quarta-feira, 24 de março de 2021

Degelo no Ártico abre oportunidade para criar nova rota comercial marítima !

O Ártico perde 43,8 mil quilómetros quadrados de gelo todos os anos, uma realidade do aquecimento global que abre a possibilidade de uma nova rota marítima que revolucionaria os transportes globais, segundo especialistas ouvidos pela agência Lusa.


O degelo é irreversível, segundo o contra-almirante da Marinha Portuguesa Carlos Ventura Soares, que dirige o Instituto Hidrográfico, mas “neste momento ninguém consegue dizer quão rápido vai ser”.

Uma consequência óbvia é o impacto no ecossistema do Ártico, mas também a abertura de “duas novas grandes áreas: a facilidade de acesso a recursos naturais e abertura de novas rotas marítimas“.

Aquilo com que nações como a Noruega ou os Estados Unidos já contam é com a possibilidade de explorar recursos naturais que o degelo expõe e torna acessíveis nas suas zonas económicas exclusivas.

A possibilidade de navegar de forma segura pelo Ártico com rotas regulares “faria ao canal do Suez, na passagem do trânsito de mercadorias da Ásia para a Europa, o que o canal do Suez fez à rota do Cabo, que deixou de ser tão usada para muito trânsito do Índico para o Atlântico”, afirma o diretor do Instituto Hidrográfico.

Ventura Soares salienta que poderão decorrer décadas até que haja condições de navegabilidade regular, o que “por enquanto ainda não houve”, para além de “viagens experimentais limitadas ou apenas para portos locais”.

Além de menos gelo, essas rotas precisariam de ter “capacidade de busca e salvamento em caso de acidente, pilotagem marítima, capacidade de limitar eventuais derrames. Enquanto isso não ocorrer, dificilmente poderemos falar de uma rota marítima perene e com possibilidade de utilização comercial, mesmo que dificilmente durante o ano inteiro, mas durante uma grande parte do ano”, refere.

Do lado de algumas das maiores empresas de transporte marítimo ainda não é uma hipótese viável explorar uma rota ártica, mas do lado da chinesa Cosco continua a haver “uma aposta no Ártico como forma de se diferenciar dos seus concorrentes mais diretos e tem a vindo a fazer mais algumas viagens sempre com grandes restrições”, disse à Lusa o sócio-gerente da consultora SACONSULT Jorge D’Almeida, com mais de 40 anos no setor marítimo-portuário.

“A maior empresa do mundo quando se fala de contentores é a dinamarquesa Maersk, com o potencial de alterar o sistema mundial de transporte marítimo, que tentou e conseguiu fazer um teste da rota do Ártico em 2018, com uma travessia durante um dos meses em que ainda é possível, embora seja sempre necessário usar quebra-gelos e rebocadores para garantir que os navios passam com gelo disperso”, apontou.

A Cosco, no entanto, tem feito avanços na exploração de uma rota ártica, mas com navios com capacidade máxima para três mil contentores, enquanto “os navios-mãe que fazem a rota da Ásia têm todos capacidade de 16 mil e, no caso dos maiores, 23 mil”.

Isso é uma desvantagem económica, mas um incentivo é o facto de se poder encurtar o tempo de travessia Ásia-Europa em 14 dias ou mais e em transporte marítimo, “o custo financeiro da mercadoria retida durante o tempo de trânsito tem às vezes um impacto tão grande como o frete”.

Jorge D’Almeida acredita que “não será nos próximos 50 anos” que os maiores navios do mundo poderão usar a rota ártica, até porque na rota tradicional que traz carga da Ásia para os portos do norte da Europa (Antuérpia, Roterdão e Hamburgo) via canal do Suez, pode fazer-se negócio pelo caminho com a passagem por entrepostos importantes, como Singapura.

Mesmo que ainda não seja uma realidade, é preciso agir já para salvaguardar o Ártico da cobiça económica dos estados, defendeu em declarações à Lusa a advogada norte-americana Kristina Gjerde, consultora do Programa Global Marinho e Polar da União Internacional para a Conservação da Natureza.

“No Ártico são as pessoas, a vida marinha, o gelo e todo o ecossistema que precisa de ser protegido e onde se passam algumas das mudanças mais rápidas do planeta”, afirma. Segundo os dados mais recentes do norte-americano National Snow and Ice Data Center, o gelo do Ártico no mês de fevereiro tem vindo a diminuir a um ritmo de 2,9 por cento em cada década.

“O desafio é criar estruturas de governação que sejam legalmente vinculativas e que inibam a corrida aos recursos ou a canais navegáveis que possam vir a ser abertos, como já aconteceu no acordo de pescas em alto mar para o Ártico, que demonstra como países como os Estados Unidos, a Rússia, a China ou estados europeus conseguem colaborar quando se trata de algo que é do interesse internacional”, defende.

Kristina Gjerde salienta que, mesmo sem rotas permanentes a atravessar a região e o trânsito limitado aos portos locais, já há navios movidos a combustíveis pesados a circular, que “são emitidos para a atmosfera e para o gelo, acelerando o aquecimento”.

“O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, tem dito que estamos a fazer guerra ao nosso planeta e temos que pensar no impacto total da navegação, tanto agora como daqui a 20 anos”, afirmou a advogada.

Os impactos totais num ecossistema tão sensível são ainda desconhecidos e todos os oito países com assento no Conselho do Ártico precisam de os avaliar e os cinco com zonas económicas exclusivas na região (Estados Unidos, Canadá, Rússia, Dinamarca, Noruega) precisam de monitorizar o impacto da exploração de recursos.

Precisamos de descarbonizar o transporte marítimo. Garantir uma pegada ecológica silenciosa, porque são lugares que não estão habituados a ruído. Precisam de navegar lentamente e não podem exacerbar o problema das alterações climáticas globais. É preciso avaliar melhor os prós e os contras”, defende Kristina Gjerde.

“Desta vez, há a oportunidade de agir bem. Os navios circulam muitas vezes por sítios onde não deviam. Há naufrágios, há derrames de combustível. Antes de pensar em abrir rotas, seria útil começar a desenhar navios adequados, hiper-seguros. Os antiquados porta-contentores não servem. Têm que ser movidos a energia solar, eólica, só devíamos deixar entrar no Ártico navios com desenho da era espacial. Não bastam navios ‘verdes’. Têm que ser navios ‘brancos’”, considera.

O estado do Ártico e a investigação científica em torno da região estão no centro do congresso científico virtual Arctic Science Summit Week, que começou na sexta-feira passada com reuniões de trabalho, mas cuja parte científica, organizada por Portugal, decorre entre quarta e sexta-feira.

https://zap.aeiou.pt/degelo-artico-abre-nova-rota-maritima-389451

 

Com apenas 2 anos, Nabody chegou à Europa a bordo de um barco e morreu dias depois !

Nabody, a menina de dois anos que recuperou de uma paragem cardiorrespiratória na última terça-feira após chegar a bordo de um barco ao cais de Arguineguín, em Gran Canaria, morreu neste domingo, segundo fontes do Ministério da Saúde. 


