sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Saúde pública, educação e religião - Biden ainda agora chegou e já está a revolucionar os EUA !

Uma das primeiras áreas a receber a intervenção do novo Presidente norte-americano, Joe Biden, foi a saúde pública. O democrata agiu rapidamente para coordenar um esforço de combate à pandemia de covid-19, com passos dados para expandir a testagem e vacinação e reforçando o uso de máscaras.


“As coisas vão continuar a piorar antes de melhorarem”, disse o novo Presidente, referindo-se à pandemia que assola o país. Biden fez ainda um apelo pessoal aos norte-americanos, pedindo-lhes que usem máscaras nos próximos 99 dias para travar a propagação do vírus.

“Este é um esforço de guerra”, declarou Biden. O tom e planos do Presidente contrastam com os do antecessor, Donald Trump, que procurou por diversas vezes desvalorizar a dimensão da crise.

As novas medidas decretadas por Biden ao longo do dia de ontem estabelecem um comité que irá aumentar a testagem, resolver as faltas de materiais, estabelecer protocolos com viajantes internacionais e direcionar recursos para as comunidades minoritárias mais duramente atingidas.

As novas regras obrigam ao uso de máscara em aeroportos e em alguns transportes públicos, incluindo grande parte dos comboios, aviões e autocarros de longo curso, avança a Reuters.

Ao apresentar o seu plano de luta contra a pandemia de covid-19, o novo inquilino da Casa Branca disse também que os viajantes deveriam estar em condições de apresentar um teste negativo ao vírus. Anunciou ainda que agora será obrigatória a quarentena para todos os que chegam de avião aos Estados Unidos.

A administração Biden vai ainda expandir a produção da vacina e a sua capacidade de adquirir mais doses ao “aproveitar autoridades contratuais, incluindo a Lei de Produção de Defesa”, de acordo com o plano da Casa Branca.

Biden comprometeu-se a fornecer 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19 nos primeiros 100 dias no cargo de Presidente. O plano tem como objetivo o aumento da vacinação, ao abranger mais pessoas, tais como professores e empregados de caixa em supermercados.

O Presidente democrata colocou o combate à doença no topo de uma lista de desafios da sua Administração, que também inclui tópicos como a reconstrução de uma economia devastada e a injustiça racial. O democrata propôs um plano de 1,9 mil milhões de dólares para melhorar os subsídios de emprego e pagamentos diretos aos agregados familiares.

Contudo, algumas das primeiras iniciativas de Biden podem ficar presas no Congresso, onde o Senado está a avaliar como proceder relativamente ao julgamento de destituição de Trump.

Biden revoga “educação patriótica” em escolas

O Presidente dos EUA revogou um recente relatório do Governo de Donald Trump que pretendia promover a “educação patriótica” nas escolas, que foi criticado por historiadores por considerarem que se trata de propaganda política.

Numa ordem executiva assinada na quarta-feira, poucas horas depois de ter tomado posse como 46.º Presidente dos EUA, Biden dissolveu a Comissão 1776, que tinha sido nomeada por Trump, e removeu um relatório que tinha sido divulgado por esse grupo de especialistas na segunda-feira.

No relatório, que Trump esperava que fosse usado nas salas de aula de todo o país, a Comissão 1776 glorificava os fundadores do país, minimizando o papel dos Estados Unidos na escravidão, condenando o crescimento da política progressista e argumentando que o movimento pelos direitos civis tinha entrado em conflito com os ideais defendidos pelos pais fundadores da nação.

O painel de especialistas da comissão, que não incluiu historiadores profissionais dos Estados Unidos, criticava as “ideologias falsas e de moda”, que descrevem a história do país como de “opressão e vitimização”. Em alternativa, o relatório recomendava um esforço renovado para promover “um amor corajoso e honesto” pelos Estados Unidos.

A comunidade de historiadores norte-americanos criticou amplamente o relatório, dizendo que apresenta uma versão falsa e desatualizada da história norte-americana, ignorando décadas de investigação.

“É um insulto a todo o empreendimento educacional. A educação deve ajudar os jovens a aprender a pensar criticamente”, disse David Blight, um historiador da Guerra Civil, da Universidade de Yale, acusando o relatório de ser “uma peça de propaganda da direita”.

O Governo de Trump referiu-se ao relatório como uma “crónica definitiva da criação dos Estados Unidos”, mas historiadores dizem que ignora as regras básicas de documentos científicos, nomeadamente não possuindo referências bibliográficas para sustentar os argumentos.

O relatório também inclui várias passagens copiadas diretamente de outros escritos, como um investigador descobriu, depois de analisar o documento através de um programa informático para detetar plágios.

O relatório terminava pedindo uma mudança estrutural do ensino da história nas escolas e nas universidades norte-americanas, que o painel de especialistas descrevia como sendo “focos de antiamericanismo”.

Na sua ordem executiva de dissolução da Comissão 1776, Biden disse que o objetivo dessa iniciativa era “apagar a história de injustiça racial da América”.

Discórdia sobre o aborto

Joe Biden é o segundo Presidente católico, num país em que o Cristianismo está em maioria (70,6% da população), mas é representado essencialmente por protestantes. Os católicos representam atualmente 20,8% da população norte-americana, recorda o Observador.

Biden não o esconde, sendo que no discurso inaugural, citou Santo Agostinho. Ainda assim, o democrata está longe de ter uma relação pacífica com o eleitorado católico, sobretudo com os mais tradicionalistas, que Trump conseguiu atrair com políticas conservadoras – por exemplo, posicionando-se contra o aborto.

O democrata defende o direito ao aborto e promete transformar o Roe v. Wade – célebre processo judicial de 1973 cuja jurisprudência é atualmente a proteção legal do aborto nos EUA – em lei.

A defesa do aborto tem dificultado a relação entre Biden e a sua própria Igreja. No final de 2019, durante a campanha para as primárias democratas, um padre católico proibiu Biden de comungar durante uma missa no estado da Carolina do Sul, alegando que o democrata não se encontrava em comunhão com a Igreja Católica: “Qualquer pessoa que defenda o aborto coloca-se fora dos ensinamentos da Igreja”.

Ainda na quarta-feira, a Conferência Episcopal dos EUA publicou um extenso comunicado congratulando Biden pela tomada de posse. Porém, apesar da simpatia das primeiras linhas, é possível descortinar no comunicado um tom bastante crítico de Biden ao longo do texto, em que a palavra “aborto” aparece oito vezes.

Por sua vez, o Papa Francisco enviou uma mensagem a Biden, pedindo que “o povo americano continue a ir buscar força aos elevados valores políticos, éticos e religiosos que inspiraram o país desde a fundação”.

Na carta, o Papa destaca os desafios impostos pelas “graves crises que a família humana enfrenta” no momento atual da história, mas absteve-se de qualquer referência a questões como o aborto ou a eutanásia.

https://zap.aeiou.pt/saude-educacao-religiao-biden-eua-374709

 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

União Europeia pode voltar a fechar fronteiras - Alemanha defende que reforço de medidas “é inevitável” !

O El País avança, esta quinta-feira, que a covid-19 está a ameaçar, novamente, a integridade do espaço Schengen. Os parceiros da União Europeia (UE) realizam hoje uma cimeira virtual para analisar a situação pandémica e um novo encerramento das fronteiras internas pode estar em cima da mesa.


O aumento de casos de covid-19 pela Europa pode levar a um novo encerramento das fronteiras da União Europeia, escreve o El País esta quinta-feira.

Apesar de a Comissão Europeia defender que um fecho quase total das fronteiras, como aconteceu em março do ano passado, é desproporcional, há Estados-membros que acreditam que se deve limitar as deslocações transfronteiriças para controlar a propagação das novas variantes do vírus – nomeadamente, a variante britânica, que já foi detetada em vários países.

“Talvez tenhamos de tomar novas medidas para limitar a mobilidade dentro da União Europeia”, disse uma fonte diplomática, citada pelo diário espanhol.

O governo alemão, por exemplo, já distribuiu um documento não oficial, a que o El País teve acesso, no qual sublinha a “necessidade urgente de agir para prevenir ou, pelo menos, retardar a propagação de variantes preocupantes do vírus”.

O texto defende uma rápida alteração da recomendação do Conselho da UE sobre as restrições à liberdade de circulação para incluir a prevalência de novas variantes como um dos critérios para impedir a entrada num território.

O governo alemão argumenta ainda que os países deveriam exigir um teste feito antes da viagem, cumprindo quarentena à chegada caso viajem de locais com alta prevalência destas variantes. Se não for possível fazer-se este controlo, fecham-se as fronteiras do espaço Schengen permitindo só a circulação de trabalhadores, bens e mercadorias.

Esta quarta-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alertou que o fecho generalizado das fronteiras teria um duro impacto na economia. “A mensagem é clara: o fecho puro e duro das fronteiras não tem nenhum sentido. E não é tão eficaz como medidas mais específicas.”

