quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

São vários os países que querem a Sputnik V mas isso pode ser um problema para a Rússia !

A procura externa pela vacina Sputnik V não pára de aumentar, mas a estratégia de espalhar a produção pelo mundo está a ser um problema para a Rússia.


A Sputnik V, vacina russa contra a covid-19 com eficácia de 91,6%, tem surpreendido o mundo inteiro. Segundo o Expresso, já são mais de 50 os países que querem a vacina, mas a elevada procura está a começar a causar problemas na distribuição.

Como a Rússia tem uma capacidade limitada para produzir a Sputnik V, o Russian Direct Investment Fund (RDIF), o fundo estatal que controla a distribuição da vacina, está a procurar fechar acordos com países onde a indústria farmacêutica está mais desenvolvida.

Nos acordos, estão incluídas cláusulas que permitem à Rússia receber milhões de doses da sua própria vacina.

O Financial Times avança que o RDIF assinou contratos de produção com 15 empresas em dez países diferentes, num total de 1.4 mil milhões de doses. Alguns dos países – como a China, a Índia ou a Coreia do Sul – vão produzir a Sputnik V para exportá-la, enquanto outros – como o Brasil e a Sérvia – terão de se preocupar apenas com o mercado interno.

Esta solução “resolve o problema da produção em larga escala, ao mesmo tempo que oferece disponibilidade local”, exclareceu Cyrillic Dmitriev, responsável da RDIF.

Ainda assim, a solução não é perfeita, uma vez que a vacina fica assim à mercê de uma “vasta rede” de “empresas privadas subcontratadas”, o que poderá tornar o processo mais lento. Algumas empresas garantiram ao Financial Times que vão demorar meses até conseguirem produzir a Sputnik V na máxima força.

As fábricas no Brasil e na Índia são responsáveis por produzir mais de metade das doses previstas pelo RDIF, mas adiantaram ao matutino que a produção dessas doses ainda nem começou.

Outro exemplo é a GL Rapha, a fabricante sul-coreana dedicada apenas à exportação, que admitiu não ter capacidade para cumprir o acordo que fez com o RDIF – 150 milhões de doses num ano. Face à incapacidade, viu-se obrigada a subcontratar a produção a outra empresa, além de já ter expandido as suas próprias instalações.

https://zap.aeiou.pt/querem-sputnik-v-problema-russia-381568

 

Agências do medicamento reúnem-se para monitorizar vacinas - Estudo critica o facto de doentes mentais não serem prioritários !

Um novo estudo critica vários países europeus, entre os quais Portugal, por não incluírem os doentes mentais nos grupos prioritários do plano de vacinação. As agências europeias do medicamento reúnem-se hoje para para fazer um ponto de situação das vacinas contra a covid-19 e analisar a adaptação às novas variantes.


O estudo, publicado ontem na revista científica Lancet Psychiatry, crítica os vários países europeus que excluem quem tem doenças mentais graves do grupo prioritário de vacinação contra a covid-19.

De acordo com a TSF, o artigo revela que as pessoas com doença mental grave – esquizofrenia, doença bipolar ou depressão muito grave – têm maior ou igual risco de internamento e morte por covid, que pessoas com outras doenças crónicas (como as doenças cardíaca ou renal grave), incluídas, em Portugal, na fase 1 de vacinação.

Apesar disso, as doenças mentais são desvalorizadas por 16 dos 20 países estudados e não constam nem na segunda fase do plano nacional de vacinação.

Marisa Casanova Dias, vice-presidente da Organização Europeia de Médicos Especialistas de Psiquiatria e coautora do estudo, disse, em declarações à TSF que “é preciso corrigir urgentemente esta desigualdade“.

“É incompreensível que tantos países, incluindo Portugal, continuem a ignorar a evidência científica e a não priorizar as pessoas com doença mental nas estratégias de vacinação”, criticou Marisa Casanova Dias.

Os autores do artigo sublinham que “um plano de vacinação eficaz é fundamental para poupar vidas” e que “vacinar os grupos de maior risco deverá ser uma prioridade de qualquer país”, já que neste momento apenas a Alemanha, Holanda, Reino Unido e Dinamarca incluem doentes mentais nos grupos prioritários.

“A evidência científica mostra que o risco de infeção é 65% maior para aqueles com doença mental e a probabilidade de morte duas a três vezes superior do que na população em geral”, diz Marisa Casanova Dias.

Os autores do estudo chegam mesmo a falar em discriminação, com a coautora a sublinhar a evidência científica e a adiantar que “sabemos que há um estigma associado à doença mental, sendo quase um esquecimento não dar importância a estes doentes”.

Agências europeias do medicamento reúnem-se

Os responsáveis das agências europeias do medicamento reúnem-se esta quinta-feira para fazer um ponto de situação das vacinas contra a covid-19, um encontro onde deverá ser analisada a adaptação às novas variantes do SARS-CoV-2.

“Vamos focar-nos muito em questões relacionadas com a estratégia da covid-19 em aspetos que têm a ver com a avaliação dos medicamentos a nível europeu, nomeadamente as vacinas e a sua monitorização”, adiantou à Lusa o presidente da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).

Segundo Rui Santos Ivo, que preside a esta reunião virtual do Grupo dos Chefes das Agências Europeias do Medicamento, no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, o encontro pretende debater a forma de “organizar melhor os recursos disponíveis para poder continuar a dar resposta necessária” nesta fase da pandemia.

“Num momento inicial tivemos de preparar a avaliação das primeiras vacinas, agora temos de encarar aquilo que nos está a ser solicitado: a monitorização e acompanhamento das vacinas, que vão aumentando em número, e as possíveis alterações necessárias para se adaptarem às novas variantes do vírus”, salientou o presidente do Infarmed.

De acordo com Rui Santos Ivo, na prática, trata-se de coordenar as várias matérias que são comuns à rede de autoridades do medicamento a nível europeu, que congrega peritos dos vários Estados-membros.

Este trabalho abrange as mais variadas áreas, desde a avaliação das vacinas, até à inspeção de novos locais de fabrico, o que também “passa pelos peritos das agências, num processo que tem de ser mantido em continuo e com uma grande articulação”, salientou o responsável do Infarmed.

Rui Santos Ivo adiantou que o Infarmed vai estar envolvido, em breve, numa inspeção a um local de produção de vacinas na África do Sul.

O Grupo dos Chefes das Agências Europeias do Medicamento é composto pela rede das autoridades nacionais competentes que são responsáveis pela regulamentação dos medicamentos de uso humano e veterinário no espaço europeu.

Este organismo coopera com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e com a Comissão Europeia, através da Direção-Geral da Saúde e Segurança Alimentar.

Investigadores querem adiar toma da segunda dose

De acordo com o Eco, dois investigadores americanos estão a pedir aos governos que adiem a administração da segunda dose da vacina contra a covid-19 da farmacêutica Pfizer. Isto porque a primeira toma revela uma eficácia de 92,6%, segundo os documentos da Pfizer enviados ao regulador americano do medicamento, a FDA.

Segundo Danuta Skowronski e Gaston De Serres, o mesmo acontece com a vacina da Moderna, que apresenta 92,1% após a toma da primeira dose, uma eficácia ligeiramente mais baixa.

Na carta, publicada ontem no New England Journal of Medicine, os investigadores não recomendam a toma de dose única devido à falta de dados, mas alertam para o facto de a administração da segunda dose um mês após a primeira proporcionar “pouco benefício adicional a curto prazo”.

Em resposta, a Pfizer disse que os regimes de dosagem alternativos da sua vacina ainda não tinham sido avaliados e que a decisão de o fazer cabe às autoridades sanitárias.

https://zap.aeiou.pt/agencias-reunem-monitorizar-vacinas-381540

 

Itália regista aumento de novos casos e admite mais restrições, e, Espanha impõe quarentena a alguns passageiros !

Autoridades italianas debatem a necessidade de aplicação de novas medidas restritivas de combate à disseminação da covid-19. Em Espanha é imposta quarentena a passageiros que venham do Brasil e da África do Sul de forma a evitar a propagação de novas variantes no país.

Itália registou 12 074 novos casos de covid-19, 1 688 a mais do que na terça-feira, e 369 mortes nas últimas 24 horas, informou esta quarta-feira o Ministério da Saúde italiano.

Perante este aumento de novos casos, as autoridades italianas debatem a necessidade de aplicação de novas medidas restritivas de combate à disseminação da covid-19, procurando antecipar a propagação de novas variantes do novo coronavírus.

O país permanece estável em termos de número de novas infeções nas últimas semanas, com um total de 2 751 657 pessoas contaminadas desde o início da crise sanitária, em 21 de fevereiro do ano passado.

As mortes nas últimas 24 horas, 369, são 33 a mais que na terça-feira, e o número total de óbitos até agora é de 94 540.

Dos 388 864 casos ativos de covid-19, 18 274 pessoas estão internadas em hospitais com sintomas e 2043 estão em unidades de cuidados intensivos.

