A Assembleia Nacional Popular da China promulgou esta terça-feira a lei de reforma do sistema eleitoral de Hong Kong, que visa reduzir o número de lugares dos deputados eleitos pela população e reforçar a presença de candidatos pró-Pequim no Conselho Legislativo.
Segundo o Global Times, citado pelo Público, um porta-voz do Ministro dos Negócios Estrangeiros avançou que a reforma reflete os princípios da governação “patriota” de Hong Kong. Para as autoridades chinesas, esta reorganização visa corrigir “lacunas” que ameaçam a segurança nacional, garantindo que apenas “patriotas” governem o território.
“Acredito que ao melhorar o sistema eleitoral e implementar uma ‘administração patriota em Hong Kong’, a politização excessiva e as cisões internas que dividiram Hong Kong podem ser mitigadas”, disse Carrie Lam, chefe Executiva de Hong Kong, numa conferência de imprensa.
O Conselho Legislativo é constituído por 70 membros, com metade eleita diretamente pelo povo e a outra por grupos próximos de Pequim. Com a reforma, o número aumenta para 90, com 20 a serem eleitos pela população, 40 selecionados por um comité fiel ao Partido Comunista Chinês e os restantes pelos grupos de interesses económicos e políticos.
Por sua vez, os lugares de seis distritos deixarão de existir na comissão eleitoral, com o número de membros a passar de 1200 para 1500.
O Global Times sublinhou que o Governo central demorou menos de 20 dias desde a aprovação até à formalização da reforma, que se espera finalizada no final de maio.
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