De acordo com o matutino, a criação de centros de teste nos postos de fronteira é apontada como uma das possibilidades para tentar manter a fluidez do tráfego, pelo menos dentro da União Europeia.

A UE conseguiu resistir à segunda vaga do vírus sem impor controlos no espaço Schengen, uma medida que permitiu manter a livre circulação de pessoas e mercadorias e o impulso económico das cadeias produtivas transfronteiriças. No entanto, o cenário desta terceira vaga é muito preocupante em muitos países e a cimeira desta quinta-feira pode marcar o ponto de viragem.

Alemanha avisa que pode voltar a fechar fronteiras

Esta quinta-feira de manhã, Helge Braun, porta-voz do governo alemão, disse em declarações ao canal estatal ARD que era importante conseguir controlar os níveis de infeções, para que os países se possam proteger de novas variantes mais transmissíveis do vírus.

“O perigo é quando as infeções aumentam num país, essa mutação torna-se numa variante maioritária e, depois, já não é possível controlar a infeção. Portanto, a intensificação das medidas nas nossas fronteiras internas é inevitável, e como ninguém quer isso, é importante que atuemos em conjunto agora”, afirmou.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Robert Koch (RKI), a Alemanha registou, na quarta-feira, 1.148 óbitos e 15.974 novos casos de covid-19.

https://zap.aeiou.pt/uniao-europeia-pode-fechar-fronteiras-374400

 

Guardas diabólicas - Mulheres comuns pertenceram à SS e torturaram outras em campo de concentração !

Guardas mulheres pertenceram à SS durante a 2º Guerra Mundial

Perseguir, torturar e matar judeus não foi uma ação impulsionada apenas por homens. Na altura da Segunda Guerra Mundial foram muitas as mulheres que se juntaram à SS para fiscalizar e realizar tarefas nos campos de concentração nazis.

“Trabalhadoras mulheres, saudáveis ​​e com idades entre 20 e 40 anos são procuradas para um local militar. Bons salários e alimentação gratuita, acomodação e roupas são prometidos”, podia ler-se no anúncio de emprego de um jornal alemão de 1944.

O que não era mencionado é que a roupa era um uniforme da SS (polícia nazi), e que o “local militar” seria o campo de concentração feminino de Ravensbrück, na Alemanha.

Naquele local trabalharam guardas mulheres, algumas com filhos. Das varandas, as colaboradoras do regime nazi podiam observar uma floresta e um lago.

“Foi a época mais bonita da minha vida”, afirmou uma ex-guarda, décadas depois, apesar da janela do seu quarto lhe mostrar a outra realidade – o dia a dia das prisioneiras e as chaminés da câmara de gás.

A grande maioria das jovens que ingressava nos campos de concentração eram provenientes de famílias pobres, abandonaram a escola cedo ou tiveram poucas oportunidades de carreira.

Por isso, um trabalho num campo de concentração significava salários mais altos, acomodações confortáveis ​​e independência financeira. “Era mais atraente do que trabalhar numa fábrica”, diz Andrea Genest, diretora do museu de Ravensbrück.

Muitas dessas mulheres foram doutrinadas por grupos de jovens nazis e acreditavam na ideologia de Hitler. “Elas sentiram que estavam a apoiar a sociedade, fazendo algo contra os seus inimigos”, explica Genest.

Espancadas, torturadas ou assassinadas

Cerca de 3.500 mulheres trabalharam como guardas em campos de concentração nazis, e todas começaram em Ravensbrück. Mais tarde, algumas acabaram por ir trabalhar em campos fora do país como é o caso de Auschwitz-Birkenau ou Bergen-Belsen.

“Eram pessoas horríveis”, recorda Selma van de Perre, de 98 anos, que foi uma ativista da resistência judaica holandesa e que acabou por ser presa em Ravensbrück. “Provavelmente estas mulheres gostaram das funções que exerciam porque lhes deu poder. Algumas prisioneiras foram muito maltratadas, espancadas”, conta a ativista.

Os pais e a irmã de Selma foram mortos nos campos de concentração e quase todos os anos a holandesa regressa a Ravensbrück para participar em eventos que têm como objetivo garantir que os crimes cometidos não serão esquecidos.

Ravensbrück era o maior campo exclusivamente feminino da Alemanha nazi e mais de 120 mil mulheres de toda a Europa foram presas naquele local. Algumas delas lutavam pela resistência ou opositores políticos, outras foram consideradas “inadequadas” para a sociedade nazi, pois eram judias, lésbicas, prostitutas ou sem-abrigo.

No campo de concentração alemão, grande parte das mulheres foram intoxicadas por gás ou enforcadas, outras morreram à fome, devido a doenças ou mesmo porque trabalhavam até à morte. Foram tratadas brutalmente por muitas das guardas, sendo espancadas, torturadas ou assassinadas, conta a BBC.

“Cometi um erro? Não.”

Após a guerra, durante os julgamentos de crimes de guerra, Irma Grese foi apelidada de “bela fera” pela imprensa. A jovem era atraente e loira e foi considerada culpada por vários assassinatos, sendo depois condenada à morte por enforcamento.

Desta forma, o cliché da mulher loira e sádica que usava um uniforme da SS, mais tarde tornou-se numa figura sexualizada em filmes e livros de banda desenhada.

Porém, das milhares de mulheres que trabalhavam como guardas da SS, apenas 77 foram levadas a julgamento. E muito poucas foram realmente condenadas.

Herta Bothe, uma dessas mulheres, que foi presa por atos de violência, falou publicamente mais tarde. A alemã foi perdoada pelos britânicos pelas mortes que causou, mas numa rara entrevista, gravada em 1999, pouco antes de morrer, a mulher não mostrou arrependimento.

“Cometi um erro? Não. O erro foi trabalhar num campo de concentração, mas eu tinha que ir para lá, caso contrário eu mesma teria sido colocada nele”.

De acordo com a BBC, esta era a desculpa que as ex-guardas costumavam dar quando iam trabalhar para os campos, mas não era verdade. Os registos mostram que algumas recrutas deixaram Ravensbrück assim que perceberam do que se tratava, sendo que foram autorizadas a sair e não sofreram quaisquer consequências.

Desde o final da Segunda Guerra, as guardas da SS foram transformadas em ficção em livros e filmes. O mais famoso foi “O Leitor”, um romance alemão que mais tarde se tornou num filme protagonizado por Kate Winslet.

https://zap.aeiou.pt/guardas-diabolicas-mulheres-ss-373999

 

Regresso ao Acordo de Paris e à OMS - No dia em que tomou posse, Biden assinou 17 ordens executivas !

O 46.º Presidente dos Estados Unidos assinou, esta quarta-feira, várias ordens executivas, muitas delas para reverter políticas do chefe de Estado anterior.


Esta quarta-feira, os Estados Unidos pararam para ver o democrata Joe Biden tomar posse, na escadaria oeste do Capitólio, como 46.º Presidente do país. No discurso que se seguiu, o novo chefe de Estado celebrou o facto de a democracia ter prevalecido e pediu a todos os norte-americanos, sem exceção, para que tenham espírito de unidade.

De seguida, Biden dirigiu-se à Casa Branca, a sua nova casa, e, tal como tinha prometido, pôs mãos à obra logo nas primeiras horas como Presidente. De acordo com a imprensa norte-americana, o democrata assinou 17 ordens executivas.

Segundo o semanário Expresso, ainda em frente às câmaras e aos jornalistas, na sua primeira vez na Sala Oval, o chefe de Estado assinou as primeiras três decisões como Presidente. “Com o estado atual da nossa nação não havia tempo a perder. Temos de começar a trabalhar imediatamente”, afirmou.

Entre as várias ordens executivas destaca-se o regresso ao Acordo de Paris. Biden já enviou uma nota à ONU para que os Estados Unidos voltem ao grupo de países que se comprometeu a combater as alterações climáticas.

Mas também o recuo na saída da Organização Mundial da Saúde (OMS), tendo nomeado Anthony Fauci, o diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas norte-americano, que tantas divergências teve com Donald Trump como chefe da delegação norte-americana na organização.

Combate à pandemia e apoio aos imigrantes

Biden também disse que um dos seus focos seria o combate à pandemia de covid-19. Prometeu e cumpriu. O democrata assinou um documento que prevê o uso obrigatório de máscara em todas as propriedades federais e lançou o programa “100 Days Masking Challenge” que, tal como o nome indica, desafia os cidadãos a usarem máscara nos próximos 100 dias.

O democrata criou ainda o cargo de Coordenador da Resposta à Covid-19, que reporta diretamente à sua pessoa e faz a gestão da produção e da distribuição das vacinas e do equipamento médico, refere o mesmo jornal.

