quinta-feira, 12 de maio de 2022

Coreia do Sul prepara-se para tirar um ano de idade a cada cidadão !


Medida é uma das primeiras que o recente presidente do país pretende implementar e vem dar resposta aos pedidos da população.

A primeira semana de Yoon Seok-yeol no cargo de presidente da Coreia do Sul ficou marcada pelo anuncio de uma medida que está a dar que falar não só no país, mas no mundo devido ao seu conteúdo inusitado. De acordo com os meios de comunicação sul-coreanos, o novo presidente pretende alterar o sistema de contagem de idade atualmente em vigor, o que resultará na diminuição da idade de todos os cidadãos em um ano.

De acordo com o conceito de “idade coreana“, um recém-nascido tem imediatamente um ano quando nasce e o festejo do aniversário acontece no dia de Ano Novo. No entanto, tal método cria problema, a começar pelos bebés nascidos em dezembro, que podem passar a ter oficialmente dois anos quando, à luz dos critérios tradicionais, têm apenas semanas.

O objetivo do presidente é acabar com a “idade coreana” e fazer com que o país esteja alinhado com as restantes nações do mundo – de preferência, o mais rápido possível. Segundo Lee Yong-ho, chefe da comissão de transição do presidente, as diferenças nos cálculos resultam em “confusão persistente” e “custos sociais e económicos desnecessários“.

De acordo com o jornal Público, a pressão para regular a idade cresceu depois de as autoridades terem vacilado entre a idade tradicional e a idade coreana para determinar o acesso dos cidadãos à vacinação contra a covid-19. Algumas das pessoas não puderam, por exemplo, tomar dose de reforço por não terem a idade internacional necessária, mas precisavam de mostrar o comprovativo de vacinação de acordo com a “idade coreana”.
 
Anteriormente, os pais também tentavam retardar o registo dos filhos, sobretudo os nascidos em dezembro, por acharem que este gesto pode vir a prejudicar o seu percurso.

https://zap.aeiou.pt/coreia-do-sul-prepara-se-para-tirar-um-ano-de-idade-a-cada-cidadao-478256


Na Polónia, os refugiados ucranianos ciganos fogem da guerra e da discriminação !

Refugiados ucranianos na fronteira com a Polónia.
Nos dias que se seguiram à invasão russa, a Polónia foi notícia pela elevada disponibilidade que demonstrou em receber refugiados ucranianos. No entanto, a postura não é comum a todas as etnias.

Antes da invasão russa à Ucrânia, um edifício banal nas imediações do mercado medieval de Cracóvia funcionava como albergue que oferecia alojamento barato sobretudo a jovens europeus que atravessam o continente de mochila às costas. Agora, num contexto europeu totalmente diferente, é a casa de 80 refugiados ciganos ucranianos, quase todas mães com filhos. Como tal, é frequente o movimento de mulheres com alimentos, ao mesmo tempo que os elementos do exército norte-americano no país tentam encontrar os seus destinos nos mapas.

“Só queria que os proprietários se encontrassem connosco antes de nos rejeitarem”, disse ao The Guardian Nadia, de 42 anos, que fugiu da sua aldeia perto de Donetsk quando as bombas russas caíram sobre a casa da sua vizinha em março. Refugiou-se Polónia com a mulher do seu filho, Raiia, de 22 anos, a sua filha adulta, e com os sete netos.

Apesar de a mudança ter sido recente, as mulheres encontraram trabalho numa fábrica de processamento de carne, tal como outros refugiados ciganos, que atravessaram a fronteira para encontrar um lar.

Mariam Masudi, uma coordenadora no albergue, que trabalha para a a ONG Salam Lab, não tem problemas em apontar que eles indivíduos “enfrentam discriminação“. “Os ciganos não são admitidos nos outros pontos de acolhimento. Ninguém lhes quer alugar um espaço para ficar. Não conheço ninguém que tenha conseguido estabelecer-se na Polónia. Aqueles que conseguiram sair do albergue mudaram-se para o estrangeiro“.

Os números oficiais sugerem que a população cigana da Ucrânia se situa nos 400.000 indivíduos, embora os especialistas encarem tal valor como uma estimativa baixa. Na realidade, ninguém sabe quantos ciganos ucranianos chegaram à Polónia, aponta Hanna Machińska, ativista pelos dos direitos civis na Polónia.

“Estas são grandes famílias intergeracionais, algumas de 30 pessoas. A maioria não tem um plano preciso do que vai ser o seu futuro quando chegam à Polónia”, descreve. “Esta situação requer ajuda institucional. Os cidadãos não são capazes de mobilizar apoio para grupos tão grandes de pessoas”.

No entanto, a ajuda institucional não tem sido prestada. A maior parte do apoio tem sido coordenada por indivíduos independentes e ONG’s, diz Joanna Talewicz-Kwiatkowska, antropóloga da Universidade de Varsóvia, responsável pela criação do grupo de Facebook, Polónia-Roma-Ucrânia, no início da guerra. “Queríamos recolher informações sobre pessoas que necessitavam de ajuda, comunicar com órgãos centrais e encontrar pessoas prontas a acolher refugiados ciganos”, diz ela. “Não pensámos que toda a responsabilidade pela situação fosse transferida para nós”.

Até o próprio albergue da Nadia só foi possível graças a um doador privado nos EUA, que alugou o espaço até 15 de Maio. Essa data é muitas vezes repetida entre as mulheres sentadas no átrio do albergue. “E depois o quê, expulsam-nos?” pergunta uma delas. Esta é uma pergunta a que Karol Wilczyński, diretor do Laboratório Salam, não consegue responder. “Sem apoio governamental, não conseguiremos. Não há maneira”, diz ele.

Os refugiados ciganos enfrentam não só uma falta de apoio, mas também uma discriminação direta, tanto por parte dos prestadores de ajuda como dos outros refugiados ucranianos. O facto de grande parte da ajuda ser prestada por voluntários mobilizados de forma independente e não pelo governo significa que é difícil assegurar a igualdade de tratamento das minorias.

“Nos primeiros dias da guerra, vimos os polacos fazerem grandes gestos de solidariedade para com os refugiados da Ucrânia”, lembra Talewicz-Kwiatkowska, membro dos ciganos polacos. “Nessa altura, nunca teria imaginado que estaríamos aqui a falar de discriminação ou desumanização, mas é isso que estamos a ver“.

De acordo com Talewicz-Kwiatkowska, foi recusado aos ciganos o acesso ao transporte e aos recursos oferecidos pelos voluntários que acolhem refugiados na fronteira. “Os ciganos foram expulsos dos pontos de acolhimento, onde se disse que estavam a roubar roupa para depois a vender. Também recebemos informações de famílias e grupos de ciganos que foram afastados dos carros e autocarros que ofereciam transporte”, diz ela.

“Encontrar alojamento foi outro desafio, porque quando alguém não quer ter ciganos no seu carro, pode imaginar que não os vai querer convidar debaixo do seu próprio tecto“.

Masudi diz que os ciganos que fogem da Ucrânia enfrentam frequentemente discriminação também por parte de outros refugiados. “Quando vêem os ciganos no ponto de recepção, os outros refugiados dizem uns aos outros para esconderem os seus pertences, de forma audível. Os ciganos na Ucrânia já estavam habituados a enfrentar a discriminação e o que eles experimentam na Polónia é a continuação disto“, aponta.

Nadia recorda que chegou a Lviv, o pessoal da estação de comboios não permitia que ela e a sua família entrassem na área de embarque reservada às mulheres e crianças que esperavam viajar para a Polónia. “Às mulheres ucranianas foi permitido que entrassem com os seus animais de estimação“, diz. “Mas não me quiseram deixar entrar”. Não acreditavam que eu fosse uma refugiada de Donetsk”.

Só depois de ter mostrado os seus documentos, que provavam que tinha vindo do leste, foi autorizada a embarcar no comboio. “Mas mesmo assim, [os oficiais] não me davam nenhum dos alimentos que estavam a dar aos refugiados”, diz ela.

A melhor opção para os ciganos a residir no albergue seria ir para o oeste do continente europeu, diz Masudi, nomeadamente para países “mais diversificados, onde se misturariam”. Embora Talewicz-Kwiatkowska tenha sido capaz de coordenar com organizações ciganas na Suécia e na Alemanha para organizar alojamento, muitos indivíduos estão relutantes em aceitar as ofertas. “Eles não querem estar longe da Ucrânia – esperam poder voltar para casa em breve”, diz ela.

Outros também têm medo de confiar na ajuda estrangeira. “Após a guerra na Jugoslávia, muitos ciganos tornaram-se vítimas de traficantes de órgãos, pelo que alguns têm medo de que a situação se repita“.

Nadia está consciente dos estereótipos que a seguem, mas espera, ao instalar-se na Polónia, ser capaz de os provar como estes estão errados. “Quando uma pessoa cigana rouba algo, ou é vidente, então as pessoas pensam que somos todos assim”, diz . “Mas eu não sei ser cartomante, então o que posso fazer? Tudo o que sei é trabalhar”.

https://zap.aeiou.pt/na-polonia-os-refugiados-ciganos-ucranianos-fogem-da-guerra-e-da-discriminacao-478006

 

Paraguai: Procurador que combatia crime organizado foi assassinado durante lua-de-mel !


Marcelo Pecci era especializado no combate contra o crime organizado. Casou-se há duas semanas e foi assassinado na Colômbia.

O procurador paraguaio especializado no combate contra o crime organizado Marcelo Pecci foi assassinado na terça-feira numa ilha perto da cidade colombiana de Cartagena das Índias, onde estava em lua-de-mel, segundo a embaixada do Paraguai em Bogotá.

“É um facto muito recente, estamos cientes da situação, estamos em contacto com as autoridades da Polícia Nacional Colombiana da cidade de Cartagena”, asseguraram à agência de notícias EFE fontes da embaixada.

O assassínio ocorreu numa praia da ilha de Barú, que fica a cerca de 40 minutos de barco, de acordo com as fontes, que disseram que o crime estava a ser investigado.

Marcelo Pecci, um dos mais importantes procuradores do Paraguai, casou-se com a jornalista paraguaia Claudia Aguilera em 30 de abril. O casal estava a passar a lua-de-mel na ilha de Barú, no mar das Caraíbas.

