheiros por lhe ter sido passada uma procuração para atuar em nome de uma companhia registada também nas Ilhas Virgens Britânicas.

Por último, o professor de economia Manuel Pinho, que era o beneficiário de três companhias offshore que já são do conhecimento público, por estarem envolvidas num inquérito-crime ainda em curso sobre a EDP.

Entre os nomes agora revelados pelo consórcio está também o atual primeiro-ministro da República Checa, Andrej Babis, que comprou um castelo de 19 milhões através de uma offshore, e o rei da Jordânia, Abdullah II, que é dono de três propriedades em Malibu, na Califórnia, avaliadas em 59 milhões de euros.

Alguns dos negócios, nomeadamente a compra do monarca da Jordânia, aconteceram quando os países de origem desses líderes mundiais atravessavam crises profundas.

O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair e a sua mulher, que compraram um imóvel avaliado em 7,6 milhões a uma companhia offshore que pertence à família do ministro do Bahrain, Zayed bin Rashid al-Zayani, também surgem nos documentos revelados este domingo.

Outro dos casos expostos é o do presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, cuja família e associados estarão envolvidos na compra de propriedades ao Reino Unido, em segredo, em negócios que ultrapassam os 500 milhões de euros, tendo chegado a fazer lucro com a venda de propriedades à Coroa.

Da lista consta o nome de Shakira ou da ex-modelo Claudia Schiffer. A investigação também revelou que o empresário e produtor de televisão russo, Konstantin Ernst, foi beneficiado pelo Estado num negócio de privatização de dezenas de cinemas em Moscovo.

O semanário avança que, ao todo, os Pandora Papers permitiram identificar os donos de 29 mil companhias offshore, havendo beneficiários de mais de 200 países – a Rússia, o Reino Unido, a China e o Brasil são os que possuem mais.

Cinco anos e meio depois dos Panama Papers, e quase quatro anos depois dos Paradise Papers, o consórcio volta a publicar uma longa lista de revelações que provam que as fugas de informações anteriores pouco mudaram o panorama mundial da riqueza oculta.

A firma Mossack Fonseca esteve no centro do escândalo Panama Papers e pode ter fechado dois anos depois da revelação. No entanto, há outras empresas que continuam a prestar serviços especializados a clientes com muito dinheiro e que querem criar e gerir veículos offshore .

Uma sociedade offshore, que é legal desde que seja declarada às autoridades fiscais no país em que se reside, tem a vantagem da baixa tributação, do anonimato e da ausência de registos de contas ou de beneficiários reais das jurisdições onde estão registadas. O problema é que, aos olhos das autoridades, se oculta com elas.

Os Pandora Papers são os maiores dos três “leaks” do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação. A investigação durou dois anos e envolveu mais de 600 jornalistas em 117 países.

https://zap.aeiou.pt/pandora-papers-435917

 

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