Relativamente à imigração, outro dos pontos sensíveis, Biden assinou a ordem executiva que cancela a declaração de emergência nacional que estava a ser usada para financiar a construção do muro na fronteira com o México. Acabou ainda com a proibição de cidadãos de sete países, maioritariamente muçulmanos, entrarem no país e suspendeu por 100 dias deportações de imigrantes, embora com algumas exceções.

Revertendo mais uma das políticas anti-imigração de Trump, o democrata reforçou ainda a legislação DACA (“Deferred Action for Childhood Arrivals”), relativa aos filhos dos imigrantes não documentados que já nasceram nos Estados Unidos ou que lá chegaram quando ainda eram crianças.

Tal como prometeu durante a campanha, Biden enviou ao Congresso uma lei que promete um caminho para a cidadania de 11 milhões de residentes indocumentados. A administração do novo Presidente anunciou ainda que irá suspender a inscrição no programa “Stay in Mexico”, que permitiu ao Governo antecessor devolver os requerentes de asilo ao país vizinho.

Em questões de igualdade, o 46.º Presidente pôs um ponto final na Comissão 1776 e ordenou mais uma vez às agências que revejam as ações que asseguram a igualdade racial, adianta o Expresso.

No setor económico, Biden assinou a ordem executiva que estende a todo o país a moratória de despejos e encerramentos até 31 de março e estende ainda, até pelo menos 30 de setembro, a já existente pausa nos pagamentos de empréstimos a estudantes.

Casa Branca recupera versão em espanhol do site oficial

Numa clara mudança de direção, depois da tomada de posse, a Casa Branca relançou a sua página na Internet, em que recupera uma versão em espanhol, que tinha sido eliminada pela anterior Administração.

Recorde-se que o espanhol é falado por mais de 50 milhões de pessoas nos Estados Unidos, e a sua remoção da página oficial da Casa Branca foi assunto de muitas críticas na época, por amplos setores hispânicos nos Estados Unidos e até mesmo pelas autoridades de Espanha e do responsável pela Academia da Língua Espanhola.

No entanto, com Biden na Casa Branca, parece que muita coisa irá mudar, tal como a introdução de uma conta oficial no Twitter em espanhol e, embora ainda não tenha sido divulgada aí nenhuma mensagem, o número de seguidores já começa a crescer.

Ao mesmo tempo, as contas oficiais do Twitter do Presidente (POTUS) e da vice-Presidente, Kamala Harris, também já foram ativadas, após quatro anos marcados pelos tweets diários de Trump, agora banido desta rede social. A primeira-dama, Jill Biden, também já assumiu o controlo da sua conta oficial (FLOTUS), e foi criada uma outra para o marido da nova vice, Douglas Emhoff (SecondGentleman).

A nova porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, comprometeu-se na sua primeira conferência de imprensa a partilhar informações “precisas” com o público e expressou “o seu profundo respeito” por uma imprensa livre e independente.

Numa tentativa de estabelecer um tom diferente dos seus antecessores, Psaki recordou o seu passado como porta-voz do Departamento de Estado na Administração de Barack Obama, quando viu “o poder dos Estados Unidos”, mas também o “poder da verdade, e a importância de dar um exemplo de empenho e transparência”.

“Tenho um profundo respeito pelo papel de uma imprensa livre e independente na nossa democracia e pelo papel que todos eles desempenham”, disse.

“Haverá momentos em que discordaremos, e certamente haverá dias em que discordaremos em grande parte das conferências de imprensa”, acrescentou, frisando que tanto a nova administração como os jornalistas têm um objetivo comum: “partilhar informações precisas com o povo americano”. A porta-voz disse que o objetivo de Biden é “trazer transparência e verdade”.

Psaki deu a primeira pergunta a um repórter da agência Associated Press, uma tradição que, há quatro anos, foi quebrada pelo primeiro secretário de imprensa da Administração Trump, Sean Spicer, que respondeu a uma pergunta de um repórter do New York Post.

https://zap.aeiou.pt/biden-assinou-17-ordens-executivas-374383

 

Com medo da covid-19, homem esconde-se em aeroporto durante três meses !

Com receio de ir para casa devido à covid-19, um homem de 36 anos ficou durante três meses no Aeroporto Internacional O’Hare, em Chicago, nos Estados Unidos (EUA), sem ser descoberto.


De acordo com um artigo da Sky News, Aditya Singh é acusado de invasão criminosa por ocupar uma área restrita do um aeroporto. Segundo as autoridades norte-americanas, o homem chegou a Chicago num voo proveniente de Los Angeles, em 19 de outubro.

Aditya Singh, que ficou no aeroporto entre 19 de outubro de 2020 a 16 de janeiro de 2021, sobreviveu graças à comida de outros passageiros, está desempregado e reside em Orange, na Califórnia.

No sábado, dois funcionários da United Airlines abordaram Singh e pediram a sua identificação. O procurador-geral assistente Kathleen Hagerty disse que este mostrou aos funcionários uma identificação do aeroporto, que teria encontrado, e estava “com medo de ir para casa devido ao covid-19”.

O distintivo pertencia a um gerente de operações que relatou o seu desaparecimento em 26 de outubro.

A defensora pública destacada para o caso referiu que Aditya Singh não tem antecedentes criminais. O homem ficará impedido de entrar no aeroporto.

“O tribunal considera esses fatos e circunstâncias bastante chocantes pelo suposto período de tempo em que ocorreu”, afirmou a juíza Susana Ortiz, responsável pelo caso.

O Departamento de Aviação de Chicago indicou que, embora o incidente permaneça sob investigação, foi determinado que Aditya Singh “não representa um risco para a segurança do aeroporto ou do público”.

https://zap.aeiou.pt/medo-covid-19-homem-aeroporto-3-meses-374237

 

Com hospitais no limite, modelos computacionais podem ajudar a manter as portas abertas !

Modelos computacionais podem ser aplicados para ajudar a fazer uma melhor gestão das camas disponíveis para o internamento de doentes infetados com o novo coronavírus.


A covid-19 está a causar pressão nos serviços de saúde em todo o mundo. Na semana passada, mais de 80% das camas de cuidados intensivos em Inglaterra estavam ocupadas, com avisos de hospitais a atingirem o seu limite nos próximos dias.

Em Portugal, a situação não é muito distinta. Vários hospitais do SNS atingiram o limite, ou estão prestes a atingir, devido ao aumento de internamentos de doentes covid. Lisboa e Vale do Tejo é a região do país mais afetada; na região Centro, os hospitais estão praticamente no limite; e os hospitais de Beja e Évora estão com ocupação plena nos Cuidados Intensivos.

Devido à natureza incerta da pandemia, é difícil prever com certeza quantas camas serão necessárias. Uma opção seria reduzir as admissões de pacientes não-covid, mas isso normalmente é uma alternativa de último recurso.

Diante de um aumento inesperado nos internamentos, os gerentes responsáveis pelo planeamento de camas hospitalares têm relativamente poucas alavancas à sua disposição. Infelizmente, eventos imprevistos, como a rápida disseminação de novas variantes, tornam mais fácil tomar decisões erradas.

É aqui que as equipas de modelação académica podem fornecer orientação prática e aconselhamento a nível hospitalar, nacional e local.

Em meados de março de 2020, novos casos confirmados de covid-19 no Reino Unido estavam a aumentar muito rapidamente. Londres parecia ser a mais atingida, mas a situação começava a tornar-se crítica também na Escócia, onde uma equipa de investigadores tem trabalhado com o serviço nacional de saúde escocês.

Os conselhos hospitalares estavam a ser fortemente aconselhados pelo governo escocês a reduzir substancialmente os internamentos de pacientes não-covid e as salas de cirurgia foram transformadas em salas com camas covid-19. Além disso, os pacientes internados por outros motivos, muitos deles idosos, tiveram alta assim que possível ou foram transferidos para lares.

No entanto, no final de março de 2020, os investigadores já previam que o pico de casos seria atingido nas duas primeiras semanas de abril. Em consequência, os planos para reduções adicionais em cuidados de saúde não-covid poderiam ser arquivados num estágio anterior do que seria possível de outra forma, e os gerentes hospitalares poderiam contemplar o futuro com maior confiança.

Como funcionam os modelos computacionais?

Os modelos computacionais que estimam a necessidade de camas hospitalares, seja em unidades de cuidados intensivos (UCI), unidades de cuidados continuados (UCC) ou enfermarias gerais, precisam de ter em consideração alguns fatores-chave.

Isso inclui o número de novas infeções, a proporção estimada de pessoas infetadas que requerem internamento hospitalar, o tempo de internamento provavelmente necessário e o número de camas já ocupadas, seja por pacientes com covid-19 ou por pessoas internadas por doenças não relacionadas.

Como a força total da pandemia de covid-19 começou a tornar-se nacionalmente aparente, uma questão chave era quantas camas de cuidados intensivos seriam necessárias localmente para o aumento iminente de pacientes infetados.

