sexta-feira, 12 de março de 2021

Moçambique e o cocktail do caos !

Moçambique abre os braços à pandemia, aos ataques em Cabo Delgado, a problemas sanitários e desastres naturais. O cocktail do caos abala o país, os cidadãos e a economia.


A pandemia de covid-19, os ataques em Cabo Delgado, doenças como a malária e a diarreia, a interrupção de tratamentos para a tuberculose e o VIH e os desastres naturais compõem aquele que é, para Moçambique, o cocktail perfeito do caos.

Janeiro foi particularmente dramático para Moçambique, que registou mais casos e mortes por covid-19 nesse mês do que no ano de 2020. Alain Kassa, chefe de missão da Médicos Sem Fronteiras (MSF) no território, disse ao Expresso que “foi uma situação complicada”, mas o “pico já passou”.

O país tem agora 14 mil casos ativos de covid-19 e esta semana deu início ao processo de vacinação. Do grupo dos prioritários, já foram vacinadas quase 16 mil profissionais de saúde, segundo dados transmitidos pelo ministro da Saúde moçambicano, Armindo Tiago.

Moçambique recebeu quase 650 mil doses de vacinas, uma parte importante proveniente da plataforma Covax e outra doada pelo Governo da Índia. As autoridades de saúde moçambicanas têm nesta altura à sua disposição as vacinas da AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford; a Covidshield, fabricada pela farmacêutica Serum Institute of India; e a Verocell, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinopharm.

Armindo Tiago prevê que toda a população moçambicana esteja vacinada até ao final do primeiro trimestre de 2022 ou, no pior cenário, no final do próximo ano.

Mas a covid não é o único problema que vem à cabeça de Alain Kassa quando pensa nas dificuldades que Moçambique tem em mãos. “Há muitos casos de malária, principalmente entre crianças”, “doenças respiratórias” e “diarreia“, devido à dificuldade de as pessoas terem acesso a água potável, que acontece por causa das cheias.

Além disso, conta ao Expresso, os deslocados de guerra interrompem os seus tratamentos de tuberculose e VIH, ainda que o Ministério da Saúde esteja a promover a intervenção de brigadas móveis para evitar que se interrompam tratamentos.

Ainda assim, o problema que mais preocupa o chefe de missão da MSF é a crise da província de Cabo Delgado, no Norte. “A crise mais preocupante é a da província de Cabo Delgado, com esta situação de instabilidade. Além disso entrámos no período do tempo chuvoso, temos as ameaças de ciclone, principalmente na parte central do país. Estou a falar de uma situação que precisa de resposta humanitária”, disse ao semanário.

A violência em Cabo Delgado está a provocar uma crise humanitária com mais de 2.000 mortes e 670 mil pessoas deslocadas sem habitação, nem alimentos. Esta quarta-feira, apesar de ter apontado alguns progressos, o primeiro-ministro moçambicano reconheceu que Cabo Delgado continua a ser assolado pela ação de grupos armados.

Muitos dos campos de deslocados, em Cabo Delgado, abrigam pessoas sem água canalizada, luz ou casas de banho. E ao cenário de guerra, somam-se os desastres naturais, que já mataram naquele país 96 pessoas desde outubro.

Desde esse mês, Moçambique foi assolado por eventos climáticos extremos. O Expresso destaca a tempestade Chalane e os ciclones Eloise e Guambe, além de outras semanas de chuva intensa e inundações.

“A combinação destas adversidades, sobretudo os impactos da covid-19, fizeram com que pela primeira vez nos últimos anos a nossa economia tivesse um crescimento económico que se situou em menos 1,3%, contra um crescimento de 2,2% registado em 2019″, disse Carlos Agostinho do Rosário, esta quarta-feira.

https://zap.aeiou.pt/mocambique-cocktail-caos-386855

 

Crianças migrantes “podem facilmente tornar-se terroristas”, diz senador dos EUA !

O senador republicano Lindsey Graham afirmou que as crianças migrantes desacompanhadas podem tornar-se os “terroristas de amanhã”, durante um entrevista na Fox News, transmitida na noite de terça-feira

Nas declarações, Graham afirmou que um aumento no número de menores desacompanhados que chegam à fronteira dos Estados Unidos (EUA) com o México poderia transformar-se numa “crise de segurança nacional”. “Estão a vir aos milhares. Chegarão às centenas de milhares no verão”, indicou.

“É uma crise humanitária”, apontou, acrescentando que esta situação poderá levar a “uma crise de segurança nacional porque são crianças hoje, mas podem facilmente ser terroristas amanhã”.

Os comentários do republicano surgiram após o ex-Presidente dos EUA, Donald Trump, ter referido na terça-feira que o país estava a ser “destruído na fronteira sul” pelo atual chefe de Estado, Joe Biden.

De acordo com a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, embora o aumento do número de crianças migrantes desacompanhadas seja “desafiador”, “a humanidade sempre será um valor do Presidente”, recusando-se a classificar a situação como uma “crise”.

Embora a administração Biden tenha apelado para a cessação do envio de crianças desacompanhadas, o fluxo criou um problema para as agências federais, que tentam encontrar abrigos para os menores.

Os defensores das liberdades civis e os oponentes de Biden criticaram os atrasos na fronteira, que acreditam terem sido parcialmente causados ​​pela promessa da nova administração em ser mais compassiva com os migrantes.

https://zap.aeiou.pt/eua-criancas-migrantes-terroristas-senador-386767

 

Se Lula fosse Presidente “seriam roubados 90%” dos recursos destinados à pandemia, acusa Bolsonaro !

Jair Bolsonaro lançou duras críticas a Lula da Silva, afirmando que se o Partido dos Trabalhadores (PT) estivesse no poder teriam sido “roubados 90%” dos recursos destinados ao combate à pandemia.


Na quarta-feira, em entrevista à CNN Brasil, o Presidente brasileiro respondeu às críticas de Lula da Silva, afirmando que as críticas do antigo chefe de Estado são um gesto de campanha para as eleições de 2022.

“O ex-Presidente Lula inicia agora a sua campanha. Como não tem nada para mostrar de bom, e essa é uma regra do PT [Partido Trabalhista], a campanha deles é baseada em criticar, mentir e desinformar“, disse Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente do Brasil.

Lula da Silva acusou Bolsonaro de um “desgoverno” na gestão da pandemia, crítica que mereceu um ataque do atual Presidente: “Era um governo voltado à corrupção. Imagine a pandemia com o Lula Presidente da República? Seria roubado no mínimo 90% do que foi entregue”.

Nos últimos dias, o Presidente mudou o tom em relação à pandemia e passou a defender, de forma mais enfática, a vacinação contra a covid-19.

Esta quarta-feira, já depois de o juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) ter anulado as condenações por corrupção que o impediram de concorrer às presidenciais de 2018, Lula voltou à vida política e prometeu dedicar a vida ao Brasil.

“Quero conversar com a classe política. Preciso de conversar com os empresários. Quero saber que loucura é essa. Eles precisam entender que, se eles quiserem crescer, o povo precisa de ter renda. Não tenham medo de mim. Eu sou radical porque eu quero ir à raiz dos problemas”, disse, citado pelo Expresso.

https://zap.aeiou.pt/lula-presidente-roubados-90-recursos-386828

Oito países suspendem administração da AstraZeneca - Vacina da Janssen aprovada pela EMA !

