sábado, 19 de fevereiro de 2022

Sofía Jirau faz história - É a primeira modelo da Victoria’s Secret com síndrome de Down !

Sofía Jirau, a primeira modelo da Victoria's Secret com síndrom de Down.

Sofía Jirau, a primeira modelo da Victoria’s Secret com síndrom de Down.


A porto-riquenha Sofía Jirau tornou-se a primeira modelo da Victoria’s Secret com síndrome de Down. A marca procura ser mais inclusiva.

Sofía Jirau fez história após tornar-se a primeira modelo da Victoria’s Secret com síndrome de Down. A porto-riquenha fez parte da nova coleção da marca de roupa interior, Love Cloud.

“Um dia eu sonhei com isto, trabalhei nisso e hoje é um sonho realizado. Finalmente posso contar o meu grande segredo”, escreveu a jovem de 24 anos no seu perfil do Instagram. “Sou a primeira modelo da Victoria’s Secret com síndrome de Down!”.

Jirau é também apenas a segunda modelo porto-riquenha a integrar uma campanha publicitária da Victoria’s Secret, depois de Joan Smalls.

A modelo é também dona de uma loja online, chamada Alavett, que lançou em 2019. Nela, vende produtos variados, desde roupas a acessórios.

Em 2020, Jirau fez a sua estreia na New York Fashion Week, segundo o seu site, orgulhando-se de ser uma das poucas modelos com síndrome de Down que conseguiu participar no evento anual.

Depois de cumprir o seu sonho em Nova Iorque, atualmente está “focada em conquistar as passerelles da Europa em 2022″.

“Para mim, a coisa mais importante em realizar os meus sonhos é mostrar às pessoas ao redor do mundo que não há limites e inspirá-las a perseguir os seus próprios sonhos. É por isso que eu sempre digo ‘Por dentro e por fora não há limites’ para motivar as pessoas a superar as suas limitações autoimpostas”, lê-se ainda no site da modelo.

Jirau junta-se à marca de lingerie num momento em que a empresa tenta distanciar-se da imagem icónica dos anjos da Victoria’s Secret. A marca norte-americana quer agora chegar a todo o tipo de mulheres.

A jovem partilhou um vídeo da campanha no Instagram antes da coleção chegar às lojas, esta quinta-feira.



Rússia anuncia manobras nucleares - Soldado ucraniano morre em confrontos com separatistas russos !


As violações ao cessar-fogo na região de Donbass estão também a aumentar. O conflito está a ter repercussões noutros contextos, com a candidata ucraniana à Eurovisão a ser afastada por ter visitado a Crimeia tendo alegadamente entrado através da fronteira russa.

Vladimir Putin anunciou a realização de manobras de forças nucleares da Rússia, com o disparo de mísseis balísticos e de cruzeiro, durante este fim de semana, com o apoio da Bielorrússia.

Recorde-se que Alexander Lukashenko, presidente da Bielorrússia, afirmou na quinta-feira que o país está pronto para receber armas nucleares russas para se defender.

As manobras vão envolver efectivos na região militar do sul da Rússia e também forças aeroespaciais, unidades estratégicas e frotas presentes no Mar do Norte e no Mar Negro para testarem a “fiabilidade das armas estratégicas nucleares e não nucleares” de Moscovo.

Este anúncio parece assim vir confirmar as acusações da NATO, que afirmou que o comunicado do Kremlin sobre a retirada de tropas da fronteira com a Ucrânia não era verdadeiro.

Tensão aumenta nas regiões separatistas

Um soldado ucraniano foi hoje morto em confrontos com os separatistas apoiados por Moscovo no leste do país, anunciou o exército da Ucrânia, elevando os temores de uma invasão russa.

“Na sequência de um bombardeamento, um soldado ucraniano foi mortalmente ferido”, afirmou o comando militar para o leste da Ucrânia.

As forças armadas ucranianas afirmam, no entanto, em comunicado, que “controlam a situação” e “continuam a sua missão de repelir a agressão armada russa”.

A Presidência ucraniana anunciou, entretanto, que o Presidente, Volodymyr Zelensky, vai manter a sua deslocação de hoje a Munique, apesar do risco de um ataque russo.

A situação no leste do país “está plenamente sob controlo“, disse a Presidência, sem fazer referência a declarações do Presidente norte-americano, Joe Biden, que na sexta-feira questionou a oportunidade de o chefe de Estado ucraniano sair do país nas circunstâncias atuais.

Os separatistas da região de Donetsk, que acusam Kiev de querer retomar o controlo da região, qualificam de “crítica” a situação e anunciaram uma mobilização geral.

Os observadores internacionais da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) informaram também na sexta-feira que as violações do cessar-fogo na região oriental ucraniana de Donbas registaram um “aumento significativo”.

A OSCE registou 222 violações de cessar-fogo na área de Donetsk, das quais 135 foram explosões. Já em Luhansk foram verificadas 648 violações, das quais 519 foram explosões, disse a OSCE num relatório.

Estes números refletem um aumento significativo da violência armada na Ucrânia oriental, concluiu a organização, reiterando “a necessidade” de se abster do uso da força e de desescalar uma situação “já tensa”.

“A retórica cada vez mais hostil e inflamatória que temos ouvido recentemente mina os esforços de promoção da paz, estabilidade e segurança e aumenta o risco de novos confrontos e escalada. Tem de parar”, sustentou na mesma nota.

Entretanto, milhares de pessoas foram deslocadas das regiões de Lugansk e Donetsk para a região russa de Rostov, no leste do país.

Esta escala de tensão nas regiões separatistas surge na mesma altura em que Joe Biden voltou a dizer que está “convencido” de que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, decidiu avançar com um ataque à Ucrânia “nos próximos dias”, incluindo à capital Kiev.

“Estou convencido de que [Putin] tomou a decisão. Temos motivos para acreditar que sim”, referiu o chefe de Estado norte-americano durante uma declaração na Casa Branca, acrescentando que o ataque russo à vizinha Ucrânia poderá ocorrer “nos próximos dias”.

Joe Biden salientou, no entanto, que enquanto não ocorrer uma invasão “a diplomacia é sempre uma possibilidade” e revelou que o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, vai encontrar-se quinta-feira, na Europa, com o homólogo russo, Sergey Lavrov.
Sanções da UE incluem controlos às exportações

O pacote de sanções que a União Europeia está a preparar contra a Rússia caso Moscovo invada a Ucrânia prevê um mecanismo de controlo às exportações. Esta sanção é frequentemente utilizada pelos Estados Unidos, mas a UE nunca a usou devido à dificuldade de consenso entre os estados-membros sobre os produtos ou sectores que devem ser incluídos, escreve o Público.

Uma fonte europeia garante ao jornal que os 27 já concordaram com a proposta e que estão dispostos a “ir tão longe quanto possível” para travar a Rússia. Estão ainda em cima da mesa sanções contra a Bielorrússia, caso Minsk apoie uma eventual invasão. O pacote foi feito em acordo com os EUA, Canadá, Reino Unido, Japão, Coreia do Sul e Suíça e já define que indivíduos e entidades estão em causa.

Ainda não são conhecidos muitos detalhes porque o pacote final ainda não foi aprovado, mas sabe-se que as sanções vão abranger os sectores económico, financeiro e energético. Os 27 também não adiantam mais informações porque isso eliminaria o factor surpresa e daria tempo a Moscovo para mitigar os efeitos.

A UE está ainda a tentar antecipar possíveis retaliações da Rússia e a preparar medidas compensatórias para os estados-membros que dependem mais do comércio com o país.

Moscovo estará a estudar as maiores fragilidades do bloco europeu, nomeadamente a cibersegurança, as campanhas de desinformação e aquela que é a mais óbvia — a dependência no fornecimento de gás natural.

Recorde-se que a construção do gasoduto Nord Stream 2, que liga a Alemanha à Rússia, tem sido um dos pontos de contenção neste conflito e a recusa alemã de enviar armamento para Kiev devido aos acordos energéticos com Moscovo valeu-lhe muitas críticas. Após a reunião com o chanceler alemão Olaf Scholz, Joe Biden já veio dizer que a obra não vai avançar caso haja uma invasão.
Representante ucraniana na Eurovisão afastada por ter visitado a Crimeia

Entretanto, o conflito russo-ucraniano está também a ter repercussões fora da política. A artista ucraniana Alina Pash venceu a competição Vidbir, que é o equivalente ao Festival da Canção em Portugal, e tinha sido escolhida para representar o país no palco da Eurovisão, que vai ter lugar em Turim, em Maio.

No entanto, a cantora foi afastada porque em 2015, já depois da anexação russa do território, Alina foi à península da Crimeia, alegadamente entrando através da Rússia. A lei proíbe estas deslocações, permitindo apenas que os cidadãos ucranianos e estrangeiros só entrem na Crimeia através da sua própria fronteira e quem entrar através da Rússia fica impedido de entrar na Ucrânia.

Alina Pash confirmou que esteve na Crimeia, mas garantiu que não entrou pela fronteira russa e terá mostrado documentos para o provar. Contudo, as autoridades não confirmaram a legalidade dos documentos e a especulação continuou.

Perante este cenário, a artista anunciou que vai sair da competição, sublinhando que é uma artista e “não um político”.

Esta não é a primeira vez que o conflito na Crimeia chega ao palco da Eurovisão, apesar da competição se afirmar como apolítica. Em 2016, a Ucrânia venceu o concurso com a canção 1944, interpretada por Jamala, que relatava a história da deportação dos Tártaros da região durante a governação de Estaline.

A entrada foi polémica, com muitos russos a questionarem a sua legalidade por ter uma mensagem política, especialmente no contexto da reignição do conflito na península em 2014. A tensão entre os dois países foi ainda mais óbvia porque nesse ano a Rússia venceu o televoto, com a música “You Are The Only One” interpretada por Sergey Lazarev, tendo o país ficado no terceiro lugar.

Por ter vencido em 2016, a Ucrânia organizou o concurso em 2017 e a representante russa, Yulia Samoylova, foi também impedida de entrar no país pelas mesmas razões de Alina — ter desrepeitado a lei ucraniana ao entrar da Crimeia através da Rússia. Moscovo acabou por decidir não participar no festival nesse ano.

Em 2019, a vencedora do Vidbid também abandonou a representação ucraniana no palco europeu por questões políticas. Anna Korsun, cujo nome de palco é Maruv, depois do seu patriotismo ter sido questionado.