A equipa de investigadores colaborou, então, com o departamento de saúde pública e construiu um modelo que mostrava o impacto dos novos casos esperados de covid-19, com um perfil de idade detalhado, sobre o uso de camas de UCI, UCC e enfermarias gerais num horizonte de planeamento de seis a oito semanas.

O modelo resultante, publicado em novembro na revista científica Impact, forneceu aos executivos do National Health Service Lanarkshire (NHSL) uma ferramenta para prever as necessidades críticas durante a pandemia.

Um dos pontos fortes desta tecnologia foi a capacidade de incorporar dados locais detalhados – por exemplo, perfis de idade, distribuição de tempo de internamento, grupos de contágio locais – no quadro nacional.

A situação atual

Essencialmente, o mesmo cenário enfrentado em março de 2020 está a acontecer agora. Os casos de covid-19 aumentaram muito rapidamente durante o período de Natal e Ano Novo, à medida que a nova variante do coronavírus se estava a consolidar.

Como antes, surgiram questões urgentes sobre o quanto a atividade de saúde não-covid deveria ser reduzida. Novamente, os investigadores estão a inserir os dados de casos e perfis de idade mais recentes no modelo computacional para apoiar os gerentes hospitalares na tomada dessas decisões difíceis.

Já está a ficar claro que as atuais medidas de confinamento no Reino Unido estão a ter um efeito de amortecimento significativo sobre o crescimento de novos casos em Lanarkshire e noutros lugares.

E essa nova tendência de queda nos casos já se reflete nas últimas previsões dos investigadores, apresentadas na semana passada, para a ocupação de camas nas próximas seis semanas – que mostram uma redução substancial em comparação com as previsões de há apenas duas semanas.

https://zap.aeiou.pt/hospitais-limite-modelos-computacionais-373990

 

Novo estudo reitera eficácia da vacina da Pfizer contra variante britânica do coronavírus

Um novo estudo da empresa alemã BioNTech sugere que a vacina desenvolvida por esta e pela farmacêutica norte-americana Pfizer contra a covid-19 é também eficaz na variante do coronavírus que surgiu no Reino Unido.


O estudo, ainda não revisto pelos pares, tem por base testes em laboratório, nos quais a equipa constatou que todas as mutações da variante britânica do coronavírus foram neutralizadas pelos anticorpos no sangue de 16 pacientes que receberam a vacina anteriormente, metade dos quais com mais de 55 anos, avançou esta quarta-feira a TSF.

O resultado “torna muito improvável que a variante do vírus do Reino Unido escape” da proteção concedida pela vacina, lê-se no estudo, liderado pelo CEO da BioNTech, Ugur Sahin. Não há “nenhuma diferença biologicamente significativa na atividade de neutralização” entre os resultados dos testes em versões do coronavírus original, sequenciado na China, e a nova variante do Reino Unido.

A Pfizer já alertou que se o vírus sofrer grandes mutações a vacina terá eventualmente de ser ajustada. Esta nova variante foi detetada, na semana passada, em 60 países e territórios, disse esta quarta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS). É considerada entre 50 e 70% mais contagiosa do que o coronavírus original.

https://zap.aeiou.pt/estudo-eficacia-vacina-pfizer-variante-britanica-virus-374211

 

Charles Michel propõe “pacto fundador” para tornar Europa e EUA “mais fortes” !

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, propôs esta quarta-feira ao novo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a criação de um “pacto fundador” para tornar a Europa e a América “mais fortes”.


“No primeiro dia do seu mandato, dirijo uma proposta solene ao novo Presidente dos Estados Unidos: vamos construir um novo pacto fundador para uma Europa mais forte, para uma América mais forte e para um mundo melhor”, referiu Charles Michel durante uma intervenção numa sessão plenária do Parlamento Europeu (PE) onde os eurodeputados discutiram a situação política nos Estados Unidos.

Charles Michel referiu que o novo pacto fundador – que demonstra a vontade dos europeus “de estarem juntos e mobilizados” para “trabalhar com os Estados Unidos” – se focará em “cinco prioridades”: fortalecer a cooperação multilateral, combater a pandemia de Covid-19, responder ao desafio climático, reconstruir as economias e “juntar forças na segurança e defesa”.

Além disso, o presidente do Conselho salientou também que o dia 06 de janeiro de 2021 – em que apoiantes do Presidente Donald Trump invadiram o Capitólio – demonstrou o “desafio particular” que os Estados Unidos e a UE têm especialmente em comum: “proteger a democracia e o Estado de direito”.

“O dia 06 de janeiro foi uma lição para todos nós, porque mostra que mesmo nas nossas democracias bem estabelecidas, tomamos muitas vezes a democracia e o Estado de direito como um dado adquirido. Proteger a democracia requer vigilância e trabalho constante para promover a coesão das nossas sociedades”, frisou.

Ainda assim, e apesar da proposta de um novo “pacto fundador”, o presidente do Conselho Europeu convidou os EUA a olharem de maneira diferente para os europeus, referindo que as diferenças entre os Estados Unidos e a UE se mantêm e não irão “desaparecer magicamente”.

“Os Estados Unidos mudaram e a maneira como são vistos pela Europa e pelo resto do mundo também mudou. Da mesma maneira, a forma como os Estados Unidos veem a Europa terá talvez também de mudar. A UE escolhe o seu caminho e não espera pela autorização dos outros para tomar decisões”, destacou.

Apesar disso, Charles Michel referiu o que “une” os dois parceiros “é muito maior” do que o que os separa, descrevendo as raízes históricas da relação entre a UE e os Estados Unidos, ilustradas pelas “estátuas de heróis europeus à frente da Casa Branca (…) que derramaram o seu sangue para ajudar a construir a liberdade e a democracia na América”, mas também relembrando as “centenas de milhares de americanos que derramaram duas vezes o seu sangue no século passado para proteger a democracia e a liberdade na Europa”.

“Foi por isso que os acontecimentos no Capitólio nos chocaram tanto. A escuridão da violência nunca irá apagar a luz da democracia: a lei, a ordem e a democracia prevaleceram sobre esta tentativa vergonhosa de derrubar o resultado das eleições”, frisou Charles Michel.

Concluiu referindo que espera que o dia de hoje “será um dia de transição pacífica” e um “grande dia para a democracia Americana, como o tem sido nos últimos 200 anos”.

O democrata Joe Biden toma posse esta quarta-feira como Presidente dos EUA, numa Washington deserta, por causa da pandemia, e invadida por 25 mil soldados, por causa da segurança.

https://zap.aeiou.pt/pacto-fundador-europa-eua-374135

 

Irão impõe sanções simbólicas a Donald Trump - Presidente iraniano saúda “fim” da era do “tirano” !

O Irão impôs esta terça-feira sanções ao Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, e a diversos membros da sua administração sobre o seu alegado apoio ao “terrorismo”, de acordo com a página digital do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano.


O porta-voz do ministério, Saeed Khatibzadeh, indicou que para além de Trump, as sanções são dirigidas ao secretário de Estado, Mike Pompeo, ao secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, à chefe da CIA, Gina Haspel, e a seis outros responsáveis oficiais.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano não especificou, no entanto, que género de sanções foram impostas.

O Irão tem imposto espaçadamente sanções simbólicas a responsáveis oficiais dos EUA. O anúncio desta terça-feira coincide com o último dia de Trump na Sala Oval da Casa Branca.

Khatibzadeh disse que as sanções têm por base a lei iraniana, e são o resultado do envolvimento da administração Trump no assassínio do general iraniano Qassem Soleimani em janeiro de 2020, e no seu apoio a Israel no seu conflito com os palestinianos.

O porta-voz da diplomacia iraniana também se referiu ao suposto envolvimento dos Estados Unidos na morte do cientista nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh em dezembro, e no seu alegado desempenho na “guerra criminal” no Iémen.

Em dezembro, o Irão impôs sanções ao embaixador dos EUA no Iémen pelo seu alegado apoio aos ataques aéreos da coligação liderada pela Arábia Saudita contra as forças Huthis do Iémen, apoiados por Teerão.

Presidente iraniano saúda “fim” da era do “tirano” Trump

Além disso, o Presidente iraniano, Hassan Rohani, saudou esta quarta-feira o “fim” da era do “tirano” Donald Trump.

“A era de outro tirano está a chegar ao fim e hoje é o último dia do seu terrível reinado”, disse Rohani.

“Ao longo dos seus quatro anos só trouxe injustiça e corrupção e só trouxe problemas ao seu próprio povo e ao resto do mundo”, disse o Presidente iraniano, num discurso televisivo.

Teerão e Washington romperam as relações diplomáticas em 1980.

Em 2018, Trump retirou unilateralmente os Estados Unidos do acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano alcançado em Viena em 2015, reinstalando as sanções norte-americanas que o pacto tinha levantado em troca de uma limitação drástica do controverso programa atómico da República Islâmica.