A campanha de vacinação em Itália avança rapidamente e já foram aplicadas 3 146 842 doses, enquanto 1 298 844 pessoas já receberam as duas doses para terem a imunização necessária contra o novo coronavírus

A maior parte do território italiano está na “zona amarela”, que implica menos restrições, mas ainda assim inclui recolher obrigatório às 22h00, com bares e restaurantes a encerrar às 18h00.

Abruzzo, Umbria, Ligúria, Toscana e a província autónoma de Bolzano estão na “zona laranja”, nível médio de restrições, com bares, restaurantes e museus fechados.

Nenhuma região do país está atualmente em “zona vermelha”, que obriga ao mais rigoroso nível de medidas de restrição.

Nos últimos dias, vários virologistas demonstraram preocupação com o avanço das várias variantes do vírus e pediram ao Governo para que aplique medidas mais severas de restrições, para reduzir os contactos sociais.

Já em Espanha, o Governo decidiu impor uma quarentena aos passageiros provenientes do Brasil e da África do Sul que chegam ao país, a fim de evitar a propagação de novas variantes do Coronavírus.

O anúncio foi feito pela Ministra da Saúde, Carolina Darias, na conferência de imprensa após uma reunião que teve com todos os responsáveis do setor nas 17 comunidades autónomas, tendo ainda informado que até agora foram detetados em Espanha um total de 613 casos confirmados da variante britânica, seis da sul-africana e dois da brasileira.

Carolina Darias explicou que impôs a medida através de um despacho ministerial, que terá de ser confirmado pelo Tribunal Constitucional, visto que a medida limita os direitos fundamentais dos cidadãos.

A Espanha tinha decidido a 2 de fevereiro último suspender os voos com o Brasil e a África do Sul devido às novas variantes da covid-19, sendo exceções a chegada de cidadãos ou residentes em Espanha.

A decisão foi na altura tomada depois de várias comunidades autónomas espanholas, que têm competência no setor da saúde, terem pedido para restringir ao máximo os voos com o Brasil e a África do Sul, para “evitar que o vírus volte a entrar em Madrid-Barajas”, o aeroporto internacional de Madrid.

Os únicos voos que foram permitidos são os de repatriamento de cidadãos espanhóis ou de pessoas residentes no país ou passageiros que façam uma escala de menos de 24 horas, e que não saiam da zona de trânsito do aeroporto, com destino a outros países fora do espaço Schengen.

https://zap.aeiou.pt/italia-regista-aumento-novos-casos-admite-restricoes-espanha-impoe-quarentena-alguns-passageiros-381564

 

Violência, incêndios e cargas policiais - Espanha protesta pela detenção de Pablo Hasél !

Centenas de pessoas saíram esta quarta-feira à rua, em Madrid e Barcelona, para protestar contra a prisão do rapper Pablo Hasél, numa ação marcada pela violência que levou a polícia a carregar contra os manifestantes.


Na Porta do Sol, em Madrid, grupos de manifestantes ostentando cartazes com frases como “Liberdade Pablo Hasél. Amnistia total” ou “Pablo Hasél liberdade, fora a justiça franquista”, arremessaram mobiliário urbano e outros objetos contra membros das Unidades de Intervenção da Polícia (UIP), que tiveram de recorrer a cargas policiais para tentar conter a violência.

Alguns dos manifestantes arrancaram pedras da calçada e atiraram-nas contra a polícia, que conseguiu encurralar os mais violentos num canto da praça, e acabou por fazer uso de balas de borracha e gás lacrimogéneo.

Os manifestantes incendiaram contentores, derrubaram as vedações que cortavam o acesso à boca do Metro, que está em obras, e atingiram os quiosques da praça com garrafas de vidro.

Entretanto, os empregados das lojas da zona fecharam-se nos estabelecimentos, que os manifestantes tentavam arrombar.

Em Barcelona, o cenário repete-se, com milhares de pessoas nas ruas da capital catalã, pelo segundo dia consecutivo, num protesto em que incendiaram barricadas na Praça Urquinaona em Barcelona.

Segundo os números da Guarda Urbana, são cerca de 2.200 os manifestantes naquela cidade, a protestar contra a prisão de Pablo Hasél, detido por injúrias à monarquia e glorificação do terrorismo, através das suas mensagens na rede social Twitter, e letras das suas canções.

A polícia regional catalã, os Mossos d’Esquadra, montaram um forte dispositivo anti-motim à volta dos Jardinets de Gràcia, onde o protesto teve início, e identificaram e revistaram alguns dos participantes na manifestação.

A concentração começou por volta das 19h00, seguiu até à Praça da Catalunha e depois para a Praça Urquinaona, onde foram erguidas as primeiras barricadas e onde os Mossos d’Esquadra dispararam os primeiros projéteis viscoelásticos.

Os manifestantes entoaram slogans como “liberdade Pablo Hasél” e “os Bourbons são ladrões”, e exibiram faixas com a frase “morte ao estado fascista”, pronunciada pelo rapper no momento da sua detenção.

Além disso, foram arremessdos objetos, vidros e ferros contra a polícia, e foram provocados vários incêndios.

Paralelamente à marcha em Barcelona, foram realizados protestos noutras cidades catalãs e noutras partes de Espanha para exigir a libertação do cantor.

Pau Rivadulla Duró, conhecido como Pablo Hasél, foi preso na terça-feira, na reitoria da Universidade de Lérida, onde se trancou com dezenas de seguidores para impedir a sua detenção, e mais tarde foi transferido para a prisão de Ponent, na mesma cidade, para cumprir a pena de nove meses que lhe foi imposta pelo Tribunal Nacional em 2018, por glorificar o terrorismo, por elogiar a ETA e a organização terrorista espanhola GRAPO (Grupos de Resistencia Antifascista Primero de Octubre) no Twitter.

https://zap.aeiou.pt/espanha-protesta-pablo-hasel-381551

 

Após o êxodo nos grandes centros urbanos, as “cidades de 15 minutos” podem trazer os residentes de volta !

Quando o coronavírus eclodiu em toda a Europa também realinhou o dia a dia das cidades. Muitos residentes em grandes centros urbanos optaram por se isolar em casas de campo ou por se deslocar para locais longe da confusão habitual. Agora, com a expectativa do fim da pandemia, é necessário voltar a fazer das grandes cidades maiores focos de interesse.


Regressar às rotinas pré-covid é o desejo de grande parte da população mundial, mas a pandemia já dura há tantos meses que há quem se tenha habituado às rotinas atuais, que em muitos casos incluíram a saída de grandes centros urbanos e a habituação a uma vida longe das confusões das grandes cidades.

A grande questão que se coloca é: como fazer com que a população volte às grandes metrópoles?

De acordo com arquitetos urbanistas e especialistas em design urbano, a mudança para que as cidades se tornem novamente apetecíveis deve começar por detetar problemas anteriores que se relacionam com habitação, transportes seguros e acesso a espaços verdes.

De uma forma mais ampla, as cidades deverão agora ter que atender a novos desejos de conexão com a natureza e “reconexão com a vida”, refere Philipp Rode, diretor executivo da LSE Cities, um centro de pesquisa da London School of Economics.

Neste sentido, já se nota que muitas cidades europeias estão a ter grandes preocupações nesta área. Segundo o NYT, muitas delas estão a introduzir novos recursos para dar opções de transporte a pedestres e bicicletas, bem como a investir no desenvolvimento de espaços verdes ampliados.

A cidade de Milão, duramente atingida pela primeira vaga do novo coronavírus, desenvolveu várias ciclovias e parklets em antigos estacionamentos nos últimos meses.

Também em Londres se iniciou o projeto Streetspace no ano passado, para que fossem criadas ciclovias temporárias e as zonas de pedestres fossem ampliadas, de modo a que os passageiros pudessem evitar o perigo de frequentar diariamente transportes públicos.

Ainda na Europa, Paris e Barcelona destacam-se por aplicarem medidas semelhantes.

Alterações como estas, que normalmente demorariam anos até serem concretizadas, estão a ser realizadas praticamente da noite para o dia, reforça o New York Times.

Léan Doody, que lidera a rede de cidades integradas e planeamento da Arup, está otimista com as mudanças e diz que embora a pandemia tenha destacado alguns dos problemas mais profundos da vida urbana, também é uma oportunidade de fazer algumas melhorias.

“Há uma oportunidade, à medida que a pandemia tem tendência a desaparecer, de introduzir novos comportamentos”, referiu, explicando que só assim haverá uma vontade de as pessoas regressarem às cidades, depois do êxodo dos últimos meses.

Efeito Donut

Quantificar com precisão quantas pessoas deixaram as cidades europeias é difícil porque a pandemia complicou a recolha de dados. Contudo, um estudo publicado no início deste mês estimou que milhares de pessoas deixaram Londres durante o ano passado, sendo que a maioria eram trabalhadores estrangeiros.