“As autoridades de investigação criminal e de inteligência estão na zona com a senhora [Claudia Aguilera] e já estão a tomar todas as medidas convenientes e a realizar a investigação”, disse a embaixada.

A Polícia Nacional da Colômbia, que ainda não deu pormenores oficiais da investigação, garantiu que o diretor, general Jorge Luis Vargas, está a viajar para região caribenha de Cartagena.

Vargas disse que a polícia já está em contacto com o Ministério Público do Paraguai e que também conversou “com as autoridades dos Estados Unidos para que também se juntassem à equipa que a Colômbia e o Paraguai formaram para levar os responsáveis à justiça o mais rápido possível“.

https://zap.aeiou.pt/paraguai-procurador-organizado-lua-de-mel-478127


Rússia não quer guerra na Europa - Mas… “É preciso derrotar a Rússia ? Tirem as vossas conclusões” !


Ministro dos Negócios Estrangeiros não está preocupado sobre a venda dos combustíveis fósseis: “O Ocidente que pague mais a outros”.

A Rússia não quer iniciar uma guerra com vários países europeus, assegurou Sergey Lavrov.

“Se estão preocupados com a perspetiva de uma guerra na Europa, não queremos isso de todo”, assegurou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, nesta quarta-feira.

No entanto, Lavrov frisou a repetição de uma ideia proveniente de países ocidentais: é preciso derrotar a Rússia.

“Chamo a vossa atenção para o facto de o Ocidente estar constante e persistentemente a dizer que, nesta situação, é necessário derrotar a Rússia. Tirem as vossas próprias conclusões”, declarou.

Durante esta conferência de imprensa realizada em Omã, o responsável de Moscovo disse que não está preocupado com o facto de a Rússia ter deixado de exportar o seu gás e petróleo para muitos países.

Há outros interessados. E, além disso: “Deixemos o Ocidente pagar mais do que pagava habitualmente à Federação Russa, e deixemo-los explicar às suas populações porque é que se vão tornar mais pobres”.

No terreno e nos negócios

As forças russas continuam a centrar-se na zona Leste da Ucrânia, com bombardeamentos em Sloviansk em Lviv.

Fora do contexto militar, a Ucrânia conseguiu baixar em 25% a passagem de gás russo para a Europa, indica a agência Reuters.

O ponto de passagem em Sokhranivka foi encerrado. Este era um dos locais principais de distribuição de gás russo para a Europa – mas passou a estar integrado numa zona ocupada pelas forças russas, a região de Lugansk.

https://zap.aeiou.pt/russia-nao-quer-guerra-europa-478135

 

A infame família Marcos vai voltar ao poder nas Filipinas - Mas o que significa isso para o país ?

Bongbong Marcos
Ferdinand Marcos Júnior, filho do antigo ditador com o mesmo nome, deverá obter uma vitória esmagadora nas eleições presidenciais das Filipinas, de acordo com uma primeira contagem não oficial de votos. É o regresso ao poder da família mais infame da história recente do país.

Bongbong Marcos, como é conhecido, obteve mais do dobro dos votos do seu principal adversário, a actual vice-presidente das Filipinas, Leni Robredo, na primeira contagem dos votos, segundo os meios de comunicação locais citados pela agência francesa AFP.

Os resultados referem-se a quase metade das 70.000 mesas de voto do país, de acordo com a imprensa filipina que cita a Comissão Eleitoral.

Nesta eleição de uma volta, um candidato só precisa de obter mais votos do que os seus rivais para vencer.

A confirmar-se a vitória, Marcos Jr., de 64 anos, substituirá o controverso Rodrigo Duterte como Presidente das Filipinas por um único mandato de seis anos.

O pai do candidato, Ferdinand Marcos, foi deposto em 1986, após uma revolução popular que pôs fim a um regime corrupto e despótico de 21 anos. Marcos morreu em 1989, no Havai.

Com uma população de mais de 111 milhões de pessoas, maioritariamente católicas, a antiga colónia espanhola das Filipinas é um arquipélago do Sudeste Asiático com mais de 7.000 ilhas e ilhéus.

Bongbong pede para ser julgado pelas “acções” e não pelos “antepassados”

Já depois das notícias sobre a sua vantagem nas urnas, Bongbong Marcos, visitou o túmulo do pai no Cemitério Nacional dos Heróis em Manila. “O 10º e o 17º Presidentes da República das Filipinas”, escreveu no Instagram onde publicou imagens do momento.

Numa nota oficial à imprensa, Bongbong Marcos pediu para ser julgado pelas suas “acções” e não pelos seus “antepassados”, prometendo também que será “um presidente para todos os filipinos”, conforme declarações citadas pela BBC.

O regresso dos Marcos ao poder pode acontecer com uma maioria absoluta histórica nas eleições presidenciais das Filipinas, algo que nenhum candidato anterior tinha conseguido.

Será um marco impressionante para o filho do ditador que foi deposto há décadas e cuja dinastia ficou marcada pela corrupção e por abusos dos direitos humanos.

Marcos “roubaram” milhões aos filipinos

Marcos pai e a família, incluindo um Bongbong com 28 anos, fugiram para o exílio no Havai em 1986 depois de uma revolta popular que o depôs do poder.

Durante os 21 anos no poder, a família Marcos terá desviado entre 5 a 10 mil milhões de dólares dos cofres públicos.

A Comissão Presidencial de Boa Governança (PCGG) que foi criada nas Filipinas após a revolta de 1986, só conseguiu recuperar cerca de um terço desses milhões, incluindo joias, pinturas valiosas e os famosos sapatos de Imelda, a mãe de Bongbong.

Ainda se tenta recuperar o resto e não se espera agora que, com a chegada de Bongbong ao poder, haja muito esforço nesse sentido.

Também há a questão das dívidas fiscais de milhões dos Marcos, outro processo onde Bongbong poderá ter intervenção decisiva.

Durante a campanha eleitoral, o filho do ditador apresentou mais promessas do que propostas concretas, nomeadamente falando em continuar a guerra de Duterte contra as drogas, mas dando a entender que usará métodos menos violentos.

Mas além da questão da corrupção, com os Marcos como o rosto do pior do país neste âmbito, há ainda os temas dos direitos civis e da própria liberdade de imprensa

Ninguém sabe muito bem como vai Bongbong actuar neste âmbito, mas há mais receios do que esperanças. Até pela história do regime do seu pai que impôs a Lei Marcial, com terríveis abusos aos direitos humanos e perseguições aos adversários.

Desinformação para “reabilitar” nome da família

Durante a campanha eleitoral, Bongbong fugiu aos debates com os outros candidatos e recusou dar entrevistas. Assim, conseguiu evitar perguntas desconfortáveis sobre o passado da família, apostando antes numa campanha de desinformação nas redes sociais.

O The Washington Post destaca que o provável futuro Presidente das Filipinas apostou em “reabilitar” o nome da família Marcos através de “uma elaborada campanha de revisionismo histórico”, mostrando o regime do seu pai como uma era “dourada” de prosperidade e sem crime.

Essa campanha passou pela publicação de vídeos manipulados no YouTube e republicados nas redes sociais com o intuito de convencer os filipinos de que, no fundo, os Marcos foram injustiçados.

A investigadora Fatima Gaw do Departamento de Pesquisa em Comunicação da Universidade das Filipinas refere à BBC que há “um espectro de mentiras e distorção nestes vídeos”.

“Há uma negação total das atrocidades da era marcial. Há também muita distorção, alegações de progresso económico durante os chamados anos dourados das Filipinas”, nota ainda Gaw.

Além disso, Bongbong alimentou-se do mito de que a família Marcos tem uma riqueza imensa escondida em offshores, incluindo barras de ouro, para distribuir pelo povo filipino assim que voltar ao poder.

Face a este cenário, espera-se que Marcos continue a sua caminhada de branqueamento da reputação da família, enquanto tentará protegê-la de quaisquer responsabilidades pelos crimes cometidos no passado.

Aliança com a família Duterte

Bongbong beneficiou, nas urnas, da frustração da população com a incapacidade dos Governos pós-Marcos em melhorarem as condições de vida.

Além disso, ganhou com a divisão de votos entre os nove candidatos anti-Marcos.

Aos olhos das massas, Bongbong surge como o candidato “da mudança”, “prometendo felicidade e união a um país cansado de anos de polarização política e dificuldades pandémicas, e faminto por uma história melhor”, como constata a BBC.

Por outro lado, a aliança com a família Duterte também foi decisiva para o triunfo do filho do ditador.

Essa aproximação entre duas das famílias mais poderosas da história recente das Filipinas permitiu a Marcos recuperar um certo estatuto perante o povo – note-se que Duterte é tão temido quanto amado entre as massas.

A filha do ainda presidente das Filipinas, Sara Duterte, é candidata a vice-presidente numa eleição que se faz separadamente da votação do presidente.

Sara também é muito popular no país e deve ser candidata presidencial em 2028, o que perpetuará o legado de duas das mais poderosas dinastias do país.

A chegada de Bongbong ao poder também leva a prever que o novo Presidente das Filipinas protegerá Duterte de um possível processo no Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade cometidos durante a sua guerra brutal contra as drogas, com milhares de pessoas executadas.

https://zap.aeiou.pt/familia-marcos-poder-filipinas-478117

 

quarta-feira, 11 de maio de 2022

Produzir mais petróleo: EUA pediu, Brasil recusou !


Governo norte-americano perguntou à Petrobras se poderia aumentar a produção. Diplomacia não define o trabalho.

Pouco depois do início da guerra na Ucrânia, o Governo dos Estados Unidos da América tentou que o Brasil aumentasse a sua produção de petróleo. Não conseguiu.

A agência Reuters divulga que, em Março, pessoas do Governo de Joe Biden questionaram responsáveis da Petrobras, empresa responsável pela produção de petróleo no Brasil, se a produção de petróleo poderia ser reforçada – o Brasil é o nono maior produtor de petróleo no planeta.

Os norte-americanos queriam desde cedo tentar arranjar soluções, devido ao eminente (e entretanto confirmado) aumento generalizado dos preços, sobretudo no sector da energia.