Jamala, a vencedora de 2016, estava no painel de jurados e decidiu fazer questões aos candidatos fingindo ser uma jornalista em Tel Aviv, onde a Eurovisão foi organizada em 2019 e perguntou a Maruv se “a Crimeia é da Ucrânia?“. A cantora respondeu que sim, mas o tom da sua resposta foi posto em causa, levando ao seu afastamento. O país acabou assim por não participar no festival em 2019.

https://zap.aeiou.pt/soldado-ucraniano-separistas-russos-463505


Em janeiro, foram abatidas cinco vezes mais árvores na Amazónia do que no mesmo período do ano passado !


Desflorestação tem aumentado de ritmo e grau após a chegada de Bolsonaro à presidência, apontam ambientalistas.

Apesar de a preocupação em torno da preservação da Amazónia ter acalmado face a 2019, quando a cobertura mediática internacional dava diariamente atenção aos fogos e à desflorestação do território, a floresta continua a sofrer quebras face ao sucessivo abate de árvores que ali se regista. De facto, e de acordo com as últimas imagens de satélite disponibilizadas, o número de árvores cortadas na parte brasileira da Amazónia em janeiro deste ano é cinco vezes maior que o do ano passado.

Como seria de esperar, esta estimativa já motivou críticas por parte das associações ambientalistas e partidos políticos que representam a oposição de Jair Bolsonaro.

“O governo, na realidade, criou uma oportunidade de ouro para os que querem destruir as florestas ilegalmente ou apropriar-se de propriedades públicas. Há uma deliberada falta de inspeções ambientais e muitos por trás desta onda de desflorestação ilegal também estão à espera que o congresso brasileiro aprove uma lei que recompensará a exploração das terras, uma prática que está relacionada com pelo menos um terço da desflorestação da Amazónia”, explicou Cristiane Mazzetti, porta-voz da Greenpeace Brasil.

Tal como é fácil de antecipar, a destruição da Amazónia tem consequências graves na vida e preservação de muitas espécies, que têm naquele ecossistema único a sua casa. Outra das consequências apontadas à desflorestação tem que ver com as emissões de carbono, quando, outrora, o chamado pulmão do mundo funcionava precisamente como sequestradora.

Tal como lembra o site Gizmodo, há anos que a floresta Amazónica está em perigo, seja por ações dos madeireiros, de fogos florestais ou pela criação de gado, entre outras ameaças. Desde 2015 que grandes porções da território foram destruídos, ainda que a velocidade e o nível dessa destruição tenha aumentado desde 2019, quando Jair Bolsonaro assumiu a presidência do Brasil, de acordo com dados divulgados pela Green Peace.

Só no ano de 2020, a Amazónia perdeu três milhões de hectares de área. Em 2021, os ambientalistas respiraram de alívio com os sinais de que Jair Bolsonaro iria implementar medidas para evitar a desflorestação após anunciar a dobro das verbas destinadas a este objetivo e com especial destaque para a Amazónia. No entanto, o governante mudou de ideias e reduziu em 20% o orçamento, após o anúncio. É, por isso, pouco provável que em 2022 a bordagem seja diferente e que se assista a uma inversão na tendência de desflorestação.

https://zap.aeiou.pt/em-janeiro-foram-abatidas-cinco-vezes-mais-arvores-na-amazonia-do-que-no-mesmo-periodo-do-ano-passado-463462

 

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Hong Kong a braços com a pior vaga de covid-19 - Hospitais estão no limite e há doentes na rua !


Hong Kong está a atravessar a pior vaga desde o início da pandemia de covid-19. A política de “tolerância zero” está a pressionar os hospitais, que já atingiram 90% da capacidade, tendo alguns começado a tratar os pacientes no exterior.

Os hospitais de Hong Kong atingiram 90% da capacidade e as instalações de quarentena estão no limite. Para aliviar a pressão sobre o sistema de saúde, as autoridades indicaram que iam adotar uma abordagem diferente das políticas de hospitalização e isolamento e permitir que alguns pacientes tivessem alta mais cedo.

A mudança surge depois de relatos de pacientes a serem tratados em camas no exterior de um hospital no bairro da classe trabalhadora da cidade de Sham Shui Po.

Hong Kong relatou, esta quinta-feira, 6.116 novos casos de covid-19, sendo que qualquer pessoa infetada na cidade deve ser internada num hospital ou admitida numa instalação de isolamento comunitário, à semelhança da política de “tolerância zero” da China.

De acordo com a nova abordagem, os contagiados que apresentem sintomas ligeiros nos hospitais e instalações geridas pelo Governo serão autorizados a sair após sete dias se apresentarem um teste negativo no último dia e não partilharem casa com pessoas de grupos de risco – idosos, grávidas ou pessoas imunodeprimidas.

Os que não preencherem estes critérios devem completar o período total de isolamento de 14 dias ou esperar até que apresentem um teste negativo, segundo os funcionários de saúde.

As autoridades comunicaram ainda 24 mortes durante a última semana.

“Nos últimos dias, houve muitos casos de emergência em que tivemos de acomodar doentes em tendas”, disse Chuang Shuk-kwan, a chefe da Secção de Doenças Transmissíveis de Hong Kong, durante uma conferência de imprensa.

“Com estas situações, o nosso pessoal médico está muito descontente. Estamos preocupados com os cuidados dos nossos pacientes”, apontou.

A Autoridade Hospitalar da cidade apelou à assistência dos profissionais de saúde, pedindo aos médicos dos hospitais privados para ajudarem a tratar dos pacientes nas instalações de quarentena.

Os hospitais públicos estão numa “situação de crise”, segundo Sara Ho, da Autoridade Hospitalar. “Se um grande número de pacientes está à espera ao ar livre e se isto continuar, por muito que os nossos médicos trabalhem 24 horas por dia, não há maneira de resolver este problema contando com os nossos esforços”, prosseguiu.

As autoridades apelaram também às pessoas que se abstenham de sair ou participar em reuniões privadas, dizendo que todos os esforços ajudam à medida que a cidade procura aliviar a pressão nos hospitais.

Recentemente, alguns meios de comunicação, que citaram fontes não identificadas, avançaram os planos do Governo de testar até um milhão de pessoas por dia a partir de março. Mas Dong-Yan Jin, virologista da Universidade de Hong Kong, disse que seria “ridículo” realizar testes em massa.

“Testes universais ou para encerrar uma parte particular de Hong Kong, toda a Hong Kong – todo este disparate ridículo”, comentou, em declarações à Sky News. “Não é válido nesta altura. É apenas um completo desperdício de recursos.”

De acordo com o especialista, os hospitais estão sobrecarregados porque até os doentes assintomáticos procuram tratamento. Além disso, os rigorosos critérios de alta médica exigem que os pacientes sejam mantidos nas instalações durante demasiado tempo.

O Presidente chinês, Xi Jinping, ordenou o Governo central a fornecer recursos a Hong Kong para estabilizar o surto, incluindo testes rápidos de antigénios, conhecimentos médicos e mantimentos.

A China tem evitado grandes surtos do vírus através da sua política rigorosa de “tolerância zero”, que envolve a quarentena de viajantes, confinamentos totais, rastreio extenso de contactos e testes em massa a milhões de pessoas.

A líder de Hong Kong, Carrie Lam, manteve a mesma estratégia apesar da maior densidade populacional da cidade, rendimentos mais elevados e a economia, que está mais virada para os serviços do que a China continental.

Na semana passada, todo o bairro na baía Discovery foi ordenado a fazer testes depois de as autoridades terem encontrado vestígios do vírus nos esgotos.

https://zap.aeiou.pt/hong-kong-a-bracos-com-pior-vaga-covid-463328


Confrontos no Leste da Ucrânia testam limites da crise com Moscovo !


Joe Biden voltou a alertar para a iminência de uma invasão russa da Ucrânia, que diz poder acontecer “nos próximos dias”. Kremlin considera declarações “lamentáveis”.

Segundo o Público, a tensão em torno da Rússia e da Ucrânia voltou a disparar com o regresso das hostilidades no Donbass.

Os bombardeamentos ocorridos na linha da frente da guerra, travada desde 2014, levaram os Estados Unidos e os seus aliados a alertar, uma vez mais, para a iminência de uma ofensiva russa sobre a Ucrânia.

Comparado com outros confrontos esporádicos que se registam periodicamente há vários anos entre o Exército ucraniano e as forças separatistas pró-russas no Leste da Ucrânia, os bombardeamentos desta quinta-feira nem foram dos mais destrutivos.

Não houve informação de mortes e o principal incidente foi a destruição parcial de um jardim-de-infância na localidade de Stanitsia Luhanska, na zona controlada por Kiev, em que ficaram feridas quatro pessoas.  

As forças separatistas de Donetsk, citadas pelos órgãos de comunicação russos, dizem que a Ucrânia fez 93 disparos de morteiro ao longo do dia e que houve um civil ferido.

No entanto, num contexto de alarme elevado, os confrontos ganharam uma dimensão exacerbada por se aproximarem do tipo de operação que os serviços secretos norte-americanos têm antecipado há semanas como prelúdio de uma ofensiva.

Poucas horas depois de conhecidos alguns pormenores dos confrontos, o Presidente dos EUA, Joe Biden, disse ter razões para acreditar que a Rússia está envolvida numa “operação de bandeira falsa para criar uma desculpa” para iniciar uma invasão do território ucraniano, algo que pode acontecer “nos próximos dias”.

A urgência do momento levou o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a alterar a sua agenda para intervir na reunião do Conselho de Segurança da ONU, onde expôs aquilo que acredita que Moscovo tem planeado.

“Primeiro, a Rússia planeia fabricar um pretexto para o seu ataque. Este pode ser um acontecimento violento pelo qual a Rússia vai responsabilizar a Ucrânia, ou uma acusação chocante que a Rússia vai apresentar contra o Governo ucraniano”, explicou Antony Blinken.

O secretário de Estado dos EUA deu exemplos como “a descoberta inventada de valas comuns, um ataque de drones encenado contra civis, ou um ataque falso, ou mesmo real, com recurso a armas químicas”.

Os alertas pelos EUA para planos orquestrados pelo Kremlin para poder justificar um ataque contra a Ucrânia têm sido frequentes nas últimas semanas, denotando a estratégia adotada pela Casa Branca de antecipar as ações da Rússia, esvaziando-as do potencial fator de surpresa.

Blinken deixou ainda um desafio à Rússia: “O Governo russo pode anunciar aqui hoje, sem equívocos ou desvios, que a Rússia não irá invadir a Ucrânia”.