De acordo com o jornal espanhol ABC, Nabody chegou à Europa a bordo de um barco que foi resgatado pelo Salvamento Marítimo nas águas perto de Gran Canaria.

Um total de oito crianças viajavam naquela embarcação, duas delas em estado grave.

Ao desembarcar acompanhada pela mãe, a menina estava já em estado de grave hipotermia e em paragem cardiorrespiratória, por isso, um integrante da Cruz Vermelha praticou manobras de reanimação no mesmo cais até conseguir reanimá-la.

Em declarações ao jornal digital Observador, os enfermeiros contaram a experiência e consideraram que a reanimação da menina, nessa noite, foi um verdadeiro “milagre”. 

A menina foi internada em estado crítico na Unidade de Medicina Intensiva (UCI) do Complexo Hospitalar Universitário Insular Materno Infantil de Gran Canaria. No mesmo hospital continua a ser tratado outro menino, com uma evolução estável, e um adulto que seguia na mesma embarcação.

O Presidente do Governo, Pedro Sánchez, lamentou este domingo a morte da menina de 2 anos. “Não há palavras para descrever tanta dor. Obrigado, do fundo do coração, a todos aqueles que lutaram até ao fim para salvar a sua vida”, afirmou o chefe do Executivo numa mensagem publicada no Twitter.

O primeiro-ministro garantiu que a notícia “é uma pancada na consciência de todos nós”. “Nabody tinha 24 meses”, lembrou Sánchez.

O líder da oposição, Pablo Casado, reclamou um acordo para um pacto das migrações, “com um controlo eficaz das fronteiras e cooperação com os países de origem”.

Nabody é a 19. ª vítima da chamada “rota das Canárias” desde o início deste ano. Segundo o diário espanhol El País, desde janeiro, já chegaram à costa das Canárias 2.950 pessoas vindas de África, por via marítima, sendo que esta semana já se contabilizam três mortos e mais de 20 hospitalizados.

https://zap.aeiou.pt/com-apenas-2-anos-nabody-chegou-a-europa-a-bordo-de-um-b-389453

 

Incêndio em campo de refugiados rohingya faz pelo menos sete mortos !

Pelo menos sete pessoas morreram na sequência de um incêndio num campo de refugiados rohingya no sudeste do Bangladesh e que se prolongou desde a tarde de segunda-feira até esta manhã.


O fogo começou por volta das 15h20 de segunda-feira no campo de refugiados localizado na zona de Balukhali, distrito de Cox’s Bazar, e só foi considerado extinto durante a madrugada de hoje, disse à agência EFE o chefe dos serviços de bombeiros, Shahadat Hossain. A mesma fonte disse que foram encontrados sete mortos.

Por outro lado, o comissário-adjunto para os refugiados, Mohammad Shamsud Douza, disse que o incêndio destruiu por completo entre 1000 e 1500 tendas e danificou milhares de refúgios precários ocupados pelos rohingya.

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), as chamas destruíram albergues, centros de saúde, pontos de distribuição de alimentos e outras instalações do campo.

Os refugiados disseram que um hospital de campanha oferecido pela Turquia ficou destruído, assim como os gabinetes de organizações não-governamentais, e que o fogo também atingiu casas próximas do campo.

Em janeiro, um incêndio num outro campo de refugiados destruiu 3500 instalações precárias feitas de bambu e plástico onde vivem os rohingya e, poucos dias depois, a Unicef – Fundo das Nações Unidas para a Infância denunciou um incêndio premeditado que destruiu quatro centros educativos.

No Bangladesh mantém-se a polémica sobre as intenções do Governo, que pretende instalar cerca de 10 mil rohingya na remota ilha de Bhasan Char, para descongestionar os campos, um processo que começou no passado mês de dezembro com o envio do primeiro grupo de 3500 pessoas. Neste momento, encontram-se na ilha 12.400 rohingya.

Mais de 738.000 rohingya refugiaram-se no sudeste do Bangladesh após as brutais perseguições por parte do Exército da Birmânia contra a minoria étnica muçulmana.

A Organização das Nações Unidas (ONU) classificou as campanhas de violência contra os rohingya como uma ação de limpeza étnica e possível genocídio, que ainda está a ser investigado por instâncias internacionais.

Os ataques do Exército birmanês contra o povo rohingya ocorreram quando a líder da Liga Nacional para a Democracia, Aung San Suu Kyi, ocupava “de facto” o cargo de chefe do Governo do Myanmar.

Em fevereiro, o Exército prendeu a chefe do Governo, o Presidente e vários ministros e dirigentes do partido governamental, proclamando o estado de emergência e colocando no poder um grupo de generais.

Os militares tomaram o poder alegando irregularidades durante o processo eleitoral do ano passado, apesar de as autoridades eleitorais terem negado a existência de fraudes.

Desde o golpe militar, sucessivos protestos contra a atuação dos militares têm ocorrido diariamente em várias cidades de Myanmar, manifestações que têm sido fortemente reprimidas pelas forças de segurança.

Até ao momento, 250 pessoas morreram durante as manifestações e mais de 2600 pessoas foram detidas, de acordo com os dados da Associação de Auxílio aos Prisioneiros Políticos.

https://zap.aeiou.pt/incendio-campo-refugiados-rohingya-389546

 

terça-feira, 23 de março de 2021

Invasores do Capitólio podem ser acusados de sedição !

Em quase 250 anos de História, a sedição – um crime de conspiração para derrubar o Governo norte-americano – raramente foi invocada nos tribunais.

Alguns apoiantes do antigo Presidente Donald Trump que invadiram o Capitólio dos Estados Unidos podem vir a ser acusados de sedição, um crime de conspiração para derrubar o Governo.

“Pessoalmente, acredito que as provas apontam nesse sentido, e provavelmente são suficientes”, disse o principal responsável pelas investigações, Michael Sherwin, citado pelo The New York Times.

Foi numa entrevista ao programa 60 Minutes, da CBS, que Sherwin disse que Donald Trump “foi, de forma inequívoca, o íman que levou as pessoas a Washington D.C. no dia 6 de Janeiro”. “Agora, a questão é saber se ele é criminalmente responsável por tudo o que aconteceu durante a invasão.”

A última vez que os promotores federais apresentaram um caso de sedição foi em 2010, quando acusaram membros de uma milícia do Michigan de conspirar para provocar um conflito armado com o Governo.

Depois de terem sido absolvidos, o juiz disse que o Departamento de Justiça norte-americano não conseguiu provar adequadamente que os réus haviam feito um “acordo concreto para se opor à força ao Governo dos Estados Unidos”.

O estatuto da conspiração sediciosa define que quem conspirar para “se opor pela força à autoridade” do Governo ou usar a força “para prevenir, dificultar ou atrasar a execução de qualquer lei dos Estados Unidos” pode ser acusado de sedição.

De acordo com o Público, a entrevista à CBS, no domingo, aconteceu dois dias depois de Michael Sherwin ter deixado de liderar as investigações. Como é habitual nas transições de poder na Casa Branca, a Administração Biden nomeou outro responsável para liderar o gabinete de defesa do Governo norte-americano.

Até ao momento, o Departamento de Justiça apresentou acusações contra mais de 400 pessoas envolvidas na invasão do Capitólio, em Washington D.C..