A Petrobras negou esse pedido. Explicou que a produção de petróleo é definida pela estratégia de negócios e não pela diplomacia. Além disso, a nível logístico, os brasileiros não conseguiam aumentar a produção a curto prazo.

No entanto, a médio prazo a produção vai ser de mais 500 mil barris por dia, até 2026. Um plano já previsto pela empresa.

A empresa estatal brasileira (cujos responsáveis asseguram que o Governo de Brasília não interfere no seu funcionamento) recusou esclarecer se foi contactada por algum elemento ligado ao governo dos EUA; mas negou a existência de reuniões com representantes do Departamento de Estado de Washington.

As posturas e opiniões são diferentes (sobre a guerra e não só) mas Biden e seus aliados tentam melhorar as relações com Jair Bolsonaro, presidente do Brasil. Tudo para tentar controlar as consequências económicas do conflito. Recorde-se que, logo no início do conflito, Bolsonaro recusou condenar publicamente a invasão à Ucrânia, ao contrário dos EUA.

A nível interno, o Governo dos EUA tem tentado igualmente aumentar a produção de petróleo. A nível externo, houve conversas com a Venezuela também, com o mesmo objectivo.

https://zap.aeiou.pt/brasil-recusou-produzir-mais-petroleo-478045

 

Os astronautas do Canadá serão responsabilizados pelos crimes que cometam no Espaço !


Medida que passará a fazer parte da legislação do Canadá já figurava nas regras da Estação Espacial Internacional, ainda que a sua aplicação fosse dúbia.

Para muitos, a imensidão do espaço pode ser sinónimo de uma imensidão onde as regras são difíceis de se impôr. No entanto, os legisladores do Canadá estão apostados a reverter esta noção, através do chamado conceito de lei e a ordem.

Na semana passada, o Parlamento do país propôs uma medida que, essencialmente, impedirá legalmente que os astronautas canadianos cometam crimes na lua ou enquanto estiverem em órbita. Na medida, que foi introduzida a meio caminho do projeto de lei de execução do orçamento federal do governo canadiano de 2022, pode ler-se: “Um membro da tripulação canadiana que, durante um voo espacial, comete um ato ou omissão fora do Canadá que, se cometido no Canadá, constituiria um delito indiciável, é considerado como tendo cometido esse ato ou omissão no Canadá“.

A lei acrescenta que o mesmo é verdade para crimes cometidos “na superfície da lua”. Por outras palavras, se for um canadiano que comete um crime no Espaço, será processado como qualquer outro canadiano que se encontra na Terra.

Embora esta medida seja vista como um golpe para os astronautas que esperavam, talvez, conduzir um veículo de exploração lunar acima o limite de velocidade, a lei não surge do nada. O Canadá juntou-se recentemente à NASA, à Agência Espacial Europeia (ESA) e à Agência de Exploração Aeroespacial do Japão como membros do projeto Lunar Gateway – uma missão para lançar uma pequena estação espacial internacional em órbita à volta da Lua, com o objetivo de apoiar operações de superfície lunar, tais como a próxima missão Artemis. Presumivelmente, a medida irá ajudar a manter os astronautas canadianos na linha.

Esta medida representará no Canadá um quadro legal que já existe na Estação Espacial Internacional (ISS).

“A regra básica é que ‘cada parceiro (país) deve preservar a jurisdição e controlo sobre os elementos que regista e sobre o pessoal da Estação Espacial que sejam seus cidadãos”. “Este regime legal reconhece a jurisdição dos tribunais dos Estados Parceiros e permite a aplicação de leis nacionais em áreas tais como assuntos criminais, questões de responsabilidade e proteção dos direitos de propriedade intelectual”.

Por outras palavras, um russo que infringe uma lei no espaço está sujeito à lei russa, um americano à lei americana, e assim por diante.

Todas estas regras já foram postas à prova. De facto, em 2019 a astronauta americana Anne McClain foi acusada de ter cometido o primeiro crime no espaço. Durante a sua estadia a bordo da Estação Espacial Internacional foi acusada de utilizar um computador da NASA para entrar ilegalmente nas contas bancárias pessoais da sua ex-mulher.

A agência espacial norte-americana defendeu a reputação da astronauta antes de lançar uma investigação sobre o incidente – acabando por descobrir que as alegações contra McClain eram falsas. A ex-mulher de McClain, que apresentou as queixas, foi posteriormente acusada por prestar declarações falsas às autoridades federais.

https://zap.aeiou.pt/a-partir-de-agora-os-astronautas-do-canada-serao-responsabilizados-pelos-crimes-que-cometam-no-espaco-477492

 

Um mundo sem palavras-passe ? A Apple, Google e Microsoft já estão a trabalhar nesse sentido !


Envio de palavras-passe por e-mail ou mensagens é visto como um gesto perigoso que dificulta a segurança das contas. Como tal, as principais empresas já trabalha tendo em vista a adoção de uma norma comum que permita aos utilizadores prescindirem das senhas.

Na última quinta-feira, o mundo celebrou um dia que poderá ter passado despercebido a muitos face à ausência de repercussão nos meios de comunicação , mas que num futuro próximo pode deixar de fazer sentido. De facto, no Dia Mundial da Palavra-Passe as principais empresas de tecnologia do mundo comprometeram-se a acabar com a exigência destes códigos, promovendo formas mais seguras e avançadas de garantir a segurança dos utilizadores da internet.

As três empresas partilharam planos para apoiar uma norma comum de entrada sem recurso a palavras-passe, nomeadamente a criada pela FIDO Alliance e pelo World Wide Web Consortium. Estas empresas já dispõem de opções de entrada sem palavra-passe, mas normalmente exigem que os utilizadores entrem em cada website ou aplicação antes de poderem utilizar a funcionalidade sem palavra-passe.

Durante o próximo ano, as gigantes tecnológicas planeiam expandir este método e permitir aos utilizadores acederem automaticamente às suas credenciais de entrada no FIDO sem terem de entrar em todas as contas. Os utilizadores poderão também utilizar dispositivos móveis de autenticação FIDO para iniciar sessão numa aplicação ou website num dispositivo próximo, independentemente do sistema operativo ou navegador que estejam a executar.

“Este marco é uma prova do trabalho de colaboração que está a ser feito em toda a indústria para aumentar a proteção e eliminar a autenticação baseada em palavra-passe, que já está desatualizada”, explicou o diretor sénior de gestão de produtos da Google Mark Risher. “Para a Google, este período representa quase uma década de trabalho que fizemos em conjunto com a FIDO, como parte da nossa inovação contínua rumo a um futuro sem senhas“.

A FIDO, uma associação industrial aberta que procura criar alternativas às palavras-passe tradicionais, descreveu a autenticação apenas por palavra-passe como “um dos maiores problemas de segurança” na internet. Isto porque muitos utilizadores acabam por reutilizar a mesma palavra-passe em vários serviços, o que pode levar a violações de dados e a aquisições de conta.

Os parceiros dizem que através de capacidades alargadas baseadas em normas, os utilizadores podem iniciar sessão nas contas e aplicações, utilizando a mesma ação que tomam para desbloquear os seus dispositivos, tais como uma impressão digital ou um PIN de dispositivo. A FIDO diz que este método é  mais seguro do que senhas ou “tecnologias de multifactores herdadas”, tais como senhas únicas tradicionalmente enviadas através de correio eletrónico ou texto.

“A ubiquidade e a usabilidade são fundamentais para ver a autenticação multifator adotada à escala, e aplaudimos a Apple, Google e Microsoft por ajudarem a tornar este objectivo uma realidade, comprometendo-se a apoiar esta inovação de fácil utilização nas suas plataformas e produtos”, disse Andrew Shikiar da FIDO Alliance CMO.

“Esta nova capacidade representa a introdução de uma nova onda de implementações FIDO de baixa fricção juntamente com a utilização contínua e crescente de chaves de segurança  — dando aos fornecedores de serviços uma gama completa de opções para a implementação de autenticação moderna e resistente ao phishing“, acrescentou Shikiar.

Muitos peritos em segurança estão a defender métodos de autenticação sem senha para minimizar o risco de violações. Contudo, Craig Lurey, CTO e co-fundador da empresa de segurança informática Keeper Security, disse ao Silicon Republic que “por muito que inovemos, as senhas estão aqui para ficar”.

https://zap.aeiou.pt/um-mundo-sem-palavras-passe-a-apple-google-e-microsoft-ja-estao-a-trabalhar-nesse-sentido-477738

 

Os vtubers são os influencers do futuro (mas não passam de avatares virtuais !

Lil Miquela, influencer virtual

Influencers criados com recurso a avatares são cada vez mais uma aposta das grandes empresas que pretendem monitorizar a cultura de “tribo” existente em torno das personagens.

Quando em 2019, Lil Miquela percorria os bastidores do festival Coachella, na Califórnia, para entrevistar alguns dos artistas mais badalados da edição, nada parecia anormal ou diferente do trabalho que os restantes jornalistas costumavam fazer. No entanto, nesta descrição falta um elemento importante, já que esta não se trata de uma pessoa, mas de uma personagem 3D que se comporta naturalmente.

Lil Miquela é, na realidade, é um dos principais rostos do fenómeno “vtubers” ou “influenciadores” virtuais, uma tendência que começou no Japão e que originalmente provinha do anime, mas que já atravessou as fronteiras e acumulou milhões de seguidores em todo o mundo. E isto, estimam os especialistas, é apenas o começo. De forma simplificada, os ‘vtubers’ são avatares animados, quase sempre do sexo feminino, mas o seu comportamento é idêntico ao dos ‘youtubers’ convencionais: falam com as câmaras sobre diferentes tópicos, mostraram como jogar determinado jogo de vídeo ou promover uma determinada marca.

Além disso, não estão limitados ao YouTube e também podem ser vistos em redes como o Twitch, Instagram, TikTok ou Xiaohongshu (este último só está disponível na China). Mais: a forma como ganham dinheiro é a mesma que os tradicionais ‘youtubers’, através da monetização de conteúdos e patrocínios.

É precisamente o que faz a própria Lil Miquela. A sua presença Coachella foi na realidade uma colaboração com o YouTube Music, à semelhança do que já havia feito com empresas como a Samsung e marcas de luxo como a Prada e a Burberry. A sua criação remonta a 2016, por via da start-up Brud, que conseguiu atingir uma valorização de 125 milhões de dólares antes de ser comprada pela Dapper Labs. O seu caso é um dos mais bem sucedidos, mas também paradigmático da tendência, onde por detrás destas personagens existe quase sempre uma empresa.