Vários cientistas sociais e economistas concordam que a pandemia apenas acelerou as mudanças já em andamento nas cidades, aprofundando o chamado efeito donut, no qual os preços altos empurram os residentes para a periferia e aumentam a tendência de trabalho remoto.

Contudo, as mudanças mais céleres têm chamado a atenção das autoridades urbanas, que estão cada vez mais preocupadas com queixas sobre barulho, poluição do ar, apartamentos apertados e alugueres muito altos.

Em Paris, que vinha a perder muitos moradores antes mesmo da pandemia, a presidente da Câmara, Anne Hidalgo, já tinha defendido a ideia da “cidade de 15 minutos” – que se resume numa visão de um futuro onde os bairros possuam todas as comodidades necessárias a poucos passos de casa.

A responsável pela cidade implementou medidas com o objetivo de reduzir o tráfego de automóveis no centro da cidade e promover mais espaços verdes.

Malcolm Smith, que trabalha na Arup, salientou num relatório recente que a pandemia já tinha aproximado as metrópoles da visão de uma “cidade de 15 minutos” e que atualmente há o potencial de ter menos tráfego, ar mais limpo e mais tempo com a família em aspetos mais permanentes da vida urbana.

“Isso mostrou a importância do desenvolvimento de cidades em módulos menores, com serviços essenciais concentrados em centros comunitários”, escreveu o especialista.

“No século XIX, a resposta à cólera em Londres trouxe uma grande infraestrutura: a rede de esgoto. Espero que a covid-19 traga muitas intervenções em menor escala, mas mais generalizadas”, rematou Smith.

https://zap.aeiou.pt/cidade-15-minutos-residentes-volta-380424

 

Há 10 anos, torneio deu bitcoins aos derrotados - Agora, podem ser milionários !

O prémio de consolação de um torneio, realizado em 2011, entregue aos participantes que ficaram entre o quinto e o oitavo lugar pode agora valer uma bela quantia.


Não é novidade que a Bitcoin se transformou numa das criptomoedas mais valiosas da atualidade, especialmente depois do seu repentino aumento de valor nos últimos meses. Esta terça-feira, o seu preço ultrapassou os 50 mil dólares, um máximo histórico.

Há dez anos a situação era bastante diferente e, por isso, na altura ninguém estranhou o prémio dado por um torneio do videojogo “StarCraft: Brood War” aos participantes que ficaram nos quinto, sexto, sétimo e oitavo lugares da competição.

Segundo conta o canal estatal russo RT, o vencedor do evento, realizado em 2011, recebeu um prémio de 500 dólares, o segundo lugar foi recompensado com 250, o terceiro com 150 e o quarto com 100.

Como prémio de consolação, os outros participantes obtiveram 25 bitcoins cada um, o equivalente a 41 dólares naquela época. Mas agora, sem saber, os organizadores deste torneio podem tê-los transformado em milionários.

Se ainda tiverem a criptomoeda, cada um destes concorrentes “derrotados” pode ter hoje nas suas mãos mais de um milhão de dólares. De acordo com o portal especializado, em causa está um jogador da Hungria, um da Alemanha, um da Polónia e outro dos Estados Unidos.

O RT recorda que o presidente e CEO da Bitcoin Depot, Brandon Mintz, já previu que o valor da Bitcoin poderá chegar aos 100 mil dólares até ao final de 2021.

https://zap.aeiou.pt/torneio-starcraft-bitcoins-derrotados-381232

 

Adidas anuncia que vai vender a Reebok !

A fabricante alemã de equipamento desportivo anunciou, esta terça-feira, que vai vender a sua subsidiária norte-americana, que tem atravessado um período de incerteza, para se concentrar apenas na sua marca.


A Adidas “decidiu lançar o processo formal tendo em vista a venda da Reebok“, comprada em 2006 por 3,1 mil milhões de euros e vai “concentrar-se no reforço da marca Adidas como líder do mercado desportivo mundial”, lê-se num comunicado, que não fala ainda em potenciais compradores.

Quando a fabricante alemã comprou a Reebok, há 15 anos, esta marca norte-americana tinha parcerias com a National Basketball Association (NBA) e a National Football League (NFL), duas das mais importantes ligas dos Estados Unidos.

A marca Reebok vai já aparecer à margem dos resultados financeiros do grupo no primeiro trimestre de 2021, precisa a mesma nota.

No próximo dia 10 de março, serão divulgados mais detalhes sobre a orientação estratégica da Adidas até 2025, numa apresentação que será feita à imprensa e a analistas financeiros pelo líder dinamarquês do grupo, Kasper Rorsted.

Desde a aquisição da Reebok, a Adidas não conseguiu relançar a marca norte-americana, alimentando regularmente rumores sobre uma possível venda. “Após uma reflexão ponderada, chegámos à conclusão que a Reebok e a Adidas podem atingir um potencial de crescimento muito maior se forem independentes”, disse Rorsted, citado no comunicado.

“Trabalharemos com afinco, nos próximos meses, para garantir um futuro de sucesso para a marca Reebok e para a equipa por trás dela”, garantiu ainda o líder, citado pela cadeia televisiva CNN.

No terceiro trimestre de 2020, a marca Adidas viu as suas vendas recuarem 2%, contra um recuo de 7% da Reebok, que depende fortemente do mercado norte-americano.

O grupo norte-americano VF Corp (que detém as marcas The North Face e Timberland) e a chinesa Anta Sports são considerados potenciais compradores.

https://zap.aeiou.pt/adidas-vai-vender-reebok-381502

 

 

Hong Kong - Empresário Jimmy Lai foi preso quando já estava na cadeia !

O magnata dos media de Hong Kong, conhecido pelas suas posições pró-democracia, foi detido, esta quarta-feira, quando já se encontrava na prisão.


De acordo com a agência Reuters, as últimas acusações contra Jimmy Lai dizem respeito aos 12 fugitivos do movimento pró-democracia de Hong Kong que tentaram fugir de barco para Taiwan, em agosto do ano passado, mas que acabaram por ser apanhados.

O magnata dos media está a ser acusado de ter ajudado uma dessas pessoas, informou o seu tabloide Apple Daily, acrescentando que, apesar de Lai já estar na prisão, onde aguardava uma audiência agendada para esta quinta-feira, foi detido uma vez mais.

O tycoon dos media foi preso sob a acusação de violação da controversa lei de segurança nacional, que foi implementada por Pequim no ano passado, quando já estava detido após as acusações, em dezembro, de conluio com forças estrangeiras.

Os fugitivos, que estavam detidos na China continental, enfrentam possíveis acusações em Hong Kong por causa dos protestos contra o Governo em 2019. Andy Li, que os jornais identificaram como a pessoa que Lai tentou ajudar, está a ser investigado também por suspeitas de crimes contra a segurança nacional.

Dez dos detidos foram condenados por cruzar ilegalmente a fronteira ou por organizar a travessia, tendo recebido sentenças que variam de sete meses a três anos de prisão. Os outros dois são menores de idade e, por isso, foram levados de volta para Hong Kong.

Jimmy Lai, de 72 anos, é o proprietário de duas publicações pró-democracia frequentemente críticas de Pequim e de Hong Kong, o diário Apple Daily e o Next Magazine. Visto por numerosos habitantes de Hong Kong como um herói, é chamado pelos meios de comunicação oficiais chineses de “traidor”.

A lei da segurança nacional imposta pela China pune atividades subversivas, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras com penas que podem ir até à prisão perpétua.

O diploma foi denunciado pelos Estados Unidos, União Europeia e organizações não-governamentais de defesa dos direitos humanos, por considerarem que põe em causa a autonomia do território e ameaça as liberdades fundamentais, ao abrigo do princípio “um país, dois sistemas”.

https://zap.aeiou.pt/jimmy-lai-preso-ja-estava-cadeia-381500

 

Inundações fatais nos Himalaias podem estar ligadas a um dispositivo nuclear da CIA perdido !

Na semana passada, uma avalanche de água e lama provocada pelo colapso de um glaciar dos Himalaias deixou dezenas de mortos ou desaparecidos e destruiu casas, pontes e duas centrais hidroelétricas.

Os cientistas que estudam imagens de satélite e outros dados defendem que o desastre terá sido provocado pela combinação de deslizamento de rochas e uma avalanche nos altos picos glaciais da região, que podem ter sido estimulados pelo aquecimento global.

No entanto, de acordo com o Gizmodo, alguns moradores da região sugerem que a tragédia pode estar ligada à atividade humana de natureza diferente e mais clandestina.

Segundo os locais, as águas da enchente e os destroços foram acompanhados por um cheiro forte no ar. Como resultado, alguns traçaram uma ligação a uma expedição notória ao cume da vizinha Nanda Devi – o pico mais alto contido completamente dentro das fronteiras da Índia – há mais de meio século.

Em 1965, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) uniu-se às forças indianas para instalar um dispositivo de vigilância movido a energia nuclear no topo do pico a fim de manter o controlo sobre a China.

