Em estreita colaboração com a Escola de Saúde Pública da Universidade do Michigan, a Apple realizou uma investigação sobre a audição e os resultados do estudo estão a ser partilhados com a iniciativa Make Listening Safe da Organização Mundial da Saúde (OMS).
“A perda auditiva pode afetar uma pessoa de várias maneiras e o nosso objetivo é aumentar o foco na importância da saúde auditiva entre os responsáveis pela tomada de decisões e a população em geral”, explicou, em comunicado, Ren Minghui, diretor-geral assistente da OMS, citado pelo Interesting Engineering.
De acordo com o estudo, 25% dos participantes têm uma exposição sonora ambiental média diária superior ao limite recomendado pela OMS (trânsito, por exemplo) e quase 50% dos participantes trabalham, ou trabalharam, num local barulhento.
Os resultados revelam ainda que 20% dos participantes têm perda auditiva quando comparados com os padrões da OMS e 10% têm perda auditiva consistente com a exposição ao ruído.
A descoberta mais assustadora indicou que 25% dos participantes experimentaram um zumbido nos ouvidos algumas vezes por semana, o que pode ser um sinal de problemas auditivos.
“A escala nacional deste estudo não tem precedentes”, disse Rick Neitzel, professor de Ciências da Saúde Ambiental na Escola de Saúde Pública da Universidade do Michigan, acrescentando que, mesmo durante a pandemia de covid-19, “observamos que 25% dos participantes experimentaram altas exposições a sons ambientais“.
“Os resultados deste estudo podem melhorar a nossa compreensão acerca de exposições potencialmente prejudiciais e ajudar a identificar maneiras de as pessoas protegerem a sua audição de forma proativa”, rematou.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que os fabricantes produzam aparelhos sonoros com funções de segurança, além do uso de tampões de ouvido em ambientes ruidosos. O organismo também apela a que os Governos adotem políticas ativas em relação ao ruído.
No caso específico dos fones de ouvido, a OMS recomenda que o volume normal não ultrapasse 60% da potência máxima.
https://zap.aeiou.pt/mundo-esta-demasiado-barulhento-386024
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