domingo, 24 de outubro de 2021

Hollywood em choque - Alec Baldwin recebeu arma carregada, mas disseram-lhe que estava “fria” !

A morte da directora de fotografia Halyna Hutchins, depois de ter sido atingida pelo actor Alec Baldwin durante as filmagens de “Rust”, deixou o mundo de cinema de Hollywood abalado. E ninguém percebe como é que a tragédia aconteceu.

Alec Baldwin

Halyna Hutchins, diretora de fotografia de 42 anos, morreu no seu local de trabalho, um set de filmagens, durante as gravações do novo filme de Alec Baldwin. Intitulado “Rust”, este filme de baixo orçamento pode nunca chegar às salas de cinema depois da trágica morte, mas ficará certamente para a história e pelas piores razões.

As circunstâncias da morte de Halyna Hutchins ainda estão a ser investigadas. O que se sabe é que foi Alec Baldwin quem disparou o tiro que lhe roubou a vida, durante os ensaios de uma cena do filme.

Vários dados que antecederam esse episódio trágico acrescentam dúvidas à história.

Equipa substituída 6 horas antes do disparo fatal

Cerca de 6 horas antes de Alec Baldwin ter disparado a arma que matou a directora de fotografia, “meia dúzia de trabalhadores da equipe de filmagem saíram do set para protestar contra as condições de trabalho“, avança o Los Angeles Times (LAT).

Esses trabalhadores seriam sindicalizados no International Alliance of Theatrical Stage Employees e terão sido substituídos por vários elementos não sindicalizados, de modo a continuar as filmagens.

“Um dos produtores ordenou aos membros do sindicato para deixarem o set e ameaçou chamar a segurança para os remover se não saíssem voluntariamente”, revela uma fonte ao LAT.

O jornal refere que os “operadores de câmara e os seus assistentes estavam frustrados com as condições” de trabalho, incluindo as “longas horas” de filmagens as “longas viagens” que teriam de fazer, cerca de 200 quilómetros, todos os dias.

Além disso, haveria ainda atrasos nos pagamentos de salários.

Já tinha havido outros incidentes com armas

Por outro lado, fontes ouvidas pelo LAT e que não se quiseram identificar, asseguram que “os protocolos de segurança padrão da indústria, incluindo inspecções de armas, não foram estritamente seguidos” durante as filmagens.

“Pelo menos um dos operadores de câmara reclamou, no último fim de semana, com um gestor de produção por causa da segurança das armas no set“, aponta uma fonte citada pelo jornal.

Antes do disparo trágico de Alec Baldwin, já teria havido dois incidentes com “descargas de armas”.

Num dos casos, o duplo de Baldwin terá, “acidentalmente”, disparado dois tiros, no sábado passado, depois de o terem informado de que a arma estava “fria”, ou seja, sem munição, relata um elemento da equipa de filmagens em declarações ao LAT.

“Devia ter havido uma investigação sobre o que aconteceu”, acrescenta essa fonte, considerando que “não houve reuniões de segurança” e que “não havia garantia de que não voltaria a acontecer”.

Tudo o que queriam era apressar, apressar, apressar“, queixa-se ainda esta fonte.

A empresa produtora do filme, a Rust Productions, já garantiu que “a segurança da equipa e do elenco é a [sua] prioridade máxima”, apontando que desconhece quaisquer “queixas oficiais relacionadas com a segurança de armas ou adereços”.

Mas, ainda assim, a produtora vai iniciar uma “revisão interna dos procedimentos”.

“Vamos continuar a cooperar com as autoridades de Santa Fé na sua investigação e oferecer serviços de ajuda mental ao elenco e à equipa durante este período trágico”, aponta ainda a Rust Productions.

Entretanto, as filmagens foram interrompidas sem data de regresso.

Como é que Halyna Hutchins foi atingida

O incidente trágico aconteceu ao 12º dia de filmagens dos 21 dias previstos.

A directora de fotografia terá sido atingida durante os ensaios de uma cena em que a personagem de Alec Baldwin tinha que disparar a arma, depois de a retirar do coldre, numa cena típica de um filme de cowboys. Ela estaria debruçada sobre um monitor, para alinhar o ângulo de filmagem da câmara.

O LAT refere que elementos da equipa de filmagens “já tinham gritado “arma fria” no set” – a indicação de que seria seguro usá-la -, mas que ainda não tinham recuado para a zona específica onde assistem às cenas, através de um monitor.

Halyna e o realizador do filme, Joel Souza, estariam a espreitar para um monitor, tal como um operador de câmara, para ver a melhor forma de filmar a cena do disparo de Alec Baldwin.

“Baldwin retirou a arma do coldre uma vez sem incidentes, mas da segunda vez que o fez, a munição voou em direcção ao trio” que estava reunido junto ao monitor, continua o LAT. “O projéctil passou a zumbir pelo operador de câmara, mas penetrou Hutchins perto do ombro e continuou até Souza”, acrescenta o jornal.

Joel Souza acabou por sofrer apenas ferimentos ligeiros. Mas Halyna não sobreviveu.

Arma devia ter pólvora seca, mas tinha munições reais

A Associated Press apurou que Alec Baldwin terá recebido a arma carregada das mãos de um assistente de direcção que lhe terá dito que estava “fria”, ou seja, que era seguro usá-la, momentos antes de a disparar.

Esse assistente não saberia que a arma estava carregada com munições reais, de acordo com o que a polícia apurou até ao momento. A arma deveria ter balas de pólvora seca.

Não se sabe onde estaria, na altura, a pessoa responsável por supervisionar as armas, ou seja, o armeiro. O LAT refere que se trata de uma jovem de 24 anos que é filha do “armeiro veterano Thell Reed” e que estaria a fazer o seu segundo filme nesta função, depois de ter supervisionado as armas de “The Old Way” com Clint Howard e Nicolas Cage.

O mandado de busca relacionada com a investigação à morte refere que a arma disparada era uma de três colocadas num carrinho de adereços fora da capela de madeira onde a cena estava a ser representada.

Não há ainda certezas sobre quantos cartuchos foram disparados, mas um invólucro terá sido retirado da arma depois do acidente pela responsável pelas armas. A arma foi depois entregue à polícia quando chegou ao local.

O sindicato que representa os profissionais dos adereços revelou que a arma tinha “uma única rodada viva“. O termo “viva” refere-se a uma arma carregada com algum tipo de material, por exemplo, uma “peça em branco pronta para filmagem”, como explica o LAT.

Entretanto, os responsáveis da série policial “The Rookie”, que passa na ABC, já anunciaram que vão deixar de usar armas reais nas filmagens, substituindo-as por réplicas de brincar e usando efeitos por computador para simular os flashes dos disparos.

O incidente deixou Hollywood em choque, com vários realizadores e cinematógrafos a apontarem que, hoje em dia, não faz sentido filmar com armas verdadeiras, dados os avanços nos efeitos especiais.

Alec Baldwin de “coração partido”

Pelas redes sociais correm imagens que mostram Alec Baldwin destroçado no momento em que terá tido conhecimento da morte de Halyna Hutchins.

“Não há palavras para descrever o meu choque e a tristeza em relação ao trágico acidente que tirou a vida a Halyna Hutchins, uma esposa, mãe e muito admirada colega nossa”, escreveu Alec Baldwin no Twitter, notando que está “a cooperar totalmente com a investigação policial”.

O meu coração está partido pelo seu marido, o seu filho [de oito anos] e por todos os que conheciam e amavam Halyna”, frisa ainda o actor.

Muitos famosos têm reagido ao trágico incidente, deixando condolências à família de Halyna e enaltecendo o seu talento. Mas também há muitas pessoas a realçarem que “ninguém deveria ser morto por uma arma num set de filmagem“, como destaca a filha de Bruce Lee, Shannon Lee.

O filho de Bruce Lee, o actor Brandon Lee, morreu em 1993 num incidente com uma arma nas filmagens de “The Crow”.

A responsabilidade de Alec Baldwin no caso vai para lá do facto de ter premido o gatilho, uma vez que é um dos produtores do filme.

O actor é conhecido pelas posições anti-armas e as suas imitações de Donald Trump no programa “Saturday Night Live” foram muito elogiadas.