A expedição enfrentou uma tempestade de neve na montanha e foi forçada a voltar, escondendo o dispositivo movido a plutónio numa fenda de onde poderia ser recuperado mais tarde. No entanto, acredita-se que a bomba nuclear tenha caído montanha abaixo num deslizamento de terra e nunca mais foi vista.

Agora, os moradores temem que o dispositivo há muito perdido possa estar ativo e a emanar calor suficiente para derreter as toneladas de neve e gelo.

“Se o dispositivo estiver enterrado sob a neve em algum lugar da área e irradiar calor, é claro que haverá mais derretimento da neve e mais avalanches”, disse Sangram Singh Rawat, em declarações ao Times of India.

No entanto, o líder indiano da expedição, o conhecido montanhista Capitão Mohan Singh Kohli, disse que era “muito improvável que o dispositivo emanasse calor ou explodisse”, mesmo que a caixa que o protege fosse violada, uma vez que não pode ser ativado por conta própria.

“O dispositivo provavelmente está preso entre os glaciares. Por estar imóvel, deve estar em estado dormente”, explicou o veterano da Marinha da Índia. “Passámos três anos a tentar a rastreá-lo. Não há como desencadear qualquer incidente indesejável, pois o instrumento também precisa de outros componentes para estar totalmente operacional”.

Enquanto isso, as autoridades estão de olho num novo lago que se formou desde as enchentes, levantando preocupações de que outra explosão possa ameaçar novamente os moradores a jusante nas mesmas regiões que foram atingidas na semana passada.

https://zap.aeiou.pt/inundacoes-fatais-nos-himalaias-podem-estar-ligada-um-dispositivo-381180

 

Até 2030, a Ford irá vender apenas carros totalmente elétricos na Europa !

O construtor automóvel Ford anunciou hoje um investimento de 1.000 milhões de dólares (830 milhões de euros) na modernização da sua fábrica em Colónia, na Alemanha, com o objetivo de até 2030 vender apenas veículos totalmente elétricos.


“Hoje, a Ford comprometeu-se com o facto de que, em meados de 2026, a totalidade da sua gama de modelos de passageiros na Europa terá uma capacidade de emissões zero, em configuração totalmente elétrica ou híbrida plug-in”, refere o fabricante norte-americano em comunicado, adiantando que se tornará “uma gama exclusivamente elétrica” até 2030.

O compromisso da Ford com um futuro totalmente elétrico é reforçado, assim, por este investimento de 1.000 milhões de dólares num novo centro de produção de veículos elétricos na sua unidade fabril em Colónia, sendo que o primeiro veículo elétrico do grupo norte-americano Ford, produzido em massa e destinado aos clientes europeus, sairá das novas linhas de produção de Colónia a partir de 2023, lê-se no comunicado.

A gama de veículos comerciais da Ford na Europa terá igualmente a capacidade de atingir as emissões zero em 2024, integrando modelos totalmente elétricos e híbridos plug-in que, já em 2030 representarão dois terços das vendas.

Para o gigante de Dearborn, próximo de Detroit, nos Estados Unidos, manter a liderança europeia da Ford na área de negócio de veículos comerciais “é essencial para o crescimento futuro e para a rentabilidade da marca”.

Nesse sentido, será fundamental o contributo que terá a apresentação de novos produtos e serviços, bem como a aliança estratégica da Ford com Volkswagen e a joint venture Ford Otosan, prossegue no comunicado.

Este anúncio surge na sequência da notícia do regresso da Ford à rentabilidade na Europa, alcançada no quarto trimestre do ano passado, e de no início de fevereiro ter dito que duplicaria os investimentos em eletrificação para mais de 22.000 milhões de dólares até 2025.

O presidente da Ford Europa, Stuart Rowley, afirmou que o grupo reestruturou com “sucesso o negócio” e que regressou “à rentabilidade no quarto trimestre de 2020”.

E prosseguiu: “Agora, aceleramos em direção a um futuro totalmente elétrico na Europa com a proposta de novos veículos e uma experiência de cliente de classe mundial”.

“Este ano, esperamos continuar com esta dinâmica forte na Europa e manter-nos focados em conseguir o objetivo de alcançar uma margem Ebit de 6% como parte do plano de transformação da companhia para as suas operações automóveis a nível global”, salientou o gestor.

Nos últimos dois anos, após uma fase difícil, as atividades da Ford na Europa foram drasticamente reestruturadas com o corte de 12.000 empregos e o encerramento de seis fábricas.

A Ford está, atualmente, a colaborar com a Volkswagen no domínio da eletrificação, o que se tornou possível graças a acordo anunciado em 2019, sendo que o fabricante norte-americano poderá utilizar a base tecnológica elétrica “MEB” desenvolvida pelo gigante alemão.

Em contrapartida, a Volkswagen investiu 2.600 milhões de dólares no total na Argo AI, a filial de desenvolvimento de carros autónomos da rival no outro lado do Atlântico.

https://zap.aeiou.pt/ate-2030-ford-carros-eletricos-381444

 

Vaga de frio nos EUA deixa milhões sem eletricidade. 20 pessoas morreram !

Milhões de pessoas no interior dos Estados Unidos ficaram sem eletricidade, depois de as redes de energia terem colapsado por sobrecarga, perante as baixas temperaturas.


Mais de 100 milhões de pessoas foram alertadas para o risco de temperaturas extremamente baixas, que chegaram a passar os 20 graus Celsius negativos, fazendo aumentar substancialmente o consumo de energia, o que causou perturbações graves no fornecimento de eletricidade.

Pelo menos 20 pessoas morreram, algumas delas lutando para encontrar aquecimento dentro das suas casas, no estado do Texas. Na área metropolitana de Houston, uma família sucumbiu ao monóxido de carbono do tubo de escape do carro na garagem onde se tentava aquecer e uma pessoa morreu depois de as chamas se terem espalhado a partir da lareira na sala de estar.

As concessionárias elétricas dos estados de Minnesota, Texas e Mississippi, entre outras, provocaram apagões repetidos para aliviar a carga sobre as redes de energia que se esforçavam para atender à extrema procura de calor e eletricidade.

Quase três milhões de clientes ficaram sem energia no Texas, Louisiana e Mississippi e mais de 200 mil pessoas foram afetadas pelos cortes de eletricidade em quatro estados da região do oeste, assim como outras tantas no noroeste do Pacífico, de acordo com as autoridades que rastreiam relatórios de interrupções de serviços públicos.

Os mais graves cortes de energia nos EUA aconteceram no Texas, onde as autoridades solicitaram 60 geradores da Agência Federal de Gestão de Emergências, que foram prioritariamente atribuídos a hospitais e lares de idosos.

A agência de gestão da rede de energia do Texas informou que o abastecimento de eletricidade foi restaurado para 600 mil casas e empresas na noite de terça-feira, mas que 2,7 milhões de famílias ainda estão sem energia.

Apagões com duração de mais de uma hora começaram antes do amanhecer de terça-feira em Oklahoma City e nos arredores, desligando aquecedores elétricos, fornos e luzes, numa região onde a temperatura chegou aos 22 graus Celsius negativos.

O Southwest Power Pool, um grupo de concessionárias de energia que cobre 14 estados, disse que os apagões foram “um último recurso para preservar a fiabilidade do sistema elétrico como um todo”.

A vice-Presidente dos EUA, Kamala Harris, dirigiu-se aos milhões de pessoas afetadas com os cortes de energia, dando-lhes alento, durante uma entrevista televisiva.

“Sei que eles não nos podem ver agora, porque estão sem eletricidade, mas o Presidente e eu estamos a pensar neles e esperamos conseguir fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para obter ajuda federal”, disse.

O interior dos EUA está em estado de alerta, com as viagens a serem desaconselhadas, estradas impedidas e milhares de voos cancelados, por causa da vaga de frio.

No domingo, vários parques de energia eólica do Texas ficaram congelados, o que já tinha afetado quase metade da capacidade de geração de energia.

Tempestades de neve atingem Grécia e Turquia

Na Europa, fortes tempestades de neve atingiram a Grécia, a Turquia e países do Mediterrâneo Oriental, provocando também falta de energia e de água, queda de árvores, bloqueio de estradas, interrupção nos transportes, entre outros problemas.

Centenas de milhares de casas nos subúrbios de Atenas e outras partes do país ainda estavam hoje sem energia ou água. O sol voltou hoje, provocando o derretimento da neve após esta atingir cerca de 30 centímetros de espessura nos subúrbios da capital grega.

Atenas foi atingida segunda e terça-feira por uma onda de frio chamada “Medeia”, em homenagem à figura da mitologia grega, e por uma tempestade de neve sem precedentes nos últimos treze anos, segundo os meteorologistas.

Os militares das forças armadas gregas usaram hoje guindastes e motosserras para ajudar os bombeiros a limpar centenas de árvores que caíram e que danificaram a rede elétrica e bloquearam estradas.

As condições meteorológicas continuam a causar grandes problemas na Turquia, onde as tempestades de neve estão a cair em partes do norte do país, enquanto a frente fria avança pelo Mediterrâneo Oriental.

