sexta-feira, 11 de março de 2022

Sobre esses documentos da Pfizer e o denominador que a FDA não quer que você veja !

Esta não é a primeira vez que as conclusões favoráveis ​​de um relatório ignoram os dados de um relatório. Os documentos da Pfizer parecem mostrar que todos eles estavam apenas passando pelos movimentos, tudo para mostrar.

Quando a Siri & Glimstad apresentou sua reclamação contra a FDA por não apresentar os documentos dos ensaios clínicos da Pfizer em sua vacina COVID-19, a FDA produziu uma torrente de documentos. Entre esses documentos, disponíveis via Saúde Pública e Profissionais Médicos para a Transparência , um documento se destaca. Vou resumir aqui alguns dos relatórios, mas certifique-se de obter sua própria cópia aqui . O arquivo desejado é “5.3.6 experiência pós-comercialização.pdf”, e o documento é intitulado “5.3.6 ANÁLISE CUMULATIVA DE RELATÓRIOS DE EVENTOS ADVERSOS PÓS-AUTORIZAÇÃO DE PF-07302048 (BNT162B2) RECEBIDOS ATÉ 28-FEV-2021”.

Dê uma olhada na Figura 1, que resume os 42.086 relatos de casos contendo 158.893 eventos.



Vejo mais de 20.000 distúrbios gerais GRAVES, mais de 10.000 eventos GRAVES do sistema nervoso, mais de 5.000 eventos GRAVES musculoesqueléticos e gastrointestinais cada.

A Tabela 2 da Pfizer lista >93.000 eventos que ocorreram em ≥2% dos eventos.

Observando a Figura 1 e o texto (grave e não grave):
Distúrbios do sistema nervoso: 25.957.
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo: 17.283.
Distúrbios gastrointestinais: 14.096.

Existem mais categorias, você pode vê-las na Figura 1.

Enquanto isso:

Lembre-se que a Pfizer e a Moderna prometeram total transparência.

Lembre-se que a FDA teve acesso aos números da Pfizer.

Lembre-se de que esses dados não foram revisados ​​por pares, e os dados de estudos de segurança de vacinas para aprovação da EUA e FDA não são, por uma questão de prática, sujeitos a revisão cega por pares. Por que não?

O que isso diz sobre o risco?

Infelizmente, não podemos saber. O número de doses dadas até a data em que o relatório foi gerado foi editado , evitando qualquer cálculo de taxas e riscos.

John Campbell ressalta que Janet Woodcock da FDA informou, relatando a aprovação dos EUA em 21 de agosto de 2021, disse o seguinte:

Sabendo que ela teve acesso a esses dados, John se pergunta como ela poderia dizer isso naquele momento?

John é um especialista em saúde pró-vacinas (enfermeiro aposentado, eu presumo) no Reino Unido que agora está chamando o comissário interino da FDA dos EUA. Ele liga para nosso Peter Marks, diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA, para dizer o seguinte em um comunicado à imprensa:

“Nossos especialistas científicos e médicos realizaram uma avaliação incrivelmente completa e cuidadosa desta vacina. Avaliamos dados científicos e informações incluídas em centenas de milhares de páginas, realizamos nossas próprias análises de segurança e eficácia do Comirnaty e realizamos uma avaliação detalhada dos processos de fabricação, incluindo inspeções nas instalações de fabricação... (w)e não perdemos de vista que a crise de saúde pública do COVID-19 continua nos EUA e que o público está contando com vacinas seguras e eficazes. A comunidade pública e médica (sic) pode ter certeza de que, embora tenhamos aprovado esta vacina rapidamente, ela estava totalmente de acordo com nossos altos padrões existentes para vacinas nos EUA”.

Bom para você, John, por chamá-los, como todos devemos. Na verdade, ao redigir o denominador, o FDA pode estar infringindo o tribunal. Eles certamente desprezam a conscientização pública sobre os riscos associados à vacina da Pfizer.

A FDA precisa publicar o denominador editado para que possamos conhecer as taxas.

Aqui você pode ver John percorrer o relatório passo a passo e concluir que a FDA “destruiu” a confiança do público no processo.

Racionalismo Popular

Noite histórica em Versalhes - Está dado o primeiro passo para integrar Ucrânia na UE !


O Conselho Europeu reconheceu, na noite passada, as aspirações da Ucrânia em se juntar à União Europeia (UE). É o primeiro passo de um longo processo que visa dar início às negociações de adesão.

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) estiveram reunidos na noite desta quinta-feira em Versalhes, França, numa reunião da qual resultou o primeiro passo do processo de adesão da Ucrânia ao grupo.

Depois de cinco horas de discussão, o Conselho Europeu comunicou ter pedido à Comissão Europeia que se pronuncie sobre o pedido oficialmente apresentado pelo Presidente Volodymyr Zelenskyy para que a Ucrânia venha a ser um Estado-membro da UE.

Segundo o Politico, o Conselho Europeu publicou, já de madrugada, uma nota de condenação da guerra, apelando à responsabilização da Rússia pelos “crimes” cometidos em solo ucraniano.

No mesmo documento, os líderes “reconhecem as aspirações europeias e a escolha europeia da Ucrânia” e notam que o seu pedido de adesão foi “rapidamente” transmitido à Comissão Europeia. Está dado o primeiro passo de um longo processo.

“Noite histórica em Versalhes. Depois de cinco horas de discussão acesa, os líderes da União Europeia aceitaram a integração da Ucrânia na UE. O processo [de adesão] já começou”, escreveu, no Twitter, o Presidente da Lituânia.

“Cabe agora aos ucranianos a sua rápida conclusão. A Ucrânia é uma nação heroica que merece saber que é bem-vinda à UE”, acrescentou Gitanas Nausėda.

O processo é longo e, enquanto decorre, os líderes assinalaram a vontade de aproximar politicamente a Ucrânia da União Europeia. “Enquanto isto não acontecer e sem demora, reforçaremos ainda mais os nossos laços e aprofundaremos a nossa parceria para apoiar a Ucrânia na prossecução do seu caminho europeu. A Ucrânia pertence à nossa família europeia.”

Embora a declaração, publicada pouco depois das 3 da manhã, fosse inequívoca ao expressar a intenção da UE de ajudar a Ucrânia, inclusive com assistência política e financeira e proteção temporária para refugiados, não ofereceu a garantia de adesão que Zelenskyy tinha solicitado.

A 28 de fevereiro, o Presidente ucraniano assinou o pedido formal para a entrada do país na União Europeia. Na altura, a Comissão Europeia abriu a porta à entrada da Ucrânia na UE, mas lembrou que o processo é longo, apesar do pedido de Kiev de um procedimento especial para integrar o país “sem demora”.

À saída do encontro, o primeiro-ministro holandês Mark Rutte salientou isso mesmo: insistiu que a União Europeia já estava a tratar a candidatura da Ucrânia com uma rapidez sem precedentes, mas sublinhou que a avaliação da Comissão “levará tempo – meses, talvez anos, antes de se chegar a alguma conclusão”.

Ajuda e condenações

O comunicado conjunto dos chefes de Estado e Governo dos 27 membros da União Europeia lembra que a “agressão militar não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia”, iniciada há duas semanas, “é uma violação grosseira do direito internacional e dos princípios da Carta da ONU, e mina a segurança e a estabilidade da Europa e do mundo”.

“A Rússia, e a sua cúmplice Bielorrússia, têm responsabilidade total sobre esta guerra de agressão e vão ser responsabilizadas pelos seus crimes, incluindo por visarem indiscriminadamente civis e o objetos civis. Neste aspeto, saudamos a decisão do procurador do Tribunal Penal Internacional de abrir uma investigação”, lê-se na nota dos líderes europeus.

Este parágrafo do documento faz referência à possibilidade de os líderes políticos e militares russos virem a ser condenados por crimes de guerra, na sequência da abertura de uma investigação por parte do Tribunal Penal Internacional (TPI) pela prática por parte da Rússia de eventuais crimes de guerra e contra a Humanidade.

Além de pedirem que seja garantida a segurança das centrais nucleares ucranianas, que têm sido um alvo das forças russas, os líderes apelam a que a Rússia permita a assistência da Agência Internacional de Energia Atómica.

“Exigimos que a Rússia cesse a sua ação militar e retire todas as forças e equipamento militar de todo o território da Ucrânia imediata e incondicionalmente, e que respeite completamente a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas”, consta do documento.

Por outro lado, lembraram que já adotaram “sanções significativas” contra a Rússia e que se mantêm dispostos “a avançar rapidamente com mais sanções“.

Os chefes de Estado e de Governo da UE deixam também uma saudação ao “povo da Ucrânia pela sua coragem na defesa do seu país” e pelos “valores partilhados da liberdade e democracia”. “Não os vamos deixar sozinhos.”

A União Europeia promete continuar a enviar “apoio político, financeiro, material e humanitário” para a Ucrânia e compromete-se a ajudar na “reconstrução de uma Ucrânia democrática quando o massacre russo terminar”.

A cimeira de dois dias iniciada esta quinta-feira era originalmente consagrada à economia, mas focou-se na defesa e energia, por força da ofensiva russa na Ucrânia.

Agendada há muito pela atual presidência francesa do Conselho da UE, a cimeira era dedicada integralmente ao “novo modelo europeu de crescimento e investimento”, mas a invasão da Ucrânia pela Rússia e as consequências do conflito para o bloco europeu impuseram alterações na ordem de trabalhos do encontro.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 516 mortos e mais de 900 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

https://zap.aeiou.pt/historia-versalhes-integracao-ucrania-ue-466818


A primeira missão de vacinação internacional usou órfãos para transportar o vírus da varíola !


A expedição espanhola levou vacinas para as colónias na América e usou órfãos como incubadoras para a varíola, dado que as vacinas se estragariam na longa viagem.

No século XVIII, os contágios da varíola estavam desenfreados, especialmente nas cidades. Sem cura, na altura o único método conhecido para se tratar a doença era a variolação, ou seja, infectar-se pessoas saudáveis propositadamente com uma pequena dose do pus de alguém que tivesse varíola, na esperança de que uma infecção mais branda ajudasse os pacientes a tornarem-se imunes.