De resto, Alec Baldwin assumiu publicamente que discordava das políticas de Trump e chegou a dizer que regressaria à sua Irlanda natal, caso este ganhasse as eleições para a presidência dos EUA.

Entretanto, muitas pessoas recordam uma frase que o actor partilhou nas redes sociais em 2017, a propósito de um polícia que matou uma pessoa.

Pergunto-me o que se sentirá por matar alguém por engano“, notou o actor há quatro anos. Agora, já terá a sua resposta.

https://zap.aeiou.pt/hollywood-choque-alec-baldwin-arma-439976

 

Dirigente da Al-Qaida abatido na Síria em ataque com drone !

O exército norte-americano anunciou esta sexta-feira ter abatido um dirigente do grupo extremista Al-Qaida, num ataque com ‘drone’ na Síria.


“Um ataque aéreo norte-americano realizado esta sexta-feira no noroeste da Síria matou o dirigente da Al-Qaida Abdul Hamid al-Matar“, indicou o comandante John Rigsbee, porta-voz do comando central do exército dos Estados Unidos (Centcom), em comunicado.

Não identificámos qualquer sinal de vítimas civis, na sequência do ataque, realizado por um aparelho não tripulado MQ-9″, acrescentou, sobre a ação realizada na região de Soulouk, no norte da Síria, sob controlo turco.

O porta-voz não indicou se a ação era uma represália ao ataque, na quarta-feira, contra a base de Al-Tanf, utilizada pela coligação internacional liderada pelos EUA perto das fronteiras com a Jordânia e o Iraque. Cerca de 900 soldados norte-americanos permanecem destacados no nordeste sírio e na base de Al-Tanf, no sul.

O ataque à guarnição de al-Tanf terá envolvido pelo menos um ataque de ‘drone’ e possivelmente fogo terrestre, não estando ainda determinado quem foram os executores, de acordo com fonte do Governo norte-americano citada pela AP sob anonimato.

A base está localizada numa estrada que serve como ligação vital para as forças apoiadas pelo Irão, entre Teerão e o sul do Líbano e Israel.

A “Al-Qaida continua a representar uma ameaça para os Estados Unidos e aliados”, afirmou. O grupo “usa a Síria como uma base recuada para se reconstituir, coordenar-se com afiliados e planear operações no estrangeiro”, acrescentou.

“A eliminação deste dirigente da Al-Qaida vai afetar a capacidade da organização terrorista de planear e perpetrar atentados contra cidadãos norte-americanos, os nossos parceiros e civis inocentes”, salientou.

O Pentágono tinha eliminado, no final de setembro, um outro “dirigente da Al-Qaida” na Síria, Salim Abu-Ahmad, num ataque aéreo perto de Idleb, no noroeste do país.

https://zap.aeiou.pt/dirigente-da-al-qaida-abatido-na-siria-439956

 

sábado, 23 de outubro de 2021

Evergrande escapa por um triz ao default e garante o pagamento de juros de 71.7 milhões de euros !

A gigante imobiliária chinesa conseguiu cumprir com o pagamento dos juros no limiar do fim da extensão do prazo. No entanto, persistem os receios sobre a possibilidade da crise na China contagiar a economia mundial.


A Evergrande conseguiu juntar dinheiro para conseguir pagar os juros de 83.5 milhões de dólares — cerca de 71.7 milhões de euros — de um pagamento que falhou em Setembro. Esta é um pequeno suspiro de alívio para a gigante imobiliária, cuja dívida chega aos 260 mil milhões de euros, um valor maior do que toda a economia portuguesa.

Segundo a Bloomberg, o pagamento vai ser feito ainda antes do final do prazo de sábado, o que dá à empresa mais uma semana para definir o que fazer para lidar com a gigantesca dívida que tem abalado a confiança dos investidores na economia chinesa, cujo crescimento assentou em grande parte no investimento imobiliário.

A empresa tinha também depositado fundos numa conta de um depositário na quinta-feira à noite antes do fim do prazo de 30 dias para o pagamento, escreve a Reuters. O presidente da empresa, Hui Ka Yan, teria concordado em usar a sua fortuna pessoal num projecto residencial ligado à obrigação para garantir o pagamento dos juros.

Os credores concordaram com a proposta para evitarem um colapso desastroso da gigante imobiliária ou uma batalha legal, segundo revela uma fonte à agência noticiosa.

O anúncio esta semana de que um acordo para a venda de 50,1% dos serviços de propriedade da empresa por 2.2 mil milhões de euros tinha caído aumentou as preocupações de que a Evergrande entraria em default — quando o atraso no pagamento das dívidas já passa de 30 dias. A empresa falhou também na venda dos escritórios em Hong Kong por 1.5 mil milhões de euros.

A Evergrande foi no passado a maior empresa imobiliária da China, assentando num sistema de empréstimos para construir. No entanto, a saturação no mercado no país, onde se estimam que haja 65 milhões de casas vazias, levou a que a empresa começasse a não ter forma de pagar as dívidas que contraiu.

A 23 de Setembro, a gigante falhou com o pagamento dos juros e fez soar alarmes nos mercados globais, com receios até de que o seu colapso desencadeasse uma crise mundial como a de 2008, causada pela queda do grupo Lehman Brothers.

No entanto, por enquanto as autoridades internacionais estão calmas, confiando que o governo chinês intervirá, caso seja necessário. Pequim está também a tentar assegurar os mercados de que a situação da empresa não se vai descontrolar.

Mesmo com estas garantias, muitos analistas esperavam o pior. “Esta é uma surpresa positiva”, revela James Wong, da GaoTeng Global Asset Management, ao The Guardian. Este pagamento vai melhorar a confiança dos credores, já que há “muitos pagamentos vencidos no futuro”. “Se a Evergrande pagou desta vez, não sei porque não pagará da próxima vez”, refere.

Recorde-se que além do pagamento de 23 de Setembro, a gigante imobiliária também não cumpriu com os juros de 193 milhões de dólares (166 milhões de euros) que expiraram a 29 de Setembro e 11 de Outubro, tendo estes também um prazo adicional de 30 dias.

Já o analista Jeffrey Halley está mais cauteloso. “Vai continuar a ser uma tempestade para os mercados da China porque há tantas variáveis, tantas maneiras que isto pode correr mal. Acho que isto é positivo a curto-prazo, mas não acho que isto vá mudar os medos generalizados sobre o verdadeiro estado do sector e da economia da China neste momento”, revela ao jornal britânico.

Outras imobiliárias chinesas também estão em risco

Apesar da boa notícia vinda da Evergrande, os sinais vindos de outras empresas do ramo imobiliário chinês, avaliado em 4.3 biliões de euros, não são tão animadores. A Oceanwide Holdings International Development revelou na quinta-feira que a sua ordem de pagamento de 134 milhões de dólares (115 milhões de euros) tinha entrado em default.

Já a Modern Land China Ltd anunciou que tinha deixado de procurar o consentimento dos investidores para estender a data para um pagamento marcado para 25 de Outubro e que ia chamar um conselheiro para resolver os seus problemas de liquidez. As acções da empresa trocadas em Hong Kong pela empresa caíram depois do anúncio, que abalou a confiança dos investidores.

A agência Fitch também baixou o rating da Central China Real Estate de B+ para BB-, depois da Moody’s ter também descido o rating da empresa.

Continuam assim os receios de que a crise no sector imobiliário contagie o resto da economia chinesa e mundial.

https://zap.aeiou.pt/evergrande-default-pagamento-juros-439739

 

Rohrwerk, uma obra de arte efémera, é a maior “fábrica do som” do mundo !

Uma espécie de “pavilhão do som”. Alunos da Escola Politécnica de Lausanne (EPFL), na Suíça, criaram um novo instrumento musical, o maior alguma vez construído. Com 45 metros de altura, a obra de arte imponente proporciona uma autêntica experiência auditiva, arquitetónica e científica, ao estilo do movimento musical contemporâneo.

Rohrwerk é uma palavra que resulta da combinação de duas palavras alemãs: tubo (rohr) e fábrica (werk). É uma “fábrica de som, mas também um palco e uma escultura temporária dentro da qual existem instrumentos”, explicou o compositor suíço Beat Gysin, citado pelo Heraldo.