“Os projetos são geralmente lançados por um criador visual individual, um estúdio de design ou uma empresa que os lança como campanha para gerar retorno económico com eles”, explica Cristóbal Álvarez, professor na ESIC e especialista em marketing e mercados asiáticos ao jornal espanhol El Confidencial. “Têm muito sucesso entre os adolescentes, que criam quase uma espécie de religião à sua volta e vêem-se algumas coisas realmente loucas. São comunidades muito fortes e unidas.

O fenómeno começou há uma década no Japão, um país onde é comum a animação desempenhar um papel importante em comparação com personagens reais, algo que ajuda a explicar o boom. Ami Yamato, considerada a primeira ‘vtuber’, começou a carregar vídeos em 2011, embora hoje tenha um impacto muito modesto em comparação com os que lhe seguiram.

O chefe de tendências do YouTube, Kevin Allocca, explicou à BBC que o fenómeno “começou a ganhar forma no final de 2017 e continua a crescer”. Contudo, hoje em dia é difícil estabelecer quantos criadores deste tipo existem ou quanto dinheiro movimentam, uma vez que quase não existem dados sobre o assunto.

Um dos casos de maior sucesso foi o de Kizuna AI. A sua popularidade disparou em 2018, quando excedeu um milhão de seguidores. Hoje em dia tem vários canais e, neles, têm mais de seis milhões de seguidores. Conseguiu também espalhar as suas audiências por todo o mundo e não apenas pela Ásia, como é normalmente o caso.

O fenómeno é tal que um destes criadores, Momosuzu Nene, foi incluído num ranking na edição japonesa da revista “Playboy” há algumas semanas. Também a Netflix, consciente do apelo que estas personagens podem ter entre os fãs do anime, lançou o seu próprio vtuber, a N-ko Mei Kurono. “É a nossa embaixadora oficial da Netflix Anime”, explicou a empresa, que lhe deu um espaço onde interage com os seus fãs. A Barbie, entretanto, estava à frente do seu tempo e lançou a sua própria criadora digital em 2015, que já tem 10 milhões de seguidores no YouTube.

Mas porque estão as empresas tão empenhadas? “Elas sabem como chegar às suas comunidades e produzir o conteúdo que funciona melhor no momento certo, porque lidam com narrativas que só este tipo de comunidade conhece. E, claro, fazem-no muito bem, o que é a chave para tudo”, responde o professor da ESIC.

Os tentáculos do fenómeno espalharam-se também pelos Estados Unidos e pela América Latina, onde já existem dezenas de criadores com milhões de seguidores. “A Ásia está a ter uma influência cada vez maior na América Latina, seja na economia ou na cultura, porque a consideram parte da estratégica”, descreve Álvarez.

Mas, como fazer um avatar?

Mas como é que estas personagens funcionam na realidade? Geralmente, através de animação em tempo real, onde os movimentos mais importantes são os do rosto, do corpo e das mãos. Frequentemente, há uma pessoa do outro lado que dirige o avatar através de sensores, que podem ser físicos (conhecidos como ‘mocaps’) ou óticos (por exemplo, uma câmara que capta os movimentos e os reproduz).

Claramente, criar uma ‘vtuber’ de qualidade é mais caro – pelo menos no início – do que ter um humano a falar com a câmara. É o preço a pagar por não se ter as limitações de uma pessoa: não se cansa, não se é pago, não entra em controvérsia e pode manipular-se completamente o seu discurso. O investimento pode começar em 10 mil euros para um modelo inicial. A partir daí, o custo aumenta dependendo do nível de realismo que se pretende atingir.

Ao contrário de um adolescente que começa a gravar-se no seu quarto com o seu telemóvel, o preço destas ferramentas significa que não estão ao alcance de todos, a menos que sejam uma pessoa com conhecimentos técnicos. “Normalmente, o resultado é bastante diferente em termos de qualidade, movimento, locuções…. É bastante notável”, acrescenta Álvarez, referindo-se a casos amadores. No entanto, existem aplicações gratuitas que fornecem resultados aceitáveis, tais como Avatoon, Star Idol ou Zepeto.

Mas poderão os criadores virtuais acabar por ser uma alternativa aos seres humanos? O diretor da Avataria, uma empresa espanhola de criação de avatares,  sublinha que os avatares “podem ser tão humanos como se quer”, pois podem ser gerados mais perto de um desenho animado ou de uma pessoa real em termos de estética, “mas também podem transmitir sentimentos”. “O que não parece real produz rejeição”, contrapõe.

É esta questão que leva Álvarez a considerar que, atualmente, “não podem substituir um criador de carne e sangue”. Para este especialista, a chave reside na ligação com o público, que tem vindo a aumentar, mas está muito longe daquele que estrelas como Ibai Llanos ou Auron Play podem alcançar. “Uma coisa é tornar-se moda e gerar comunidades de milhões de dólares, mas o fator humano está perdido. Talvez daqui a 20 anos a programação esteja a um nível diferente, mas neste momento não vejo a opção como viável“.

https://zap.aeiou.pt/testando-a-fronteira-da-virtualidade-e-da-realidade-os-vtubers-sao-os-influencers-do-futuro-477950

 

Embaixador russo em Varsóvia atacado com tinta vermelha !

Manifestantes na Polónia impediram Sergei Andreyev de colocar flores no mausoléu, em honra dos soldados soviéticos. Depois do ataque, o embaixador gritou à multidão que estava orgulhoso de Putin.

O embaixador russo na Polónia, Sergei Andreyev, foi atacado esta segunda-feira, em Varsóvia, por pessoas que lhe atiraram com tinta vermelha durante uma cerimónia do Dia da Vitória contra a Alemanha nazi, em 1945.

Imagens de vídeo partilhadas no Twitter mostram o diplomata com o rosto e a roupa manchados de vermelho, com várias pessoas à sua volta no cemitério da capital polaca, em honra dos soldados soviéticos.

Alguns dos manifestantes tinham bandeiras ucranianas e lençóis brancos com manchas vermelhas, simbolizando as vítimas ucranianas da guerra iniciada pela invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro, segundo as agências de notícias internacionais.

Alguns dos elementos da comitiva da embaixada também ficaram salpicados com a tinta. Os manifestantes impediram o embaixador de colocar flores no mausoléu em honra dos soldados soviéticos.

A embaixada russa tinha anunciado que se absteria de eventos públicos fora das suas instalações por recomendação das autoridades polacas, mas Andreyev e uma pequena comitiva acabaram por se deslocar ao cemitério.

Depois do ataque, Andreyev gritou à multidão que estava orgulhoso do Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Antes de abandonar o local sob proteção da polícia, o diplomata disse que as regiões de Donetsk e Lugansk “não pertencem à Ucrânia”, segundo a agência espanhola EFE. Posteriormente, Andreyev disse que não tinha ficado ferido e condenou o ataque de que foi alvo.

“Eu nem sei como lhe chamar. Este é algum tipo de jogo que nada tem a ver com as regras de comportamento civilizado que os nossos parceiros ocidentais, incluindo os polacos, gostam tanto de nos ensinar”, disse, citado pela Ria-Novosti.

O Governo russo anunciou que “manifestou um forte protesto” junto das autoridades de Varsóvia e denunciou a violência de “extremistas com total inação da polícia”.

Numa nota citada pela agência TASS, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo disse que exigiu que o Governo polaco “organizasse imediatamente” uma cerimónia para homenagear os soldados soviéticos.

A porta-voz do ministério, Maria Zakharova, considerou que o incidente em Varsóvia prova que “no Ocidente foi traçado um curso para a reencarnação do fascismo“.

O Cemitério dos Soldados Soviéticos em Varsóvia foi construído pouco depois do fim da Segunda Guerra Mundial para sepultar mais de 20.000 soldados do Exército Vermelho mortos entre 1944 e 1945.

Desde que a guerra começou na Ucrânia, o sentimento antirrusso tem sido exacerbado na Polónia, que permaneceu na órbita de Moscovo de 1945 a 1989.

A Rússia e a Ucrânia pertenciam ao mesmo Estado, a União Soviética, quando o regime nazi de Adolf Hitler foi derrotado na Segunda Guerra Mundial, mas estão em guerra 77 anos depois.

https://zap.aeiou.pt/embaixador-russo-em-varsovia-atacado-com-tinta-vermelha-477896


terça-feira, 10 de maio de 2022

“Descoberta misteriosa”: Bíblia do tamanho de uma moeda descoberta em sala secreta de biblioteca britânica !


Biblioteca já manifestou a sua disponibilidade para receber visitantes que estejam interessados em consultar a obra e, assim, recolher mais informações sobre a sua possível origem.

O confinamento provocado pela pandemia da covid-19 deixou milhões de pessoas circunscritas às suas casas e a maioria dos espaços públicos vazios, longe da azáfama que anteriormente os caracterizava. As bibliotecas não foram exceção e o tempo em que permaneceram encerradas permitiu a descoberta de exemplares raros e que há muito se julgavam perdidos.

Por exemplo, uma miniatura da Bíblia apareceu na Biblioteca Central de Leeds, localizada na maior cidade do condado de West Yorkshire, durante este mesmo período. O pequeno livro sagrado inclui tanto o antigo como o novo testamento e foi impresso em 876 páginas no que correspondia ao tamanho de selo. No entanto, ninguém sabe de onde veio o tesouro miniatura.

Com apenas 50 milímetros 35 milímetros, cerca do tamanho de uma moeda de duas libras do Reino Unido, estima-se que a bíblia tenha sido impressa em 1911. De acordo com um relatório do Daily Mail, Rhian Isaac, bibliotecário sénior de colecções especiais da Biblioteca Central de Leeds, disse que ninguém tem a certeza de onde veio o livro, com 876 páginas: “é um pouco misterioso, na verdade“.