O regresso das sanções mergulhou o Irão numa violenta recessão e, em resposta à saída dos Estados Unidos do acordo de Viena, Teerão libertou-se, desde 2019, da maioria dos seus principais compromissos assumidos em Viena.

Numa audiência de confirmação do Senado, Antony Blinken, que foi escolhido por Biden para ser o responsável pelos negócios estrangeiros, disse, na terça-feira, que as políticas de Trump tinham tornado o Irão “mais perigoso”.

Blinken confirmou a vontade do Presidente eleito, Joe Biden, de trazer rapidamente os Estados Unidos de volta ao âmbito do Acordo de Viena, mas condicionou este regresso do Irão ao estrito cumprimento dos seus compromissos.

O democrata Joe Biden toma posse hoje como Presidente dos EUA, numa Washington deserta, por causa da pandemia, e invadida por 25 mil soldados, por causa da segurança.

https://zap.aeiou.pt/irao-sancoes-sauda-fim-era-tirano-trump-374099

 

Paquistão lança míssil de maior alcance produzido no país !


 

Sputnik Brasil

Atentados suicidas deixam dezenas de mortos em Bagdad !


 

Rogério Anitablian

A RÚSSIA TEM AGORA O SEU PRÓPRIO GUAIDÓ E CHAMA-SE NAVALNY !


 

Casando O Verbo

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Transmissão Live - Dia da posse: Joseph Biden torna-se o 46º presidente dos EUA !

The Sun

Forte explosão em edifício no centro de Madrid - Há pelo menos dois mortos !

Uma forte explosão provocou por volta das 15:00 (14:00 em Lisboa) desta quarta-feira o desmoronamento de parte de um edifício do centro de Madrid.
Pelo menos duas pessoas perderam a vida.

A explosão atingiu a fachada de um edifício localizada na Rua de Toledo, no bairro de La Latina, muito perto da Porta de Toledo, ao lado da igreja de La Paloma.

De acordo com o El País, os quatro andares superiores do edifício ficaram destruídos.

Bombeiros locais confirmaram ao mesmo jornal que pelo menos duas pessoas perderam a vida na sequência do incidente, cuja causa ainda não é conhecida. Alguns média espanhóis apontam uma fuga de gás como causa do acidente.

Os moradores estão a ser transportados para um hotel nas proximidades.

Neste momento, muitos polícias e pessoal das forças de proteção civil estão na área que foi completamente isolada, estando em curso a evacuação de transeuntes, segundo imagens transmitidas pelas televisões. 


RTVE Noticias

https://zap.aeiou.pt/forte-explosao-edificio-no-centro-madrid-374270



 

Homens vendem e doam espermatozóides nas redes sociais e a procura é surreal !

São muitos os norte-americanos que têm vendido ou doado o seu esperma nas redes sociais. A procura pelo material tem sido cada vez maior, e os bancos não estão a dar conta desta nova realidade, que tem sido cada vez mais frequente desde que a covid-19 se espalhou pelo mundo.


“As pessoas estão fartas dos bancos de esperma”, disse Kyle Gordy, norte-americano que mora em Malibu, na Califórnia. Gordy investe em imóveis, mas passa a maior parte do tempo a doar o seu esperma gratuitamente.

Além disso, o norte-americano administra um grupo privado de quase 11 mil membros no Facebook, chamado Sperm Donation USA, que ajuda as mulheres a entrarem em contacto com vários doadores.

O norte-americano assume ao NYT que o seu esperma já gerou 35 filhos, e que neste momento “estão mais cinco a caminho”.

De acordo com o jornal americano, esta sempre foi uma realidade iminente, mas agora a pandemia está a criar uma escassez nos bancos de esperma e nas clínicas de fertilidade. Os homens pararam de ir doar com tanta frequência, porém a procura mantêm-se estável em alguns bancos e noutros tem até aumentado.

“Temos batido recordes de vendas desde junho em todo o mundo”, revela Angelo Allard, do Seattle Sperm Bank, um dos maiores bancos de espermatozoides do país.

Michelle Ottey, diretora do Fairfax Cryobank, outro grande banco de esperma, disse que a procura pelo catálogo online aumentou porque com a pandemia “as pessoas estão a ver que existe a possibilidade de haver uma maior flexibilidade nas suas vidas e no trabalho”.

Num momento em que o setor não está a conseguir dar resposta à procura, os doadores falam agora diretamente com os clientes.

“Pessoas querem esperma com formação universitária”

“O recrutamento de dadores é um desafio crescente”, disse Scott Brown, vice-presidente do California Cryobank.

Grande parte das pessoas querem espermatozoides inteligentes. É por isso que alguns dos grandes bancos de esperma se situam perto de faculdades de elite. “As pessoas querem esperma com formação universitária”, diz Rosanna Hertz, diretora de estudos femininos no Wellesley Colleg.

Contudo, num situação normal, um dador geralmente iria ao banco uma ou duas vezes por semana para produzir espermatozoides suficientes para vender a dezenas de famílias, o que com a pandemia já não acontece.

Outra razão pela qual os bancos estão a ter dificuldades em angariar esperma deve-se às regras rígidas da Food and Drug Administration. A instituição determinou que o esperma tem que ser colocado em quarentena durante seis meses após uma doação, e os homens têm que regressar ao local todas as vezes que um lote é libertado para fazer exames de sangue.

Apesar dos problemas, a procura por bebés em plena pandemia está a tornar-se insaciável.

No entanto, o preço do esperma permanece bastante alto e nem todas as famílias têm capacidade de ter o adquirir. Cada frasco de um banco premium pode custar até 1.100 dólares. O fornecedor garante que um frasco deverá ter entre 10 e 15 milhões de espermatozoides móveis. A cada mês, durante a ovulação, a mulher (ou o seu médico) abre o frasco e injeta o esperma.

A recomendação é comprar quatro a cinco frascos para cada criança desejada, já que a mulher pode demorar alguns meses a tentar engravidar, o que torna o processo ainda mais caro.

Os “reis do esperma”

Enquanto muitas famílias lutam por obter esperma oriundo dos bancos, milhares de mulheres tentam encontrar outra forma de serem mães.

Nos últimos seis meses, muitas pessoas juntaram-se a grupos do Facebook para procurar dadores, também conhecidos como os “reis do esperma”. Ao contrário do que acontece nos bancos de esperma, onde cada dador tem um limite de famílias para fazer doações, estes homens não têm essas barreiras e quase todos o oferecem gratuitamente.

Cada vez mais vão surgindo aplicações para encontrar dadores, como a Modamily e a Just a Baby, que estão cada vez mais a ser solicitadas.

Também existem grupos no Facebook com dezenas de milhares de membros – onde os homens publicam fotos de eles próprios, ou até com os seus próprios filhos, e anunciam as suas qualidades físicas e intelectuais mostrando-se assim interessados em doar o seu material reprodutivo.

Nesses grupos do Facebook, os homens considerados mais bonitos pelas utilizadoras são bombardeados nos comentários por dezenas de interessadas.

A maioria dos doadores especifica que irá fazer a doação através de inseminação artificial, inseminação natural ou até mesmo sexo. Contudo, a linha entre o altruísmo e torção sexual é bastante ténue e pode levantar questões de segurança.

Segundo o NYT, a maior parte dos dadores usam ferramentas de transporte de esperma relativamente baratas, como o Natal Donor, ou empresas de análise e armazenamento de esperma como o Dadi Kit.

“Os nossos bebés custaram 136 dólares cada um”

Kayla Ellis, é dona de casa e mãe de um bebé. Juntamente com a sua esposa encontrou o seu dador na aplicação Just a Baby, em 2019.

“Pudemos sustentar confortavelmente as crianças, mas não podíamos arcar com a pressão financeira absurda que os bancos de esperma iriam causar ”, disse Ellis, acrescentando que esta foi a principal razão para procurarem esperma noutro lugar.

Atualmente, Ellis tem uma conta no TikTok onde se dedica a falar sobre “como conceber um filho através da doação particular de esperma”. Na sua conta, possui mais de 91 mil seguidores, e agora, tanto Ellis como a sua esposa, estão grávidas do seu segundo filho. O doador foi o mesmo e o local onde o processo se desenrolou também: o Airbnb.

A influencer assume que “os nossos bebés custaram 136 dólares cada um”.

De acordo com o NYT, provavelmente, o dador mais famoso dos EUA é Ari Nagel, porque se dirige diretamente ao consumidor há mais de uma década. O professor doa o seu esperma com bastante liberdade e tem vários processos de paternidade.

O americano está atualmente no Zimbabué a fazer doações e depois vai para a Nigéria. Neste momento, 15 mulheres estão grávidas de Nagel nos Estados Unidos.

https://zap.aeiou.pt/reis-esperma-procura-surreal-373222

 

Motores das transições climática e digital vão guiar retoma pós-pandemia !

O primeiro-ministro Português está no Parlamento Europeu, em Bruxelas, esta quarta-feira, na condição de presidente em exercício do Conselho da União Europeia, para debater as prioridades para o primeiro semestre do ano.