“Neste projeto, misturamos arquitetura e música. Aqui vemos uma escultura que é muito maior do que um órgão – o maior instrumento existente, que pode medir até 10 metros”. O Rohrwerk mede 45 metros de comprimento.

A obra consiste num enorme tubo central que alberga tubos mais pequenos, que descem sob a forma de uma escada em espiral. Ao lado destes, há sinos, trombones, flautas, trompetes e elementos eletrónicos.

Com esta configuração, são alcançados dois resultados muito diferentes: o primeiro é uma série de reverberações ou ecos produzidos por um altifalante colocado no fundo do tubo, que empurra o ar comprimido no interior para cima, onde há um microfone que devolve o som para baixo, produzindo um movimento incessante de marcha atrás e para a frente.

O segundo resultado é um pouco mais tradicional porque envolve músicos que, em vez de “tocarem”, produzem sons que correspondem a seis composições criadas especialmente para esta instalação musical, utilizando os instrumentos que estão suspensos no tubo gigante, que pende de uma grua na extremidade superior.

“Para os arquitetos, o tubo é uma escultura, para os compositores, é o início de um instrumento“, disse Gysin, acrescentando que colaboraram neste projeto dois arquitetos e um cenógrafo.

Os alunos da EPFL estão interessados em compreender como funciona o Rohrwerk e as regras da física por detrás do projeto. Atualmente erguida no campus da Escola Politécnica de Lausanne, a obra de arte efémera será desmantelada em breve.

https://zap.aeiou.pt/rorhwerk-maior-instrumento-musical-439023

 

Em caso de apagão geral, Áustria é o primeiro país europeu a ter um Plano B !

E se houvesse um apagão que afetasse todo o continente europeu? O cenário é o argumento que o Ministério da Defesa austríaco tem usado para enviar um aviso à população desde o início deste mês.

Pessoas a andar na rua em Viena, Áustria

A crise energética pode ir muito além do aumento do preço da eletricidade e há governos que se começam a preparar para o cenário apocalíptico de um eventual blackout. A Áustria tem avisado a população, desde o início de outubro, para o caso de uma falha crítica que deixe a Europa sem eletricidade.

A fórmula para entender a crise energética é simples: basta compreender que a procura cresce exponencialmente enquanto as alternativas renováveis não são capazes de ajudar o fornecimento convencional. Haverá um plano B? A Áustria pensa que sim.

Através de um vídeo de pouco menos do que cinco minutos e de uma série de instruções muito específicas, o Exército austríaco explica aos cidadãos qual seria o cenário que viveriam e o que deveriam fazer em caso de apagão geral.

No site do Ministério da Defesa do país, as Forças Armadas perguntam à população se têm “um plano B”, sendo que o B é de “Blackout” (apagão, em inglês) – “uma falha de energia, infraestrutura e fornecimento duradouro em toda a Europa, onde, de repente, nada funciona”.

“Os especialistas esperam um apagão nos próximos cinco anos“, avisa o site, ainda que sublinhe que não há razões para entrar em pânico. “Mantenha a calma”.

Um apagão “significa que o abastecimento de alimentos, artigos de higiene ou medicamentos também é perdido” e, “ocasionalmente, devem ser esperados problemas com o abastecimento de água e eliminação de águas residuais”.

Segundo o Observador, o Exército austríaco tem realizado vários exercícios que contemplam um cenário destes e diz estar preparado.

Neste cenário, serão necessárias “velas, fósforos, pilhas, extintores de incêndio, alarmes de monóxido de carbono, água (dois litros por pessoa por dia para três a cinco dias), bebidas, chá, café”.

Na lista, estão ainda contemplados “alimentos duráveis ​​por duas semanas (massa, arroz, comida enlatada…), medicamentos essenciais para duas semanas, kit de primeiros socorros, artigos de higiene, sacos de lixo e fitas adesivas”. Além disso, convém “ter o carro sempre abastecido com meio depósito” e “dinheiro em notas pequenas e moedas”.

“Ninguém sabe exatamente o que irá acontecer como resultado de um apagão. O que é certo é que não vamos regressar rapidamente à nossa rotina habitual”. Assim termina a primeira mensagem oficial de um país europeu a avisar para uma catástrofe que os especialistas sabem que vai acontecer – só não se sabe quando.

https://zap.aeiou.pt/plano-blackout-austria-aconselha-439670

 

Luxemburgo torna-se o primeiro país da Europa a legalizar o cultivo e consumo de canábis !

O Governo luxemburguês anunciou, esta sexta-feira, que o país será a primeira nação do Velho Continente a legalizar o cultivo e o consumo de canábis. 


De acordo com a nova legislação, explica o jornal The Guardian, as pessoas com 18 ou mais anos de idade poderão cultivar até quatro plantas por casa, para consumo próprio. O cultivo terá de ser feito na residência, ou seja, dentro de casa ou então numa varanda, num terraço ou num jardim.

A comercialização das sementes também será permitida, sem qualquer limite na quantidade ou nos níveis de tetra-hidrocanabinol (THC), a principal substância psicoativa destas plantas. O Governo luxemburguês explicou que será possível comprá-las em lojas, físicas ou online, e também importá-las de outro país.

Porém, continua a ser proibido o consumo desta droga em espaços públicos, assim como a sua venda e transporte. De qualquer forma, quem for apanhado com até três gramas já não será acusado de cometer um crime, passando a ser apenas uma infração leve.

Neste caso, as multas serão reduzidas para 25 euros, quando atualmente podem chegar aos 2500. Acima das três gramas, nada muda e a pessoa apanhada continua a ser considerada uma traficante.

Segundo o jornal britânico, também há a intenção de permitir a produção doméstica de sementes para fins comerciais, mas os planos para uma cadeia de produção nacional e de distribuição regulada pelo Estado que estavam pensados foram adiados por causa da pandemia da covid-19.

A ministra da Justiça luxemburguesa, Sam Tamson, considerou que esta mudança na lei de produção e consumo doméstico é “um primeiro passo”.

“Tínhamos de agir, porque temos um problema com drogas e a canábis é a mais usada e grande parte do mercado é ilegal“, explicou.

“Queremos começar por permitir que as pessoas a cultivem em casa. A ideia é fazer com que um consumidor não esteja numa situação ilegal e não apoiar toda a cadeia ilegal desde a produção à venda, onde existe muita miséria associada. Queremos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para nos afastarmos do mercado negro ilegal”, acrescentou.

No futuro, a ideia é que as receitas do sistema de produção e distribuição regulado pelo Estado que está a ser pensado sejam canalizadas sobretudo “na prevenção, educação, e saúde no campo alargado da adição”, disse outra fonte do Governo.

O Luxemburgo junta-se assim ao Canadá, ao Uruguai e a onze estados norte-americanos, que se afastaram de uma convenção das Nações Unidas sobre o controlo de narcóticos, que insta os países a limitarem a “produção, comércio e posse de drogas exclusivamente para fins medicinais e científicos”.

https://zap.aeiou.pt/luxemburgo-primeiro-pais-europa-legalizar-cultivo-consumo-canabis-439918

 

França dá a partir de dezembro “cheque-combustível” de 100 euros !

França vai dar a partir de dezembro um “cheque-combustível” único de 100 euros a cerca de 36 milhões de condutores que ganham menos de 2.000 euros por mês devido à escalada dos preços do gasóleo e da gasolina.


A medida, que abrange trabalhadores dependentes e independentes, desempregados à procura de emprego e reformados, foi esta quinta-feira anunciada pelo primeiro-ministro, Jean Castex, que, em declarações transmitidas na cadeia de televisão TF1, disse tratar-se de “uma resposta excecional para uma situação excecional“.

O apoio financeiro será concedido uma única vez e surge após um crescente descontentamento público com a crise energética global, quando as famílias ainda estão a recuperar dos efeitos económicos da pandemia da Covid-19.

Em setembro, o Governo francês prometeu uma assistência financeira de 100 euros para cerca de seis milhões de famílias de baixos rendimentos para as ajudar a pagar as faturas da eletricidade. O ministro das Finanças francês admitiu, esta segunda-feira, avançar com vales de desconto para as famílias com baixos rendimentos para fazer face à subida dos preços dos combustíveis.

Castex anunciou que o congelamento dos preços do gás natural se manterá até ao fim do próximo ano. A questão dos combustíveis é particularmente sensível em França depois do aparecimento do movimento anti-Governo “coletes amarelos“, que em 2018 começou por protestar contra o aumento dos impostos sobre os combustíveis.