Depois de notar que as vaqueiras eram imunes à varíola, Edward Jenner revolucionou a Medicina em 1796 ao criar a primeira vacina do mundo, depois de experimentar infectar os seus pacientes com a estirpe de varíola que afecta as vacas e descobrir que isto tornava os pacientes imunes, nota o IFLScience.

No entanto, a pandemia de varíola estava longe de estar resolvida, tanto que a doença só foi erradicada em 1980. Na altura, ainda sem aviões, havia um desafio ainda maior com a distribuição das vacinas por todo o planeta — e a Real Expedição Filantrópica para Vacinação, conhecida como Expedição Balmis tornou-se o primeiro programa internacional de saúde da História.

Em 1830, o Rei Carlos IV de Espanha, que já tinha perdido vários membros da família para a varíola, decidiu enviar vacinas gratuitas para as colónias espanholas mais remotas no continente americano, assim como todos os recursos necessários para que estas implementassem um programa de vacinação próprio em larga escala.

Mas mesmo com estas boas intenções, o método usado para fazer chegar a vacina às colónias foi bastante duvidoso a nível ético. Sem modos de transporte rápido, o pus das vacinas já não seria eficaz quando chegasse ao destino, visto só ser viável durante alguns dias.

A equipa ponderou transportar vacas infectadas para as colónias, mas isso seria um pesadelo logístico. Assim optaram por usar órfãos como incubadores da doença, para que o vírus ainda chegasse vivo.

O navio levou assim 22 órfãos, entre os três e nove anos de idade. Duas das crianças já partiram infectadas e o pus destas foi usado para infectar duas outras. Quando chegaram ao destino, os colonos pagaram às famílias locais para infectarem as suas crianças e poderem assim manter a doença viva e inocularem mais pessoas.

Apesar do sacrifício dos órfãos, a expedição acabou por ser um sucesso e preveniu incontáveis novas infecções e mortes por varíola.

https://zap.aeiou.pt/missao-vacinacao-orfaos-variola-466771

 

As outras vítimas da guerra na Ucrânia - Em África e no Médio Oriente, já falta pão !


A Rússia e a Ucrânia são dois dos maiores exportadores de trigo e fertilizantes do mundo — e o conflito entre os dois países está a criar problemas aos seus compradores nas cadeias de fornecimento.

A guerra na Ucrânia está a abalar a Europa, mas as repercussões estão a ser sentidas por todo o mundo — e os ucranianos não são as únicas vítimas. Juntos, Rússia e Ucrânia são responsáveis por um quarto das exportações de trigo em todo o mundo, e o conflito entre ambos está a afectar a cadeia de fornecimento.

Devido ao clima árido e quente, que é também menos propenso à agricultura, o Médio Oriente e África estão a ser as regiões mais impactadas. Quase metade do trigo importado pela Tunísia tem origem ucraniana e os preços chegaram agora a um valor que já não era registado há 14 anos.

O Estado controla o preço do pão, mas os tunisinos receiam que a inflação causada pela guerra eventualmente se faça sentir nos seus bolsos. A economia do país já é frágil devido à crise que tem vivido nos últimos anos, com desemprego elevado e a dívida pública em alta.

Mas a Tunísia não está sozinha. O Iémen, que já está a sofrer com uma guerra civil desde 2014 e uma consequente crise humanitária, está também a sentir as réplicas do conflito europeu, visto que importa quase todo o seu trigo, com mais de um terço vindo da Rússia e da Ucrânia.

Para além disto, a dieta da população baseia-se muito no pão — numa altura em que cerca de oito milhões de crianças estão a passar fome, mais de metade das calorias diárias consumidas pelas famílias estão no pão, escreve o The Guardian.

O Líbano também está a ser afectado, visto que mais de metade das suas importações de trigo são ucranianas. O Ministro da Economia, Amin Salam, já terá dito que o país tem apenas trigo suficiente para mais “um mês, ou um mês e meio“, estando já à procura de novos fornecedores.

Já no Egipto, mesmo antes da guerra, os preços do trigo já tinham subido 80% entre Abril de 2020 e Dezembro de 2021 e o Governo anunciou que vai aumentar o custo do pão, que é altamente subsidiado, pela primeira vez em décadas.

“A insegurança alimentar causa agitação e violência”

A porta-voz do Programa Alimentar Mundial no Egipto, Abeer Etefa, acredita que o fornecimento de muitos bens de “importância particular” para o Médio Oriente e o norte de África já está a ser afectado pelo conflito.

Mesmo que os países optem por comprar a outros países, os produtos vão demorar mais a chegar e o transporte será mais caro do que se estes viessem da Ucrânia.

“A guerra leva a uma maior insegurança alimentar e a insegurança alimentar aumenta a probabilidade de haver agitação e violência“, afirma, alertando que a guerra na Europa pode assim acender conflitos noutras partes do planeta.

O preço da farinha de trigo subiu 15% no último ano em muitos países africanos e o óleo alimentar é também um terço mais caro, nota a Der Spiegel. A guerra promete agravar ainda mais a situação.

“Há já 276 milhões de pessoas em 81 países a sofrer de fome aguda. O mundo simplesmente não aguenta com mais um conflito. A guerra de Putin não está só a causar sofrimento na Ucrânia. Os efeitos vão sentir-se muito além da região”, afirma Martin Frick, director do Programa Alimentar Mundial na Alemanha.

No Quénia, o trigo é especialmente importante para a população mais pobre. “Os preços vão subir ainda mais por causa da guerra e os mais pobres vão sofrer ainda mais as consequências”, revela o economista queniano Timothy Njagi.

Para além do trigo, a Ucrânia e a Rússia são também grandes exportadores de fertilizantes, e os preços têm também notado uma escalada. O problema acaba assim por ser um ciclo vicioso — com os agricultores africanos a serem obrigadores a usar menos fertilizantes do que o normal, o que leva a colheitas mais pequenas e, consequentemente, mais caras.

https://zap.aeiou.pt/guerra-ucrania-africa-medio-oriente-pao-466586

 

Biden assina ordem executiva para regular e examinar riscos das criptomoedas !


A decisão surge pouco depois de ter sido noticiado que a Rússia estaria a usar as moedas digitais para escapar ao impacto das sanções.

Na quarta-feira, Joe Biden assinou uma ordem executiva que regula a fiscalização governamental das criptomoedas e apela à Reserva Federal que explore a possibilidade do Banco Central criar a sua própria moeda digital.

A administração Biden encara a explosão de popularidade das criptomoedas como uma oportunidade para examinar os riscos e benefícios das moedas digitais. Biden ordenou assim ao Departamento do Tesouro e outras agências federais que estudem o impacto das criptomoedas na estabilidade financeira e na segurança nacional.

Brian Deese e Jake Sullivan, os principais conselheiros de Biden para a economia e a segurança nacional, respectivamente, consideram que a ordem cria a primeira estratégia federal detalhada relativa às criptomoedas.

“Isso vai ajudar a posicionar os Estados Unidos que devem ter um papel de liderança na inovação e governação do ecossistema de bens digitais em casa e no estrangeiro, de uma forma que protege os consumidores, é consistente com os nossos valores democráticos e avança a competitividade global dos EUA”, afirmam num comunicado.

Esta ordem surge depois de ter sido noticiado que, dado o anonimato que é oferecido, os bancos e oligarcas russos estariam a recorrer às criptomoedas para escaparem às sanções que o Ocidente tem imposto depois do início da guerra na Ucrânia.

Os Senadores Democratas Mark Warner, Elizabeth Warren e Jack Reed apelaram na semana passada a que o Departamento do Tesouro começasse a pensar em estratégias para evitar que as criptomoedas sejam usadas para este fim.

A Casa Branca já argumentou que as criptomoedas não serão suficientes para a Rússia colmatar o impacto das sanções.

Esta ordem executiva estava a gerar expectativa na indústria financeira visto que as moedas digitais ainda são muito pouco reguladas e voláteis, com denúncias de que estão a ser usadas para a lavagem de dinheiro.

A Reserva Federal avançou em Janeiro que as criptomoedas serviriam mais os interesses do país através de um modelo em que os bancos e as empresas de pagamentos criem carteiras digitais.

https://zap.aeiou.pt/biden-ordem-executiva-criptomoedas-466752

 

Yanukovych para Zelenskyy: “Tens a obrigação de parar com isto” !


Antigo presidente da Ucrânia alega que o actual presidente deveria travar o “derramamento de sangue” e alcançar a paz “a qualquer custo”.

Viktor Yanukovych reaparece nas notícias, em tempo de guerra. O antigo presidente da Ucrânia dirigiu-se directamente (e acusou directamente) o actual presidente da Ucrânia.

Numa mensagem publicada pela Ria Novosti, agência estatal de notícias da Rússia, Yanukovych disse que a obrigação de terminar o conflito é de Volodymyr Zelenskyy.

“Tu és pessoalmente obrigado a parar o derramamento de sangue e chegar a um acordo de paz a qualquer custo”, de acordo com o antigo líder da Ucrânia.

“É isso que a Ucrânia, o Donbass e a Rússia esperam de ti. Os parceiros Ocidentais de Kiev também esperam por isso”, acrescentou Yanukovych.

Viktor Yanukovych, que foi retirado do cargo de presidente da Ucrânia na «Primavera» de 2014, vive exilado desde então, precisamente na Rússia.

Mais próximo de Moscovo do que da NATO, a imprensa ucraniana tem noticiado que uma das prioridades de Vladimir Putin nesta invasão é voltar a colocar Yanukovych na presidência da Ucrânia.

https://zap.aeiou.pt/yanukovych-zelenskyy-obrigacao-466777


“Se a violação é inevitável, deita-te e aproveita”, diz candidato nos EUA !


Robert Regan soltou uma frase inesperada durante um debate online: “Não sou um político. Estou a trabalhar nisso”.

O debate em directo ocorreu no domingo passado, através plataforma Rumble, e envolveu vários elementos conservadores da política dos Estados Unidos da América.

Robert Regan é candidato pelo Partido Republicano a congressista no Michigan. E é favorito à vitória no 74.º Distrito da zona Oeste daquele Estado, em Maio deste ano.