Uma grande parte da Síria foi coberta pela neve, incluindo a capital, Damasco, que está a testemunhar a primeira tempestade de neve este inverno. A neve chegou a 15 centímetros nas montanhas da província de Sweida, segundo a agência de notícias oficial SANA.

A Universidade de Damasco cancelou os exames de meio de semestre programados para hoje e quinta-feira por causa das condições climáticas extremas. Os portos do país permanecem abertos.

No noroeste da Síria, controlado pela oposição, as equipas de proteção civil têm vindo a construir barreiras desde terça-feira ao redor dos campos de deslocados para evitar que a chuva inunde a área.

Quase três milhões de pessoas deslocadas vivem no noroeste da Síria, a maioria em tendas e abrigos temporários, e chuvas fortes, no mês passado, danificaram mais de 190 acampamentos de deslocados, destruindo e danificando mais de 10 mil tendas.

No vizinho Líbano, a tempestade Joyce atingiu o país na terça-feira com ventos fortes que registaram entre 85 e 100 quilómetros por hora. A tempestade deve intensificar-se na quinta-feira.

Quebrando um período de calor, a tempestade trouxe fortes chuvas, uma queda acentuada nas temperaturas e a maior queda de neve no Líbano este ano, com quase uma dúzia de estradas no leste e norte encerradas ao tráfego por causa da neve, que deve cobrir até mesmo áreas com 400 metros de altitude, de acordo com o departamento de Meteorologia. A neve atingiu também uma área no nordeste da Líbia pela primeira vez em 15 anos.

O Serviço Meteorológico de Israel previu fortes tempestades e baixas temperaturas em grande parte do país, com queda de neve em altitudes mais elevadas esperada para o final do dia de hoje, incluindo em Jerusalém.

Uma forte tempestade de neve cobriu os Montes de Golã ocupadas por israelitas, perto da fronteira com a Síria.

https://zap.aeiou.pt/vaga-de-frio-eua-20-mortes-381498

 

Tribunal Europeu dos Direitos Humanos exige libertação imediata de Navalny !

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) ordenou “com efeito imediato” a libertação do opositor russo, ao argumentar riscos para a sua vida, segundo uma decisão publicada, esta quarta-feira, no site do crítico do Kremlin.


O texto indica que o Tribunal pede à Rússia “a libertação do requerente”, esta medida se aplica “com efeito imediato” e considera que o não cumprimento desta decisão implica uma quebra na convenção europeia de direitos humanos.

Na deliberação de hoje, o TEDH, o braço judicial do Conselho da Europa, recorreu ao regulamento 39 do seu código ao citar a “existência de risco para a vida do requerente”.

O ministério da Justiça russo avisou, através de uma declaração divulgada pela agência noticiosa TASS, que a exigência do tribunal europeu representa uma “rude interferência no sistema judicial” da Rússia e “atravessou uma linha vermelha”.

O comunicado enfatiza ainda que “o TEDH não pode substituir-se a um tribunal nacional, nem anular o seu veredicto”.

Os países ocidentais, em particular os Estados Unidos e a União Europeia, têm apelado à libertação de Alexei Navalny – detido desde o seu regresso à Rússia a 17 de janeiro – e condenaram a repressão das manifestações nos últimos tempos (a polícia deteve mais de 10 mil pessoas).

A Rússia tem rejeitado as acusações sobre o envolvimento do Kremlin no envenenamento do opositor do Kremlin com um agente neurotóxico e considera as críticas ocidentais como uma ingerência nos seus assuntos internos.

A 2 de fevereiro, a justiça russa condenou Navalny, de 44 anos, a uma pena de três anos e meio de prisão ao tornar efetiva uma sentença suspensa em 2014 por violação da liberdade condicional.

O russo justificou a sua ausência com o facto de estar a recuperar do envenenamento de que foi alvo na Alemanha. Na altura, o TEDH também considerou este julgamento arbitrário e injusto.

A sentença acabaria por impor que fossem descontados os dez meses em que Navanly esteve em prisão domiciliária, devendo assim cumprir dois anos e oito meses.

No entanto, o opositor de Vladimir Putin ainda enfrenta outros processos judiciais. Além de ser acusado de disseminar informações “falsas” e “abusivas” sobre um veterano da II Guerra Mundial, noutro caso Navanly está a ser acusado de fraude e corrupção.

Na semana passada, 81 eurodeputados pediram a demissão do Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, depois da sua visita a Moscovo, que qualificam de “humilhante”.

Os eurodeputados consideram que a incapacidade de Borrell em defender os interesses e os valores europeus durante a visita causaram danos graves à reputação da UE e à dignidade do cargo.

https://zap.aeiou.pt/tedh-exige-libertacao-navalny-381487

 

Desaparecida desde 2018, princesa Latifa diz que está refém numa casa “transformada em prisão” !

A princesa Latifa Bint Mohammed al-Maktoum, filha do emir do Dubai, está desaparecida desde 2018 após uma tentativa de fuga dos Emirados Árabes Unidos nesse ano. Num vídeo agora divulgado pela BBC, Latifa aparece a dizer que está “refém” numa “vivenda transformada em prisão”.


As imagens foram divulgados ao programa “Panorama BBC” por uma amiga de Latifa, Tiina Jauhiainen, um primo materno, Marcus Essabri, e o advogado David Haigh. Os três têm feito parte de uma campanha internacional pela libertação da princesa e conseguiram fazer chegar a Latifa um telemóvel, cerca de um ano depois de ter sido capturada e de ter regressado ao Dubai.

Latifa gravou, ao longo de vários meses, vídeos a relatar a sua situação. Nos excertos divulgados pela BBC, a princesa diz que está a gravar “numa casa de banho porque é a única divisão com uma porta que possa trancar”. Refere que está numa villa, uma grande vivenda, onde está detida como “refém”, e que não pode sair de casa.

“Estou numa villa. Sou refém e esta villa foi transformada numa prisão. Todas as janelas estão fechadas com grades, não consigo abrir nenhuma janela. Há cinco polícias do lado de fora e dois dentro de casa. Nem posso ir à rua apanhar ar fresco“, revela nas imagens divulgadas.

A princesa adianta que não sabe quando será libertada e que teme pela sua segurança. “Todos os dias me preocupo com a minha segurança e a minha vida. Não sei se vou sobreviver a esta situação. A polícia ameaçou-me, disseram-me que ficarei toda a vida na prisão e não voltarei a ver o sol outra vez”, acrescenta. A situação “está a ficar desesperante a cada dia que passa”. “Só quero ser livre (…). Não sei o que estão a planear fazer comigo“, realça.

De acordo com a BBC, a filha do também vice-presidente dos EAU conta que tentou fugir do Dubai, em 2018, mas o barco foi intercetado por militares que a drogaram, perdendo a consciência. Foi então transportada para um jato privado e só acordou no Dubai. Foi-lhe negada ajuda médica e legal.

Desde então, pouco se sabe sobre o seu paradeiro. A família chegou a emitir um comunicado a recusar qualquer rapto e a garantir que Latifa estava “em segurança”. No entanto, os amigos ouvidos pela BBC temem pela sua segurança.

Latifa não é a única na família a tentar fugir do país. A madrasta e sexta mulher do emir do Dubai, a Princesa Haya Bint Al Hussain, conseguiu mesmo fazê-lo. Está com os dois filhos em Londres, desde 2019.

https://zap.aeiou.pt/princesa-latifa-refem-prisao-381307

 

Israel diz que vai ser enviado para a Faixa de Gaza primeiro lote de mil vacinas !

O primeiro lote de mil vacinas contra a covid-19 vai ser enviado para a Faixa de Gaza, disseram, esta quarta-feira, as autoridades israelitas, que tinham bloqueado o fornecimento ao território palestiniano.


“Hoje de manhã, quarta-feira, mil vacinas Sputnik-V oferecidas pela Rússia (…) foram transferidas pela Autoridade Palestiniana para a Faixa de Gaza”, informou o Cogat, o organismo israelita responsável pelas operações civis nos territórios palestinianos.

“As vacinas estão prestes a passar pela fronteira de Erez”, que separa o território israelita do enclave palestiniano, disse o mesmo departamento.

Na segunda-feira, as autoridades palestinianas acusaram Israel de bloquear a entrada de um primeiro carregamento de vacinas que estavam a tentar enviar a partir da Cisjordânia, que tinham como destino profissionais de saúde que trabalham na linha de frente do combate ao novo coronavírus.

Na altura, fonte do aparelho de segurança israelita, que pediu para manter o anonimato, disse que as vacinas não foram bloqueadas, mas sim que o pedido das autoridades palestinianas para libertar as doses da Sputnik V para Gaza “ainda estava a ser avaliado”.

Deputados israelitas pediram que a entrega das vacinas fosse condicionada ao regresso de dois civis ao território e dos corpos de dois soldados retidos na Faixa de Gaza, território sob o comando do grupo Hamas. Organizações não-governamentais acusaram Israel de impor um “castigo coletivo” e de não cumprir “obrigações legais e morais”.