A Rússia tem negado todas as acusações feitas por Washington, condenando o que diz ser a “histeria” ocidental, mas nunca rejeitou a hipótese de ser obrigada a defender militarmente os interesses russos no país vizinho.

Ainda recentemente, o Presidente russo, Vladimir Putin, fez referência ao “genocídio” da população russófona do Donbass.

Desta vez, o Kremlin acusou as forças ucranianas de “aumentar ainda mais a tensão” no Leste do país e disse que as palavras de Biden são “lamentáveis”.

As equipas de observadores ao serviço da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), responsáveis por monitorizar os confrontos no Donbass, deram nota de mais de 500 explosões desde a madrugada de quinta-feira, mas não forneceram mais detalhes.
Diplomacia afunda-se

A discórdia entre Washington e Moscovo mantém-se quanto ao posicionamento das tropas russas perto da fronteira da Ucrânia.

Os EUA, secundados pela NATO, dizem que a Rússia não só não fez recuar as suas forças, como está a aumentar o número de efetivos.

Um alto responsável da Administração Biden, falando sob anonimato, disse que a Rússia acrescentou mais sete mil soldados aos cerca de 150 mil que tem concentrados em vários pontos da fronteira ucraniana.

A acumulação de militares e equipamento das Forças Armadas russas ao longo de toda a fronteira com a Ucrânia, incluindo na Bielorrússia onde estão envolvidos em manobras conjuntas, é um fator crucial para aquela que já é descrita pela NATO como a maior crise de segurança na Europa desde o fim da Guerra Fria.

Esta semana, a Rússia disse que, tendo terminado os exercícios na região da Crimeia, começou a retirar as suas tropas da região.

Esta quinta-feira, o Ministério da Defesa deu mais pormenores sobre esta movimentação. O porta-voz Igor Konashenkov disse que unidades de logística do distrito militar ocidental regressaram à base de Dzerzhinsk, no centro da Rússia, enquanto outros batalhões voltaram às províncias da Chechénia e do Daguestão.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, explicou que a retirada dos soldados é “um processo que leva tempo”.

“Eles não podem simplesmente levantar voo e ir embora“, afirmou. O Governo russo também reafirmou que as unidades militares instaladas na Bielorrússia vão abandonar o país depois de dia 20, a data em que terminam os exercícios.

Os canais diplomáticos entre a Rússia e os EUA também parecem estar cada vez mais fechados, dificultando as hipóteses de vir a ser alcançada uma solução política para a crise.

A Rússia expulsou o embaixador-adjunto da embaixada norte-americana em Moscovo, Bart Gorman, como retaliação por uma decisão idêntica por parte das autoridades dos EUA, segundo o Kremlin.

O Kremlin fez chegar aos EUA a sua reação às propostas norte-americanas sobre a segurança europeia, acusando a Casa Branca de não ter dado “respostas construtivas” às preocupações manifestadas pela Rússia.

Moscovo quer garantias vinculativas de que a NATO não vai aceitar a adesão da Ucrânia e da Geórgia, e de que os militares norte-americanos na Europa de Leste sejam retirados – exigências rejeitadas por Washington e pelos seus aliados.

Perante a posição norte-americana, a Rússia diz estar preparada para adotar “medidas de natureza técnico-militares“, um termo já utilizado por Putin, mas que o Governo russo não especificou.

https://zap.aeiou.pt/confrontos-no-leste-da-ucrania-testam-limites-da-crise-com-moscovo-463318


“Cena de guerra”: Chuvas matam 117 pessoas em Petrópolis (e há novas ameaças de temporal !

Exemplo dos danos causados em Petrópolis.

O rasto de destruição deixado pelas chuvas torrenciais em Petrópolis pode agravar, prevendo-se novas ameaças de temporal para os próximos dias.

Pelo menos 117 pessoas morreram nas inundações e deslizamentos de terra na cidade brasileira de Petrópolis, anunciou hoje a Proteção Civil, dois dias após se terem registado naquela localidade turística do Brasil as piores chuvas dos últimos 90 anos.

As autoridades locais avisaram que o número de mortes ainda pode aumentar acentuadamente, visto que há mais 116 pessoas desaparecidas. Há ainda milhares de pessoas desalojadas.

O número de mortos é ainda provisório e tem vindo a aumentar consecutivamente desde as chuvas torrenciais que transformaram as pitorescas ruas do centro da cidade em rios de lama, inundaram casas e arrastaram dezenas de carros.

O governador do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse, numa conferência de imprensa, que foi “a pior chuva desde 1932”.

Os bombeiros trabalharam toda a noite na cidade, de 300.000 habitantes, que foi atingida pelas fortes chuvas, mas tiveram de parar durante algumas horas por causa da instabilidade do solo, que está alagado.

“A Prefeitura de Petrópolis está com todas as equipas mobilizadas para o atendimento às ocorrências. As pessoas estão acolhidas nos pontos de apoio que funcionam em escolas da cidade”, informou o governo municipal, citado pela BBC Brasil.

“As imagens são muito fortes e, provavelmente, vamos amanhecer com imagens tão ou mais fortes. É realmente uma tragédia grande. […] O que nós vimos é uma cena muito triste, cena praticamente de guerra”, disse o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, na noite de terça-feira à Globonews.

Só na terça-feira, em apenas três horas, choveu um volume maior do que o esperado para todo o mês de fevereiro.

“Foram 240 milímetros em coisa de duas horas, foi uma chuva altamente extraordinária”, disse Cláudio Castro. “Mas uniu-se uma tragédia histórica com um défice que realmente existe e causou este estrago todo, que sirva de lição para que, desta vez, ajamos de forma diferente, não se resolvem 40, 30, 20 anos num ano”.

As autoridades temem que a chuva não dê tréguas à região. A previsão meteorológica indica mais chuva para Petrópolis nesta sexta-feira e, possivelmente, nos próximos dias.

O portal UOL escreve que Petrópolis sabia de 15 mil imóveis em risco na área da tragédia desde 2017, mas que pouco foi feito na cidade para corrigir a situação.

O levantamento encomendado pelo município identificou 15.240 casas com risco alto ou muito alto de destruição por consequência de chuvas no distrito da cidade mais castigado pelo temporal.

O plano tem um alto nível de detalhe, especificando os recursos que teriam de ser investidos em cada área, em ações como relocalização de moradores, saneamento básico e infraestrutura, escreve o portal brasileiro.

“Até é possível fazer obras de contenção ali naquela região, mas teria que ser algo monumental para evitar o que aconteceu. A cidade precisa de mudanças estruturais de habitação e controle urbano”, sentencia o engenheiro Luís Carlos Dias de Oliveira, da Theopratique, a empresa que realizou o levantamento.

https://zap.aeiou.pt/chuvas-matam-petropolis-temporal-463331


De contratos fraudulentos a acusações de espionagem - PP espanhol trava guerra interna !

Isabel Díaz Ayuso
De contratos fraudulentos a acusações de espionagem, o PP está a implodir na luta pela presidência do partido na região da capital espanhola.

A guerra aberta entre a liderança do Partido Popular (PP) e a presidente da Comunidade de Madrid, do mesmo partido, desviou hoje atenções das negociações sobre o próximo governo regional em Castela e Leão.

O confronto entre a direção nacional do partido e Isabel Díaz Ayuso colocou em segundo plano a busca pelo candidato do PP em Castela e Leão dos votos necessários para continuar como chefe do executivo na comunidade autonómica, se possível sem a ajuda da extrema-direita.

Díaz Ayuso acusou hoje o seu partido de tentar destruí-la de forma “cruel”, uma declaração que deverá ter consequências, ainda imprevisíveis, e que foi comentada todas as formações políticas espanholas.

A presidente da Comunidade de Madrid sustentou que o seu partido, o PP, e o seu líder, Pablo Casado, estão a fazer manobras para a desacreditar “pessoal e politicamente” e a tentar ligá-la à corrupção a partir do “anonimato”, “sem provas” e envolvendo a sua família.

Uma quase desconhecida até há um ano, Díaz Ayuso ganhou grande protagonismo ao vencer de forma contundente, quase com maioria absoluta, as eleições regionais em maio de 2021 na região em que se encontra a capital de Espanha.

“Nunca poderia imaginar que a liderança nacional do meu partido agiria de forma tão cruel e injusta contra mim”, disse hoje Ayuso aos meios de comunicação social numa declaração sem direito a perguntas, acrescentando que nunca poderia imaginar que “alguém dentro do partido” faria acusações contra ela e que tentariam espiá-la.

A imprensa espanhola escreve que responsáveis do PP próximos da direção nacional “contactaram várias agências de detetives para sondar a possibilidade de as contratarem para localizar os documentos fiscais e bancários do irmão de Ayuso”.

O secretário-geral do PP desmentiu “de forma taxativa e sem reservas” as acusações.

No entanto, em declarações à ABC, o detetive Julio Gutiez disse ter sido contactado por “pessoas ligadas a uma empresa do Partido Popular ou na qual o PP governa” para encomendarem uma investigação à presidente da Comunidade de Madrid.

Além disso, esta quinta-feira, o jornal El Mundo divulgou um áudio em que se ouve o presidente da Empresa Municipal de la Vivienda (EMV), Álvaro González, a contactar pessoalmente os detetives, para tentar encomendar os serviços espionagem.

A liderança nacional do PP estaria a investigar desde outubro passado um contrato de 1,5 milhões de euros relacionado com o irmão da presidente de Madrid, tendo-lhe pedido explicações sobre as possíveis irregularidades.

A investigação teria sido feita sobre o irmão da líder de Madrid, Tomás Díaz Ayuso, e pretendia, entre outras coisas, obter uma declaração da sua conta bancária pessoal, bem como a lista dos fornecedores da empresa Priviet Sportive, à qual a Comunidade de Madrid adjudicou em abril de 2020 um contrato direto de 1,5 milhões de euros para a compra de máscaras FFP2 e FFP3.

O objetivo deste serviço de investigação, de acordo com as informações citadas pela imprensa espanhola, era esclarecer se o irmão de Díaz Ayuso recebeu comissões pela sua alegada intermediação no referido concurso público.

“Não há nada de ilegal”, garantiu Isabel Díaz Ayuso, salientando que este contrato foi feito quando todas as comunidades e instituições estavam à procura de material de saúde.

Por seu lado, o presidente da câmara municipal de Madrid, José Luis Martínez-Almeida, confirmou que ordenou uma investigação sobre a alegada contratação de um detetive para espiar Isabel Díaz Ayuso e as investigações concluíram que não havia “nenhum contrato” nesse sentido.

