quinta-feira, 11 de março de 2021

“Intenção de destruir” o povo uigur - Relatório independente acusa China de genocídio !

Um relatório independente acusa o Governo chinês de violar todos os artigos da convenção da ONU no seu tratamento para com os uigures em Xinjiang e de ser responsável por cometer genocídio.


O relatório de 25 mil palavras, publicado por um thinktank não partidário com sede nos Estados Unidos, é um dos primeiros exames jurídicos independentes e não governamentais do tratamento dado pela China aos uigures sob a convenção do genocídio de 1948.

Segundo a convenção da ONU, assinada por 152 países, incluindo a China, uma decisão de genocídio pode ser feita se uma das partes violar qualquer um dos cinco atos definidos.

O relatório de terça-feira do Newlines Institute for Strategy and Policy revelou, de acordo com o jornal britânico The Guardian, que o Partido Comunista Chinês violou todos eles e acusou-o de demonstrar claramente uma “intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”.

“A intenção de destruir os uigures como um grupo é derivada de provas objetivas, consistindo em políticas e práticas estatais abrangentes, que o presidente Xi Jinping, a mais alta autoridade na China, colocou em ação”, lê-se no relatório.

Os cinco atos são: matar membros do grupo; causar sérios danos físicos ou mentais aos membros do grupo; infligir deliberadamente ao grupo condições de vida calculadas para ocasionar a sua destruição física total ou parcial; imposição de medidas destinadas a prevenir nascimentos dentro do grupo; e a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo.

Como evidência, o relatório citou relatos de mortes em massa, sentenças de morte seletivas e prisão de longo prazo de idosos, tortura sistémica e tratamento cruel, incluindo abuso sexual e tortura, interrogatórios e doutrinação, a detenção seletiva de líderes comunitários uigures e pessoas em idade reprodutiva, esterilização forçada, separação familiar, esquemas de transferência de trabalho em massa e a transferência de crianças uigur para orfanatos e internatos administrados pelo Estado.

“As pessoas e entidades que perpetram os atos de genocídio acima indicados são todos agentes ou órgãos do estado – agindo sob o controlo efetivo do estado – que manifestam a intenção de destruir os uigures como um grupo na aceção do artigo II da convenção sobre genocídio”, revelou o relatório.

As evidências disponíveis e verificáveis ​​foram estudadas por dezenas de especialistas em direito internacional, estudos de genocídio, políticas étnicas chinesas e na China.

Esta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse que as alegações de genocídio em Xinjiang “não poderiam ser mais absurdas”. “É um boato fabricado com segundas intenções e uma mentira total”, disse Wang. O Partido Comunista Chinês negou veementemente as atrocidades e abusos contra a minoria muçulmana uigur.

https://zap.aeiou.pt/intencao-destruir-povo-uigur-genocidio-386518

 

quarta-feira, 10 de março de 2021

Pináculo de Notre-Dame vai ser reconstruído com carvalhos centenários e cada tronco vale 15 mil euros !

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou, no verão passado, que a torre de 96 metros seria reconstruída como originalmente projetada por Eugene Viollet-le-Duc, no século XIX. A caça aos 1.000 carvalhos necessários já começou.


O pináculo da catedral de Notre-Dame está a ser reconstruído com carvalhos centenários derrubados de uma antiga floresta real, quase dois anos depois de o icónico monumento da capital francesa ter sido devastado por um incêndio.

As árvores perfeitas para reconstruir o pináculo foram identificadas no início do ano em Domaine de Berce, perto de Le Mans. Todos os carvalhos devem ser cortados antes do final deste mês, avança a Sky News.

Aymeric Albert, diretor comercial da comissão florestal francesa, descreveu um tronco serrado de um carvalho com 200 anos como “excecional”. O tronco era suficientemente grande para construir uma viga de 18 metros de comprimento capaz de ajudar a suportar o peso da torre.

“É perfeitamente reto e sem defeitos internos”, acrescentou.

Os troncos serão postos a secar entre 12 e 18 meses antes de serem moldados. Cada um vale cerca de 15 mil euros.

O telhado original da catedral de Notre-Dame tinha tantas vigas de carvalho que era chamado de “la forêt” (“a floresta”). “Agora vamos deixar espaço para uma nova geração de carvalhos que em 200 anos criarão a mesma floresta que vemos hoje”, disse Albert.

A catedral encontrava-se em obras de restauro no seu exterior quando, em abril de 2019, deflagrou um violento incêndio que demorou cerca de 15 horas a ser extinto. A origem acidental do incêndio, um curto-circuito, continua a ser privilegiada, embora a causa do fogo não esteja esclarecida.

As obras de Notre-Dame têm enfrentado vários imprevistos, desde a necessidade de adotar medidas contra a contaminação por chumbo até à crise do novo coronavírus, passando pelo mau tempo no final de 2019, mas foram retomadas no final de abril do ano passado.

https://zap.aeiou.pt/notre-dame-carvalhos-centenarios-386240

 

Covid-19 pode ter-se transmitido casa a casa pelas condutas de ventilação !

As condutas de ventilação das casas de banho de edifícios antigos estão conectadas entre os pisos e, em casos concretos, podem ser uma via de contágio de covid-19, revela o jornal espanhol El País.


Depois de analisar o percurso que o ar faz (e o vírus que transporta) entre diferentes casas, o El País explica que as condutas de ventilação em prédios antigos podem explicar alguns dos casos de transmissão de origem desconhecida.

Foi o que aconteceu no prédio de 97 moradores em Santander, Espanha, que, em junho, teve de ser isolado depois de serem confirmados 17 casos de infeção em quatro apartamentos diferentes – todos ligados através das condutas de ventilação das casas de banho.

De acordo com a publicação espanhola, o problema coloca-se apenas nos prédios mais antigos, construídos antes da entrada em vigor (em Espanha, em 1977) da legislação que obriga a que as casas de banho de cada apartamento tenham saídas de ar independentes, que são depois canalizadas para a conduta geral dos edifícios – em vez de estarem apenas tapadas por grelhas, sem qualquer tipo de tubagens, e com ligações diretas entre casas.

Hoje em dia, em Espanha, só 37,7% dos edifícios existentes não têm este sistema de filtragem de ar ou sistemas ainda mais eficientes, assegurados por extratores elétricos, tornados obrigatórios por lei em 2006.

É nos prédios antigos, e sobretudo em casas de banho interiores, sem janelas, que o ar (contaminado ou não) continua a poder circular livremente entre apartamentos, através de simples grelhas sem filtros.

Em apenas cinco minutos o ar colocado em movimento pela abertura de uma porta ou de uma janela, pelo funcionamento do exaustor da cozinha ou pela diferença de temperatura, pode transferir-se integralmente da casa de banho de um apartamento para a do vizinho.

No entanto, manter janelas abertas, baixar a tampa da retrete e instalar válvulas para impedir a entrada de ar através das condutas pode ajudar a reduzir os riscos, sugeriram especialistas ao jornal.

Um estudo epidemiológico feito na Coreia do Sul concluiu que os oito infetados com o SARS-CoV-2 em cinco apartamentos do mesmo edifício de Seul não tiveram “outro contacto possível” entre si se não o possibilitado pela transmissão de ar entre as casas.

Já em 2003, e segundo a Organização Mundial da Saúde, o surto de SARS provocou mais de três centenas de casos e 42 mortos no Amoy Gardens, um complexo de apartamentos em Hong Kong, que também terá sido disseminado por esta via.

https://zap.aeiou.pt/virus-transmitido-casa-casa-ventilacao-386158

 

A pandemia ainda não deu tréguas, mas Itália já tem forma de revolucionar o turismo !