Bloqueado por terra, mar e ar desde 2007, o enclave palestiniano tem apenas um ponto de passagem de mercadorias, controlado por Israel.

Até agora, o impacto da pandemia no enclave palestiniano provocou a morte a 538 pessoas e registaram-se 55 mil casos, dos quais cerca de 2300 permanecem ativos. As autoridades temem um novo pico de infeções. Israel, por sua vez, é o maior caso de sucesso em todo o mundo no que toca à vacinação da sua população.

https://zap.aeiou.pt/faixa-gaza-primeiro-lote-vacinas-381399

 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Há uma nova variante do vírus a ser investigada no Reino Unido !

As autoridades de Saúde britânicas identificaram uma nova variante do coronavírus da covid-19 em Inglaterra, que designaram por B1525, com a mesma mutação E484K encontrada noutras variantes mais infecciosas, revelou esta terça-feira a direção-geral de Saúde inglesa.


Até agora, segundo a direção-geral de Saúde de Inglaterra (Public Health England), foram encontrados localmente 38 casos desta variante, que também já foi detetada em países como o Canadá, a Nigéria e a Dinamarca.

“A PHE está a acompanhar os dados sobre as variantes emergentes de muito perto e, quando necessário, intervenções de saúde pública serão realizadas, como testes extras e rastreamento reforçado de contactos”, disse diretora médica, Yvonne Doyle.

Além da variante B117, que já alastrou a dezenas de países incluindo Portugal, e da nova B1525, as autoridades de saúde estão a investigar mais duas variantes primeiro identificadas em Inglaterra por também apresentarem a mutação E484K, que é comum noutras variantes detetadas no Brasil e África do Sul.

Nas últimas semanas, foram realizadas ações de testagem em grande escala nas regiões onde as variantes foram identificadas, incluindo operações porta a porta, para procurar conter a transmissão.

O Reino Unido tem estado a sequenciar o genoma do vírus de milhares de testes para tentar encontrar mutações e potenciais novas variantes para potencialmente ajudar os cientistas a desenvolver novas vacinas mais eficazes.

O Reino Unido registou esta terça-feira 799 mortes de covid-19 na segunda-feira, somando 118.195 desde o início da pandemia covid-19, o balanço mais alto na Europa e o quinto a nível mundial, atrás dos Estados Unidos, Índia, Brasil e México.

Vacinas russas eficazes contra variante britânica

As duas vacinas desenvolvidas na Rússia, a Sputnik V e a EpiVacCorona, são eficazes contra a variante britânica do novo coronavírus, anunciou esta terça-feira a agência de defesa do consumidor russa, Rospotrebnadzor, adianta a agência EFE.

“O efeito protetor foi demonstrado neutralizando reações usando amostras sorológicas de pessoas que receberam a Sputnik V e a EpiVacCorona e desenvolveram anticorpos para SARS-CoV-2″, disse a Rospotrebnadzor na página oficial da rede social Facebook, cita a agência espanhola.

“O soro das pessoas vacinadas neutralizou eficazmente tanto a variante britânica do coronavírus como o próprio coronavírus, que não contém o conjunto de mutações características da variante britânica”, disse a agência federal russa.

A Rospotrebnadzor não revelou quantas pessoas foram testadas neste estudo conduzido pelo Centro Estatal de Virologia e Biotecnologia “Vektor”, também criador do EpiVacCorona.

Na segunda-feira, a agência noticiosa oficial TASS noticiou que a EpiVacCorona também era eficaz contra as estirpes sul-africanas e brasileiras, sem fornecer mais pormenores.

No mesmo dia, o Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou ao governo que analisasse a eficácia das vacinas russas contra as novas variantes do coronavírus e, se necessário, realizasse mais investigação para as adaptar.

O prazo estabelecido para o primeiro relatório foi 15 de março e depois um novo relatório a cada meio ano, mas a agência Rospotrebnadzor antecipou os resultados para esta terça-feira.

Em janeiro, a agência Rospotrebnadzor anunciou aos meios de comunicação russos,” mais uma vez sem dar mais pormenores”, salienta a EFE, que a segunda vacina russa é 100% eficaz.

A Sputnik V foi registada na Rússia em agosto de 2020 e tem uma eficácia de 91,6%, de acordo com análises provisórias de ensaios clínicos de fase III publicadas este mês na revista The Lancet.

Após o anúncio, Putin foi criticado por ter anunciado a Sputnik V sem ter concluído todos os ensaios, mas agora está permitido o seu uso em 26 países. Quanto à EpiVacCorona, ensaios clínicos foram concluídos no final de setembro e em outubro autorizado o seu uso na Rússia.

https://zap.aeiou.pt/ha-nova-variante-do-virus-investigada-no-reino-unido-381291

 

Hackers da Coreia do Norte tentaram piratear a Pfizer para obter dados sobre a vacina !

Hackers norte-coreanos tentaram invadir os sistemas de informação da farmacêutica Pfizer para encontrar informações sobre a vacina e tratamentos contra o novo coronavírus, de acordo com a Coreia do Sul.


“O Serviço Nacional de Inteligência (NIS) informou-nos que a Coreia do Norte tentou obter tecnologias, incluindo a vacina e tratamentos contra a covid, por meio de um ataque cibernético para piratear a Pfizer”, informou o deputado sul-coreano Ha Tae-keung.

Pyongyang foi o primeiro país do mundo a fechar as suas fronteiras no final de janeiro de 2020 na tentativa de se proteger da pandemia.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, garantiu que o seu país não teve nenhum caso de infeção por covid-19, mas especialistas acreditam que a alegação é improvável, visto que a vizinha China é o principal parceiro comercial e apoio de Pyongyang.

O encerramento das fronteiras aumentou a pressão sobre a economia norte-coreana, já sujeita a sanções internacionais devido ao programa nuclear e balístico desenvolvido pelo regime.

Segundo especialistas ocidentais, a Coreia do Norte tem um exército de vários milhares de piratas informáticos altamente treinados que já atacaram empresas, instituições e centros de pesquisa, especialmente na Coreia do Sul.

Pyongyang também terá, alegadamente, roubado perto de 300 milhões dólares em criptomoedas nos últimos meses via ataques informáticos – o intuito é que os fundos financiem os seus programas nucleares e balísticos, diz a CNN, que cita um relatório da ONU.

Embora afirme estar livre do vírus, a Coreia do Norte solicitou recentemente vacinas contra a covid-19, das quais deve receber quase dois milhões de doses, revela a GAVI Alliance, membro do programa da ONU Covax, que coordena a distribuição de vacinas aos países pobres.

Esta é a primeira confirmação oficial de que Pyongyang pediu ajuda internacional, quando a infraestrutura sanitária da Coreia do Norte é considerada totalmente inadequada para lidar com uma epidemia em grande escala, refere a AFP.

https://zap.aeiou.pt/hackers-coreia-norte-piratear-pfizer-381271

 

Assembleia Nacional francesa aprova lei para travar radicalismo islâmico !

A câmara baixa do Parlamento francês aprovou esta terça-feira, com 347 votos a favor e 151 contra, a controversa proposta de lei que pretende combater o radicalismo islâmico em França. Contudo, a legislação gera críticas.


Também conhecida por “lei dos separatismos”, a legislação reforça os poderes do Estado numa série de setores ligados ao culto religioso e terá impacto direto em questões e temas tão díspares como a educação, o discurso online, regime matrimonial ou o associativismo.

O debate em redor da proposta apresentada pelo Governo à Assembleia Nacional e as críticas que mereceu, vindas de todos os lados do espectro ideológico e partidário francês, ficaram bem espelhadas nas intervenções dos principais partidos, antes da votação.

À direita da Republica em Marcha (LREM), criticou-se a lei por tomar o culto religioso como um todo, ao não referir concretamente o islão radical, e lamentou-se que a mesma não vá tão longe como poderia ir.

No entanto, à esquerda, denunciou-se a violação dos princípios da laicidade e da liberdade religiosa, pilares da República Francesa, e disse-se que alegislação é discriminatória para os cerca de 5,7 milhões de muçulmanos que residem em França.

“É uma lei dura, mas é necessária para a República”, defendeu o ministro do Interior, Gérald Darmanin, em declarações à rádio RTL.

A proposta de lei sobe agora ao Senado, onde será novamente alvo de uma intensa discussão e poderá ser objeto de novas emendas – até porque é a direita quem tem a maioria na câmara alta do Parlamento francês, recorda o Público.

Intitulada de “Reforçando os princípios republicanos”, a lei foi idealizada pelo Presidente Macron, que a prometeu no mesmo mês em que aconteceram dois ataques terroristas brutais em França, em outubro do ano passado.

O chefe de Estado garantiu que não iria permitir que o fundamentalismo islâmico prejudique ou subverta os direitos individuais e os “valores republicanos” dos franceses, como o secularismo, a liberdade de culto e a liberdade de expressão.