A administração da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 foi suspensa em vários países europeus, depois de serem reportados casos de coagulação do sangue adversas. Por outro lado, a vacina da Johnson & Johnson deverá ser aprovada pela Agência Europeia de Medicamentos ainda esta quinta-feira.


A Áustria anunciou no domingo a retirada por precaução de um lote da vacina da AstraZeneca após a morte de uma enfermeira do hospital austríaco de Zwettl.

Segundo uma investigação preliminar conduzida pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), a morte da enfermeira de 49 anos não estará relacionada com a vacinação, apesar de a causa ter sido trombose múltipla – formação de coágulos sanguíneos – dez dias depois de ser inoculada.

“Atualmente não há indícios de uma relação causal com a vacinação. Com base em dados clínicos conhecidos, uma relação causal não pode ser estabelecida, pois as complicações trombóticas não se encontram entre os efeitos secundários conhecidos ou típicos da vacina em questão”, explicou a Agência Federal de Segurança Sanitária (BASG) austríaca.

Um segundo paciente foi ainda diagnosticado com embolia pulmonar – bloqueio das artérias do pulmão – e, até terça-feira, mais duas outras condições de coagulação foram identificadas em pacientes que receberam uma dose do mesmo lote.

Estes casos representam quatro dos 22 casos de tromboembolia reportados pela EMA.

Apesar de assinalar que não existem dados clínicos que possam dar “motivo de preocupação” sobre a fiabilidade da vacina AstraZeneca/Oxford, a agência federal austríaca avançou com o princípio da precaução e decidiu não administrar as restantes doses do lote do fármaco que foi utilizado nas duas mulheres.

O jornal britânico The Guardian revelou esta madrugada que Estónia, Lituânia, Luxemburgo e Letónia foram mais longe e suspenderam o uso da vacina, para que o Comité de Avaliação de Risco de Farmacovigilância da Agência Europeia de Medicamentos conduza uma investigação.

Entretanto, também a Dinamarca e a Noruega (que não terá recebido este lote em específico) se juntaram à lista de países que interromperam a administração da vacina

“As autoridades de saúde, devido a medidas de precaução, suspenderam a vacinação com AstraZeneca após um sinal de um possível efeito colateral sério na forma de coágulos sanguíneos fatais. Atualmente não é possível concluir se há uma conexão. Agimos cedo, isso precisa de ser investigado minuciosamente”, escreveu o ministro da Saúde dinamarquês na rede social Twitter.

“Suspendemos a vacinação com a AstraZeneca. Aguardamos por mais informações para perceber se há alguma ligação entre a vacina e o caso de formação de coágulos sanguíneos”, anunciou também Geir Bukholm, dirigente do Instituto Nacional de Saúde Pública da Noruega.

Além destes, a Agência de Medicamentos Italiana (AIFA) anunciou ainda esta quinta-feira que suspendeu temporariamente a vacinação de um lote da farmacêutica AstraZeneca por precaução após relatos de problemas de coagulação diagnosticados em vários países europeus. Esta suspensão acontece após a morte de dois homens inoculados, em Sicília.

A AIFA explicou, em nota, que após informações sobre problemas de saúde detetados em outros países europeus, bloqueou a inoculação das doses do lote ABV2856.

Além disso, enfatizou que, até ao momento, “não foi estabelecido algum nexo causal entre a administração da vacina e esses eventos” detetados em outros países e que os controlos necessários estão a ser realizados, coletando-se a documentação clínica pertinente.

As amostras deste lote serão analisadas pelo Instituto Nacional de Saúde Italiano.

Num comunicado, citado pela agência de notícias APA, o laboratório anglo-sueco AstraZeneca garantiu que está a colaborar, de forma total, na investigação e que espera que o ocorrido seja esclarecido em breve.

“No interesse de todos aqueles que esperam uma vacina, desejamos uma investigação o mais rápida possível para clarificar o que ocorreu neste lamentável acontecimento”, disse a farmacêutica, que desenvolveu a vacina em parceria com a Universidade de Oxford.

A empresa sublinhou ainda que a sua vacina é “eficaz e segura” e foi aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

O lote ABV5300 é composto por um milhão de doses, que foram distribuídas por 17 países da União Europeia, escreve ainda o The Guardian.

Com a Janssen, UE passará a ter quatro vacinas

Por outro lado, a Agência Europeia do Medicamento aprovou esta quinta-feira a vacina da Janssen-Cilag, farmacêutica do grupo Johnson & Johnson, contra a covid-19, considerando-a “segura e eficaz”.

Esta é, assim, a quarta vacina a receber “luz verde” e junta-se às já conhecidas Pfizer, Moderna e AstraZeneca.

Criada através de um método de desenvolvimento de vacinas de Israel, usando um adenovírus chamado A26, é também uma vacina de vetor viral.

A grande diferença face às restantes é que esta é de toma única, mas há também diferenças no processo de armazenamento: enquanto que a da Pfizer requer que seja mantida a uma temperatura entre 70 a 75 graus negativos – e a da Moderna armazenada durante 30 dias à temperatura de um frigorífico doméstico, entre dois a oito graus, mas num prazo superior deve ser guardada num congelador a 20 graus negativos – a vacina do grupo Johnson & Jonhson pode ser armazenada durante três meses num frigorífico normal, pelo que o seu uso e distribuição é mais prático do que as vacinas que utilizam mRNA.

Em contrapartida, a sua eficácia é relativamente inferior às da Pfizer, da Moderna (95% e 94%, respetivamente) e, mesmo, da AstraZeneca (70%). A vacina da Johnson & Johnson demonstrou uma média de 66% de eficácia nas regiões onde foi testada, mas nos Estados Unidos esse valor chegou aos 72%.

Importa salientar que o índice de eficácia global aponta a capacidade da vacina de proteger em todos os casos, sejam eles infetados com sintomas leves, moderados ou graves, sendo que a Organização Mundial de Saúde (OMS) determina que para uma vacina ser aprovada tem de ter pelo menos 50% de eficácia.

Numa altura em que as variantes ganham terreno um pouco por todo o mundo, um estudo da Food and Drug Administration revelou que a vacina da Janssen se mostrou eficaz contra a variante britânica e brasileira. Também num outro estudo realizado na África do Sul, apontava que esta vacina tinha taxa de eficácia de 64% na prevenção de doenças moderadas a graves, segundo a Reuters.

Depois de ser aprovada pela EMA, o passo seguinte é a Comissão Europeia também dar “luz verde” para que comece a ser disponibilizada nos estados-membros da UE.

De acordo com o Eco, estão previstas 200 milhões de doses da vacina da Jassen para a Europa este ano, com a opção de compra de mais 200 milhões. Quanto a Portugal, a previsão é que as primeiras 1,25 milhões de vacinas da empresa norte-americana cheguem já no segundo trimestre deste ano, sendo que se estima que Portugal receba um total de 4,5 milhões de doses desta vacina ainda este ano, conforme avançado pelo Presidente do Infarmed.

https://zap.aeiou.pt/suspendem-astrazeneca-janssen-ema-386807

quinta-feira, 11 de março de 2021

O mundo está demasiado barulhento, conclui estudo da Apple !

A Apple usou a sua app Research para levar a cabo um estudo sobre a audição. O objetivo é avaliar a saúde auditiva dos cidadãos dos Estados Unidos e incentivar as pessoas a cuidar melhor deste sentido.