Um artigo do site Biblio.com aponta que cerca de 200 livros em miniatura sobreviveram desde o século XVI, incluindo “46 bíblias”. Em 1819, William Pickering (1796-1854) começou a produzir em massa livros miniatura, pelo que pouco depois as editoras concorrentes começaram a publicar também milhares de miniaturas. De acordo com o livro de Doris Varner Welsh de 1987 The History of Miniature Books, na última metade do século XIX, a imperatriz Eugenie, esposa de Napoleão III , possuía uma coleção de livros em miniatura que, segundo consta, continha “entre 1800 e 2000 volumes”.

A pequena Bíblia descoberta em Leeds foi um dos 3.000 curiosos artefactos redescobertos durante os confinamentos da covid-19, com a maior parte dos quais a terem sido doados, acredita-se. Desta forma, as origens da Bíblia em miniatura de Leeds permanecem envoltas em mistério.

Também entre as descobertas estava uma cópia de 1497 da Crónica de Nuremberga, aponta o Ancient Origins. Esta enciclopédia altamente ilustrada da história mundial não só inclui um guia de cidades antigas cristãs e seculares, como apresenta uma série de criaturas mitológicas de todo o mundo.

Os bibliotecários esperam agora que a minúscula Bíblia em Leeds, e todos os outros artigos encontrados com ela, sejam apreciados por todos os visitantes e não apenas por académicos e investigadores.

A biblioteca anunciou que após um contacto telefónico a manifestar interesse em visitar o espaço, os funcionários podem expôr os exemplares e mostrá-los a grupos. O bibliotecário Rhian Isaac lembra  também que os livros foram feitos “para leitura” e que encorajam as pessoas a entrar para os ver, em vez de os fecharem à chave.

Esta oferta ao público não se destina apenas a mostrar o livro e atrair novas receitas turísticas: os funcionários da biblioteca esperam ainda que alguém possa aparecer com informações sobre a origem da livra Bíblia miniatura.

https://zap.aeiou.pt/descoberta-misteriosa-biblia-do-tamanho-de-uma-moeda-descoberta-em-sala-secreta-de-biblioteca-britanica-477661

 

Homem que morreu com o coração de porco estava infetado com vírus suíno !


O cirurgião responsável pelo transplante admitiu que o vírus pode ter contribuído para a morte de David Bennett, que recebeu o coração de porco.

David Bennett recebeu um transplante de coração de porco geneticamente modificado, e morreu dois meses depois da cirurgia inovadora.

O norte-americano recebeu o órgão infetado com um citomegalovírus suíno, o que pode ter contribuído para a sua morte, a 8 de março.

David Bennett, de 57 anos, foi a primeira pessoa a viver graças a um órgão de porco. Na altura, a operação foi um sucesso, mas o estado de saúde do paciente começou a piorar um mês e meio depois.

Bartley Griffith, cirurgião que liderou o transplante, revelou a deteção do citomegalovírus durante uma palestra organizada pela American Society of Transplantation, a 20 de abril.

“Estamos a começar a descobrir porque é que ele morreu. Talvez o vírus tenha sido o ator que desencadeou tudo”, explicou, citado pela revista norte-americana MIT Technology Review, segundo o Diário de Notícias.

“Para nós, ele era um paciente, não uma experiência. Tudo o que ele queria era viver. Na verdade, era um homem muito engraçado. A caminho da operação, ele olhou para mim e disse: ‘tem a certeza de que não posso conseguir um coração humano?'”, relatou o cirurgião, defendendo-se das críticas.

David Bennett concordou em fazer a cirurgia experimental, depois de ter sido considerado inelegível para receber um coração humano. O paciente estava diagnosticado com uma doença cardíaca grave.

O porco de onde foi retirado o coração foi alterado geneticamente, para eliminar um gene que produz um açúcar específico. De outra forma, o corpo do paciente teria rejeitado o órgão, com uma forte resposta imune.

A alteração genética foi realizada pela Revivicor, uma empresa de biotecnologia, que também forneceu o porco usado num transplante de rim inovador, num paciente em morte cerebral em Nova Iorque, em outubro.

O órgão foi mantido numa máquina de preservação antes da cirurgia, enquanto a equipa utilizava medicamentos convencionais antirrejeição, para evitar que o sistema imunitário rejeitasse o órgão.

Cerca de 110 mil norte-americanos estão à espera de um transplante de órgão e mais de 6 mil morrem a cada ano à espera de um, de acordo com dados oficiais.

https://zap.aeiou.pt/homem-que-morreu-com-o-coracao-de-porco-estava-infetado-com-virus-suino-477797


Coreia do Sul adere à defesa cibernética da NATO - China não está contente !


Na semana passada, uma agência de inteligência da Coreia do Sul tornou-se a primeira da Ásia a aderir ao grupo de defesa cibernética da NATO.

Esta tomada de decisão da agência sul coreana arrisca aumentar as tensões internacionais com a super-potência que é a China.

O Serviço Nacional de Informações da Coreia do Sul (NIS) informou ter sido admitido no Cooperative Cyber Defence Centre of Excellence (CCDCOE) da NATO — um centro de ciberdefesa, segundo a Time.

O grupo surgiu em maio de 2008 em Tallinn, na Estónia, e foca-se na investigação e exercícios de cibersegurança, tal como o nome indica.

“As ameaças cibernéticas estão a causar grandes danos, não só a indivíduos, mas também a nações diferentes e a nível transnacional, pelo que uma cooperação internacional unida é crucial”, justificou o NIS.
 
Em resposta, Hu Xijin, editor do The Global Times, do Partido Comunista Chinês, publicou no Twitter que a jogada foi uma afronta a Pequim e fala mesmo em guerra na Ásia. “Se a Coreia do Sul enveredar por um caminho de hostilidade contra os seus vizinhos, o fim desse caminho poderá ser uma Ucrânia”, lê-se.

No contexto da invasão russa da Ucrânia, a admissão da Coreia do Sul no grupo de defesa cibernética parece refletir a determinação dos aliados americanos em dar resposta às crescentes ameaças de Moscovo e Pequim, nomeadamente, que têm apoiado as ações de Vladimir Putin.

A 29 de abril, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China saudou os laços com a Rússia como “um novo modelo de relações internacionais“.

No entanto, não é claro se a NATO foi motivada pelos acontecimentos na Ucrânia para finalmente assinar a adesão da Coreia do Sul.

O NIS apresentou a sua candidatura de adesão ao grupo em 2019, e participou nos dois mais recentes Locked Shields — os maiores exercício internacionais de cibersegurança do mundo.

Do CCDCOE fazem agora parte 27 países membros da NATO e cinco participantes que não pertencem à instituição.

Sean O’Malley, cientista político da Universidade de Dongseo em Busan, sublinha que a adesão da Coreia do Sul é “o culminar de uma evolução muito lenta, ao longo da última década, para que a cibersegurança seja reconhecida como uma ameaça realmente séria”.

Apesar de acolher algumas das maiores empresas tecnológicas mundiais, como a LG e a Samsung, a Coreia do Sul tem estado surpreendente atrasada em relação ao cibercrime — só lançou uma Estratégia Nacional de Segurança Cibernética sob a administração de Lua Jae-in em 2018.

A Coreia do Sul é, no entanto, o principal alvo de ciberataques na zona DMZ — é uma sub-rede física ou lógica que contém e expõe serviços de fronteira externa de uma organização a uma rede maior e não confiável, normalmente a Internet.

Um conjunto de 6.800 agentes norte-coreanos está envolvido em fraude, chantagem e jogos online que, em conjunto, geram cerca de 860 milhões de dólares anualmente, de acordo com o Instituto da Coreia para a Democracia Liberal em Seul. Muitos dos ataques têm origem no interior da China.

E quer seja ou não motivada pelo apoio de Pequim à Rússia, a mudança aproxima certamente os aliados americanos.

“Esta é mais uma capacidade em que a China preferiria que a Coreia do Sul fosse tão independente quanto possível“, conclui O’Malley.

https://zap.aeiou.pt/coreia-do-sul-adere-defesa-cibernetica-nato-477493


O braço político do IRA venceu - Sinn Féin fala em “nova era” após conquista histórica na Irlanda do Norte !


A vitória histórica dos nacionalistas do Sinn Féin é o sinal de uma reviravolta na política da Irlanda do Norte — e já se fala num possível referendo à reunificação com a República da Irlanda.

Pela primeira vez em 101 anos, o Sinn Féin pôde celebrar a vitória nas eleições na Irlanda do Norte. O partido nacionalista que era o braço político do IRA vai assim ter a maioria do parlamento e poderá apontar a vice-presidente partidária, Michelle O’Neill, ao cargo de primeira-ministra.

O partido conseguiu 27 dos 90 lugares do parlamento. O Partido Unionista Democrático (DUP), que historicamente governa esta nação que integra o Reino Unido ficou em segundo lugar, com 24 deputados.

Outra das surpresas da noite vai para o Partido da Aliança, centrista e com tendência liberal. O partido não se assume nem nacionalista nem unionista e duplicou a sua representação parlamentar, elegendo 17 deputados.

“Hoje é o início de uma nova era. Independentemente das origens religiosas, políticas ou sociais, o meu compromisso é fazer a política funcionar”, prometeu a líder do Sinn Féin, que pode vir a ser a primeira católica ao leme da Irlanda do Norte.

A vitória do Sinn Féin é particularmente importante dado o contexto histórico. Fundada em 1921, a Irlanda do Norte foi palco de uma violenta guerra civil conhecida como The Troubles entre os republicanos do IRA, que queriam a reunificação com a República da Irlanda, e os unionistas, que defendiam a permanência no Reino Unido.

A religião foi também um grande ponto de contenção no conflito que matou mais de 3000 pessoas, com os republicanos a serem maioritariamente católicos enquanto que os unionistas eram protestantes.

O conflito chegou ao fim com o Acordo de Sexta-Feira Santa (1998), acordo esse que foi também uma das grandes dores de cabeça nas negociações do Brexit, devido ao receio de que o regresso de uma fronteira dura entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda reacendesse o conflito.
Referendo à reunificação à vista?

Dado que a unificação da Irlanda do Norte com a República da Irlanda é a maior bandeira política do Sinn Féin, esta vitória despoletou especulações sobre um possível referendo.