A ser confirmada, a acusação de sedição poderá estar reservada para os membros de grupos radicais e milícias armadas como os Proud Boys, os Oath Keepers e os Three Percenters.

https://zap.aeiou.pt/invasores-capitolio-acusados-sedicao-389433

 

Inquérito defende que primeira-ministra da Escócia enganou o Parlamento - Foi sem querer !

A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, não violou intencionalmente as regras oficiais nem enganou o Parlamento sobre uma investigação ao seu antecessor, segundo um inquérito independente concluído esta segunda-feira, que a absolve das alegações que geraram pedidos de renúncia. 


A investigação de um advogado irlandês, James Hamilton, seguiu-se a meses de conflitos internos sobre o papel de Nicola Sturgeon numa investigação fracassada sobre as alegações de má conduta sexual feitas contra Alex Salmond, um ex-aliado próximo que a precedeu como primeiro-ministro da Escócia.

“Sou de opinião que a primeira-ministra não violou as disposições do Código Ministerial em relação a qualquer um desses assuntos”, concluiu o inquérito de Hamilton, referindo-se ao código de ética sob o qual os membros do governo escocês operam.

A investigação de Hamilton versou sobre episódios que poderiam colocar a idoneidade da primeira-ministra em causa, nomeadamente o facto de ter enganado o Parlamento ao esconder a informação que tinha sobre as acusações e sobre quando tomou conhecimento das mesmas.

Sturgeon recebeu Salmond em sua casa, em Glasgow, a 2 de abril de 2018 e, a 6 de junho do mesmo an informou a pessoa que gere os assuntos relativos ao Governo em funções, Lesley Evans.

Soube-se ainda que Sturgeon não disse aos deputados que se encontrara, a 29 de março de 2018, com o ex-chefe de gabinete de Salmond, Geoff Aberdein, para discutir as “questões de natureza sexual” nas quais aquele se via envolvido.

O relatório culmina, segundo o The New York Times, numa rivalidade amarga entre as duas figuras dominantes da política escocesa recente, um drama que afetou Sturgeon, gerando acusações de que enganou legisladores, quebrou regras e até conspirou contra o seu antecessor.

Os políticos da oposição chegaram mesmo a pedir a renúncia de Sturgeon, que esteve sob forte pressão no início deste mês, quando prestou um depoimento durante oito horas a um comité parlamentar num inquérito separado sobre os mesmos eventos.

Hamilton disse que Sturgeon violou as regras de conduta, mas sem intenção. Assim, na sua opinião, a primeira-ministra não é culpada de qualquer infração. As conclusões de Hamilton parecem acabar com qualquer possibilidade de Sturgeon se demitir, o que significa que provavelmente sobreviverá a um voto de desconfiança no Parlamento escocês se for aprovado esta semana.

No entanto, a crise lançou uma sombra sobre o impulso pela independência da Escócia, bem como sobre a carreira de Sturgeon.

Estimulada por uma sucessão de sondagens que mostravam o apoio da maioria à independência, Sturgeon esperava que o Partido Nacional Escocês, a maior fação do Parlamento Escocês, ganhasse a maioria geral nas eleições marcadas para maio e exigisse um segundo referendo sobre se se deve quebrar a união de 314 anos do seu país com Inglaterra.

No referendo de independência de 2014, 55% dos eleitores escoceses eram a favor de permanecer no Reino Unido. Contudo, desde então, a Grã-Bretanha deixou a União Europeia (UE), um projeto profundamente impopular na Escócia, onde 62% votaram contra o Brexit num referendo de 2016.

https://zap.aeiou.pt/nicola-sturgeon-sob-fogo-sem-querer-389440

 

Supremacista branco agride homem de cadeira de rodas com mastro de bandeira nazi !

Um homem foi visto a agredir violentamente um casal, no qual um dos elementos se encontrava de cadeira de rodas. O incidente aconteceu no sábado durante uma manifestação pela liberdade em Calgary, no Canadá.


Identificado como nazi, o agressor foi visto a dar socos num homem que se encontrava de cadeira de rodas, tentando ainda agredir a sua esposa, que o acompanhava.

As imagens que andam a circular nas redes sociais mostram o agressor a vestir uma camisa branca onde se lê “Homem Cristão Branco Orgulhoso”. O homem foi mais tarde identificado como nazi, revela o Raw Story.

O incidente foi relatado pela vítima nas redes sociais: “Hoje lutei contra um nazi”, escreveu a vítima. “Para quem não sabe, hoje é o Dia Mundial do Orgulho Branco e os organizadores da manifestação pela liberdade de Calgary decidiram agir em solidariedade a esses eventos internacionais”.

O homem revela que confrontou o agressor e chamou-o nazi, sendo que nessa altura “ele decidiu agarrar a minha cabeça e depois tentou me empurrar”, explicou, acrescentando que “ele bateu-me três vezes”, sendo que este tentou também agredir a sua esposa.

“Ele decidiu transformar o mastro da bandeira numa arma”, escreveu o homem. Disse ainda que foi arrancado da cadeira de rodas.

O episódio está a causar indignação nas redes sociais, sendo que muitos utilizadores alegam que a polícia tentou acusar os presentes de agressão enquanto estes apenas se defendiam dos manifestantes.

https://zap.aeiou.pt/supremacista-branco-agride-homem-de-cadeira-de-rodas-com-o-mastro-da-bandeira-nazi-389314

 

“Caso clínico raro e incomum” - Mulher chora lágrimas de sangue durante menstruação !

A jovem de 25 anos dirigiu-se às urgência hospitalares quando percebeu que os seus olhos estavam a derramar lágrimas de sangue. O acontecimento coincidiu com o facto da mulher estar em período menstrual, sendo que este foi o segundo episódio nos últimos dois meses. O caso aconteceu na Índia.


O ciclo menstrual pode ser muito doloroso para muitas jovens e adultas, mas esta é a primeira vez que os médicos se deparam com uma situação assim.

Segundo o Live Science, por vezes a menstruação pode desencadear sangramento cíclico fora do útero. Esse sangramento incomum pode ser desencadeado por alterações hormonais e menstruação, de forma semelhante à endometriose.

Embora as lágrimas da mulher parecessem alarmantes, quando os médicos a examinaram, descobriram que os seus olhos não estavam com nenhum problema e as lágrimas de sangue não eram acompanhadas de dores de cabeça, tonturas ou outros sintomas de um problema de saúde.

Também não havia qualquer sinal de anormalidade na vias nasais, glândulas lacrimais ou nas próprias lágrimas de sangue, disseram os investigadores na revista BMJ Case Reports.

Após a análise, os médicos perceberam que a jovem estava com um problema menstrual onde existe um “sangramento cíclico em órgãos extrauterinos durante a menstruação”. Além dos olhos, esta situação pode causar sangramento do nariz, orelhas, pulmões, mamilos, intestinos “e até mesmo da pele”.

De acordo com os especialistas, alguns tipos de tecido ocular são afetados por alterações hormonais. Por exemplo, a curva e a espessura da córnea podem variar “durante as diferentes fases do período menstrual, gravidez e lactação”, o que também pode explicar por que razão a menstruação da mulher desencadeou um sangramento nos olhos.