Em estreita colaboração com a Escola de Saúde Pública da Universidade do Michigan, a Apple realizou uma investigação sobre a audição e os resultados do estudo estão a ser partilhados com a iniciativa Make Listening Safe da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“A perda auditiva pode afetar uma pessoa de várias maneiras e o nosso objetivo é aumentar o foco na importância da saúde auditiva entre os responsáveis pela tomada de decisões e a população em geral”, explicou, em comunicado, Ren Minghui, diretor-geral assistente da OMS, citado pelo Interesting Engineering.

De acordo com o estudo, 25% dos participantes têm uma exposição sonora ambiental média diária superior ao limite recomendado pela OMS (trânsito, por exemplo) e quase 50% dos participantes trabalham, ou trabalharam, num local barulhento.

Os resultados revelam ainda que 20% dos participantes têm perda auditiva quando comparados com os padrões da OMS e 10% têm perda auditiva consistente com a exposição ao ruído.

A descoberta mais assustadora indicou que 25% dos participantes experimentaram um zumbido nos ouvidos algumas vezes por semana, o que pode ser um sinal de problemas auditivos.

“A escala nacional deste estudo não tem precedentes”, disse Rick Neitzel, professor de Ciências da Saúde Ambiental na Escola de Saúde Pública da Universidade do Michigan, acrescentando que, mesmo durante a pandemia de covid-19, “observamos que 25% dos participantes experimentaram altas exposições a sons ambientais“.

“Os resultados deste estudo podem melhorar a nossa compreensão acerca de exposições potencialmente prejudiciais e ajudar a identificar maneiras de as pessoas protegerem a sua audição de forma proativa”, rematou.

A Organização Mundial da Saúde recomenda que os fabricantes produzam aparelhos sonoros com funções de segurança, além do uso de tampões de ouvido em ambientes ruidosos. O organismo também apela a que os Governos adotem políticas ativas em relação ao ruído.

No caso específico dos fones de ouvido, a OMS recomenda que o volume normal não ultrapasse 60% da potência máxima.

https://zap.aeiou.pt/mundo-esta-demasiado-barulhento-386024

CEO do Twitter está a vender o seu primeiro tweet e já recebeu uma oferta de 2,5 milhões !

O fundador e CEO do Twitter colocou à venda o seu primeiro tweet. Várias pessoas já se mostraram interessadas e a oferta mais alta chegou aos 2,5 milhões de dólares.


Na última sexta-feira, Jack Dorsey colocou na sua conta do Twitter um link para uma plataforma digital chamada “Valuables”, que permite a compra e venda de tweets autografados pelos seus criadores através de tokens não fungíveis, os chamados NFTs.

Nesta plataforma, o fundador do Twitter colocou à venda o seu primeiro tweet, publicado no dia 21 de março de 2006, no qual diz basicamente: “Estou a configurar o meu twttr”.

De acordo com a cadeia televisiva CNN, até agora, a oferta mais alta chegou do CEO da Bridge Oracle e da CryptoLand, Sina Estavi, que ofereceu 2,5 milhões de dólares, cerca de dois milhões de euros.

Na sua rede social, Dorsey acrescentou ainda que as ofertas podem ser feitas até ao próximo dia 21 de março e que a oferta vencedora vai ser imediatamente convertida em bitcoins, sendo depois doada à organização sem fins lucrativos GiveDirectly, que trabalha no continente africano.

Os NFTs (“non-fungible tokens” em inglês) são um tipo especial de token criptográfico que, ao contrário de criptomoedas como a famosa bitcoin, não são mutuamente intercambiáveis.

Segundo a estação norte-americana, estes tokens não fungíveis ganharam força nos últimos meses como uma tecnologia popular para vender arte digital. Mas este sistema também já chegou ao desporto, estando a ser usado, por exemplo, para comprar clipes de vídeo de jogos icónicos da NBA, a liga de basquetebol norte-americana.

Em fevereiro, um vídeo de dez segundos de um ‘afundanço’ de Lebron James, um dos melhores jogadores da NBA, que agora joga nos LA Lakers, foi vendido por 208 mil dólares, cerca de 175 mil euros.

https://zap.aeiou.pt/primeiro-tweet-a-venda-386567

 

Investigação à morte de Maradona - Suspeita-se de negligência nos tratamentos médicos !

Milhares de fãs de Maradona marcharam em Buenos Aires, Argentina, para pedir a condenação daqueles que, segundo os adeptos, provocaram a morte prematura do seu ídolo, e que estão indiciados pela Justiça por negligência médica.


A concentração, na noite de quarta-feira, teve lugar no emblemático Obelisco do Centro de Buenos Aires, onde tradicionalmente os adeptos se reúnem para demonstrar a sua paixão, como aconteceu no campeonato mundial de 1986 ou a 25 de novembro, quando Diego Armando Maradona faleceu.

Cerca de duas mil pessoas empunhavam faixas que reproduziam partes do lema da manifestação: “Justiça por Diego. [Ele] Não morreu; foi morto. Julgamento e castigo aos responsáveis”.

“Estamos aqui para pedir justiça pela morte de Maradona porque ficou demonstrado que todos ao redor dele estavam preocupados com o dinheiro dele; não com a vida dele. Não cuidaram dele. Ninguém se salva”, explicou à Lusa Diego Busemi, de 40 anos, exibindo uma gigante bandeira com a imagem do seu ídolo.

A lista dos sete investigados inclui o médico pessoal de Maradona, Leopoldo Luque, a psiquiatra Agustina Cosachov e o psicólogo Carlos Díaz, além de uma médica coordenadora, de um coordenador de enfermeiros e dois enfermeiros.

Mas a família e os fãs também apontam responsabilidades ao advogado Matías Morla, agente e amigo de Maradona, responsável por todos os contratados e por cada decisão sobre Maradona, tanto ao nível financeiro quanto da saúde.

Para os adeptos, não há dúvida: todos devem ser condenados. E a base para essa sentença popular antecipada é a catadupa de áudios que a Justiça obteve dos telemóveis dos indiciados.

Nos áudios, a saúde de Maradona aparecia depois do interesse financeiro. Também conspiravam para que a família ficasse distante e não pudesse retirar-lhes o cuidado médico sobre Maradona.

“Ficou demonstrado, através dos áudios, que ele era roubado pelo advogado, pelo médico, pelo assistente. O único que realmente amava Maradona era o povo”, afirmou Diego Busemi, membro da chamada Igreja Maradoniana que congrega milhares de fiéis adeptos, para os quais Diego Maradona é Deus.

Lorena Cáceres, de 45 anos, nasceu na Villa Fiorito, a mesma favela que viu nascer Maradona. Veste uma ‘t-shirt’ com o rosto de Maradona, com o ano de nascimento (1960) e, em vez da data da morte, aparece o símbolo de infinito, indicando que, por aqui, Maradona continua vivo como o Deus do futebol. Aliás, na ‘t-shirt’, aparece “D10s”, uma combinação de “Dios” em espanhol com o número 10 da camisola que Maradona envergava.

“Queremos justiça para Diego. Sabemos que o mataram. Ele deveria estar agora connosco, aqui entre nós. Nada nos devolverá Diego, mas devem ir todos presos. O médico [Leopoldo Luque] deveria perder o direito de exercer a medicina”, sentenciou Lorena.

Na segunda-feira, começou a funcionar uma comissão médica, criada pela Justiça, que durante duas ou três semanas vai avaliar se a prestação de cuidados a Maradona foi deficiente. São vinte peritos, metade oficiais, metade indicados pelas partes. O resultado da perícia pode levar os indiciados à acusação de “homicídio culposo”.