“Nem o meu governo nem eu intervimos para adjudicar este ou qualquer outro contrato a alguém da minha família”, afirmou Ayuso, que insistiu: o meu irmão “trabalha como vendedor no setor da saúde há 26 anos, muito antes de eu entrar para a política, mas nunca o ajudei a conseguir nada na sua vida profissional”.

Ayuso pediu que fossem apresentadas provas em como agiu em benefício do seu irmão, porque “ninguém terá uma única prova de corrupção da minha parte”, sublinhou ela.

O secretário-geral do PP, Teodoro García Egea, anunciou esta tarde que o partido abriu um expediente informativo contra a presidente da Comunidade de Madrid pelas graves acusações que lançou contra o líder do PP que ele considera ter sido “quase criminoso”.

A situação de guerra interna no PP levou todos os outros partidos a exigirem que o caso fosse esclarecido, mas o primeiro-ministro socialista espanhol, Pedro Sánchez, que está a participar numa cimeira em Bruxelas entre a União Europeia e a União Africana, preferiu não falar hoje sobre o tema.

Citado pelo Público, o porta-voz da Esquerda Republicana da Catalunha no Congresso, Gabriel Rufián, considera que estas práticas do PP são próprias de “clãs mafiosos”.

Entretanto, em Castela e Leão o Vox (extrema-direita) já está a pedir a presidência do parlamento regional como parte do seu possível apoio ao candidato do PP, de acordo com fontes próximas do partido citadas pela agência Efe, insistindo que pretendem estar no governo regional da mesma forma como o Cidadãos (direita liberal) esteva na legislatura anterior.

O candidato do PP para continuar a assegurar a presidência da comunidade autonómica, Alfonso Fernández Mañueco, exclui de forma contundente a repetição das eleições realizadas no domingo passado e defendeu, mais uma vez, por um acordo parlamentar que lhe permitiria “um governo [regional] forte, sólido e solitário durante quatro anos”.

https://zap.aeiou.pt/pp-espanhol-trava-guerra-interna-463314


Erro no discurso do padre durante anos invalida milhares de batismos nos EUA !


Erro foi detetado em julho de 2021, com a diocese de Phoenix a contactar o Vaticano sobre quais os procedimentos que deveria adotar para o corrigir.

Milhares de batizados realizados numa igreja católica do Arizona, Estados Unidos, foram invalidados depois de se descobrir que o padre responsável pelas cerimónias usava há anos as palavras erradas para as realizar. O erro levou mesmo Andres Arango a apresentar a demissão da paróquia de St. Gregory. Em causa está a confusão da frase “nós batizamos-te” por “eu batizo-te”, sendo a segunda a formulação correta.

O erro foi perpetuado em milhares de batizados, que terão de ser realizados novamente, e alguns casamentos também poderão ser invalidados como consequência. De acordo com a igreja Católica, o batismo é um sacramento essencial e a sua ausência impossibilita os subsequentes, como o crisma e o casamento. Este é também um esclarecimento que agora está presente na página da internet da diocese, com o objetivo de ajudar os fieis.

Aquando do anúncio, o bispo de Phoenix, Thomas Olmsted apelou a que todos os crentes o acompanhassem nas “orações pelo padre Andrés e por todas os que, de alguma forma, foram impactados por esta infeliz situação”.

Já o padre Andres Arango, por sua vez, tem tentado encontrar o perdão na mensagem que deixou aos crentes que frequentavam a sua igreja. “Entristece-me saber que realizei batismos inválidos ao longo do meu ministério como padre, ao utilizar regularmente uma formulação incorreta”, começou por escrever. “Lamento profundamente o meu erro e como isto tem afetado numerosas pessoas na nossa paróquia e noutros lugares.” Ainda assim, esclareceu que continua a ser sacerdote a dedicar “energia e o seu ministério a tempo inteiro a ajudar a remediar isto e a curar os afetados”.

O erro foi reconhecido pela congregação 2020 do Vaticano para a doutrina da fé. O organismo afirma que “os batismos administrados com fórmulas modificadas são inválidos, incluindo a frase: “Nós batizamos-te no nome do Pai, do Filho e do Espírito do Santo”, estabeleceu.

A declaração do Vaticano era vista como necessária depois das muitas questões que surgiram sobre se estavam envolvidas no sacramento três entidades dividas ou apenas uma. “O problema em usar “Nós” é que remete para que seja a comunidade a batizar uma pessoa, em vez de Cristo e apenas ele, o responsável por presidir a todos os sacramentos, por isso é Jesus Cristo quem batiza”, esclareceu o bispo de Phoenix.

“Não acredito que o padre Andres tenha tido alguma intenção de beliscar a fé ou privar alguém da graça do batismo ou dos sacramentos. Em nome da nossa igreja local, também eu lamento muito este erro que resultou na disrupção a vida sacramental de muitos fiéis”, continua o bispo em comunicado.

O documento diz ainda que a decisão de anular os batismos foi feita no seguimento de “estudos cuidadosos” levados pela diocese e a consulta de líderes católicos em Roma.

Atualmente, a site da diocese tem ainda uma página com um formulário para quem se queira inscrever para um novo batismo, com um porta-voz a avançar que já há alguns inscritos – apesar de não se saber qual a real dimensão do erro em termos de sacramentos atribuídos de forma inválida. O organismo pede ainda a todos os fieis que tenham casado após serem batizados pelo padre em questão para procederem a um contacto urgentemente.

“Se o vosso batismo foi inválido e receberam outros sacramentos, talvez tenha que repetir alguns ou todos esses sacramentos depois de se batizar legalmente”, detalha o comunicado.

https://zap.aeiou.pt/erro-no-discurso-de-padre-invalida-milhares-de-batizados-nos-estados-unidos-463286


Empresa de comboios recebe 28 mil candidaturas de mulheres sauditas para 30 vagas de maquinistas !


O reino tem-se esforçado, nos últimos anos, para combater a imagem de desrespeito pelos direitos humanos, a qual tem sido fortemente fortemente criticada pelos países do ocidente.

Um anúncio de emprego com o objetivo de recrutar 30 maquinistas de comboio do género feminino na Arábia Saudita recebeu 28 mil candidaturas, numa clara mostra da repressão que ao longo dos anos este grupo sofreu e que recentemente foi aliviada.

A espanhola Renfe, a operar no reino, foi a responsável pela oferta, tendo mais tarde revelado que a análise da formação académica e do nível de inglês das candidatas permitiu restringir o número de candidatas, mas apenas para metade. O processo de recrutamento e seleção deverá continuar até meio de março.

As finalistas serão responsáveis por conduzir comboios-bala entre as cidades de Meca e Medina, após um ano de formação paga. A Renfe, que se diz apostada em criar oportunidades para as mulheres nos territórios onde opera, emprega atualmente 80 homens nas funções de maquinistas na Arábia Saudita, tendo mais 50 em formação.

Até agora, as oportunidades de emprego para as mulheres sauditas eram limitadas a funções relacionadas com a educação ou com a saúde, para obedecerem às regras de segregação existentes. Até 2018, as mulheres não estavam sequer autorizadas a conduzir na Arábia Saudita.

Nos últimos cinco anos, a participação feminina na força de trabalho duplicou para 33%, à boleia do desejo do príncipe saudita de modernizar a economia, com as mulheres a assumirem funções que anteriormente estavam reservadas para homens e migrantes. Ainda assim, a proporção de mulheres a trabalhar no reino, no terceiro quarto de 2021, ainda era metade da dos homens e o desemprego feminino era três vezes superior ao dos homens.

A Arábia Saudita tem se esforçado também por destacar os progressos feitos nos assuntos relacionados com a igualdade de género, ao mesmo tempo que os países ocidentais aumentam o escrutínio no país relativamente a matérias de diretos humanos.

https://zap.aeiou.pt/empresa-de-comboios-operar-na-arabia-saudita-recebe-28-mil-candidaturas-de-mulheres-para-30-vagas-de-maquinistas-463264

 

10 milhões de brasileiros têm dinheiro “esquecido” em bancos mas não reclamam !


Banco Central do Brasil avisou que há 1.36 mil milhões de euros parados. Mais de um terço da lista não consultou o portal.

E aquelas contas que nem nos lembrávamos que tínhamos, mas ainda temos dinheiro lá?

Acontece com 28 milhões de brasileiros (em nome pessoal ou empresas), avisou o Banco Central local, que voltou a disponibilizar um portal que permite consultar – se houver – o valor a receber por parte de bancos ou de outras instituições financeiras.

Os interessados podem introduzir os seus dados e verificar se têm montante a receber. Em caso afirmativo, podem pedir a transferência do dinheiro no próximo mês, Março.

Ainda de acordo com o Banco Central, no total há cerca de 1.36 mil milhões de euros parados, “esquecidos”, em bancos e instituições financeiras no Brasil.

A plataforma Sistema Valores a Receber está disponível desde a meia-noite da segunda-feira passada.

Ao todo, quase 87 milhões de pessoas visitaram o site. Desse total, cerca de 17.5 milhões de pessoas e 241 mil empresas verificaram que têm realmente dinheiro “esquecido”.

Estes números significam que, até agora, entre os 28 milhões de nomes que constam na lista oficial de montante a receber, mais de 10 milhões ainda não foram ver se têm “dinheiro esquecido”. Mais de um terço do total da lista ainda não consultou o sistema.

E também significam que a grande maioria (quase 70 milhões) das pessoas que espreitaram o portal não tem qualquer valor a receber.

O Brasil tem 214 milhões de habitantes.

https://zap.aeiou.pt/10-milhoes-de-brasileiros-tem-dinheiro-esquecido-em-bancos-mas-nao-reclamam-463276

 

Tempestades no norte da Europa causam ‘apagão’ e deixam mortos em vários países !


Mortes aconteceram na Polónia, apesar de o mau tempo se ter feito sentir na República Checa, Holanda, Alemanha e Reino Unido.

Pelo menos três pessoas morreram devido às fortes tempestades que estão a atingir o norte da Europa, que também provocaram o corte de energia em milhares de casas e perturbações no trânsito rodoviário e ferroviário, informaram hoje as autoridades.

Na Polónia, ventos de até 125 quilómetros por hora danificaram seriamente cerca de 500 casas, arrancaram telhados, derrubaram centenas de árvores e deixaram 324 mil casas sem eletricidade. Dois trabalhadores morreram e outros dois ficaram feridos quando a tempestade derrubou um guindaste num estaleiro de obras em Cracóvia, no sul da Polónia. Outro homem morreu quando uma árvore caiu sobre o seu carro no oeste do país.