Itália é um dos países mais procurados da Europa pelos turistas. Contudo, o excesso de visitantes em algumas cidades por tornar a experiência menos agradável, por isso surgiu uma ideia que pode revolucionar o turismo no país.


Antes da pandemia de covid-19, Florença estava a lutar contra o excesso de turismo. A Galeria Uffizi – um dos museus mais conhecidos do mundo – era dos locais que mais visitantes recebia.

Nos meses mais movimentados, o museu chegava a receber cerca de 12.000 visitantes por dia. Na maior parte das vezes os turistas vão até ao local histórico para poderem ver grandes obras de arte, como é o caso da Sagrada Família de Michelangelo.

Porém, conseguir entrar no museu não é uma tarefa fácil. Todos os dias se pode encontra grandes filas de espera e a experiência cultural que os visitantes tanto desejam pode tornar-se num verdadeiro tormento.

Para além das filas intermináveis, a direção do museu disse à CNN que muitos visitantes tinham alguns comportamentos menos próprios dentro do local e como tal tiveram que instituir uma campanha de bom comportamento.

No entanto, a pandemia fez destes problemas questões não prioritárias. Ainda assim, com a esperança de uma recuperação do turismo já no próximo verão, o diretor da Galeria Uffizi já está a desenvolver um plano para ter certeza de que as coisas não vão voltar a ser como no passado.

Com a necessidade de dispersar os turistas da região, e sobretudo do famoso museu, surgiu o projeto Uffizi Diffusi. Este é uma reconstrução do conceito de “hotel disperso”, no qual “quartos” individuais estão localizados em diferentes casas de uma aldeia.

Neste projeto, as obras de arte de Uffizi serão exibidas na região da Toscana, transformando a zona num grande museu “disperso”. Para já, as cidades e as vilas ainda estão a nomear edifícios que podem vir a tornar-se espaços de exposição.

O diretor da Uffizi, Eike Schmidt, disse à CNN que a ideia surgiu durante o confinamento de 2020, por isso passou a maior parte do tempo a trabalhar em potenciais locais e a analisar combinações de obras de arte.

O objetivo é “criar um turismo diferente”, referiu, acrescentando que, para a região, vai “alicerçar a cultura ao quotidiano das pessoas”.

Schmidt considera que “a arte não pode sobreviver apenas com grandes galerias. Precisamos de múltiplos espaços de exposições em toda a região – especialmente nos lugares onde a própria arte nasceu”, frisou.

Não é a primeira vez que o diretor “empresta” obras de arte do museu a outras cidades. Em 2019, o responsável enviou uma pintura de Leonardo da Vinci para a cidade natal do artista, no 500º aniversário de sua morte.

Os detalhes do novo projeto Uffizi Diffusi ainda estão guardados, mas Schmidt avança que deverão existir “pelo menos 60, talvez até 100 espaços de exposição” em toda a Toscana.

O projeto Uffizi Diffusi visa enviar a arte de volta para o lugar de onde veio, ligando as pessoas diretamente à sua herança, refere o CNN.

A primeira fase do projeto deverá começar já no próximo verão, mas para já o país ainda está a lutar contra a subida diária de novos casos de covid-19.

https://zap.aeiou.pt/italia-nova-forma-revolucionar-turismo-385567

 

Norte-americana descobre apartamento secreto atrás do espelho da casa de banho !

A mulher, que vive em Nova Iorque, encontrou um apartamento de três quartos por trás do espelho da sua casa de banho. O episódio tornou-se um fenómeno na rede social Tik Tok.

Em vários vídeos do Tik Tok, Samantha Hartsoe conta que tudo começou quando sentiu uma corrente de ar na sua casa de banho. Decidiu assim ir espreitar atrás do espelho e percebeu que no sítio estava localizado um apartamento de três quartos escondido.

Samantha, que trabalha para uma organização sem fins lucrativos, não fazia ideia do que estava a acontecer quando começou a investigar por que razão o seu apartamento estava sempre tão frio, mas ainda assim decidiu documentar a sua investigação no TikTok.

No primeiro vídeo que gravou para a rede social, a norte-americana contou que mesmo quando aumentava a temperatura do ar, a sua casa continuava muito fria. “Eu entro na casa de banho e sinto o ar frio”, disse enquanto gravava.
 
Nos vídeos, Samantha mostra que não há uma fonte óbvia para a proveniência do ar frio. Contudo, como o sopro de ar era mais forte quando ela estava perto da porta, a jovem prestou atenção e descobriu que o ar estava a sair do buraco onde a porta trava.

Quando tirou o espelho, deparou-se com um buraco, mas não hesitou em entrar e aí percebeu que se tratava de um apartamento.  Vestida com luvas e máscara – e a acompanhada por um martelo para se proteger – Samantha escalou a parede.

A americana refere que não está claro se o apartamento está em construção ou se foi abandonado. No entanto, encontrou uma garrafa de água usada, e disse que havia “sinais de vida” no local.

Vários utilizadores do Twitter compararam a aterrorizante descoberta de Samantha ao filme de terror de 1992, Candyman, onde uma mulher descobre um quarto secreto de um assassino escondido no prédio.

https://zap.aeiou.pt/apartamento-secreto-casa-banho-386423

 

Entrevista dos Sussex caiu como uma bomba. Família Real diz que vai lidar com “questões raciais” em privado !

Os duques de Sussex deram a sua primeira grande entrevista na televisão norte-americana, no domingo à noite, à apresentadora Oprah Winfrey. Um dia depois, o Palácio de Buckingham emitiu um comunicado onde diz que vai lidar com as questões raciais em privado.

A Casa Real refere como preocupantes às questões raciais mencionadas por Harry e Meghan durante a entrevista concedida à apresentadora Oprah Winfrey que foi para o ar no passado domingo.

“Apesar de as memórias poderem variar, vão ser levadas a sério e vão ser endereçadas pela família real em privado”, pode ler-se.

O comunicado, emitido pelo Palácio de Buckingham esta tarde, lamenta os desafios enfrentados pelo casal durante os últimos anos e conclui dizendo que “Harry, Meghan e Archie vão ser sempre membros muito amados da família”.

Esta foi uma das revelações bombásticas feitas pelos duques de Sussex e dos mais comentados na imprensa após a exibição da entrevista da CBS.

Logo depois da entrevista, a imprensa britânica foi a primeira reagir com alguns colunistas a serem muito críticos às declarações feitas.

No entanto, o Palácio de Buckingham demorou um pouco mais a reagir, acabando por fazê-lo hoje, contra todas as expectativas.

Na segunda-feira, a Rainha Isabel II terá mesmo recusado assinar um comunicado preparado pelo Palácio, focado no amor da Família Real pelos duques de Sussex, sendo que preferiu dormir sobre o assunto, diz o The Times.

A monarca passou o dia de ontem reunida com o príncipe Carlos e o filho William, alega o Daily Mail para, em conjunto, tentarem gerir a situação de crise – sendo que a família resolveu emitir comunicado.

Esta terça-feira, Carlos foi pela primeira vez visto em público após a conversa entre os Sussex e Oprah, sendo fotografado em Londres no decorrer de uma visita a uma clínica de vacinação em formato pop-up do Serviço Nacional de Saúde britânico. Questionado sobre a polémica entrevista, o príncipe de Gales, de máscara, permaneceu em silêncio.

“Ao menos nunca me vesti de Hitler”

Também o pai de Meghan Markle já reagiu à entrevista.

Thomas Markle, em declarações ao programa Good Morning Britain, acusa a filha de silêncio e de fazer ghosting à família que “diz não conhecer”.