Os médicos trataram a jovem com anticoncecionais orais e, após três meses de terapia hormonal não houve mais nenhum incidente de sangramento adicional.

“Este é um caso clínico raro e incomum”, referiram os médicos, acrescentando que não havia nada semelhante descrito em qualquer literatura científica recente.

No entanto, sublinham que são necessárias mais pesquisas para entender exatamente o que causou as lágrimas de sangue e para determinar como a condição pode ser tratada de forma eficaz a longo prazo.

https://zap.aeiou.pt/mulher-chora-lagrimas-sangue-389273

 

Serviços de inteligência revelam que Irão ameaçou base do Exército em Washington !

O Irão ameaçou atacar uma base norte-americana em Washington e também o vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, revelou, este domingo, a agência Associated Press, que cita fontes dos serviços de inteligência dos Estados Unidos. A base em questão, Fort McNair, acolhe efetivos do Exército.


Segundo dois altos funcionários dos Serviços de Inteligência dos EUA, foram intercetadas pela Agência de Segurança Nacional (NSA), em janeiro, comunicações que mostravam que a Guarda Revolucionária do Irão discutia a montagem de “ataques do tipo USS Cole” contra a base, referindo-se ao ataque suicida, em outubro de 2020, quando uma pequena embarcação se aproximou de um navio da marinha norte-americana, ao largo de Aden, no Iémen, e cuja explosão provocou a morte de 17 marinheiros.

As fontes da AP, que falaram sob condição de anonimato, também revelaram ameaças de matar o general Joseph M. Martin e planos de se infiltrar e vigiar a base. A base, uma das mais antigas do país, é a residência oficial do general Martin.

As ameaças são uma das razões pelas quais o Exército tem pressionado por mais segurança à volta do Fort McNair, que fica ao lado do movimentado distrito de Waterfront, em Washington.

Os líderes da cidade têm lutado contra o plano do Exército, de adicionar uma zona tampão a cerca de 75 a 100 metros da costa do canal de Washington, o que limitaria o acesso até metade da largura do movimentado canal que corre paralelamente ao rio Potomac.

O Pentágono, o Conselho Nacional de Segurança e a NSA não responderam ou recusaram-se a comentar quando contactados pela agência noticiosa.

Numa reunião em janeiro, através de meios digitais, para discutir as restrições propostas, o comandante do distrito militar de Washington, major-general do Exército, Omar Jones, citou “credíveis e específicas” ameaças contra militares que vivem na base.

A única ameaça específica à segurança foi a de um nadador que se aproximou da base e foi detido.

A conversa intercetada foi entre membros da elite da Força Quds, da Guarda Revolucionária do Irão, e centrou-se em possíveis opções militares para vingar a morte do general Qassem Soleimani, em Bagdad, em janeiro de 2020, disseram os dois funcionários dos serviços de inteligência.

Irão só regressa ao acordo nuclear se EUA anularem sanções

Também este domingo, o aiatola Ali Khamenei reiterou, a propósito do acordo nuclear, que o Irão estava pronto para retornar ao cumprimento total do acordo se Washington levantasse as suas sanções.

“A posição do país em relação ao acordo alcançado em Viena em 2015 foi claramente anunciada. Não há como nos desviarmos. A posição implica que os americanos levantem todas as sanções, e então verificaremos se foram de facto levantadas. Se realmente forem, retornaremos aos nossos compromissos”, disse o líder iraniano durante um discurso transmitido pela televisão por ocasião do Ano Novo iraniano.

Khamenei acrescentou que esta posição “é irrevogável”, confirmando o que já tinha anunciado em janeiro.

O Acordo de Viena prevê um alívio nas sanções internacionais ao Irão por troca de restrições no respetivo programa nuclear. Inclui ainda que sejam dadas garantias, verificadas pela ONU, que provem o cumprimento do acordado.

A denúncia do ex-Presidente dos EUA, Donald Trump, do acordo em 2018 e o restabelecimento das sanções económicas pelos americanos contra Teerão, mergulharam o Irão numa recessão profunda.

Em resposta, o Irão começou, em 2019, a não cumprir alguns dos principais compromissos e, em particular, os sobre os limites impostos pelo acordo sobre atividades de enriquecimento de urânio.

A chegada do democrata Joe Biden à Casa Branca em janeiro, e os esforços para tentar colocar o acordo de Viena de volta em cima da mesa parecem estar em um impasse.

Para prosseguir com o levantamento das sanções, como solicitam os iranianos, Washington exige que Teerão retome a aplicação total e completa do texto.

“Não consideramos as promessas dos americanos verdadeiras. Dizer que o vão fazer no papel e depois manter as sanções na prática não é aceitável”, referiu Khamenei.

https://zap.aeiou.pt/irao-ameacou-base-washington-389351

Coreia do Norte acusa Malásia de conspirar com os Estados Unidos !

A Coreia do Norte acusou este domingo a Malásia de conspirar com os norte-americanos contra o Governo de Pyongyang, depois de extraditar um cidadão norte-coreano para os Estados Unidos (EUA), acusado de lavagem de dinheiro.


O funcionário comercial da delegação norte-coreana em Kuala Lumpur, Kim Yu Song, acusou a Malásia de “destruir as relações bilaterais” após o Tribunal Federal da Malásia ter decidido no início de março autorizar a extradição de Mun Chol-myong, noticiou a agência Lusa.

“Este incidente é o produto de uma conspiração contra a Coreia do Norte criada a partir da política hedionda dos Estados Unidos”, disse no domingo o diplomata no encerramento da embaixada da Coreia do Norte na nação do sudeste asiático.

Cerca de 30 trabalhadores da delegação diplomática deixaram este domingo o complexo num autocarro com destino ao aeroporto da capital da Malásia, de onde embarcarão num avião para os levar de volta a Pyongyang.

O FBI solicitou a detenção em 2019 do empresário norte-coreano Mun Chol-myong que é acusado de lavar dinheiro através de empresas de fachada e de mediar o envio de mercadorias de luxo de Singapura para a Coreia do Norte, o que violaria as sanções dos EUA e da ONU.

Na sexta-feira, a Coreia do Norte anunciou que estava a cortar relações diplomáticas com a Malásia na sequência da decisão de permitir a extradição da Coreia do Norte. A Malásiar respondeu fechando a sua embaixada no país, cujas operações estavam suspensas desde 2017, e deu um prazo de 48 horas para os diplomatas norte-coreanos deixarem o país.

A Coreia do Norte e a Malásia mantiveram relações diplomáticas no início da década de 1970, mas a relação foi deteriorada em 2017 quando Kim Jong-nam, o meio-irmão do líder norte-coreano, Kim Jong-un, foi assassinado no aeroporto de Kuala Lumpur, numa operação aparentemente orquestrada pelos serviços secretos norte-coreanos.