Rapidamente, a contestação transformou-se num protesto geral contra a injustiça económica, que resultou em manifestações semanais, por vezes violentas.

https://zap.aeiou.pt/franca-cheque-combustivel-100-euros-439676

 

Mais de 30 mil mulheres polacas recorreram a métodos de aborto ilegais ou no estrangeiro desde a alteração na lei !

Proibição à interrupção voluntária da gravidez entrou em vigor no início deste ano e as  exceções só se aplicam a casos de violações, incestos ou quando a saúde da mãe está em risco.


Pelo menos 34 mil mulheres polacas terão feito abortos ilegalmente ou no estrangeiro desde que a prática passou a estar quase totalmente no país há cerca de um ano. Os números são avançados pela Abortion Without Borders (AWB), uma organização inglesa que ajuda as mulheres a encontrar serviços seguros de interrupção da gravidez, que afirma ainda que mais de mil mulheres também recorreram a clínicas estrangeiras para interromper gestações durante o segundo trimestre.

De acordo com a organização, estes números podem estar ainda longe da realidade, com algumas ONG’s a apontaram para entre 80 mil a 200 mil mulheres a recorrerem ao aborto durante este período de tempo.

A alteração à lei data de 22 de outubro de 2020, quando o tribunal constitucional do país determinou ser ilegal o aborto, por exemplo, em situações em que são detetadas deficiências no feto. A prática passou a ser exclusivamente permitida em casos de violações, incestos ou quando a saúde da mãe corresse riscos de vida. A lei entrou em vigor em janeiro deste ano.

Ao longo do último ano, avança o The Guardian, pelo menos 460 mulheres polacas viajaram para Inglaterra com o objetivo de interromper gravidezes, já que naquele país a prática é permitida até às 24 semanas — ou até mais, dependendo as de circunstâncias excecionais. A Abortion Without Borders (AWB) diz ter ajudado mulheres polacas a viajar de forma segura também para a Bélgica, a Alemanha, Espanha e República Checa.

Os números foram divulgados na mesma semana que um relatório da Human Right Watch, no qual estão incluídos contributos de outras 14 organizações, diz que as mulheres na Polónia estão a enfrentar “perigos incalculáveis” face à nova legislação que visa limitar o acesso ao aborto.

“A determinação do tribunal constitucional representa riscos incalculáveis para as mulheres — sobretudo para aquelas que vivem em situações de pobreza, em áreas rurais ou que são marginalizadas“, afirmou Urszula Grycuk, integrante da Federação pelas Mulheres e pelo Planeamento Familiar na Polónia, um dos grupos que participou na elaboração do relatório.

Mara Clarke, fundadora da Abortion Without Borders, avançou ao The Guardian: “Estamos a ver mais mulheres a procurar os nossos serviços com anormalidades fetais desde que a lei foi alterada. Estamos também a ouvir das mulheres que recorrem aos nossos serviços que a severidade dessas anomalias estão a ser desvalorizadas pelos médicos, os quais, em alguns casos, retardam estes diagnósticos para que as mulheres tenham ainda mais dificuldade a conseguir interromper a gravidez”.

Na Polónia, o acesso ao aborto sempre foi difícil e muito controlado — tendo sido proibido até 1932, ano em que passou a ler permitido por razões médicas ou em caso de violação ou incesto. No ano passado, a revisão da legislação resultou numa onda de protestos nacionais, com milhares de mulheres e raparigas — estima-se que dez mil — a manifestarem-se nas ruas, vestidas de preto.

https://zap.aeiou.pt/mais-30-mil-mulheres-polacas-aborto-ilegais-estrangeiro-alteracao-lei-439743

 

França dá a partir de dezembro “cheque-combustível” de 100 euros !

França vai dar a partir de dezembro um “cheque-combustível” único de 100 euros a cerca de 36 milhões de condutores que ganham menos de 2.000 euros por mês devido à escalada dos preços do gasóleo e da gasolina.


A medida, que abrange trabalhadores dependentes e independentes, desempregados à procura de emprego e reformados, foi esta quinta-feira anunciada pelo primeiro-ministro, Jean Castex, que, em declarações transmitidas na cadeia de televisão TF1, disse tratar-se de “uma resposta excecional para uma situação excecional“.

O apoio financeiro será concedido uma única vez e surge após um crescente descontentamento público com a crise energética global, quando as famílias ainda estão a recuperar dos efeitos económicos da pandemia da Covid-19.

Em setembro, o Governo francês prometeu uma assistência financeira de 100 euros para cerca de seis milhões de famílias de baixos rendimentos para as ajudar a pagar as faturas da eletricidade. O ministro das Finanças francês admitiu, esta segunda-feira, avançar com vales de desconto para as famílias com baixos rendimentos para fazer face à subida dos preços dos combustíveis.

Castex anunciou que o congelamento dos preços do gás natural se manterá até ao fim do próximo ano. A questão dos combustíveis é particularmente sensível em França depois do aparecimento do movimento anti-Governo “coletes amarelos“, que em 2018 começou por protestar contra o aumento dos impostos sobre os combustíveis.

Rapidamente, a contestação transformou-se num protesto geral contra a injustiça económica, que resultou em manifestações semanais, por vezes violentas.

https://zap.aeiou.pt/franca-cheque-combustivel-100-euros-439676

 

Caso Gabby Petito - Restos mortais encontrados pertencem ao namorado da jovem !

As autoridades norte-americanas confirmaram que os restos mortais encontrados na quarta-feira são de Brian Laundrie. Identificação foi feita através de registos dentários.


“No dia 21 de outubro de 2021, uma comparação de registos dentários confirmou que os restos humanos encontrados no T. Mabry Carlton, Jr. Memorial Reserve and Myakkahatchee Creek Environmental Park pertencem a Brian Laundrie”, revelou o FBI de Denver, na rede social Twitter.

O jovem estava desaparecido há mais de um mês. Laundrie era considerado pela polícia uma pessoa de interesse para a investigação do caso de Gabby Petito, cujo corpo foi encontrado em Wyoming, depois de o noivo – com quem viajava – ter regressado à Florida sem ela.

De acordo com a BBC, os pais de Laundrie foram informados de que o corpo encontrado é o do seu filho, mas um advogado que representa a família emitiu um comunicado dizendo que os parentes não querem fazer qualquer comentário.

As autoridades tinham já esclarecido que os restos mortais foram descobertos numa área do parque que esteve até há pouco tempo submersa. A polícia descobriu também alguns artigos do jovem, tendo referido uma mochila e um caderno.

Gabby Petito, de 22 anos, desapareceu quando viajava pelos Estados Unidos e foi encontrada morta em setembro.

A autópsia revelou que foi estrangulada, o que fez aumentar as suspeitas sobre o seu namorado, que acabou também por desaparecer.

O casal tinha partido em viagem em julho numa carrinha convertida para visitar os parques nacionais no oeste dos Estados Unidos.

A polícia disse que Laundrie estava sozinho quando conduziu a carrinha de regresso a casa dos seus pais em North Port, Florida, no dia 1 de setembro, e foi visto pela última vez uma semana depois, por familiares.

https://zap.aeiou.pt/restos-mortais-pertencem-brian-laundrie-439705

 

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Biden afirma que Estados Unidos estão prontos para defender Taiwan em caso de ataque !

O Presidente dos Estados Unidos afirmou, na quinta-feira, que o país está preparado para defender militarmente Taiwan, em caso de ataque da China, que considera a ilha parte do território.


“Sim, temos um compromisso nesse sentido”, declarou Joe Biden, durante um encontro, transmitido pela cadeia de televisão CNN, com eleitores em Baltimore.

A Casa Branca afirmou à imprensa que a política norte-americana em relação a Taiwan “não mudou”, na sequência das declarações de Biden, na quinta-feira.

As duas maiores economias do mundo opõem-se frontalmente em muitas questões, mas a questão taiwanesa é frequentemente considerada como a única capaz de desencadear um confronto armado.

Na quarta-feira, o próximo embaixador dos Estados Unidos em Pequim, o diplomata de carreira Nicholas Burns, disse que “não se deve confiar” na China em relação a Taiwan, e recomendou aumentar a venda de armas à ilha para reforçar as defesas.

