Os rumores são avançados em jeito de confirmação por parte do site AllThingsD e segundo as informações apuradas o smartphone vai correr uma versão modificada do Android. A medida não é estranha tendo em conta que Amazon e Barnes & Noble aplicaram a mesma estratégia nos seus tablets low cost recentemente lançados. Ao rodar uma versão costumizada do sistema operativo da Google, o Facebook pode ter uma loja de aplicações próprias concentrando desenvolvedores e utilizadores apenas na marca da rede social.
A integração do Facebook no telemóvel pode ser um aspecto positivo, desde que não se torne demasiado intruso. Porque ter botões, links, sugestões e actualizações do Facebook em cada canto do telemóvel corre o risco de levar os utilizadores a um oversharing, isto é, ficar fartos de partilhas. A estratégia que se prevê que Mark Zuckerberg adopte é um pouco semelhante à integração que a Apple arranj0u entre o Twitter e o iOS 5, onde por exemplo, é possível partilhar uma fotografia directamente da aplicação da câmara fotográfica.
Para já o smartphone do Facebook tem o nome de código “Buffy” igual ao da caçadora de vampiros que entreteve milhares de pessoas na década de 90. Em analogia à série, espera-se que o telefone do Facebook «persiga» a concorrência das marcas mais fortes como Apple, Google e Microsoft. As previsões são de que o smartphone do Facebook chegue aos mercados daqui a 12 ou 18 meses.
Para já nem o Facebook nem a HTC comentaram os rumores sobre o suposto telemóvel, mas um porta-voz do Facebook declarou ao repórter do AllThingsD: “
A nossa estratégia é simples: nós pensamos que qualquer dispositivo móvel é melhor se for profundamente social.
Nós estamos a trabalhar com toda a indústria móvel, com operadores, fabricantes de hardware, fornecedores de sistemas operativos e desenvolvedores de aplicações para trazer poderosas experiências sociais a cada vez mais pessoas por todo o mundo”.
Entretanto outros telemóveis já reclamaram para si o título de Facebookphones como é o caso do Motorola MotoKey Social ou do HTC Status, que tem uma tecla dedicada para as partilhas na maior rede social do planeta.
O Status é conhecido em Portugal como HTC ChaChaCha e tem no mercado português a concorrência do Vodafone 555, um telemóvel QWERTY que também possui uma tecla dedicada para partilhas no Facebook, e do Samsung Ch@at 222, um telefone que apesar de não ter tecla especial para as redes sociais, promete igualmente acesso directo aos seus amigos através da rede social de Mark Zuckerberg.
Não é a primeira vez que o Facebook tenta dar umas facadas nos negócios de outras empresas, principalmente da Google. Exemplo disso é a quantidade de publicidade feita nas páginas da rede social ou o lançamento do Facebook mail, que na altura se previa como um Gmail killer e que até agora poucos sinais de vida tem dado.
O Facebook sempre foi criticado pela sua fraca politica de privacidade, somem a isto uma integração total com o telemóvel e têm o Mark Zuckerberg com a capacidade de controlar cada passo vosso.
É um risco que vale a pena correr ou é só uma suposição exagerada? E será que vale a pena investir num telemóvel inteiramente desenhado a pensar no Facebook? Sabendo que existe apenas uma pequena parte da população que basicamente vive agarrada à rede social, sabe-se ao mesmo tempo que os sistemas operativos concorrentes oferecem aplicações nativas que permitem uma integração aceitável com o Facebook.
E numa altura em que os telemóveis são máquinas cada vez mais poderosas, conseguirá o mercado aceitar mais um dispositivo móvel apenas pela sua integração à rede social? O Facebook diz ter 350 milhões de utilizadores móveis activos, portanto esta é de facto a altura ideal para tentar uma entrada no mundo super concorrido dos dispositivos móveis
Fonte: http://www.tecnologia.com.pt/2011/11/facebook-phone-a-caminho/
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