Ambos os países, que chegaram ao ponto de permitir que os seus respetivos cidadãos viajassem sem vistos, acabaram por expulsar os seus embaixadores e deter temporariamente civis norte-coreanos e malaios nos seus territórios. Desde então, houve várias aproximações e declarações de intenção de reparar os laços diplomáticos.

https://zap.aeiou.pt/coreia-norte-malasia-conspirar-estados-unidos-389362

 

Está a ser desenvolvida uma vacina contra a covid-19 em forma de comprimido !

Uma farmacêutica israelo-americana, juntamente com uma empresa indiana, está a desenvolver aquela que poderá ser a primeira vacina oral contra a covid-19.

De acordo com o jornal The Jerusalem Post, a empresa farmacêutica israelo-americana Oramed juntou-se à indiana Premas Biotech para desenvolver a Oravax, a primeira vacina contra a covid-19 em forma de comprimido.

“Uma vacina oral contra a covid-19 eliminaria várias barreiras para uma distribuição mais rápida e em larga escala, permitindo potencialmente que as pessoas tomassem por si próprias a vacina em casa”, afirmou ao jornal israelita Nadav Kidron, CEO da Oramed.

“Embora a facilidade de administração seja hoje crucial para acelerar as taxas de inoculação, uma vacina oral poderá tornar-se ainda mais valiosa no caso de uma vacina contra a covid-19 poder ser recomendada anualmente, tal como a vacina da gripe”, disse ainda.

Esta vacina oral tem como alvos três proteínas estruturais do novo coronavírus, explicou Kidron, em oposição às vacinas da Moderna e da Pfizer, que só têm como alvo a proteína de espigão único.

Assim sendo, o responsável desta farmacêutica considera que a futura vacina “deverá ser muito mais resistente às variantes da covid-19″.

Está previsto que o primeiro estudo clínico da Oravax comece no segundo trimestre deste ano. A empresa israelo-americana já está a negociar ensaios em vários países, como Israel, Estados Unidos e México, mas também alguns do continente europeu.

Além disso, a farmacêutica também espera poder realizar ensaios em África, onde esta vacina oral seria essencial.

O administrador espera que os dados da Fase I dos ensaios clínicos em humanos estejam disponíveis no prazo de três meses.

Bluepharma desenvolve medicamento para tratar covid

A farmacêutica portuguesa Bluepharma, sediada em Coimbra, está a desenvolver um medicamento para o tratamento da covid-19, revelou à agência Lusa o presidente da empresa, Paulo Barradas Rebelo.

“Está aprovado o financiamento e estamos a fazer o desenvolvimento do medicamento para a covid”, disse o responsável, escusando-se a adiantar mais informação.

Barradas Rebelo explicou que, como empresa que desenvolve medicamentos, a Bluepharma coloca “uma força muito grande em Investigação e Desenvolvimento (I&D)”.

“Separamos bem o I do D. A investigação é de maior risco, leva mais tempo, requer muito investimento. Não deixamos de fazer o investimento, mas doseamo-lo”, contou.

Da verba alocada a I&D, acrescentou o presidente da farmacêutica, “15% são para investigação e 85% para desenvolvimento”.

O desenvolvimento é muito importante para nós e é uma área que emprega gente muito qualificada. Temos 130 cientistas muitos qualificados a trabalhar em I&D”, sublinhou.

A Bluepharma é uma empresa de capitais portugueses, que iniciou a sua atividade em fevereiro de 2001, depois de um grupo de profissionais ligados ao setor ter adquirido a unidade industrial pertencente à multinacional alemã Bayer.

Ao longo dos seus 20 anos, transformou uma unidade industrial que empregava 58 pessoas e operava para o mercado nacional num grupo farmacêutico de 20 empresas e com 750 trabalhadores. A sua atividade percorre toda a cadeia de valor do medicamento, desde I&D até ao mercado.

A empresa projetou um plano estratégico de investimento de cerca de 200 milhões de euros para a próxima década, que inclui a ampliação das atuais instalações em São Martinho (Coimbra), a construção de uma nova unidade industrial em Eiras (Coimbra) e a construção do Bluepharma Park, que será o maior parque tecnológico do cluster farmacêutico a nível nacional.

https://zap.aeiou.pt/vacina-covid-19-modo-comprimido-389316

 

 

Máscaras e distanciamento social “podem durar anos”, defende epidemiologista britânica !

Mary Ramsay, epidemiologista que integra a Public Health England (agência de saúde pública britânica), acredita que as pessoas vão precisar de máscaras e de se distanciar socialmente durante vários anos até que voltemos à normalidade.


À BBC, a responsável do programa de vacinação do Reino Unido disse que é muito provável que o uso de máscara de proteção individual e medidas como o distanciamento físico vigorem durante alguns anos.

“As pessoas já se acostumaram a este tipo de restrições e podem continuar a viver com elas”, argumentou. “Acredito que essas medidas se prolonguem durante alguns anos, pelo menos até que outras partes do mundo estejam tão bem vacinadas quanto nós [Reino Unido], e com os números mais reduzidos também. Só aí poderemos voltar gradualmente a uma situação mais normal.”

Mary Ramsay referiu também que a retoma de grandes eventos, com várias aglomerações de pessoas, requer um planeamento cuidadoso e instruções claras.

No domingo, Matt Hancock, ministro da Saúde britânico, disse que o país vacinou 873.784 pessoas no sábado, ultrapassando o recorde diário que tinha sido conseguido na sexta-feira. A média de vacinação no país foi de dez pessoas por segundo.​

No Reino Unido, o ritmo da vacinação é positivo, mas Ramsay alerta que “é importante que não haja um relaxamento muito rápido das medidas”. “Temos que ter muito cuidado antes que qualquer uma das restrições em vigor seja levantada.”

Ben Wallace, ministro da Defesa britânico, disse no domingo que é prematuro marcar férias de verão fora das ilhas britânicas, porque os turistas podem trazer variantes resistentes às vacinas das suas viagens ao estrangeiro e prejudicar os esforços da campanha de vacinação britânica.

Em fevereiro, um grupo de assessores científicos do Governo disse que será necessário “manter uma linha de base de políticas que reduzam a transmissão” durante algum tempo.

Entre as medidas destacadas pelos especialistas incluem-se testes e rastreamento contínuos, auto-isolamento e mensagens públicas que encorajam “ações voluntárias para reduzir riscos”.

https://zap.aeiou.pt/mascaras-distanciamento-social-anos-389128

 

Turquia abandona tratado europeu para prevenir violência contra mulheres !

A Turquia abandonou este fim de semana a Convenção de Istambul, um tratado pan-europeu para prevenir a violência contra as mulheres, assinado por 45 países há uma década.


A saída, anunciada no jornal oficial do Estado, foi tomada por decreto emitido pelo Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que tinha assinado o mesmo tratado enquanto primeiro-ministro em 2011.

A Turquia estava entre o grupo de 14 Estados pioneiros, que assinaram a Convenção do Conselho da Europa sobre a prevenção e combate à violência contra as mulheres e à violência doméstica em Istambul, em maio desse ano.

O país eurasiático, que segundo os seus críticos nunca implementou a convenção, torna-se assim o primeiro Estado a abandonar o tratado, depois de ter sido, o primeiro a ratificá-lo.

A intenção do Governo turco de abandonar o tratado, liderado pelo partido islâmico AKP, provocou protestos em massa em várias cidades de todo o país no ano passado.