Burns falava na comissão de Negócios Estrangeiros do Senado norte-americano, que deve confirmar a nomeação do diplomata, que tinha já denunciado as recentes incursões chinesas na zona de identificação aérea taiwanesa como “repreensíveis”.

Os Estados Unidos reconhecem a República Popular da China desde 1979, mas fornecem armas a Taiwan para a defesa da ilha.

A ilha é governada de forma autónoma desde 1949, data em que as forças nacionalistas do Kuomintang ali se refugiaram depois de terem sido derrotados pelas tropas comunistas, que fundaram, no continente, a República Popular da China.

Pequim considera Taiwan como uma das suas províncias e ameaçou recorrer à força, caso a ilha proclame formalmente a independência.

No entanto, o Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou recentemente a vontade de conseguir uma reunificação pacífica.

https://zap.aeiou.pt/estados-unidos-prontos-defender-taiwan-439641

 

Acidente trágico - Ator Alec Baldwin matou diretora de fotografia do filme que estava a rodar !

O ator norte-americano Alec Baldwin matou, acidentalmente, a diretora de fotografia do filme que estava a rodar, ao disparar uma arma de adereço que não devia estar carregada. O realizador do filme também ficou ferido e está hospitalizado.

Alec Baldwin

A vítima mortal é Halyna Hutchins, diretora de fotografia de 42 anos.

Mas os disparos feriram também o diretor do filme, Joel Souza, de 48 anos, que foi admitido na unidade de cuidados intensivos do centro médico Christus St. Vincent, nos arredores de Santa Fé, no estado do Novo México, sudoeste dos EUA.

Joel Souza estará “em estado crítico”, segundo alguns media norte-americanos.

As vítimas foram atingidas quando “Alec Baldwin disparou uma arma de fogo utilizada para as filmagens” do western “Rust”, tendo sido já iniciada uma investigação, de acordo com um comunicado do gabinete do xerife de Santa Fé.

O acidente ocorreu durante a tarde (hora local) de quinta-feira, no rancho de Bonanza Creek, onde estavam a ser filmadas várias cenas do western, do qual Baldwin é produtor e protagonista.

De acordo com os investigadores, que se deslocaram ao local, o incidente parece ter sido causado pela utilização, como adereço, de uma arma de fogo, disparada durante uma cena do filme.

“Os investigadores estão a investigar que tipo de bala foi disparada e como“, acrescenta o comunicado, sem referir quantos tiros foram disparados.

Alec Balwin foi interrogado

O porta-voz do xerife revelou aos media que Alec Baldwin “foi interrogado” pela polícia, que “prestou declarações e respondeu a certas questões”.

“Apresentou-se voluntariamente” e não foi, ainda, alvo de nenhuma acusação, nem foi feita nenhuma detenção no âmbito do caso, acrescenta este porta-voz.

Escrito e realizado por Joel Souza, “Rust” conta a história de um marginal, Harland Rust, interpretado por Alec Baldwin, que vem em auxílio do neto, de 13 anos, condenado a ser enforcado por homicídio.

Baldwin, de 63 anos, tornou-se particularmente popular nos EUA, nos últimos anos, pelas imitações de Donald Trump no programa “Saturday Night Live”.

https://zap.aeiou.pt/alec-baldwin-matou-acidente-filme-439645

 

Ai-Da, a robô artista, foi detida no Egito antes da sua mais recente exposição !

Ai-Da, a primeira robô artista ultrarrealista do mundo, foi detida pelas autoridades egípcias na alfândega por “questões de segurança”.


De acordo com o jornal The Guardian, está previsto que Ai-Da apresente o seu último trabalho na Grande Pirâmide de Gizé, esta quinta-feira, tratando-se da primeira vez em muitos anos que foi permitido expor arte contemporânea perto da famosa pirâmide.

No entanto, aquela que é considerada a primeira robô artista ultrarrealista do mundo foi confrontada com um ligeiro imprevisto. À chegada a território egípcio, tanto Ai-Da como a sua escultura foram barradas na alfândega, tendo lá ficado durante 10 dias. O motivo? “Questões de segurança”.

Segundo o diário britânico, as autoridades egípcias temiam que a robô fizesse parte de algum plano de espionagem, uma vez que possui um modem e câmaras nos olhos (que usa para desenhar e pintar).

Tanto Ai-Da como a escultura foram libertadas esta quarta-feira, horas antes do início da exposição Forever Is Now, mas o episódio acabou por gerar alguma tensão diplomática.

“O embaixador britânico trabalhou durante a noite para libertar Ai-Da, mas estamos prontos para o trabalho agora. É muito stressante”, declarou Aidan Meller, o humano por detrás desta robô artista, pouco antes da sua libertação.

“Posso retirar os modems, mas não consigo arrancar os olhos dela”, disse ainda o seu inventor sobre as questões de segurança invocadas. A embaixada britânica no Cairo, por sua vez, disse ter ficado “feliz” por saber que o caso foi resolvido.

A escultura de Ai-Da é uma brincadeira com o enigma da esfinge: “O que anda em quatro pés pela manhã, dois pés ao meio-dia e três pés à noite?” (pergunta para qual a resposta é um humano).

“Quatro pernas quando somos uma criança, duas pernas quando já somos um adulto e três quando já somos velhos e precisamos de uma bengala. Então, Ai-Da produziu uma versão enorme de si mesma com três pernas”, contou Meller.

“Estamos a dizer que, na verdade, com o aparecimento da nova tecnologia Crispr e pela forma como podemos fazer edição de genes hoje em dia, a extensão da vida é muito provável. Os antigos Egípcios estavam a fazer exatamente a mesma coisa com a mumificação. Os humanos não mudaram: Ainda temos o desejo de viver para sempre“, explicou ainda.

Ai-Da foi batizada em homenagem à pioneira da computação Ada Lovelace, tendo sido construída por uma equipa de programadores, roboticistas, especialistas em arte e psicólogos. O projeto multimilionário foi acabado em 2019 e é atualizado à medida que a Inteligência Artificial melhora.

https://zap.aeiou.pt/ai-da-robo-artista-detida-egito-439584

 

Europa em alerta: Casos de covid-19 sobem a pique - Países de leste sofrem com baixa vacinação !

Pandemia volta a ganhar força na Europa. Reino Unido, Rússia e vários países do leste europeu, com baixas taxas de vacinação, voltaram a bater máximos de infeções e mortes por covid-19.


Numa altura em que o inverno se aproxima, e o convívio em espaços fechados aumenta, os casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 têm vindo a aumentar em muitos países da Europa, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mike Ryan, diretor do Programa de Emergências em Saúde da OMS, explicou esta quinta-feira, em conferência de imprensa, que “a maior parte das restrições já não estão em vigor em muitos países”, um facto que “coincide com o período de Inverno em que as pessoas estão a optar por espaços fechados à medida que surgem as ondas de frio”, cita o Público.

Apesar de mais de metade dos países europeus estar a registar um aumento de novos casos – incluindo Portugal -, a entidade salienta que o Reino Unido, Rússia e Turquia foram os responsáveis pela maioria dos casos.

O Reino Unido tem vindo a registar, em média, entre 40 mil a 50 mil novos casos por dia, o que coloca o país em máximo desde meados de julho.

Esta subida de infeções está a preocupar as autoridades de saúde, pelo que os responsáveis pedem ao Governo de Boris Johnson que avance para o “plano B”, voltando a implementar algumas restrições, escreve o The Guardian.

O ministro da Saúde do país já admitiu que o país pode chegar aos 100 mil casos diários, mas reitera que o Governo não vai, para já, implementar o “plano B”.

A Turquia tem uma taxa de infeção superior a 350 casos por milhão de habitantes, a sete dias, sendo que na semana passada registou 30.563 casos num só dia, um máximo desde abril.

Por sua vez, a Rússia desde a semana passada que tem vindo a bater novos máximos de óbitos, tendo registado na quarta-feira um novo recorde, com 1.028 mortes nas últimas 24 horas. Além disso, foram registadas 34.073 novas infeções nas 85 regiões do país nessas 24 horas.

