Um grupo de hackers americanos alegou ter tido acesso, esta terça-feira, a imagens de 150 mil câmaras de segurança em bancos, prisões, escolas, na Tesla e noutros lugares, numa operação para expor “o estado de vigilância”.
Imagens capturadas de vídeos de vigilância hackeados foram publicadas no Twitter com a hashtag #OperationPanopticon.
“E se acabarmos completamente com o capitalismo de vigilância em dois dias?”, perguntou um alegado membro de um grupo chamado APT-69420 Arson Cats através de uma série de imagens no Twitter. “Esta é a ponta da ponta do iceberg”, acrescentou.
O grupo de hackers alegou ter descoberto as credenciais da conta de um administrador sénior da empresa Verkada, em Silicon Valley, que controla uma plataforma de sistemas de segurança online.
“Desabilitámos todas as contas de administrador interno para evitar qualquer acesso não autorizado”, disse um porta-voz da Verkada em resposta à AFP.
“A nossa equipa de segurança interna e a empresa de segurança externa estão a investigar a escala e o escopo desse problema e notificámos as autoridades”, continuou.
A Verkada acrescentou que notificou as empresas que atende na sua plataforma.
Imagens de câmaras de vigilância publicadas no Twitter mostram celas de prisão e um homem com uma barba falsa a dançar num depósito de banco.
A violação do Verkada mostra o risco de terceirizar a vigilância de segurança e confiá-la a empresas que operam desde a nuvem da internet, de acordo com Rick Holland, diretor de segurança da informação da Digital Shadows, uma empresa de proteção de risco.
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