Erdogan disse em agosto de 2020 que se retiraria do acordo “se o povo o quisesse” e anunciou a sua intenção de criar um tratado próprio.

Grupos islâmicos conservadores pressionaram o AKP para esta retirada, considerando que alguns artigos têm um impacto negativo “na estrutura familiar” e vão contra os “valores nacionais”.

Estes grupos alegam que o texto promove a homossexualidade, utilizando o termo “orientação sexual”, e ataca os valores familiares, descrevendo as relações de “pessoas que vivem juntas” sem especificar se são casadas.

Dentro do próprio AKP, há representantes críticos do abandono do pacto, incluindo algumas deputadas e a KADEM, uma organização de mulheres próxima do partido e cuja vice-diretora é Sümeyye Erdogan, a filha do presidente.

A Turquia registou 284 assassinatos sexistas de mulheres em 2020, de acordo com estimativas de Bianet, uma ONG que tem vindo a recolher estes casos há uma década na ausência de números oficiais.

Para além da Turquia, recorde-se que a Polónia também já mostrou intenções de abandonar a Convenção de Istambul. A decisão foi anunciada pelo ministro da Justiça mas, face à pressão das instituições europeias, o partido no poder, Partido Lei e Justiça (PiS), recuou e garantiu que ainda não foi tomada nenhuma decisão.

https://zap.aeiou.pt/turquia-abandona-tratado-europeu-prevenir-violencia-mulheres-389202

 

segunda-feira, 22 de março de 2021

Biden prepara primeiro grande aumento de impostos desde 1993 !

Joe Biden, Presidente dos Estados Unidos, está a preparar o primeiro grande aumento de impostos federais desde 1993 para ajudar a pagar o programa económico de longo prazo.


De acordo com a Bloomberg, ao contrário da lei de estímulo da covid-19 (de 1,9 biliões de dólares), a próxima iniciativa de Joe Biden deve ser ainda maior e não dependerá apenas da dívida do Governo como fonte de financiamento.

A secretária do Tesouro, Janet Yellen, disse que uma parte do próximo projeto de lei terá de ser paga, sinalizando um aumento de impostos. Além disso, os principais consultores preparam agora um pacote de medidas que podem incluir um aumento tanto do imposto sobre as empresas como dos impostos sobre os rendimentos mais elevados.

Cada redução de impostos e crédito tem o seu próprio lóbi a apoiá-los, pelo que mexer nas taxas implica muitos riscos políticos. Segundo a Bloomberg, isto ajuda a explicar porque é os aumentos de impostos na reforma aprovada por Bill Clinton em 1993 se destacam das modestas modificações feitas desde então.

As mudanças planeadas são uma oportunidade para a administração Biden financiar iniciativas importantes – como infraestruturas, clima e um aumento da ajuda para os norte-americanos mais pobres -, mas também para resolver desigualdades no próprio sistema tributário. No fundo, o plano vai testar a capacidade de Biden de manter republicanos e democratas unidos.

O plano atual do Governo tem os mais ricos na mira. De acordo com o matutino, que consultou quatro pessoas com conhecimento das discussões, a Casa Branca deverá propor um conjunto de aumentos de impostos, refletindo as propostas de campanha de Joe Biden para 2020.

Os aumentos incluirão a revogação de partes da lei tributária de 2017 do ex-Presidente Donald Trump que beneficiam corporações e indivíduos ricos, além de outras mudanças para tornar o código tributário mais progressivo.

Visita à fronteira com o México

Este domingo, Biden indicou, que vai deslocar-se à fronteira com o México numa data ainda por determinar, devido ao aumento de imigrantes indocumentados, muitos dos quais menores não acompanhados. “A certa altura, sim”, disse, numa resposta aos jornalistas sobre quando planeava visitar a fronteira.

A administração norte-americana, neste caso representada pelo secretário da Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, defendeu a gestão da crise da imigração e enviar uma mensagem clara: “Não venham para os EUA“.

Biden disse que, além de lançar esse slogan, a administração vai tomar mais medidas. “Estamos agora no processo, incluindo a garantia de restaurar o que existia antes”, quando os imigrantes podiam ficar nos Estados Unidos e arquivar os casos a partir dos países de origem, acrescentou.

Nas principais estações de televisão norte-americanas, Mayorkas repetiu o apelo das autoridades aos imigrantes para não viajem para o país.

Sobre o tempo que levará o executivo a mudar o sistema de imigração, o secretário observou que vai ser “o mais cedo possível“, sublinhando que “é difícil porque todo o sistema foi desmantelado pela administração anterior”.

Existia “um sistema estabelecido tanto durante administrações republicana e democrática, que foi destruído durante a administração” do ex-Presidente Donald Trump. “O que estamos a fazer é abordar as necessidades humanitárias desses menores de forma a refletir os nossos valores e os nossos princípios como país”, disse Mayorkas.

Trump, ainda o líder mais popular entre os republicanos, reagiu a estas declarações e afirmou que entregou à administração Biden “a fronteira mais segura da história”.

O ex-Presidente defendeu que a construção do muro na fronteira com o México, uma das prioridades de Trump travada por Biden no primeiro dia na Casa Branca, fosse retomada, acrescentando que os tráficos de drogas e de seres humanos estão a aumentar na fronteira dos Estados Unidos.

https://zap.aeiou.pt/biden-grande-aumento-impostos-389158

 

Trump vai regressar às redes sociais mas não às que conhecemos !

Donald Trump, antigo Presidente dos Estados Unidos, vai regressar às redes sociais com a “sua própria plataforma” daqui a “dois ou três meses”.

Meses depois de o ex-Presidente norte-americano ter sido banido do Twitter por incitar a invasão ao Capitólio, um conselheiro revelou, este domingo, que Donald Trump deverá voltar numa plataforma própria que está a desenvolver, daqui a “dois ou três meses”.

A informação foi avançada, segundo o The Guardian, por Jason Miller numa entrevista no Media Buzz, da Fox News. O conselheiro revelou que a plataforma vai “redefinir completamente o jogo” e atrair milhões de utilizadores.

Questionado se Trump iria criar a plataforma sozinho ou com uma empresa, Miller disse: “Não posso adiantar muito mais, mas posso dizer que será grande”. De acordo com o conselheiro, estão a decorrer várias reuniões em Mar-a-Lago, a residência do empresário republicano milionário na Florida.

“Não há apenas uma empresa que contactou o Presidente, há várias”, acrescentou.

Mesmo antes da invasão ao Capitólio, a 6 de janeiro, vários conservadores que apoiam Trump alegaram que as próprias redes sociais contribuíram para a sua derrota e que o limitavam. Depois do ataque, Trump foi também suspenso no Facebook e Instagram.

No dia 13 de fevereiro, o antigo Presidente foi absolvido da acusação de “incitamento à insurreição” no julgamento de impeachment. Depois de um julgamento de seis dias, o Senado votou 57 a favor e 43 contra sobre se Trump era culpado de incitar uma insurreição. Sete republicanos juntaram-se aos democratas na votação para o condenar.