A República Checa também foi afetada pelas tempestades e cerca de 300.000 casas ficaram sem energia. A queda de árvores provocou bloqueios em ferrovias e estradas, causando grandes transtornos ao trânsito. Três crianças foram hospitalizadas após sofrerem ferimentos num acidente rodoviário no sudoeste do país. Os ventos mais fortes, com rajadas de 181 quilómetros por hora, foram registados em Snezka, a mais alta montanha checa, ao norte do país.

Na Holanda, atingida por rajadas de 100 quilómetros por hora, um polícia ficou ferido após o telhado de um edifício comercial desprender-se em Duiven, perto de Arnhem, informou a televisão pública holandesa NOS. Os bombeiros socorreram duas pessoas que ficaram feridas após o carro em que viajavam ser atingido por uma árvore na cidade de Maasluis, no sul do país. O aeroporto Schiphol, em Amesterdão, relatou atrasos de até 45 minutos em voos, enquanto alguns serviços de comboio foram cancelados.  

Na Alemanha, as escolas foram encerradas em vários Estados federais e a polícia alertou as pessoas para não permanecerem em parques e florestas, nomeadamente em Berlim e Hamburgo. Nenhum comboio de longa distância circulou na manhã de hoje na parte norte da Alemanha, incluindo Hamburgo e Berlim, disse a operadora ferroviária Deutsche Bahn. A companhia aérea Lufthansa cancelou 20 voos, afetando as ligações para Berlim, Hamburgo e Munique a partir de Frankfurt am Main, o maior aeroporto alemão.

No Reino Unido, a tempestade Dudley causou interrupções nos transportes na quarta-feira, embora os danos não tenham sido generalizados. Hoje, o serviço de meteorologia do Reino Unido (Met Service) emitiu um raro alerta meteorológico “vermelho” devido à tempestade Eunice, cujas rajadas de vento chegam a 160 quilómetros por hora e podem colocar vidas em risco.

A tempestade está atualmente a cruzar o Atlântico e deve causar “interrupção significativa e condições perigosas devido a ventos extremamente fortes” quando atingir o continente na sexta-feira, de acordo com o Met Office.

https://zap.aeiou.pt/tempestades-no-norte-da-europa-causam-apagao-e-deixam-mortos-em-varios-paises-463246


União Europeia finaliza pacote de sanções contra a Rússia - Von der Leyen diz que a “diplomacia ainda não falou a sua última palavra” !


Medidas contemplam a área económica, financeira e energética. Foram concertadas com Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Suíça.

O Alto Representante para a Política Externa e de Segurança da União Europeia anunciou que finalizou um pacote de sanções contra a Rússia foi fechado, estando prevista a sua aprovação “tão depressa quanto possível” num cenário em que se confirme a agressão ou ofensiva militar à Ucrânia. Josep Borrell confirmou o avanço poucos minutos depois de conseguir o apoio dos 27 chefes de Estado e de governo, numa reunião que antecedeu o início da 6.ª Cimeira entre a União Europeia e a União Africana.

“Se houver uma agressão, teremos imediatamente uma reunião extraordinária para a aprovação deste pacote”, esclareceu. De acordo com o jornal Público, as medidas punitivas estão organizadas em três áreas: económicas, financeiras e relativas ao setor energético. “Quando chegar o momento, agiremos com determinação“, garantiu.

A reunião informal desta quinta-feira foi convocada pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e decorreu sem equipamentos eletrónicos na sala e sem tomada de notas, como é hábito quando são discutidos assuntos sensíveis de política externa. Ainda segundo a mesma fonte, o plano europeu foi concertado com os Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Suíça, de forma a garantir que, em caso de invasão, Moscovo fica privado de aceder ao sistema bancário internacional.

Em aberto fica a convocação de um Conselho Europeu extraordinário, caso se revele necessário, para definir qual o possível “gatilho” do pacote de sanções.

Antes de chegar ao edifício do Conselho Europeu, Ursula von der Leyen voltou a reforçar a importância da diplomacia no acalmar das tensões. “A diplomacia ainda não falou a sua última palavra, e por isso temos esperança que dos esforços em curso saia uma solução para a crise, e a paz prevaleça“, vincou.

No entanto, quando a presidente da Comissão Europeia prestou estas declarações, ainda não eram conhecidos os novos desenvolvimentos, precisamente no âmbito da diplomacia. A Rússia decidiu, esta quinta-feira, expulsar o embaixador adjunto da missão diplomática norte-americana em Moscovo. Bart Gorman encontrava-se na capital russa há menos de três anos e tem um visto válido.

“A decisão da Rússia contra o nosso vice-chefe da missão não foi provocada. Consideramos a decisão um passo na escalada e estamos a avaliar a nossa resposta”, esclareceu um responsável do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América. O embaixador John J. Sullivan, por sua vez, permanece em funções em Moscovo.

Washington continua a desvalorizar as relatos que dão conta de uma retirada de tropas na fronteira com a Ucrânia, afirmando que uma invasão continua iminente. “Todos os indicadores que temos mostram que a Rússia está preparada para entrar na Ucrânia, para atacar a Ucrânia. O que penso é que pode acontecer nos próximos dias”, disse Joe Biden, citado pela France Presse.

https://zap.aeiou.pt/uniao-europeia-finaliza-pacote-de-sancoes-contra-a-russia-von-der-leyen-diz-que-a-diplomacia-ainda-nao-falou-a-sua-ultima-palavra-463219

 

“Filho” e “mãe” acabam, passam a “criança” e “progenitor”: As propostas britânicas !


Associação Educar & Celebrar pretende retirar os sexos no momento da matrícula e prefere uma linguagem neutra.

As palavras foram captadas pelo jornal The Telegraph e pertencem a Elly Barnes, directora-executiva da associação Educar & Celebrar. O objectivo é chegar à “linguagem certa” ao longo deste ano.

Esta iniciativa no Reino Unido, que é financiada pela União Nacional de Educação, defende uma linguagem neutra e, em breve, vai abrir um debate sobre a generalização de uniformes que não sejam especialmente dirigidos a rapazes ou raparigas.

Em relação às palavras que devem ser utilizadas nas escolas britânicas, Elly tem dito que as crianças deixariam de pronunciar as palavras “senhor” ou “senhora”; passariam a dizer apenas “teacher” – professor(a), em inglês.

Mas os adultos também deveriam mudar o seu vocabulário: “rapaz” ou “rapariga” desapareciam para dar lugar a “estudante”; saem “filho” e “filha” para resistir apenas a “criança”.  

E, voltando às crianças, deixariam de chamar a mãe e o pai por “mãe” e “pai”. Só ficaria a palavra “progenitor”.

A associação também entende que, no momento de matricular uma criança na escola, desaparecerá a indicação de que a criança é do sexo masculino ou feminino. Essa secção “ficaria em aberto”.

Quem não concordar com o novo código de conduta durante o acolhimento, não teria autorização para entrar na escola.

A associação Educar & Celebrar já recebeu financiamento do Departamento de Educação local e tem contratos com o governo,

Após a publicação da notícia no The Telegraph, a associação indicou que as escolas e as organizações que trabalham com a associação consideram as sessões “úteis, acolhedoras e informativas”. E o objectivo principal é “transmitir confiança” aos funcionários das escolas, no momento de comunicar com as crianças.

https://zap.aeiou.pt/acabam-o-filho-e-a-mae-so-crianca-e-progenitor-as-propostas-britanicas-463225


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Kiev acusada de iniciar ataques - Há consenso de que Rússia pode avançar “a qualquer momento” !


A Rússia é acusada de ter enviado mais 7 mil tropas para a fronteira com a Ucrânia. Separatistas pró-russos acusam Kiev de iniciar ataques.

Os separatistas pró-russos, apoiados pelo Kremlin, acusam as forças de Kiev de bombardearem os seus territórios com morteiros, adianta a Reuters.

O exército ucraniano negas as acusações e diz, por sua vez, que os rebeldes usaram artilharia contra soldados do governo.

Os separatistas alegam que as forças do governo abriram fogo no seu território quatro vezes nas últimas 24 horas. A Ucrânia acusou os rebeldes de dispararem bombas, incluindo algumas que atingiram um jardim de infância.

Um fotógrafo da Reuters em Luhansk, zona controlada pelos rebeldes, ouviu o som de alguns disparos de artilharia, mas não conseguiu avaliar os detalhes do incidente.

Além disso, os Estados Unidos acusaram a Rússia de ter aumentado o contingente militar na fronteira com a Ucrânia em sete mil tropas nos últimos dias, apesar de Moscovo ter anunciado uma retirada parcial das forças aí destacadas.

“De facto, confirmámos agora que, nos últimos dias, a Rússia aumentou a sua presença ao longo da fronteira ucraniana em sete mil tropas, algumas das quais chegaram hoje [quarta-feira]”, afirmou um alto responsável da administração norte-americana, sob a condição de não ser identificado, citado pelas agências de notícias Associated Press e France-Presse.

As novas estimativas colocariam o número de forças russas próximo das 150 mil, número citado pelo Presidente dos EUA, Joe Biden, num discurso televisionado no início desta semana.

O mesmo responsável disse que, embora a Rússia tivesse dito que queria encontrar uma solução diplomática, “as suas ações indicam o contrário”.

Os Estados Unidos continuam, assim, convencidos de que a Rússia pode avançar para território da Ucrânia “a qualquer momento”. Algo que foi vincado durante uma conversa ao telefone, na quarta-feira, entre Joe Biden e o chanceler alemão, Olaf Scholz.

Já o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou também na quarta-feira não ter visto quaisquer sinais de uma diminuição da concentração das tropas russas nas fronteiras da Ucrânia, dizendo que tinha simplesmente observado “pequenas rotações”.

Os primeiros sinais de recuo da Rússia deram-se esta terça-feira. Pelo menos, de acordo com o Ministério da Defesa do país, que anunciou que as forças militares posicionadas há semanas perto da fronteira ucraniana começaram a regressar às suas bases.

Já esta quarta-feira, a Rússia anunciou o fim das manobras militares e a partida de algumas das suas forças da península da Crimeia anexada da Ucrânia.

“As unidades do distrito militar do sul que completaram os seus exercícios táticos nas bases da península da Crimeia estão a regressar por via ferroviária às suas bases de origem”, disse o Ministério da Defesa russo.

Nem todos parecem acreditar na retirada russa.

“Temos uma regra: não acreditamos quando ouvimos, mas quando vemos”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba.