Mas tem sido um alvo de críticas desde domingo porque, para pedir a outro elemento que esquecesse a derrota nas eleições presidenciais de 2020, e para sublinhar que, quando o mal está feito nada se pode fazer, soltou uma frase inesperada.

“Eu tenho três filhas e costumo dizer-lhes: se a violação é inevitável, deves apenas deitar-te e aproveitar“, declarou Robert.

No dia seguinte, num podcast do Bridge Michigan, o candidato justificou a sua frase: “Eu queria dizer que há coisas inevitáveis”.

“Por vezes, as minhas palavras não são tão suaves e politicamente correctas, tal como as palavras dos políticos – porque eu não sou político. Estou a trabalhar nisso”, acrescentou.

Nesta quarta-feira voltou ao assunto e disse que a polémica à volta das suas palavras é uma “distracção” e considerou que “os eleitores merecem melhor do que a comunicação social e o sistema Republicanos têm oferecido”.

“Estamos cansados do que está estabelecido, sempre a dizerem-nos que «temos de nos contentar, é assim e é assim, pronto». E eu utilizei esse exemplo da violação. Porque não é isso que queremos. Mesmo em tempos muito difíceis, lutamos. Foi isso que os nossos fundadores fizeram”, explicou.

Robert Regan não é estreante em declarações controversas. Há poucos dias afirmou que o conflito na Ucrânia é uma “guerra falsa, tal como é falsa a pandemia”.

Já a sua filha, em 2020, pediu publicamente a todas as pessoas do Michigan para não votarem no seu pai.

https://zap.aeiou.pt/candidato-eua-violacao-aproveita-466707


Parlamento espanhol cria comissão para investigar abusos de menores pela Igreja Católica !


O parlamento espanhol decidiu hoje criar uma comissão para investigar, pela primeira vez de forma oficial, os alegados abusos a menores pela Igreja Católica, uma instituição há muito acusada de opacidade sobre o assunto.

Proposta pelo Partido Socialista (PSOE), no poder, e pelo Partido Nacionalista Basco (PNV), esta iniciativa sem precedentes foi aprovada por uma maioria muito ampla de 277 votos num Congresso dos Deputados (câmara baixa do parlamento) com um total de 350 membros eleitos.

Ao contrário de outros países como os Estados Unidos da América, França, Alemanha, Irlanda e Austrália, em Espanha a violência sexual contra menores no seio da Igreja nunca foi sujeita a uma grande investigação.

O texto votado pelos deputados prevê que esta comissão independente seja presidida pelo provedor de Justiça e composta por representantes das autoridades, das vítimas e do clero.

A comissão será responsável por “investigar os atos execráveis cometidos por indivíduos contra crianças indefesas” e “identificar as pessoas que cometeram estes abusos, bem como aqueles que os encobriram”, antes de elaborar um relatório a ser apresentado ao parlamento, de acordo com o texto aprovado.

Esta investigação marcará “o início do fim de uma vergonha“, disse recentemente ao diário El País a deputada socialista Carmen Calvo, ex-número dois do Governo de esquerda de Pedro Sánchez.

Na ausência de dados oficiais, o diário El País lançou o seu próprio inquérito em 2018, listando 1.246 vítimas desde os anos 30. Por seu lado, a Igreja só reconheceu 220 casos desde 2001.

Tendo Espanha uma forte tradição católica, a Igreja teve um papel central na educação durante a ditadura de Francisco Franco (1936-1975).

Atualmente, mais de 1,5 milhões de crianças ainda estudam em cerca de 2.500 escolas católicas, de acordo com números da Conferência Episcopal Espanhola de 2020.

Vários países, entre os quais Portugal, estão a investigar os alegados abusos cometidos por membros da Igreja Católica ao longo dos anos, tendo o Papa Francisco reiterado em 20 de janeiro último que a instituição continua firme no seu compromisso de fazer justiça às vítimas.

“Na luta contra os abusos de todo o tipo, a Igreja continua firme no compromisso de fazer justiça às vítimas de abusos cometidos pelos seus membros, aplicando com particular atenção e rigor a legislação canónica prevista”, disse o Papa.

https://zap.aeiou.pt/parlamento-espanhol-abusos-igreja-466754


Poder militar da Rússia é “bizarro” !


Russos colocaram na Ucrânia as suas melhores tropas mas não planearam muito bem esta ofensiva militar.

Quando o exército da Rússia chegou à Ucrânia no dia 24 de Fevereiro, a opinião generalizada foi: os russos vão vencer os ucranianos muito rapidamente. Comparando o poder militar dos dois países, essa conclusão era quase óbvia. Mas não é isso que está a acontecer.

Têm surgido imagens que mostram que os russos não estão assim tão fortes: equipamentos ultrapassados, falta de planeamento, derrotas no terreno, resistência dos adversários.

Paulo Batista Ramos, professor de Relações Internacionais, falou na rádio Observador sobre este tema. Indicou que a Rússia colocou na Ucrânia as suas tropas de elite e o melhor armamento disponível; e contratou mercenários, tropas de países aliados, para estarem na frente da batalha, com o objectivo de ter uma maior eficiência no combate, mas também para intimidar os ucranianos.

Mas as tropas de elite russas são tropas de topo? “Depende. Estamos a comparar com os Estados Unidos da América? Estamos a comparar com as forças armadas europeias? Ou estamos a comparar com as forças armadas ucranianas?”, questionou o especialista.

São as melhores tropas que a Rússia tem. Mas se a opinião pública estava à espera de ver algo diferente… O que estamos a ver neste conflito não é o que vimos no Iraque e no Afeganistão, em intervenções dos EUA. Estamos a ver material um pouco bizarro, para não dizer obsoleto ou desadequado. Estamos a ver militares que parecem não estar preparados para a missão, estamos a ver falta de liderança e ainda falta de adaptação dos russos às condições no terreno”, descreveu.

E tudo isto parece “um pouco bizarro”, acrescentou Paulo, que acredita que o planeamento dos generais e dos estrategas russos não foi o mais adequado: “Não mediram muito bem todas as consequências desta ofensiva, não projectaram todos os cenários. E a resistência ucraniana foi uma surpresa para todos”.

Questionado sobre um eventual bluff de Putin e seus ajudantes, há duas perspectivas. Primeira, a Rússia “está a fazer bluff há mais de 10 anos, através de estratégias de intimidação e de ciberataques”.

Segunda, esta é a primeira vez que estamos a ver o poder militar russo a operar e “parece que não está a corresponder às expectativas dos próprios russos e ao seu excesso de confiança”.

Resumindo: “Não há bluff. Há arrogância. E essa arrogância está a mostrar as fraquezas do poder russo”.

Neste cenário, o moral das tropas russas não estará muito elevado: “Não conseguimos medir o moral, mas temos muita dificuldade em encontrar imagens positivas da propaganda do lado russo. Nem nos órgãos de comunicação social controlados pelo Kremlin, vemos imagens que transmitam o mínimo de eficiência e de capacidade das tropas russas”.

Paulo Batista Ramos abordou também os problemas logísticos do lado russo, nomeadamente no abastecimento: “Vemos soldados russos que, depois de derrotados, são alimentados pela população ucraniana“.

https://zap.aeiou.pt/poder-militar-russia-bizarro-466648

 

Inflacção “dispara”: Consumidores sofrem e lucros das empresas sobem !


Fevereiro registou o maior aumento de inflacção dos últimos 40 anos. Análise nos EUA deverá expandir-se para outros países.

A inflacção nos Estados Unidos da América subiu 7,9% em Fevereiro deste ano, comparando com os números de Fevereiro de 2021. É a maior subida nos últimos 40 anos – a invasão russa à Ucrânia, “anunciada” no dia 21 e concretizada no dia 24, contribuiu para este aumento.

O relatório do grupo Accountable.US, publicado no sábado passado, já tinha mostrado que o índice de preços no consumidor nos EUA subiu 7% entre Dezembro de 2020 e Dezembro de 2021.

No entanto, o impacto não é igual para todos. Os consumidores pagam mais quando vão às compras, sofrem mais no seu orçamento mensal, ao mesmo tempo que as empresas ganham mais dinheiro.

A CNBC baseou-se em dados da empresa Refinitiv e verificou que o lucro das 500 principais empresas cotadas nas bolsas de Nova Iorque (NYSE e NDASAQ) subiu 49% ao longo do ano passado.

Os lucros das 30 maiores empresas dos principais sectores industriais nos EUA subiram 137.5 milhões de euros em 2021, ainda de acordo com os números do Accountable.US.

O mesmo relatório mostra que as mesmas empresas têm “premiado” os seus accionistas com mais 25 mil milhões de euros por ano.

“Essas empresas querem que os consumidores acreditem que aumentaram os preços apenas para acompanhar os custos externos, mas as dezenas de mil milhões em lucros extras e generosos brindes aos investidores no ano passado mostram o contrário“, destacou Kyle Herrig, presidente do Accountable.US.

As grandes empresas vêm os seus lucros a aumentar, aproveitando assim a disponibilidade (ou obrigatoriedade) dos consumidores em pagar mais pelo que consomem, sublinha o portal HuffPost.

“Ao contrário do que dizem, essas empresas altamente lucrativas podem escolher; e escolhem engordar os seus resultados em vez de estabilizar os preços para o consumidor”, acrescentou Kyle Herrig.

Do lado do consumidor, o desagrado aumenta: o índice de satisfação com o presidente Joe Biden diminuiu muito, desde que os preços começaram a subir.

Foi precisamente Biden a falar nesta terça-feira sobre a inflacção, avisando as empresas de petróleo e gás para não utilizarem a guerra na Ucrânia como pretexto para aumentar demasiado os preços: “Este não é o momento de especulação ou de manipulação de preços”.

https://zap.aeiou.pt/inflaccao-dispara-consumidores-sofrem-lucros-empresas-sobem-466855

 

quinta-feira, 10 de março de 2022

Push final russo em Kiev previsto para o fim de semana - EUA aumentam tropas na Europa para 110.000 !

As forças russas estão cercando Kiev pelo leste, noroeste e oeste, mas em 9 de março – mais de duas semanas após a invasão da Ucrânia – ainda adiaram seu ataque à capital. A inteligência ocidental diz que eles estão esperando por mais suprimentos de tropas e munição. Suas perdas são estimadas em cerca de 3.000 soldados nas mãos de combatentes da resistência ucraniana.