No entanto, Trump só seria condenado se dois terços dos senadores – 67 dos 100 – votassem nesse sentido – o que não aconteceu.

https://zap.aeiou.pt/trump-vai-regressar-redes-sociais-389124

 

Repressão em Myanmar faz cada vez mais mortos ! TikTok bane propaganda e conteúdo violento !

Oito manifestantes birmaneses morreram no domingo em Mandalay, a segunda cidade da Birmânia, após uma carga policial durante os protestos contra o golpe de Estado militar em Myanmar.


As manifestações têm sido diárias na Birmânia desde 1 de fevereiro, o dia em que os militares tomaram o poder. Até ao momento, 250 pessoas morreram durante as manifestações reprimidas pela polícia e pelo Exército e mais de 2.600 pessoas foram detidas, de acordo com os dados da Associação de Auxílio aos Prisioneiros Políticos (AAPP).

Os opositores ao golpe de Estado manifestam-se de dia e de noite em vários pontos da Birmânia.

Por volta das 16h30 de domingo (23h em Lisboa) foram ouvidos disparos de armas automáticas na cidade, junto do local onde decorriam os protestos. Oito pessoas foram abatidas e mais de 50 ficaram feridas, disse à France-Presse uma fonte hospitalar.

Em Rangum, os manifestantes voltaram a sair às ruas na manhã desta segunda-feira, depois de protestos que se realizaram durante o fim de semana.

Entretanto, a Austrália e o Canadá estão a prestar assistência consular a um casal de consultores australianos retidos nas casas onde se encontravam e que, aparentemente, foram impedidos de sair da residência no momento em que deviam deslocar-se para o aeroporto para abandonarem a Birmânia. Os ministérios dos Negócios Estrangeiros da Austrália e do Canadá ainda não comentaram o assunto.

BBC anuncia libertação do correspondente local

O canal britânico BBC anunciou esta segunda-feira a libertação do seu correspondente local em Myanmar, Aung Thura, que havia sido detido na sexta-feira. A BBC confirmou a libertação, mas não deu detalhes sobre a situação do jornalista, que foi detido por policias ou militares à paisana.

“O jornalista da BBC Aung Thura, que tinha sido detido, foi libertado na Birmânia poucos dias depois da sua prisão”, relataram alguns meios de comunicação britânicos, lembrando que o jornalista foi levado por homens não identificados na sexta-feira na capital, Naypyidaw.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 40 jornalistas foram detidos desde o golpe de estado em 1 de fevereiro, liderado pelo chefe do Exército e líder da atual junta militar, Min Aung Hlaing, que gerou protestos diários em todo o país para pedir o regresso da democracia.

No dia 8 de março, as autoridades anunciaram a revogação das licenças de cinco meios de comunicação: Myanmar Now, 7DayNews, Mizzima, DVB e Khit Thit Media, dificultando a cobertura dos protestos e da repressão militar.

Embora alguns meios de comunicação continuem a publicar notícias na Internet, todas as edições impressas independentes têm desaparecido desde o golpe militar, deixando Myanmar sem uma imprensa em papel livre pela primeira vez em quase uma década.

Alguns jornalistas continuam a reportar, embora com dificuldade devido às pressões das autoridades e limitações técnicas. A junta militar bloqueia a Internet todas as noites, removeu completamente os dados móveis e também censura as redes sociais Facebook e Twitter.

TikTok remove vídeos violentos de Myanmar

De acordo com o The Verge, o TikTok começou a banir contas de pessoas em Myanmar que publiquem conteúdo violento em apoio ao golpe de estado.

Segundo o Rest of World, soldados do governo em Myanmar publicaram centenas de vídeos no TikTok desde que os seus militares tomaram o poder em fevereiro. Os vídeos variam de propaganda tradicional pró-governo, desinformação destinada a confundir os manifestantes e a ameaças de soldados com armas.

A plataforma começou a moderar ativamente este tipo de contas, indicando que as contas só começaram a ver as publicações removidas no início de março.

O atraso a lidar com este tipo de conteúdo ter-se-á devido à falta de moderadores falantes de birmanês.

O objetivo desta medida é minimizar o eventual papel da empresa no conflito.

“A promoção de ódio, violência e desinformação não tem lugar nenhum no TikTok”, disse um porta-voz da empresa. “Quando identificamos a situação em rápida escalada em Myanmar, rapidamente expandimos os nossos recursos dedicados e intensificámos ainda mais os esforços para remover conteúdo violento. Banimos agressivamente várias contas e dispositivos que identificámos que promoviam conteúdo perigoso em grande escala”.

Ativistas e defensores dos direitos defendem que o uso do TikTok para espalhar propaganda do governo em Myanmar tem semelhanças com a forma como os militares do país usaram o Facebook para fomentar a violência e o discurso de ódio contra a minoria Rohingya do país no início dos anos 2010.

https://zap.aeiou.pt/repressao-em-myanmar-faz-cada-vez-mais-mortos-tiktok-remove-389196

 

AstraZeneca é 80% eficaz acima dos 65 anos - Novo estudo reforça segurança da vacina !

Um novo ensaio clínico realizado nos EUA confirma a segurança da vacina da AstraZeneca e reforça o seu potencial de eficácia, concluindo que previne 80% dos casos de doença por covid-19 em pessoas com mais de 65 anos. Além disso, é 100% eficaz contra sintomas graves.


Estas conclusões foram divulgadas, nesta segunda-feira, pela AstraZeneca, após um ensaio clínico feito com dados relativos a EUA, Perú e Chile.

O ensaio clínico envolveu 32.449 pessoas de todos os grupos etários e foi realizado numa parceria entre as Universidades americanas de Columbia e de Rochester, em colaboração com a AstraZeneca.

A vacina revelou 80% de eficácia na prevenção de casos de doença em pessoas com mais de 65 anos, um dado que não tinha sido marcante em testes anteriores, uma vez que, então, esta população não estava devidamente representada.

“Cerca de um quinto dos voluntários neste ensaio tinha mais de 65 anos” e a vacina, administrada em duas doses, com 4 semanas de intervalo, revelou ser tão eficaz nestas pessoas como nos mais jovens, aponta a BBC, citando o comunicado da AstraZeneca.

Além disso, o ensaio clínico concluiu que a vacina é 79% eficaz contra o coronavírus, considerando todos os grupos etários, e que não apresenta riscos de coágulos sanguíneos.

Também oferece 100% de protecção contra casos graves e hospitalizações, de acordo com o mesmo estudo.

Nenhum dos voluntários que recebeu a vacina desenvolveu sintomas graves da doença ou teve de ser hospitalizado, de acordo com a AstraZeneca.

E entre as 32.449 pessoas vacinadas, apenas surgiram 141 casos de sintomas de covid-19.

“O maior” ensaio clínico já efectuado

Este foi “o maior” ensaio clínico já realizado com a vacina, segundo o The New York Times (NYT) que destaca ainda que os valores de eficácia agora detectados são superiores aos dos primeiros testes realizados na Universidade de Oxford, na fase inicial de aprovação.

No ensaio clínico, participaram 79% de pessoas brancas/caucasianas, 8% de pessoas negras/afro-americanas, 4% de nativos americanos e 4% de asiáticos, sendo que 22% dos participantes eram hispânicos.