Conhecer o estado de saúde mental da filha via entrevista deixou Thomas, de 76 anos, “perturbado”. “Como disse, teria sido fácil ela falar comigo ou com o resto da família que ela diz não conhecer”, frisou.

Na entrevista, Oprah questionou Meghan sobre se se sentiu traída quando descobriu que o pai tinha trabalhado com os tabloides. A duquesa explicou como tentou que o pai admitisse o que tinha feito, embora sem sucesso.

Sobre o assunto, Thomas diz que “todos cometemos erros”, mas que “ao menos nunca me vesti de Hitler”, atirando assim farpas a Harry. Recorde-se que o duque foi forçado a pedir desculpas publicamente depois de ter sido fotografado a usar um uniforme Nazi numa festa em 2005.

O pai da duquesa afirma que colabora com a imprensa porque não recebe quaisquer notícias de Harry ou Meghan, casal que atualmente vive nos Estados Unidos à semelhança de Thomas. “Quando eles decidirem falar comigo, eu paro de falar com a imprensa”.

Em resposta às supostas acusações de racismo por parte da monarquia, Thomas Markle diz não considera a Família Real racista, ainda que os duques de Sussex tenham revelado uma conversa sobre a cor de pele de Archie, que esteve a base da decisão de o filho de ambos não ter o título de príncipe.

A relação entre Meghan e o pai, Thomas Markle, tem sido conturbada nos últimos anos.

Já a entrevista do casal bateu todos os recordes de audiências. Só nos EUA, a emissão da entrevista terá atraído pelo menos 17,1 milhões de pessoas.

https://zap.aeiou.pt/entrevista-sussex-bomba-familia-real-386373

Professor debaixo de fogo após dizer que “mulheres de conforto” no Japão eram “prostitutas com contrato” !

Um professor da Universidade de Harvard despertou fúria internacional após afirmar que as mulheres coreanas que foram mantidas como escravas sexuais no Japão durante a II Guerra Mundial escolheram trabalhar como prostitutas.


Há um grande volume de estudos que exploram as formas pelas quais os militares japoneses imperiais forçaram ou coagiram meninas e mulheres a um sistema organizado de escravidão sexual para servir aos soldados japoneses antes e durante a II Guerra Mundial.

O controle sobre a narrativa histórica sobre as chamadas “mulheres de conforto”, a maioria das quais coreanas, continua a ser uma questão de discórdia entre os governos do Japão e da Coreia do Sul, uma vez que políticos conservadores japoneses tentaram, nos últimos anos, negar a responsabilidade do Estado e reescrever livros didáticos.

Recentemente, John Mark Ramseyer, professor de Estudos Jurídicos Japoneses na Faculdade de Direito da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, escreveu um artigo num jornal japonês, descrevendo a “história de mulheres escravas sexuais de conforto” como “pura ficção”. 

O docente também publicou um artigo na revista académica International Review of Law and Economics, caracterizando as mulheres de conforto como prostitutas, que eram capazes de negociar e exigir altos salários pelos seus trabalhos sexuais.

“Juntos, as mulheres e os bordéis concluíram contratos de escritura que combinavam um grande adiantamento com prazos de um ou dois anos. Até aos últimos meses da guerra, as mulheres cumpriam sos eus termos ou pagavam as suas dívidas antecipadamente, e voltavam para casa”, escreveu Ramseyer.

Estas declarações tornaram-se assunto de uma controvérsia internacional. Os estudiosos reclamaram, acusando Ramseyer de negligenciar as extensas evidências de que o sistema de “mulheres de conforto” equivalia à escravidão sexual patrocinada pelo Governo – e não a um contrato entre as partes consentidas.

A revista científica anexou uma expressão de preocupação à versão online do artigo de Ramseyer, intitulado “Contratação de sexo na Guerra do Pacífico”. Um porta-voz da Elsevier, a editora académica, disse que a revista vai atrasar  a publicação da próxima edição impressa, que contém o artigo, para permitir a impressão de respostas na mesma edição.

“A equipa editorial da International Review of Law and Economics emitiu uma expressão de preocupação ligada ao artigo acima mencionado, para informar os leitores de que foram levantadas preocupações em relação às evidências históricas do artigo. Essas alegações estão a ser investigadas e o jornal fornecerá informações adicionais assim que estiverem disponíveis”, disse. “A edição impressa está a ser temporariamente suspensa para que a expressão de preocupação e comentários/respostas possam ser publicados na mesma edição do artigo original para dar aos leitores acesso à imagem mais completa possível. ”

Alexis Dudden, professora de história da Universidade de Connecticut que disse ter sido solicitada a escrever uma refutação ao artigo de Ramseyer, descreveu o seu artigo como “fraude académica” análoga à negação do Holocausto.

“Tantas bolsas foram produzidas nos 30 anos desde que o primeiro sobrevivente apareceu e é quase como se a decisão do Professor Ramseyer fosse simplesmente ignorar todo o debate e dar uma condenação fulminante de todas as opiniões diferentes das suas mentiras “, disse Dudden, especialista em história moderna japonesa e coreana.

Andrew Gordon e Carter Eckert, historiadores da Universidade de Harvard, foram alguns dos académicos que se insurgiram contra o trabalho que, segundo eles, não assenta em quaisquer documentos históricos. “Não percebemos como é que Ramseyer pode fazer afirmações credíveis, com palavras tão enfáticas, sobre contratos que não leu”, disseram, citados pelo jornal britânico The Guardian.

“Os argumentos do professor Ramseyer são factualmente imprecisos e enganosos“, lê-se numa declaração da Associação Coreana da Faculdade de Direito de Harvard e nove outros grupos. “Sem qualquer evidência convincente, o professor Ramseyer argumenta que nenhum governo ‘forçou as mulheres à prostituição’. Décadas de bolsas de estudos coreanas, fontes primárias e relatórios de terceiros desafiam essa caracterização”.

A questão das “mulheres de conforto” forçadas a trabalhar nos bordéis do Japão antes e durante a II Guerra Mundial e a questão de saber se as vítimas foram adequadamente compensadas não reúne consenso.

Décadas de investigação exploraram os abusos infligidos a mulheres da Coreia e outras nações anteriormente ocupadas pelo Japão. Na década de 1990, as mulheres começaram a partilhar relatos, detalhando como eram levadas para “estações de conforto” e forçadas a fornecer serviços sexuais aos militares japoneses.

O Japão considera o assunto “resolvido de forma irreversível” por um acordo de 2015 alcançado por Shinzo Abe e pelo presidente sul-coreano Park Geun-hye, segundo o qual Abe pediu desculpas e prometeu um fundo para apoiar as sobreviventes. Já o Governo da Coreia do Sul, Moon Jae-in, declarou que o acordo estava defeito, anulando-o.

https://zap.aeiou.pt/professor-harvard-fogo-apos-dizer-mulheres-conforto-no-japao-eram-prostitutas-contrato-386200

 

ONU alerta que proibir burca na Suíça aumentará marginalização de muçulmanas !

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos alertou hoje que a decisão dos suíços de proibirem o uso do véu integral (burca) “levará a uma maior marginalização e exclusão da vida pública” das muçulmanas no país.


“A Suíça juntou-se a uma minoria de países nos quais a lei discrimina ativamente as mulheres muçulmanas e isso é profundamente lamentável”, sublinhou Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado, numa conferência de imprensa.

A porta-voz do gabinete dirigido por Michelle Bachelet adiantou que a medida foi aprovada em referendo “após uma campanha publicitária com um forte tom xenófobo” e numa altura em que as muçulmanas na Europa enfrentam crescente discriminação e hostilidade devido à roupa que usam.