Uma das principais medidas desta transformação no seio da sociedade francesa impõe mudanças no sistema de educação, nomeadamente no ensino em casa.

As famílias francesas deixarão de poder simplesmente declarar que os seus filhos menores vão ter educação em casa. Será necessária uma autorização especial do Ministério de Educação, que irá investigar caso a caso.

Também todas as organizações ou associações que beneficiem de fundos ou subsídios públicos devem assinar um “contrato de compromisso republicano” que, uma vez violado, pode levar à suspensão do financiamento.

Para além disso, as associações religiosas terão de declarar os montantes e as fontes de financiamento, incluindo os que vêm do estrangeiro.

As autoridades passam ainda a ter mais poderes para investigar e encerrar locais de culto e de oração sobre os quais tenham suspeitas de discursos extremistas e promotores de ódio.

Surge também a imposição de punições que podem ir de multas na ordem dos 15 mil euros até à revogação de autorizações de residência para estrangeiros ou penas de prisão efetivas para os profissionais de saúde que emitam certificados de virgindade. As regras para travar a poligamia e os casamentos forçados também são apertadas.

A lei alarga também a todas as empresas privadas com contratos públicos o “princípio da neutralidade” que, entre outras disposições, proíbe os funcionários de exibirem e usarem símbolos e vestuário religioso ou manifestarem opiniões políticas.

Destaca-se ainda as novas diretrizes e multas em matéria de discurso de ódio online, criando um novo “delito de separatismo” e tornando mais fácil a detenção e punição de pessoas que partilhem ou promovam discurso de ódio nas redes sociais, dirigido a funcionários do sector público ou a políticos eleitos.

https://zap.aeiou.pt/legislacao-travar-radicalismo-islamico-381277

 

Democrata processa Trump por ataque ao Capitólio e interferência eleitoral !

Um congressista democrata norte-americano processou o ex-presidente Donald Trump por incitamento a uma insurreição letal no Capitólio e por conspiração com o seu advogado e grupos extremistas para tentar evitar a certificação dos resultados eleitorais que o derrotaram.


O processo judicial entreposto pelo congressista Bennie Thompson, do Mississipi, que lidera a comissão de Segurança Interna na Câmara dos Representantes, integra uma onda expectável de ações legais relativas aos ataques de 6 de janeiro ao Capitólio e crê-se que é o primeiro apresentado por um membro do Congresso, reivindicando consequências e compensações não especificadas, adiantou a Associated Press (AP).

A ação também acusa o republicano e ex-advogado pessoal de Donald Trump, Rudy Giuliani, assim como grupos extremistas como os Proud Boys e os Oath Keepers, com membros acusados pelo Departamento de Justiça, de terem feito parte do ataque.

Um assessor de Trump, Jason Miller, declarou esta terça-feira que o ex-presidente norte-americano não organizou o comício que precedeu a invasão do Capitólio “nem incitou ou conspirou para incitar qualquer violência” a 6 de janeiro. Contactado pela AP, um advogado de Giuliani não comentou até ao momento a acusação.

O processo foi entregue num tribunal federal de Washington e é conhecido três dias depois de o Senado ter absolvido Donald Trump num processo de destituição (impeachment) baseado em alegações de responsabilidade direta do anterior chefe de Estado nos acontecimentos no Capitólio que resultaram na morte de cinco pessoas.

Admite-se que a absolvição pelo Senado abra portas a um maior escrutínio legal às ações de Trump relativas ao ataque de 6 de janeiro e outros processos judiciais podem ser entregues por outros membros do Congresso ou até mesmo por agentes das forças de segurança feridos durante o ataque.

O processo procura seguir os esforços de Trump e Giuliani para lançar dúvidas sobre os resultados eleitorais das presidenciais de novembro, das quais Trump saiu derrotado, apesar de as autoridades estaduais em todo o país repetidamente terem rejeitado alegações de fraude.

Apesar das evidências em sentido contrário, defende-se no processo, Trump e Giuliani descreveram a eleição como um ato fraudulento, enquanto Trump “apoiou, mais do que desencorajou” ameaças de violência dos seus apoiantes descontentes nas semanas anteriores ao ataque ao Capitólio.

“A cuidadosamente orquestrada série de acontecimentos que desembocaram no comício ‘Salvem a América’ e a invasão do Capitólio não foi nem um acidente nem uma coincidência”, argumenta-se no processo legal, acrescentando que se tratou do “culminar desejado e previsível de uma campanha cuidadosamente coordenada para interferir com o processo legal necessário para confirmar os votos do Colégio Eleitoral”.

Os presidentes têm imunidade legal para ações cometidas ao abrigo das funções enquanto chefes de Estado, mas o processo interposto acusa Trump enquanto cidadão, não enquanto ex-presidente dos Estados Unidos, no uso das suas capacidades, alegando que nenhum dos seus comportamentos decorria das suas funções presidenciais.

Trump ataca líder da minoria republicana no Senado

O ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump atacou na terça-feira o líder da minoria Republicana no Senado, Mitch McConnell, defendendo que os Republicanos não voltarão a ser respeitados “com ‘líderes’ como este”.

Num comunicado, Donald Trump afirmou que “o Partido Republicano nunca mais poderá ser respeitado ou forte com ‘líderes’ políticos como o senador Mitch McConnell ao leme”.

“A dedicação de Mitch McConnell ao de sempre, políticas do status quo, juntamente com a falta de discernimento político, sabedoria, jeito e personalidade, tem feito com que passasse rapidamente de líder da maioria para líder da minoria, e só vai piorar“, defendeu. “Ele não tem o que é preciso, nunca teve e nunca terá”, afirmou.

O Senado dos Estados Unidos absolveu, no sábado, Donald Trump de incitação à revolta no Capitólio, pondo fim ao processo de destituição do ex-Presidente. Pouco mais de um mês depois da invasão do Capitólio, que causou cinco mortos, a votação foi de 57-43, abaixo dos dois terços necessários para o impeachment no Senado.

Minutos após a votação que absolveu Donald Trump, Mitch McConnell disse não haver “nenhuma dúvida” de que o ex-Presidente foi, “na prática e moralmente, responsável por ter provocado” o ataque ao Capitólio dos Estados Unidos. Porém, McConnell explicou que não votou para a destituição de Trump, porque este “não é constitucionalmente elegível” para tal, porque já não é Presidente.

https://zap.aeiou.pt/democrata-processa-trump-ataque-ao-capitolio-interferencia-eleitoral-381311

 

Pfizer e BioNTech garantem mais 200 milhões de vacinas à UE em 2021 !

As farmacêuticas Pfizer e BioNTech anunciaram, esta quarta-feira, terem alcançado um acordo para o fornecimento à União Europeia (UE) de 200 milhões de doses suplementares de vacinas contra a covid-19.


A Pfizer, farmacêutica dos Estados Unidos, e a BioNTech, da Alemanha, comunicaram que estes 200 milhões de doses se juntam aos “300 milhões inicialmente encomendadas” pela União Europeia.

A Comissão Europeia tem ainda como prerrogativa a possibilidade de encomendar mais 100 milhões de doses de vacinas contra o SARS-CoV-2.

As duas empresas afirmam que as 200 milhões de doses devem ser fornecidas este ano, 75 milhões delas no segundo trimestre de 2021.

A vacina Pfizer-BioNTech foi a primeira das três aprovadas até ao momento pela União Europeia. As outras duas são das empresas Moderna e AstraZeneca. Esta terça-feira, a Agência Europeia do Medicamento (EMA) anunciou ter recebido uma candidatura para uma autorização da comercialização condicional para a vacina desenvolvida pela Janssen (farmacêutica da norte-americana Johnson & Johnson).

Bruxelas enfrenta atualmente fortes críticas devido à lentidão da campanha de vacinação no bloco europeu pela falta de coordenação no processo de aquisição de vacinas. Os atrasos nas entregas por parte das farmacêuticas contribuíram para aumentar a frustração dos Estados-membros.

UE já recebeu 33 milhões de doses

“Desde o início da pandemia, da existência de vacinas contra a covid-19, já foram entregues 170 milhões de doses no mundo inteiro, um número que parece muito porque foi preciso muito para lá chegar, mas que não é suficiente“, contextualizou o comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton.

Falando em conferência de imprensa em Bruxelas na apresentação do novo plano da Comissão Europeia de preparação contra a covid-19 face à ameaça das variantes do coronavírus, o responsável francês acrescentou que “na Europa continental foram distribuídas 33 milhões de doses“, ao passo que na China este número é de 41 milhões e nos Estados Unidos é de 53 milhões.

“Começámos mais tarde porque aplicámos critérios muito rigorosos, dadas as nossas estruturas regulatórias”, observou ainda Breton.

Falando numa “corrida mundial”, o comissário europeu anunciou que o Executivo comunitário quer “acelerar a produção na UE” e, para isso, irá “ajudar as empresas farmacêuticas” a fazê-lo através do grupo de trabalho por si liderado. “A minha função será a de supervisionar e garantir que conseguimos assegurar a produção”, referiu.