Mas o primeiro-ministro da República da Irlanda, Leo Varadkar, não acredita que uma reunificação esteja à vista e acha que a vitória do Sinn Féin “não aproxima necessariamente” o país de um referendo sobre esta questão, especialmente tendo em conta que o partido terá de negociar com o DUP para governar.

Para além disto, a nomeação de O’Neill ainda não é certa, já que o DUP tem de concordar com a escolha e apontar um vice-ministro-chefe — no sistema da Irlanda do Norte, estes cargos têm de ser partilhados entre os partidos mais votados e o poder dos dois é equivalente.

A Lei da Irlanda do Norte de 1998, que foi criada depois da assinatura do Acordo de Sexta-feira Santa, também estabeleceu que a Irlanda do Norte ficaria no Reino Unido e que não sairá “sem a aprovação da maioria do povo da Irlanda do Norte“.

A legislação determina ainda que o Secretariado da Irlanda do Norte em Londres tem de concordar com a convocação de um referendo se a opinião pública parecer favorável à reunificação das Irlandas, relata a BBC.

Este factor é um trunfo para os nacionalistas, que podem argumentar que a vitória do Sinn Féin reflecte uma tendência crescente na população para o apoio à reunificação. Apesar disto, as sondagens mostram ainda que a maioria dos irlandeses do norte quer continuar no Reino Unido.

Por causa destes obstáculos, é provável que, por enquanto, a vitória do Sinn Féin seja simbólica e que um referendo ainda não esteja para vir.

https://zap.aeiou.pt/o-braco-politico-do-ira-venceu-sinn-fein-fala-em-nova-era-apos-conquista-historica-na-irlanda-do-norte-477692


“Tenho vergonha dos meus netos”: o cartaz que originou prisão na Rússia !


Canais de televisão alvos de ataque informático, com “recados”. Hoje, São Petersburgo voltou a ser Leninegrado.

9 de Maio. No denominado Dia da Vitória, as paradas militares na Rússia multiplicam-se ao longo desta segunda-feira, como é habitual.

Esta data assinala a vitória da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) sobre a Alemanha de Hitler, na II Guerra Mundial, há 77 anos.

Para reforçar a ideia de regresso à União Soviética, muito repetida desde que começou a guerra na Ucrânia, o canal televisivo Russia-24 referiu-se a São Petersburgo como Leninegrado (o seu nome anterior) e a Yekaterimburgo como Sverdlovsk (também a sua designação durante a era soviética).

Entre os festejos e os gritos de glória ao país e aos seus militares, apareceu (pelo menos) um cartaz dissidente.  

Um russo, jovem, exibiu um cartaz em Novosibirsk, com uma fotografia a preto e branco de outro homem a tapar a cara, envergonhado, e com o símbolo da bandeira da União Soviética no canto.

No cartaz lia-se: “Tenho vergonha de vocês, meus netos. Nós lutámos pela paz, vocês escolheram a guerra” – seria uma frase (ou real, ou criada) de alguém que lutou durante os tempos da URSS e que condena a invasão à Ucrânia.

O homem foi detido pelas autoridades, informa o canal NEXTA.

Também a 9 de Maio – e não será coincidência – alguns meios de comunicação social na Rússia foram alvos de ataque informático.

De acordo com o Nexta, da Bielorrússia, houve ataques a quatro canais e operadoras de televisão locais: MTS, NTV +, Rostelecom e Wink.

Nos guias de programação, lia-se o recado: “Vocês têm sangue nas mãos. Milhares de ucranianos e centenas dos seus filhos foram mortos. A televisão e as autoridades mentem. Não à guerra”.

https://zap.aeiou.pt/cartaz-prisao-russia-477657


segunda-feira, 9 de maio de 2022

Meios de comunicação russos acusam Ucrânia de usar “magia negra” !


Os meios de comunicação russos alegam que a Ucrânia está a usar “magia negra” para impedir a invasão do Presidente Vladimir Putin.

O órgão de comunicação social estatal russo RIA Novosti cita Ekaterina Dycerelatou, investigadora de culto, para relatar que as forças armadas ucranianas na região oriental de Donbass praticam, alegadamente, magia negra.

O relatório explicava que teriam sido encontrados “sinais” de magia negra na sede da artilharia ucraniana, na periferia de uma aldeia chamada Trekhizbenka, em Luhansk.

O RIA Novosti publicou imagens daquilo a que chamou um “selo satânico” que foi alegadamente encontrado nas paredes do quartel-general de uma unidade militar.

Dyce contou ao jornal russo que o sinal era um símbolo mágico, “constituído por muitas linhas de interseção”, segundo a Newsweek.

“O que significa é difícil de dizer com certeza, mas nele pode-se ver tanto o sinal invertido de anarquia como parte do signo “CC”, runa zig, como também é claramente visível no setor extremo esquerdo do círculo a letra hebraica “zayin”, escrita em alemão, que significa espada ou arma”, explica Dyce.

A especialista acredita que o símbolo é um “símbolo mágico de forças negras”, que combina as ideias de anarquia, armas e símbolos fascistas.

Dyce realçou ainda que o símbolo foi desenhado num movimento contínuo das mãos, e que aponta para a sua “natureza oculta”.

Sputnik, uma agência noticiosa apoiada pelo Kremlin, relatou igualmente que “vestígios de rituais de magia negra” tinham sido descobertos num quartel-general militar ucraniano abandonado em Donbass, afirmando que tinha sido encontrado um “símbolo mágico de forças negras” na parede.

A RIA Novosti noticiou também que foi encontrado um documento com informações sobre perdas em Donbass, coberto em sangue.

“Havia marcas de sangue no documento, apesar de não haver tais vestígios em mais lado nenhum”, relata. O relatório surge num momento em que o avanço russo continua a debater-se com a resistência ucraniana.

Segundo o jornal estatal Vedomosti, Sergey Kiriyenko, um alto funcionário russo, ordenou recentemente aos governadores regionais que não prometessem uma vitória rápida da Rússia ou que encorajassem falsas expectativas de que a ofensiva de Putin na Ucrânia acabaria em breve.

Mais de dois meses desde que Putin ordenou aquilo a que chama uma “operação militar especial” na vizinha Ucrânia, a Rússia parece estar cada vez mais a sofrer de escassez de oferta, com a moral das tropas em baixo, e várias perdas militares.

Numa atualização dos serviços secretos na segunda-feira, o Ministério da Defesa britânico disse ser provável que mais de um quarto dos grupos táticos do batalhão russo na guerra na Ucrânia tenham “tornado o combate ineficaz“.

“Algumas das unidades de maior elite da Rússia, incluindo as Forças Aéreas VDV, sofreram os mais altos níveis de atrito”, relata a atualização. “Levará provavelmente anos até que a Rússia reconstitua estas forças”.

https://zap.aeiou.pt/comunicacao-russa-acusa-ucrania-magia-negra-477298


A Google está apostada em derrubar o TikTok – Mas a estratégia pode sair-lhe caro !


A Alphabet anunciou resultados positivos para o projeto de Shorts do Youtube, mas reconhece que o formato é preferido apenas por criadores de conteúdos amadores, os mesmos que dispõem de menos recursos.

Das principais redes sociais do mundo, o TikTok é a que mais preocupação gera nos Estados Unidos da América. Não para os seus dirigentes, mas para os empreendedores tecnológicos, que vêm o domínio que outrora tiveram fugir-lhes das mãos. De facto, a aplicação chinesa é a única das principais a não pertencer ao grupo Meta, pelo que muitos já a tentaram replicar, com mais ou menos sucesso.

O YouTube já se lançou na luta com um clone, o Shorts, de forma a viralizar vídeos curtos. Embora tenha sido bem recebido no último ano – quadruplicou a sua utilização -, isto também poderá ter sido um tiro no pé para a plataforma. Por agora, o novo conteúdo não rentabiliza e, além disso, canibaliza os vídeos que sempre foram o verdadeiro negócio do YouTube.

O Shorts foi lançado no final de 2020, embora tenha demorado algum tempo a ser plenamente implementado em todos os países. Trata-se de uma funcionalidade implementada na própria aplicação para o carregamento de vídeos curtos, com a duração máxima é de um minuto. Na verdade, alguns vêem-no como um regresso às suas origens, quando o amadorismo e a brevidade eram os seus pontos fortes.

A obsessão pode ser compreendida com recurso a números. A Alphabet, empresa mãe do YouTube e Google, relatou resultados piores do que o esperado para o primeiro trimestre. As expectativas eram de que a plataforma de vídeo conseguisse receitas de 7,51 mil milhões de dólares, mas vieram a provar-ser 9% inferiores.

A plataforma chinesa é já a sexta rede social mais utilizada no mundo em 2021, com 1 bilião de utilizadores mensais, segundo o relatório “Digital 2022 Global Overview” da Hootsuite. O YouTube continua no topo e, para além de ter 2.562 milhões de seguidores, é também o líder na captação de atenção. Neste parâmetro, chave da concorrência entre estas empresas, a TikTok está imediatamente atrás e cada vez mais próxima: a primeira consegue reter em média 23,7 horas por visitante, enquanto a segunda já está às 19,6.

É também importante compreender quem está por detrás destas figuras. Embora o YouTube tenha uma audiência mais ou menos espalhada por todos os grupos etários, o TikTok concentra 43% da sua audiência com menos de 24 anos e quase três quartos da sua audiência tem menos de 34 (o estudo, a propósito, não tem em conta os menores). Além disso, se o público das suas plataformas envelhecer, há sempre um espectro que se aproxima: o de se tornar o Facebook.

“A TikTok gerou uma competição nunca antes vista entre as empresas intocáveis do Vale do Silício. O seu sucesso mostra que os utilizadores se ligam a uma plataforma sem ter em conta a sua origem geográfica, mas sim o que ela lhes traz”, diz Pedro Crespo, gestor digital da agência 3AW e especialista em redes sociais. Neste sentido, acredita que a luta pode não só vir em termos de inovação, “mas que podem procurar uma guerra geopolítica em que os dados e políticas chinesas encham as manchetes até os utilizadores verem TikTok com desconfiança”. De facto, o ex-presidente Donald Trump já tentou proibi-lo nos EUA.

