Os 27 Estados-membros da União Europeia (UE) acordaram na quarta-feira impor sanções económicas a quatro dirigentes políticos e a uma empresa chinesa, por “abusos e violações graves de direitos humanos” contra a minoria muçulmana uigur, na província de Xinjiang.
A medida – estabelecida pelos 27 embaixadores do Comité dos Representantes Permanentes dos Estados membros da UE (Coreper) – foi confirmada à agência Reuters, citada pelo Público, por dois diplomatas europeus e pressupõe proibições de viagem a congelamento de bens. A decisão final será dos 27 ministros dos Negócios Estrangeiros.
Esta poderá ser a primeira imposição de sanções da UE à China desde o embargo de venda de armamento, de 1989, na sequência do massacre da Praça de Tiananmen, em Pequim.
“Sanções são confrontação. Nós queremos diálogo e não confronto”, reagiu o embaixador da República Popular da China na UE, Zhang Ming. “Pedimos à UE que pense duas vezes. Se insistir na confrontação, não nos iremos encolher e não teremos outra opção senão assumir as nossas responsabilidades perante a população”, alertou no Twitter.
Em causa está o tratamento das autoridades chinesas aos uigures, particularmente na província de Xinjiang, com investigações independentes a denunciarem repressão e perseguição religiosa à minoria, informando que há um milhão de uigures em campos de trabalho forçado. O Partido Comunista Chinês assume os campos, mas nega as acusações.
A lista de sanções da UE inclui igualmente representantes da Rússia, da Coreia do Norte, da Líbia e do Sudão do Sul.
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