Vladimir Putin anunciou que vai dar uma semana de férias pagas à população, de 30 de outubro a 7 de novembro, para travar o avanço da pandemia de covid-19. Moscovo revelou ainda que vai reintroduzir medidas de confinamento, com o encerramento de todas as lojas e estabelecimentos à exceção dos supermercados e farmácias.

Também no leste europeu, vários países têm registado recordes de infeções ou mortes associadas à covid, acompanhando a tendência vivida pela vizinha Rússia.

Atualmente, a Sérvia é o país europeu com uma incidência da covid-19 mais elevada, contabilizando 1268 casos por cem mil habitantes nos últimos 14 dias, de acordo com os dados mais recentes, divulgados esta quinta-feira, 21 de outubro, pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês).

na terça-feira, a Ucrânia registou 538 mortes por covid-19 – o número diário mais elevado desde o início da pandemia. Porém, é importante sublinhar que este é um dos países da Europa com menor taxa de vacinação.

A baixa taxa de inoculações está também a refletir-se num aumento de casos na Letónia. O país tem atualmente uma das taxas de infeção mais elevadas a nível mundial, pelo que o Governo decidiu fechar escolas, restaurantes e espaços de lazer e impor recolher obrigatório durante cerca de um mês.

A questão da vacinação também está a afetar a Bulgária, que tem uma taxa de infeção de superior a 400 casos por milhão de habitantes e uma taxa de mortalidade de 14,8 mortes por dia, em média, nos últimos sete dias, ou seja, a segunda maior do “velho continente”.

Ao mesmo tempo, também na Polónia o Governo está a ponderar endurecer as medidas, depois de o país ter registado 5.000 infeções num só dia, informa o ECO.

Já a Roménia, com cerca de 30% da população vacinada, tem atualmente a quarta maior taxa de infeção a nível da UE (79,38 casos por milhão de habitantes) e a maior taxa de mortalidade associada à covid na UE (média de cerca de 19 mortes por dia, nos últimos sete dias).

https://zap.aeiou.pt/europa-em-alerta-casos-covid-aumentam-439712

 

Cansados de ver posts removidos por nudez, museus de Viena aderiram ao OnlyFans !

Cansados de ver as obras de arte que partilhavam nas redes sociais removidas por serem demasiado “explícitas”, vários museus austríacos decidiram abrir uma conta na plataforma mais liberal OnlyFans.

Albertina Museum, em Viena, na Áustria

No passado, tanto o Conselho de Turismo de Viena como quatro dos famosos museus da cidade austríaca publicaram obras de arte em redes sociais, como o Facebook, o Instagram e o TikTok, para fins promocionais. Porém, várias publicações foram removidas e, em alguns casos, as contas encerradas porque as imagens em questão eram demasiado “explícitas” em termos de nudez.

Por isso, as organizações desistiram destas plataformas e decidiram criar uma conta no OnlyFans, uma rede social muito menos restritiva e que cresceu muito graças aos criadores de conteúdo pornográfico, para partilhar as suas obras de arte à vontade.

“Questionamos este tipo de censura porque acreditamos que não é boa ideia deixar um algoritmo determinar o nosso legado cultural”, disse à NPR Helena Hartlauer, representante do Conselho de Turismo de Viena.

“Isso pode levar a uma auto-censura inconsciente. Os artistas podem começar a fazer arte de forma diferente, assim como os colecionadores podem fazê-lo quando montam as suas coleções, porque sabem que uma ferramenta tão forte como as redes sociais não mostra ou promove certos tipos de arte. Isso é bastante assustador”, acrescentou.

Tal como recorda a organização norte-americana, as diretrizes das redes sociais do grupo Facebook permitem imagens de quadros e esculturas que retratam figuras nuas. No caso do TikTok, a nudez é proibida, mas abre-se uma exceção para “conteúdo artístico”.

A porta-voz do Conselho de Turismo de Viena reconhece que “é possível promover um museu ou uma cidade como Viena sem necessariamente partilhar estas imagens”, no entanto, esta campanha também é uma forma de iniciar um debate sobre o poder que estas empresas têm quando se trata de permitir, ou não, diferentes tipos de conteúdo.

Os utilizadores que se inscreverem neste novo canal do OnlyFans até ao final do mês poderão ganhar um Vienna City Card ou um bilhete para qualquer um destes museus da capital (Leopold Museum, Kunsthistorisches Museum, Naturhistorisches Museum e Albertina Museum).

https://zap.aeiou.pt/museus-viena-aderiram-onlyfans-439612

 

O pior desastre nuclear da história dos EUA pode ter sido fruto de uma brincadeira !

O SL-1 era um reator nuclear experimental de baixa potência, localizado no Idaho, nos EUA, que tinha como objetivo fornecer energia a pequenas instalações militares remotas no início dos anos 1960.


O reator acabou por ficar por um derretimento nuclear com explosão de vapor, matando três pessoas no primeiro e único acidente que envolveu óbitos numa central nuclear americana.

O acidente ocorreu a 3 de janeiro de 1961, quando um dos operadores puxou uma das hastes de controlo para mais longe do que seria suposto.

Depois do desastre, foi iniciada uma investigação sobre o acidente para evitar que algo semelhante voltasse a acontecer.

As autoridades perceberam que o acidente se deveu a facto da haste de controlo ter sido afastada 50 centímetros, o que se revelou ser uma distancia demasiado alta.

A questão reside em perceber se o acidente ocorreu por erro humano, ou se foi intencional. Ao longo dos anos, têm sido muitas as teorias.

Uma das teorias, se dada como certa, poderá fazer deste desastre nuclear um dos mais improváveis de sempre.

De acordo com a teoria revelada pelo IFL Science, Richard Legg, responsável pela manutenção do reator, desligou um dos ventiladores responsáveis por refrigerar o SL-1, com o objetivo de disparar um alarme e assustar os seus colegas, porém não terá sido esta pequena partida que levou ao desastre – mas deu ao trabalhador a fama de brincalhão.

A teoria indica que Legg distraiu o colega que estava a segurar na vara de controlo, e este, acabou por levar a haste a alcançar um distância longa demais.

Para tentar entender se a distração de Legg poderia ter causado um desastre nuclear, uma experiência tentou perceber se enquanto os voluntários eram distraídos – da mesma forma que o colega de Legg tinha sido – algum deles afastava a vara de controlo a uma distância suficientemente longa.

No entanto, percebeu-se que nenhum dos participantes da experiência deslocou a haste o suficiente para fazer com que o reator entrasse em colapso.

Ainda assim, conclui-se que quem está a executar o trabalho de controlo da vara tem uma função minuciosa, pois basta alongar um pouco mais a distância para que haja um desastre.

https://zap.aeiou.pt/desastre-nuclear-eua-brincadeira-439286

 

Banido do Facebook, Donald Trump aposta na criação da sua própria rede social !

Nova rede social deverá estar disponível a partir do início do próximo ano e é uma resposta do antigo presidente às empresas que o decidiram banir.


O antigo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump anunciou o lançamento de uma rede social própria, denominada “Truth Social” (Verdade Social, em português),  a qual deverá estar disponível para os utilizadores no início do próximo ano. Na nota que acompanha a notícia do lançamento, Trump, que está atualmente banido do Twitter, do Facebook e do YouTube (no seguimento dos ataques ao Capitólio), diz que a criação tem como objetivo “resistir à tirania das gigantes tecnológicas”.

Estou entusiasmado por, daqui a pouco tempo tempo, começar a partilhar os meus pensamentos na Truth Social”, anunciou Trump. O antigo chefe de Estado revelou ainda que a plataforma está disponível para “utilizadores convidados” num lançamento provisório em novembro, sendo que o público geral também a poderá usar já a partir do início do próximo ano. A rede social será um produto do grupo Trump Media & Technology, o qual foi formado através da junção com a Digital World Acquisition Corp..

A rede social já tem um site onde os utilizadores interessados se podem inscrever numa lista de espera ou fazer a pré-compra da respetiva aplicação. A App Store, loja digital da Apple, já divulgou algumas imagens do que será o feed da rede social, sendo que as semelhanças com o Twitter são consideráveis, aponta o The Guardian.

