As finanças do exército dos Estados Unidos estão tão confusas que eles tiveram que fazer trilhões de dólares em ajustes contábeis impróprios para criar uma ilusão de que seus livros estão equilibrados.
O Inspetor-Geral do Departamento de Defesa, em um relatório de junho, disse que o Exército fez US$ 2,8 trilhões em ajustes impróprios nas entradas contábeis em somente um trimestre de 2015 e US$ 6,5 trilhões no ano. No entanto, o Exército não tinha recibos e faturas para apoiar esses números ou simplesmente os inventou.
Como resultado, as demonstrações financeiras do Exército para 2015 foram ‘materialmente equivocadas’, concluiu o relatório. Os ajustes ‘forçados’ tornaram as declarações inúteis porque os gerentes do Departamento de Defesa (DoD) e do Exército não podiam confiar nos dados em seus sistemas contábeis ao tomar decisões de gerenciamento e recursos.
A divulgação da manipulação dos números do exército é o último exemplo dos graves problemas contábeis que afligem o Departamento de Defesa há décadas.
O relatório afirma uma série de reportagens de 2013 da Reuters, revelando como o Departamento de Defesa falsificou a contabilidade em grande escala, enquanto se arrumava para fechar seus livros. Como resultado, não houve como saber como o Departamento de Defesa – de longe o maior pedaço do orçamento anual do Congresso – gasta o dinheiro do público.
O novo relatório centrou-se no Fundo Geral do Exército, o maior de suas duas contas principais, com ativos de US$ 282,6 bilhões em 2015. O Exército perdeu ou não manteve os dados necessários, e grande parte dos dados que teve foi impreciso.
‘Para onde o dinheiro está indo? Ninguém sabe ‘, disse Franklin Spinney, analista militar aposentado do Pentágono e crítico do planejamento do Departamento de Defesa.
O significado do problema contábil ultrapassa a mera preocupação em equilibrar livros, disse Spinney. Ambos os candidatos presidenciais pediram o aumento dos gastos de defesa em meio à atual tensão global.
Uma contabilidade precisa pode revelar problemas mais profundos em como o Departamento de Defesa gasta seu dinheiro. Seu orçamento de 2016 é de US$ 573 bilhões, mais da metade do orçamento anual apropriado pelo Congresso.
Os erros da conta do Exército provavelmente terão consequências para todo o Departamento de Defesa. O Congresso estabeleceu um prazo até 30 de setembro de 2017 para que o departamento se prepare para ser submetido à uma auditoria. Os problemas contábeis do Exército levantam dúvidas sobre se o prazo pode ser cumprido – uma marca negra para a Defesa, uma vez que todas as outras agências federais são submetidas anualmente à uma auditoria.
Durante anos, o inspetor geral – o auditor oficial do Departamento de Defesa – inseriu um aviso legal sobre todos os relatórios anuais militares. A contabilidade é tão pouco confiável que ‘as demonstrações financeiras básicas podem ter declarações erradas não detectadas que são materiais e difundidas’.
Em uma declaração enviada por e-mail, um porta-voz disse que o Exército ‘continua empenhado em se preparar para a auditoria’ no prazo, e está tomando medidas para erradicar os problemas. O porta-voz minimizou o significado das mudanças impróprias, que ele disse que foram de US$ 62,4 bilhões. ‘Embora haja um grande número de ajustes, acreditamos que a informação da demonstração financeira é mais precisa do que o implícito neste relatório’, afirmou.
‘O Grande Plugue’
Jack Armstrong, ex-General Inspetor Geral de Defesa responsável pela auditoria do Fundo Geral do Exército, disse que o mesmo tipo de mudanças injustificadas nas demonstrações financeiras do Exército já estavam sendo feitas quando se aposentou em 2010.
O Exército emite dois tipos de relatórios – um relatório de orçamento e um financeiro. O de orçamento foi completado primeiro. Armstrong disse acreditar que os números confusos foram inseridos no relatório financeiro para fazer fechar os números.
‘Eles não sabem o que os saldos devem ser’, disse Armstrong.
Alguns funcionários dos Serviços Financeiros e Contábeis de Defesa (DFAS), que lida com uma ampla gama de serviços de contabilidade do Departamento de Defesa, se referiram cinicamente à preparação das declarações de fim de ano do Exército como ‘o grande plugue’, afirmou Armstrong. ‘Plugue’ é um jargão de contabilidade para inserir números inventados.
À primeira vista, ajustes que totalizam trilhões podem parecer impossíveis. Os montantes não são nada comparados com todo o orçamento do Departamento de Defesa. Porém, fazer alterações à uma conta também exige fazer alterações em vários níveis de subconjuntos. Isso criou um efeito dominó onde, essencialmente, as falsificações continuavam ocorrendo. Em muitos casos, esse ciclo foi repetido várias vezes para o mesmo item contábil.
O relatório IG também culpou o DFAS, dizendo que também fez alterações injustificadas aos números. Por exemplo, dois sistemas informáticos DFAS mostraram valores diferentes de suprimentos para mísseis e munições, o relatório observou – mas ao invés de resolver a disparidade, o pessoal do DFAS inseriu uma falsa ‘correção’ para fazer coincidir os números.
O DFAS também não conseguiu fazer declarações financeiras exatas de final de ano porque mais de 16.000 arquivos de dados financeiros haviam desaparecido de seu sistema. A falha na programação de computadores e a incapacidade dos funcionários para detectar a falha foram culpadas, disse o IG. O DFAS está estudando o relatório e não tem comentários neste momento ‘, disse um porta-voz.