E 20% dos participantes tinham 65 anos ou mais anos, sendo que 60% deles tinha comorbilidades associadas a um maior risco de desenvolvimento da forma mais grave de covid-19, como diabetes, obesidade e doenças cardíacas.

“Esta vacina salvará vidas”

Estes resultados são grandes notícias, uma vez que mostram a eficácia notável da vacina numa nova população e são consistentes com os resultados dos testes realizados em Oxford”, constata o professor de imunidade Andrew Pollard, investigador principal do primeiro teste que foi feito na Universidade de Oxford, em declarações divulgadas pela BBC.

“Podemos esperar um forte impacto contra a covid-19 em todas as idades e para pessoas de diferentes origens pelo uso alargado da vacina”, salienta ainda Pollard.

Já a professora Sarah Gilbert, co-designer da vacina, salienta que “é muito importante que tenhamos a oportunidade de proteger as pessoas o mais rápido possível”. “Esta vacina salvará vidas“, diz também na BBC.

A vacina da AstraZeneca foi suspensa em vários países, incluindo Portugal, depois de terem sido reportados casos de coágulos sanguíneos em pessoas inoculadas com ela.

Mas a Agência Europeia do Medicamento (EMA) já veio reforçar que a vacina é segura, depois de ter feitos novas análises aos dados. E Portugal, bem como outros países, retomaram o processo de vacinação com a AstraAzeneca.

Contudo, alguns países mantêm a vacinação suspensa. Na Noruega, as autoridades estão a investigar a morte de duas pessoas depois de terem sido vacinadas com a fórmula da AstraZeneca. O país foi abalado por outras mortes nos últimos dias também associadas à vacina.

Nos EUA, a vacina da AstraZeneca ainda não foi autorizada, mas o país pode nem precisar dela, uma vez que deverá conseguir, antes do aval da Agência do Medicamento, as doses de que precisa para toda a população, avança o NYT.

https://zap.aeiou.pt/astrazeneca-eficaz-65-anos-estudo-389201

 

Deputados franceses querem definir 15 anos como idade mínima de consentimento sexual !

O projeto de lei, que caracteriza as relações sexuais entre adultos e menores de 15 anos como abuso sexual, foi aprovado pela Assembleia Nacional Francesa e pode vir a tornar-se lei em abril.


Na semana passada, a Assembleia Nacional Francesa aprovou um projeto de lei para estabelecer como idade mínima de consentimento sexual os 15 anos, numa tentativa de reforçar a proteção dos menores após vários escândalos de abusos sexuais.

O texto foi aprovado na passada segunda-feira, de forma unânime, e deve agora passar para o Senado para uma adoção definitiva prevista nas próximas semanas.

As crianças estão fora dos limites“, disse o ministro da Justiça, Eric Dupond-Moretti, à Assembleia Nacional, a câmara baixa do Parlamento, antes da votação.

De acordo com o projeto de lei, noticiado pelo The New York Times, uma relação sexual entre um adulto e um menor de 15 anos seria punível com 20 anos de prisão, a menos que a diferença de idade entre os parceiros consensuais fosse pequena.

Para evitar a criminalização das relações legítimas que se formam entre adolescentes e jovens adultos, o texto inclui uma cláusula chamada “Romeu e Julieta“, que prevê que as sanções sejam aplicadas apenas se “a diferença de idade entre o adulto e o menor (de 15 anos) for de, pelo menos, cinco anos”.

A cláusula não se aplica se for cometido um abusou sexual ou agressão.

O projeto, que também inclui uma cláusula que torna o incesto um crime específico, vai ao Senado ainda este mês e deve obter a aprovação final em abril.

Nos últimos meses, França esteve envolvida numa onda de escândalos de pedofilia e abusos sexuais depois de uma importante figura do cenário intelectual parisiense, o cientista político Olivier Duhamel, ter sido acusado por estes crimes.

https://zap.aeiou.pt/15-anos-consentimento-sexual-389133

 

Político indiano disse que calças rasgadas levam ao “colapso social” - Agora, todas as mulheres estão a usá-las !

Mulheres indianas estão a exibir fotografias de si próprias em calças de ganga rasgadas nas redes sociais em resposta a um ministro que disse que usá-las leva ao “colapso social”.


De acordo com o jornal britânico The Independent, o ministro recém-empossado do estado de Uttarakhand, no norte da Índia, Tirath Singh Rawat, fez os comentários polémicos num workshop para a proteção dos direitos da criança em Dehradun. “Calças de ganga rasgadas abrem caminho para o colapso social e são um péssimo exemplo que os pais dão aos filhos”.

Rawat falou de uma época em que conheceu uma mulher que trabalhava para uma organização não governamental e que usava calças de ganga rasgadas.

“Se esse tipo de mulher sai para encontrar pessoas e resolver os seus problemas, que tipo de mensagem estamos a passar para a sociedade, para os nossos filhos?”, perguntou. “Tudo começa em casa. O que fazemos, os nossos filhos seguem. ”

A esposa do ministro, Rashmi Tyagi, professora de psicologia na Garhwal University, tentou defender o marido, dizendo que os seus comentários foram “interpretados erroneamente” e “desproporcionalmente”.

“Ele estava a falar sobre como estamos a imitar a cultura ocidental cegamente e a não seguir as nossas próprias tradições e valores que são filtrados durante milhares de anos de sabedoria cultural”, disse Tyagi.

Os comentários de Rawat provocaram uma reação massiva nas redes sociais de mulheres, ativistas dos direitos de género, políticos da oposição e outros. Desde a noite de quarta-feira, o Twitter na Índia foi inundado com fotografias de mulheres a vestir calças de ganga rsgadas e a usar hashtags como #RippedJeansTwitter.

“O sanskriti (cultura) e os sanskaar (tradições) do país são afetados por homens que se sentam e julgam as mulheres e as suas escolhas”, escreveu Priyanka Chaturvedi, membro da câmara alta do Parlamento da Índia.

Swati Malwal, presidente da Comissão para Mulheres de Deli, escreveu: “A violações acontecem, não porque as mulheres usam roupas curtas, mas porque homens como Tirath Singh Rawat propagam a misoginia e deixam de cumprir o seu dever. Seja solidário com as mulheres em #RippedJeansTwitter!”.

O Congresso Nacional Indiano da oposição exigiu a renúncia ou um pedido de desculpas de Rawat. Jaya Bachchan, membro da Câmara Alta do Parlamento, disse que “este é o tipo de mentalidade que incentiva crimes contra as mulheres”.

Randeep Surjewala, porta-voz chefe do Congresso e secretário-geral, disse que os comentários de Rawat refletem a “face anti-mulheres do partido [governante] Bharatiya Janata, ao qual Rawat pertence”, chamando-o de “um resultado da sua mentalidade medieval”.

Na Índia, de acordo com os últimos dados de registos criminais disponíveis, são registadas pelo menos 88 violações por dia, com uma taxa de condenação abaixo de 30%.

https://zap.aeiou.pt/politico-indiano-disse-que-calcas-rasgadas-levam-ao-colapso-social-a-388832

 

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