O eixo ocidental para Kiev passou para o controle das forças pertencentes ao líder checheno Ramazan Kadyrov, às formações de segurança interna de Rosgvardia da Rússia e ao Exército Privado da Liga (ex-Wagner). Moscou desdobrou esses mercenários na Síria e na Líbia. Sua aparição neste ponto pode indicar que os russos estão com falta de poder de combate convencional suficiente para finalmente desencadear o ataque à cidade.
A leste, caças ucranianos desaceleraram a coluna russa saindo de Sumy em direção à capital. No entanto, os invasores estão apertando seu cerco em Khrakiv, enquanto desviam unidades para estender e proteger essa coluna.
Dois grupos táticos do batalhão russo (BTGs) do 36º Exército de Armas Combinadas (CAA) avançaram em Byshiv, que é o ponto mais avançado da unidade russa para cercar Kiev na margem ocidental e cerca de 50 quilômetros a sudoeste do centro da cidade.
Vários BTGs de elementos da 35ª CAA do exército russo e da 36ª brigada de fuzileiros motorizados da 29ª CAA iniciaram operações ofensivas contra Ivankiv, que fica a cerca de 70 km a noroeste do centro de Kiev.
Unidades da 45ª Brigada Spetsnaz de Guardas de elite e da 98ª Divisão Aerotransportada estão atacando Rakivka, 30 km a noroeste do centro de Kiev.
As tropas russas provavelmente estão tentando contornar Mykolayiv e cruzar o Bug do Sul rio acima daquela cidade para permitir um avanço em Odesa apoiado por um desembarque anfíbio do Mar Negro.
Mais unidades estão saindo da Crimeia com Zaporizhya como objetivo.

Os EUA estão enviando duas baterias antimísseis Patriot estacionadas na Europa para a Polônia. Eles devem proteger as tropas norte-americanas, polonesas e outras aliadas no país, de uma repercussão deliberada ou inadvertida da guerra da vizinha Ucrânia, disse o Pentágono nesta terça-feira. A Polônia tem sido um ponto de apoio para a ajuda militar ocidental à Ucrânia, mas também abriga a maior onda de refugiados ucranianos em fuga da invasão de Moscou – cerca de dois milhões até o momento. O número de tropas americanas enviadas para a Europa é agora de cerca de 110.000. A ONU relata que a situação no leste e nordeste da Ucrânia é extremamente volátil, em meio a intensos combates, inclusive nos arredores de Kiev. Os civis nas cidades continuam presos pelos combates em condições terríveis, sem acesso a alimentos, água, eletricidade e suprimentos e serviços básicos, segundo Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU. A ONU disse que confirmou que 474 civis foram mortos e 861 feridos desde segunda-feira. Israel disse na terça-feira que ofereceria refúgio temporário a 5.000 refugiados ucranianos que não têm conexões judaicas e permitiria que 20.000 ucranianos que estavam em Israel antes da guerra, a maioria deles ilegalmente e sem vistos, ficassem até o fim dos combates. A decisão ocorre em meio a um intenso debate em Israel e no exterior sobre quão amplamente o país deve abrir suas portas para aqueles que fogem da guerra.

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Ataque russo a hospital pediátrico é “crime de guerra !. Rússia anuncia saída do Conselho da Europa !


Três pessoas, incluindo uma criança, morreram no bombardeamento russo que atingiu um hospital pediátrico e uma maternidade em Mariupol, no leste da Ucrânia.

O ataque da Força Aérea russa, esta quarta-feira, a um hospital pediátrico e a uma maternidade de Mariupol, cidade portuária estratégia no Sul da Ucrânia, é “um crime de guerra”, denunciou o Presidente ucraniano, Volodimir Zelenskyy.

“Hoje é o dia que define tudo. Quem está de que lado. Bombas russas caíram sobre um hospital e uma maternidade em Mariupol (…) Os prédios estão destruídos. Os escombros estão a ser retirados”, realçou o chefe de Estado da Ucrânia, através de um vídeo.

“Que tipo de país, a Rússia, tem medo de hospitais e maternidades e os destrói?“, acrescentou, denunciando “atrocidades” infligidas a Mariupol, que está submetida a um bloqueio russo há mais de uma semana.

De acordo com as autoridades daquela cidade portuária, três pessoas, incluindo uma criança, morreram no bombardeamento que atingiu o hospital pediátrico. “Três pessoas morreram, incluindo uma menina”, disse o município numa informação divulgada no Telegram.

Volodimir Zelenskyy apelou a uma união na condenação ao ataque: “Europeus! Ucranianos! Moradores de Mariupol! Hoje temos de nos unir para condenar este crime de guerra da Rússia, que reflete todo o mal que os invasores fizeram ao nosso país”.

“O bombardeio aéreo é a prova final. A prova de que está a acontecer um genocídio de ucranianos (…) Nós nunca cometemos e nunca teríamos cometido um crime de guerra como este nas cidades de Donetsk ou Lugansk ou em nenhuma região”, assegurou, numa referência às duas cidades, no Leste ucraniano, detidas por separatistas pró-Rússia desde 2014.

A Câmara Municipal de Mariupol comunicou, através das redes sociais, que os danos foram “colossais“.

O bombardeamento do hospital pelas forças russas provocou indignação na comunidade internacional, quer por vários países ocidentais, como Estados Unidos e Reino Unido, quer por organizações como a ONU.

Em Moscovo, a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, referiu que “nacionalistas ucranianos” fizeram sair pacientes e funcionários do hospital para depois o usarem como base para disparos.

Já esta quinta-feira, questionado sobre o ataque, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, disse que “o hospital já estava sob controlo de radicais ucranianos e não tinha pacientes”. “Os meios de comunicação ocidentais não ouviram os dois lados sobre este assunto”, acrescentou.

Volodimir Zelenskyy partilhou no Twitter um vídeo que mostra os escombros do hospital, classificando o ataque como uma “atrocidade” e acusando o mundo de ser “cúmplice ao ignorar o terror“. O Presidente ucraniano afirmou, ainda, haver crianças presas no meio dos destroços.

Rússia vai deixar Conselho da Europa

O Governo russo anunciou que vai deixar de participar no Conselho da Europa e acusou os países da União Europeia (UE) e da NATO de minarem o organismo.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo salientou que a UE e a NATO mantêm uma postura “hostil” e salientou que mantêm “uma linha de destruição do espaço comum do Conselho da Europa a nível humanitário e jurídico”.

Por outro lado, afirmou que Moscovo “não participará” nos esforços para “transformar” o Conselho da Europa “noutra plataforma para exaltar a superioridade e o narcisismo ocidentais“.

“Deixemos que desfrutem comunicar uns com os outros, sem a Rússia”, disse em comunicado, citado pela agência de notícias russa TASS, num momento de tensões crescentes sobre a invasão russa da Ucrânia.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 516 mortos e mais de 900 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

https://zap.aeiou.pt/ataque-hospital-pediatrico-crime-guerra-466621


Ucrânia ainda não conseguiu “fechar os céus” mas atrasou avanços russos


Mais de 40 mil civis foram retirados de cidades sitiadas, mas nem todos os “corredores humanitários” previstos funcionaram.

De Mariupol, onde um hospital pediátrico foi atacado, voltou a não ser possível sair em segurança, segundo noticia o Público.

As armas prometidas por mais de 20 países à Ucrânia atravessam todos os dias a fronteira e são usadas pelas forças ucranianas para, por exemplo, derrubar aeronaves russas. Mas isso não chega para “fechar os céus”, como uma zona de exclusão área conseguiria.

Com todos os riscos de uma medida que teve pouco sucesso no passado, o Presidente Volodymyr Zelenskyy continuou a apelar, esta quarta-feira, ao denunciar o ataque contra uma maternidade e hospital pediátrico em Mariupol, no Sul do país.

“Há crianças debaixo dos escombros. Isto é uma atrocidade!“, lamentou Zelenskyy numa publicação no Twitter, acompanhada por um vídeo onde é visível a destruição no complexo hospitalar da estratégica cidade portuária.

“Fechem o céu agora!”, pediu, dias depois de ter desafiado os países ocidentais nos mesmos termos. “Se não têm força para fechar os céus, então dêem-nos aviões”.

Segundo Pavlo Kirilenko, governador da região de Donetsk, 17 adultos, membros do pessoal hospitalar, ficaram feridos.

“Não há nenhuma criança” entre os feridos e “nenhum morto“, esclareceu, em declarações à televisão ucraniana.

É esta cidade de 430 mil pessoas que espera desde sábado a abertura de “corredores humanitários” seguros para ali fazer chegar bens essenciais em falta, e retirar 200 mil civis.

Mas no dia em que foi possível resgatar 40 mil pessoas de cidades sitiadas, as supostas passagens seguras para Mariupol terão continuado a ser atacadas.

O vice-presidente da câmara, Sergi Orlov, afirmou que a cidade permanece sob “contínuo bombardeamento russo” e que já foram mortas 1.170 pessoas, incluindo as 47 enterradas durante o dia numa vala comum.

“Eles estão a bombardear o corredor humanitário“, acusou. O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmitro Kuleba, diz que a Rússia mantém ali “reféns” mais de 400 mil pessoas.

“Sem água, aquecimento, energia, gás, com os residentes a beber neve. É medieval”, descreve Orlov, citado por Luke Harding, no The Guardian.

Um dia depois de ter sido finalmente possível organizar um “corredor humanitário” e retirar 5000 pessoas de Sumi, no Nordeste, esta quarta-feira foram resgatadas 40 mil de Enerhodar (no Centro, onde fica a central nuclear de Zaporizhzhia), Irpin (subúrbio de Kiev) e Vorzel (50 quilómetros a noroeste da capital).

Para além de Mariupol, falharam as passagens seguras anunciadas para Bucha e Demidova, na região de Kiev, e de Izium, na província de Kharkiv, Leste do país.

Face aos crescentes ataques aéreos “indiscriminados e mortíferos” da Rússia, o Reino Unido vai enviar para a Ucrânia mais armas antitanques, assim como “mísseis antiaéreos portáteis de alta velocidade”, disse aos deputados britânicos o ministro da Defesa, Ben Wallace.