“Independentemente da Justiça legal, deve haver justiça social. Defenderemos Diego até à nossa morte”, avisou Lorena. E explicou: “Diego foi o único que deu alegria aos argentinos. Depois da Guerra das Malvinas, Diego devolveu-nos a alegria. Morreram os nossos soldados, mas ele nos trouxe a alegria”.

“Acreditamos em homicídio doloso [com intenção]; não culposo. O que foi revelado, através dos áudios, é apenas 1 ou 2% de todas as provas contundentes do processo. Há muitas evidências de como roubaram Maradona e de como deixaram que ele morresse. É o suficiente para irem todos presos. São assinaturas falsificadas, histórias clínicas adulteradas. Não ficarei em paz enquanto não forem todos presos”, diz o advogado Mario Baudry, representante de Diego Fernando, de oito anos, filho de Maradona com Verónica Ojeda, de quem o advogado é namorado. Todos eles marcaram presença na marcha.

“Queremos que Diego possa descansar em paz. Deixaram-no abandonado e combinaram uma história para se livrarem. Um bando de sanguessugas. Queremos justiça até as últimas consequências e não vamos parar até conseguir”, advertiu Maria Luque, de 53 anos, esclarecendo que o seu apelido nada tem a ver com o do médico investigado.

Ao seu lado, o seu irmão Marcelo Luque, de 50 anos, desabafou: “Tenho raiva. Tenho muita raiva. Mataram Maradona. Não vamos parar até todos serem presos”, afirmou enquanto mostrava as tatuagens do ídolo pelo corpo.

A marcha por Maradona começou e terminou com incidentes. Quando chegaram Dalma e Gianinna, filhas de Maradona com a sua primeira esposa, Claudia Villafañe, também presente na marcha, uma multidão de fãs e de jornalistas correu até às três. Todos queriam estar perto delas.

As três tiveram de correr e refugiar-se num hotel, tamanha a quantidade de gente que os guarda-costas não conseguiu conter.

No final da manifestação, houve mais correria, com a polícia a intervir devido à grande quantidade de vítimas de roubos de telemóveis e câmeras, tanto de jornalistas quanto de outros adeptos. Várias pessoas foram detidas.

Diego Armando Maradona, de 60 anos, morreu a 25 de novembro, na consequência de um “edema agudo de pulmão secundário a uma insuficiência cardíaca crónica aguda”. No coração também havia uma “miocardiopatia dilatada”.

O exame toxicológico revelou ausência de álcool e de drogas ilegais, apesar de, nos áudios, aparecer que os enfermeiros davam regularmente álcool e marijuana para se livrarem do comportamento próprio de um dependente químico.

https://zap.aeiou.pt/investigacao-morte-maradona-386850

 

Sem acesso ao aborto legal, venezuelanas arriscam a vida ao comprar medicamentos online !

A Venezuela tem umas das políticas de aborto mais restritivas da América Latina, e isso está a fazer com que milhares de mulheres optem por meios menos seguros para interromper a gravidez.


Num país onde os apoios do estado são muito fracos, abortar pode parecer uma missão impossível. As mulheres que o querem fazer de forma legal não conseguem dentro de território nacional, por isso procuram outras opções. Um dos métodos a que mais recorrem está bem perto, mas longe de ser o ideal.

Plataformas como o Facebook Market e MercadoLibre – o principal meio de negócio de comércio eletrónico na América Latina – estão inundadas com milhares de indivíduos informais que vendem pílulas anticoncecionais e misoprostol – droga usada para abortos medicamentosos. Os produtos também são divulgados em redes sociais como o Instagram e Twitter.

Segundo o The Guardian, as redes sociais são o espaço perfeito para os golpistas que fingem ser médicos, enfermeiros ou farmacêuticos e que lucram com o desespero e a falta de informação de milhares de mulheres.

Um exemplo do desespero é Sofia. Com apenas 20 anos, também tentou abortar através de medicamentos comprados na internet. Conta que pagou 200 dólares por seis comprimidos, mas eram falsos. A venezuelana, que foi abandonada pelo namorado e pela família, referiu que não tinha dinheiro para comprar mais comprimidos.

Depois de pedir dinheiro emprestado, Sofia encontrou outro vendedor: Alberto, cujo perfil estava em alta há mais de dois anos e contava com ótimas críticas. O vendedor avisou-a que poderia ir presa por ingerir aquela medicação, mas esta foi a única solução que Sofia encontrou.

“Está a acontecer há pelo menos três ou quatro anos”

Na Venezuela, o aborto é ilegal em quase todas as circunstâncias. A lei de 1926 que proíbe o procedimento foi modificada apenas uma vez, com uma reestrutura em 2006 que permite o aborto se a vida da mulher estiver em perigo.

As duras regras colocaram o país no extremo oposto de outros países latino-americanos, como a Argentina, onde o aborto até a 14ª semana de gravidez foi recentemente legalizado.

Uma vez que que vender medicamentos online sem autorização é ilegal, os vendedores encontraram maneiras de permanecer na sombra: usam palavras-código relacionadas com carros.

“Isso está a acontecer há pelo menos três ou quatro anos”, disse um membro de uma ONG venezuelana que pediu para não ser identificado. “A maioria dos vendedores são traficantes de droga ou profissionais de saúde que os trazem os medicamentos de hospitais”.

As autoridades usam a ameaça de condenação criminal para desencorajar as mulheres  a interromper a gravidez, mas até o ano passado havia poucos processos conhecidos.

Isso mudou em outubro, quando uma ativista no estado de Mérida foi presa e processada por ajudar uma vítima de violação menor a fazer um aborto. Vannesa Rosales foi detida por mais de três meses. O seu advogado afirma que provavelmente será acusada de induzir um aborto e conspirar para cometer um crime.

A mãe da menina também foi detida, embora mais tarde tenha sido libertada. Já o suposto violador foi identificado, mas ainda está em liberdade.

Desde a prisão de Vanessa Rosales, várias organizações pararam de prestar auxílio nesta área. Outras organizações feministas, cujo trabalho não está relacionado com os direitos reprodutivos, também receberam ameaças.

Esta situação está a deixar a população do país sem recursos de informação sobre como proceder com segurança ou onde conseguir os comprimidos certos para abortar, sendo que os métodos ilegais enfrentam assim uma tendência crescente.

https://zap.aeiou.pt/aborto-venezuelanas-arriscam-vida-386751

 

Terramoto político em Espanha - Presidente da comunidade de Madrid rompe coligação e anuncia eleições !

A presidente da Comunidade Autónoma de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, do Partido Popular, convocou esta quarta-feira eleições regionais para 4 de maio, depois de ter dissolvido o Parlamento da região mais rica de Espanha.


Os eleitores da Comunidade de Madrid terão de escolher em 4 de maio “entre o socialismo e a liberdade”, disse Isabel Díaz Ayuso, depois de confirmar esta quarta-feira a sua decisão de pôr fim à coligação de direita entre o PP e o Ciudadanos.

“Fui obrigada a tomar esta decisão para o bem de Madrid e de Espanha e contra o meu desejo reiterado de terminar a legislatura”, disse Ayuso, num breve discurso na sede do governo regional sem direito a perguntas por parte da imprensa.