Reconhecendo a complexidade da questão, Shamdasani considerou que “as mulheres não deveriam ser forçadas a cobrir o rosto”, mas sustentou que “uma proibição legal nesse sentido restringe a sua liberdade de manifestar a sua religião ou crenças, o que têm um grande impacto nos seus direitos humanos”.

“A utilização de leis para ditar o que as mulheres devem ou não usar é problemática numa perspetiva de direitos humanos” e apenas é contemplada na Convenção Internacional de Direitos Civis e Políticos em situações de risco para a saúde ou segurança pública (por exemplo, com a atual utilização generalizada de máscaras).

A proibição do véu integral ou burca – peça de vestuário que cobre todo o corpo e cabeça, incluindo o rosto, com apenas uma abertura rendilhada na zona dos olhos – foi levada a referendo por iniciativa do partido conservador suíço UDC e aprovada no domingo por 52% dos votantes, apesar de o Governo federal ter apelado ao voto contra.

Calcula-se que a medida afete apenas cerca de três dezenas de muçulmanas que usam a burca na Suíça, embora também se aplique a outras pessoas que tentem ocultar o rosto, como grupos violentos que se infiltram em manifestações.

Por outro lado, pode afetar o turismo com origem nos países árabes e geralmente de alto poder aquisitivo.

https://zap.aeiou.pt/onu-alerta-proibir-burca-suica-marginalizacao-386312

Bolsonaro reage à anulação das condenações de Lula dizendo que o povo brasileiro não quer ter um candidato como ele !

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, reagiu à decisão de um juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) de anular todas as acusações contra Lula da Silva no âmbito da Operação Lava Jato.


“Eu acredito que o povo brasileiro não quer sequer ter um candidato como ele em 2022, muito menos pensar numa possível eleição dele”, disse Jair Bolsonaro, à chegada ao Palácio da Alvorada, citado pela Folha de São Paulo.

“As bandalheiras que esse Governo [do PT] fez estão claras perante toda a sociedade. Você pode até supor a questão do sítio em Atibaia, do apartamento, mas tem coisa dentro do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social] que o desvio chegou na casa de meio trilhão de reais, com obras fora do Brasil. Os desvios na Petrobras foram enormes, na ordem de dois bilhões de reais que o pessoal na delação devolveu. Então, foi uma Administração realmente catastrófica do PT no Governo”, continuou.

O Presidente do Brasil, que acusou o responsável pela anulação dos processos, Edson Fachin, de ter “forte ligação com o PT”, referiu ainda que “é impossível prever o que qualquer dos 11 ministros [juízes] do STF pensam e o que eles colocam no papel”.

“O ministro Fachin sempre teve uma forte ligação com o PT, então não nos estranha uma decisão nesse sentido. Obviamente é uma decisão monocrática, mas vai ter que passar pela turma, não sei, ou Plenário, para que tenha a devida eficácia”, afirmou Bolsonaro.

Estas declarações aconteceram depois de este regressar de uma reunião com a farmacêutica Pfizer, onde foram discutidas as condições de negócio para aquisição das vacinas contra a covid-19.

Políticos celebram anulação de condenações

O Presidente da Argentina, Alberto Fernández, e outros políticos internacionais como a autarca parisiense, Anne Hidalgo, ou a deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua, comemoraram esta segunda-feira a anulação das condenações do ex-mandatário brasileiro Lula da Silva.

“Celebro que Lula tenha sido reabilitado em todos os seus direitos políticos. Foram anuladas as condenações contra si, que foram ditadas com o único fim de persegui-lo e eliminá-lo da carreira política foram. Fez-se justiça! Lula Livre“, escreveu Alberto Fernández no Twitter.

Já a deputada portuguesa Joana Mortágua indicou que a prisão de Lula faz parte do “golpe contra a democracia no Brasil”. “A anatomia completa do golpe contra a democracia no Brasil está por conhecer, mas é certo que passou pela decisão política de prender Lula da Silva. Passo a passo, essa injustiça vai sendo denunciada e corrigida“.

Do lado francês, a presidente da Câmara de Paris, Anne Hidalgo, declarou estar “muito feliz” por ter sido feita “justiça para Lula da Silva”. “Após cinco anos de perseguição, todas as ações judiciais contra Lula da Silva foram anuladas! Lula está livre. O ‘juiz’ Moro e sua gangue repudiados. A magistratura brasileira recusa-se a fazer o trabalho político sujo”, escreveu o líder do partido de esquerda França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon.

De Espanha, o líder do Podemos, Pablo Iglesias, disse que Lula foi afastado da política para “abrir caminho para a extrema-direita”. “O lawfare [uso estratégico do Direito para fins ilegítimos] contra Lula, para impedi-lo de ser candidato e abrir caminho para a extrema-direita, exemplifica o novo modus operandi das grandes potências. No final das contas não deu em nada, mas hoje manda Bolsonaro no Brasil. Agora é para ganhar Lula. Punho levantado”, indicou Iglesias.

O Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro anulou todas as condenações do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná, relacionadas com as investigações da Operação Lava Jato. A decisão foi tomada pelo juiz Edson Fachin, que é o relator dos casos da Lava Jato no STF.

A anulação foi decretada na sequência da decisão de Fachin, de declarar a incompetência da Justiça Federal do Paraná nos processos sobre a posse de um apartamento de luxo no Guarujá, estado de São Paulo, e de uma quinta em Atibaia, também em São Paulo, que haviam levado a duas condenações do ex-chefe de Estado brasileiro, em decisões das primeira e segunda instâncias.

Isto não quer dizer que o antigo chefe de Estado brasileiro tenha sido inocentado já que os processos serão remetidos para a justiça do Distrito Federal, que vai reavaliar os casos e pode receber novamente as denúncias e reiniciar os processos agora anulados.

Com a decisão, porém, Lula da Silva voltou a ser elegível e recuperou os seus direitos políticos.

Lula, de 75 anos e que governou o Brasil entre 2003 e 2010, chegou a cumprir 580 dias de prisão, entre abril de 2018 e novembro de 2019 e, desde então, o ex-presidente recorre da sua sentença em liberdade condicional.

Em comunicado, o Instituto Lula indicou que, “infelizmente, a decisão tomada hoje chega tarde demais e depois de causar prejuízos irreparáveis não apenas ao Instituto e ao ex-presidente, mas também ao país e à própria Justiça”.

“Há cinco anos, já se sabia que a vara de Curitiba não era competente e que Lula jamais cometeu crime algum. Moro [ex-juiz da Lava Jato] criou uma farsa com promotores para criminalizar o Instituto, o ex-presidente e afastá-lo das eleições. É lamentável que o Brasil e a democracia tenham pagado um preço tão alto antes que essa injustiça fosse reconhecida. A verdade vencerá”, concluiu o Instituto.

https://zap.aeiou.pt/o-povo-brasileiro-nao-quer-ter-um-candidato-como-ele-bolsonaro-386172

 

Vacina russa Sputnik V vai ser produzida em Itália a partir de julho

A vacina russa contra a covid-19, a Sputnik V, vai ser produzida em Itália a partir de julho, anunciou esta terça-feira a Câmara de Comércio Itália-Rússia, apesar de a Agência Europeia do Medicamento ainda não ter autorizado a sua distribuição.


“A vacina será produzida a partir de julho de 2021 nas fábricas da Adienne, na Lombardia, em Caponago, perto de Monza”, no norte da Itália, disse o assessor de imprensa do presidente da Câmara de Comércio, Stefano Maggi, à agência de notícias francesa AFP.