Quando os resultados foram anunciados, a Alphabet celebrou os bons números alcançados pelo formato Shorts, que conseguiu quadruplicar o número de visualizações em relação ao ano anterior, atingindo 30 mil milhões por dia. O CEO Sundar Pichai observou que “há mais pessoas a criar conteúdo no YouTube do que nunca”. É inegável que este é um número muito bom por ter apenas um ano de idade, mas é também um pouco dopado, uma vez que o Shorts não incluiu qualquer tipo de publicidade. Isto é algo que obviamente funciona a favor de mais utilizadores.

Para atrair os criadores, o YouTube criou um fundo de 100 milhões de dólares para o Shorts, que é o mesmo modelo de remuneração que o TikTok segue. Agora que está disponível, o próprio Pichai reconheceu que terão de implementar publicidade no formato. “Estamos a testar a monetização do Shorts, e os primeiros comentários dos anunciantes e resultados são encorajadores”, disse o CEO, detalhando que estão concentrados em “colmatar a lacuna” com as promoções tradicionais do YouTube.

Um dos problemas tem sido também o facto de não se terem interessado pela maior parte do bolo, que são aqueles que ganham mais dinheiro na plataforma. É importante lembrar que o algoritmo de TikTok é mais atrativo para os recém-chegados, que podem virar em apenas algumas horas, mesmo que tenham muito poucos seguidores. Isto é o oposto do modelo do YouTube, onde o número de subscritores e opiniões sempre foi crucial para alcançar audiências mais poderosas. A jogada agora é recompensar qualquer um que tenha algum “compromisso” com os grandes.

“Para os pequenos criadores de conteúdos, o Shorts dá-lhes muita visibilidade, mas os grandes são cautelosos e não se concentram nele, pelo que se limitam a despejar um fragmento dos vídeos que já fizeram”, explica Crespo. “Eles não souberam como implementar a estratégia que queriam levar a cabo”, diz ele, antes de sublinhar que os mais conhecidos “não vão carregar um vídeo para uma plataforma que os está a prejudicar quando se pode ter outra rede social que o irá beneficiar”.

https://zap.aeiou.pt/a-google-esta-apostada-em-derrubar-o-tiktok-mas-a-estrategia-pode-sair-lhe-caro-477283

 

Lula da Silva lança candidatura à presidência a pensar na reconstrução do Brasil !


Lula da Silva lançou oficialmente, este sábado, a sua recandidatura ao Palácio do Planalto para as eleições de outubro.

O ex-Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva apresentou, este sábado, a sua candidatura às eleições presidenciais, para as quais todas as sondagens o colocam como o principal favorito à frente do atual mandatário, Jair Bolsonaro.

“É um momento muito especial na minha vida, especial por contar com vocês, por ter conseguido pela primeira vez unir todas as forças políticas progressistas em torno da minha campanha”, disse Lula numa cerimónia num centro de convenções em São Paulo, perante cerca de 4.000 apoiantes.

Lula da Silva justificou a entrada na corrida eleitoral para “reconstruir” o país após a gestão “irresponsável e criminosa” de Jair Bolsonaro.

“Estamos todos dispostos a trabalhar não apenas pela vitória de 2 de outubro, mas pela reconstrução e transformação do Brasil, que será mais difícil do que ganhar a eleição”, disse Lula.

O discurso decorreu num palco decorado com uma bandeira gigante do Brasil, símbolo frequentemente associado ao bolsonarismo e militantes de direita.

Vestindo camisa branca e fato azul, Lula afirmou que necessita uma vez mais de mudar o Brasil. E que em vez de promessas, apresenta o legado dos governos anteriores do PT.

“No nosso governo, promovemos uma revolução pacífica neste país. O Brasil cresceu, e cresceu para todos. Combinamos crescimento económico com inclusão social. O Brasil se tornou a sexta maior economia do planeta, e, ao mesmo tempo, referência mundial no combate à extrema pobreza e à fome. Deixamos de ser o eterno país do futuro, para construirmos nosso futuro no dia a dia, em tempo real”, detalhou Lula no seu website oficial.

O seu ex-adversário político e atual companheiro de campanha para a vice-presidência, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, participou por videoconferência após testar positivo à covid-19.

O político moderado é pouco carismático, mas bem visto pela classe empresarial. Alckmin afirmou que o Brasil sobrevive hoje ao governo mais desastroso e cruel da sua história .

A campanha começa oficialmente em agosto. Faltando cinco meses para as eleições, as sondagens apontam que Lula venceria Bolsonaro na segunda volta.

Lula recuperou os seus direitos políticos em 2021, após o Supremo Tribunal Federal (STF) anular as suas condenações por corrupção no âmbito da investigação “Lava Jato”, considerando que não foi julgado de forma imparcial pelo ex-juiz Sergio Moro. Por uma dessas condenações, Lula passou um ano e meio na prisão.

https://zap.aeiou.pt/lula-da-silva-lanca-candidatura-477612

 

NATO avisa sobre a Rússia: “Devemo-nos preparar para mais brutalidade, mais angústia e destruição ainda mais massiva” !


O secretário-geral da NATO disse, este domingo, que a Aliança “não viu nenhuma mudança” na estratégia nuclear de Moscovo, alertando para a necessidade de se estar preparado para “mais destruição massiva” por parte da Rússia na guerra na Ucrânia.

“Devemo-nos preparar para ofensivas russas, mais brutalidade, mais angústia e destruição ainda mais massiva de infraestruturas críticas e áreas residenciais”, disse Jens Stoltenberg em entrevista publicada pelo jornal belga Le Soir.

Ainda assim, acrescentou, “desde o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro, a NATO não viu nenhuma mudança na estratégia nuclear da Rússia”, apesar das ameaças do Presidente russo, Vladimir Putin, de usar tais armas.

“É nosso dever reduzir esse risco. A NATO é a aliança mais forte do mundo. E a nossa mensagem é clara: após o uso de armas nucleares só haveria perdedores de todos os lados”, advertiu o primeiro-ministro norueguês.

O secretário-geral da NATO salienta que, “infelizmente”, esta guerra “poderia durar meses ou mesmo anos”.

Para “repelir de forma sustentável e bem-sucedida a invasão russa”, Kiev precisa “mudar para armas ocidentais modernas”, disse.

“A Ucrânia precisa urgentemente de mais armas pesadas. O Ocidente deve intensificar suas entregas, fazer ainda mais e preparar-se para um compromisso de longo prazo. Devemos garantir que a Ucrânia se possa defender. A coragem e bravura dos soldados ucranianos não serão suficientes. Também requer um apoio militar sustentado do Ocidente”, defendeu Stoltenberg.

De acordo com o responsável, Putin foi à guerra “porque queria menos NATO nas suas fronteiras”, referindo que o que este conseguiu foi “exatamente o oposto, ou seja, mais NATO nas suas fronteiras, mais presença da Aliança no flanco leste e possivelmente dois novos membros da NATO (Suécia e Finlândia).

Se a Suécia e a Finlândia finalmente derem o passo, prosseguiu, “poderão integrar-se rapidamente” na Aliança.

Stoltenberg espera que na Cimeira de Madrid, no final de junho, os líderes dos países da NATO “concordem em reforçar a defesa” da Aliança, argumentando: “Enfrentamos o maior desafio de segurança desta geração”, não só pela Rússia, mas por causa do terrorismo, ciberataques e as implicações da política de segurança da ascensão da China.

“Os aliados da NATO já foram inimigos, mas conseguimos construir instituições como a Aliança e a União Europeia sobre as ruínas da Segunda Guerra Mundial para evitar a guerra”, lembrou, coincidindo com a comemoração do fim daquela guerra em 08 de maio de 1945.

https://zap.aeiou.pt/nato-avisa-sobre-a-russia-477609

 

Correcta ou preocupante: Campanha contra os mirones no metro de Londres !


Cartazes dentro das carruagens tentam impedir os olhares indiscretos. Mas nem toda a gente concorda com esta iniciativa.

Já ninguém via o Sol em Londres. Naquela noite, Bex tinha ido ao teatro. Enquanto voltava para casa, passou por um episódio indesejado.

Estava sentada numa carruagem do metro e um homem, sentado à sua frente, começou a olhar na sua direcção, a admirar o seu corpo e a sua cara. Nunca deixou de olhar, durante a viagem que durou cerca de 10 minutos.

“Eu olhava para o telemóvel, tentava olhar para qualquer lado. Menos para ele”.

Levantou-se para sair só no último instante, na sua paragem habitual, mas mesmo depois de sair do metro o homem foi atrás dela. Bex esperou mais uns minutos na estação do metro e só depois foi para o autocarro.

Já na paragem de autocarro, o homem ficou a menos de um metro de distância. Sempre a olhar para Bex – que fugiu pelas escadas, a correr. Aí o homem ficou ao longe, mas a acenar.

Lucy Thorbun estava a viajar de metro em Londres, logo a começar a manhã, quando um homem começou a olhar ininterruptamente para ela.

Foram 25 minutos. O homem “não tirou os olhos” de Lucy durante toda a viagem: “Após 10 minutos comecei a sentir-me muito incomodada”.

No primeiro caso, Bex ainda pensou que estava a exagerar. Mas, por coincidência (ou não), no seu ângulo de visão, por cima do homem estava um cartaz contra o staring.

Ou seja, contra os mirones, contra as pessoas (sobretudo homens) que olham de forma indiscreta e intensiva para outras pessoas, especialmente durante viagens ou em paragens de transportes públicos.

“E ver isso fez-me sentir que tenho o direito de me sentir incomodada“, continuou Bex, em declarações recolhidas pela BBC.

Esta campanha, apoiada (entre outros) pelo presidente da Câmara Municipal de Londres e pela polícia local, avisa: “Os olhares intensivos de natureza sexual é assédio sexual e não é tolerado”.

Os cartazes, que foram colocados dentro de carruagens do metro da capital, apelam às vítimas que denunciem os casos – que envolvem não só olhares, mas também como assobios e exibição de partes íntimas. Os responsáveis têm feito uma lista dos casos, para elaborarem um mapa com as ocorrências.

O objectivo é “enfrentar a normalização desses comportamentos”, explicou a Transport for London, que gere os transportes públicos na cidade inglesa.

Já houve uma detenção, não em Londres, mas em Reading, onde um homem foi condenado a 22 semanas de prisão porque estava sempre a olhar para uma mulher num comboio, tendo até impedido a sua saída do transporte.