A dirigente regional explicou que tinha decidido por eleições antecipadas a fim de assumir a dianteira e evitar que o Partido Socialista (PSOE), o maior da oposição na região, e o Ciudadanos apresentassem uma moção de censura, como fizeram na manhã de quarta-feira na região de Múrcia.

“É o momento de pensar em grande e de pensar em nós mesmos. Madrid precisa de um governo estável. Nas atuais circunstâncias não se pode trabalhar”, disse Ayuso, acrescentando não poder permitir “que Madrid perca a sua liberdade”.

“É um balde de água fria para os madrilenos. Seguramente por capricho pessoal, os madrilenos terão de voltar a votar. É uma péssima notícia. Parece-nos uma irresponsabilidade absoluta”, afirmou Ignacio Aguado, vice-presidente da comunidade, citado pelo jornal espanhol El País. “Oiço com estupefação a presidente na sua conferência de imprensa. Mente. Que irresponsabilidade, por favor”.

O porta-voz regional do PSOE, Ángel Gabilondo, considerou a decisão “pouco curial”, numa região que, “do ponto de vista político, social e sanitário atravessa um momento de grande instabilidade e que nem sequer tem orçamento anual”. Os socialistas anunciaram ainda que, caso as eleições se realizem a 4 de maio, procurarão “outras maiorias que queiram regenerar e transformar Madrid”.

Múrcia foi a “gota de água”

A moção de Murcia foi apresentada pelo Partido Socialista (PSOE) e Ciudadanos – e Díaz Ayuso temia que uma aliança semelhante pudesse tentar tirá-la do poder em Madrid.

O executivo de Díaz Ayuso tem resistido às medidas estritas contra a pandemia, argumentando que são más para a economia e enquadrando-as como uma usurpação das liberdades pessoais. As restrições à mobilidade e ao horário de funcionamento são mais flexíveis do quenoutras regiões da Espanha, embora atualmente tenha a maior taxa de incidência de 14 dias do país.

No final do dia, o PSOE na região próxima de Castela e Leão – lar de grandes cidades como Burgos, Salamanca e Valladolid – registou uma moção de censura contra o governo de coligação do PP e Ciudadanos. Este último disse que não romperia com o parceiro e rejeitou a ideia de apoiar a moção.

Todos os olhos estão agora voltados para Andaluzia, que também é administrada por uma coligação do PP e de Ciudadanos. O governo local afirmou que a estabilidade está assegurada, apesar dos apelos para uma eleição antecipada da extrema direita Vox, que sustenta a coligação. Ciudadanos disse que planeia apoiar o parceiro.

A comunidade de Madrid, localizada no centro de Espanha e com quase sete milhões de pessoas, é uma das 17 comunidades autónomas, e inclui a cidade com o mesmo nome que é capital do país. O PP e o Ciudadanos partilham dois outros governos regionais, o da Andaluzia e o de Castela e Leão.

https://zap.aeiou.pt/terramoto-politico-em-espanha-presidente-da-comunidade-de-386786

 

Todos querem saber quem é o membro racista da monarquia inglesa ! E já há apostas na internet !

Depois da bombástica entrevista dos duques de Sussex a Oprah Winfrey, não foi só a Família Real britânica que ficou abalada com as declarações de racismo. O mundo inteiro quer saber quem foi o membro da monarquia que fez os comentários sobre o tom de pele de Archie e já há apostas na internet.


Durante a entrevista, que foi emitida no passado domingo doa 7 de março, Meghan Markle revelou que os membros da família real tinham demonstrado preocupação sobre quão escura podia ser a cor da pele do filho Archie quando nascesse.

Após as declarações, a Casa Real classificou como preocupantes as questões raciais mencionadas pela ex-atriz e garantiu que “vão ser levadas a sério e vão ser endereçadas pela família real em privado”, pode ler-se num comunicado emitido na terça-feira.

Harry garantiu à apresentadora norte-americana que não tinham sido os avós a levantar esta questão e que nunca revelaria quem tinha sido, uma vez que as isso poderia ser muito significativo. Contudo, o mundo tem-se perguntado quem terá feito os comentários.

Perante a afirmação do filho de Diana, várias apostas online resolveram tirar das hipóteses Camilla e Kate Middleton.

Nos membros seniores da família, restam apenas William e Carlos como possíveis autores dos comentários racistas.

No Twitter, alguns utilizadores dizem que terá sido Carlos a fazer estas afirmações. Uma vez que é o herdeiro ao trono e, segundo Harry, deixou de falar com ele durante o processo em que o casal estava a tentar afastar-se da família real.

Os mesmo utilizadores acreditam que as fotografias publicadas na terça-feira, no Instagram de Carlos, durante uma visita a uma comunidade negra, possam ser uma resposta ao filho.

Por outro lado há quem afirme que terá sido o duque de Cambridge a fazer as afirmações. Tudo porque a relação entre os dois irmãos começou a ficar mais fria quando foi anunciado o noivado com Meghan Markle, pois William terá pedido ao irmão para ir com calma em relação ao casamento.

https://twitter.com/DumiCarl/status/1369002819836076032

Se há quem ande a tentar descobrir quem fez a pergunta racista em relação a Archie há publicações que recordam o passado racista da maioria das famílias reais europeias, onde se inclui a inglesa. O facto de serem uma família real que presidiu a um império assente na colonização, faz com que os Windsor sejam de alguma forma herdeiros de um passado racista, recorda o Insider.

Harry admitiu a Oprah Winfrey que até ter casado com Meghan “não tinha consciência” do preconceito implícito que existe.

https://zap.aeiou.pt/membro-racista-monarquia-apostas-386742

 

Hackers dizem ter acedido a câmaras de segurança de bancos, prisões e até da Tesla !

Um grupo de hackers americanos alegou ter tido acesso, esta terça-feira, a imagens de 150 mil câmaras de segurança em bancos, prisões, escolas, na Tesla e noutros lugares, numa operação para expor “o estado de vigilância”.


Imagens capturadas de vídeos de vigilância hackeados foram publicadas no Twitter com a hashtag #OperationPanopticon.

“E se acabarmos completamente com o capitalismo de vigilância em dois dias?”, perguntou um alegado membro de um grupo chamado APT-69420 Arson Cats através de uma série de imagens no Twitter. “Esta é a ponta da ponta do iceberg”, acrescentou.

O grupo de hackers alegou ter descoberto as credenciais da conta de um administrador sénior da empresa Verkada, em Silicon Valley, que controla uma plataforma de sistemas de segurança online.

“Desabilitámos todas as contas de administrador interno para evitar qualquer acesso não autorizado”, disse um porta-voz da Verkada em resposta à AFP.

“A nossa equipa de segurança interna e a empresa de segurança externa estão a investigar a escala e o escopo desse problema e notificámos as autoridades”, continuou.

A Verkada acrescentou que notificou as empresas que atende na sua plataforma.

Imagens de câmaras de vigilância publicadas no Twitter mostram celas de prisão e um homem com uma barba falsa a dançar num depósito de banco.

A violação do Verkada mostra o risco de terceirizar a vigilância de segurança e confiá-la a empresas que operam desde a nuvem da internet, de acordo com Rick Holland, diretor de segurança da informação da Digital Shadows, uma empresa de proteção de risco.

https://zap.aeiou.pt/hackers-camaras-seguranca-386737

 

“Telefone do Vento” - Sobreviventes do tsunami do Japão falam com os mortos numa cabine telefónica !