“Não há sentimento de alívio porque não há qualquer confiança no que a Rússia diz. Não é a primeira vez que anunciam a retirada de tropas”, disse, por sua vez, Olga Tokariuk, correspondente da agência EFE.

A jornalista diz que há a necessidade de ter “provas independentes que não venham do governo russo”, de que as tropas russas realmente recuaram dos exercícios na fronteira com a Ucrânia.

https://zap.aeiou.pt/russia-enviar-tropas-fronteira-463120


Com a esquerda às turras e a direita dividida, a França espera pela recandidatura de Macron !


Perante as lutas internas na esquerda francesa e a fragmentação do eleitorado de direita nos Republicanos e nos dois candidatos de extrema-direita, o caminho parece mais fácil para que Emmanuel Macron seja reeleito. No entanto, o Presidente francês ainda não anunciou oficialmente se se vai recandidatar.

A dois meses das eleições presidenciais em França — com a primeira volta marcada para 10 de Abril e a segunda para dia 24 — o actual chefe de Estado, Emmanuel Macron, é favorito à vitória, apesar de ainda não ter confirmado oficialmente que se vai recandidatar, lembra o Público.

De acordo com Brice Teinturier, do instituto de sondagens Ipsos, Macron tem um núcleo fiel de eleitores que conquistou com a sua mensagem de “nem de esquerda nem de direita” em 2017, mesmo sem ter conseguido avançar com todas as reformas que prometeu.

Segundo os analistas franceses, o anúncio da recandidatura deve acontecer até ao final de Fevereiro e a demora explica-se pela França ter assumido a presidência rotativa do Conselho da União Europeia e também com as visitas diplomáticas pela Europa que Macron tem feito no âmbito da tensão entre a Ucrânia e a Rússia.

O Presidente tem começado já a procurar apoios, piscando o olho ao Partido Socialista, cujo suporte ajudaria a apagar a imagem de político de direita que o mandato de Macron criou.

A verdade é que a esquerda tem tido dificuldades em afirmar-se na política francesa nos últimos anos, depois do mandato único servido por François Hollande, que decidiu não se recandidatar em 2017.

A candidata do PS e actual autarca de Paris, Anne Hidalgo, tem apenas 2% das intenções de voto nas sondagens. O partido está ainda dividido porque a ex-Ministra da Justiça, Christiane Taubira, venceu a primária popular promovida por organizações independentes dos partidos. Mesmo assim, Taubira tem apenas 2,5% nas sondagens.

Jean-Luc Mélenchon, do França Insubmissa, tem sido o homem forte de uma muito fragmentada esquerda francesa, e isso nota-se nas sondagens, sendo o candidato mais bem colocado, com 11%. O ecologista Yannick Jadot conta com 4,5% das intenções de voto e o único esquerdista que tem crescido é o comunista Fabien Roussel, que está agora nos 4%.
Direita Republicana em crise

Já à direita, especula-se que o ex-Presidente Nicolas Sarkozy pode apoiar publicamente um segundo mandato de Macron, depois de figuras que lhe eram próximas nos Republicanos, como o deputado e antigo Ministro Eric Woerth, já terem manifestado o seu apoio ao actual Presidente.

Mesmo assim, é pouco provável que Sarkozy se manifeste publicamente, o que seria uma má notícia para Valérie Pécresse, candidata dos Republicanos que já parte numa desvantagem na luta pelo segundo lugar perante as dificuldades em afirmar-se com a ascensão dos candidatos de extrema-direita — Marine Le Pen e Éric Zemmour — que têm roubado eleitorado à direita tradicional.

De acordo com o Le Monde, Sarkozy considera Pécresse “aborrecida” e a candidata tem também uma reputação de ser uma “burguesa de Versalhes” que não conhece a realidade dos trabalhadores.

A candidata também já tentou puxar o seu discurso mais à direita, mas o seu uso da expressão “grande substituição” — uma teoria da conspiração de extrema-direita de que há um plano de substituição demográfica dos europeus por imigrantes árabes e que já inspirou ataques terroristas — valeu-lhe uma condenação generalizada nos media e por outros candidatos.

Dois nomes na extrema-direita

Se na direita clássica, o uso destas expressões vale a condenação, na extrema-direita o seu uso é desinibido. Éric Zemmour, ex-jornalista que fundou o partido Reconquista, cujo nome é inspirado pelas cruzadas, é o novo grande nome na extrema-direita francesa, que durante anos ficou apenas ligada a Marine Le Pen.

O candidato, que já foi comparado a Donald Trump, tem cerca de 15% das intenções de voto nas sondagens, ao nível de Le Pen e Pécresse.

Apesar de defenderem ambos políticas nacionalistas e de serem fervorosos críticos do sistema de imigração em França, a economia é o tema que separa Zemmour e Le Pen, com o primeiro a ser mais liberal na luta contra o “Estado obeso” e a segunda a defender um maior intervencionismo e investimento nos serviços públicos.

A União Nacional, partido de Le Pen, tem perdido algumas figuras importantes que passaram para o lado de Zemmour, como Stéphane Ravier, Nicolas Bay e até Marion Maréchal, que é sobrinha da candidata.

https://zap.aeiou.pt/franca-espera-recandidatura-de-macron-463118


Metacolegas e foco no longo prazo. Mark Zuckerberg apresenta os novos valores da sua gigante tecnológica !


Funcionários e investidores têm-se mostrado reticentes em relação ao caminho da empresa, do qual Zuckerberg parece certo.

Numa tentativa de virar a página dos sucessivos escândalos que a empresa tem enfrentado ao longo dos últimos anos, a Meta, empresa que alberga redes sociais como o Facebook, o Instagram ou Whatsapp, anunciou ontem os novos valores internos que devem orientar a postura dos funcionários durante o seu período de trabalho. São eles “agir depressa”, “criar coisas fantásticas” e “viver no futuro”.

As expressões foram anunciadas pelo CEO e fundador do grupo, Mark Zuckerberg, numa reunião em que ficou clara a intenção da empresa de se focar na realidade virtual e no seu projeto de metaverso.

Esta visão foi corroborada por uma publicação feita na página pessoal de Zuckerberg no Facebook, onde o próprio descreve a Meta como uma “empresa de metaverso, investida em construir o futuro da conexão social” em vez de uma empresa de redes sociais. De acordo com o The Guardian, os funcionários passam, desde ontem, a ser tratados como “metamates” [colegas meta, em português], numa referência a uma frase motivacional usada na marinha norte-americana e que pretende destacar o espírito de união.

Aquando da mudança do nome da empresa, no final do ano passado, o seu CEO já adiantara o seu desejo de reajustar as políticas da empresa e os seus valores, que não haviam sofrido alterações desde 2007. Na publicação, Mark Zuckerberg também apela aos seus funcionários que se focassem no impacto a longo prazo do seu trabalho.  

“O foco no impacto a longo prazo enfatiza o pensamento também a longo prazo e encoraja-nos a expandir os prazos do impacto que podemos ter, em vez de otimizar as vitórias num futuro mais próximo”, pode ler-se na publicação. “Devemos assumir os desafios que serão mais impactantes, mesmo que os resultados não apareçam nos próximos anos”.

A reunião da empresa parece também dar resposta a algumas das preocupações dos funcionários, centradas na rápida mudança de prioridades da empresa, desde as redes sociais, nas quais passaram décadas a investir e a construir. Ainda segundo o The Guardian, engenheiros do Instagram e do Facebook têm sido incentivados a candidatar-se a vagas nos departamentos responsáveis pelo desenvolvimento do metaverso ou da realidade virtual, dentro da Meta.

Para além dos colaboradores, também os investidores parecem reticentes em relação à mudança. As ações da Meta sofreram uma queda abrupta no seguimento da divulgação do último relatório de ganhos, o que levou a empresa a perder mais de 230 mil milhões de dólares em valor de mercado.

No entanto, Mark Zuckerberg parece confiante na sua aposta, tendo investido 10 mil milhões de euros no projeto. Em chamadas recentes, o empresário deu a sua palavra aos investidores. “Estou satisfeito com o impulso e os progressos que fizemos até agora e estou confiante de que estes são os investimentos certos para nos concentrarmos em seguir em frente.”

As mudanças anunciadas na segunda-feira não dizem apenas respeito ao funcionamento interno da empresa, mas também ao seu branding e aos negócios. Por exemplo, foi oficializada a aquisição do Kustomer, uma plataforma de gestão de serviço ao cliente. Esta semana, a Meta anunciou também um acordo judicial, relativo a um processo que já durava há mais de uma década, relativo ao uso de cookies nas suas plataformas, mesmo quando estas não estão a ser utilizadas.

No âmbito do acordo, a Meta comprometeu-se a apagar todos os dados que foram recolhidos de forma errónea durante 2010 e 2011 e a pagar 90 milhões de euros aos utilizadores que apresentaram a queija, mas só depois de as despesas relacionadas com o processo serem deduzidas. “Chegar a um acordo neste caso, que tem mais de uma década, é do melhor interesse da nossa comunidade e dos nossos acionistas e temos o prazer de ultrapassar esta questão”, adiantou um representante da empresa.

https://zap.aeiou.pt/metacolegas-e-foco-no-longo-prazo-mark-zuckerber-apresenta-os-novos-valores-da-sua-empresa-463064


Borrachas “Orelha de Van Gogh” e kits de emergência psicológica. Galeria acusada de explorar saúde mental !


Galeria de arte já retirou de venda alguns artigos de venda, tanto na loja física como online.

Uma galeria de arte londrina decidiu tirar de venda alguns dos artigos alusivos com Vicent Van Gogh da sua loja de lembranças, depois de estes terem sido considerados insensíveis e pouco úteis na valorização da causa da saúde mental.

O espaço em causa é a Caurtauld Gallery, que pode ser visitada na Somerset House, e tem atualmente em exibição a exposição “Van Gogh. Self-portraits”.

A polémica começou há alguns dias e tem como foco alguns dos artigos na loja física da galeria, mas também na loja online, nomeadamente uma borracha com a forma de uma orelha, o que parece ser uma referência aos relatos de que o pintor cortou a sua durante um dos seus surtos.

Depois deste acontecimento, o pintor holandês passou um ano no hospital de Saint-Paul de Mausole, em França.

Apesar de não haver certezas, são muitas as biografias que abordam os problemas mentais de Van Gogh, que em 1890, com 37 anos, acabou por pôr termo à sua vida.

Na segunda-feira, num comunicado, a galeria abordou algumas das acusações que lhe são dirigidas, reconhecendo as “preocupações levantadas em relação a um pequeno número de artigos disponíveis nas lojas físicas e online”.