Em relação aos cartazes, tem havido uma reacção positiva, com pessoas a elogiar esta campanha porque evidencia um problema que – essencialmente – muitas mulheres atravessam, muitas vezes no silêncio.

Por outro lado, também já surgiram críticas: “A criminalização de olhar para outras pessoas num espaço público é preocupante”, lê-se no The Spectator.

“Olhar fixamente para alguém pode não parecer “muito mau” para alguns, mas pode ser o começo de algo mais. Já fui alvo desse tipo de olhares e logo depois me seguiram”, comentou Lucy Thorbun.

https://zap.aeiou.pt/metro-londres-campanha-mirones-476940


domingo, 8 de maio de 2022

Dezenas de bonecas assustadoras encontradas em praia no Texas !

A Mission-Aransas National Estuarine Research Reserve (NERR) é responsável por assegurar a proteção da flora, da fauna e da qualidade de água no Texas. No entanto, está agora ocupada com algo menos orgânico: bonecas enterradas na areia.

Jace Tunnell foi o primeiro a encontrar as bonecas de plástico numa reserva científica no Texas, em janeiro de 2021. Desde então, recuperou pelo menos 30 brinquedos em condições variáveis.

A equipa de Tunnel partilhou a fotografia do primeiro brinquedo encontrado nas redes sociais e um utilizador pagou 35 dólares pela cabeça da boneca. A equipa doou o valor a um fundo de salvamento de tartarugas marinhas.

Todos os objetos encontrados são partilhados no Facebook e, desde que as bonecas começaram a aparecer recorrentemente na rede social, o número de seguidores aumentou bastante. O mais assustador, segundo Tunnell, é que nenhuma boneca tem cabelo.  

Os cientistas analisaram os objetos após constatarem que a região recebe 10 vezes mais lixo do que as praias do Golfo do México, na Florida e no Mississippi.

A culpada é uma “corrente em loop” que cria vários redemoinhos, traz uma montanha de lixo e detritos para as praias do Texas e causa muita poluição.

Enquanto continua os seus esforços para limpar o lixo e manter as praias imaculadas, a equipa de Tunnell decidiu ficar com todas as bonecas e leiloá-las todos os anos numa angariação de fundos.

Além de terem tornado a poluição desanimadora em algo bom e com propósito, os cientistas conseguem passar tempo nas praias enquanto ajudam o ambiente.

https://zap.aeiou.pt/bonecas-assustadoras-praia-texas-477294


De fazer inveja ao Cristo Redentor, o Brasil tem uma nova estátua gigante de Jesus !

A estátua tem 43,5 metros de altura e será assim a terceira estátua de Jesus Cristo mais alta do mundo. A cidade de Encantado espera que a criação se torne uma atração turística.

A localidade brasileira de Encantado, no estado do Rio Grande do Sul, é agora o lar de uma nova estátua gigante de Jesus Cristo que rivaliza com a altura do famoso e imponente Cristo Redentor que domina a paisagem do Rio de Janeiro.

Já desde 2019 que o Cristo Protetor de Encantado estava a ser construído e a obra chegou finalmente ao fim. Feita com cimento e aço, a estátua tem 43,5

metros, sendo 4.9 metros mais alta do que o Cristo Redentor, e o seu design é da autorida do escultor Genésio Gomes Moura e do seu filho Markus Moura.

O Cristo Protetor entra assim no pódio da lista das estátuas de Jesus Cristo mais altas do mundo, ficando no terceiro lugar e sendo apenas batido por uma estátua que está a ser construída no México (76 metros) e uma outra na Polónia (52 metros).

Num comunicado no site da obra, pode ler-se que a estátua ficou pronta no final de Abril, mas o complexo turístico nas suas imediações só será concluído no início de 2023, relata a CNN.  

Ainda também falta ser instalado um elevador dentro da estátua que levará os visitantes ao topo do Cristo e os presenteará com a vista sobre as colinas.”Será uma abertura de vidro onde as pessoas poderão filmar e fotografar o vale”, explica Artur Lopes de Souza, supervisor do projeto.

A envergadura dos braços é de 39 metros e o seu peso total previsto é de 1.700 toneladas. O custo total da obra é de 2 milhões de reais (379 mil euros). Já são admitidas visitas aos sábados e domingos.

A esperança de Encantado é de que a estátua se torne uma atração turística, tal como Cristo Redentor, com um foco especial nos mercados argentino e uruguaio, já que a cidade fica perto da fronteira com estes dois países.

https://zap.aeiou.pt/de-fazer-inveja-ao-cristo-redentor-o-brasil-tem-uma-nova-estatua-gigante-de-jesus-477122


“A Geração Z não sabe o que é trabalhar”. Anúncio polémico acende debate sobre a cultura laboral nos EUA !


No anúncio, um gerente afirmava que não ia contratar funcionários jovens. O tema tornou-se viral nas redes sociais e incendiou um aceso debate sobre os direitos laborais nos Estados Unidos.

A cadeia de lojas de desconto Dollar Tree viu o seu nome em maus lençóis esta semana nos meios de comunicação norte-americanos. Em causa está um anúncio de emprego que um gerente em Bremen, no estado do Indiana, colocou na loja, onde se queixa que teve de fechar depois de dois jovens funcionários se terem demitido.

“Peço desculpa por fecharmos OUTRA VEZ. As minhas duas funcionárias na caixa demitiram-se porque lhes disse que os seus namorados não podiam estar aqui durante os turnos. Não contratem a geração Z. Eles não sabem o que é trabalhar. Estamos a CONTRATAR. APENAS Baby Boomers. Obrigado”, pode ler-se no sinal, que se tornou viral nas redes sociais.

O anúncio foi partilhado no TikTok e incendiou um intenso debate, com acusações de discriminação e acusações de que a razão pela qual a empresa não consegue reter os funcionários é as más condições de trabalho. A geração Z refere-se aos nascidos entre 1997 e 2012.

“Eles só querem pessoas que estão desesperadas ou demasiado cansadas para lutar por qualquer mais do que salários de pobreza”, escreveu um utilizador. “Na altura deles, as empresas podiam aproveitar-se de nós e as pessoas chamavam a isso trabalho sério”, criticou outro.

Actualmente, a Dollar Tree paga nove dólares por hora — um salário que muitos consideram insuficiente. Nos Estados Unidos, o salário mínimo federal é de 7,25 dólares por hora e já não é aumentado desde 2009.

Um funcionário que trabalhe 40 horas por semana a ganhar o salário mínimo recebe apenas cerca de 15 080 dólares por ano, um valor abaixo do limiar da pobreza para famílias de dois (18 310 dólares).

O candidato presidencial Bernie Sanders, que era um favorito entre os mais jovens, tornou a promessa da subida do salário mínimo para 15 dólares por hora uma das bandeiras da sua campanha. Joe Biden também defendeu o valor durante a corrida à Casa Branca, mas a promessa ainda está por cumprir.

Os dados do Centro de Investigação Económica e Política revelam ainda que se o salário mínimo tivesse acompanhado a evolução da inflação e da produtividade, estaria agora nos 23 dólares por hora.

A pandemia despoletou também uma enorme onda de demissões nos Estados Unidos e há um movimento crescente entre os mais jovens que não sonham com o trabalho e rejeitam a cultura do consumismo capitalista. Na China, o Governo está preocupado com a popularidade do movimento Tang ping, que incentiva os jovens a simplesmente ficarem deitados.

A Dollar Tree sofre também já há muito com a rotação constante dos funcionários e em 2019 este foi até um problema que o CEO ficou encarregado de resolver. A empresa já foi alvo de vários processos colectivos sobre os horários de trabalho e os salários, o que indica que a insatisfação dos trabalhadores é uma constante.

Em resposta à polémica, a Dollar Tree adiantou que o gerente em questão já não está no cargo, mas não adianta se este se demitiu ou foi despedido. “Claro, nós NÃO temos uma política contra a contratação de trabalhadores da geração Z”, revelou Randy Guiler, vice-presidente das relações de investimento da empresa, à CBS.

https://zap.aeiou.pt/anuncio-polemico-debate-trabalho-eua-477132


Venda de casas por um euro criou uma “pequena América” em Itália !


Na cidade de Sambuca, na Sicília, é cada vez mais provável passear nas ruas estreitas e ouvir-se o sotaque norte-americano.

A região ganhou reputação como um dos primeiros lugares no país a vender casas antigas por um euro. Agora, segundo a CNN, está a tornar-se uma espécie de “Pequena América”, depois de uma onda de norte-americanos se terem mudado para a cidade após terem adquirido propriedades por uma autêntica pechincha.

A cidade siciliana começou a atrair compradores estrangeiros em 2019 quando começou a vender casas por 1 euro cada. Mais tarde, em julho do ano passado, colocou à venda mais 10 edifícios antigos por um simbólico preço de 2 euros.

Em novembro, altura em que terminou o segundo prazo das candidaturas, a Câmara Municipal foi novamente inundada com centenas de pedidos de compradores estrangeiros interessados. As casas acabaram por ser leiloadas, com um valor entre 500 e 7.000 euros.

O vice-presidente revelou ao diário que quase todos os novos compradores são da América do Norte. “Digamos que quase 80% das pessoas que nos escreveram, se candidataram e participaram neste segundo leilão ou vêm dos Estados Unidos ou são norte-americanas”, disse Giuseppe Cacioppo. 

“Há muito interesse por parte dos compradores americanos e felizmente não está a decair. A pandemia tem sido um desafio para a realização desta nova venda, mas temos tido sorte. Tudo correu bem”, acrescentou o responsável da autarquia.

Além do objetivo principal – adquirir um retiro de férias a um preço reduzido –, os compradores queriam também ajudar a reanimar a aldeia e a sua economia.

David Waters, um empresário de Idaho, quer renovar as suas casas sicilianas recém-adquiridas através de crowdfunding para, depois, as oferecer.

“Eu queria criar uma forma de os novos investidores apoiarem comunidades mais pequenas como Sambuca”, justificou o norte-americano. “Quero tornar possível que alguém que deseje realizar o seu sonho de possuir um pedaço da história italiana possa fazer exatamente isso.”

https://zap.aeiou.pt/pequena-america-em-italia-477124


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