Nos dias que se seguiram ao início da invasão, a 24 de fevereiro, os Estados Unidos, a NATO, vários países europeus e a própria União Europeia anunciaram o envio de armas, munições e todo o tipo de equipamento militar.

Na última sexta-feira, vários jornalistas acompanharam o chefe do Estado-maior norte-americano, general Mark Milley, numa visita a uma base “perto da fronteira com a Ucrânia”, onde aterram “14 aviões por dia” e “um bailado se organiza para expedir discretamente as toneladas de assistência militar prometidas” à Ucrânia, escreveu o enviado da AFP.

Estes jornalistas não puderam revelar a localização, mas outros que estão na Polónia, como os da rádio France Inter, descrevem de forma semelhante uma base perto de Jaroslaw, por onde “transitam mísseis antiaéreos, rockets antitanque, espingardas de assalto e munições”.

Segundo o Pentágono, até ao final da semana passada, os EUA já tinham feito chegar à Ucrânia mais de dois terços das armas prometidas e as forças ucranianas estão a usá-las com “eficiência” para atrasar os avanços russos.

Ouvido pela BBC, Justin Bronk, do Royal United Services Institute, diz que é possível confirmar o derrube de pelo menos 20 helicópteros e jatos russos, um número pequeno, mas que “mostra as dificuldades da Rússia para impor a supremacia nos céus”.

Bronk explica que foi a capacidade da Ucrânia para manter alguns sistemas de defesa aérea da era soviética que forçou os russos a voar mais baixo, o que os torna vulneráveis aos mísseis de curto alcance fornecidos pelos países ocidentais.

Bronk, como outros analistas, faz notar que mais difícil do que fazer entrar armamento na Ucrânia pode ser distribuí-lo dentro do país. E não se sabe por quanto tempo Moscovo vai permitir que as rotas usadas funcionem.

Marc Finaud, do Centro de Políticas de Segurança, de Genebra, diz que os russos já as poderiam ter interrompido. Não o fizeram para evitar a escalada que representaria “visar linhas de reabastecimento ocidentais”, disse à Deutsche Welle.

“Os aliados estão a ajudar a Ucrânia a garantir o seu direito à autodefesa, reconhecido na Carta da ONU”, afirmou na terça-feira o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.

“A Rússia é o agressor e a Ucrânia está a defender-se. Se houver algum ataque contra qualquer país da NATO, isso vai acionar o Artigo 5.º”, que consagra o compromisso com a defesa coletiva.

https://zap.aeiou.pt/ucrania-ainda-nao-conseguiu-fechar-os-ceus-mas-atrasou-avancos-russos-466598


Doel, a cidade-fantasma-nuclear evacuada devido a obras que nunca existiram !


Cidade tem menos de 20 habitantes. O porto de Antuérpia iria ser alargado, segundo os planos de 1965. Até 2022, nada avançou.

“A cidade Doel, por si só, é um fenómeno. Foi abandonada. Então agora é uma cidade fantasma. É uma paisagem típica de um filme pós-apocalíptico. É um daqueles sítios turísticos insólitos da Bélgica. É um pequeno fenómeno aqui da Bélgica pouco conhecido”.

Palavras de Hugo, um português que mora na Bélgica contactado pelo ZAP. E tem razão: o fenómeno também não era conhecido por cá, até que a guerra na Ucrânia passou a incluir Doel na lista de possíveis tópicos na nossa redacção.

A partir de Moscovo já se ouviram, várias vezes, declarações sobre armas nucleares. Embora Vladimir Putin e seus ajudantes continuem a recusar que estamos a caminhar para uma guerra nuclear, essa ameaça tem originado um grande aumento na procura por iodo – que poderá proteger as pessoas de um eventual envenenamento por radiação.

Na Bélgica, há pessoas “paranoicas” a correr até às farmácias para comprar iodo. E é na Bélgica que podemos visitar Doel, uma cidade que tem uma central nuclear.

Por partes. O “fenómeno” e o “abandono” estão relacionados com um anúncio do Governo flamengo: iria demolir praticamente todas as habitações em Doel por causa da expansão do porto de Antuérpia – cidade que fica do outro lado do rio Escalda.

Esses planos de expansão já foram anunciados em 1965. Três anos depois, em 1968, foi proibida a construção de casas ou outros edifícios naquela cidade.

Nessa altura, a previsão era clara: Doel vai desaparecer completamente. As pessoas venderam as suas casas, começaram a abandonar a cidade.

Os anos 80 foram mais tranquilos, a demolição deixou de ser assunto. Mas 30 anos depois, em 1995, nova mudança de ideias e a expansão do porto voltou a ser assunto, parecia que as obras iriam mesmo avançar. Casas demolidas e quase ninguém ficou a viver em Doel.

Os Governos locais foram mudando, os planos também e os próprios moradores (alguns) foram resistindo.

Mas a evacuação aconteceu mesmo. Doel, outrora uma cidade importante e agitada na zona da Flandres Oriental, agora tem menos de 20 habitantes.

Ou seja, as pessoas foram “obrigadas” pelas autoridades locais a sair, mas as obras de expansão do porto nunca foram realizadas.

Edifícios históricos foram destruídos, as casas ficaram (algumas), numa cidade que ficou quase vazia. Daí a “cidade fantasma”, que parece uma “paisagem de um filme pós-apocalíptico”.

E era realmente um “fenómeno pouco conhecido” até que, já durante a pandemia, o protagonista de um programa televisivo dedicado a viagens “alternativas” foi forçado a fazer viagens dentro da Bélgica.

Um dos sítios que mereceram atenção nessas emissões especiais foi Doel, que assim passou a ser muito mais popular – os turistas gostam de passear por uma cidade com uma central nuclear, que quase não tem habitantes e que parece um museu ao ar livre, carregando um passado de vandalismo, pilhagem e algumas raves. A polícia tem estado mais atenta, na zona. 

O anúncio político mais recente foi do ministro flamengo Matthias Diependaele: a expansão do porto de Antuérpia vai mesmo avançar – mas Doel fica.

https://zap.aeiou.pt/doel-cidade-fantasma-nuclear-evacuada-466554


As bactérias não enganam - Túmulo esculpido por Miguel Ângelo foi limpo com gel infundido com micróbios !


Os cientistas recorreram a três tipos de bactérias para removerem a terra e as manchas mais persistentes da obra de Miguel Ângelo.

Um túmulo da família Medici criada por Miguel Ângelo foi limpo com o recurso a um método inusitado — bactérias. A capela foi agora aberta ao público para se assinalar o 545.º aniversário do nascimento do artista renascentista, revela o The Guardian.

Miguel Ângelo foi comissionado para esculpir a Sacristia Nova, nas capelas dos Medici na igreja de San Lorenzo, em Florença, em 1520. Os restauradores estavam a ter dificuldades em limpar a terra e a sujidade que se foram acumulando.

O túmulo está adornado com esculturas que representam dois duques Medici — Giuliano di Lorenzo e Lorenzo di Piero — e ainda mais quatro figuras alegóricas que representavam diferentes períodos do dia, assim como uma Maddona e uma criança.

As heroínas desta missão de limpeza acabaram por ser bactérias. Durante oito anos, uma equipa restaurou o delicado monumento e recorreu a um gel com bactérias na fase final, para conseguirem remover as marcas de sujidade mais teimosas e difíceis de remover.

Os cientistas testaram 11 tipos de bactéria em mármore antes de decidirem que três variedades não-tóxicas — Serratia ficaria SH7, Pseudomonas stutzeri CONC11 e Rhodococcus sp. ZONT — seriam as mais adequadas para esta missão delicada.

A Serratia ficaria, uma bactéria que causa infeções urinárias, removeu a terra da tomba em apenas dois dias. Uma parte do sarcófago estava num estado particularmente mau, visto que albergou os restos mortais de Alessandro Medici, que governou Florença e foi assassinado, tendo sido colocado na tomba sem ser eviscerado, tal como era tradição para a família na altura.

Ao longo dos séculos, os líquidos orgânicos do corpo começaram a manchar a escultura de Miguel Ângelo. Mesmo com este desafio, o restauro foi terminado no ano passado e o túmulo foi apresentado ao público num evento da Academia de Artes de Desenho.

https://zap.aeiou.pt/bacterias-tumulo-miguel-angelo-limpo-466563

 

“Bully” e “mentiroso compulsivo" ! John Bercow foi banido para sempre do Parlamento Inglês !


O ex-presidente da Câmara dos Comuns do Reino Unido, John Bercow, foi banido para sempre do Parlamento depois de um painel independente ter concluído que ele agiu, no cargo, como um “bully” e “mentiroso compulsivo”.

Um relatório interno indica que o ex-presidente da Câmara dos Comuns do Reino Unido intimidou repetidamente os funcionários e que, portanto, deve ser impedido de receber um passe de acesso ao Parlamento. Uma interdição para toda a vida.

O painel de especialistas independentes confirmou as conclusões anteriores da comissária parlamentar para as normas de conduta, Kathryn Stone, aceitando as 21 queixas apresentadas contra John Bercow por três actuais e antigos colaboradores da Câmara dos Comuns.

As queixas foram apresentadas por Lord Lisvane, o ex-secretário mais antigo da Câmara dos Comuns, e pelos ex-secretários particulares de Bercow, Angus Sinclair e Kate Emms, como avança o The Times.

A investigação realizada ao longo de 22 meses, em torno do comportamento do político nos 12 anos que esteve no Parlamento, detectou insultos, humilhações e faltas de temperamento.

Assim, emitiu a recomendação de que Bercow deve ser proibido de obter um passe de acesso ao Parlamento de forma indefinida, ou seja, para sempre.

“A conduta do inquirido foi tão grave que, se ele ainda fosse deputado, teríamos determinado que deveria ser expulso por resolução da Câmara”, aponta o relatório.

Bercow fala em “perseguição vingativa”

Bercow qualificou as conclusões como o resultado de uma “perseguição vingativa”.