O Inspetor-Geral do Departamento de Defesa, em um relatório de junho, disse que o Exército fez US$ 2,8 trilhões em ajustes impróprios nas entradas contábeis em somente um trimestre de 2015 e US$ 6,5 trilhões no ano. No entanto, o Exército não tinha recibos e faturas para apoiar esses números ou simplesmente os inventou.
Como resultado, as demonstrações financeiras do Exército para 2015 foram ‘materialmente equivocadas’, concluiu o relatório. Os ajustes ‘forçados’ tornaram as declarações inúteis porque os gerentes do Departamento de Defesa (DoD) e do Exército não podiam confiar nos dados em seus sistemas contábeis ao tomar decisões de gerenciamento e recursos.
A divulgação da manipulação dos números do exército é o último exemplo dos graves problemas contábeis que afligem o Departamento de Defesa há décadas.
O relatório afirma uma série de reportagens de 2013 da Reuters, revelando como o Departamento de Defesa falsificou a contabilidade em grande escala, enquanto se arrumava para fechar seus livros. Como resultado, não houve como saber como o Departamento de Defesa – de longe o maior pedaço do orçamento anual do Congresso – gasta o dinheiro do público.
O novo relatório centrou-se no Fundo Geral do Exército, o maior de suas duas contas principais, com ativos de US$ 282,6 bilhões em 2015. O Exército perdeu ou não manteve os dados necessários, e grande parte dos dados que teve foi impreciso.
‘Para onde o dinheiro está indo? Ninguém sabe ‘, disse Franklin Spinney, analista militar aposentado do Pentágono e crítico do planejamento do Departamento de Defesa.
O significado do problema contábil ultrapassa a mera preocupação em equilibrar livros, disse Spinney. Ambos os candidatos presidenciais pediram o aumento dos gastos de defesa em meio à atual tensão global.
Uma contabilidade precisa pode revelar problemas mais profundos em como o Departamento de Defesa gasta seu dinheiro. Seu orçamento de 2016 é de US$ 573 bilhões, mais da metade do orçamento anual apropriado pelo Congresso.
Os erros da conta do Exército provavelmente terão consequências para todo o Departamento de Defesa. O Congresso estabeleceu um prazo até 30 de setembro de 2017 para que o departamento se prepare para ser submetido à uma auditoria. Os problemas contábeis do Exército levantam dúvidas sobre se o prazo pode ser cumprido – uma marca negra para a Defesa, uma vez que todas as outras agências federais são submetidas anualmente à uma auditoria.
Durante anos, o inspetor geral – o auditor oficial do Departamento de Defesa – inseriu um aviso legal sobre todos os relatórios anuais militares. A contabilidade é tão pouco confiável que ‘as demonstrações financeiras básicas podem ter declarações erradas não detectadas que são materiais e difundidas’.
Em uma declaração enviada por e-mail, um porta-voz disse que o Exército ‘continua empenhado em se preparar para a auditoria’ no prazo, e está tomando medidas para erradicar os problemas. O porta-voz minimizou o significado das mudanças impróprias, que ele disse que foram de US$ 62,4 bilhões. ‘Embora haja um grande número de ajustes, acreditamos que a informação da demonstração financeira é mais precisa do que o implícito neste relatório’, afirmou.
‘O Grande Plugue’
Jack Armstrong, ex-General Inspetor Geral de Defesa responsável pela auditoria do Fundo Geral do Exército, disse que o mesmo tipo de mudanças injustificadas nas demonstrações financeiras do Exército já estavam sendo feitas quando se aposentou em 2010.
O Exército emite dois tipos de relatórios – um relatório de orçamento e um financeiro. O de orçamento foi completado primeiro. Armstrong disse acreditar que os números confusos foram inseridos no relatório financeiro para fazer fechar os números.
‘Eles não sabem o que os saldos devem ser’, disse Armstrong.
Alguns funcionários dos Serviços Financeiros e Contábeis de Defesa (DFAS), que lida com uma ampla gama de serviços de contabilidade do Departamento de Defesa, se referiram cinicamente à preparação das declarações de fim de ano do Exército como ‘o grande plugue’, afirmou Armstrong. ‘Plugue’ é um jargão de contabilidade para inserir números inventados.
À primeira vista, ajustes que totalizam trilhões podem parecer impossíveis. Os montantes não são nada comparados com todo o orçamento do Departamento de Defesa. Porém, fazer alterações à uma conta também exige fazer alterações em vários níveis de subconjuntos. Isso criou um efeito dominó onde, essencialmente, as falsificações continuavam ocorrendo. Em muitos casos, esse ciclo foi repetido várias vezes para o mesmo item contábil.
O relatório IG também culpou o DFAS, dizendo que também fez alterações injustificadas aos números. Por exemplo, dois sistemas informáticos DFAS mostraram valores diferentes de suprimentos para mísseis e munições, o relatório observou – mas ao invés de resolver a disparidade, o pessoal do DFAS inseriu uma falsa ‘correção’ para fazer coincidir os números.
O DFAS também não conseguiu fazer declarações financeiras exatas de final de ano porque mais de 16.000 arquivos de dados financeiros haviam desaparecido de seu sistema. A falha na programação de computadores e a incapacidade dos funcionários para detectar a falha foram culpadas, disse o IG. O DFAS está estudando o relatório e não tem comentários neste momento ‘, disse um porta-voz.
Fonte: http://ovnihoje.com/2017/08/28/voce-ainda-duvida-do-programa-espacial-secreto/