“Serão produzidas dez milhões de doses entre 1 de julho e 1 de janeiro de 2022”, adiantou, sublinhando que se trata do “primeiro acordo a nível europeu para a produção no território da União Europeia (UE) da vacina Sputnik”.

A Sputnik V ainda não está autorizada na União Europeia, mas na semana passada atingiu um marco importante para a sua distribuição na região, com o início do processo de análise pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

Após o anúncio da EMA, as autoridades russas disseram que estavam prontas para fornecer vacinas a 50 milhões de europeus a partir de junho.

Argumentando que já foi autorizada em 46 países, o fundo soberano russo proprietário da vacina criticou esta terça-feira, novamente, a EMA por ter “adiado durante meses” o processo de autorização da Sputnik V.

A Rússia também criticou hoje as declarações de uma responsável da EMA, que comparou a autorização com caráter de urgência da vacina Sputnik V em alguns países europeus com a “roleta russa”.

A este propósito a Rússia exigiu um pedido de desculpas à Agência Europeia do Medicamento. “Nós queremos um pedido de desculpas por escrito a Christa Wirthumer-Hoche da Agência Europeia do Medicamento pelos comentários negativos de membros da União Europeia sobre a Sputnik V”, escreveram os criadores da vacina, ligados ao centro de investigação Gamaleia e ao Fundo Soberano Russo (RDIF).

“Tais comentários são inapropriados e atentam contra a credibilidade da Agência Europeia do Medicamento e ao processo de avaliação” da vacina que ainda decorre, acrescenta a mensagem difundida através da rede social Twitter.

Impacientes face a processos de autorização considerados demasiado lentos, alguns países da UE voltaram-se para vacinas ainda não aprovadas, como fez a Hungria, que começou a administrar a vacina russa na sua população no mês passado. A República Checa e a Eslováquia também fizeram pedidos à Rússia.

“Se a vacina não for autorizada na Europa até 1 de julho de 2021, as doses produzidas serão compradas de volta pelo fundo soberano russo e distribuídas em países onde a Sputnik V já está autorizada”, disse Stefano Maggi.

Recebida pela primeira vez com ceticismo no Ocidente, a primeira vacina russa contra a covid-19 convenceu depois os especialistas, especialmente após a publicação de resultados na revista especializada The Lancet, segundo os quais a eficácia Sputnik V é de 91,6% contra as formas sintomáticas da doença.

Por enquanto, estão autorizadas na União Europeia três vacinas: a da Pfizer-BioNTech, a da Moderna e a da AstraZeneca. Uma quarta, da Johnson & Johnson, foi submetida a um pedido de autorização.

Além da Sputnik V, duas outras vacinas, da Novavax e da CureVac, estão sob análise.

https://zap.aeiou.pt/vacina-russa-produzida-italia-386297

 

Milhares de utilizadores de serviços da Microsoft atacados por hackers !

Dezenas de milhares de utilizadores de serviços da Microsoft foram vítimas de ciberataques e reforçaram, na segunda-feira, os sistemas infetados para tentar diminuir as oportunidades dos invasores roubarem dados.


A Casa Branca considerou de “ameaça ativa” o ciberataque e avançou que os altos funcionários da segurança nacional estão a tratar do assunto.

A violação foi descoberta no início de janeiro e foi atribuída a hackers chineses que ambicionam atingir especialistas da política dos Estados Unidos, mas no fim de fevereiro existiram novos ataques por hackers que aproveitaram o ciberataque inicial.

O serviço da Microsoft que está mais comprometido com este ciberataque é o email e entre as vítimas estão pequenos lojistas, escritórios de advogados, câmaras municipais, autoridades ligadas à saúde e fabricantes.

No início de março, a Microsoft lançou um patch, programa de computador criado para atualizar ou corrigir um software de forma a melhorar a sua usabilidade ou performance, corrigindo bugs ou vulnerabilidades de segurança.

Embora este ciberataque realizado por hackers não represente o tipo de ameaça à segurança nacional, pode ser uma ameaça para os utilizadores que não instalaram o patch a tempo, uma vez que os hackers persistentes nos sistemas.

“Diria que é uma séria ameaça à segurança económica porque tantas pequenas empresas podem literalmente ter os seus negócios destruídos por um ataque direcionado”, disse Dmitri Alperovitch, ex-diretor técnico da empresa de segurança cibernética CrowdStrike.

O especialista culpou a China pela onda global de ataques que começaram a 26 de fevereiro, embora outros especialistas afirmem que é muito cedo para atribuir essa responsabilidade com segurança.

A Microsoft recusou-se em avançar quantos clientes foram “infetados”.

https://zap.aeiou.pt/milhares-microsoft-atacados-hackers-386139

 

terça-feira, 9 de março de 2021

Novas evidências apontam eventual localização dos destroços do MH370 - Jornalista sugere que foi abatido !

O chefe da busca fracassada pelo voo MH370 da Malaysia Airlines está a pedir um novo inquérito com base em novas evidências que podem finalmente resolver o mistério do desaparecimento da aeronave há sete anos.


De acordo com o jornal britânico The Times, Peter Foley, que liderou a busca pelo avião MH370 da companhia aérea Malaysian Airlines, disse que concordava com uma nova análise produzida por oceanógrafos e especialistas em voo, sugerindo que os destroços podem estar no fundo do Oceano Índico, a 1.930 quilómetros da Austrália.

O voo noturno de Kuala Lumpur para Pequim desapareceu há exatamente sete anos, no dia 8 de março de 2014, com 239 passageiros e tripulantes. Tinha misteriosamente invertido o curso e voado para o sul até ficar sem combustível.

Duas buscas não encontraram vestígios da aeronave, mas 33 pedaços de destroços – confirmados ou classificados como altamente prováveis ​​de pertencerem ao MH370 – foram descobertos nas Ilhas Maurícias, Madagáscar, Tanzânia e África do Sul.

A pressão por uma nova busca surgiu após a análise do último pedaço de destroços, parte de um spoiler de uma asa encontrado na África do Sul em agosto.

Um relatório divulgado por um grupo independente de especialistas revelou, este domingo, que os danos indicavam que aquela peça tinha sido arrancada da aeronave num mergulho descontrolado em alta velocidade.

Esta descoberta contesta teorias alternativas. A análise da deriva do oceano e uma revisão de uma rota de voo divulgada no ano passado concordaram que o MH370 provavelmente caiu cerca de 1.930 quilómetros a oeste de Cape Leeuwin, Austrália Ocidental, numa área notória pelos seus profundos desfiladeiros no fundo do oceano e montanhas subaquáticas.

Foley, que supervisionou a maior busca de sonar de alta resolução do mundo, cobrindo quase 80.400 quilómetros quadrados do fundo do oceano, afirmou que uma nova investigação deve inspecionar o fundo do mar 70 milhas náuticas de cada lado da área alvo. “Grandes extensões não foram totalmente revistas”, disse.

Blaine Gibson, que dedicou grande parte da sua vida nos últimos anos à procura dos destroços, apoiou uma terceira busca. O advogado norte-americano, de 63 anos, disse que o modelo atualizado de Charitha Pattiaratchi, oceanógrafa da University of Western Australia, é um forte argumento para outra análise. A especialista previu onde estariam os destroços um ano antes de a primeira peça ser encontrada.

MH370 pode ter sido abatido

De acordo com a Euronews, num livro publicado na semana passada e intitulado “La Disparition” (“O Desaparecimento”, em tradução livre), a jornalista Florence de Changy, correspondente em Hong Kong para o jornal francês Le Monde e a RFI, sugere que o avião terá sido abatido –  intencional ou acidentalmente – e que os registos da ocorrência terão sido posteriormente abafados.