“O caso contra mim teria sido rejeitado por qualquer tribunal do país, uma vez que é baseado na mais frágil das evidências, enraizado em boatos e rumores infundados, e promovido por dogmáticos da velha escola, decididos a resistir à mudança a todo o custo e agora acertando algumas contas antigas comigo”, apontou o ex-presidente da Câmara dos Comuns.

Bercow, de 59 anos, tornou-se conhecido a nível mundial durante os debates parlamentares sobre o processo do Brexit, chegando a gritar com os deputados para controlar a ordem na Câmara.

https://zap.aeiou.pt/bercow-banido-parlamento-ingles-466403

 

Morreu o primeiro homem a receber um transplante de coração de porco !


David Bennet, a primeira pessoa a receber um transplante de um coração de porco, morreu na terça-feira, dois meses depois da cirurgia inédita, anunciou hoje o hospital de Maryland, onde o homem tinha sido operado.

O homem de 57 anos, morreu no Centro Médico da Universidade de Maryland, mas os médicos não revelaram a causa, afirmando apenas que a sua condição médica começou a deteriorar-se há vários dias.

O transplante aconteceu no início do ano, em 10 de janeiro, numa tentativa derradeira para salvar a vida de David Bennett e, na altura, a equipa médica responsável disse que o sucesso da cirurgia provava que um coração de um animal geneticamente modificado pode funcionar no corpo humano, sem rejeição imediata.

O filho de David Bennet elogiou a última tentativa do hospital, afirmando que a família espera que possa ajudar esforços futuros para responder à escassez de órgãos.

“Estamos gratos por todos os momentos inovadoras, todos os sonhos loucos, todas as noites não dormidas que este esforço histórico implicou”, sublinhou David Bennett Jr. num comunicado da Universidade citado pela agência norte-americana Associated Press, acrescentando que espera que “esta história possa ser o começo da esperança e não o fim”.

Esta cirurgia foi revolucionária, já que as tentativas anteriores de se fazer um transplante com um órgão animal rapidamente falhavam, com os pacientes a rejeitar o órgão transplantado.

No caso de David Bennet, os cientistas usaram um coração que tinha sido editado geneticamente para que os genes de porco fossem retirados, evitando assim a rejeição imediata e aumentando a probabilidade do corpo aceitar o novo órgão.

Tudo estava a funcionar bem e o hospital estava a emitir atualizações periódicas sobre a recuperação do paciente. Mesmo com a morte de Bennet, a cirurgia foi um grande avanço na Medicina e deu aos clínicos uma nova esperança sobre o uso de órgãos de origem animal nos transplantes para humanos, especialmente devido à enorme escassez de órgãos que limita a esperança de vida destes pacientes.

https://zap.aeiou.pt/morreu-homem-transplante-coracao-porco-466537

 

Armas termobáricas estão “claramente a ser utilizadas na Ucrânia” ! E armas químicas podem vir a seguir !


O Reino Unido diz que a Rússia confirma estar a usar armas termobáricas na Ucrânia. Este tipo de armamento usa o oxigénio para expandir o efeito da explosão.

As armas termobáricas foram usada pela primeira vez pelos Estados Unidos na guerra do Vietname, e um especialista ouvido pela TSF não tem dúvidas de que está a ser utilizada contra civis na Ucrânia.
A Rússia tem sido acusada, desde o início da invasão da Ucrânia, de usar bombas termobáricas, o que pode configurar um crime de guerra.

De acordo com o Ministério da Defesa do Reino Unido, Moscovo confirma o uso deste tipo de armamento no conflito. A convenção de Genebra proíbe a utilização contra civis das bombas de vácuo, o outro nome pelo qual é conhecida a arma termobárica.

O historiador da Academia Militar, António José Telo, explica que tipo de armamento está em causa.

“As armas termobáricas explodem na atmosfera, um pouco acima do solo, espalham um aerossol que se vai expandindo rapidamente na atmosfera, a partir de um momento em que encontra de oxigénio, até que atinja um ponto de expansão máxima. Nessa altura, explodem. A explosão é de grandes dimensões, tem efeitos incendiários e tem uma imensa onda de choque”, explica.

José Telo revela que as armas termobáricas foram utilizadas pela primeira vez pelos Estados Unidos da América na guerra do Vietname, mas não tinha civis como alvo.

O uso deste tipo de armamento contra civis é proibido pela generalidade dos acordos internacionais. O historiador não tem dúvidas de que estão a ser utilizadas na invasão da Rússia à Ucrânia.

“Claramente estão a ser utilizadas na Ucrânia em zonas de população. Posso dizer claramente porque vi uma reportagem em que aparecia um cidadão ucraniano a filmar na janela da sua casa, de noite e muito ao longe — qualquer coisa a 10 km de distância — viam-se explosões normais”, relata.

“E, de repente, estas explosões convencionais ficam completamente transformadas em anãs por uma gigantesca explosão. Pelo cogumelo que se forma, pela gigante explosão e pela cor que tem, nota-se claramente que é uma arma termobárica“, esclarece o historiador.
Rússia pode “usar armas químicas”

A Casa Branca diz que as denúncias “risíveis” e “falsas” do Kremlin sobre o apoio norte-americano a um programa de armas biológicas na Ucrânia pretendem “montar o palco” para as tropas russas recorrerem a esse tipo de armamento. “É um padrão evidente”, acusa Washington, segundo o Público.

O Governo dos Estados Unidos admitiu a possibilidade de o Exército russo vir a usar armamento químico na guerra com a Ucrânia e acusou o Kremlin de estar a “montar o palco” para esse cenário, recorrendo àquilo a que os norte-americanos descrevem como “propaganda russa clássica“, que já se viu na guerra na Síria.

Em causa está a narrativa promovida nos últimos dias por Moscovo – e apoiada, segundo a Casa Branca, por Pequim – de que os EUA teriam apoiado e financiado laboratórios ucranianos dedicados ao desenvolvimento de armas biológicas.

A Casa Branca afirmou que, para além de pretenderem “tentar justificar um ataque premeditado, não provocado e injustificável à Ucrânia”, correspondem a um “padrão evidente” das autoridades russas para recorrerem, elas próprias, a armas químicas.

“Agora que a Rússia fez estas denúncias falsas – e que, aparentemente, a China apoia esta propaganda – temos de estar atentos à possível utilização de armas químicas e biológicas pela Rússia, na Ucrânia, ou à criação de uma falsa operação clandestina para as usar”, alertou Jen Psaki, assessora de imprensa da Casa Branca, numa série de mensagens publicadas no Twitter, na quarta-feira à noite.

“É o tipo de operação de desinformação dos russos que temos vindo a assistir, repetidamente, ao longo dos anos, na Ucrânia e noutros países, mas que tem sido desmascarada”, acusou.

Antes, Maria Zakharova, porta-voz do Kremlin, tinha revelado que a Federação Russa tem na sua posse “documentos” que confirmam que o Ministério da Saúde da Ucrânia mandou destruir amostras de antraz, de cólera, de peste e de outros agentes patogénicos antes do início da “operação militar especial” da Rússia no país.

Segundo Moscovo, os documentos, não divulgados, foram apreendidos durante a invasão, e mostram uma “tentativa de emergência de apagar provas de programas militares biológicos” financiados pelos EUA.

O Ministério da Defesa russo deu ainda conta de uma operação de “provocação”, recorrendo a armas químicas, que está a ser preparada por “nacionalistas ucranianos”, na cidade de Kharkiv.

Citado pela Reuters, um representante do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, “negou firmemente todas as acusações” russas.

“É a Rússia que tem um histórico, antigo e bem documento, de utilização de armas químicas, incluindo tentativas de assassínio e envenenamento dos inimigos políticos de [Vladimir] Putin, como Alexei Navalny”, denunciou Jen Psaki.

“É a Rússia que continua a apoiar o regime de Assad, na Síria, que usou repetidamente armas químicas. É a Rússia que mantém, há muito tempo, um programa de armas biológicas, em violação do direito internacional“, insistiu a porta-voz de Joe Biden.

“Essa desinformação russa é um absurdo total e não é a primeira vez que a Rússia inventa tais falsas alegações contra outro país. Além disso, essas alegações foram desmascaradas de forma conclusiva e repetida ao longo de muitos anos”, indicou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, em comunicado, segundo o Jornal de Notícias.

Em causa está a tentativa da Rússia de justificar as “suas próprias ações horríveis na Ucrânia” através da invenção de falsos pretextos, segundo Price.

“Os EUA não possuem ou operam nenhum laboratório químico ou biológico na Ucrânia, estão em total conformidade com suas obrigações sob a Convenção de Armas Químicas e a Convenção de Armas Biológicas, e não desenvolvem ou possuem tais armas em nenhum lugar. (…) A Rússia tem um histórico de acusar o Ocidente dos mesmos crimes que a própria Rússia comete“, frisa o comunicado.

Em abril de 2020, a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) atribuiu ao Governo sírio a responsabilidade pelo uso de gás sarin e bombas de cloro na guerra civil da Síria.

A Federação Russa, aliada de Assad, e peça fundamental na reconquista militar de grande parte do território que as forças do Presidente Bashar al-Assad tinham perdido, rejeitou, no entanto, as acusações a OPAQ.

Tal como também negou ter participado ou apoiado as operações de envenenamento do opositor político Navalny, na Sibéria, e do antigo espião Serguei Skripal, na localidade inglesa de Salisbury, com o agente nervoso Novichok – uma arma química altamente tóxica, fabricada nas décadas de 1970 e 1980 na União Soviética.

https://zap.aeiou.pt/armas-termobaricas-estao-claramente-a-ser-utilizadas-na-ucrania-e-armas-quimicas-podem-vir-a-seguir-466636


Long covid atinge 10% a 20% dos infetados e é “imprevisível e debilitante” !


Entre 10% a 20% das pessoas com covid-19 sofrem de sintomas após recuperarem da fase aguda da infeção, uma condição “imprevisível e debilitante” que afeta também a saúde mental, alertou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Embora os dados sejam escassos, estimativas recentes apontam que 10 a 20% das pessoas com covid-19 experimentam doença contínua durante semanas ou meses após a fase aguda da infeção”, refere o Relatório Europeu da Saúde 2021 da OMS hoje divulgado.