Em julho, Donald Trump processou o Facebook, o Twitter e a Google por entender que as redes sociais o estavam a censurar. As opções de banir o antigo presidente continuam, ainda assim, em vigor, apesar de o Facebook admitir que a decisão vai ser revista daqui a dois anos. “Vivemos num mundo em que os talibãs têm uma grande presença no Twitter, mas o presidente favorito da América tem sido silenciado. Isto é inaceitável“, afirmou.

https://zap.aeiou.pt/banido-facebook-trump-criacao-propria-rede-social-439455

 

Facebook acorda com parte da imprensa diária francesa pagar “direitos conexos” !

O Facebook chegou a um acordo com parte da imprensa diária francesa para pagar “direitos conexos”, anunciou a rede social norte-americana, algumas semanas depois de assinar acordos semelhantes com o Le Monde e o Le Figaro.


Este “acordo de licenciamento” assinado com a aliança para a imprensa de informação geral francesa (Apig), que representa os diários nacionais e regionais, “prevê que o Facebook obtenha e remunere licenças para direitos vizinhos”, afirma o comunicado.

“Além disso, dará aos editores da Apig que o desejarem a oportunidade de participar no Facebook News”, um novo serviço dedicado à informação que deverá ser lançado em França em janeiro de 2022, precisou a rede social.

“Os termos a que chegámos permitirão ao Facebook aplicar a diretiva e a lei francesa, gerando ao mesmo tempo um financiamento significativo para os editores da Apig, especialmente os mais pequenos”, disse Pierre Louette, presidente da Apig e CEO do Groupe Les Echos – Le Parisien, citado no comunicado.

Não foi divulgado o montante da remuneração, nem o método de cálculo.

Os direitos conexos estão explicitamente previstos numa nova legislação europeia adotada em 2019, imediatamente transposta em França, e abrem o caminho para a remuneração dos autores de conteúdos de imprensa extraídos de artigos, fotografias, vídeos, infografias – apresentadas nas páginas de resultados das principais plataformas da Internet.

Mas estes últimos há muito que contestam o princípio, e as negociações com a imprensa têm sido muito laboriosas.

Um acordo-quadro sobre a remuneração dos “direitos conexos” foi anunciado em janeiro entre a Apig e a Google, mas tem de ser revisto para ter em conta uma multa de 500 milhões de euros imposta ao motor de busca em julho pela Autoridade da Concorrência francesa por não ter negociado “de boa-fé” com os editores de imprensa.

A Autoridade pediu ao gigante americano para retomar as negociações com os editores, para lhes propor uma nova oferta de remuneração.

Há menos de um mês, os grupos do Le Monde e do Le Figaro anunciaram ambos acordos separados com o Facebook, tal como tinham feito anteriormente com o Google, relativamente à remuneração e à promoção dos seus conteúdos.

https://zap.aeiou.pt/facebook-imprensa-diaria-francesa-direitos-conexos-439602

 

Os trabalhadores que acumulam empregos em teletrabalho — E em segredo !

Com a normalização do teletrabalho nos últimos anos, há cada vez mais pessoas que acumulam dois empregos a tempo inteiro — e em segredo.


Têm dois endereços de e-mail profissionais, dois computadores, dois patrões e… dois salários.

Com o aumento do trabalho remoto, há cada vez mais pessoas que têm, em segredo, dois empregos, aproveitando o facto de estarem longe dos olhos dos empregadores.

De acordo com a BBC, não é raro encontrar pessoas empregadas à procura de trabalho adicional, como por exemplo vender joias no Etsy, ser condutor da Uber depois do horário de trabalho ou montar móveis ao fim de semana.

Mas o “duplo emprego” é diferente: um funcionário pode acumular empregos a tempo inteiro, separados mas simultâneos, em computadores diferentes. E não é um fenómeno totalmente novo — há pessoas que o fazem há anos na indústria da tecnologia.

Isaac (nome fictício), um homem com quase 40 anos de São Francisco, nos Estados Unidos, tem dois empregos a tempo inteiro há anos e diz que ganha mais de 600 mil dólares (cerca de 515 mil euros) por ano.

Em abril, Isaac lançou o site Overemployed, onde escreve artigos sobre como manter vários empregos remotos — e a regra número um é não falar sobre o assunto.

Nos últimos 20 anos, alguns trabalhadores exploraram esta possibilidade na indústria de tecnologia. Mas, agora, devido à pandemia de covid-19, há trabalhadores de diversos campos em todo o mundo que ficaram em teletrabalho, o que aumentou as oportunidades para que tenham mais do que um emprego a tempo inteiro.

Isaac contou, em declarações à BBC, que o Overemployed recebe visitas de todo o mundo e abrange todas as idades, desde pessoas com pouco mais de 20 anos — que podem ter um “duplo estágio” — até pessoas com 60 ou mais anos.

Mas a maioria dos utilizadores pertence à faixa etária entre os 35 e os 40 anos, pessoas que “já têm muita experiência e estão um pouco cansadas do mundo corporativo”.

De forma geral, tanto antes como durante a pandemia, Isaac afirma que é raro saber de alguém que tenha sido apanhado porque, por norma, isso só acontece quando a pessoa é descuidada.

No entanto, o norte-americano soube de um caso em que um spyware apanhou um programador a fazer um script que não deveria no computador do seu trabalho principal — e foi despedido.

Isaac defende que o emprego duplo não significa necessariamente dias de trabalho excessivamente longos: os trabalhadores podem dedicar 30 horas por semana ao seu emprego original, por exemplo, e usar o tempo que seria preenchido por reuniões não obrigatórias para manter um segundo emprego.

Legalmente, o duplo emprego é uma situação delicada. Para que seja possível, é preciso ter em atenção o tipo de contrato assinado pelo funcionário para o emprego original — não se podem quebrar acordos de não-concorrência.

Além disso, é uma situação extremamente controversa ou até considerada antiética.

Mas, para quem consegue fazer a combinação funcionar — tanto relativamente à legalidade quanto à logística —, Isaac defende que os trabalhadores em duplo emprego têm muito a ganhar.

Uma das razões que levam os trabalhadores a assumir um segundo emprego secreto em tempo integral é a diversificação de fontes de renda, para ganhar dinheiro de forma mais eficiente. Mas Isaac acredita que o dinheiro não é o único motivo.

Catherine Chandler-Crichlow, diretora-executiva de gestão de carreiras da Faculdade de Administração Ivey, da Western University em Ontário, no Canadá, concorda e afirma que o estereótipo dos trabalhadores em duplo emprego, “que tentam secretamente ganhar mais dinheiro”, não é necessariamente correto.

“Como fomos forçados a trabalhar de casa, as pessoas provavelmente começaram a perguntar-se: ‘Onde é que as minhas habilidades podem ser otimizadas?’; ‘Quais são as minhas verdadeiras paixões?'”, afirmou.

Chandler-Crichlow disse ainda que esse conceito é muito relevante para a discussão do duplo emprego. Alguém pode ter, por exemplo, um emprego como analista financeiro, mas também gostar de outra coisa, como programação ou de escrever. A situação atual de trabalho remoto generalizado permite que esse analista encontre um emprego a programar ou escrever.

“Agora, sou eu quem controla o que eu gostaria de fazer e onde gostaria de passar o meu tempo”, acrescentou a especialista, considerando que para os trabalhadores em grupos sócio-económicos inferiores, manter diversos empregos é um meio de sobrevivência.

E Erin Hatton, professor de Sociologia na Universidade Estadual de Nova Iorque concorda.

“Talvez [os trabalhadores estejam] a tentar coisas novas. Acho que este é um momento de ajustar as contas com o mundo do trabalho e discutir o papel desempenhado pelo trabalho nas nossas vidas”, disse.

O duplo emprego pode “libertar as pessoas para avaliar outros empregos, talvez conseguir um trabalho adicional que não pague tão bem, mas que seja mais significativo”, continuou.

Por isso, não é coincidência que cada vez mais pessoas estejam a tentar coisas novas. “Acho que a pandemia pode ter incentivado as pessoas a pensar mais profundamente no que passam a vida a fazer e concluir que provavelmente poderiam fazer mais”, afirma Chandler-Crichlow.

https://zap.aeiou.pt/teletrabalho-acumular-empregos-segredo-439428

 

“O maior roubo de impostos” da Europa - Estados perderam milhões em “buraco” fiscal !

