A humanidade ainda não entrou em contato com civilizações alienígenas e
não encontrou vestígios de vida extraterrestre porque a maior parte dos
planetas potencialmente habitáveis faz parte da categoria de mundos
aquáticos cobertos de gelo, disse cientista planetário e líder da missão
New Horizons para Plutão, Alan Stern.
"Mundos aquáticos são um dos melhores ambientes para o nascimento de
vida. Os clarões de supernovas, os meteoritos, mudanças climáticas e
outros acontecimentos que podem eliminar a vida na Terra não os
ameaçam", explicou Stern.
Nos anos 60 do século passado, o astrônomo norte-americano, Francis
Drake, criou uma fórmula para calcular o potencial número de
civilizações extraterrestres existentes.
Entretanto, o físico Enrico Fermi, em resposta a uma avaliação da
probabilidade bastante alta de contatos interplanetários, prognosticada
pela Equação de Drake, desenvolveu uma tese, conhecida agora como o
Paradoxo de Fermi: se as civilizações extraterrestres são tão numerosas,
por que a humanidade não observa nenhuma evidência delas?
Os cientistas buscaram resolver esse paradoxo de várias formas, o mais
popular era a hipótese da "Terra única". Segundo ela, o surgimento dos
seres inteligentes requer condições únicas, ou seja, uma cópia exata do
nosso planeta. Outros astrônomos acreditam que seja impossível entrar em
contato com os extraterrestres, pois civilizações galácticas vêm
desaparecendo demasiadamente rápido para podermos detectá-las ou estão
escrupulosamente escondendo sua presença da humanidade.
Stern propôs sua própria explicação do paradoxo Fermi, que não exige a
existência de civilizações inteligentes ou justificação da unicidade da
Terra.
Examinando as listas de exoplanetas que estão na chamada “zona
habitável”, uma zona na órbita onde a água pode ficar em estado líquido,
o cientista planetário da NASA notou que muitos planetas, parecidos à
Terra, não são corpos celestes rochosos, mas mundos aquáticos. Eles
podem ser completamente cobertos de água no estado líquido ou de gelo,
debaixo do qual há um oceano semelhante aos dos satélites de Júpiter ou
Saturno.
Segundo ele, as condições climáticas nesses planetas são mais favoráveis
para o nascimento e desenvolvimento de vida. Stern disse que
possivelmente a vida em tais planetas exista nas profundezas oceânicas.
"Habitantes dos mundos desse tipo até não suspeitam que no universo
existam estrelas, espaço e outros planetas. Por isso nem eles nem nós
sabemos da existência uns dos outros", concluiu o cientista.
Fonte: http://www.extraterrestreonline.com.br/
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