Menos de uma semana depois da visita a Lisboa de uma delegação do colégio da Comissão Europeia e de também já ter recebido, no início do mês, o presidente do Conselho Europeu, António Costa completa, esta quarta-feira, a ronda de discussões institucionais sobre o programa do semestre com o Parlamento Europeu.

Num discurso perante a assembleia, reunida esta semana pela primeira vez em sessão plenária, ainda que com a grande maioria dos eurodeputados a participarem à distância, o primeiro-ministro destacou que a “primeira condição da recuperação é o sucesso do processo de vacinação”.

Só em conjunto venceremos o vírus, restabelecendo a plena liberdade de circulação e todo o potencial do mercado interno, mas também a indispensável solidariedade internacional para a erradicação da pandemia à escala global, seja nas nossas vizinhanças, em África ou na América Latina”, sublinhou.

O líder do Governo disse ainda que a presidência portuguesa dará prioridade à retoma pós-pandemia guiada pelos “motores das transições climática e digital”.

“Para isso temos de concluir os processos de ratificação da decisão de recursos próprios em todos os Estados-membros, de votar neste Parlamento o regulamento que foi já acordado e, finalmente, aprovar os 27 Planos Nacionais de Recuperação e Resiliência”, apelou Costa, salientando novamente: “Só venceremos esta crise no conjunto da União”.

“Temos de pôr em execução os instrumentos de recuperação económica e social. (…) Temos de iniciar a implementação dos programas do novo Quadro Financeiro Plurianual, designadamente aqueles que, graças à determinação do Parlamento Europeu, beneficiaram de um importante reforço, como os Programas Horizonte Europa, EU4Health, ou ERASMUS +, que tanto reforçam o espírito europeu”, disse ainda.

“Continuamos em emergência climática”

O responsável insistiu que, apesar da “máxima atenção que o combate à pandemia exige”, não permite que a UE “descure os seus desafios estratégicos”, razão pela qual “a recuperação europeia deve basear-se nos motores das transições climática e digital”.

“Estamos em emergência sanitária, mas continuamos em emergência climática“, apontou o chefe do Governo, instando à concretização do Pacto Ecológico Europeu para combate às alterações climáticas, nomeadamente através da aprovação da nova Lei do Clima a nível europeu.

“Esta é a década decisiva, que exige maior esforço e ambição, para conseguirmos cumprir o nosso compromisso de atingir a neutralidade carbónica em 2050”, apontou.

Para António Costa, “esta é também a década da Europa Digital”, pelo que a presidência portuguesa da UE irá dedicar “uma atenção particular ao novo Pacote dos Serviços Digitais, recentemente proposto pela Comissão, enquanto instrumento legislativo fundamental para a proteção dos direitos individuais e da soberania democrática, e para trazer maior concorrência ao mercado digital, estimulando o empreendedorismo e a criatividade”.

“A recuperação não se pode limitar a responder às necessidades do presente com estímulos de conjuntura, mas com investimentos e reformas que nos permitam sair da crise mais resilientes, mais verdes, mais digitais”, afirmou.

Pilar social é a melhor vacina contra “medo e populismo”

“Os populismos que minam as nossas democracias alimentam-se do medo. Concretizar o Pilar Social é por isso a melhor vacina contra as desigualdades, o medo, o populismo”, referiu ainda o socialista.

Frisando que a concretização do Pilar Social é uma prioridade da presidência portuguesa e que servirá de “base de confiança dos europeus na capacidade da Europa liderar as transições climáticas e digitais”, Costa referiu que “não há tempo a perder” e que “é tempo de agir”.

Nesse âmbito, o chefe do Executivo referiu que a sua concretização terá lugar no que qualificou de “evento central” da presidência portuguesa – a Cimeira Social, a 7 de maio, no Porto – e que irá juntar “os parceiros sociais, a sociedade civil, os presidentes das instituições e os Estados-membros”.

“O principal objetivo da Cimeira é dar um forte impulso político ao Plano de Ação, que a Comissão vai apresentar em março e que materializa a ambição expressa pelos nossos cidadãos de pôr em prática os 20 Princípios Gerais proclamados em 2017 em Gotemburgo.”

Costa explicitou ainda que o Pilar Social servirá para “reforçar as qualificações dos cidadãos”, de maneira a que estes “sejam atores e não vítimas” da transição climática e digital, e para “investir mais na inovação” e “reforçar a competitividade” das empresas. Tudo isto, segundo o primeiro-ministro, permitirá o “reforço da proteção social” e assegurará que “ninguém fica para trás”.

“Uma União Europeia aberta ao mundo”

O primeiro-ministro aproveitou ainda para dirigir “votos dos maiores sucessos” ao novo Presidente norte-americano. “Neste dia em que tomará posse o Presidente Joe Biden, não posso deixar de lhe dirigir os votos dos maiores sucessos no seu mandato e de referir a necessidade de relançarmos as relações, cada vez mais próximas, com os Estados Unidos”, nomeadamente nas áreas do clima, da luta contra a covid-19, na defesa do multilateralismo, da segurança, do comércio, e também do digital, declarou.

O chefe do Governo deixou também uma palavra em particular para o “novo vizinho e velho aliado” Reino Unido, que “continuará a ser um importante parceiro para a União Europeia”.

Apontando também que “a principal marca” da presidência portuguesa, quanto ao Indo-Pacífico, “será promover uma parceria mais próxima e estratégica entre as duas maiores democracias do Mundo, a União Europeia e a Índia“, Costa lembrou aquele que será o principal evento do semestre em termos de relações com países terceiros: “acolheremos uma cimeira UE-Índia, no Porto, em maio, centrada na cooperação em matéria do digital, comércio e investimento, produtos farmacêuticos, ciência e espaço”.

Costa fez ainda questão de se referir ao que classificou como “uma questão central da relação da Europa com o Mundo: as migrações”, um tema que admite não ser consensual entre os 27.

“Estamos cientes das diferentes sensibilidades existentes. Mas as migrações são uma realidade desde que existem seres humanos no planeta. E assim continuará a ser enquanto a espécie humana conseguir sobreviver. É também inegável que a sua gestão exige uma ação europeia comum. Devemos, portanto, continuar o trabalho sobre o novo Pacto para as Migrações e o Asilo, tentando encontrar o equilíbrio adequado entre as suas dimensões interna e externa, sem esquecer também a migração legal”, declarou.

Esta quarta-feira, António Costa vai ainda reunir-se separadamente com os líderes das duas maiores bancadas do Parlamento Europeu, o alemão Manfred Weber, presidente do grupo do Partido Popular Europeu (PPE), e a espanhola Iratxe García, presidente do grupo dos Socialistas e Democratas (S&D). A terminar a agenda da deslocação de hoje a Bruxelas, está prevista uma nova reunião com Charles Michel, na sede do Conselho, às 17h00 locais.

https://zap.aeiou.pt/antonio-costa-parlamento-europeu-374184

 

NAÇÃO CONTRA NAÇÃO: NO ÁRTICO, O CLIMA COMEÇA A ESCALDAR !

Casando O Verbo

Variante britânica detetada em 60 países - Alemanha receia mutações e prolonga confinamento até meados de fevereiro !

A variante britânica do vírus da covid-19 continua a espalhar-se pelo mundo e foi detetada, na semana passada, em 60 países e territórios, disse esta quarta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS).


Esta nova estirpe está presente em mais dez países e territórios, comparando com 12 de janeiro, disse a OMS na sua Análise Epidemiológica Semanal.

Já a variante sul-africana, que, tal como a britânica, é muito mais contagiosa do que o vírus SRA-CoV-2 original, está a espalhar-se mais lentamente e está presente em 23 países e territórios, mais três do que a 12 de janeiro, acrescentou.

A OMS também informou ter monitorizado a propagação de duas outras variantes que apareceram no Brasil (P1), no estado do Amazonas, uma delas detetada no Japão em quatro brasileiros.

“Há atualmente pouca informação disponível para avaliar se a transmissibilidade ou se as severidades são alteradas por estas novas variantes”, observou a agência da ONU.

A variante britânica comunicada à OMS em meados de dezembro é considerada 50 a 70% mais contagiosa do que o novo coronavírus original e está presente nas seis áreas geográficas da OMS, enquanto a variante sul-africana está presente apenas em quatro delas, sublinhou a OMS, sem especificar quais.

Existe também a questão da eficácia das vacinas contra estas novas variantes, mas até agora não há provas de que sejam menos eficazes.

Além disso, os laboratórios deram garantias de que estão aptos a fornecer rapidamente novas versões da vacina, se necessário.

Alemanha receia mutações e prolonga confinamento

A chanceler Angela Merkel e os governadores dos 16 estados da Alemanha decidiram prolongar o confinamento em vigor até meados de fevereiro e receiam que as recentes mutações da covid-19 aumentem o número de casos.