“A The Courtauld encara com a saúde mental com extrema seriedade. Nunca foi nossa intenção apresentar uma atitude insensível ou desvalorizadora em relação à saúde mental ao comercializar estes produtos”, pode ler-se no documento.

“Os artigos em questão formam uma pequena fração dos disponíveis como parte da exibição. Como resposta às preocupações demonstradas, os artigos deixarão de ser vendidos nas nossas lojas.”

A galeria não detalhou que artigos iriam ser retirados, mas, de acordo com a CNN, a referida borracha já não se encontra disponível na loja online.

De acordo com o Mail on Sunday, outro dos artigos vendidos na exposição consistia numa barra de sabão descrita como ideal para “o artista torturado que gosta de bolhas fofas”, assim como um “kit de primeiros socorros emocionais” para “20 situações psicológicas chave” – que ainda se encontra disponível.

“Este caso parece ser um pequeno mas claro exemplo do cinismo e comercialismo que tem vindo a afetar o cenário da arte moderna, já que a saúde e as doenças mentais são tratadas como uma piada ou uma novidade, o que não são”, descreveu Charles Thomson, cofundador do movimento de arte Stuckist.

Investigador revela a verdadeira razão pela qual Van Gogh cortou uma orelha

O artista afirmou ainda que a escala de “insensibilidade” dos artigos é um reflexo da atitude dos círculos artísticos, onde as “pessoas querem ser espertas e modernas à custa de ter dignidade na arte”.

Charles Thomson entende ainda que o incidente “diz muito” sobre a atitude atual da sociedade em relação à saúde mental e às suas consequências. “Ainda não levamos o assunto a sério.”

Já David Lee, crítico de arte e editor da revista Jackdaw, afirmou ao Mail On Sunday não conseguir acreditar que o incidente “não se trata de uma tentativa falhada de alguém do departamento do marketing desprovido de qualquer tipo de gosto”.

https://zap.aeiou.pt/borrachas-em-forma-de-orelha-e-kits-de-emergencia-psicologica-galeria-de-arte-com-exposicao-de-van-gogh-acusada-de-usar-saude-mental-para-ganhar-dinheiro-463066


Jovem belga de 16 anos quer ser a pessoa mais nova a sobrevoar a Terra num ultraleve — E vai fazê-lo sózinho !


Jovem inspirou-se na irmã, dois anos mais velha, que em janeiro, se tornou a mais jovem mulher a completar o feito.

É normal em todas as relações de irmãos exista uma rivalidade e picardias, as quais podem ser agravadas caso entre eles exista também um marcado espírito competitivo. Estas são as premissas da história de Mack Rutherford, um piloto de 16 anos com ascendência inglesa e belga, que pretende tornar-se a pessoa mais jovem de sempre a completar uma volta à Terra num pequeno avião, isto depois de a 17 de janeiro a sua irmã Zara, com 19 anos, ter entrado na história como a mulher mais jovem a consegui-lo.

A jovem foi também a pessoa mais jovem a circunvagar o planeta num ultraleve, um recorde que o seu irmão também poderá bater.

Como não é surpreendente, os dois fazem parte de uma família de pilotos, sendo frequente acompanharem os seus pais nos voos, pelo menos desde a idade lhes permitiu. No caso de Mack, com apenas 15 anos tornou-se o piloto mais jovem do mundo ao conseguir a sua licença, em julho de 2020.

Segundo o britânico The Guardian, Mack sempre quis fazer algo especial na sua carreira, mas não foi até a sua irmã fazer história que lhe passou pela cabeça tentar o mesmo. “Definitivamente, acho que muita da inspiração para querer voar pelo mundo veio da minha irmã”, descreveu. Caso a tentativa seja bem sucedida, o jovem será a indivíduo do género masculino mais nova a sobrevoar o planeta Terra, um recorde que atualmente é detido por Travs Ludlow, que o conseguiu com 18 anos, em 2021.

A aventura de Mack deverá começar na Bulgária, de onde partirá para sul, para África, onde visitará países como Madagáscar e a Mauritánia. Depois, rumará a norte, até Omã e à Rússia, antes de viajar até aos Estados Unidos, Islândia, Reino Unido e voltar à Bulgária.

Apesar do entusiasmo do jovem, nem todos o acompanharam no que diz respeito à aventura. A sua mãe, Beatrice De Smet, explicou que teve as suas dúvidas quando Mack lhe comunicou o seu plano. “Quando ele nos disse pela primeira vez que queria voar pelo mundo, eu disse ‘nem pensar’. Eu nem queria ouvir falar no assunto porque pensei que ele era demasiado novo”, descreveu.

A progenitora não mudou de ideias até que o filho lhe escrever uma carta a descrever a sua paixão pelo desafio e por bater o recorde. Enquanto piloto ela própria, um conselho que sempre deu aos dois filhos foi estarem confiantes nas suas capacidades antes de descolarem. “Nunca levantem voo se não se sentirem confortáveis, seja por que motivo for”, esclareceu.

Apesar do entusiasmo, também o jovem reconhece as dificuldades de preparar – e viver – uma aventura destas dimensões em tão tenra idade. “Estou muito entusiasmado, mas obviamente também nervoso, sobretudo no que respeita aos voos oceânicos”, descreveu. “Num dos voos, tenho de pilotar durante oito horas por cima do oceano, por isso, caso alguma coisa corra mal, não há muito que possa fazer. Mas confio na minha aeronave com todo o coração.”

A aeronave em causa é um Shark, um dos ultraleves mais rápidos do mundo, com uma velocidade de cruzeiro superior a 300km por hora. É também o mesmo aparelho que Zara usou durante a sua viagem – que lhe valeu um recorde mundial. O Shakr está também preparado para viagens de longo curso e a aventura será patrocinada pela ICDSoft, que forneceu o avião.

Para além de todas as questões relacionadas com o voo, Mack tem outro motivo de preocupação: os estudos, que terá de conciliar com a viagem. Neste momento, o jovem está a preparar-se para os exames nacionais de História, Economia e Biologia, pelo que teve de pedir aos professores que prolongassem o seu trabalho de casa para mais alguns dias.

https://zap.aeiou.pt/ingles-de-16-anos-quer-ser-a-pessoa-mais-nova-a-sobrevoar-a-terra-num-ultraleve-vai-faze-lo-sozinho-463062

 

Comércio mundial de bens e serviços com recorde de 25,1 biliões de euros em 2021 !


O comércio mundial de bens e serviços atingiu um máximo histórico de 28,5 biliões de dólares (25,1 biliões de euros) em 2021, um aumento anual de 25%, segundo estatísticas divulgadas hoje pelas Nações Unidas.

O resultado foi também superior em 13% ao verificado no ano pré-pandémico de 2019.

Impulsionado pelo aumento dos preços das mercadorias, o levantamento das restrições sanitárias e a forte procura, apoiada em medidas de estímulo económico estatais, o comércio registou uma tendência positiva em 2021, concluiu a Agência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, na sigla em inglês).

Nos últimos três meses de 2021, o comércio mundial de mercadorias aumentou para 5,8 biliões de dólares (5,1 biliões de euros), também um valor trimestral recorde, enquanto o comércio de serviços, que tem sido mais lento a recuperar, cresceu para 1,6 biliões de dólares (1,4 biliões de euros), excedendo ligeiramente os níveis pré-pandémicos.

Até 2022, a UNCTAD espera que os indicadores comerciais se normalizem, com aumentos inferiores aos de 2021, influenciados por fatores como a pressão contínua nas cadeias mundiais de abastecimento e os níveis recorde da dívida global.  

O comércio será também influenciado por valores de crescimento económico global revistos em baixa (devido a fatores como a inflação nos Estados Unidos ou a ‘bolha’ da habitação na China), ou a transição para uma economia mais verde, que poderia estimular a procura por matérias-primas como o cobalto, o lítio ou terras raras, analisou a UNCTAD.

Olhando para o comércio das principais economias no último trimestre de 2021, a agência da ONU observou um aumento de 43% nas exportações chinesas, em comparação com os números pré-pandémicos, enquanto nos Estados Unidos, na União Europeia e no Japão o aumento é mais modesto (12%, 10% e 6% respetivamente).

Em comparação com o trimestre anterior, as exportações chinesas entre outubro e dezembro continuaram a sua tendência ascendente (aumento de 6% numa base anual), enquanto que as do Japão diminuíram 2% em comparação com os últimos três meses de 2020, as dos EUA aumentaram 4% e as da UE cresceram apenas 1%.

Globalmente, o impulso das exportações no último trimestre de 2021 foi mais notável nos países em desenvolvimento (mais 35% em relação a 2019) do que nas economias desenvolvidas, onde o aumento foi de 19%.

Por setor, o comércio de energia quase duplicou no último trimestre de 2021, em comparação com o mesmo período em 2020.

Em relação aos números pré-pandémicos, o comércio de metais aumentou 59%, o maior aumento de todos os setores inquiridos, enquanto os produtos químicos aumentaram 43% e os farmacêuticos 35%.

https://zap.aeiou.pt/comercio-mundial-recorde-2021-463143


Gémeos nasceram às 22 semanas - Estão vivos e quase a sair do hospital !

Harley e Harry Crane serão os gémeos mais prematuros de sempre a sobreviver, no Reino Unido. Devem ir para casa na próxima semana.

Harley e Harry Crane ainda só estão há 16 semanas no mundo “cá fora” mas já entraram para a História do Reino Unido, no que diz respeito a nascimentos.

Os bebés nasceram no dia 26 de Outubro de 2021, num hospital em Nottingham. A mãe só estava grávida há 22 semanas e cinco dias. Ou seja, pouco mais de metade do período máximo “normal” de 40 semanas; um parto que ocorreu cerca de quatro meses antes do suposto.

A mãe dos gémeos, Jade, já confessou que, quando entrou em trabalho de parto, estava “absolutamente descrente”. Os médicos avisaram que a maior probabilidade era haver um aborto espontâneo.

No entanto, Harley e Harry sobreviveram. Obviamente ainda estão no hospital, a serem alvo de cuidados neonatais. No total, já foram sujeitos a seis operações. Tiveram vários problemas: sépsis, problemas oculares, hemorragias cerebrais e hemorragias pulmonares.  

Mas são “pequenos lutadores”, disse a mãe à BBC. “E estão a surpreender toda a gente!”, acrescentou, admitindo que esta é uma “experiência traumática“.

Um percurso invulgar que pode ser acompanhado numa conta no Instagram, na qual a mãe, Jade, tem partilhado os desenvolvimentos.