No jardim de uma montanha no Japão, há uma inesperada cabine telefónica. No interior, Kazuyoshi, de 67 anos, disca o número da sua falecida esposa, Miwako, uma das 20 mil pessoas do norte do país que perderam a vida depois do sismo e consequente tsunami que causaram o desastre nuclear de Fukushima.

A história é contada pela agência Reuters. Nessa cabine telefónica, Kazuyoshi mantém o que parece ser uma conversa normal. Porém, esta é uma chamada diferente, uma vez que o telefone está desligado da rede. Quem o usa, acredita que as suas palavras serão levadas pelo vento.

Segundo Kazuyoshi, depois do sismo e consequente tsunami que causaram o desastre nuclear de Fukushima, o japonês procurou a esposa durante dias, visitando centros de evacuação e morgues improvisadas, voltando à noite para os escombros da sua casa.

“Aconteceu tudo num instante, não consigo esquecer… nem agora. Mandei uma mensagem a dizer onde estava, mas não a viste”, disse Kazuyoshi, a chorar. “Quando voltei para casa e olhei para o céu, havia milhares de estrelas, era como olhar para uma caixa de joias. Chorei e chorei e soube que muitas pessoas deveriam ter morrido.”

A esposa de Kazuyoshi foi uma de quase 20 mil pessoas que morreram no nordeste do Japão no desastre de 11 de março de 2011.

Kazuyoshi não é o único a usar a estranha cabine. Muitos sobreviventes dizem que a linha telefónica na cidade de Otsuchi os ajuda a manter contacto com os seus entes queridos e dá-lhes algum consolo enquanto lutam contra a dor.

Sachiko Okawa, por exemplo, usa-a para ligar ao seu falecido marido, com quem esteve casada durante 44 anos. A japonesa pergunta-lhe como tem estado desde que foi levado pelo tsunami. “Sinto-me sozinha”, diz, pedindo a Toichiro para cuidar da família. “Adeus por enquanto, estarei de volta em breve” .

Okawa disse que, às vezes, sente que consegue ouvir Toichiro do outro lado da linha. “Faz-me sentir um bocadinho melhor”.

A mulher de 76 anos costuma trazer os dois netos para que também possam conversar com o avô. “Vovô, já se passaram 10 anos e estarei no ensino médio em breve”, disse Daina, o neto de 12 anos. “Há um novo vírus que está a matar muitas pessoas e é por isso que usamos máscaras. Mas estamos todos bem.”

Como milhares de outras pessoas em comunidades costeiras devastadas, o vereador Kazuyoshi Sasaki, perdeu não só a sua esposa, mas também muitos outros parentes e amigos no desastre.

Na cabine telefónica, Sasaki explicou à sua falecida esposa que recentemente saiu de um alojamento temporário e que o seu filho mais novo está a construit uma nova casa onde pode morar com os netos. Antes de desligar, Sasaki disse que um exame de saúde recente mostrou que tinha peso.

“Vou cuidar de mim mesmo”, prometeu. “Estou tão feliz que nos conhecemos, obrigado, estamos todos a fazer o que podemos, conversamos logo.”

“Telefone de Vento”

A cabine telefónica foi construída por Itaru Sasaki, dono do jardim em Otsuchi, uma cidade a cerca de 500 quilómetros a nordeste de Tóquio, alguns meses antes do desastre, depois de ter perdido o primo, que morreu com cancro.

“Há muita gente que não se conseguiu despedir”, afirmou. “Há famílias que gostariam de ter dito algo no final, se soubessem que não voltariam a falar”.

O telefone atrai milhares de visitantes de todo o Japão. Não é usado apenas por sobreviventes do tsunami, mas também por pessoas que perderam parentes por doença e suicídio. Apelidado de “Telefone do Vento”, inspirou recentemente um filme.

Há alguns meses, Sasaki disse que foi abordado por organizadores que desejam criar telefones semelhantes na Grã-Bretanha e na Polónia, que permitiriam às pessoas ligar para parentes que perderam devido à covid-19. “Assim como um desastre, a pandemia veio de repente e, quando a morte é repentina, o luto que a família sente também é muito maior”.

https://zap.aeiou.pt/telefone-do-vento-sobreviventes-do-tsunami-do-japao-falam-co-386364

 

Rússia e China assinam memorando para criação de estação espacial lunar !

Rússia e China assinaram esta terça-feira um memorando de entendimento para criar uma estação espacial na Lua, depois de Moscovo ter desistido de participar no programa lunar norte-americano Artemis.


O documento foi assinado pelo chefe executivo da agência espacial russa Roscosmos, Dmitri Rogozin, e pelo diretor da Administração Espacial Nacional da China (CNSA), Zhang Kejian. A Roscosmos e a CNSA “vão cooperar na criação da base lunar, com acesso aberto a todos os países interessados e parceiros internacionais”, disse a agência espacial russa.

De acordo com um comunicado da CNSA, a estação espacial International Scientific Lunar Station, que irá orbitar a Lua, tem como objetivo “fortalecer a interação na pesquisa científica e promover o estudo e uso do espaço para fins pacíficos em benefício de toda a humanidade”.

Em meados de 2020, Rogozin anunciou publicamente que Moscovo tinha desistido da participação no programa lunar norte-americano Artemis, que contempla o retorno de seres humanos à Lua, em 2024, porque aquele programa se tinha convertido num “grande projeto político”.

Rogozin garantiu que a Rússia se opõe à privatização e exploração comercial da Lua, conforme proposto no ano passado pelo então Presidente dos EUA, Donald Trump.

Segundo o Interesting Engineering, o programa da NASA já finalizou acordos com o Japão, Canadá e a Agência Espacial Europeia para a Lunar Gateway – a próxima estação espacial que orbitará a lua.

A Rússia, o primeiro país a enviar um homem ao espaço em 1961, planeia lançar uma missão tripulada à Lua a partir de 2031.

A China conseguiu um marco histórico, em dezembro passado, quando a sonda Chang’e 5 pousou no lado visível da Lua, já depois do feito do Chang’e 4, que pousou no lado oculto da Lua, em janeiro de 2019.

https://zap.aeiou.pt/russia-china-estacao-espacial-lunar-386501

 

“A ajuda externa é um elemento chave” - Montenegro pede ajuda urgente em pessoal médico à UE e à NATO !

O governo de Montenegro, o país dos Balcãs mais afetado pela doença covid-19, pediu à União Europeia e Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) ajuda urgente em pessoal médico, noticiou hoje o jornal montenegrino Pobjeda.


O ministro dos Negócios Estrangeiros montenegrino, Djordje Radulović, pediu essa ajuda numa carta enviada no dia 4 de março aos chefes da diplomacia da UE e NATO, segundo o diário.

A ajuda foi solicitada no âmbito do Mecanismo de Proteção Civil da UE para fazer face à grave situação do sistema de saúde montenegrino.

Na carta, Radulović indica que “a ajuda em médicos e outro pessoal de saúde (…) é necessária com urgência”, revelou o jornal, que disse ter acesso à carta.

“A ajuda externa desse tipo é um dos elementos chave que pode-nos ajudar a superar a situação”, assinalou Radulović, explicando que Montenegro reforçou as medidas epidemiológicas com confinamentos em várias cidades “para evitar o colapso do sistema sanitário”.

O governo montenegrino não informou a opinião pública sobre a carta, mas o Ministério dos Negócios Estrangeiros assegurou hoje que o pedido foi feito caso a situação epidemiológica “o exija”.