“A versão oficial é uma justaposição de zonas cinzentas: da quebra dos meios de comunicação do avião à queda no oceano Índico, passando por uma suposta inversão de marcha improvável num Boeing 777. Os dados de radar no sobrevoo da Malásia são totalmente incompatíveis com um aparelho destes”, garantiu, em entrevista à Euronews.

A autora acrescenta ainda os dados que dão conta de que o voo MH370 atravessou “sete espaços aéreos onde o avião não foi visto nem é conhecido“. “Nenhum destes países é capaz de apresentar provas de que o avião tenha passado pelo respetivo espaço aéreo e ainda temos todos os navios e aviões americanos que vigiam aquela zona em permanência. Nada”, sublinhou.

O MH370 desapareceu a 8 de março de 2014, na rota de Kuala Lumpur para Pequim com 239 pessoas a bordo. Em 2015, um fragmento da asa do avião foi descoberto a leste de Madagáscar, na ilha francesa de Reunião, e confirmado como proveniente do Boeing 777.

Enquanto que, em julho de 2018, investigadores malaios emitiram um longo relatório, dizendo que o Boeing terá sido provavelmente desviado da rota de propósito, mas não conseguiram encontrar o responsável.

O programa australiano “60 Minutos” reuniu um painel de especialistas que acredita ter desfeito o mistério do desaparecimento do Boeing 777 da Malaysia Airlines. Os especialistas revelaram que a tese mais plausível seria a de que o piloto do voo MH370, Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos terá sido o responsável pelo desaparecimento da aeronave num ato “planeado, deliberado”.

A teoria a que estes especialistas chegaram agora aponta então para o suicídio do piloto, antecedido por um ato premeditado de homicídio em massa. Para isso, Zaharie terá provocado a despressurização da cabine, deixando todos os ocupantes inconscientes, à exceção do próprio piloto que usaria uma máscara de oxigénio. De acordo com a teoria, o piloto desligou o sistema de comunicação deliberadamente.

Após vários anos de tentativas infrutíferas de localizar os restos do avião, o Governo da Malásia concluiu a busca em maio do ano passado, admitindo não saber o que aconteceu com a aeronave. O governo da Malásia disse que precisaria de novas evidências convincentes antes de montar uma nova busca.

https://zap.aeiou.pt/novas-evidencias-apontam-possivel-local-onde-jazem-386021

 

Em Málaga, pode comer-se o pão mais caro do mundo - É feito com ouro e prata !


É na padaria espanhola Pan Piña que se confeciona aquele que é, de momento, o pão mais caro de todo o mundo. Este é vendido por uma quantia que pode chegar até aos 3.700 euros por quilo.

Em Espanha, uma padaria de Málaga conseguiu a proeza de transformar aquele que é o elemento mais básico da alimentação humana – o pão -, num produto de luxo.

Juan Manuel Moreno, responsável pela padaria Pan Piña de Algatocín, revela que o ouro e a prata que estão inseridos nos seus pães são comestíveis, mas comê-los não é para qualquer um, pois um quilo de pão pode chegar aos 3,7 mil euros.

O padeiro diz que os ingredientes não acrescentam sabor, mas conferem exclusividade a um produto que faz as maravilhas de russos e árabes milionários, que considera serem os seus melhores clientes.

De acordo com o Fuera de Serie, a padaria vende o pão em unidades de 400 gramas, o que significa que cada um custa cerca de 1.480 euros.

Fabricado com “ouro e prata próprios para consumo humano e em quantidades muito pequenas” e sem o recurso a “fermento”, este é um alimento cujo processo de fabrico pode chegar até às 18 horas, envolvendo longas fermentações, conta o fabricante.

Contudo, o negócio já teve melhores dias. O ano de 2020 ficou negativamente marcado pela pandemia, sendo que a padaria apenas conseguiu vender um total de 96 unidades deste pão, com a faturação a superar, assim, os 142 mil euros.

Estes valores são inferiores aos do período homólogo, pelo que o “impacto” da pandemia foi “ligeiramente” notado, adianta o responsável. Em 2019, o estabelecimento vendeu “um total de 112” unidades deste pão.

O artesão acrescenta que, atualmente, a sua padaria confeciona cinco tipos de pães especiais diferentes, nos quais o ouro e a prata, bem como flores e flocos, são na grande maioria das vezes ingredientes essenciais.

Agora, uma nova tipologia de pão, “totalmente personalizada”, está já a ser trabalhada pela padaria, a qual poderá ascender “aos 10 mil euros” de preço final.

https://zap.aeiou.pt/pao-mais-caro-mundo-ouro-prata-386083

 

Cidade nos EUA testou o rendimento básico universal - “Os números foram incríveis” !

Além de a percentagem de pessoas que tinham um emprego a tempo inteiro ter subido, os participantes da iniciativa também relataram sentir-se menos ansiosos. 


De acordo com o estudo publicado esta quarta-feira, citado pela agência Associated Press, os 125 habitantes da cidade de Stockton, na Califórnia, que durante dois anos receberam 500 dólares por mês, sem regras de como os gastar, conseguiram não só pagar dívidas e encontrar um trabalho a tempo inteiro, como ainda reportaram taxas mais baixas de ansiedade e depressão.

O programa, anunciado em 2017 pelo ex-mayor da cidade Michael Tubbs, foi a maior experiência já feita nos Estados Unidos sobre o conceito de rendimento básico universal. A ideia ganhou impulso rapidamente e até se tornou parte importante da campanha presidencial do empresário Andrew Yang.

Segundo a AP, os apoiantes da iniciativa afirmam que este rendimento pode aliviar o stress e a ansiedade das pessoas que vivem com mais dificuldades financeiras, dando-lhes ao mesmo tempo a segurança necessária para poderem encontrar bons empregos e evitar dívidas. Os críticos, por seu lado, argumentam que elimina o incentivo ao trabalho, criando uma sociedade dependente do Estado.

Investigadores independentes da Universidade do Tennessee e da Pensilvânia já analisaram os dados do primeiro ano desta experiência, que começou em fevereiro de 2019 e, portanto, não coincidiu com a pandemia da covid-19. O estudo sobre o segundo ano será lançado no próximo ano.

No início do programa, 28% dos participantes tinha empregos a tempo inteiro. Um ano depois, essa percentagem subiu para 40%. O grupo de controlo, cujos indivíduos não receberam nenhum dinheiro, viu um aumento de 5% relativamente à mesma matéria.

Os investigadores descobriram ainda que as pessoas que receberam este rendimento mensal relataram menor incidência de ansiedade e sintomas depressivos, em comparação com o outro grupo de pessoas. Segundo a agência noticiosa, essas conclusões podem ser fundamentais no estudo do próximo ano, uma vez que já irá analisar como é que os participantes se saíram durante a crise pandémica.

Dado que estes norte-americanos receberam o dinheiro num cartão de débito, a equipa também conseguiu perceber em que tipo de coisas era gasto. Menos de 1% se destinou para comprar coisas como tabaco e álcool.

Estes números foram incríveis. Quase não acreditei neles”, disse Stacia West, professora assistente da Universidade do Tennessee que analisou os dados juntamente com Amy Castro Baker, professora assistente da Universidade da Pensilvânia.

Na Europa, vários países já começaram a testar o rendimento básico universal, como é o caso da Finlândia ou da Alemanha.

https://zap.aeiou.pt/stockton-rendimento-basico-universal-385499

 

Condenações judiciais de Lula da Silva anuladas - Ex-Presidente pode disputar próximas eleições !

As condenações de Lula da Silva no âmbito da operação Lava Jato foram anuladas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, avança a Folha de São Paulo.