A taxa de infeção naquele país estabilizou-se nos últimos dias, o que pode significar que as restrições em vigor estão a ser eficazes na redução dos contágios.

A entidade responsável pela prevenção e controlo de doenças na Alemanha registou esta terça-feira 12.159 novos casos do novo coronavírus e 1.139 mortes, o que sobe para 49,244 o número total de óbitos, notícia a agência AP.

No entanto, o aumento de novas infeções na Grã-Bretanha e Irlanda, que estarão relacionados com uma variante do vírus mais contagiosa, deixou as autoridades alemãs preocupadas com a hipótese desta mutação se espalhar rapidamente, caso as medidas não fossem prolongadas ou mesmo endurecidas.

Merkel e os governadores já agendaram para a próxima semana uma nova reunião.

Todos os nossos esforços para conter a propagação do vírus estão a enfrentar uma séria ameaça”, realçou a chanceler alemã, em declarações aos jornalistas em Berlim, referindo-se à nova mutação da covid-19.

Além de prolongar o encerramento dos restaurantes, lojas e escolas até 14 de fevereiro, as autoridades acordaram também em exigir à população a utilização das máscaras FFP2 ou KN95, consideradas mais eficazes, nos transportes públicos e nas lojas.

As autoridades pretendem ainda exigir aos patrões que permitam o teletrabalho aos empregados, sempre que possível, para evitar contágios em contexto de trabalho.

O governador do Estado da Saxónia, Michael Krretschmer, região que até recentemente registava os maiores índices de infeção no país, destacou que é importante reduzir ainda mais o número de novos casos.

“Atualmente vemos na Grã-Bretanha o que acontece quando há uma mutação, os números explodem”, sublinhou, em declarações ao canal noticioso ntv.

Os profissionais de saúde têm exigido um prolongamento ou mesmo o endurecimento das medidas de confinamento, visto que muitos hospitais ainda se encontram no limite, com as unidades de cuidados intensivos sobrelotadas em alguns pontos do país.

“As medidas atuais para limitar os contactos sociais parecem estar a surtir efeito”, apontou a responsável da associação de médicos Marburger Bund, Susanne Johna, em declarações à agência de notícias DPA.

Susanne Johna realçou que estas medidas devem ser mantidas para reduzir ainda mais o número de infeções: “Precisamos urgentemente de mais alívio”.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.041.289 mortos resultantes de mais de 95,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

https://zap.aeiou.pt/variante-britanica-60-alemanha-prolonga-374110

 

Biden assume leme dos EUA - Trump concede 140 perdões e pede que se “reze” pelo sucessor !

Joe Biden assume esta quarta-feira o leme dos Estados Unidos. Porém, antes de sair, o Presidente cessante, Donald Trump, perdoou e comutou penas a mais de 140 pessoas.

Nas horas finais da sua presidência, Donald Trump perdoou 73 pessoas, incluindo o seu ex-conselheiro Steve Bannon, que enfrenta acusações de fraude. Outras 70 pessoas tiveram as suas sentenças comutadas.

De acordo com a BBC, Steve Bannon foi um importante estrategista e conselheiro de Trump durante a sua campanha de 2016, acusado em agosto do ano passado de fraude numa campanha de angariação de fundos para construir um muro na fronteira dos Estados Unidos com o México.

O rapper Lil Wayne recebeu um perdão e houve comutações para Kodak Black e o ex-autarca de Detroit Kwame Kilpatrick.

Lil Wayne confessou ser culpado de uma acusação federal de porte de armas no ano passado e foi perdoado. Kodak Black, que também foi acusado de crimes com armas de fogo, teve a sua sentença de três anos e 10 meses comutada.

Além disso, Kwame Kilpatrick foi condenado em 2013 a 28 anos de prisão sob a acusação de extorsão e suborno durante o seu mandado como autarca de Detroit entre 2002 e 2008. A sua sentença foi comutada.

Já Anthony Levandowski recebeu o perdão total de uma sentença de 18 meses. O ex-engenheiro da Google, admitiu ter roubado tecnologia secreta relacionada com carros autónomos da empresa.

O Presidente não concedeu perdões preventivos a si mesmo ou aos seus familiares. Trump ainda pode emitir mais indultos na manhã desta quarta-feira, uma vez que permanece no cargo até que Biden faça o juramento de posse fora do Capitólio.

Trump pede que americanos “rezem” pelo novo Governo

Num discurso de despedida à nação esta terça-feira, Donald Trump tentou destacar os sucessos do seu Governo, numa altura em que está implicado num julgamento de impeachment sob a acusação de incitar uma insurreição.

Trump apelou também aos americanos para “rezar” pelo novo Governo.

“Esta semana, inauguramos um novo Governo e oramos pela seu sucesso em manter a América segura e próspera”, disse Trump, que não deverá comparecer à posse do presidente eleito Joe Biden, citado pela NBC News.

“Fizemos o que viemos fazer aqui – e muito mais”, referindo-se às conquistas legislativas conservadoras do governo, reforma da justiça criminal, ganhos no mercado de ações, benchmarks económicos e nomeações judiciais recorde. “Acima de tudo, reafirmamos a ideia sagrada de que, na América, o Governo responde ao povo”.

Trump falou novamente contra a rebelião no Capitólio após ter sido universalmente condenado por incitar a multidão. “Todos os americanos ficaram horrorizados com o ataque ao nosso Capitólio. A violência política é um ataque a tudo que prezamos como americanos”, afirmou. “Isso nunca pode ser tolerado.”

Trump disse ainda que o país “deve ser sempre uma terra de esperança, luz e glória para todo o mundo”, enquanto também elogiou os esforços de imigração de linha dura do Governo e o seu muro de fronteira há muito prometido, que ficou aquém do que Trump inicialmente prometido.

Biden empossado numa Washington deserta e vigiada

Joe Biden toma posse esta quarta-feira como Presidente dos Estados Unidos, numa Washington deserta, por causa da pandemia, e invadida por 25 mil soldados, por causa da segurança.

Os habitantes de Washington foram convidados a ficar em casa e a acompanhar virtualmente a cerimónia de tomada de posse de Joe Biden como 46.º Presidente dos Estados Unidos, para não correrem riscos sanitários, por causa da pandemia de covid-19, ou de segurança, lembrando ainda o ataque ao Capitólio, no passado dia 6.

Quem já prometeu que não ficará sequer em Washington é o Presidente cessante, Donald Trump, que assistirá à cerimónia a partir do seu clube em Mar-a-Lago, na Florida, rompendo com a tradição de estar presente na transferência de poderes.

A tradição diz que o Presidente cessante e a primeira-dama dão as boas-vindas ao novo casal presidencial na manhã da cerimónia de investidura, antes de todos se deslocarem desde a Casa Branca até ao Capitólio.

O Governo cessante estará representando pelo seu vice-preseidente, Mike Pence, que já telefonou à sua sucessora, Kamala Harris, dando-lhe os parabéns pela vitória nas eleições de 3 de novembro, ao contrário do que Trump fez com Biden.

Para além das questões de segurança, que obrigaram à convocação de um enorme efetivo da Guarda Nacional, a tomada de posse fica marcada pela pandemia de covid-19, que já tinha dominado a campanha eleitoral e que agora obriga a medidas de restrição no protocolo da cerimónia.

Sem público a assistir presencialmente, o evento passa para o registo virtual, acompanhado por um programa televisivo que será transmitindo em direto e em simultâneo por vários canais, conduzido pelo ator Tom Hanks e em que a cantora Lady Gaga entoará o hino nacional e o momento musical fica a cargo da latina Jennifez Lopez

Logo a seguir ao juramento, Biden deverá colocar uma coroa de flores no túmulo do soldado desconhecido, no cemitério nacional de Arlington, ao lado dos seus três antecessores, que estarão presentes em todos os momentos da tomada de posse: Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama.

No regresso do cemitério, a procissão presidencial parará a algumas centenas de metros da Casa Branca e Joe Biden poderá caminhar até à sua nova residência.

O novo Presidente poderá então anunciar as suas primeiras decisões presidenciais, das quais foi dando já alguns sinais, nomeadamente anunciando que deverá usar alguns decretos para dar um primeiro impulso ao seu programa político.

https://zap.aeiou.pt/biden-assume-ltrump-concede-140-perdoes-374103

 

 

Escutas, cartas e chantagens - Como o FBI tentou minar reputação de Martin Luther King !

Desde a Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade em 1963 até aos seu assassinato em 1968, o FBI lançou-se numa intensa campanha para desacreditar Martin Luther King Jr., de acordo com o novo documentário “MLK/FBI”. 


“O primeiro medo que [o diretor do FBI J. Edgar Hoover] teve foi que [Martin Luther] King se alinhasse ao Partido Comunista, que J. Edgar Hoover era obcecado em destruir”, explicou o diretor de cinema Sam Pollard, que realizou o novo documentário “MLK/FBI”, em declarações ao NPR.