A ministra da Saúde, Jelena Borovinić Bojović, comentou hoje o pedido feito dizendo que a ajuda não é necessária neste momento, mas que se trata de antecipar possíveis cenários, segundo a agência de notícias montenegrina Mina.

“O sistema de saúde não está perante o colapso. Está bastante sobrecarregado. Mas neste momento não temos défice de médicos ou de pessoal”, assegurou.

Em Montenegro, um pequeno país com cerca de 620.000 habitantes, membro da NATO e candidato à adesão na UE, morreram 1.100 pessoas devido à pandemia.

A pequena república adriática regista uma incidência de 1.245 por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias.

https://zap.aeiou.pt/montenegro-ajuda-pessoal-medico-386686

 

Lula da Silva diz não ter “mágoa” pelos dias na prisão e afirma que “Bolsonaro não pode continuar” !

O ex-presidente do Brasil Lula da Silva disse hoje ter sido vítima “da maior mentira jurídica contada em 500 anos de história”, após as suas condenações no âmbito da operação Lava Jato terem sido anuladas, e acusou Sérgio Moro de ser um “Deus de barro que não dura muito”.

“Faz quase três anos que saí da sede do Sindicato dos Metalúrgicos para me entregar à Polícia Federal. Fui, obviamente, contra a minha vontade, porque sabia que estavam prendendo um inocente. Tomei a decisão porque não seria correto um homem da minha idade aparecer na capa dos jornais e na televisão como fugitivo”, afirmou Lula, na sua primeira declaração pública após as condenações no Paraná terem sido anuladas.

“Como tinha clareza das inverdades, tomei a decisão de provar a minha inocência perante o juiz Sergio Moro. Eu tinha tanta confiança e consciência do que estava a acontecer no Brasil e tinha a certeza de que o dia da verdade chegaria, e chegou. (…) Mas sei que fui vítima da maior mentira jurídica contada em 500 anos de história”, salientou o ex-chefe de Estado.

“A única forma de me apanharem era levar-me para a Lava-Jato”, defendeu também o antigo Presidente, que a fala de uma “quadrilha de procuradores do Moro”, que chegou a ser ministro da Justiça de Bolsonaro.

“Vou continuar a lutar para que Moro seja considerado suspeito. Não pode ser o maior mentiroso da história do Brasil e ser visto como herói”, atirou Lula da Silva, acrescentando que “Deus de barro não dura muito”.

Lula, que garante ser inocente, atribuiu às “falsas acusações” de corrupção contra si a morte da sua mulher, Marisa Letícia Lula da Silva, em 2017.

“Sei que a Mariza morreu por conta da pressão e o AVC se apressou. Fui proibido de visitar o meu irmão num caixão, enquanto estava preso. Se tem um brasileiro que tem razão para ter muitas e profundas mágoas sou eu, mas não tenho, porque o sofrimento que o povo brasileiro e os pobres estão passando neste país é infinitamente maior do que qualquer crime que cometeram contra mim”, lamentou.

“Não há dor maior do que levantar de manhã e não ter a certeza de um café com pãozinho com manteiga para tomar, do que não ter um prato de feijão com farinha para dar ao filho, do que saber que está desempregado e não terá salário para sustentar a família”, frisou o ex-mandatário.

Sobre a pandemia de covid-19, Lula da Silva fala de um “verdadeiro desgoverno” na gestão da pandemia e defende que a vacina é “uma questão de amor à vida”, pelo que o atual Presidente, Jair Bolsonaro, deve saber qual é o seu papel.

“Este país não tem Governo, não tem Ministro da Saúde e não tem Ministro da Economia. Este país tem um fanfarrão”, acusou. O Presidente está preocupado “em vender mais armas” e fazer o possível para “repetir muitas vezes a Marielle”.

“Quero voltar a andar pelo país a conversar com o povo. Bolsonaro não pode continuar. Alguma atitude vamos ter que tomar”, adiantou Lula à assistência.

“Sinto-me muito jovem para lutar muito. Quero que saibam que desistir, jamais. A palavra ‘desistir’ não existe no meu dicionário”, garantiu.

Depois de ser ilibado, Lula da Silva voltou a ser convocado para responder num processo por suspeita de corrupção, no qual é acusado de tráfico de influência, branqueamento de capitais e organização criminosa.

O ex-presidente brasileiro deve testemunhar em 27 de maio perante um juiz em Brasília num dos processos abertos contra si por suspeita de corrupção.

Segundo o Ministério Público, Lula da Silva usou a sua influência para que o Governo de Dilma Rousseff (2011-2016), sua sucessora na Presidência brasileira, adjudicasse à empresa sueca Saab uma licitação para a compra de 36 aviões caças modelo Gripen.

Os alegados crimes teriam sido cometidos entre 2013 e 2015, quando Lula já não era presidente do Brasil nem estava ligado ao Governo.

Hoje Lula da Silva falou à imprensa, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo, São Paulo, na presença de figuras políticas como Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) que perdeu a eleição presidencial para Jair Bolsonaro, em 2018, e Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

O juiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro, anulou na segunda-feira todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná, relacionadas com as investigações da operação anticorrupção Lava Jato.

Isso não quer dizer que o antigo chefe de Estado brasileiro tenha sido inocentado já que os processos serão remetidos para a justiça do Distrito Federal, que vai reavaliar os casos e pode receber novamente as denúncias e reiniciar os processos anulados.

Com a decisão, porém, Lula da Silva voltou a ser elegível e recuperou seus direitos políticos.

https://zap.aeiou.pt/lula-silva-bolsonaro-nao-pode-continuar-386666

 

Primeiro-ministro tailandês borrifa jornalistas com desinfetante após pergunta incómoda !

O primeiro-ministro da Tailândia, Prayut Chan-ocha, voltou a provocar polémica ao espalhar o que parecia ser desinfetante com álcool em alguns jornalistas devido a uma pergunta que o incomodou.


A estranha reação do primeiro-ministro ocorreu na sede do Governo na terça-feira e tornou-se viral nas redes sociais com a hashtag #fueraPrayut (#fora Prayut), acumulando quase 60 mil reações até hoje.

A situação embaraçosa ocorreu quando um jornalista perguntou sobre a renovação que iria ocorrer em três cargos ministeriais. Prayut primeiro respondeu que ainda não tinha informações e, depois, deixou escapar que o jornalista não deveria ter perguntado sobre o assunto.

Então, o primeiro-ministro borrifou a linha de frente de jornalistas com desinfetante, enquanto cobria a boca com uma máscara que tinha na mão, e abandonou a conferência de imprensa.

Prayut, líder do golpe de Estado de 2014 como chefe do exército e da junta militar que governou a Tailândia até 2019, é conhecido por seu caráter furioso e contundente e ter um sentido de humor questionável.

Em 2014, o general reformado tocou na cabeça e na orelha de um jornalista, causando desconforto num país onde a cabeça é considerada a parte mais sagrada do corpo e é rude tocá-la noutra pessoa.

Naquele mesmo ano, atirou uma casca de banana a um operador de câmara depois de ficar zangado por lhe ter sido pedido várias vezes para a olhar para as lentes.

Apesar do seu caráter irascível, Prayut foi eleito primeiro-ministro em 2019, após eleições parcialmente transparentes, de acordo com observadores internacionais, nas quais milhões de tailandeses votaram no partido pró-militar Palang Pracharat, que lidera a coligação de Governo.