A decisão de Edson Fachin permite que Lula da Silva recupere os seus direitos políticos e volte a ser elegível para concorrer a cargos. Neste cenário pode recandidatar-se às presidenciais de 2022.

Segundo a Folha de São Paulo, Fachin declarou incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba relativamente aos casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e do Instituto Lula. Agora, será a Justiça Federal do Distrito Federal a analisar os processos, que serão validados ou não.

“Com a decisão, foram declaradas nulas todas as decisões proferidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba e determinada a remessa dos respetivos autos para a Seção Judiciária do Distrito Federal”, pode ler-se na nota do gabinete de Fachin enviado à imprensa, aqui citado pelo G1 do Grupo Globo.

A decisão de Edson Fachin prende-se com questões processuais e não com os factos imputados a Lula da Silva que serviram de base às condenações. “Embora a questão da competência já tenha sido suscitada indiretamente, é a primeira vez que o argumento reúne condições processuais de ser examinado, diante do aprofundamento e aperfeiçoamento da matéria pelo Supremo Tribunal Federal”, indica a nota do Supremo.

A edição brasileira do El País publicou precisamente uma entrevista com Lula, na qual o ex-Presidente já apontava a 2022. O título da peça é “Falta que a gente tenha uma próxima eleição para medirmos força com Bolsonaro” – uma frase de Lula.

O diário descreve Lula, de 75 anos, como alguém em estado de graça, “um momento de energia em estado puro”, depois de superar um cancro, o coronavírus e a prisão.

O ex-presidente descreveu o estado do país e fez algumas considerações sobre Bolsonaro: “O Brasil vive um acidente de percurso da nossa democracia e da nossa civilidade por conta do Presidente Bolsonaro. Ele tem demonstrado não ter nenhuma preocupação com a seriedade. É quase um genocida no tratamento da pandemia. O Brasil não merece isso”.

Lula foi condenado a 12 anos de cadeia por Sérgio Moro no primeiro processo por alegadamente ter recebido um apartamento triplex numa praia no litoral de São Paulo como “luvas” da construtora Odebrecht.

Posteriormente, foi condenado a outros 12 anos pela sucessora de Moro,  por ter supostamente recebido como suborno uma casa de campo em Atibaia, interior de São Paulo.

O político chegou a cumprir 580 dias de prisão em Curitiba, capital do Paraná, mas foi solto em carácter provisório em 8 de Novembro de 2019 para poder aguardar em liberdade a tramitação dos recursos às condenações, recorda o CM.

A defesa do antigo presidente tem ainda pendentes recursos pelas condenações, invocando que o juiz Sergio Moro, mais tarde ministro de Bolsonaro, foi parcial.

Com a decisão desta segunda-feira, Lula da Silva fica livre para realizar o seu projeto político: disputar as presidenciais de 2022 contra Jair Bolsonaro.

Sondagens divulgadas semana passada mostram um crescimento do potencial eleitoral de Lula, o único, segundo os dados levantados, capaz de derrotar o atual presidente no próximo ano.

De recordar que o antigo líder do Partido dos Trabalhadores (PT) foi impedido de se candidatar a presidente em 2018, quando Jair Bolsonaro foi eleito.

https://zap.aeiou.pt/condenacoes-lula-anuladas-386091

 

EUA ponderam retirada militar total no Afeganistão, mas pedem “garantias“ !

Os EUA põe a hipótese de uma retirada militar no Afeganistão. Contudo, Anthony Blinken assumiu que está preocupado com a possibilidade de os taliban aproveitarem a retirada de tropas na NATO e dos Estados Unidos para lançar uma nova ofensiva militar e reconquistar território.


Logo em janeiro, aquando da tomada de posse de Joe Biden, a nova Administração norte-americana referiu que pretendia rever o acordo de princípio assinado por Trump em fevereiro de 2020.

As negociações de paz entre o Governo afegão e os taliban em Doha, capital do Qatar, têm estado a marcar passo à espera de uma decisão norte-americana. Paralelamente, os episódios de violência recrudesceram.

Numa carta enviada ao Presidente afegão, Ashraf Ghani, Anthony Blinken, secretário de Estado norte-americano, assume que a Casa Branca pretende garantias, ou seja, antes de qualquer retirada, os norte-americanos querem ter a certeza que os taliban “vão cumprir os seus compromissos”.

No acordo conseguido pela anterior Administração, a NATO iria retirar militarmente do Afeganistão até 1 de maio e os taliban comprometiam-se a diminuir os seus ataques e a cortar laços com o terrorismo.

Ainda assim, embora os taliban tenham deixado de atacar as forças internacionais, a violência contra as tropas e o Governo afegão continua. Jornalistas, ativistas, políticos, mulheres e juízes têm sido regularmente alvo de forte violência e muitos acabam mortos.

O secretário de Estado norte-americano assumiu preocupação com “o agravamento da situação securitária” em caso de retirada militar ocidental e “que os taliban possam ganhar terreno rapidamente” numa “ofensiva da primavera”.

Neste sentido, a Casa Branca apelou a um período de 90 dias de redução da violência no país e a um novo esforço de paz internacional supervisionado pelas Nações Unidas, para alcançar “um cessar-fogo permanente e abrangente”.

A carta afirma que, para a Casa Branca, “todas as opções permanecem em cima da mesa”, incluindo tanto a retirada no prazo previsto como a permanência dos cerca de 2500 soldados que ainda mantém no Afeganistão.

“Estamos a estudar a retirada total das nossas forças até 1 de maio, como consideramos outras opções”, referiu Blinken.

Segundo a RTP, a carta de Anthony Blinken a Ghani refere que os EUA irão pedir à ONU uma reunião entre os ministros dos Negócios Estrangeiros e enviados da Rússia, da China, do Paquistão, do Irão, da Índia e dos Estados Unidos, “para debater uma abordagem unida para apoiar a paz no Afeganistão”.

Washington irá também pedir ao Governo turco para receber um encontro de altos responsáveis “de ambas as partes nas próximas semanas, para finalizar um acordo de paz”.

A carta foi enviada também a Abdullah Abdullah, o presidente do Conselho de Paz, e foi apresentada aos lideres afegãos pelo enviado de paz dos EUA, Zalmay Khalilzad, durante a sua visita a Cabul na semana passada.

Abdullah terá proposto a formação de um Governo interino, depois de uma reunião de todos os líderes afegãos numa conferência externa. O Presidente afegão tem-se oposto veemente a esta ideia e afirmado que um novo Executivo deveria formar-se através de eleições.

No passado sábado, Ashraf Ghani propôs aos taliban a renúncia à violência e o regresso às negociações, incluindo a possibilidade de eleições, num esforço para relançar o diálogo de paz.

https://zap.aeiou.pt/eua-retirada-militar-afeganistao-386008

 

França colhe o que plantou - Poeira do Sahara leva radiação dos testes nucleares de 1960 para o país !

A ACRO, uma organização-não governamental francesa, detetou uma nuvem de poeira radioativa, com origem em França, que está a voltar para o país.


A poeira do deserto do Sahara alcançou França e trouxe com ela níveis anormais de radiação, cuja origem é o próprio país europeu. A ACRO avança que os níveis observados não são considerados perigosos para a saúde humana, mas o facto não deixa de ser uma grande ironia. No fundo, França está a colher o que plantou.

De acordo com o Interesting Engineering, a radiação é o resultado de testes nucleares realizados pela França no deserto da Argélia no início da década de 1960, quando o país do Norte de África era território ultramarino francês.