E o desenvolvimento mais recente é que, 16 semanas depois do nascimento, os pais souberam que os gémeos deverão ir para casa na próxima semana, no dia 24 de Fevereiro.

Os pais, Jade e Steve, queriam ter filhos desde 2010. Realizaram diversas fertilizações in vitro e gastaram cerca de 60 mil euros em tratamentos. Passaram por alguns abortos espontâneos e por gravidez ectópica, duas vezes.

O registo de gémeos mais prematuros de sempre, no Reino Unido, remontava a 2018, quando nasceram bebés com 22 semanas e seis dias, em Brighton.

https://zap.aeiou.pt/gemeos-nasceram-as-22-semanas-estao-vivos-e-quase-a-sair-do-hospital-463155


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Semana 4 x 9h30: Há nova lei laboral na Bélgica


Empresas belgas podem adoptar uma semana de quatro dias de trabalho. Mas o trabalhador vai prolongar cada dia.

Mais flexibilidade e mais liberdade para funcionários e empresas sobre a forma como se preenche o horário de trabalho. Este é um dos quatro pilares incluídos no novo acordo laboral na Bélgica, de acordo com o primeiro-ministro Alexander De Croo.

Os outros três pontos fundamentais são: melhorar a formação dos trabalhadores, menos obstáculos no momento da mudança de emprego e actualizar o mercado de trabalho, pensando na economia digital.

O acordo foi alcançado na noite de segunda-feira (ou já madrugada de terça-feira), depois de muitas sessões e de muitas semanas de conversas entre os partidos que estão no Governo belga.

Um dos objectivos principais é que o país atinja uma taxa de empregabilidade de 80 por cento, em 2030.

Em termos concretos, a mudança mais mediática é a possibilidade de as empresas adoptarem o sistema de semana com quatro dias de trabalho. Num país onde a regra é trabalhar 38 horas por semana, o trabalhador passará a trabalhar nove horas e meia por dia, nas empresas onde haja esse acordo. E haverá a flexibilidade de, por exemplo, trabalhar 45 horas numa semana e 31 horas na semana seguinte.

Estas duas possíveis medidas serão concretizadas caso o trabalhador apresente um pedido nesse sentido (renovável de seis em seis meses); o patrão pode recusar mas terá de apresentar um motivo válido. Mas esta semana de quatro dias só se aplica ao sector privado.

Em Portugal o assunto da semana de quatro dias tem sido comentado várias vezes e foi referido durante a campanha eleitoral do Partido Socialista, que viria a ganhar as eleições legislativas com maioria absoluta.

Numa conferência de imprensa realizada na semana passada, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal e membro do Conselho Nacional das Confederações Patronais avisou: “É difícil passar para uma semana de quatro dias”.

Quem trabalha por turnos terá de ser informado mais cedo dos horários para cada semana, ou para cada dia – o aviso será publicado, no mínimo, sete dias antes do primeiro dia do novo turno.

A partir do momento em que a pessoa sai do emprego, terá direito a não responder a telefonemas ou mensagens por parte de superiores. Uma alteração que só se irá aplicar em empresas com pelo menos 20 funcionários.

Em caso de despedimento, e para ajudar na procura por um novo emprego, a pessoa despedida poderá ter direito a trabalhar noutra empresa durante parte do processo de transição; ou seja, se o funcionário for avisado 30 semanas antes da sua saída, 10 dessas semanas serão preenchidas já na nova empresa.

Haverá mais tempo para estágio, para adaptação ao novo emprego; as condições no trabalho nocturno no comércio electrónico serão alteradas; e haverá maior protecção para funcionários de empresas como a Uber.

https://zap.aeiou.pt/semana-quatro-dias-lei-laboral-belgica-462871


Cena “de filme” mostra morte misteriosa de dezenas de melros !


Vídeo retrata a queda repentina de centenas de melros. Muitos não sobreviveram mas não se consegue perceber porquê.

O vídeo, que partilhamos mais abaixo, poderia ter sido incluído num filme ou numa série de ficção. Mas não foi.

O vídeo é real e mostra um momento invulgar que decorreu no México, na semana passada, no dia 7 de Fevereiro.

As imagens, retiradas de uma câmara de vigilância colocada numa rua da cidade Cuauhtémoc, retratam a queda repentina de centenas de melros, junto a uma casa, ou mesmo para a parte superior da casa.

A maioria, aparentemente, sobreviveu. Muitos recuperaram de imediato e voaram. Mas algumas dezenas nunca mais se levantaram – uma filmagem posterior confirma a morte de muitos melros.

Mas o vídeo não mostra porque isto aconteceu. Uma electrocussão, talvez, num fio eléctrico onde os melros estavam.

Especialistas apontam para a poluição – aquecedores a lenha e agroquímicos – que levou a que as aves inalassem fumo tóxico.

Outras causas prováveis: baixas temperaturas, ave de rapina, ou um predador que originasse um choque forte com uma infraestrutura.

https://zap.aeiou.pt/imagens-de-filme-mostram-morte-misteriosa-de-dezenas-de-melros-462856

 

Putin: “Não suporto a ideia de haver guerra na Europa” !


Presidente da Rússia assegura que não quer criar conflito e pretende chegar a um acordo “que ainda não foi possível até agora”.

Foi mais um dos encontros entre líderes políticos muito aguardados, nos últimos tempos: Vladimir Putin esteve com Olaf Scholz e assegurou que não quer criar qualquer conflito com a Ucrânia.

O presidente da Rússia assegurou que não quer que a guerra volte à Europa: “Claro que não. Queremos um acordo que garanta a segurança de todos e ainda não houve uma resposta construtiva para a Rússia”.

“Não suporto a ideia de haver guerra na Europa”, acrescentou Putin, depois de Scholz ter dito que cresceu numa geração que nem pensa na existência de guerras. “Sou da mesma geração”, lembrou o líder russo, que tem 69 anos, mais seis do que o chanceler da Alemanha.

No entanto, Vladimir Putin não quis falar sobre a retirada de militares russos da zona da fronteira com a Ucrânia, anunciada nesta terça-feira pelo Ministério da Defesa russo.

O presidente da Rússia pretende alcançar o acordo “que ainda não foi possível até agora” e está à espera de uma decisão “que seja feita do outro lado do Atlântico“.

Putin disse que a liderança da Ucrânia “recusa-se a considerar” o ponto de vista da Rússia, alegando que os acordos de Minsk não estão a ser cumpridos.

O protocolo de Minsk foi assinado em 2014 por representantes de Ucrânia, Rússia, República Popular de Donetsk e República Popular de Lugansk, terminando com o conflito no leste da Ucrânia. O documento prevê que o governo ucraniano deve descentralizar o poder, permitindo governação local em Donetsk e Lugansk, que seriam zonas com “estatuto especial”.

Olaf Scholz sublinhou que o “importante é manter o diálogo vivo entre a Rússia e a Alemanha e que outros se possam juntar”.

“Esta é a crise mais tensa em muitos anos e foi nesse contexto que mantivemos o nosso diálogo. Estamos a monitorizar a situação e não encontramos razão para tão grande número de tropas junto à fronteira com a Ucrânia. Temos de encontrar uma solução de paz. Algumas destas tropas terão de abandonar os seus postos atuais e a partir daí começaremos as nossas negociações”, explicou o líder alemão.

O chanceler acha que a retirada de tropas russas “é um bom sinal” mas espera outros bons sinais. E deixou ainda um alerta: “Um ataque à Ucrânia poderia ter consequências e temos de evitá-lo”.

Ciberataque na Ucrânia

Também nesta terça-feira o portal do Ministério da Defesa da Ucrânia foi alvo de um ataque informático e ficou indisponível.

O centro de segurança da informação da Ucrânia informou que o ataque também atingiu dois bancos locais: “Não está descartado que o agressor tenha utilizado tácticas de pequenos truques sujos porque os seus planos agressivos em grande escala não estão a funcionar”.

https://zap.aeiou.pt/putin-nao-quer-guerra-462843


VIH: Primeira mulher curada na História !


Transplante de sangue do cordão umbilical: “O facto de esta pessoa ser mestiça e ser mulher é muito importante”.

Uma equipa de cientistas e investigadores em Denver, Colorado (Estados Unidos da América) anunciou nesta terça-feira que curou uma mulher que tinha o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), que origina a SIDA.

Até este anúncio já tinham sido divulgados dois casos de cura do vírus da SIDA. O primeiro caso foi o de Timothy Ray Brown, em 2007, graças a um transplante de medula óssea; Timothy acabou por morrer em 2020, devido a um cancro. O segundo caso foi o de Adam Castillejo, em 2016, igualmente depois de um transplante de medula óssea. O vírus desapareceu, mas os dois homens ficaram com efeitos colaterais graves.

Agora foi apresentado o caso de uma mulher, cujo nome e cuja idade não foram revelados, para já. Soube que era portador do VIH em 2013. A medicação foi mantendo os níveis de vírus em baixo. Em 2017, foi diagnosticada com leucemia mielóide aguda.

Neste processo não houve transplante de medula óssea. O método inovador foi um transplante de sangue do cordão umbilical de um dador parcialmente compatível – o que dá esperança para a cura de muitas pessoas, de etnias diferentes.

Os transplantes de medula óssea “obrigam” a que as células estaminais adultas sejam provenientes de uma pessoa com etnia semelhante ao paciente. Neste novo o processo o leque de opções será muito maior porque não há essa “necessidade” de relação étnica.

Além disso, um transplante de medula óssea pode originar consequências graves – tal como aconteceu com Timothy Ray Brown e com Adam Castillejo – porque é uma intervenção muito invasiva e arriscada.

Neste caso, e 14 meses depois do transplante, não há relato de qualquer efeito colateral grave. Nem há indícios de que o VIH continua no sangue da paciente, e não parece ter anticorpos detectáveis para o vírus.

A mulher recebeu ainda sangue de um parente próximo, para o seu corpo ter defesas imunológicas temporárias, enquanto o transplante acontecia. Saiu do hospital 17 dias depois da intervenção.

“O facto de ela ser mestiça e ser mulher é muito importante cientificamente e muito importante em termos de impacto na comunidade”, comentou o especialista Steven Deeks, citado pelo jornal The New York Times.

Quase 38 milhões de pessoas vivem com SIDA. Há medicamentos que “suavizam” os efeitos do vírus, mas continua a não haver uma cura generalizada e eficaz.

https://zap.aeiou.pt/sida-primeira-mulher-curada-na-historia-462943

 

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...