Os “CumEx Files” são a mais recente investigação feita com uma fuga de dados a fazer revelações surpreendentes e preocupantes sobre a realidade financeira da Europa. Desta vez, está em causa um “saque fiscal” que lesou vários Estados em milhões de euros, graças a esquemas financeiros.


A investigação intitulada “CumEx Files” foi, inicialmente, divulgada em 2018 pelo grupo alemão de jornalismo de investigação Correctiv. Mas, nesta quinta-feira, vários jornais internacionais, envolvidos na análise aos documentos, divulgaram novos dados.

Há 3 anos, especulava-se que as perdas para os Estados, no âmbito de esquemas financeiros para fugir aos impostos, seriam da ordem dos 55 mil milhões de euros. Mas agora aponta-se para prejuízos de 150.000 milhões de euros nos últimos 20 anos.

Estes dados são destacados por jornais como o El Confidencial e o Le Monde que estão envolvidos na pesquisa que foi liderada pelo economista Christoph Spengel, da Universidade de Mannheim, na Alemanha.

Nenhum órgão de informação português esteve envolvido na investigação, tanto quanto sabemos.

As mais de 200.000 páginas de documentos, incluindo dados bancários internos e emails, apontam que a arbitragem de dividendos tem sido usada para evitar o pagamento de dezenas de biliões de impostos por toda a Europa.

Spengel foi várias vezes ao Parlamento Europeu para explicar aos deputados o que considera ser “o maior roubo de impostos na história europeia”.

Esquema “Cum-Cum” (que não é necessariamente ilegal)

Estão em causa dados relativos ao período entre 2000 e 2020 e respeitantes a 12 países europeus – Espanha, Itália, França, Alemanha, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Áustria, Reino Unido, Irlanda, Suíça e Suécia.

A arbitragem de dividendos é uma prática que passa por fazer operações com vista à redução da carga fiscal.

É uma questão de “engenharia financeira”, ou “um assalto excepcional”, como nota o Le Monde, considerando que é um “saque fiscal” que “se baseia em transacções financeiras complexas, realizadas nos mercados financeiros e que há muito tempo permanecem fora do radar dos Governos”.

O chamado esquema “Cum-Cum”, como é apelidado no mercado financeiro, passa pela venda de acções entre investidores imediatamente antes do pagamento de dividendos, que serão, então, entregues posteriormente.

Este tipo de operação cria uma confusão fiscal sobre quem é o real dono das acções no momento do pagamento dos dividendos. Assim, ambos os investidores envolvidos na transacção podem reivindicar descontos no imposto retido na fonte pago aquando da distribuição desses dividendos.

E “não é contra a lei”, como explica Spengel citado pelo El Confidencial, notando que estas operações ficam numa zona de sombra da legislação.

“Contudo, em casos individuais, na Alemanha, é contra a lei se o único propósito de comprar e de revender acções forem os benefícios fiscais“, acrescenta o economista.

Alemanha e França lideram perdas

Alemanha e França são os Estados mais prejudicados com este buraco fiscal, com perdas de 35.940 milhões e de 33.413 milhões, respectivamente.

Seguem-se os Países Baixos com 27 mil milhões e Espanha com perdas de quase 19 mil milhões de euros.

A Itália sofreu danos de 13.274 milhões, a Bélgica soma 7.476 milhões de prejuízos e a Suíça tem um total de 4.832 milhões.

Luxemburgo (2.192 milhões), Dinamarca (1.700 milhões), Áustria (1.239 milhões) e Irlanda (17 milhões) seguem-se na lista.

Além das operações que integram o que se chama “Cum Cum”, há ainda outras mais complexas, designadas de “Cum/Ex”, onde a “quantificação da fraude” é mais complicada, como nota o El Confidencial.

Neste caso, estarão em causa, por exemplo, operações que permitiriam a alguns investidores pedirem devoluções de impostos que nunca tinham pago.

A justiça alemã já abriu vários inquéritos e diversas pessoas foram consideradas culpadas por evasão fiscal. Mas ainda estão a decorrer outras investigações, incluindo a funcionários de bancos, advogados e investidores.

https://zap.aeiou.pt/maior-roubo-impostos-europa-439503

 

Apenas 14% das vacinas prometidas aos países mais pobres foram efetivamente entregues !

Apesar das promessas deixadas por muitos dos países mais ricos e desenvolvidos, número de vacinas que chegou aos territórios é ainda muito baixo, o que pode comprometer os avanços já conseguidos.


Apenas uma em sete doses de vacinas contra a covid-19 prometidas aos países mais pobres do mundo foram realmente entregues. Ao longo dos últimos meses, aproximadamente 1,8 mil milhões de doses deveriam ter sido encaminhadas para este destinado, sendo que, na realidade, apenas 261 milhões cumpriram. Os números são avançados pela People’s Vaccinealliance, uma coligação formada por entidades como a Oxfam, o ActionAid e a Amnistia Internacional.

Este fracasso na distribuição igualitária de vacinas resulta, naturalmente, num número baixo de pessoas a viver em países pobres já vacinadas contra a covid-19 — estima-se que sejam apenas 1,3%.

À Covax, por exemplo, uma iniciativa global de distribuição de vacinas, foram prometidas 994 milhões de doses de vacinas por fabricantes como a Johnson & Johnson, a Moderna, a Oxford/AstraZeneca e a Pfizer/BioNTech, das quais apenas 120 milhões (12%) foram entregues. No que respeita a países, o Reino Unido, também se comprometeu a enviar 100 milhões de doses de vacinas para os países mais pobres, apesar de só o ter feito com 9.6 milhões (menos de 10%). Números semelhantes acontecem com o Canadá — 3.2 milhões de doses entregues das 40 milhões prometidas (8%) — e com os Estados Unidos que, apesar de já terem distribuído 177 milhões de doses, estão ainda longe das 1,1 mil milhões de doses inicialmente previstas para doação.

Robbie Silverman, representante da Oxfam, afirmou que estes números evidenciam “o falhanço das doações dos países ricos e o falhanço da própria Convax”. “A única forma de acabar com esta pandemia é a partilha da tecnologia e conhecimentos com outras fábricas qualificadas para que qualquer pessoa, em qualquer sítio possa ter acesso a estas vacinas que podem salvar vidas“, afirmou, numa declaração que pode remeter para necessidade de libertar as patentes.

Ao longo dos últimos meses, a Organização Mundial de Saúde tem apelado com muita frequência aos países que também priorizem esta problemática em vez de apostarem na administração de doses de reforço em populações com números gerais de vacinação muito elevados. Recentemente, a OMS também destacou a importância de se apostar na distribuição de vacinas pelos territórios mais pobres até ao final do ano. No entanto, o mesmo relatório da People’s Vaccinealliance aponta que os países estão mais concentrados na aquisição de novas doses — com vista à administração de doses de reforço a grupos mais abrangentes da sua população — do que na distribuição das mesmas.

“Em todo o mundo, os trabalhadores do setor da saúde estão a morrer e as crianças estão a perder os seus pais pais e avós. Com 99% das pessoas nos países de baixos rendimentos ainda por vacinar, já perdemos a paciência com estes gestos demasiado pequenos e atrasados”, afirmou Maaza Seoum, integrante da Aliança Africana e da Vacina da População da Aliança Africana, citada pelo The Guardian.

O passo mais “ousado” que foi dado no objetivo de distribuir mais vacinas por mais países, sobretudo os pobres, foi dado pela Índia e pela África do Sul, que já propuseram à Organização Mundial do Comércio a libertação das patentes das vacinas e medicamentos contra a Covid-19. O pedido foi apoiado por mais de cem países, associações de direitos humanos (Médicos sem Fronteiras, Human Rights Watch) e personalidades proeminentes, como o antigo primeiro-ministro britânico Gordon Brown. O argumento utilizado utilizado é do que “ninguém está a salvo do coronavírus até que todos estejam a salvo”.

O duque e a duquesa de Sussex também já apoiaram uma iniciativa paralela, mas que também teve como objetivo alertar e pedir aos países membros do G7 e à União Europeia que partilhem pelo menos 1 bilião de doses de vacinas contra a covid-19 com os territórios mais pobres, ao mesmo tempo que destacaram a importância da libertação dos direitos de propriedade intelectual das vacinas.

https://zap.aeiou.pt/14-vacinas-prometidas-paises-pobres-entregues-439433

 

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