Segundo o documento, esta situação conhecida por “long covid” ocorre em pessoas com um historial de infeção pelo SARS-CoV-2 geralmente três meses a partir do início da covid-19, com sintomas que duram pelo menos dois meses, sendo a fadiga, falta de ar e a disfunção cognitiva os mais comuns.

“A condição pós-covid-19 é imprevisível e debilitante e pode, posteriormente, levar a problemas de saúde mental, tais como ansiedade, depressão e sintomatologia pós-traumática”, alerta o capítulo do relatório dedicado à pandemia.

De acordo com o documento da OMS Europa, o que influencia o desenvolvimento e gravidade do long covid é, até agora, desconhecido, mas não parece estar correlacionado com a gravidade da infeção inicial por SARS-CoV-2 ou com a duração dos sintomas associados, sendo, porém, mais comum em pessoas que foram hospitalizadas.

“Espera-se que o número absoluto de casos aumente à medida que ocorrem novas ondas de infeção na região europeia e é necessária mais investigação e vigilância” a esta condição específica provocada pela covid-19, adianta ainda o documento.

O relatório sobre a Saúde na Europa, que é publicado a cada três anos, refere ainda que as medidas de contenção da pandemia, como os confinamentos, “influenciaram negativamente os comportamentos de saúde” da população europeia.

Estas restrições tiveram impacto nos padrões de consumo de álcool, tabaco e de drogas em “partes significativas da população”, registando-se também “um aumento do comportamento sedentário e alterações negativas” ao nível alimentar.

A OMS adianta também que o encerramento de escolas e universidades em diversos países, durante as fases mais críticas da pandemia, teve um “impacto no bem-estar mental” das crianças e adolescentes.

“Uma análise recente mostra um número significativo de crianças que sofrem de ansiedade, depressão, irritabilidade, desatenção, medo, tédio e distúrbios do sono”, alerta a OMS, ao avançar que o encerramento de escolas durante os picos da pandemia em 2020 e 2021 tem provocado perdas na aprendizagem e perturbação no desenvolvimento cognitivo de crianças e adolescentes.

“Os dados emergentes mostram perdas de aprendizagem correspondentes de um terço a um quinto de um ano letivo e foram reportadas mesmo em países com uma aplicação relativamente curta das medidas de saúde pública e sociais e o acesso generalizado à Internet. Isto sugere que as crianças fizeram pouco ou nenhum progresso enquanto aprenderam em casa”, sublinha a organização.

O relatório evidencia ainda que, devido à natureza do seu trabalho, os profissionais de saúde estão em maior risco de infeção por SARS-CoV-2 e a prevalência de infeção é ligeiramente maior entre os profissionais de saúde do que na população em geral.

“As estimativas atuais mostram que cerca de 10% dos profissionais de saúde foram infetados. Cerca de 50% destes eram enfermeiros e 25% eram médicos”, adianta o documento.

A covid-19 provocou pelo menos 6.011.769 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 21.267 pessoas e foram contabilizados 3.367.469 casos de infeção, segundo dados de hoje da Direção-Geral da Saúde.

https://zap.aeiou.pt/long-covid-atinge-10-a-20-infetados-466646


quarta-feira, 9 de março de 2022

Zelenskyy citou Shakespeare, Churchill e contou os 13 dias de “terror” na Ucrânia, no parlamento britânico


Foi a primeira vez que um líder estrangeiro falou na Câmara dos Comuns: “Não vamos desistir e não vamos perder. Vamos continuar a lutar até ao fim”, afirmou o Presidente ucraniano.

O Presidente da Ucrânia discursou esta terça-feira na Câmara dos Comuns do Reino Unido. Volodymyr Zelenskyy pediu o endurecimento das sanções contra a Rússia e repetiu o apelo para a criação de uma zona de exclusão aérea nos céus da Ucrânia.

“Não vamos desistir e não vamos perder. Vamos continuar a lutar até ao fim no mar, no ar. Vamos continuar a lutar pelo nosso país qualquer que seja o custo. Vamos lutar nas florestas, nos campos, na costa, nas ruas”, afirmou Zelensky, repetindo as palavras proferidas pelo ex-primeiro ministro britânico Winston Churchill, num dos discurso mais emblemáticos que fez durante a Segunda Guerra Mundial.

“Ser ou não ser? Durante 15 dias esta pergunta podia ter sido colocada, mas agora posso dar-vos uma resposta definitiva. Definitivamente sim, ser”, continuou usando uma das citações mais famosas de Hamlet, obra de William Shakespeare.
O líder da Ucrânia reiterou ainda o pedido de ajuda aos “países civilizados”. “Estou muito agradecido a si, Boris [Johnson]. Por favor aumente a pressão das sanções contra este país [Rússia] e por favor reconheça-os como um Estado terrorista. Por favor garanta que os céus ucranianos são seguros. Por favor garanta que faz o que precisa de ser feito e que a sua consciência lhe disser”.

Zelenskyy discursou por videochamada e em ucraniano (que foi traduzido em tempo real para os membros do parlamento). Esta foi a primeira vez que um líder estrangeiro interveio na Câmara dos Comuns. Este tipo de discursos ocorrem normalmente em Westminster Hall, segundo o Expresso.

“A Ucrânia não queria esta guerra. Somos o país que está a salvar pessoas apesar de ter de lutar um dos maiores exércitos do mundo”, sublinhou o líder ucraniano.

A intervenção foi antecedida e seguida por longas ovações de pé, numa Câmara dos Comuns cheia para a sessão que durou cerca de 15 minutos.

Nas intervenções que se seguiram, os líderes parlamentares de todos os partidos saudaram a coragem de Volodymyr Zelenskyy e do povo da Ucrânia.

Os 13 dias de guerra segundo Zelensky

Zelenskyy abriu o seu discurso a descrever os 13 dias do conflito. “Uma guerra que não começamos, que não queríamos, mas em que temos de travar porque não queremos perder o que temos, o que é nosso, tal como vocês não quiseram perder o vosso país quando os nazis vos atacaram durante a Segunda Guerra Mundial”.

“No dia um, às quatro da manhã, fomos atacados por mísseis cruzeiro. Toda a gente acordou e desde então não temos dormido“, começou.

“No segundo dia, as forças russas exigiram que nós baixássemos as nossas armas, mas nós continuamos a lutar e sentimos a força do nosso povo que se vai opor à ocupação até ao fim”.

“No dia seguinte, a artilharia começou a lutar contra nós”.

“No dia quatro, começamos a manter prisioneiros. Não temos estado a torturá-los. Permanecemos humanos mesmo no quarto dia desta guerra terrível”.

“No dia cinco, o terror contra nós continuou contra crianças e cidades. Os bombardeamentos tinham sido permanentes, incluindo contra hospitais, mas isso não nos vergou”.

“No dia seis, os mísseis russos caíram em Babi Yar, onde os nazis mataram milhares de pessoas durante a Segunda Guerra Mundial. Oitenta anos depois, os russos atacaram-nos pela segunda vez. Até as igrejas estão a ser destruídas pelos bombardeamentos”.

“No dia oito, vimos tanques russos a disparar contra as plantas nucleares. Todos puderam perceber que este ataque é contra toda a gente”.

“No dia nove, foi a conferência da NATO que não teve o resultado que queríamos. Sim, foi isso que sentimos. Sentimos que infelizmente nem sempre as alianças funcionam devidamente e que a zona de exclusão aérea não podia ser instituída”.

“No dia dez, os ucranianos começaram a protestar em massa e a parar as investidas armadas com as próprias mãos”.

“No dia onze, as crianças, percebemos que os ucranianos se tornaram heróis. Cidades inteiras, crianças, adultos”.

“No dia doze, as perdas do exército russo excederam os 10 mil mortos, incluindo um general. Isso deu-nos esperança que haverá algum tipo de responsabilização por essas pessoas em frente a um tribunal”.

“No dia treze, uma criança foi morta na cidade de Mariupol que estava sob ataque. [As forças russas] não permitiam a entrada de comida e água. As pessoas começaram a entrar em pânico. Mais de 50 crianças foram mortas. Estas são as crianças que podiam ter saído, mas estas pessoas tiraram-nas”.

Parlamento britânico reitera sanções contra Rússia

O final do discurso de Zelensky foi recebido com segunda ovação de pé por parte dos deputados britânicos.

Seguiram-se as intervenções dos líderes dos partidos com assento parlamentar. Todos reiteraram o compromisso do Reino Unido com o povo ucraniano, prometendo endurecer sanções, continuar a fornecer armas e a prestar assistência humanitária.

“Numa grande capital europeia, agora no alcance das armas russas, o presidente Volodymyr Zelenskyy permanece firme pela democracia e liberdade“, afirmou Boris Johnson.

“Neste momento, ucranianos normais estão a defender as suas casas e famílias contra um ataque brutal. E pelas suas ações estão a inspirar milhões com a sua coragem e dedicação”, continuou.

“Este é um momento para pormos as nossas diferenças de lado. A Grã-Bretanha e os nossos aliados estão determinados em continuar a pressionar [o regime russo]. E vamos aplicar todos os métodos que conseguirmos – diplomáticos, humanitários e económicos – até que o Vladimir Putin tenha falhado nesta desastrosa investida e a Ucrânia seja novamente livre”, concluiu o primeiro-ministro britânico.

“Ninguém o teria culpado [Zelensky] por fugir. Em vez disso ficou em Kiev, para liderar os ucranianos e lutar. Recordou-nos que a nossa democracia e liberdade são inestimáveis e levou o mundo a agir, quando demasiadas vezes deixamos Putin levar a sua avante”, considerou o líder do Partido Trabalhista Kier Starmer.

“Devemos fazer tudo o que conseguirmos para enviar apoio à Ucrânia e enviar a mensagem mais clara a Putin: que isto vai acabar em derrota para ele, que vai enfrentar a justiça no Tribunal Internacional”, disse Ian Blackford, líder Partido Nacional Escocês.

Já Ed Davey (Liberal Democratas) sublinhou que situação na Ucrânia deve servir de lembrete de que os valores de liberdade, democracia e segurança não devem ser tomados como garantidos. “Embora nesta Câmara discordemos de muitas coisas, aqui defendemos juntos esses valores”.

