Em fevereiro de 2012, Trevor McKendrick estava
jantando com sua família quando conheceu um parente meio distante que
estava ganhando de US$ 8 mil (R$ 21 mil) a US$ 10 mil (R$ 26 mil) por
mês vendendo aplicativos na App Store. McKendrick pensou que se aquele
seu parente podia ganhar tudo aquilo sem ser designer ou desenvolvedor
de formação, ele também poderia. Pensou muito no que poderia trabalhar e
foi procurando o que tinha pouca oferta na App Store. Em depoimento ao
produtor de rádio Alex Blumberg, publicado em seu site pessoal, ele
explica que notou que havia poucos aplicativos da Biblìa na língua
espanhola. Foi aí que apostou e, para isso, contratou um programador
romeno para ajudá-lo.
O americano fala espanhol por ter vivido alguns anos no México. De início, sua meta era ganhar US$ 600 por mês - o suficiente para pagar os custos de hospedagem na plataforma. Por estar 'vendendo' a Bíblia, ele lançou o app em um domingo. A partir deste dia, ele passou a checar seu email todos os dias após acordar, verificando quantas vendas havia realizado. No primeiro dia, conseguiu US$ 35,35. No primeiro mês de vendas, foram US$ 1,5 mil. "Mesmo não sendo uma grande quantia, pelo pouco tempo e baixo investimento inicial já podia tê-lo considerado um projeto de sucesso", diz McKendrick.
Foi quando ele decidiu expandir. Contratou um estúdio de gravação para transformar a Biblia em um "audiobook" e lançou, meses depois, um aplicativo separado para quem quisesse escutar o livro em espanhol. Em um mês, teve um faturamento de US$ 5 mil. Só no primeiro ano, o aplicativo gerou US$ 73 mil, enquanto no segundo ano, em 2014, ele obteve mais de US$ 100 mil (R$ 270 mil). Ao longo desse período, ele foi mudando e investindo no layout e em novas personalizações - alterando o formato básico do primeiro app para um layout bem desenhado e mais gostoso de ler.
Durante a entervista a Blumberg, McKendrick comentou que vibrou muito
com sua esposa quando descobriu que realmente estava ganhando muito,
muito dinheiro. "Meu deus, querida, olhe todo esse dinheiro". Ele
comentou que não conseguia acreditar que estava recebendo tanto, se o
trabalho feito havia sido tão pouco. "Eu gastei no máximo uma hora por
mês nesse empreendimento".
Ele afirma que gosta de ganhar muito mais dinheiro, mas que o lado ruim de toda essa história é o fato de que ele é um "vendedor de bíblias" e ateu ao mesmo tempo. "Eu não acredito no Cristianismo. Não acredito na Bíblia", disse ao apresentador. Se hoje ele se descreve como "ateu", seu passado inclui ter estudado em um colégio Mormon e se casado em um colégio Mormon. Mas, segundo explicou na entrevista, após seu irmão deixar a igreja, ele percebeu que tinha muitas dúvidas sobre si mesmo e resolveu largar tudo. "Eu me sinto terrível sobre o fato de vender a Bíblia, mas encaro como um outro livro e acredito que o que realmente vendo é ficção". A culpa não é suficiente para fazê-lo desistir do negócio. Uma das suas saídas que adotou foi utilizar o que ganha para criar uma empresa em cujo negócio ele realmente acredita. Na BackOffice hoje, ele trabalha com um time de cinco pessoas que fornece serviços e manutenção na área de TI.
Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Dilemas/noticia/2015/02/ateu-ganha-r-270-mil-por-ano-vendendo-biblias.html
O americano fala espanhol por ter vivido alguns anos no México. De início, sua meta era ganhar US$ 600 por mês - o suficiente para pagar os custos de hospedagem na plataforma. Por estar 'vendendo' a Bíblia, ele lançou o app em um domingo. A partir deste dia, ele passou a checar seu email todos os dias após acordar, verificando quantas vendas havia realizado. No primeiro dia, conseguiu US$ 35,35. No primeiro mês de vendas, foram US$ 1,5 mil. "Mesmo não sendo uma grande quantia, pelo pouco tempo e baixo investimento inicial já podia tê-lo considerado um projeto de sucesso", diz McKendrick.
Foi quando ele decidiu expandir. Contratou um estúdio de gravação para transformar a Biblia em um "audiobook" e lançou, meses depois, um aplicativo separado para quem quisesse escutar o livro em espanhol. Em um mês, teve um faturamento de US$ 5 mil. Só no primeiro ano, o aplicativo gerou US$ 73 mil, enquanto no segundo ano, em 2014, ele obteve mais de US$ 100 mil (R$ 270 mil). Ao longo desse período, ele foi mudando e investindo no layout e em novas personalizações - alterando o formato básico do primeiro app para um layout bem desenhado e mais gostoso de ler.
Ele afirma que gosta de ganhar muito mais dinheiro, mas que o lado ruim de toda essa história é o fato de que ele é um "vendedor de bíblias" e ateu ao mesmo tempo. "Eu não acredito no Cristianismo. Não acredito na Bíblia", disse ao apresentador. Se hoje ele se descreve como "ateu", seu passado inclui ter estudado em um colégio Mormon e se casado em um colégio Mormon. Mas, segundo explicou na entrevista, após seu irmão deixar a igreja, ele percebeu que tinha muitas dúvidas sobre si mesmo e resolveu largar tudo. "Eu me sinto terrível sobre o fato de vender a Bíblia, mas encaro como um outro livro e acredito que o que realmente vendo é ficção". A culpa não é suficiente para fazê-lo desistir do negócio. Uma das suas saídas que adotou foi utilizar o que ganha para criar uma empresa em cujo negócio ele realmente acredita. Na BackOffice hoje, ele trabalha com um time de cinco pessoas que fornece serviços e manutenção na área de TI.
Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Dilemas/noticia/2015/02/ateu-ganha-r-270-mil-por-ano-vendendo-biblias.html