O maior desafio de Prayut foram os protestos pró-democracia que, principalmente durante o segundo semestre de 2020, reuniram multidões nas ruas para exigir a sua renúncia e uma reforma do sistema político e da monarquia.

Muitos líderes e participantes nos protestos, incluindo menores, foram acusados de vários crimes como sedição, que acarreta penas de até sete anos de prisão, e lesa majestade, punível com três a 15 anos de prisão.

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos instou as autoridades tailandesas a pararem de acusar manifestantes pacíficos de crimes graves e a respeitarem o direito de expressão e manifestação.

https://zap.aeiou.pt/ministro-tailandes-borrifa-jornalistas-386662

 

Pelo menos 300 casas destruídas e principal laboratório covid-19 danificado na Guiné Equatorial !

Pelo menos 300 casas foram destruídas e o principal laboratório de testes à covid-19 fortemente danificado, após as explosões de domingo na cidade equato-guineense de Bata, segundo um relatório das Nações Unidas hoje divulgado.


De acordo com documento do gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA), as imagens de satélite mostram que as explosões causaram “danos consideráveis” num raio de 800 metros.

“As primeiras avaliações confirmam que só no recinto militar 300 casas ficaram destruídas”, adianta o relatório, que reporta a terça-feira.

Segundo a mesma avaliação, o principal laboratório para realizar testes PCR para diagnóstico de covid-19 em Bata “sofreu danos significativos”.

A agência das Nações Unidas assinala que, embora a extensão dos danos e o número de famílias afetados seja ainda desconhecida, é “urgentemente necessário” o destacamento de especialistas em resposta a emergências, apoio financeiro, apoio médico, de água e saneamento, incluindo hospitais de campanha, equipas médicas e medicamentos.

O abrigo temporário, a ajuda alimentar e o apoio psicológico às vítimas “também são críticos”, sublinha-se no relatório.

O OCHA alerta ainda para o “grande número” de projeteis por detonar dispersos pela cidade, que representam um risco para as populações.

“Aumentam as preocupações sobre os riscos de engenhos por explodir ainda presentes nos quartéis militares em Nkuantoma”, refere-se no relatório, assinalando-se que imagens de cidadãos a posar com munições “tornaram-se virais nas redes sociais”.

As agências das Nações Unidas na Guiné Equatorial têm equipas no terreno e estão também a coordenar a ajuda internacional que já começou a chegar ao país.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) mobilizou uma equipa de emergência do escritório regional para África, está a preparar o envio de kits de trauma e atribuiu cerca de 200.000 dólares para a resposta de emergência.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a OMS também destacaram equipas da capital Malabo, na ilha de Bioko, para Bata, na parte continental do país, para apoiar a gestão de casos, controlo epidemiológico, prevenção e controlo de infeções, apoio logístico e vacinação.

O OCHA assinalou que os voos regulares entre Malabo e Bata foram perturbados devido à pandemia de covid-19, o que está a afetar a eficácia da resposta.

Por outro lado, a Unicef está em discussão com as autoridades de Malabo sobre a necessidade de identificar os menores não acompanhados, que perderam os pais ou tutores.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) recebeu cerca de 100.000 dólares através do seu programa de emergência para responder à explosão de Bata.

Numa outra frente, as Nações Unidas estão a coordenar o apoio de atores internacionais, nomeadamente de Espanha, cujo primeiro lote de ajuda humanitária deverá chegar hoje ao país, e dos Estados Unidos, bem como de empresas privadas como a Marathon Oil e a Noble Energy.

Nos próximos dias deverá também chegar à Guiné Equatorial uma equipa de peritos da United Nations Disaster Assessment and Coordination (UNDAC). “O principal desafio é assegurar que as medidas logísticas estejam em vigor, especialmente no contexto da pandemia covid-19″, apontou o OCHA.

As autoridades de Malabo mobilizaram pessoal de saúde, voluntários e ambulâncias das cidades vizinhas para atender os 615 feridos das explosões.

Organizações não-governamentais como a Save our Souls (SOS) e a Ekuku estão a fornecer abrigos de emergência para as muitas pessoas que ficaram desalojadas.

A cidade portuária de Bata foi abalada no domingo por uma série de explosões num quartel militar, que provocaram a morte a pelo menos 105 pessoas.

Antiga colónia espanhola, governada há 42 anos por Teodoro Obiang, a Guiné Equatorial, um país rico em recursos, mas com largas franjas da população abaixo do limiar da pobreza, integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) desde 2014.

O país formalizou pedidos de apoio a Portugal e à CPLP, mas até ao momento não foi divulgada qualquer resposta oficial a este pedido.

https://zap.aeiou.pt/300-casas-destruidas-guine-equatorial-386650

 

Terceiro ciberataque a hospitais franceses num só mês !

Um hospital do sudoeste de França foi alvo de um ciberataque de alguma amplitude que afetou fortemente o sistema informático, o terceiro a uma unidade hospitalar francesa num mês, indicaram esta terça-feira fontes oficiais.


Segundo fontes da direção da unidade de saúde, o hospital, situado em Oloron Sainte-Marie, próximo de Pau, que emprega cerca de 600 pessoas para um total de 321 camas, foi afetado por um ataque de ransomware em que os piratas informáticos conseguem aceder ao sistema para, em seguida, criptografar os arquivos para torná-los inoperantes e exigem um resgate para os desbloquear.

Trata-se do terceiro ciberataque registado num mês em unidades hospitalares em França. Os dois anteriores levaram o Presidente francês, Emmanuel Macron, a anunciar uma resposta de 1.000 milhões de euros para reforçar a cibersegurança de sistemas sensíveis.

Nos ecrãs do hospital de Oloron Sainte-Marie surgiram mensagens, em inglês, a exigir o pagamento de um resgate de 50.000 dólares (cerca de 42.000 euros) em bitcoins (moedas criptadas).

Desde que o ciberataque foi detetado por um engenheiro responsável pela infraestrutura informática do hospital, na segunda-feira, o pessoal médico e administrativo tem utilizado papel e lápis.

O ataque cibernético afeta a maioria dos dados relacionados com as informações de saúde do paciente, o que pode levar ao adiamento de algumas intervenções cirúrgicas, impedindo um rápido retorno ao normal, explicou a administração do hospital de Oloron Sainte-Marie.

Também complica a gestão – informatizada – dos stocks de medicamentos, mas sem pôr em perigo, nesta fase, a campanha de vacinação contra a covid-19.

No entanto, a rede interna de telefone continua a funcionar, sublinhou a administração, que adiantou ter sido efetuada recentemente uma auditoria aos sistemas informáticos do hospital, na sequência dos recentes ciberataques a outras unidades hospitalares.

O hospital apresentou já uma queixa oficial, o que levou ao local uma unidade de crimes cibernéticos da polícia francesa, apoiados por agentes da Agência Nacional de Segurança dos Sistemas de Informação (ANSSI), que combate os ciberataques.

Os estabelecimentos de saúde estão a tornar-se os principais alvos da ameaça cibernética desde a crise associada à pandemia de covid-19.

“Os ataques facilitam, sem qualquer dúvida, o pagamento dos resgates pelos hospitais, dada a necessidade crítica de continuidade da atividade médica”, indica um relatório recente da ANSSI.

https://zap.aeiou.pt/terceiro-ciberataque-hospitais-franceses-386605

 

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