Na poeira trazida pelo vento foi detetada a presença de césio-137, um produto da fissão nuclear criada em explosões nucleares. A organização não-governamental chegou a esta conclusão depois de ter realizado testes com a poeira do Sahara que recolheu, no dia 6 de fevereiro, na área de Jura, perto da fronteira francesa com a Suíça.

“Esta contaminação radioativa, que vem de longe, 60 anos depois das explosões nucleares, lembra-nos a contaminação radioativa perene no Sahara, pela qual França é responsável”, referiu a ONG, em comunicado.

Pedro Salazar Carballo, cientista da Universidade de Laguna, em Tenerife, disse à Euronews que os níveis detetados são seguros e não representam qualquer perigo. Aliás, o especialista afirmou nunca ter encontrado níveis alarmantes trazidos por tempestades – mesmo tendo analisado os incidentes de Chernobyl e Fukushima.

A 13 de fevereiro de 1960, França realizou o seu primeiro teste nuclear no Sahara, na região de Reggane, Argélia, quando explodiu a bomba nuclear Gerboise Bleue, expondo os seus próprios soldados e a população local à radiação.

https://zap.aeiou.pt/poeira-sahara-radiacao-franca-385857

 

Apenas 24 países têm mulheres no poder - Igualdade de género alcançada somente “em 130 anos” !

Menos de 500 milhões de pessoas dos cerca de 7,8 mil milhões que constituem a população mundial têm atualmente uma mulher Presidente ou chefe de governo, avançou a ONU Mulher.


“Ao ritmo atual, a igualdade de género nas mais altas posições de poder não será alcançado nos próximos 130 anos”, referiu a organização, citada esta segunda-feira pelo Diário de Notícias (DN), informando que há nove países nos quais são chefes de Estado e 13 chefes de governo, e 119 onde nunca ocuparam nenhum desses cargos.

O destaque vai para a chanceler alemã Angela Merkel, no poder desde 2005. Em 2018, no centenário do movimento sufragista, reconheceu que ser chanceler não significava que existisse mais igualdade e que a Alemanha ainda tem um longo caminho a percorrer, acreditando, contudo, que deu o seu contributo nesse tema.

Outro destaque é a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, elogiada pela luta contra a pandemia e pela forma como lidou com os atentados terroristas de Christchurch, em março de 2019. Foi a segunda líder a ser mãe durante o mandato – a primeira foi a primeira-ministra do Paquistão Benazir Bhutto, em 1990.

A primeira mulher chefe de governo foi Sirimavo Bandaranaike, eleita em 1960, quando o Sri Lanka ainda era o Ceilão, enquanto a primeira a ser eleita democraticamente como Presidente foi a islandesa Vigdís Finnbogadóttir, em 1980, permanecendo 16 anos no cargo. Antes dela, em 1974, Isabel Martínez de Perón liderou na Argentina.

A segunda mulher com mais tempo no poder é Sheikh Hasina, desde 2009 primeira-ministra do Bangladesh. A mais recente é Kaja Kallas, primeira-ministra da Estónia.

Há também primeiras-ministras na Finlândia (Sanna Marin), na Noruega (Erna Solberg), na Dinamarca (Mette Frederiksen), na Islândia (Katrín Jakobsdóttir), na Lituânia (Ingrida Simonyté). Na Islândia foi eleita a primeira chefe de governo lésbica do mundo, Jóhanna Sigurðardóttir (2009-2013).

No Leste da Europa – continente com mais mulheres no poder -, além de Sérvia e Kosovo, há as Presidentes Salome Zourabichvili (Geórgia), Zuzana Caputová (Eslováquia), Maia Sandu (Moldávia) e Katerina Sakellaropoulou (Grécia).

Na Ásia, além do Bangladesh e de Taiwan, há mulheres na chefia do Estado no Nepal (Bidya Devi Bhandari) e Singapura (Halimah Yacob). Em África, a Presidente etíope é Sahle-Work Zewde e as primeiras-ministras Saara Kuugongelwa-Amadhila (Namíbia), Rose Christiane Raponda (Gabão) e Victoire Tomegah Dogbé (Togo). Nas Caraíbas, Paula-Mae Weekes é Presidente de Trindade e Tobago E Mia Mottley primeira-ministra em Barbados.

A nível dos ministros, apenas 21% são mulheres e só 14 países têm o mesmo número ou mais ministras do que ministros. Nos Parlamentos, só 25% são mulheres e em quatro países são mais de 50% dos deputados: Ruanda (61%), Cuba (53%), Bolívia (53%) e Emirados Árabes Unidos (50%).

https://zap.aeiou.pt/24-paises-mulher-poder-igualdade-genero-385898

 

Politólogos temem que Bolsonaro possa estar a preparar guerra civil !

Politólogos ouvidos pelo DN temem que o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, possa estar a preparar uma guerra civil. “Deseja armar a população, confia em poderes paralelos e estimula a indisciplina dos escalões mais baixos da Polícia Militar”, argumentam.


A troca de acusações entre o Jair Bolsonaro e 19 dos 27 governadores estaduais do Brasil pode ser o gatilho para uma guerra civil. O Presidente brasileiro responsabiliza-os pelos caos no combate à pandemia de covid-19, enquanto estes o acusam de mentir, de matar e de desprezar o povo.

Desde o início da pandemia, o Brasil conta com mais de 11 milhões de infeções e mais de 265 mil mortes. A taxa de incidência da doença em território brasileiro é agora de 126 mortes e 5.244 casos por 100 mil habitantes. O Brasil é dos países do mundo mais afetados pela pandemia de covid-19 juntamente com os Estados Unidos da América e a Índia.

“Bolsonaro traz a novidade à política do Brasil de querer entrar sempre em conflito com tudo e com todos mas ele, nas entrelinhas, parece ter um objetivo macabro: provocar uma guerra civil no país”, diz Vinícius Vieira, professor da Fundação Getúlio Vargas e da Fundação Armando Álvares Penteado, em declarações ao Diário de Notícias.

“No Brasil sempre tivemos uma dependência dos poderes regionais face ao poder nacional e vice-versa, num equilíbrio muito delicado, mas não me lembro de haver um precedente na história de uma rebelião de governadores estaduais tão alargada”, acrescenta o cientista político.

Vinícius Vieira não garante que vá acontecer uma guerra civil, mas sugere que seja “uma conclusão inevitável”, visto que Bolsonaro “deseja armar a população, confia em poderes paralelos, como as milícias, e estimula a indisciplina dos escalões mais baixos da Polícia Militar”.

Em janeiro, aliados do Governo apresentaram no Congresso Nacional um projeto que restringe o poder de governadores sobre a Polícia Militar.

“Talvez ele ambicione gerar, não algo organizado, longe disso, mas uma grande confusão, esticando a instabilidade gerada pela pandemia ao limite, para depois surgir como salvador da pátria, apoiado por Milícias, no sentido estrito e também no sentido de cidadãos comuns armados”, disse ainda o politólogo ouvido pelo DN.

Fernando Abrucio, coordenador da área de Educação do Centro de Estudos de Administração Pública e Governo da Faculdade Getúlio Vargas, salienta que “desde o início do governo, o presidente já havia pensado num novo tipo de federalismo”.

“Na cabeça do Bolsonaro, entretanto, o modelo sempre foi o da polarização e não o do compartilhamento (…) um modelo muito parecido com o do (ex-presidente norte-americano Donald) Trump, que parte de uma ideia de dar mais autonomia aos estados para, na verdade, desresponsabilizar o governo central”, disse Abrucio. “O Brasil, desse jeito, vai para o modelo de guerra civil federativa”.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-preparar-guerra-civil-385831

 

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...