O governo alemão aprovou um projeto de lei para naturalizar descendentes de vítimas nazis que tinham, até à data, o pedido de cidadania rejeitado pelo país, uma medida descrita como um passo simbólico.
“Não se trata apenas de pôr as coisas no lugar certo, mas de pedir desculpa por uma profunda vergonha”, disse o ministro alemão do Interior, Horst Seehofer, frisando ser “um grande privilégio para o nosso país haver pessoas que se querem se tornar alemãs, apesar de termos tirado tudo dos seus ancestrais”, noticiou o Guardian, citado pelo Expresso.
O país já permite que descendentes de judeus perseguidos reivindiquem a cidadania, mas faltava uma lei para evitar que muitos pedidos fossem rejeitados. Alguns foram negados porque os ancestrais fugiram da Alemanha e assumiram outra nacionalidade, e outros foram porque nasceram de mãe alemã e pai não alemão, antes de 01 de abril de 1953.
Este passo é visto pelo país como uma forma de dar aos cidadãos em causa “o valor que eles mereciam”. Para o presidente do Conselho Central de Judeus da Alemanha, Josef Schuster, “é um gesto de decência se as vítimas e seus descendentes podem reivindicar a cidadania alemã por motivos legais”.
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