No dia em que assinala o dia de Martin Luther King, o portal explica que o documentário de Pollard se basiea em arquivos recém-desclassificados obtidos através do Freedom of Information Act, juntamente com imagens de arquivo restauradas, e mostra o quanto King e os seus associados foram marcados por parte do Governo na década de 1960.

A campanha do FBI contra King começou com escutas, mas rapidamente cresceu. Quando as escutas telefónicas revelaram que King estava a ter casos extraconjugais e que estava a ser infiel à esposa Coretta Scott King, o FBI mudou o seu foco para descobrir todas as evidências da sua infidelidade, gravando-o nos seus quartos de hotel e pagando a informantes para o espiar.

Eventualmente, o FBI escreveu e enviou a King uma carta anónima, juntamente com algumas das gravações obtidas pelas escutas, sugerindo que se deveria matar.

Ao ler a carta, Pollard ficou impressionado com o facto de que parecia ter sido escrita por alguém próximo a King. “Não só estavam a tentar fazer parecer que era um ex-associado a escrever a carta, mas também um negro”, contou o diretor do documentário. “Esta deveria ser a polícia do país, que deveria estar a fazer a coisa certa, e este é o caminho que farão para destruir um ser humano? É horrível.

A esperança de Hoover era que a imprensa escrevesse sobre o assunto e que isso desacreditasse King e a sua reputação como cristão honesto que liderava o movimento pelos direitos civis.

Segundo a ABC News, o ex-diretor do FBI James Comey chama a vigilância e a forma como foi usada para minar King “a parte mais sombria da história”.

O objetivo de Pollard com “MLK/FBI” é mostrar até onde as autoridades foram para parar King e encontrar o homem por trás do mito. “Foi o grande orador na marcha em Washington, com o seu discurso I Have a Dream“, disse Pollard. “Mas era um homem complicado na sua vida pessoal.”

O diretor também procurou mostrar um ponto mais amplo: quanto mais as coisas mudam, mais permanecem as mesmas. “Não quer dizer que não houve progresso”, disse Pollard. “Mas o racismo sistémico faz parte do ADN da América.”

Como evidência, Pollard aponta para o recente tumulto no Capitólio dos Estados Unidos. Para o direto, esse é um exemplo de história a repetir-se de “formas muito tristes e trágicas”.

https://zap.aeiou.pt/escutas-cartas-chantagens-fbi-king-373898

Desvendada causa de doença que infetou centenas de pessoas na Índia (mas ainda há questões por responder !

No mês passado, centenas de pessoas adoeceram com uma doença misteriosa na cidade de Eluru, na Índia. A causa da doença inicialmente permaneceu desconhecida, levando a uma grande confusão e preocupação, mas, desde então, pesticidas e metais pesados foram apontados como os principais suspeitos.


Cerca de 600 pessoas adoeceram de forma aguda no início de dezembro de 2020 no estado de Andhra Pradesh, no sul da Índia, apresentando uma ampla gama de sintomas, desde ansiedade e convulsões até queimaduras nos olhos e vómitos. Duas pessoas, ambas na casa dos 50 anos, morreram após adoecerem com esses sintomas. Porém, não houve novos casos relatados desde dezembro.

“Não consigo me lembrar do que exatamente aconteceu comigo naquele dia. Acordei e tomei o pequeno almoço às 8h da manhã, como de costume. Depois de lavar as mãos, fiquei tonto, sentei-me na cama e de repente tive uma convulsão”, disse uma pessoa, em declarações ao New Indian Express.

Os médicos ficaram perplexos, mas especialistas de uma série de instituições científicas indianas e mundiais rapidamente começaram a colher amostras dos pacientes e do ambiente local numa busca para identificar a causa da doença.

O Ministro da Saúde do estado disse que todos os pacientes tiveram resultado negativo à covid-19. Amostras de sangue também não mostraram qualquer evidência de infecção viral e infecções bacterianas também foram descartadas.

Muitas das outras descobertas foram confusas e não tão simples. De acordo com o jornal Hindu, cientistas do All India Institute Of Medical Science (AIIMS) relataram que as amostras de sangue dos pacientes continham vestígios de metais pesados, como chumbo e níquel, enquanto as amostras de leite locais também continham níquel. Por outro lado, o Instituto Indiano de Tecnologia Química não encontrou níveis preocupantes de metais pesados ​​na água local.

No entanto, os cientistas descobriram que as amostras de sangue continham chumbo e diclorodifeniltricloroetano (DDT). Embora o DDT tenha sido proibido para uso agrícola em todo o mundo, ainda é usado para controlar a malária em algumas partes do mundo.

Essas descobertas levaram o governo de Andhra Pradesh a concluir que a infiltração de pesticidas no abastecimento de água era o “principal motivo” da doença. No entanto, não é totalmente compreendido porque é que centenas de pessoas ficaram tão gravemente doentes de repente em dezembro.

Segundo o IFLScience, alguns investigadores sublinharam que partes de Andhra Pradesh têm sido castigadas pela agricultura e indústria intensivas há várias décadas e foi notado que uma variedade de agroquímicos e pesticidas eram aplicados extensivamente na região montanhosa.

Especula-se que a súbita onda de doenças foi um efeito indireto sobre as fortes chuvas e inundações vistas nos meses anteriores, que poderiam ter levado os produtos químicos para os sistemas de água locais.

Alguns dos institutos científicos e médicos que trabalham na investigação, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estão a convocar um painel de especialistas para examinar como exatamente esses pesticidas conseguiram entrar no corpo humano.

A crise sanitária surge numa altura em que a Índia enfrenta uma outra batalha de saúde pública, uma vez que é o segundo país mais atingido pelo coronavírus no mundo. O Estado de Andhra Pradesh, local do surto da doença desconhecida, é também um dos mais atingidos pela covid-19 e conta com mais de 800 mil infeções.

https://zap.aeiou.pt/desvendada-causa-misteriosa-doenca-na-india-ainda-ha-373843

 

Mulher condenada a 43 anos de prisão após ter criticado a monarquia tailandesa !

A ex-funcionária pública foi condenada por partilhar ficheiros áudio nas redes sociais, que continham duras críticas à monarquia da Tailândia. A sentença, proferida na terça-feira por um tribunal criminal em Banguecoque, foi de mais de 43 anos de prisão.


Anchan Preelerd foi acusada de divulgar ficheiros de áudio no Facebook e no YouTube, onde foram feitas críticas à monarquia do país. Inicialmente, a tailandesa tinha sido condenada a 87 anos, mas a pena foi reduzida após esta se declarar culpada.

Segundo o NYT, foi a mais longa sentença por violar a lei lesa-majestade da Tailândia, que criminaliza qualquer tipo de difamação a membros seniores da família real.

“O veredicto do tribunal é chocante e envia um sinal assustador de que não apenas as críticas à monarquia não serão toleradas, mas que também serão severamente punidas”, disse Sunai Phasuk, investigador da Human Rights Watch

A Tailândia viu um aumento nos casos de lesa-majestade desde o final do ano passado, depois de mais de dois anos em que a Seção 112 do código penal, que se refere às medidas a ser tomadas para todos os que criticarem os principais membros da realeza, não foi aplicada.

A pausa foi uma ordem do do rei Maha Vajiralongkorn, que queria que os processos fossem suspensos, segundo o primeiro-ministro Prayuth Chan-ocha.

Contudo, essa decisão foi tomada antes do surgimento de um movimento de protestos no ano passado, altura em que tanto o rei como o primeiro-ministro foram duramente criticados. Os manifestantes, que se reuniram em comícios de rua, pediram que a família real – uma das mais ricas do mundo – ficasse sob a jurisdição da Constituição da Tailândia.

Os tailandeses exigiram o escrutínio das finanças do palácio, já que o estilo de vida luxuoso do rei contrasta fortemente com a crise económica causada pela pandemia.

Nas últimas semanas, dezenas de tailandeses, incluindo adolescentes e estudantes, foram acusados ​​de violar a Seção 112. Porém, com os protestos liderados por estudantes a diminuir devido ao surto do novo coronavírus na Tailândia, vários grupos de direitos humanos garantem que o governo está a usar os tribunais para silenciar alguns dos manifestantes.

A Seção 112 do código penal considera o insulto ou difamação do rei ou dos seus parentes próximos, um crime punível entre 3 e 15 anos de prisão. Cada pena é contabilizada separadamente, o que explica a razão pela qual a pena de prisão de Anchan é tão longa.

A mulher foi considerada culpada em 29 aspetos diferentes.

Enquanto aguardava julgamento, Anchan esteve presa entre 2015 e 2018, de acordo com sua equipa jurídica. Pawinee Chumsri, um dos advogados, revelou que estava a planear um recurso, mas admitiu ter poucas esperanças. 

https://zap.aeiou.pt/mulher-condenada-criticado-monarquia-374013

 

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