Notando que “o que se trata é de aumentar a produção para quatro ou cinco meses quando normalmente se fala de dois anos”, Thierry Breton assegurou que “a capacidade industrial” existe na UE, sendo para isso preciso garantir que “a cadeia de abastecimento funciona”, uma vez que estão em causa vários componentes para a criação destas vacinas. “Claro que haverá problemas e teremos de ver com as empresas como podemos resolver“, adiantou.

Com vista ao aumento da produção, a estratégia hoje apresentada pela Comissão preconiza uma atualização ou celebração de novos acordos de compra antecipada para apoiar o desenvolvimento de vacinas novas e adaptadas através de financiamento da UE, com “um plano detalhado e credível que mostre a capacidade de produzir vacinas na UE, num calendário fiável”.

A instituição defende também um trabalho em estreita colaboração com os fabricantes para ajudar a monitorizar as cadeias de abastecimento e fazer face a problemas de produção, apoiar o fabrico de vacinas adicionais dirigidas a novas variantes, desenvolver um mecanismo de licenciamento voluntário dedicado para facilitar a transferência de tecnologia e apoiar a cooperação entre empresas.

Previsto está, ainda, que o Executivo comunitário incentive à cooperação entre farmacêuticas para a produção de vacinas contra a covid-19 (como fez a Sanofi, que irá apoiar a Pfizer/BioNTech).

Temos 16 espaços na UE para produzir a vacina, mas ainda nem todos foram já mobilizados, dado que há vacinas que ainda não foram mobilizadas”, apontou Breton. O grupo de trabalho por si liderado servirá, assim, para “acompanhar e monitorizar a produção em tempo real”, concluiu.

No âmbito desta estratégia, Thierry Breton começou já a visitar fabricantes de vacinas contra a covid-19 para tentar acelerar o processo de vacinação na UE, que está a ser marcado por atrasos nas entregas aos Estados-membros.

Von der Leyen desconhece acordos bilaterais

“Está muito claro nos contratos que temos que não é suposto os Estados-membros terem negociações bilaterais com as empresas farmacêuticas [com as quais a Comissão firmou contratos]. E, se esse fosse o caso, teriam de nos notificar, e eu não tenho conhecimento de qualquer contrato à margem ou algo do género”, assegurou Ursula von der Leyen.

“Estamos a operar no quadro dessa estratégia a 27, que acordámos e bem, porque, com o poder de compra dos 27, tivemos capacidade de contratualizar este enorme volume de vacinas: 2,3 biliões de doses para a UE e países vizinhos. E com os 300 milhões de doses da Moderna esse número ainda é superior”, disse, referindo-se ao anúncio de hoje do novo contrato com esta empresa norte-americana, uma das três cujas vacinas contra a covid-19 já foram autorizadas na UE (juntamente com as da Pfizer-BioNTech e da AstraZeneca).

“É neste quadro que estamos a operar, e a Comissão não foi notificada de nada mais”, reforçou.

Assumindo que teve conhecimento de alguns episódios de supostas ofertas bilaterais de doses de vacinas, Von der Leyen alertou para o fenómeno das fraudes e para os enormes riscos associados à aquisição e administração de medicamentos que não foram validados.

“Numa crise como esta, há sempre gente que tenta lucrar com os problemas de outros, e há um número crescente de fraudes ou tentativas de fraude com as vacinas. Estamos a combater esta tendência. A OLAF [gabinete de combate à corrupção] está a investigar e a dar conselhos aos Estados-membros sobre como identificar as fraudes. O nosso ojetivo è levá-los [os responsáveis] à justiça”, disse.

Na passada segunda-feira, o Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF) alertou os Governos da UE para que “se mantenham atentos às ofertas de vacinas contra a covid-19″, por serem “muito frequentemente falsas”.

https://zap.aeiou.pt/pfizer-biontech-200-milhoes-vacinas-381382

 

“Nem tudo o que reluz é ouro” - A história sombria dos rios “dourados” da Amazónia !

Uma nova fotografia tirada da Estação Espacial Internacional (EEI) mostra o que parecem ser rios “dourados” a correr pela floresta da Amazónia. No entanto, como diz a famosa expressão, “nem tudo o que reluz é ouro”.


De acordo com o Observatório Terrestre da NASA, que publicou a fotografia tirada por um dos seus astronautas, os rios “dourados” que correm pela floresta amazónica no estado de Madre de Dios, no leste do Peru, são, na verdade, poços de prospeção, provavelmente deixados por mineiros independentes.

Segundo a CNN, os poços estão normalmente escondidos da vista dos astronautas na Estação Espacial Internacional (EEI), mas destacam-se nesta fotografia devido à luz solar refletida.

A imagem mostra o Rio Inambari e vários poços cercados por áreas desflorestadas de entulho lamacento. A mineração independente de ouro sustenta dezenas de milhares de pessoas na região de Madre de Dios, tornando-a uma das maiores indústrias de mineração não registadas do mundo.

A mineração também é o maior fator de desflorestação na região e o mercúrio usado para extrair ouro polui os cursos de água.

A única ligação rodoviária entre o Brasil e o Peru tinha como objetivo impulsionar o comércio e o turismo, mas “a desflorestação pode ser o maior resultado da rodovia”, segundo a NASA.

A fotografia divulgada publicamente no início deste mês, foi tirada em 24 de dezembro. Madre de Dios é um pedaço intocado da Amazónia, onde araras e macacos, jaguares e borboletas prosperam.

No entanto,enquanto algumas partes de Madre de Dios, como a Reserva Nacional Tambopata, estão protegidas da mineração, centenas de quilômetros quadrados de floresta tropical na área foram transformados num deserto tóxico e sem árvores.

Os aumentos no preço do ouro nos últimos anos criaram cidades em expansão na selva, completas com bordéis emergentes e tiroteios, à medida que dezenas de milhares de pessoas de todo o Peru aderiram à moderna corrida ao ouro.

Em janeiro de 2019, um estudo científico revelou que a desflorestação da mineração de ouro destruiu cerca de 9.279 hectares da Amazónia peruana em 2018, de acordo com o grupo Monitorização do Projeto Andino da Amazónia (MAAP). Esse é o maior total anual registado desde 1985, com base em estudos conduzidos pelo Centro de Inovação Científica da Amazónia da Universidade Wake Forest.

A desflorestação em 2018 superou o recorde anterior de 2017, quando cerca de 9.160 hectares de floresta foram derrubados, de acordo com o MAAP. Isso significa que, em dois anos, a mineração de ouro dizimou o equivalente a mais de 34 mil campos de futebol americano da floresta amazónica peruana.

https://zap.aeiou.pt/tudo-brilha-ouro-historia-sombria-dos-rios-dourados-da-amazonia-380047

 

Palestina acusa Israel de impedir entrada de vacinas na Faixa de Gaza !

A Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) acusou Israel, esta segunda-feira, de estar a impedir a entrada de duas mil doses da vacina russa Sputnik V na Faixa de Gaza.


Segundo a Autoridade Nacional Palestiniana, citada pela agência Associated Press (AP), a vacina russa contra a covid-19 estava destinada aos profissionais de saúde que trabalham na linha de frente do combate ao novo coronavírus.

As doses foram adquiridas pela ANP e o plano era dividir o imunizante com a Faixa de Gaza, que está sob o comando do grupo Hamas, onde vivem cerca de dois milhões de pessoas.

De acordo com a AP, a ministra da Saúde palestiniana, Mai al-Kaila, afirmou que as autoridades israelitas “têm toda a responsabilidade” pelo bloqueio da entrada das duas mil doses neste território.

“As autoridades da ocupação impediram a entrada“, disse a ministra palestiniana, num comunicado citado pelo jornal online Observador, acrescentando que “as doses eram destinadas a médicos que trabalham nas unidades de cuidados intensivos alocados aos pacientes com covid-19, bem como para os trabalhadores dos departamentos de emergência”.

Em declarações à agência noticiosa, fonte do aparelho de segurança israelita, que pediu para manter o anonimato, disse que as vacinas não foram bloqueadas, mas sim que o pedido das autoridades palestinianas para libertar as doses da Sputnik V para Gaza “ainda estava a ser avaliado“.

Entretanto, legisladores israelitas declararam que as doses da vacina russa só deveriam ser libertadas em troca da libertação de dois israelitas e da entrega dos restos mortais de dois soldados detidos pelo Hamas.

A Faixa de Gaza, que já registou mais de 53 mil casos de covid-19 e 537 mortes associadas à doença, ainda não recebeu nenhuma vacina. Isto numa altura em que Israel carrega o título de país do mundo com um maior número de população vacinada.

No final de janeiro, e depois da pressão internacional, Israel decidiu entregar cinco mil doses de vacinas contra a covid-19 à Autoridade Nacional da Palestina.

https://zap.aeiou.pt/palestina-israel-vacinas-faixa-gaza-381229

 

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