“A nossa resposta não vai ser julgada pelo volume ou força do nosso aplauso ao Presidente Zelenskyy”, defendeu por fim Jeffrey Donaldson, do Partido Unionista Democrático. “Vai ser julgada pelo volume ou força da nossa resposta ao seu pedido de ajuda”.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse, durante uma entrevista televisiva na segunda-feira, que não vai insistir na adesão da Ucrânia à NATO, uma das questões que motivaram oficialmente a invasão russa.

Num outro sinal de abertura a negociações com Moscovo, durante uma entrevista ao canal televisivo norte-americano ABC, Zelensky disse estar disponível para um “compromisso” sobre o estatuto dos territórios separatistas no leste da Ucrânia, cuja independência o Presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu unilateralmente, pouco antes de lançar o ataque militar.

NATO? “Percebi que não estava pronta para aceitar”

“Quanto à NATO, moderei a minha posição sobre esta questão há algum tempo, quando percebi que a NATO não estava pronta para aceitar a Ucrânia“, disse o líder ucraniano numa entrevista transmitida na noite de segunda-feira.

“A Aliança tem medo de tudo o que seja controverso e de um confronto com a Rússia”, explicou Zelenskyy, acrescentando que não quer ser o Presidente de um “país que implora de joelhos” por uma adesão à NATO.

Num outro sinal de abertura a negociações com Moscovo, durante uma entrevista ao canal televisivo norte-americano ABC, Zelenskyy disse estar disponível para um “compromisso” sobre o estatuto dos territórios separatistas no leste da Ucrânia, cuja independência o Presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu unilateralmente, pouco antes de lançar o ataque militar.

Por várias vezes, Putin disse que a adesão da Ucrânia à NATO constituía uma ameaça para os interesses de Moscovo, tendo exigido ao Ocidente que não expandisse a sua zona de influência militar junto das suas fronteiras.

O Presidente russo também reconheceu as duas autoproclamadas repúblicas separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia, exigindo agora que Kiev também as reconheça, de acordo com a TSF.

Questionado sobre esta exigência russa, durante a mesma entrevista televisiva, Zelenskyy disse estar aberto ao diálogo.

“Estou a falar de garantias de segurança. Penso que quando se trata destes territórios ocupados temporariamente (…), que só foram reconhecidos pela Rússia, (…) podemos discutir e chegar a um compromisso sobre o futuro destes territórios“, explicou o líder ucraniano.

“O importante para mim é como vão viver as pessoas que estão nestes territórios e que querem fazer parte da Ucrânia”, acrescentou Zelenskyy, considerando que a questão é “complexa”.

“Esse é outro ultimato e nós rejeitamos ultimatos. O que é necessário é que o Presidente Putin comece a falar, inicie um diálogo, em vez de viver numa bolha”.

https://zap.aeiou.pt/zelenskyy-citou-shakespeare-churchill-e-contou-os-13-dias-de-terror-na-ucrania-no-parlamento-britanico-466334


Kiev atormentada por explosões pouco antes do cessar-fogo


Kiev foi atormentada por várias explosões durante a madrugada. Ouviram-se ainda sirenes de ameaça de bombardeamento depois do início do cessar-fogo.

A Rússia voltou a prometer que vai cumprir o cessar-fogo para permitir a retirada de civis pelos corredores humanitários. A confirmação foi dada pelo chefe do Centro Nacional para o Controlo da Defesa da Rússia, que iria suspender os ataques a partir das 10h de Moscovo (7h em Portugal).

Assim, os corredores humanitários voltam reabrir numa tentativa de retirar civis de cinco cidades ucranianas: Kiev, Chernihiv, Sumy, Kharkiv e Mariupol.

Esta madrugada ficou marcada por várias explosões na capital ucraniana e nas áreas circundantes, sinais de bombardeamentos e combates aéreos.

Poucos minutos antes da hora prometida do início do cessar-fogo, ouviram-se sirenes em Kiev, perante nova ameaça de um ataque aéreo.

“Região de Kiev – alerta aéreo. Ameaça de ataque com mísseis. Toda a gente deve ir de imediato para os abrigos”, escreveu o governador da região, Oleksiy Kuleba, no Telegram.

O The Kyiv Independent escreve que os bombardeamentos em Sumy, ao longo desta madrugada, causaram 22 mortos, incluindo três crianças. Entretanto, o The Guardian escreve que já terá recomeçado a retirada de civis de Sumy.

“Uma série de explosões ruidosas ouvidas em Kiev e arredores agora. A cidade de Kiev lançou outro alerta de sirene para procurar abrigo imediatamente. As explosões são incessantes há três minutos”, escreveu no Twitter o correspondente da BuzzFeedNews, Cristopher Miller, esta madrugada.

As sirenes voltaram a soar já depois do início do cessar-fogo, às 9h locais. As cidades de Zhytomyr e Vasylkiv também estiveram em alerta perante um possível bombardeamento.

O Ministério da Defesa ucraniano diz que as cidades cercadas continuam sob “pesados bombardeamentos”.

Esta não é a primeira vez que se tentam estabelecer rotas de evacuação para civis, com as outras tentativas a falharem devido a uma alegada quebra de cessar-fogo por parte dos russos. Ainda assim, alguns milhares de pessoas conseguiram fugir da cidade de Sumy, no nordeste, na terça-feira.

https://zap.aeiou.pt/kiev-atormentada-explosoes-cessar-fogo-466342

 

“Limitação temporária de preços” e taxas à produção elétrica: O combate à crise energética !


Combate de emergência à crise energética pode passar pela “limitação temporária de preços” e por impostos extraordinários sobre os produtores elétricos.

A Comissão Europeia acredita que o momento de sobressalto dos mercados energéticos irá prolongar-se por 2023 e que a situação é grave o suficiente para recorrer a “medidas de emergência” que atenuem o efeito de contágio dos preços do gás à eletricidade, incluindo aplicar “limites temporários de preços”.

A Comissão irá “analisar todas as opções possíveis”, consultar todos as entidades relevantes e “propor ações nas próximas semanas”, lê-se na comunicação divulgada esta terça-feira, de acordo com o Público.

O executivo europeu procura lançar as bases de um programa para quebrar a dependência das importações russas, mas também dar respostas ao choque energético provocado pela guerra na Ucrânia.

Bruxelas, que vem defendendo há anos a liberalização dos setores energéticos e o aprofundamento do mercado interno, admite que se vivem “circunstâncias excecionais” e lembra que a legislação europeia permite aos Estados-membros intervirem nos mercados, regulando os preços para “as famílias e para as microempresas”.

Portugal é um dos casos em que as tarifas transitórias (ou reguladas) nunca chegaram a desaparecer (prevendo-se que sejam extintas apenas em 2025), além de ter também tarifas sociais de gás e eletricidade.

A Comissão admite ainda que vai “avaliar alternativas para otimizar o funcionamento do mercado elétrico grossista”, para que os consumidores possam “colher os benefícios da energia de baixo custo”, como as renováveis.

A maneira como o mercado europeu está desenhado faz com que sejam as tecnologias mais caras a definir o preço para uma determinada faixa horária, sempre que o solar, a eólica e a hídrica não chegam para cobrir a totalidade da procura.

Nos últimos meses, o encarecimento do gás usado nas centrais de ciclo combinado (acrescido da subida do custo das emissões de carbono) tem contribuído para elevar os preços grossistas.

De Espanha, por exemplo, têm chegado apelos para que se retire o gás natural do modelo de fixação de preços, algo que a Comissão, suportada pelos países do Norte da Europa, tem recusado.

Contudo, Bruxelas parece agora admitir que o efeito do gás natural nos preços elétricos, neste contexto de instabilidade agravada pela crise na Ucrânia, é uma situação que pode obrigar a ajustamentos no desenho de mercado.

O Governo de Pedro Sánchez também tentou taxar os chamados windfall profits (os lucros “caídos do céu”, na tradução livre) que alguns produtores de energia elétrica, com modos de produção mais baratos, conseguiram obter pelo facto de em algumas horas serem remunerados ao mesmo preço que as centrais a gás natural — nomeadamente os grandes produtores de hidroelectricidade e nuclear.

Na comunicação desta terça-feira, Bruxelas admite que os Estados-membros poderão taxar temporariamente os ganhos extraordinários dos outros produtores nas horas em que a tecnologia que marca o preço é o gás, usando as receitas “para financiar medidas de emergência” destinadas a aliviar no curto prazo as faturas de energia de consumidores e empresas.

O executivo comunitário apoia-se em cálculos da Agência Internacional de Energia (AIE) que dizem que este imposto temporário sobre “as rendas elevadas” pode garantir 200 mil milhões de euros adicionais aos cofres dos 27 Estados-membros.

“Estas medidas não devem ser retroativas, devem ser tecnologicamente neutras [aplicando-se a todas as tecnologias de geração] e permitir aos produtores que recuperem os seus custos”, lê-se no documento.

A Comissão adianta que pretende lançar um programa temporário de apoio à economia europeia neste contexto de crise agravada pela guerra na Ucrânia, à semelhança do que criou para enfrentar a pandemia da covid-19.

Este quadro de apoio excecional, que começará em breve a ser discutido com os Estados-membros (que irão reunir-se num Conselho Europeu, no final da semana), poderá incluir, “por exemplo, apoios de liquidez para todas as empresas direta ou indiretamente afetadas pela crise, e auxílios, em particular para consumidores eletrointensivos”.

Recurso a auxílios de Estado, apoios de tesouraria, incentivos à eficiência energética e investimentos em renováveis são algumas das panaceias elencadas no documento para ajudar as empresas europeias no curto prazo e, a médio e longo prazo, contribuir para reduzir a sua exposição à volatilidade dos mercados.

A Comissão salienta ainda que os Estados-membros poderão canalizar as receitas com os leilões de licenças de emissões de carbono, para “apoiar os consumidores nestes tempos difíceis”.

Segundo Bruxelas, entre janeiro de 2021 e fevereiro de 2022 os leilões geraram 30 mil milhões de euros em receitas para os cofres dos 27.

https://zap.aeiou.pt/limitacao-temporaria-de-precos-e-taxas-a-producao-eletrica-o-combate-a-crise-energetica-466341

 

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